l

IFE: nº 1.108 - 14 de maio de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Novo modelo do SEE: retomada do planejamento
2 Ministério nega que energia emergencial possa virar 'reserva estratégica'
3 Concessionárias receberão metade da compensação financeira este mês
4 Novo diretor da ANP: Governo tem interesse no fortalecimento das agências
5 Dilma Rousseff confirma presença no Energy Summit
6 Seminário discute viabilidade e planejamento em projetos de geração e cogeração

Empresas
1 Ações da Eletropaulo não cobrem dívida da AES com BNDES
2 S&P atribui rating 'brCC' às debêntures da Cesp
3 Aquisição da PeCom pela Petrobras é aprovada na Argentina
4 CPI da venda de Cachoeira Dourada analisará documentos
5 MPX investirá US$ 500 mi em energia

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Hidrelétrica de Tucuruí bate recorde de geração
2 Consumo no subsistema Sul atinge 7.269 MW médios
3 Volume armazenado chegou a 83,95% no Norte
4 Capacidade da região Nordeste está em 51,9%
5 Nível de armazenamento está em 70,9% no Sudeste/Centro-Oeste
6 Subsistema Sul registra nível de armazenamento de 70,9%
7 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 CBEE: Mudança nos contratos de usinas emergenciais preocupa investidores

Gás e Termelétricas
1 Petrobras estuda a compra de termelétricas para diminuir prejuízos
2 Governador de MT reivindica construção de ramal no Gasoduto Bolívia
3 Comgas lucra R$ 18,2 mi
4 CEG se defende contra acusações do MP
5 Deputado propõe a criação da Gaspará

Economia Brasileira
1 Risco de descontrole da inflação é eliminado, diz Palocci
2 IPCA caiu para 0,97% em abril
3 BC: IPCA previsível e melhora das expectativas

4 Reajustes das tarifas de energia elétrica impactam no IPCA
5 Mantega confirma possível queda dos juros
6 Política industrial será apresentada em agosto
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 El Paso apura prejuízo de U$ 394 mi no primeiro trimestre
2 Cresce ganho da Gas Natural
3 Gas Natural vendeu 1,3% da Enagas
4 Resultado da Union Fenosa sobe 6,5% entre Janeiro e Março
5 BG registra lucro líquido de U$ 288 mi no primeiro trimestre

Biblioteca Virtual do SEE
1 JPMORGAN. Submission to Ofgem, Review of Transco’s price control from and Response to Initial Thoughts. Londres: Victoria Embankment, 12 de Abril de 2001. - 44 páginas.

 

Reestruturação e Regulação

1 Novo modelo do SEE: retomada do planejamento

A nova proposta para impulsionar o setor energético prevê a retomada de planejamento de longo prazo (vinte anos), médio (dez anos) e curto (cinco anos) para os investimentos em geração, transmissão e distribuição. De acordo com o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, a previsão é que o setor recupere a média histórica de expansão anual da ordem de 5% com a retomada do planejamento estratégico. "No longo prazo, pretendemos traçar o planejamento vinte anos à frente. No plano decenal, vamos fazer o monitoramento das condições de atendimento e, no curto prazo, vamos estimular a retomada de investimentos para evitar novas crises, sempre com ampla divulgação, transparência e canais para contestação dos modelos propostos", disse o secretário. Para garantir a retomada de investimentos privados no setor, hoje praticamente paralisados, a estratégia do MME será usar os contratos de compra e venda - Power Purchase Agreement (PPA) - de longo prazo feitos por meio de licitações. "Será como um leasing de usina, para todas as formas de geração", disse o secretário. Segundo Tolmasquim, a base da concorrência nas licitações que o MME pretende fazer será a menor receita para os empreendedores, o que, segundo ele, vai garantir menores tarifas para os consumidores. (Gazeta Mercantil - 14.05.2003)

<topo>

2 Ministério nega que energia emergencial possa virar 'reserva estratégica'

O Ministério de Minas e Energia, por meio de sua assessoria de imprensa, negou nesta terça-feira, dia 13 de maio, que esteja estudando a utilização da energia contratada através de usinas emergenciais como espécie de reserva estratégica no novo modelo do setor elétrico. A possibilidade foi aventada hoje de manhã pelo presidente da ABPEE (Associação Brasileira dos Produtores de Energia Emergencial), José da Costa Carvalho Neto. Após uma reunião com a ministra Dilma Rousseff, Carvalho Neto havia afirmado a jornalistas em Brasília que o governo estaria utilizando a energia emergencial como "reserva estratégica" para o país. Logo após, a assessoria o Ministério esclareceu que não há qualquer compromisso entre o governo e a entidade nesse sentido, já que a energia das usinas emergenciais seria uma política de reserva "cara e ineficiente". (Canal Energia - 13.05.2003)

<topo>

3 Concessionárias receberão metade da compensação financeira este mês

As concessionárias de energia elétrica receberão ainda este mês metade dos empréstimos como compensação financeira a que têm direito por não terem recebido a variação do dólar referente à energia adquirida de Itaipu. A informação foi dada ontem pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, à Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee). Outros 30% da compensação serão pagos dentro de seis meses e os 20% restantes, em nove meses. Segundo o diretor-executivo da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, faltam apenas ajustes dentro do governo para reduzir o impacto dos pagamentos sobre o superávit primário. O dinheiro será repassado do Tesouro para o BNDES, que fará as liberações para as empresas. Guimarães disse que ainda não há um número fechado sobre o valor global da operação por causa da queda continuada da cotação do dólar, que reduz a necessidade de repasses para empresas que ainda não tiveram autorização para o reajuste. (JB Online - 14.05.2003)

<topo>

4 Novo diretor da ANP: Governo tem interesse no fortalecimento das agências

O engenheiro e ex-deputado federal, Luiz Alfredo Salomão, aprovado pela Comissão de Infra-Estrutura do Senado para compor a direção da ANP e primeiro diretor de um órgão regulador indicado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltou que o governo tem interesse em fortalecer as agências reguladoras. O diretor indicado disse que o governo não quer que se repita nas agências o que ocorreu com as autarquias criadas por Getúlio Vargas, que tinham autonomia mas acabaram tornando-se repartições. "Essa observação tem por objetivo deixar bem claro a importância que o governo Lula e a ministra Dilma depositam na existência e no funcionamento, da melhor forma possível, das agências reguladoras", afirmou Salomão. Segundo Salomão, o governo pretende mudar a legislação para tornar mais rigorosas as punições às empresas que praticam irregularidades no setor. Ele antecipou ainda que o governo deverá mudar a Lei 10402/2002, que criou a Procuradoria Federal e subordinou os procuradores das agências reguladoras à Advocacia Geral da União (AGU). (Tribuna da Imprensa - 14.05.2003)

<topo>

5 Dilma Rousseff confirma presença no Energy Summit

A ministra Dilma Rousseff confirmou sua presença na solenidade de abertura da quarta edição do Energy Summit, que debaterá a reforma do setor elétrico entre os dias 29 e 31 de julho, na cidade do Rio de Janeiro, segundo informação dos organizadores. O evento abordará temas como o planejamento financeiro e estrutural dos agentes. Durante o encontro, além das discussões no plenário, haverá duas sessões simultâneas para debater estratégias para a comercialização de energia e para discutir o mercado nacional de gás natural. (Canal Energia - 13.05.2003)

<topo>

6 Seminário discute viabilidade e planejamento em projetos de geração e cogeração

O seminário "Viabilidade e Planejamento de Negócios e Projetos em Geração e Cogeração de Energia Renovável e Não-Renovável", que acontece no dia 21 de maio, no INEX (Av. Rio Branco, 147 / 19° - Rio de Janeiro), irá abordar questões relativas ao planejamento, avaliação de negócios e projetos na área. O evento tem como público-alvo os profissionais envolvidos das áreas de serviços de energia, industrial, projetos, planejamento, manutenção, operação, financiamento e pesquisas. (Canal Energia - 13.05.2003)

<topo>

 

Empresas


1 Ações da Eletropaulo não cobrem dívida da AES com BNDES

A venda da participação da AES na Eletropaulo pode acarretar um prejuízo superior a R$ 3 bilhões para o BNDES. Relatório do Banco Pactual e números contabilizados pelo próprio BNDES estimam que as ações da Eletropaulo, dadas pela AES em garantia na operação de financiamento para a privatização da distribuidora, valem, no máximo, um quarto do total da dívida da multinacional com o banco estatal, atualmente em R$ 4,1 bilhões. Hoje, a direção do BNDES encontra-se novamente com o vice-presidente da AES, Joseph Brandt, à espera de uma nova proposta de pagamento da dívida, vencida desde o início do ano. O banco já notificou a empresa sobre a execução extrajudicial das garantias, com a oferta pública das ações. O objetivo é recuperar, pelo menos, parte do prejuízo. O BNDES avalia em R$ 1,1 bilhão o valor dos ativos dados em garantia, o que representa 26,8% do valor da dívida. "A falta de acordo é ruim para o BNDES. Significa prejuízo no balanço; o banco poderia receber mais no longo prazo, caso a distribuidora dê melhores resultados, e do ponto de vista desenvolvimentista, pode impactar na operação da maior distribuidora de energia do Brasil", diz o analista do Pactual. (O Estado de São Paulo - 14.05.2003)

<topo>

2 S&P atribui rating 'brCC' às debêntures da Cesp

A agência de classificação de crédito Standard & Poor's atribuiu o rating 'brCC', em Escala Nacional Brasil, às debêntures subordinadas e não conversíveis da Cesp, no valor de R$ 350 milhões, cuja amortização mensal - inclusive dos juros - acontecerá entre abril de 2006 e setembro de 2007. A perspectiva do rating é negativa. Segundo nota divulgada nesta segunda-feira, dia 12 de maio, o rating reflete a possibilidade de uma nova proposta de reestruturação por parte da Cesp para as Medium Term Notes (MTNs) que vencem em fevereiro e março de 2004, o que, segundo a S&P, seria equivalente a um inadimplemento. Além disso, fatores como a queda nas receitas e na geração de caixa, pela baixa demanda, e deterioração do perfil financeiro por conta da volatilidade da moeda incorporaram o rating. A classificadora identifica ainda falta de liquidez para que a estatal honre suas amortizações de curto prazo, que totalizam R$ 3 bilhões, sendo R$ 700 milhões devidos ao governo federal e cerca de US$ 500 milhões em MTNs, com duas emissões a vencerem em fevereiro (€ 200 milhões) e março (US$ 300 milhões) de 2004. (Canal Energia - 13.05.2003)

<topo>

3 Aquisição da PeCom pela Petrobras é aprovada na Argentina

O governo argentino autorizou formalmente ontem a compra da segunda maior empresa de energia do país, a PeCom, pela Petrobras. A resolução foi anunciada pelo secretário da Defesa da Concorrência, Gustavo Staforini, que determinou como condição, porém, que a estatal brasileira venda as ações que lhe dão parte do controle da Transener, dona de 90% da transmissão de alta tensão argentina. O valor de mercado da PeCom é calculado em cerca de US$ 7 bilhões, incluindo a Transener, que representaria algo em torno de 10% do total. O negócio foi fechado por US$ 1,027 bilhão mais as dívidas do conglomerado, de US$ 2 bilhões, com o que a Petrobras assumiu 58,6% do capital acionário. Os restantes são títulos negociados em bolsa. O pacote adquirido pela Petrobras inclui, além das reservas de petróleo e gás, refino e distribuição de derivados, a divisão do controle da TGS (Transportadora Gás do Sul), empresa com oleodutos que ligam todo o Sul argentino a Buenos Aires, o que representa 60% do serviço no país. E ainda 40% do capital da Edesur, distribuidora de energia elétrica controlada pela Repsol/YPF. (Gazeta Mercantil - 14.05.2003)

<topo>

4 CPI da venda de Cachoeira Dourada analisará documentos

Os integrantes da CPI que investigará a venda da usina de Cachoeira Dourada definiram ontem os primeiros passos do trabalho de apuração. Antes de convocar os envolvidos no processo de privatização, os deputados querem se inteirar do processo por meio de documentos. Em reunião logo após a instauração da CPI, na manhã de ontem, eles decidiram solicitar a cópia dos autos da Justiça Federal, o processo legislativo para a autorização da alienação, o planejamento que precede a venda e balanços da Celg anterior e posterior à privatização. As reuniões da comissão serão semanais. A próxima está marcada para quarta-feira, 21. Conforme anteciparam os membros da base governista, o presidente e o relator da CPI são os deputados estaduais Jardel Sebba (PSDB) e Ernesto Roller (PP). Autor da propositura, Fernando Netto - que, pela tradição da Casa, deveria ser presidente - levantou o nome do petista Paulo Garcia (PT) para o cargo, mas não conseguiu. (Diário da Manhã - 14.05.2003)

<topo>

5 MPX investirá US$ 500 mi em energia

O grupo MPX, uma associação entre o empresário Eike Batista, dono de 51%, e da empresa americana Montana Dakota Utilities, detentora dos outros 49%, está disposto a investir até US$ 500 milhões na área de energia no Brasil. Mais especificamente, no setor de geração, incluindo termoelétricas e as PCHs, e na aquisição de linhas de transmissão nos futuros leilões da Aneel. "Somos um dos poucos grupos com dinheiro para investir em energia no País", disse Eike Batista. O grupo, segundo Batista, está avaliando a compra de térmicas e projetos de PCHs. Mas os investimentos estão relacionados ao fechamento de contrato de venda de energia. "Posso investir em um novo projeto com um contrato de venda de energia para o consumidor final. Isso serviria como um hedge, porque o comprador quer saber se você gera energia", disse. (Gazeta Mercantil - 14.05.2003)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Hidrelétrica de Tucuruí bate recorde de geração

A hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, superou mais um recorde de geração de energia. Segundo a Eletronorte, no último sábado, dia 10 de maio, as 13 unidades principais e duas auxiliares da usina geraram 4.196 MWh, operando de forma sincronizada ao sistema. A marca antiga, alcançada em maio de 2001, durante o racionamento, era de 4.025 MWh, quando a prioridade era gerar energia para atender ao sistema Norte/Nordeste. (Canal Energia - 13.05.2003)

<topo>

2 Consumo no subsistema Sul atinge 7.269 MW médios

A região Sul consumiu 7.269 MW médios na última segunda-feira, dia 12 de maio, contra a previsão de 6.929 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado registrou uma variação no consumo de 0,77%. No Nordeste, o consumo chegou a 5.921 MW médios, contra a previsão de 5.992 MW médios do Programa Mensal de Operação (PMO) do operador do sistema. O submercado teve uma queda no consumo de 0,79% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.183 MW médios, o subsistema registrou baixa de 3,86% no mesmo período. Já o Sudeste/Centro-Oeste consumiu 25.247 MW médios na última segunda-feira, contra o PMO de 26.039 MW médios. Nos últimos sete dias, a variação no consumo no submercado teve uma baixa de 5%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.130 MW médios, o subsistema fechou com queda de 8,82% no período. A região Norte registrou um consumo de 2.876 MW médios, contra a previsão de 2.771 MW médios do ONS. Em relação ao PMO, o submercado teve uma alta de 2,11% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 13.05.2003)

<topo>

3 Volume armazenado chegou a 83,95% no Norte

Os reservatórios do subsistema Norte estão com 83,95% da capacidade, volume 0,05% menor do que o registrado no dia anterior. A usina de Tucuruí está com índice de 98,48%. (Canal Energia - 13.05.2003)

<topo>

4 Capacidade da região Nordeste está em 51,9%

Com uma queda de 0,11% nos níveis, o volume armazenado no subsistema Nordeste chegou a 51,9%. Em relação à curva de aversão ao risco, os reservatórios estão com uma capacidade 26,67% acima da curva de segurança 2002/2003. A hidrelétrica de Tucucurí apresenta índice de 98,48%. (Canal Energia - 13.05.2003)

<topo>

5 Nível de armazenamento está em 70,9% no Sudeste/Centro-Oeste

A capacidade da região Sudeste/Centro-Oeste está em 78,72%, volume 45,33% acima da curva de aversão ao risco. O índice teve uma queda de 0,03% em relação ao dia anterior. As usinas de Emborcação e Furnas registram, respectivamente, índice de 88,36% e 97,63%. (Canal Energia - 13.05.2003)

<topo>

6 Subsistema Sul registra nível de armazenamento de 70,9%

O nível de armazenamento está em 70,9% no subsistema Sul, uma redução de 0,67% em um dia. A hidrelétrica de G. B. Munhoz está com 67,33% da capacidade. (Canal Energia - 13.05.2003)

<topo>

7 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

<topo>


Comercialização de Energia

1 CBEE: Mudança nos contratos de usinas emergenciais preocupa investidores

A determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para retirada das cláusulas que tratam da arbitragem e confidencialidade nos contratos assinados entre a CBEE (Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial) e vinte produtores independentes de energia elétrica está gerando desconfiança para os investidores. Segundo o presidente da ABPEE (Associação Brasileira de Produtores de Energia Emergencial), José da Costa Carvalho Neto, a modificação unilateral do contrato e a proibição da arbitragem preocupam principalmente os investidores estrangeiros. No dia 28 de abril, a CBEE enviou aos produtores independentes o termo aditivo aos contratos. "Os investidores terão quinze dias para responder a demanda. Se algum deles não aceitar a modificação, o problema será encaminhado ao TCU", informa o presidente da CBEE Francisco Ivaldo Frota. "Vamos encaminhar na próxima semana uma sugestão para resolver a questão da arbitragem. A ministra entendeu o problema e disse que vai estudar nossas propostas", afirma o presidente. (Canal Energia - 14.05.2003)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Petrobras estuda a compra de termelétricas para diminuir prejuízos

A Petrobras estuda a compra de três usinas termelétricas com quem tem contrato para fornecimento de gás. São elas, a Termoceará, do grupo MPX - 51% do empresário Eike Batista e 49% da norte-americana Montana Dakota Utilities (MDU) -, a Eletrobolt, da Enron, e a Macaé Merchant, da El Paso. "Nenhuma possibilidade está descartada e isso inclui a aquisição desses ativos", disse o diretor de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer. "Estamos convidando todos os proprietários para um processo de conversação para alterar a situação, buscando estabelecer uma relação de equilíbrio de comum acordo com as partes." A Petrobras não tem participação nessas usinas, mas fornece o gás para geração e firmou um contrato de garantia de compra da energia gerada por elas. Como não há demanda, a Petrobras amargará, este ano, um prejuízo de US$ 293 milhões, se nada for mudado na relação entre a estatal e as termelétricas, que vendem para o mercado atacadista de energia. (Gazeta Mercantil - 14.05.2003)

<topo>

2 Governador de MT reivindica construção de ramal no Gasoduto Bolívia

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, elogiou ontem o comportamento político do governador Blairo Maggi. De acordo com o presidente, o governador de Mato Grosso foi "um dos poucos que me trouxeram soluções, e não apenas problemas". Lula referiu-se ao fato de Blairo Maggi ter apresentado uma série de reivindicações ao presidente da República, mas todas acompanhadas de sugestões de como viabilizá-las. Foi o caso, por exemplo, da construção de um ramal do Gasoduto Bolívia - Cuiabá até Brasília, passando pelas cidades de Rondonópolis e Rio Verde (GO) até chegar à Capital Federal. O governador demonstrou ao presidente que essa alternativa sairia mais barata do que levar o ramal de São Paulo, como se cogita, e implicaria na geração de mais desenvolvimento regional na região central do País, além de mais benefícios sociais, como a geração de emprego e renda. (Diário de Cuiabá - 14.05.2003)

<topo>

3 Comgas lucra R$ 18,2 mi

A Comgas teve lucro líquido de R$ 18,2 milhões no primeiro trimestre. No período, a receita líquida da companhia ficou em R$ 423,9 milhões, o que corresponde a um aumento de 54,81% em comparação com o mesmo período de 2002. De acordo com o diretor de relações com investidores da Comgas, Roberto Laje, a melhora dos resultados financeiros no primeiro trimestre se deve principalmente ao aumento do número de clientes em relação ao ano passado. (Gazeta Mercantil - 14.05.2003)

<topo>

4 CEG se defende contra acusações do MP

Acusada pelo Ministério Público de praticar aumentos à revelia da Agência Reguladora dos Serviços Públicos (Asep), a CEG já começou a articular sua defesa. A empresa, que é responsável pelo abastecimento da região metropolitana do Rio de Janeiro e, por meio de sua subsidiária CEG-Rio, do território fluminense, argumenta que, desde junho de 1997, só aumentou as tarifas quando ocorreram alterações dos impostos cobrados pelos governos federal e estadual e para recompor a receita após os reajustes da Petrobras. Segundo a Gerência de Relações Externas da CEG, os reajustes obedeceram às normas previstas no contrato de concessão com o governo estadual. A Gerência da CEG argumenta, também, que, apesar da interrupção dos trabalhos do Conselho da Asep, em função de apenas duas das cinco vagas do conselho estarem preenchidas atualmente, todos os reajustes foram respaldados pela Câmara Técnica de Energia da Asep. Apesar da polêmica, a gerência da CEG afirma que não acredita na hipótese de revisão do reajuste tarifário pelo MP. Isso porque todos as alterações de preços estão respaldadas pelo contrato de concessão. (JB Online - 14.05.2003)

<topo>

5 Deputado propõe a criação da Gaspará

Até o final do governo de Simão Jatene, o Estado do Pará poderá criar a Companhia de Gás do Pará (Gaspará), a fim de importar e fornecer gás natural em todo o Estado, de acordo com informações do líder do PL na Assembléia Legislativa, Alessandro Novelino. Ontem, Novelino apresentou projeto de indicação propondo ao Executivo Estadual a criação da companhia de economia mista, que, se for acatado pelo governo, terá a função de distribuição de gás natural e manufaturado para fins comerciais, industriais, residenciais, automotivos de geração termoelétrica e outros. (O Liberal - 14.05.2003)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Risco de descontrole da inflação é eliminado, diz Palocci

"O risco do descontrole da inflação já está eliminado".A afirmação foi feita pelo ministro Palocci ao comentar os últimos indicadores de inflação. Segundo ele, a inflação está em queda conforme o esperado pelo mercado. "Mas não é uma batalha vencida", ponderou Palocci. Para o ministro, o governo tem de continuar trabalhando para reduzir os índices inflacionários para não comprometer a renda das pessoas mais pobres. Palocci também ressaltou a queda do risco Brasil, ou seja, do prêmio pago pelo país na colocação de títulos públicos no exterior. "Os indicadores estão apontando para uma situação econômica muito melhor para o Brasil". (Folha de São Paulo - 14.05.2003)

<topo>

2 IPCA caiu para 0,97% em abril

A inflação medida pelo IPCA subiu 0,97% no mês de abril, resultado 0,26 ponto percentual inferior à taxa de 1,23% registrado em março. O resultado ficou dentro das previsões de mercado, que variavam de 0,89% a 1,1%. O índice divulgado ontem pelo IBGE é o menor desde setembro de 2002, quando alcançou 0,72%. No acumulado do ano, a taxa alcançou 6,15%, superior aos 2,3% dos primeiros quatro meses de 2002. A meta do Banco Central para 2003 é de 8,5%. Nos últimos 12 meses, o IPCA registrou aumento de 16,77%, superior ao desempenho dos 12 meses imediatamente anteriores, quando o indicador atingiu alta de 16,57%. (Jornal do Commercio - 14.05.2003)

<topo>

3 BC: IPCA previsível e melhora das expectativas

O presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que o IPCA de abril divulgado ontem ficou dentro da expectativa. Mas ele não quis antecipar qual a influência que a queda da inflação apontada pelos índices pode ter sobre a reunião do Copom para definir os juros."O Copom vai analisar tudo com profundidade. Só posso dizer que o IPCA de 0,97% em abril veio dentro da previsão do BC e do mercado. O mercado previa um intervalo para o IPCA de 0,89% a 1,2%", disse Meirelles, que está na Espanha para uma série de encontros com investidores e banqueiros. Em uma reunião com 50 investidores espanhóis, no Banco de Espanha (o BC espanhol), Meirelles fez uma avaliação otimista. "Há indicações de que o Brasil está entrando em um círculo virtuoso. Na medida em que o risco está caindo, isso reduz os custos de financiamento do governo e das empresas privadas." (Folha de São Paulo - 14.05.2003)

<topo>

4 Reajustes das tarifas de energia elétrica impactam no IPCA

Os aumentos nas tarifas de energia elétrica em seis regiões do país refletiram como a maior contribuição individual de um setor no IPCA de abril, com 0,13 ponto percentual. No geral, IPCA registrou variação de 0,97% no mês passado, equivalente a uma queda de 0,26 ponto percentual em relação ao índice de março, que fechou em 1,23%. Já a área de energia, nos dois últimos meses, obteve forte variação, passando de 0,15% em março para 3,28% em abril. Entre as regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE que registraram reajustes nas tarifas de energia estão Recife (24,38%), Fortaleza (31,29%), Salvador (28,61%) e Belo Horizonte (31,53%). (Canal Energia - 13.05.2003)

<topo>

5 Mantega confirma possível queda dos juros

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse ontem que a queda da inflação é um sinal positivo que poderia levar, no futuro, a uma redução da taxa de juros. "Você pode ter juros reais de 5%, 6% ou 7%, mas é preciso criar as condições para que isso aconteça, e é isso que nós estamos fazendo, nos esforçando para criar essas condições", disse Mantega em entrevista concedida ontem na embaixada do Brasil em Buenos Aires. Ele disse que a redução da inflação é um sinal favorável, mas ressaltou que a decisão sobre os juros cabe ao Copom. O ministro afirmou que para que os juros possam cair é preciso reduzir a vulnerabilidade externa e a vulnerabilidade fiscal do país. "A vulnerabilidade externa está sendo reduzida, mas ainda não se consolidou, e nós temos que consolidar a política fiscal. Isso criará as condições para que a política de juros seja outra." (Valor - 14.05.2003)

<topo>

6 Política industrial será apresentada em agosto

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou ontem, durante sua visita a São Paulo, que o projeto de política industrial do governo Lula deve ser apresentado em agosto. A estratégia, segundo o ministro, será entregue junto ao Plano Plurianual (PPA) e a outras medidas de estímulo ao crescimento do país. Furlan apenas afirmou que o governo apresentará, no segundo semestre, um conjunto de medidas para estimular o crescimento, como investimentos em infra-estrutura e recuperação de rodovias. Seria também neste momento que as condições macroeconômicas poderiam ser mais propícias para a retomada da atividade. "O Banco Central tem essa preocupação de pagar para ver. A gente espera que, consolidada essa transição, efetivamente tenhamos propostas de crescimento a partir de julho, agosto", disse Furlan ao pontuar que as expectativas de queda na inflação poderiam resultar numa queda dos juros. (Valor - 14.05.2003)

<topo>

7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial anda ''de lado'' neste final de manhã de negócios reduzidos no mercado interbancário. Às 11h47m, a moeda americana era negociada por R$ 2,885 na compra e R$ 2,890 na venda, com baixa de 0,06%. Ontem, após cinco sessões seguidas de queda, o dólar comercial chegou ao final dos negócios em alta de 0,87%, cotado a R$ 2,887 para compra e a R$ 2,89 para venda. (O Globo On Line e Invertia - 14.05.2003)

<topo>

 

Internacional

1 El Paso apura prejuízo de U$ 394 mi no primeiro trimestre

A El Paso, operadora de gás natural dos Estados Unidos, encerrou o primeiro trimestre deste ano com prejuízo líquido de US$ 394 milhões. No mesmo período do ano passado, a empresa obteve lucro de US$ 383 milhões. Excluindo itens não-recorrentes, o rendimento da companhia foi de US$ 140 milhões ante um lucro de US$ 502 milhões apurado no mesmo trimestre de 2002. (Valor - 14.05.2003)

<topo>

2 Cresce ganho da Gas Natural

O lucro líquido do grupo Gas Natural no primeiro trimestre alcançou € 204 milhões, um aumento de 6% em relação ao mesmo período de 2002. No entanto, o lucro operacional bruto caiu 27% com a venda da Enagás. A companhia anunciou que as cifras do primeiro trimestre de 2003 consolidam os resultados da participação atual de 40,9% da Enagás. É importante lembrar que 59,1% da companhia foi vendida em junho passado e os números do primeiro trimestre de 2002 incluíam os resultados da empresa. (Gazeta Mercantil - 14.05.2003)

<topo>

3 Gas Natural vendeu 1,3% da Enagas

A Gas Natural, companhia dominante na distribuição de gás em Espanha, vendeu 1,3% da participação na Enagas a um comprador anônimo, de forma a reduzir a sua participação a 39,55%. Segundo revelou hoje um porta-voz da empresa espanhola, a Gas Natural, que deteve cerca de 40,9% da Enagas, tem que reduzir a sua participação até aos 35% devido a uma lei de liberalização lançada pelo Governo. (Diário Económico - 14.05.2003)

<topo>

4 Resultado da Union Fenosa sobe 6,5% entre Janeiro e Março

A utility espanhola revelou hoje ter registrado no primeiro trimestre de 2003 um lucro líquido de 131 milhões de euros, mais 6,5% do que no período homólogo de 2002. Segundo o relatório de contas da Union Fenosa, o aumento do lucro deveu-se em grande parte às medidas tomadas pela empresa para controlar os seus custos, já que as suas receitas caíram no mesmo período de tempo em 8,3% para os 1,44 mil milhões de euros. (Diário Económico - 14.05.2003)

<topo>

5 BG registra lucro líquido de U$ 288 mi no primeiro trimestre

A British Gas obteve lucro líquido de 179 milhões de libras esterlinas (US$ 288 milhões) no primeiro trimestre do ano, o que significa aumento de 35% sobre o mesmo período de 2002. Segundo balanço, o resultado da BG deve-se ao aumento de 15% no volume de produção e exploração de gás, além do aumento dos preços no mercado internacional. O ganho operacional total aumentou 45%, para 318 milhões de libras. (Valor - 14.05.2003)

<topo>

 

Biblioteca Virtual do SEE

1 JPMORGAN. Submission to Ofgem, Review of Transco’s price control from and Response to Initial Thoughts. Londres: Victoria Embankment, 12 de Abril de 2001. - 44 páginas.

O documento trata das incertezas, baixos retornos e queda de investimento no mercado dos setores regulados na Inglaterra, aumentando o custo de capital dessas empresas e calcula os níveis de rentabilidade e endividamento ótimo.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/financiamento.htm

<topo>

 

 



Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno e Rodrigo Berger
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás