l IFE:
nº 1.112 - 20 de maio de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 Abradee: Distribuidoras não tem como arcar programa de universalização As metas
do programa de universalização do fornecimento de energia, definidas na
última sexta-feira pela Aneel, reavivaram as discussões nas empresas distribuidoras,
que deverão arcar com os gastos para garantir o cumprimento dos prazos
- entre janeiro de 2004 e dezembro de 2015. Para a Abradee, que representa
45 das 64 concessionárias do País e responde por cerca de 97% do mercado
brasileiro, sem contrapartida, as empresas não têm recursos para cumprir
os prazos definidos com base no Censo 2000 do IBGE. A resposta da Aneel
é que, além de a proposta ter sido "amplamente discutida", a decisão está
prevista na legislação em vigor (artigos 14 e 15 da Lei 10.438) e também
nos contratos de concessão assinados pelas empresas do setor. Quanto à
alocação de recursos suplementares, a agência interpretou que trata-se
de política setorial e que, nesse caso, a decisão cabe ao MME. Isto será
definido pela nova regulamentação da CDE, prevista para meados de junho.
(Gazeta Mercantil - 20.05.2003) 2 Dilma garante recursos da CDE no programa de universalização A ministra
Dilma Rousseff já sinalizou que recursos da CDE serão canalizados para
o programa de universalização de energia elétrica. A CDE é alimentada
por multas cobradas pela Aneel a partir de 2003, por pagamentos anuais
de uso de bens públicos e cotas anuais pagas pelas distribuidoras, que
devem movimentar, este ano, R$ 1,5 bilhão. O esboço da nova regulamentação
prevê a incorporação à CDE de recursos da Conta de Consumo de Combustível
(CCC), repassados pelas empresas à Eletrobrás para bancar custos de usinas
movidas a óleo diesel e carvão em áreas isoladas. A arrecadação da CCC
prevista para este ano é de cerca de R$ 1 bilhão. (Gazeta Mercantil -
20.05.2003) 3 Fundo de Energia espera renovação de comitê gestor para definir recursos para 2003 O destino
dos recursos do fundo setorial gerenciado pela Finep, que somam R$ 98
milhões para 2003, dependem da renovação do comitê gestor do Fundo de
Energia. Segundo Laércio de Sequeira, chefe do departamento de Planejamento
de Avaliação de Resultados da Finep, a previsão é de que a primeira reunião
do comitê aconteça em junho deste ano. O comitê abriga representantes
do MME, da Aneel, do CNPq e da Finep, além de dois representantes do setor
elétrico e dois representantes de instituições de pesquisa. Os representantes
são responsáveis pela definição das diretrizes do setor. (Canal Energia
- 19.05.2003) 4
Aneel troca convênios por acordos de cooperação técnica com órgãos ambientais
5 Crise do setor elétrico é analisada por jornal norte-americano O "Financial
Times" publicou ontem uma reportagem analisando a crise do setor elétrico
no Brasil. A partir da análise da dificuldade financeira enfrentada pela
Eletropaulo e as negociações de suas controladoras (subsidiárias da AES)
com o BNDES, o jornal traçou um panorama do setor. "Os investidores podem
ter ficado algo animados com os lucros no primeiro trimestre anunciados
na sexta-feira, mas a notícia veio depois de uma série de prejuízos devidos
a quedas no consumo de eletricidade, instabilidade macroeconômica e incerteza
sobre a regulamentação", afirma o jornal. O jornal destaca que a Enron,
Mirant, Alliant, Endesa, Iberdrola, EdF e EdP investiram "pesadamente
no setor energético brasileiro, com base na expectativa de um crescimento
sustentado. Mas, no ano passado, 28 companhias de energia registraram
prejuízos combinados de R$ 11,5 bilhões (US$ 3,3 bilhões segundo o câmbio
na virada do ano), depois de terem lucrado R$ 2,6 bilhões em 2001. Elas
têm dívidas de aproximadamente R$ 57 bilhões". Os maiores responsáveis
pela atual crise, segundo o jornal, seriam o controle cambial, a partir
de janeiro de 1999, e o racionamento entre julho de 2001 e fevereiro de
2002. (Valor - 20.05.2003) 6 Projeto de lei: População pode ter participação na adoção do horário de verão A Câmara
Federal está discutindo a possibilidade de realizar uma consulta à população
sobre a adoção do horário de verão. Segundo projeto de lei apresentado
pela deputada Maninha (PT-DF), a população de cada estado seria consultada.
A deputada disse que pretende se reunir com a ministra de Minas e Energia,
Dilma Roussef, para mostrar cálculos do ONS sobre o horário de verão.
Segundo a deputada, os índices do operador mostram que a economia de energia
é de apenas 0,6%. (Canal Energia - 19.05.2003) 7 ABAR realiza o III Congresso Brasileiro de Regulação de Serviços Públicos Concedidos A Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR) realiza de 25 a 28 de maio, em Gramado, RS, o III Congresso Brasileiro de Regulação de Serviços Públicos Concedidos. O evento discutirá a qualidade de serviços públicos delegados e sua universalização, debatendo novas formas de interação entre o poder concedente, concessionárias e cidadãos. O congresso é recomendado aos agentes envolvidos nas áreas de regulação, empresas concessionárias, permissionárias e autorizatárias, universidades e institutos de pesquisa. Participarão como palestrantes José Mario Miranda Abdo, Ministro Nelson Jobim, Zevi Kann, entre outros. Mais informações no site http://www.abar.org.br/congresso/por/inicio/index.htm ou pelo e-mail congressoabar@capacita.com.br. (NUCA - 20.05.2003) 8
Curtas Empresas 1 Presidente da AES Brasil confiante em acordo com BNDES O presidente
da AES no Brasil, Steven Clancy, disse ao "Financial Times" que está confiante
numa solução negociada com o BNDES, em relação a dívida em atraso da AES
Elpa e AES Transgás. Elas devem US$ 1,2 bilhão ao banco e não efetuaram
o pagamento de duas parcelas, de US$ 85 milhões e US$ 330 milhões. "Apostamos
demais que tudo caminharia bem. Com nossa experiência atual, teríamos
examinado os planos com um olhar mais crítico", disse o executivo. "Quando
nós investimos, estávamos em um ambiente de câmbio controlado. A alteração
cambial mudou tudo." (Valor - 20.05.2003) 2 Presidente da Cemig: Empresa negocia participação na Eletropaulo A Cemig
está interessada em adquirir o controle da distribuidora paulista Eletropaulo.
Ontem, o presidente da companhia, Djalma Morais, disse que está negociando
a compra da empresa com o BNDES, no caso das negociações do banco com
a AES, dona da distribuidora paulista, não cheguem a bom termo. A Cemig
usaria no negócio cerca de R$ 1 bilhão referente ao empréstimo do banco
para recompor as perdas da companhia causadas pelo racionamento de 2001,
disse Morais. A estatal, na atual gestão, tem planos de ampliar sua atuação
para além de Minas Gerais. Dentro desse projeto, a Eletropaulo é vista
como um ativo estratégico. A proposta da Cemig ao BNDES seria, na prática,
a comprovação de uma guinada na gestão da estatal após a saída do ex-governador
do Estado, Itamar Franco. Sob o comando do atual governador, Aécio Neves,
a companhia energética estaria em busca de oportunidades fora de Minas
Gerais, com a ambição de tornar-se líder no mercado nacional de energia.
Como a empresa vem conseguindo financiar seu plano de investimentos com
outras operações, explicou o presidente, não haveria problemas em comprometer
o empréstimo relativo às perdas do racionamento na aquisição das ações
da Eletropaulo. Morais disse ontem que o BNDES apresentou à Cemig outras
opções de ativos em troca do crédito. Mas não quis revelar quais seriam.
(Valor - 20.05.2003) 3 Secretário de Desenvolvimento Econômico de MG nega negociação com BNDES Perguntado
ontem a tarde sobre a possibilidade da Cemig adquirir a participação da
AES na Eletropaulo, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico
do Estado de Minas Gerais, Wilson Brumer, negou haver negociações com
o BNDES para a realização dessa operação, contrariando as declarações
do presidente da estatal. Brumer adiantou também que os recursos provenientes
do empréstimo do BNDES para repor as perdas das distribuidoras devido
ao racionamento não serão destinados a aquisição da Eletropaulo, e sim
utilizadas em outros investimentos. (Valor - 20.05.2003) 4
Cemig corta investimento na Infovias e na Gasmig 5 Lucro das empresas do SE cai 48,5% no 1º trimestre do ano A queda
do dólar neste ano aliviou a pressão sobre as dívidas das empresas de
energia elétrica, mas uma análise global do setor revela que os resultados
pioraram. O lucro líquido acumulado no primeiro trimestre caiu 48,5%,
equivalente à R$ 277 milhões. Nesse cálculo foi excluída a Eletrobrás.
Caso ela estivesse no estudo, a queda do lucro seria de 94%. O resultado
não surpreendeu analistas do mercado, e ainda ressaltam que a valorização
do real possibilitou ganhos para empresas com alto endividamento em moeda
estrangeira. A Cesp foi uma das empresas que lucraram com a melhora do
real frente ao dólar. A geradora paulista teve um lucro líquido de R$
310 milhões nesse ano, superior aos R$ 12,2 milhões do primeiro trimestre
do ano passado. Um fato que penaliza as empresas do setor é o excesso
de oferta de energia existente. Porém, o aumento do consumo verificado
desde o inicio do ano pode ser um sinal de melhoria na arrecadação. (O
Estado de São Paulo - 19.05.2003) 6 Cemig apura lucro de R$ 152 mi no primeiro trimestre A Cemig
fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 152 milhões, R$ 68
milhões menor que o registrado no primeiro trimestre do ano passado. Segundo
a empresa, o resultado de 2003 é mais próximo do padrão normal. No ano
passado, o resultado foi impactado por uma receita extraordinária de R$
315 milhões referentes à recomposição das perdas do racionamento. A Cemig
foi beneficiada no primeiro trimestre por um aumento nas vendas de 5,58%
em relação ao mesmo período do ano passado e pela valorização do real,
reduzindo o impacto financeiro da compra de energia de Itaipu e do endividamento
em moeda estrangeira. No segmento residencial, as vendas cresceram 13,2%
em relação ao primeiro trimestre do ano passado. (Valor - 20.05.2003) 7 Celesc apura lucro de R$ 25,6 mi A Celesc
teve lucro de R$ 25,6 milhões no primeiro trimestre deste ano em comparação
com resultado de R$ 45,6 milhões no mesmo período de 2002. Já a receita
líquida da companhia aumentou de R$ 414,1 milhões para R$ 492,9 milhões
na mesma base de comparação. No primeiro trimestre deste ano, a Celesc
teve resultado operacional de R$ 38,5 milhões, ante R$ 76,9 milhões contabilizados
no primeiro período de 2002. A receita financeira passou de R$ 40 milhões
para R$ 22,3 milhões. (Gazeta Mercantil - 20.05.2003) 8 CTEEP registra lucro de R$ 40,4 mi A CTEEP
teve lucro líquido de R$ 40,4 milhões no primeiro trimestre, ante os R$
27,7 milhões contabilizados no mesmo período de 2002. Na mesma base de
comparação, a receita líquida da companhia aumentou de R$ 166,6 milhões
para R$ 186,9 milhões. No trimestre encerrado em março, a companhia teve
receita financeira de R$ 37,8 milhões (ante R$ 20,8 milhões registrados
no mesmo período de 2002) e despesa financeira de R$ 22,7 milhões (ante
R$ 8,6 milhões em 2002). (Gazeta Mercantil - 20.05.2003) 9 AES Tietê encerra trimestre com prejuízo líquido de R$ 3,5 mi A AES Tietê
fechou o primeiro trimestre de 2003 com prejuízo líquido de R$ 3,5 milhões,
ante o resultado positivo de R$ 30,2 milhões registrado no mesmo período
do ano passado. Os efeitos do aumento na variação do IGP-M no período,
utilizado para corrigir a dívida com a Eletrobrás, foram fatores que influenciaram
o resultado. Segundo a empresa, a variação do IGP-M nos primeiros meses
do ano foi de 6,26%, contra 0,51% registrado no mesmo período do ano passado.
A despesa operacional no período fechou em R$ 50,7 milhões, o que representa
uma redução nos custos quando comparada com o mesmo período de 2002. (Canal
Energia - 19.05.2003) 10 Prejuízo líquido da RGE cresce para R$ 24,9 mi no primeiro trimestre O prejuízo
líquido da RGE cresceu 33,9% no primeiro trimestre de 2003. De janeiro
a março, a empresa obteve resultado negativo de R$ 24,9 milhões, contra
prejuízo de R$ 18,6 milhões no mesmo período do ano passado. O desempenho
foi influenciado pelas despesas financeiras derivadas da inflação interna
e pela amortização parcial da variação cambial, somando R$ 3,4 milhões.
(Canal Energia - 20.05.2003) 11 El Paso diz que tem R$ 60 mi a receber da Eletrobrás A americana
El Paso Energy está disputando uma "queda-de-braço" com a Eletrobrás por
causa da energia gerada pela americana em Manaus. O assunto já foi levado
ao Ministério de Minas e Energia e está sendo acompanhado pelo governo
do Amazonas. Pelos cálculos da El Paso, ela tem a receber cerca de R$
60 milhões da Manaus Energia, concessionária do Amazonas, pela produção
de quatro de suas térmicas que operam na cidade. A maior parte não vem
sendo paga desde janeiro. A dívida da Manaus Energia é garantida pela
Eletrobrás, que por sua vez controla a Eletronorte. A Eletrobrás diz que
não está pagando porque o contrato com a El Paso Amazonas venceu dia 15
de janeiro e não foi renegociado. O entendimento da diretoria financeira
da Eletrobrás é de que isso só pode ser feito quando o contrato tiver
um aditivo com a atualização do valor total estimado. O vice-presidente
de relações institucionais da El Paso, Roberto Almeida, garante que o
contrato foi prorrogado em 2002. E explica que a empresa pensa em procurar
a Justiça para resolver o problema, já que entende que os dois contratos
estão em vigor e a energia está sendo gerada e consumida. Para a El Paso,
os contratos com a Manaus Energia têm prazo de cinco anos prorrogáveis
por mais dois. Um com vencimento em 2003 e outro em 2004, sendo que o
primeiro foi prorrogado no ano passado. (Valor - 20.05.2003) 12 Eletrobrás não reconhece dívida A Eletrobrás
informa que pagou R$ 10 milhões à Rio Negro e agora quer saldar a dívida,
de cerca de R$ 20 milhões, em seis meses. Mas a estatal não reconhece
a dívida com a Amazonas alegando que é preciso novo contrato estabelecendo
o preço. Segundo Pinguelli, a Eletrobrás reconhece o contrato com a Rio
Negro, mas não o da Amazonas. Pinguelli diz que a El Paso "alega ter uma
correspondência de um diretor da Eletrobrás, mas isso não tem validade".
O presidente da Eletrobrás diz que vai pagar, mas insiste em renegociar
o preço. "Só temos que discutir o quanto. Não temos uma posição inflexível
e queremos negociar", explicou. "Eu com a El Paso sou que nem o Lula paz
e amor. Desejamos um acordo, mas não nas condições deles. Tem de haver
pelo menos um meio termo", diz Pinguelli. Ele também contou que está negociando
a transferência de geradores emergenciais contratados pela CBEE para suprir
Manaus, ao preço de R$ 30. Isso permitirá o aumento de 60 MW na oferta
de energia naquela cidade, o que segundo Pinguelli não vai se sobrepor
à energia da El Paso. "Estamos prevendo um aumento do consumo na região",
disse. (Valor - 20.05.2003) 13 Light investirá R$ 19,6 mi em programa de eficiência energética A Light
investirá R$ 19,6 milhões no ciclo 2002/2003 do programa de eficiência
energética. Segundo estimativas da empresa, a economia de energia será
de 44,6 mil MWh por ano e a redução no horário de ponta deverá ser de
11,8 mil kW. O ciclo prevê a realização de 18 projetos como eficientização
em instalações comerciais que terá investimentos de R$ 4,4 milhões. Os
outros temas abordados são: iluminação pública, eficiência em prédios
públicos, energia inteligente nas comunidades de baixa renda, implantação
de programa de energia solar para comunidades carentes, eficiência nas
indústrias, entre outros. (Canal Energia 19.05.2003) 14 Eletronorte economiza R$ 27 mi com sistema via pregão Desde a
implantação do sistema de aquisições via pregão, autorizado pela Lei 8.666/93,
em 2000, a Eletronorte já conseguiu uma economia de R$ 27 milhões em compras.
Pioneira na implantação do sistema, a Empresa já realizou 87 aquisições
feitas via pregão: 58 para materiais e equipamentos; e 29 para serviços,
com valores estimados pelas áreas em torno de 127 milhões. Foram contratados
deste total R$ 101 milhões. A partir do dia 25 último teve início também
o pregão eletrônico, com a divulgação dos editais pelo sistema Compras
Net, do Ministério do Planejamento. (NUCA - 20.05.2003) O Conselho de Administração da Cemig poderá contar com um representante indicado pelo setor financeiro do país. Após construírem um bloco de 11% das ações preferenciais da companhia, investidores como o Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Pactual e Opportunity obtiveram o direito de ter representação no conselho, conforme previsto pela Lei das Sociedades Anônimas. (O Tempo - 20.05.2003) O administrador e economista Rubens Ghilardi foi eleito e empossado ontem (19/05/2003) pelo Conselho de Administração da Copel como novo diretor de planejamento e de distribuição. (O Jornal de Alagoas - 20.05.2003) Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Eletrobrás contesta dados de geração da Aneel A Eletrobrás
e a Aneel divergem, claramente, sobre a capacidade de geração de energia
elétrica do país. Pelos dados da Aneel, o Brasil teria potência para gerar
83,4 mil MW, o que garante ao país uma posição confortável em termos de
oferta. Segundo a ONS, o consumo é de 55 mil MW nos horários de pico e
em torno de 42 mil MW nos demais horários. Para o presidente da Eletrobrás,
Luiz Pinguelli Rosa, os números da Aneel, "não correspondem à realidade".
Ele estima que a capacidade de geração é de 70 mil MW. Essa diferença
de 13 mil MW significa que investimentos na geração só seriam necessários
daqui a 4 ou 5 anos, segundo a Aneel. A divergência entre a Aneel e a
Eletrobrás não se limita apenas à dados estatísticos. (O Estado de São
Paulo - 17.05.2003) 2 Usina de Três Lagoas só deve operar no segundo semestre A Usina
Termoelétrica de Três Lagoas, que deve gerar inicialmente 240 MW, só deverá
entrar em operação no segundo semestre deste ano. A previsão era que a
obra fosse inaugurada este mês, mas problemas técnicos estão impedindo
a operação efetiva da usina. Segundo o responsável pela obra, engenheiro
Sérgio Vinícius, da Petrobras, o motivo do adiamento é que o material
que vai reparar o problema de superaquecimento das turbinas ainda não
chegou da Europa. Vinícius disse que para adiantar o serviço haverá redução
no prazo inicial de 45 dias de testes para cada turbina. Com isso, a expectativa
de inauguração da usina termoelétrica agora fica para o segundo semestre.
Ele também explicou que a construção e a instalação dos equipamentos já
foram concluídas, mas ainda existem pequenos serviços sendo executados.
A obra da termoelétrica teve início em 2002 e foi orçada em US$ 250 milhões.(Correio
do Estado - 20.05.2003) 3 Capacidade de armazenamento da região Norte está em 84,77% A capacidade
de armazenamento da região Norte está em 84,77%, segundo dados do ONS
referentes ao dia 18 de maio. O submercado foi o único a apresentar acréscimo
no índice, com aumento de 0,12%. O subsistema Nordeste registra volume
de 51,14%. (Canal Energia 19.05.2003) 4
Subsistema Norte registra aumento de 0,12% em um dia 5 Reservatórios estão com 51,14% da capacidade no Nordeste O subsistema
Nordeste registra volume de 51,14%, valor 26,3% acima da curva de aversão
determinada pelo ONS. O nível caiu 0,08% em relação ao dia anterior. A
hidrelétrica de Sobradinho está com volume de 46,51%. (Canal Energia 19.05.2003) 6 Volume armazenado chegou a 78,22% no Sudeste/Centro-Oeste Os reservatórios
estão com 78,22% da capacidade no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, volume
44,64% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O índice teve uma
queda de 0,08%. O nível das usinas de Miranda e São Simão estão, respectivamente,
com índice de 49,92% e 85,22%. (Canal Energia 19.05.2003) 7 Capacidade de armazenamento da região Sul está em 66,25% Com uma
queda de 0,29%, o volume armazenado chegou a 66,25% no subsistema Sul.
A hidrelétrica de G. B. Munhoz registra capacidade de 56,46%. (Canal Energia
19.05.2003) 8 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Reestruturação na área de Gás e Energia da Petrobras vai focar planejamento Os novos
rumos traçados pelo diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer,
para a área podem começar a ser implantados efetivamente a partir da próxima
quinta-feira, dia 22 de maio, quando as reformulações em setores do segundo
e terceiro escalão da empresa devem ser aprovadas durante reunião dos
diretores executivos da estatal. A reestruturação interna na diretoria
vem concentrando a maior parte dos esforços de Sauer desde que assumiu
o cargo, em janeiro. A intenção da diretoria é fortalecer o planejamento
como principal enfoque da gestão, sintonizando as atuações da companhia
em gás e petróleo com o setor elétrico. Uma das formas de viabilizar essa
diretriz seria vincular a geração termelétrica ao modelo global do setor
elétrico, em fase de concepção no Ministério de Minas e Energia. Sauer
formulou uma das propostas de modelagem enviadas ao governo como contribuição
aos trabalhos. A idéia de vinculação ao programa energético passaria por
dar ao parque termelétrico do país um caráter de complementaridade ao
sistema hidrelétrico, que domina a matriz de geração de energia. (Canal
Energia - 19.05.2003)
Grandes Consumidores 1 Indústria de alumínio cresce 10% no quadrimestre A indústria
brasileira do alumínio, a sexta maior do mundo, fechou o primeiro quadrimestre
com um crescimento de 10,2% na produção. O desempenho reflete a retomada
da produção pós-racionamento de energia, da expansão da CBA (Companhia
Brasileira do Alumínio), do grupo Votorantim, e das melhorias técnicas
nas unidades ("smelters"). O alumínio primário é aquele obtido diretamente
do processo de transformação da bauxita (um minério). Já o secundário
é produzido a partir do metal primário ou da reciclagem da sucata. Segundo
a Associação Brasileira do Alumínio, a produção cresceu 5,6% no mês de
abril, atingindo 115,9 mil toneladas. De janeiro ao mês passado, foram
produzidas 417,9 mil toneladas. Esse volume representa o total produzido
em nove usinas das seis empresas do setor - Albrás (PA), Alcan (MG e BA),
Alcoa (MG e MA), Aluvale (RJ), BHP Billinton (MA e RJ) e CBA (SP). (Canal
Executivo - 20.05.2003) Economia Brasileira O Copom
não deverá baixar a taxa básica de juros, a Selic, na sua reunião mensal,
que termina amanhã. Segundo analistas já há condições para começar o recuo
dos juros, mas o BC terá de dar uma demonstração de força para deixar
evidente que não age sob pressão. "É ruim, para o Copom, cortar juros
em meio a tanta pressão política de setores do governo e da sociedade",
diz Cláudio Adilson Gonçalez, sócio da MCM Consultores e ex-chefe da assessoria
econômica do Ministério da Fazenda. Mais do que a queda da Selic estaria
em jogo na reunião do Copom a credibilidade do BC. "O BC é o guardião
da moeda e vem afirmando que a inflação ainda preocupa e não dá para baixar
os juros. Se recuar diante do crescimento do coro em favor do corte dos
juros, perde credibilidade. Estive no governo e, muitas vezes, mudamos
uma decisão para não agir sob pressão", diz Gonçalez. (Folha de São Paulo
- 19.05.2003) 2 Meirelles diz que inflação é uma ameaça Embora tenha sido cauteloso e evitado fazer referências diretas à decisão de amanhã sobre a taxa de juros, o presidente do BC, Henrique Meirelles, voltou a demonstrar ontem preocupação com a inflação. "A inflação é um problema. É uma ameaça. Todos os países que cresceram tiveram baixa inflação como condição prévia. Não podemos partir do pressuposto que vamos conviver de uma forma crônica", disse. Amanhã, o Copom definirá a nova trajetória da taxa básica Selic, fixada hoje em 26,5% ao ano. Apesar da advertência, Meirelles defendeu, na palestra, os pilares da atuais políticas monetária e econômica. Defendeu a geração de superávits primários como forma de fazer poupança e, com isso, impulsionar o crescimento, a austeridade fiscal e a redução do risco-país. (Folha de São Paulo - 19.05.2003) A segunda
prévia do IGP-M deste mês registrou deflação de 0,28%, segundo a FGV.
É a primeira deflação de uma segunda prévia do índice desde março de 2000
(menos 0,05%). Trata-se também da maior deflação desde setembro de 1995,
no segundo ano do Plano Real, quando o IGP-M teve queda de 0,49%. Em abril,
a segunda prévia ficou em 0,86%. A queda no índice foi puxada pela deflação
dos preços no atacado, influenciados pelas reduções do dólar e dos combustíveis.
Também colaborou para a redução dos preços a entrada da nova safra agrícola
no mercado. O IPA registrou deflação de 0,79% na segunda prévia do mês.
No mesmo período de março houve alta de 0,74%. (Folha de São Paulo - 19.05.2003) 4
Importação menor ajuda superávit 5 Exportador mantém planos mesmo com a valorização Grandes
fabricantes de bens manufaturados mantêm planos de exportação, apesar
da apreciação recente do real e da queda da taxa de câmbio para níveis
próximos a R$ 3. Para empresas exportadoras como Ford, TRW e Nokia, que
são também grandes importadoras, as compras no exterior funcionam como
um hedge natural à variação do câmbio. No primeiro trimestre, a importação
dos nove maiores exportadores de bens manufaturados correspondeu a 76%
de suas exportações. No ano passado, o valor importado pela indústria
correspondeu a 88% de suas exportações, segundo o Ministério do Desenvolvimento.
Outra razão para manter os planos de comércio exterior é a avaliação de
que o câmbio está depreciado temporariamente e que a taxa de equilíbrio
é superior a R$ 3,00. Para muitas empresas, o dólar neste nível já garante
a rentabilidade da exportação. "O importante é a estabilidade da taxa.
Oscilação excessiva atrapalha", diz o presidente da Ford do Brasil, Antônio
Maciel Neto. (Valor - 19.05.2003) 6 FMI não recomenda intervenção cambial A vice-diretora-gerente
do FMI, Anne Krueger, disse ontem em São Paulo, que uma intervenção no
mercado de câmbio pelo governo brasileiro agora, para conter uma queda
mais brusca da moeda norte-americana, não seria adequado e que o BC deveria
fazer é "esperar e ver" o que acontece. A declaração de Krueger foi transmitida
pela diretora de pesquisas e estudos econômicos da Fiesp, Clarice Messer,
que a recebeu na sede da entidade com outros diretores. Segundo Clarice,
a vice-diretora do FMI fez o alerta ao ser informada pelos empresários
dos problemas causados pela valorização do real, que pode prejudicar as
exportações brasileiras, fundamentais para o ajuste das contas externas
do País. (Gazeta Mercantil - 19.05.2003) A volatilidade voltou a afetar os negócios no mercado financeiro nesta terça-feira. O dólar alternou tendências e fechou a manhã em alta de 0,53%, cotado a R$ 3,011 na compra e R$ 3,016 na venda. Ontem, o dólar comercial chegou ao final dos negócios em alta de 1,86%. A moeda ficou cotada a R$ 2,996 para compra e a R$ 3 para venda. (O Globo On Line e Invertia - 19.05.2003)
Internacional 1 Union Fenosa vence licitação A Union
Fenosa da Espanha venceu licitação para o fornecimento de energia elétrica
para o Serviço de Correios da Espanha. Pelo contrato a ser firmado, serão
140 GWh por ano num total de 2800 pontos de fornecimento. A duração do
contrato será de dois anos. (Platts - 20.05.2003) 2 Gas Natural recebe permissão para construção de termo O ministro
da economia da Espanha aprovou a construção da usina termoelétrica de
ciclo combinado proposto pela Gas natural em Arrubal na região de LaRioja.
Segundo a permissão do ministro, publicada em Diário Oficial, todas as
questões ambientais foram atendidas pelo projeto apresentado. A Gas Natural
atualmente opera com uma capacidade instalada na Espanha na ordem de 800
MW , e tem planos de chegar em 4800 MW até 2007. (Platts - 20.05.2003)
3 ERG planeja maior participação no setor energético italiano A ERG, maior
refinaria independente da Itália, está planejando investimentos de 460
milhões de euros no setor de refino e de produção de energia, afirmou
um executivo da empresa. O objetivo é realizar projetos conjuntos com
empresas do setor de energia italiano de modo a aumentar sua participação
no setor. Outra possibilidade é a entrada da ERG no mercado de gás natural.
(Platts - 20.05.2003) 4
Enertrade firma contratos de 37,8 mi de euros no primeiro trimestre
Biblioteca Virtual do SEE 1 PEREIRA, Raimundo Rodrigues. O Debate sobre um novo modelo para o setor elétrico: o plano Tolmasquim. Rio de Janeiro. Ponto de Vista, 2-05-2003. - 03 páginas Este artigo trata do novo modelo de reestruturação do SE, feito pelo MME e coordenado pelo secretário de Política Energética Maurício Tolmasquin. Combinando elementos de planejamento estatal e competição, ele prevê a criação de um órgão para planejar e determinar as licitações para atender a demanda prevista, tentando aumentar o nível de investimento em geração e transmissão, principal falha do modelo anterior. O órgão atuará como repassador de contratos, estimulando o estabelecimento de contratos de longo prazo feito pelas distribuidoras, que possam ser recebidos pelos bancos como garantia para projetos de geração e transmissão. A principal crítica é que o modelo não garante a remuneração das térmicas e tampouco lida de forma eficaz com os riscos hidrológicos. Disponível
em http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/reestruturacao.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|