l IFE:
nº 1.111 - 19 de maio de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Aneel define prazos de universalização A Aneel
divulgou na sexta-feira os prazos para as 64 distribuidoras do País atingirem
a universalização do serviço. Os prazos variam entre 2004 e 2015, de acordo
com o atual índice de atendimento da concessionária e com a porcentagem
de atendimento dos municípios. Até 2006, já devem estar ligados à rede
todos os consumidores residenciais, comerciais, industriais ou rurais,
localizados dentro da área de concessão de distribuidoras que já possuem
mais de 99,5% de índice de atendimento. É o caso, por exemplo, da Bandeirante
Energia, CPFL, Eletropaulo e Light. Na outra ponta estão as distribuidoras
que possuem índice de atendimento menor que 80%, situação na qual se encontram
Ceam (65,74%); Eletroacre (78,95%); Celpa (79,03%); Celtins (77,88%);
Cemar (79,74%); Cepisa (75,95%); e Cer (64,46%). Essas distribuidoras
têm prazo até 2015 para realizar as novas ligações. Para as concessionárias
que possuem índice de atendimento entre 80% e 96%, o prazo é até 2013;
entre 96% e 98%, 2010; entre 98% e 99,5%, 2008. (Gazeta Mercantil - 19.05.2003) 2 Aneel define metas específicas de universalização para municípios Além dos
limites dentro da área de concessão de cada distribuidora, a Aneel também
fixou metas específicas para cada um dos municípios atendidos pelas empresas.
Neste caso, para os municípios com mais de 96% de atendimento, o prazo
máximo para alcançar a universalização é 2004, como deve acontecer, por
exemplo, com 608 municípios paulistas, dos 645 existentes. Se o município
tiver entre 90% e 96% de atendimento, o prazo é 2006; entre 90% e 83%,
2008; entre 83% e 75%, 2010; entre 75% e 65%, 2012; entre 65% e 53%, 2014;
menor ou igual a 53%, 2015. (Gazeta Mercantil - 19.05.2003) 3 Prazo para entrega de plano de universalização é adiado pela Aneel As distribuidoras
terão mais prazo para apresentarem o plano de metas de universalização
dos serviços de eletricidade. A Aneel manteve a data de 31 de agosto somente
para a entrega das metas que serão cumpridas em 2004. A legislação prevê
que em 2016 todos os municípios terão acesso à rede elétrica. A flexibilização
das metas, segundo o superintendente de Regulação da Comercialização da
Aneel, Gilberto Pimenta, atende a pedido das distribuidoras, que alegaram
dificuldade em apresentar, neste ano, todo o plano de universalização
que deverá ser executado até 2015. A Aneel deverá concluir nesta semana
a relação de municípios que serão atendidos, a cada ano, de acordo com
o plano de universalização que será apresentado pelas distribuidoras.
Segundo a Aneel, 11 milhões de brasileiros não têm acesso à rede. A agência
não informou, no entanto, o número de consumidores que serão beneficiados
a cada ano. (Tribuna da Imprensa - 19.05.2003) 4
Aneel pode realizar licitações para plano de universalização 5 FURNAS realiza seminário sobre planejamento econômico-financeiro do SEE Acontece
nos dias 14 a 17 de outubro de 2003, no Club Med Resort, em Mangaratiba,
Rio de Janeiro, o XI Seminário de Planejamento Econômico-Financeiro do
Setor Elétrico - SEPEF. O evento, organizado por FURNAS Centrais Elétricas
S. A., reunirá renomados expoentes do setor, em um momento de importantes
definições para todos os agentes da cadeia energética do País. Serão apresentados
exposições de trabalhos técnicos, palestras e painéis de debates. Um palestrante
por trabalho técnico selecionado terá direito à passagem aérea e hospedagem
durante o seminário. Além dos assuntos tradicionais que norteiam este
Seminário, tais como orçamento, projeções financeiras, análise de risco,
controladoria, contabilidade, foram, ainda, definidos, pelo Conselho Diretivo,
outros temas para orientação dos trabalhos: Estrutura Tarifária do Setor
Elétrico; Financiamento para o Setor Elétrico; Sistemas de Garantia na
Comercialização de Energia; Impactos Tributários nas Tarifas e Preços
da Energia Elétrica; Gestão de Caixa em Momento de Crise; Securitizacão
de Recebíveis; As Incertezas do Mercado de Energia e o Planejamento Econômico-Financeiro
das Empresas; O Processo de Revisão Tarifária e seus Impactos nas Empresas
do Setor Elétrico; Transmissoras de Energia - Problemas e Soluções; Redirecionamento
do Modelo do Setor Elétrico; Regulação - O Papel da ANEEL; Mercado Atacadista
de Energia - MAE- Problemas e Soluções; Leilão de Energia. Mais informações
no site http://www.xisepef.com.br/
ou pelo e-mail xisepef@furnas.com.br. (Nuca - 19.05.2003) Universalização:
A Aneel disponibilizou site com informações sobre Universalização da Energia
Elétrica no Brasil por região, municípios e pelas 64 empresas concessionárias.
Ver em: http://universalizacao.aneel.gov.br/UNI_MAIN.asp
(O Globo - 19.05.2003)
Empresas 1 BNDES tem novo problema com empresa do setor elétrico Não bastasse
o problema que o BNDES enfrenta com a AES Corp. com relação à empréstimos
adquiridos, agora, o consórcio SEB - formado pela americana Mirant (ex-Southern
Eletric), Opportunity e AES - não pagou uma fatura de US$ 87 milhões que
vencia em 15 de maio. A parcela refere-se a um empréstimo que a SEB fez
para comprar 33% da Cemig em maio de 1997. Na quinta-feira, os sócios
enviaram ao banco uma carta, na qual explicavam o motivo do "default".
Nela, também "alertavam" para a necessidade uma rediscussão dessa dívida,
diz fonte que acompanha o processo. O empréstimo, originalmente de US$
526 milhões, já chega a US$ 700 milhões e três rolagens foram feitas antes
do vencimento da quinta-feira passada. (Valor/UFRJ - 19.05.2003) 2 A justificativa da SEB para o "default" Na época
da venda da Cemig, a SEB pagou R$ 1,1 bilhão (US$ 1,05 bilhão) para ser
sócia minoritária na distribuidora mineira. Mas esse valor embutiu um
ágio superior a 100% em relação ao preço das ações ordinárias no mercado.
O grupo pagou o prêmio como parte de um acordo de acionistas por meio
do qual teria a gestão e controle da companhia. Nomeou os diretores de
geração, suprimentos e o vice-presidente e pôs quatro representantes no
conselho de administração. O acordo, porém, foi questionado pelo ex-governador
de Minas Gerais Itamar Franco. Ele recorreu à Justiça para desfazer o
contrato, sob a alegação de que seu antecessor vendeu o controle da Cemig
sem aprovação da Assembléia de Minas. O caso está no Superior Tribunal
de Justiça. Como o acordo não está sendo cumprido, a SEB entende que não
deveria também cumprir a sua parte. Um dos sócios, no entanto, admite
que a SEB não teria recursos para honrar o compromisso. Nem por isso,
os sócios estão dispostos a se desfazer de suas ações. A Mirant, nos Estados
Unidos, optou por ter uma postura mais conservadora e, em comunicado de
10 de janeiro, informa que fez um provisionamento contábil assumindo perdas
de US$ 84 milhões em relação as suas ações da Cemig. Procurado por este
jornal, o representante da Mirant no Brasil não retornou a ligação. A
AES não se pronunciou e a Cemig informa que não tem nada para comentar
sobre o assunto. (Valor - 19.05.2003)
3 Cemig registra lucro de R$ 151 mi no primeiro trimestre Na sexta-feira,
a Cemig divulgou resultados referentes ao terceiro trimestre do ano. No
período, a companhia obteve lucro líquido consolidado de R$ 151,694 milhões
- resultado 31% inferior ao ganho de R$ 219,947 milhões de igual período
de 2002. A receita líquida da companhia mineira no trimestre passado somou
R$ 1,088 bilhão, montante inferior ao R$ 1,238 bilhão faturado nos três
meses iniciais de 2002. O resultado operacional entre janeiro e março
foi positivo em R$ 281,147 milhões. O patrimônio líquido da empresa encerrou
o trimestre em R$ 5,832 bilhões. (Valor - 19.05.2003) 4
CFLCL - Fato relevante 5 Eletronet ainda em operação após falência A juíza
Ellen Garcia Mesquita Lobato, da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro,
decretou a falência da Eletronet, mas acatou pedido da Lightpar e sua
controladora, a Eletrobrás, para que a empresa continue operando. A partir
de agora, o interventor da massa falida da Eletronet é o advogado Isaac
Zveiter, que terá que nomear novos gerentes da companhia. A decisão da
juíza foi comemorada pelo presidente da Lightpar, José Eudes Freitas.
"O fundamental nessa decisão é que o negócio, que é de interesse nacional,
continue e que a Eletronet possa manter sua rede e continuar a prestar
serviços para os clientes até conquistando novos ", disse Freitas. O executivo
adiantou que já existem interessados em comprar a participação da AES
no negócio. (Valor - 19.05.2003) 6 Copel tem prejuízo de R$ 15,52 mi entre janeiro e março A Copel
sofreu o impacto dos custos da energia comprada para revenda no balanço
dos três primeiros meses do ano. Depois de obter um lucro líquido de R$
141,83 milhões nos três primeiros meses de 2002, a companhia amargou um
prejuízo líquido de R$ 15,52 milhões entre janeiro e março deste ano.
A receita líquida alcançou R$ 713,8 milhões no período, com um incremento
de 12,8% em relação aos R$ 632,65 milhões obtidos no primeiro trimestre
de 2002. (Valor - 19.05.2003) 7 Paranapanema fecha primeiro trimestre com prejuízo de R$ 25,09 mi A geradora
de energia elétrica Paranapanema, controlada pela Duke Energy, fechou
os três primeiros meses do ano com um prejuízo líquido de R$ 25,09 milhões,
contra um lucro líquido de R$ 23,58 milhões em igual período de 2002.
A receita da companhia também sofreu reversão, caindo para R$ 127,3 milhões,
contra R$ 133,13 milhões no mesmo trimestre de 2002. (Valor - 19.05.2003) 8 Estagnação do setor afeta fornecedores A indefinição
que cerca o setor energético, e que paralisou os investimentos em geração,
transmissão e distribuição, deve diminuir o faturamento das empresas fornecedoras
de máquinas e equipamentos em até 40% neste ano. Grandes empresas do setor,
como Alstom, ABB e Siemens prevêem faturar menos por conta da falta de
pedidos. No segmento de geração, a ociosidade das empresas supera os 50%.
Ao lado dos agentes do setor, as fornecedoras de máquinas e equipamentos
de energia engrossam o coro dos que torcem pela divulgação do novo modelo
de desenvolvimento por parte do MME e pela retomada dos investimentos.
Segundo o vice-presidente da Alstom, José Reis, a estagnação no setor
energético deve encolher o faturamento da empresa entre 20% a 40% neste
ano. De acordo com o executivo, além da redução nos resultados das empresas,
os reflexos da paralisação no setor de energia também vão atingir a mão-de-obra.
(Gazeta Mercantil - 19.05.2003) 9 Exportações de equipamentos do setor elétrico também estão retraídas O executivo
da Siemens, que também é diretor da área de geração de energia na Associação
Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), afirma que as
vendas externas de máquinas e equipamentos também enfrentam problemas.
Segundo ele, a situação do setor de energia nos Estados Unidos também
não é das melhores, e mercados emergentes na América Latina, como o Chile
e Argentina, ainda estão em fase de recuperação. "A expectativa é por
medidas do governo federal que possam reverter a paralisia atual para
que as empresas retomem os projetos de investimentos". Na ABB, as informações
são de que o volume de pedidos efetuados na área de geração de energia
neste ano ficou 20% abaixo do que estava previsto. Segundo a empresa,
tradicionais compradores estrangeiros, como Estados Unidos e países da
América Latina, também diminuíram o volume de pedidos em razão de problemas
específicos. Como as alternativas no mercado externo também não têm sido
suficientes para driblar a crise do setor energético brasileiro, a empresa
diz que a saída, por enquanto, é aguardar as definições sobre a reorganização
do setor por parte do ministério e a recuperação na saúde financeira das
concessionárias de energia elétrica. (Gazeta Mercantil - 19.05.2003) 10 Instituto Fernand Braudel: Prejuízo de R$ 11 bi não inibe potencial do SE Nos últimos
quatro anos, entre 1999 e 2002, as empresas de energia elétrica, principalmente
as privadas, amargaram um prejuízo de R$ 11 bilhões, segundo levantamento
da Economática. Na avaliação de alguns especialistas, o potencial do setor
elétrico brasileiro é grande e pode dar bons frutos. O que emperra os
investimentos são as freqüentes mudanças na regulamentação. Segundo a
titular de política energética do Instituto Fernand Braudel de Economia
Mundial, Virgínia Parente, o consumo per capita do Brasil ainda é muito
pequeno comparado aos outros países do mundo. Enquanto nosso consumo é
de 2.121 kWh, o da França é de 6.797 kWh, o da Austrália, 9,666 kWh, do
Canadá, 15.815 kWh e dos Estados Unidos, 12.643 kWh, diz ela. Com a retomada
do crescimento econômico do País, argumenta Virgínia, a demanda de energia
tende a ser mais rápida que a evolução do PIB. Portanto, as empresas elétricas
estão num negócio com grande potencial. Aliás, este foi um dos principais
motivos que atraíram diversos grupos estrangeiros para o País. O problema
é que com o racionamento, o consumo foi na direção contrária do planejamento
das companhias, que previam crescimento constante a partir de 2000. Virgínia
destaca que, apesar do grande potencial, até agora não compensou ter investido
no Brasil. Para ela, questões políticas têm atrapalhado a consolidação
das empresas estrangeiras no setor. (Estado de São Paulo - 19.05.2003) 11 Roberto D´Araújo: investir em energia é um bom negócio O diretor
do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico (Ilumina),
Roberto Pereira D'Araújo, no entanto, não concorda que não valeu a pena
ter investido no Brasil. Segundo ele, os mais prejudicados até agora foram
os consumidores, que a cada dia pagam mais pela energia. Na opinião de
D'Araújo, todo o setor está ruim, mas existem bons negócios escondidos.
Um exemplo, ressalta o diretor, são as empresas eletrointensivas que investiram
na geração de energia e estão ganhando com os empreendimentos. "Acredito
que investir no Brasil ainda é um bom negócio." O diretor do Ilumina tem
suas razões. Apesar do prejuízo de R$ 11 bilhões, algumas companhias tiveram
períodos de bons resultados. (Estado de São Paulo - 19.05.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Cemig apura crescimento no consumo no primeiro trimestre A Cemig
apurou no período um crescimento de 3,7% no consumo total de energia direta,
mais os consumidores livres, que alcançou 4.647 GWh. O desempenho foi
puxado pelos setores residencial, com evolução de 5,2%, comercial (9,2%)
e rural (8%). A empresa fechou o primeiro trimestre com um total de 3.029.645
clientes, aumento de 2,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
No acumulado dos três primeiros meses do ano, o endividamento da empresa
ficou em 44,8% sobre o seu patrimônio líquido, de R$ 4,7 milhões. (Gazeta
Mercantil - 19.05.2003) 2 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 MAE deve estar operando normalmente até final de junho O novo presidente
do Conselho do MAE, Antônio Carlos Fraga Machado, trabalha com a expectativa
de que o mercado estará operando normalmente até o final de junho. "Estaremos,
até esse prazo, liquidando as operações realizadas no mercado uma vez
por mês, com tudo já auditado", prevê Fraga Machado, único representante
do ministério no Conselho. Ele destacou que estão em curso as duas auditorias
para verificar a exatidão das contabilizações das operações realizadas
no MAE. Na semana passada, foi concluída a primeira parte, conduzida pela
Trevisan, sobre as contabilizações para o período de setembro de 2000
ao mesmo mês de 2002. A empresa atestou que as realizadas até março de
2001 estão em conformidade com as regras de mercado. A expectativa é de
que até o dia 30 o trabalho seja concluído. Então, será possível ao MAE
liquidar, até o final do primeiro semestre, o total de 50% das operações
realizadas nestes 24. A outra metade já havia sido liquidada na virada
do ano. O MAE planeja também liquidar, no período de 1º a 18 de junho,
os 50% das contabilizações realizadas entre outubro e dezembro do ano
passado. Estão em curso ainda trabalhos de auditoria realizados sobre
as operações contabilizadas para este ano, a cargo da Deloitte Touche
Tohmatsu, com previsão de término em final de junho. (Tribuna da Imprensa
- 19.05.2003) 2 Problema com depósito de garantias está resolvido, diz Fraga Fraga Machado informou ainda que um problema inicial com o depósito de garantias a ser apresentado pelas estatais que participam deste mercado já foi superado. Quatro dos 87 agentes do MAE deixaram de depositar as garantias necessárias para a cobertura de operações realizadas no primeiro trimestre do ano. As quatro empresas estatais eram responsáveis por garantias no valor total de R$ 1,998 milhão, dos R$ 27 milhões esperados. A justificativa, na época, foi de que existiam dificuldades operacionais para o depósito pelas companhias. "Mas os ajustes já foram feitos e as estatais estão depositando normalmente as garantias", disse Fraga Machado. (Tribuna da Imprensa - 19.05.2003) 3 Fraga: Regime de auto-regulação está aposentado Antônio
Carlos Fraga Machado acrescentou que, embora a sua eleição para o Conselho
represente o fim da intervenção direta da Aneel na administração do MAE
- ele substitui Lindolfo Paixão, indicado pela agência -, o regime de
auto-regulação do mercado está definitivamente aposentado. O MAE permanecerá
com as suas regras reguladas e aprovadas pela Aneel, disse ele. Embora
esteja regularizando toda a parte operacional, o mercado ainda tem futuro
incerto. O governo já anunciou a intenção de substituir o MAE por uma
agência de contratação de energia, medida que seria acompanhada da extinção
do mercado "spot" de energia, mantendo-se somente os contratos de longo
prazo. Fraga Machado evitou comentar o futuro do MAE, "enquanto as informações
não forem oficiais". Ele acrescentou apenas que o governo tem buscado
facilitar e incentivar os investimentos no setor. (Tribuna da Imprensa
- 19.05.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Térmicas paradas geram perdas de R$ 2,2 bi O governo
federal gastará neste ano R$ 2,2 bilhões com o aluguel de 77 geradoras
térmicas de energia elétrica que estão paradas, e o dinheiro virá do seguro-apagão,
o ECE (Encargo de Capacidade Emergencial). Hoje, elas estão em condições
de funcionamento, mas estão paradas porque "sobra" energia no Brasil.
Segundo números da Eletrobrás divulgados no último dia 5, o consumo de
energia no país é hoje inferior ao nível pré-racionamento. Além disso,
subiu o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas o que aumenta
a oferta de energia. O MME calcula que cerca de 6.000 MW de potência instalada
deixem de ser comercializados no MAE o que indica que várias usinas "não-emergenciais"
estão operando abaixo de sua potência total. Juntas, as 77 geradoras emergenciais
somam 2.439,49 MW de potência instalada. (Folha de São Paulo - 18.05.2003) 2 Indústrias da região sul estão voltando a usar lenha O aumento
de 83,5% no preço do gás natural comprado da Bolívia no último ano, causado
pelas variações do dólar e petróleo, está levando indústrias do Sul do
país a trocar o gás por outros combustíveis mais baratos. No Paraná, duas
grandes empresas do setor cerâmico já substituíram o gás pela lenha. Outras
duas importantes indústrias madeireiras na região de Curitiba pretendem
desistir do uso do gás e já estudam alternativas energéticas para manter
a produção. Negociações entre o Brasil e Bolívia para a redução do preço
já foram iniciadas em março, mas ainda não há solução. Caso não haja acordo
tão cedo, o maior temor é que essas desistências possam levar ao abandono
do combustível tão longamente aguardado e à inviabilidade do gasoduto
Brasil-Bolívia que custou R$ 2 bilhões. (Gazeta do Povo - 19.05.2003)
Economia Brasileira O estoque
de contratos de hedge cambial (proteção financeira contra oscilações no
câmbio) entre empresas e bancos chegou a R$ 25,194 bilhões em abril, o
maior valor desde agosto e uma alta de 9,23% sobre março. Os números são
do Valor Data, coletados na Cetip. O total ainda está longe do pico de
R$ 31 bilhões de março de 2002, mas mostra o início de uma recuperação.
"A demanda por hedge está amortecendo a queda do dólar no ano", diz Alexandre
Vasarhelyi, chefe da mesa de câmbio do ING. Neste mês, o dólar subiu 1,17%,
para fechar a sexta-feira em R$ 2,945. (Valor - 19.05.2003) 2 Retração do dólar anima importador e já afeta os preços O dólar abaixo dos R$ 3 começa a animar as empresas e refletir-se nas decisões estratégicas. Por trás das decisões e da renegociação de contratos está a necessidade de aquecer as vendas e se antecipar à concorrência. A queda do dólar tornou-se o principal argumento dos compradores das Lojas Americanas nas negociações com fornecedores. Segundo o diretor Roberto Martins, a empresa está tentando renegociar preços em quase todos os segmentos, mas principalmente naqueles em que pesam os componentes e insumos importados. "São produtos como eletroeletrônicos, brinquedos e produtos de beleza", diz Martins. (Valor - 19.05.2003) 3 Ex-secretário da Receita elogia reforma de Lula A proposta
de reforma tributária encaminhada ao Congresso Nacional pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva está muito bem estruturada do ponto de vista
político e não apresenta defeitos estruturais, mas pode aumentar a carga
tributária do País e as disputas judiciais entre o Fisco e os contribuintes.
A análise é do ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel. De acordo
com Maciel, a proposta tem como virtudes, principalmente, a transformação
da CPMF em tributo permanente e a unificação da legislação do ICMS, mantida
a arrecadação na origem e a partilha mista - entre o estado produtor e
o consumidor. Responsável por recordes sucessivos de arrecadação no governo
Fernando Henrique Cardoso, Maciel diz que não existe reforma indolor.
E a de Lula pode provocar aumento da carga tributária, especialmente ao
deixar a cargo do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a
tarefa de escolher os produtos que entrarão em quatro das cinco faixas
(alíquotas) de imposto que cabe aos estados definir (a categoria especial
será definida pelo governo federal). (Gazeta Mercantil - 19.05.2003) 4
Mercado: Taxa de juros estável 5 Perigos do capital de curto prazo A volta
do capital estrangeiro ao Brasil ajudou a reduzir o risco-país e deu fôlego
à taxa de câmbio. O capital que chega ao mercado brasileiro é de curto
prazo, concentrado em captações externas e em linhas de financiamento
às exportações. A volatilidade desse dinheiro deve ser tomada com atenção,
uma vez que ocorrido algum choque, a taxa de câmbio rapidamente volta
a patamares muito depreciados, dificultando rolagens ou novas captações
no exterior. (Jornal do Commercio - 19.05.2003) O dólar
iniciou a semana com forte valorização sobre o real e fechou a manhã de
hoje em alta de 1,79%, cotado a R$ 2,993 na compra e R$ 2,998 na venda.
Na sexta-feira, o dólar comercial chegou ao final dos negócios em queda
de 0,84%, depois de oscilar muito. A moeda ficou cotada a R$ 2,94 para
compra e a R$ 2,945 para venda. (O Globo On Line e Invertia - 19.05.2003)
Internacional 1 Parceiros negociam financiamento para hidrelétrica na Venezuela Os governos
da Venezuela e Brasil, juntamente com a empresa francesa Alstom, estão
negociando um financiamento para a represa hidrelétrica de La Vueltosa,
com construção estimada em US$160 milhões, no oeste da Venezuela, disse
o gerente de sistemas da Alstom Brazil, Edwaldo Tamberg. O consórcio formado
pela unidade brasileira da Alstom, a Power Environment, e a empresa-mãe
francesa Alstom assinou em 11 de maio contrato com a Uribante Caparro
Development (DESURCA), unidade da companhia elétrica estatal Cadafe para
construir a casa de força, linhas de transmissão e duas subestações para
La Vueltosa. Continuam as negociações com o BNDES, do Brasil, e a agencia
francesa de desenvolvimento de exportações, a Coface, disse Tamberg. A
divisão final do trabalho depende do resultado dessas negociações, mas
cálculos preliminares sugerem que 80% serão da Alstom Brazil e 20% da
Alstom France, ele disse. Todo o projeto teve seu financiamento planejado
em conversas recentes entre os presidentes brasileiro e venezuelano, Luiz
Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, com a priorização do comércio e parceria
bilateral, disse Tamberg. (Business News Americas - 16.05.2003) 2 Ministro da Economia de Portugal: Estado pode vir a não ser acionista da EDP O ministro
da Economia, Carlos Tavares considera que, no limite, o Estado não necessita
estar presente no capital da elétrica nacional, sendo mesmo intenção do
Executivo que o Estado reduza a sua participação atual de 30% na EDP "tão
cedo quanto possível". Carlos Tavares disse também que poderão ser efetuadas
antes do verão duas mudanças estratégicas no regulamento da ERSE, de modo
a que, em 2004, a EDP possa repercutir os custos de reestruturação na
fatura dos consumidores, ao mesmo tempo que as empresas irão ter tetos
de variação das tarifas. Ainda em relação à participação do Estado no
capital da elétrica nacional, o ministro da Economia adiantou que "é normal
que os Governos, no setor energético, conservem uma 'golden share', pois
este setor é um dos poucos em que a Comissão Européia as tolera". (Diário
Económico - 19.05.2003) 3 ESR considera repercussão dos custos nas tarifas como "positivo" para a EDP A Espírito
Santo Research (ESR) considera que a declaração hoje feita pelo ministro
da Economia, Carlos Tavares de que irão ser efetuadas antes do verão duas
alterações no regulamento da ERSE que permitam à elétrica nacional repercutir
os custos da sua reestruturação nas tarifas que pratica, como sendo benéfica
para a empresa. Segundo o "Iberian Daily" de hoje da ESR, é considerado
como "claramente positivo se for em frente o fato da EDP poder passar
os custos de reestruturação para os consumidores, já que isso deverá acelerar
o aumento da eficiência da elétrica portuguesa". (Diário Económico - 19.05.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Granderson, Gerald & Linvill, Carl. Nonparametric measurement of productive efficiency in the presence of regulation. Elselver, November/1997. Volume: 110, Issue: 3 pp. 643-657. (European Journal of Operational Research). 15 páginas. O artigo analisa a perda de produtividade na indústria de oleodutos dos EUA nas décadas de 70 e 80. Ele conclui que apesar da melhoria da eficiência técnica, a diminuição no indicador se deveu à perdas em economias de escala, devido a uma redução de 20% na demanda, aliada a uma maior rigidez regulatória, baseada em taxa de retorno. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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