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IFE: nº 1.114 - 22 de maio de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Novo contratos de concessão serão elaborados pelos ministérios
2 Dilma: agências reguladoras tem grande importância
3 Pesquisa aponta desempenho fraco da Aneel
4 Comissão da Câmara vai investigar privatizações do setor elétrico
5 BNDES financiará construção da usina de Campos Novos

Empresas
1 Governo pretende apurar denúncia de fraude no leilão da Eletropaulo
2 Leilão da Cemig também está sob suspeita
3 Aneel entra na briga entre Celg e Cachoeira Dourada
4 Escelsa prevê investir este ano 22,6% mais que no ano passado
5 Eletronorte vai incluir o Acre no sistema nacional de energia
6 Eletronorte acompanha entrega da roda da 16ª turbina da UHE Tucuruí
7 Coelba deverá ter custo de R$ 1,5 bi no processo de universalização
8 Coelce inaugura subestação Viçosa do Ceará
9 Enersul realizará novos investimentos em MS

10 Itaipu assina carta de intenções para implantação de parque tecnológico

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Capacidade do Subsistema Norte está em 84,75%
2 Nível do armazenamento dos reservatórios do Nordeste está em 50,88%
3 Capacidade do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste tem queda de 1,02%
4 Subsistema Sul apresenta índice de 64,61%
5 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 Acordo define leilão de excedentes
2 Dilma: Contratos atuais entre consumidores e distribuidores não serão alterados

Gás e Termelétricas
1 Comgás aposta no Vale do Paraíba

Economia Brasileira
1 BC mantém Selic em 26,5% ao ano
2 Juros já comprometem 2004, diz indústria
3 Governo admite crescimento menor do PIB

4 Preço administrado é o que mais preocupa, diz Mantega
5 Taxa de desemprego foi a 12,4% em abril
6 Dívida pública cai
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Iberdrola quer atuar no Iraque
2 SSE acerta compra de distribuidora do Reino Unido
3 SSE investe em armazenamento de gás natural
4 Comissão Européia aprova venda de 50% da Union Fenosa
5 Integração do mercado de energia britânico pode ocorrer em 2004

Biblioteca Virtual do SEE
1 PEREIRA, Raimundo Rodrigues. A Política para o setor elétrico: a proposta Sauer. Rio de Janeiro. Ponto de Vista, 8-05-2003. - 04 páginas.

 

Reestruturação e Regulação

1 Novo contratos de concessão serão elaborados pelos ministérios

A elaboração de novos contratos de concessão poderá passar para os ministérios, cabendo às agências reguladoras contribuir no processo, auxiliando técnica e operacionalmente. A mudança foi admitida ontem pelo subchefe de Assuntos Governamentais da Presidência da República, Luiz Alberto dos Santos, responsável pela proposta de reestruturação das agências reguladoras. Mas, ele afirma, a proposta ainda não foi fechada e está em processo de formulação de alternativas. A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse ser função ministerial o chamado poder concedente. "Não é uma decisão simplesmente regulatória, existem aspectos técnicos e políticos a serem considerados". Os novos contratos de concessão, de acordo com a proposta em estudo, devem ser elaborados e decididos pelos ministérios de cada área. Caso a proposta seja aceita, só quem tem o poder de conceder é que firmará o contrato. Dilma acrescentou que as mudanças não vão alterar a estabilidade dos contratos de concessão. As agências não podem alterar esses contratos unilateralmente e os ministérios também não poderão fazê-lo. (Estado de São Paulo - 22.05.2003)

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2 Dilma: agências reguladoras tem grande importância

Ontem, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, afirmou no seminário "Avaliação e desafios da regulação no Brasil" que as agências reguladoras são essenciais para o País do ponto de vista político e econômico. A ministra disse também que cabe às agências reguladoras o equilíbrio de forças entre as empresas e os consumidores. Para a ministra, os problemas na Aneel ocorreram porque "nem todos os instrumentos de controle estavam definidos e, portanto, a Aneel assumiu atividades que não eram propriamente dela". (Gazeta Mercantil - 22.05.2003)

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3 Pesquisa aponta desempenho fraco da Aneel

A Aneel teve desempenho considerado "razoável", "ruim" ou "péssimo" em boa parte das questões enviadas aos agentes do setor em uma pesquisa feita pela Câmara Americana de Comércio (Amcham). Mas, mesmo com críticas ao desempenho da agência, a maioria dos agentes que responderam ao questionário afirmou ser favorável à manutenção da Aneel e defendem um aperfeiçoamento e reformulação nas atribuições da agência. A divisão entre políticas e diretrizes para o setor, que devem ficar a cargo do MME, e a fiscalização e regulação dos serviços e do mercado energético, sob incumbência da Aneel, foi uma das mudanças pedidas no levantamento. (Gazeta Mercantil - 22.05.2003)

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4 Comissão da Câmara vai investigar privatizações do setor elétrico

O deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) anunciou nesta quarta-feira, dia 21 de maio, que a Comissão de Minas e Energia da Câmara abrirá um processo de investigação das privatizações do setor elétrico. A decisão foi tomada devido a denúncia de irregularidades no leilão da Eletropaulo, feita em reportagem publicada nesta quarta-feira, dia 21 de maio, pelo jornal Financial Times. Ferro afirmou que é preciso uma posição firme por parte do governo, já que o incidente causa insegurança e instabilidade ao setor. O deputado, que está aguardando mais informações sobre o assunto, quer promover uma ação articulada entre os poderes legislativo e executivo. (Canal Energia - 21.05.2003)

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5 BNDES financiará construção da usina de Campos Novos

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousself, confirmou que o BNDES irá financiar R$ 400 milhões da usina hidrelétrica de Campos Novos em SC. O consórcio Votorantim, Bradesco e Camargo Correia ameaçava paralisar a obra por falta de recursos. O empreendimento está orçado em R$ 1,2 bilhão. Já foram gastos um terço do total. O deputado federal Mauro Passos (PT/SC), interlocutor do consórcio junto ao BNDES, garantiu ontem que a engenharia financeira da usina está assegurada. Os outros R$ 400 milhões que faltam para concluir a obra, disse o parlamentar, virão do próprio consórcio. A usina deve estar concluída em dois anos. Ela tem capacidade para gerar 800 MW, o suficiente para atender uma cidade do porte de Joinville, no Norte do Estado. (A Notícia - 22.05.2003)

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Empresas

1 Governo pretende apurar denúncia de fraude no leilão da Eletropaulo

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse ontem que a denúncia publicada pelo jornal Financial Times de um acordo entre as empresas americanas AES e Enron para fraudar o leilão da Eletropaulo será apurada. "Temos que ver se esse acordo lesou o País, e em que nível. Se houver irregularidades, temos que tomar as providências cabíveis", disse. O secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento de São Paulo, Mauro Arce, disse que o governo estadual desconhece o suposto acordo, mas que, independentemente de um eventual acerto entre a AES e a Enron, o leilão da Eletropaulo foi realizado dentro da normalidade. Já o presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa, defendeu que os casos de denúncias de possíveis fraudes na privatização, como este, devem ser investigados pela sociedade organizada. Ele acredita que o Ministério Público pode questionar na Justiça para saber se houve realmente um acordo entre as duas companhias. Para Pinguelli Rosa, a privatização do setor elétrico foi feita de forma intempestiva para arrecadar dinheiro. (Gazeta Mercantil - 22.05.2003)

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2 Leilão da Cemig também está sob suspeita

Operação realizada em maio de 1997 com as norte-americanas AES e Southern Electric será investigada pelo governo e congresso. Suspeita surgiu após denúncia de fraude com ações da Eletropaulo, também compradas por lance mínimo. O leilão de venda dos 33% das ações ordinárias da Cemig, em maio de 1997, de onde saiu como vencedor o consórcio formado pelas empresas norte-americanas AES, Southern Electric e fundos do Opportunity, também está sob suspeita e deve ser investigado pelo governo. Um ano antes, as ações da Cemig foram vendidas em condições semelhantes, ou seja, sem disputa, com apenas o consórcio da AES participando do leilão, embora cinco grupos estivessem pré-qualificados. Os sócios privados da Cemig pagaram o preço mínimo estipulado pelo edital de venda R$ 1,13 bilhão. (Superávit - 22.05.2003)

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3 Aneel entra na briga entre Celg e Cachoeira Dourada

A Aneel entrou na briga que está sendo travada pela Celg contra a Centrais Elétricas Cachoeira Dourada. A agência entrou com um agravo de instrumento pedindo efeito suspensivo da liminar concedida pelo juiz da 3a Vara Federal de Goiás, que suspende o contrato de compra, pela Celg, da energia gerada por Cachoeira Dourada. O atual governo de Goiás alega que o contrato é lesivo ao estado e que o preço contratado está provocando desequilíbrio econômico financeiro na Celg. No pedido de suspensão, a Aneel afirma "além do prejuízo pecuniário" a decisão contra Cachoeira Dourada "trouxe ainda um prejuízo tão ou mais grave que se traduz no abalo da credibilidade do setor. A concessão da liminar em apreço coloca em xeque as regras definidas para o funcionamento do sistema interligado nacional, criando insegurança jurídica e instabilidade", diz o recurso. (Valor - 22.05.2003)

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4 Escelsa prevê investir este ano 22,6% mais que no ano passado

O investimento da Escelsa este ano soma R$ 102,5 milhões, uma cifra 22,6% maior que a registrada no exercício 2002, segundo o diretor presidente da companhia Antônio Eduardo da Silva Oliva. A maior parte dos recursos - R$ 72, 1 milhões - será destinada à melhoria, expansão e modernização da malha que distribui a energia. Os R$ 30,4 milhões restantes vão, por meio da controlada Castelo Energética (Cesa) para a construção da pequena central hidrelétrica (PCH) de São João, projetada para 25 MW de capacidade instalada, no sul do estado. Essa obra fica pronta somente em maio de 2004 e ampliará em quase 13%, a potência instalada da empresa, que é hoje de 194,8 MW, para 219,8 MW no estado. (Gazeta Mercantil - 22.05.2003)

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5 Eletronorte vai incluir o Acre no sistema nacional de energia

A diretoria da Eletronorte anunciou que a partir deste ano vai começar a interligar o sistema energético de todo o país. A empresa prevê que a obra de interligação será concluída em 2005. Com a operação, o Acre estará finalmente interligado ao sistema nacional de energia. Segundo o presidente da Eletronorte, Silas Cavalcanti Silva, a empresa pretende instalar um parque térmico no Acre, por uma questão de confiabilidade de suprimento de energia elétrica. (Portal Amazônia - 21.05.2003)

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6 Eletronorte acompanha entrega da roda da 16ª turbina da UHE Tucuruí

Nesta quinta-feira (22/05) começa por São Paulo a trajetória da roda da turbina hidráulica (UGH) da 16º unidade geradora da Usina Hidrelétrica Tucuruí, a primeira a ser entregue pelo Governo Lula. A Hidrelétrica Tucuruí é considerada estratégica para o Brasil e é hoje a maior obra em andamento no País. A obra de ampliação da hidrelétrica de Tucuruí está sob a responsabilidade da Eletronorte. É a maior usina genuinamente nacional e a terceira maior do mundo. A Diretoria da Eletronorte vai estar em Taubaté para receber oficialmente o equipamento. A UHE Tucuruí é responsável atualmente pela geração de 4.600 MW para o sistema elétrico nacional, considerando o que já está sendo gerado pela 13º turbina, a primeira prevista na fase de ampliação. Até abril de 2006, outros 3.770 MW serão acrescentados ao sistema. (NUCA - 22.05.2003)

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7 Coelba deverá ter custo de R$ 1,5 bi no processo de universalização

O fornecimento de energia elétrica a todos os 550 mil domicílios do estado que ainda não dispõem do serviço deverá ser realizado ao custo total da ordem de R$1,5 bilhão. Os cálculos são da Coelba, concessionária que possui, atualmente, o índice de atendimento de 82,55%. A Aneel determinou que todos os domicílios na Bahia deverão estar ligados à rede de distribuição de energia até o ano de 2013. "A Coelba tem as condições operacionais para tocar o programa de universalização nos prazos definidos pela Aneel", afirmou o diretor comercial da empresa, Mauro Magalhães. Ele diz que o principal ponto a ser discutido é a liberação das verbas pela Eletrobrás, através da CDE, prevista na Lei 10.438/02 que dispõe sobre a universalização. O fundo já foi constituído, mas ainda não possui regras claras. "A Eletrobrás ainda não definiu como será a regra de financiamento", completou o diretor da empresa. Sozinha, diz Magalhães, seria impossível a Coelba viabilizar o programa. (Correio da Bahia - 22.05.2003)

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8 Coelce inaugura subestação Viçosa do Ceará

A Coelce inaugura nesta quinta-feira, dia 22 de maio, a subestação Viçosa do Ceará, que teve investimentos de R$ 1,74 milhão. A nova unidade beneficiará 9.735 unidades consumidoras, nos municípios de Viçosa, Tianguá e regiões próximas e, futuramente, o município de Coreaú. A subestação, digitalizada e automatizada, possui capacidade instalada de 6,25 MVA, banco regulador de tensão e cinco alimentadores de 15 kV, estando três em operação e dois reservados para atendimento ao crescimento do mercado. A construção da SE Viçosa do Ceará integra o projeto da Coelce de melhoria no fornecimento de energia na região. A estimativa é que sejam investidos R$ 4,9 milhões nesse projeto. (Canal Energia - 21.05.2003)

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9 Enersul realizará novos investimentos em MS

O presidente da Enersul, Antonio Oliva, anuncia nessa sexta-feira 23, o resultado do desempenho financeiro de 2002 e do trimestre deste ano, além dos investimentos que serão aplicados, a partir deste ano, em Mato Grosso do Sul. A entrevista coletiva, segundo o assessor da presidência, José Antônio Pimentel, será na sede da empresa em Campo Grande, na saída para São Paulo. (Campo Grande News - 22.05.2003)

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10 Itaipu assina carta de intenções para implantação de parque tecnológico

A Itaipu Binacional assinará na próxima sexta-feira, dia 23 de maio, Carta de Intenção do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). A carta será assinada pela ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, e os diretores-gerais brasileiro e paraguaio da estatal, Jorge Samek e Jorge Ayala, respectivamente, além de reitores de diversas universidades. Segundo Samek, o PTI será um dos mais importantes centros de ensino e pesquisa de educação, ciência e tecnologia da América Latina. A princípio, o centro funcionará no campus da Unioeste de Foz do Iguaçu e, numa segunda fase, será transferido para a área industrial da usina. (Canal Energia - 21.05.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Capacidade do Subsistema Norte está em 84,75%

A capacidade do subsistema Norte está em 84,75%, uma redução de 0,01% em um dia. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta índice de 99,2%. (Canal Energia - 21.05.2003)

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2 Nível do armazenamento dos reservatórios do Nordeste está em 50,88%

Os reservatórios do subsistema Nordeeste estão com 50,88% do volume, uma queda de 0,13% em comparação ao dia anterior. O volume está 26,17% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho registra 45,95% da capacidade. (Canal Energia - 21.05.2003)

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3 Capacidade do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste tem queda de 1,02%

Com uma queda de 1,02% nos índices de armazenamento, a capacidade do subsistema Sudeste/Centro-Oeste ficou em 77,07%. O volume está 43,42% acima da curva de segurança. Os níveis das usinas de Nova Ponte e Emborcação estão em 67,5% e 88,74%, respectivamente. (Canal Energia - 21.05.2003)

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4 Subsistema Sul apresenta índice de 64,61%

A região Sul apresenta índice de 64,61%, o que representa uma perda de 0,88% em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de G. B. Munhoz está com 54,13% do volume. (Canal Energia - 21.05.2003)

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5 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 Acordo define leilão de excedentes

O Ministério de Minas e Energia, os grandes consumidores e as geradoras fecharam ontem um acordo para comercializar o excedente de energia, estimado em 7,5 mil MW. A venda será feita por meio de leilão no MAE, que deve ocorrer em até noventa dias, com oferta de contratos de 6, 12 e 24 meses. Serão oferecidos dois blocos de energia, na ponta e na base. Levantamento preliminar da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace) aponta uma demanda de 650 MW médios para energia na base e 1,6 mil MW médios na ponta. O acordo com a Abrace e a Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage) é uma forma de melhorar o caixa das geradoras. Com base no valor contratado (R$ 57), a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, estima que o prejuízo das empresas do setor com a sobra atual chegue a R$ 4 bilhões/ano. O quadro é resultado da redução de consumo e da liberação de 25% dos contratos iniciais. O modelo de venda será o holandês, onde o preço do ofertante segue uma escala descendente, com um limite antecipado ao leiloeiro, e o do contratante, ascendente, chegando-se a um valor médio, que certamente será superior aos atuais do MAE. (Gazeta Mercantil - 22.05.2003)

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2 Dilma: Contratos atuais entre consumidores e distribuidores não serão alterados

A ministra Dilma Rousseff, que anunciou os detalhes do negócio, assegurou que bases como valores e montantes dos atuais contratos firmados entre grandes consumidores cativos e as empresas de distribuição não serão alterados. "Não estamos alterando o preço da energia já contratada. Estamos incentivando o incremento da produção. Não se trata de prejudicar contratos já existentes", disse a ministra. Dilma considerou nula a possibilidade de o leilão viabilizar a venda de todo o montante excedente, estimado pelo MME em 7,5 mil MW médios. Ainda segundo a ministra, o leilão de excedentes vai oferecer ao setor a sinalização de que o mercado de energia está se recuperando da crise, que afeta as empresas desde o racionamento. Entre as empresas de geração que estarão habilitadas a negociar estão as principais geradoras federais, como Furnas, Chesf e Eletronorte, além das estaduais Cemig e Cesp e das privadas Duke Energy Paranapanema e Tractebel Energia, com a venda de energia das usinas mais antigas. (Canal Energia - 21.05.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Comgás aposta no Vale do Paraíba

O Vale do Paraíba vai ficar com quase metade dos R$ 250 milhões que a Comgás investirá este ano na expansão da rede de distribuição de gás natural. A região se destaca entre as áreas com maior potencial para os negócios da empresa, como São Paulo e Campinas. Cerca de R$ 100 milhões do total de investimento serão direcionados para projetos no Vale, onde atualmente nove municípios são atendidos pela rede da empresa. As vendas na região, segundo o diretor de suprimentos, geração de energia e de novos negócios da Comgás, Roger Ottenheym, cresceram 74% nos últimos dois anos. O consumo de gás natural na região até o ano 2000 era de aproximadamente 147 milhões de m³ e passou para 257 milhões de m³ no ano passado. A previsão da Comgás é que esse volume cresça ainda mais em 2003 e atinja cerca de 350 milhões de m³. (Gazeta Mercantil - 22.05.2003)

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Economia Brasileira

1 BC mantém Selic em 26,5% ao ano

O BC não cedeu às pressões para reduzir a taxa de juros neste mês. Em sua reunião mensal, o Copom decidiu, por unanimidade, manter pela terceira vez consecutiva a taxa básica de juros da economia em 26,5% ao ano. A queda lenta da inflação foi mais uma vez a justificativa para a decisão, que já era esperada pela maioria dos analistas e consultores do mercado financeiro. Apesar de avaliar que "há sinais de que a política monetária começa a obter resultados no combate à inflação", o Copom considerou que a "queda da inflação depende da manutenção desse esforço", ou seja, dos juros altos. (Folha de São Paulo - 22.05.2003)

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2 Juros já comprometem 2004, diz indústria

A manutenção dos juros nos atuais patamares já põe em xeque a expectativa de produção industrial para o início de 2004. A avaliação foi feita ontem pela Fiesp, que representa 129 sindicatos patronais no país. Lideranças do varejo informaram também que a expansão do setor no começo do próximo ano já está "contaminada" pelo mau desempenho deste ano. "Em 2003, já não devemos crescer o 1% esperado. Ficamos no zero a zero. Para o próximo ano, a expansão está em xeque", afirma Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. Em nota divulgada por Horacio Lafer Piva, presidente da Fiesp, "juros caros e crédito escasso empobrecem o país, comprometendo a produção num horizonte que já inclui os primeiros meses de 2004". Para ele, há "excesso de conservadorismo". (Folha de São Paulo - 22.05.2003)

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3 Governo admite crescimento menor do PIB

No mesmo dia em que o BC manteve a taxa de juros inalterada em 26,5%, o Ministério da Fazenda divulgou documento com avaliação pessimista do desempenho da economia neste ano. O texto, assinado pelo secretário de Política Econômica, Marcos Lisboa, informa projeção de crescimento do PIB em 2003 menor do que o oficialmente divulgado pelo governo, que estava em 2,2%. A nova projeção é de 2%. Segundo o documento, a economia só não terá um desempenho ainda pior porque a renda do setor agrícola deve ser recorde neste ano, compensando outros setores. (Folha de São Paulo - 22.05.2003)

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4 Preço administrado é o que mais preocupa, diz Mantega

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega, deu ontem uma pista das motivações e critérios que podem ter sido utilizados pelo Copom para manter inalterada em 26,5% e sem viés a taxa básica de juros. Ao ressaltar que o controle do aumento dos preços é o principal objetivo da política monetária, o ministro decompôs os componentes da inflação e delegou à variável "preços administrados" o maior peso de preocupação do governo. "O câmbio é um dos componentes, o petróleo (com preço em queda), os preços dos alimentos, energia, serviços e os preços administrados, que infelizmente têm reagido mais", comentou. Entre os preços administrados ou atrelados ao setor de serviços constam os de energia elétrica - ao longo do ano, dezessete concessionárias têm direito a reajustar as tarifas considerando a variação do IGP-M; os de telefonia terão os preços reajustados pelo IGP-DI; e combustíveis. (Gazeta Mercantil - 22.05.2003)

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5 Taxa de desemprego foi a 12,4% em abril

A taxa de desemprego subiu para 12,4% da PEA em abril, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE divulgada ontem. A taxa de março foi de 12,1%, a de fevereiro, 11,6%, e a de janeiro, 11,2%. Em abril de 2002, o índice era de 12,5%. A taxa de ocupação de abril foi de 87,6%, levemente inferior à de março (87,9%). O total de pessoas ocupadas aumentou 5,4% em relação a abril do ano passado e o de pessoas desocupadas, subiu 4,7% em igual período. A alta foi considerada dentro das oscilações normais para o IBGE. O número de pessoas ocupadas cresceu 5,4% em relação a abril de 2002 (mais 936 mil pessoas) e 0,1% na comparação com o mês de março. O maior aumento na comparação com abril de 2002 foi em Belo Horizonte (9,5%), seguido por Porto Alegre (6%), Salvador (5,4%), São Paulo (6,3%), Recife (4,5%) e Rio de Janeiro (4%). (Jornal do Commercio - 22.05.2003)

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6 Dívida pública cai

A valorização do real frente ao dólar registrada em abril fez com que a dívida pública mobiliária federal diminuísse 0,81% (R$ 5,29 bilhões) em relação a março. Foi a primeira vez no ano que o valor acumulado de um mês ficou menor que o anterior. Com isso, o total da dívida chegou a R$ 644,41 bilhões, com queda dos vencimentos de curto prazo. A queda no valor do estoque da dívida foi modesta em relação à apreciação cambial do período, que chegou a 13,8% e representou um impacto de R$ 15,9 bilhões. Assim, a composição cambial da dívida caiu de 34,70%, em março, para 30,36%, retomando os níveis registrados em maio do ano passado (30,29%). Já a exposição à taxa Selic subiu de 47,94% (março) para 52,41% (abril), maior participação dos últimos 12 meses. Os papéis prefixados caíram do equivalente a 2,41% para 1,91% do total no período; e a parcela atrelada a índices de preços teve ligeira alta, indo de 12,95% para 13,28%. (Valor - 22.05.2003)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista continua a operar em leve baixa neste final de manhã tranqüilo no mercado financeiro. Às 11h36m, a moeda americana caía 0,39%, cotada a R$ 2,986 na compra e R$ 2,991 na venda. Ontem , o dólar comercial chegou ao final dos negócios em queda de 1,38%. A moeda ficou cotada a R$ 2,995 para compra e a R$ 3 para venda. (Invertia - 22.05.2003)

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Internacional

1 Iberdrola quer atuar no Iraque

As principais empresas do setor de energia da Espanha transmitiram às autoridades iraquianas sua predisposição em participar do processo de reconstrução do país. Dentre as companhias que podem tomar parte do grupo de trabalhos, a Iberdrola aparece, a princípio, como a mais bem colocada. O presidente da empresa, Iñigo de Oriol, assegurou que a Iberdrola vai colaborar com as autoridades iraquianas. Oriol, que assinou anteontem em Mérida um acordo com de colaboração com a Junta de Extremadura para melhorar a infra-estrutura elétrica da região, disse: "Vamos colaborar para a reconstrução do Iraque." (Gazeta Mercantil - 22.05.2003)

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2 SSE acerta compra de distribuidora do Reino Unido

A Scottish and Southern Energy chegou a um acordo para a compra da empresa Aquila Sterling, que pertencia a Aquila e a First Energy. O valor total do negócio foi de US$ 1,82 bilhão. A Aquila Sterling é dona da distribuidora de energia Midland Electricity, que é a quarta maior distribuidora entre as 12 que existem na Inglaterra e no País de Gales. Algumas pendências ainda restam para o acerto final do acordo, já que os acionistas ainda tem de aceitar os termos da proposta apresentada pela SSE, que divide o pagamento em obrigações de débito, dinheiro e ações. A SSE espera que o negócio seja fechado até Agosto. (Platts - 22.05.2003)

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3 SSE investe em armazenamento de gás natural

A SSE anunciou hoje que pretende investir US$ 196 milhões no desenvolvimento de uma armazenadora de gás natural em Aldbrough, no Reino Unido. O prazo para construção não foi revelado ( Platts - 22.05.2003)

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4 Comissão Européia aprova venda de 50% da Union Fenosa

A Comissão Européia aprovou a venda de 50% da Union Fenosa para a empresa italiana Eni. A transação envolveu 440 milhões de euros e faz parte da estratégia da Union Fenosa de reduzir seus investimentos e seus débitos bancários. (Platts - 22.05.2003)

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5 Integração do mercado de energia britânico pode ocorrer em 2004

O Brittish Electricity Trading and Transm Arrangements (BETTA) poderá estar em prática já em outubro de 2004, conforme informou o órgão de regulação de energia (Ofgem). O BETTA integra o mercado de energia da Inglaterra e do País de Gales ao mercado da Escócia, como a utilização de um único operador para todo o sistema, assim como a adoção de novas metodologias. (Platts - 22.05.2003)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 PEREIRA, Raimundo Rodrigues. A Política para o setor elétrico: a proposta Sauer. Rio de Janeiro. Ponto de Vista, 8-05-2003. - 04 páginas.

O artigo faz uma comparação entre as propostas de reestruturação do SE feitas pelo secretário de Política Energética Maurício Tolmasquin e pelo Ildo Sauer, atual diretor de Gás e Energia da Petrobrás. A principal diferença está no fato de que no primeiro, o órgão que iria planejar o sistema atuaria induzindo as distribuidoras a estabelecerem contratos de longo prazo, e no segundo ele atuaria como agente centralizador na comercialização de energia, com a extinção do MAE. O autor destaca que o modelo de Ildo Sauer é mais condizente com as condições brasileiras de se aumentar o investimento em geração e diminuir os riscos do setor, além de uma melhor eficiência na alocação da renda hidráulica.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/reestruturacao.htm

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno e Rodrigo Berger
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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