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IFE: nº 1.107 - 13 de maio de 2003
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
Novo modelo do setor elétrico quase concluído
2 Novo modelo terá fundo para expansão
3 Palocci: Proposta do modelo do setor elétrico atende questões principais
4 Recursos para distribuidoras devem ser liberados este mês
5 Licenciamento ambiental: 160 projetos aguardam aprovação do Ibama
6 Setor elétrico brasileiro tem endividamento menor que o norte-americano

Empresas
1 AES apresenta proposta final para o BNDES
2 Abracompeel reivindica empréstimo de R$ 10 bi feito à Eletrobras
3 Eletrobrás reconhece parte da dívida
4 Eletronuclear negocia aumento da tarifa de energia
5 Pinguelli: aumento para tarifa nuclear deve sair em maio ou junho
6 CPFL espera parecer da Aneel para definir contratos com segmento de cogeração
7 Polêmica na troca de comando da CPI da venda de Cachoeira Douarada
8 Copel abre licitação para construção de rede de distribuição
9 Joint-venture cria nova empresa

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Norte registra consumo de 2.701 MW médios
2 Nível de reservatórios da região Norte está em 84% do volume
3 Nível de armazenamento do Nordeste está em 52,01%
4 Volume armazenado chegou a 78,75% no Sudeste/Centro-Oeste
5 Reservatórios da região Sul estão com 71,57% do volume

Comercialização de Energia
1 Reajuste de preço exigirá mudanças no MAE
2 Arbitragem em contratos da CBEE é vetada pelo TCU

Gás e Termelétricas
1 Petrobras e YPFB retomam negociações sobre o gás natural boliviano
2 Angra II volta operar após interrupção de 25 dias

Economia Brasileira
1 Estimativas de estagnação do PIB
2 FGV já apura deflação no atacado com queda do dólar
3 Controle da inflação é que vai determinar crescimento, diz BC

4 Saldo da balança já é de quase US$ 6 bi no ano
5 Para Furlan, mercado determina dólar ideal
6 Captações mais longas
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Enel tem lucro de 864 mi de euros
2 Resultado da Gas Natural sobe 6% entre Janeiro e Março

 

Reestruturação e Regulação

1 Novo modelo do setor elétrico quase concluído

O novo modelo do setor elétrico está praticamente pronto. O texto foi apresentado ontem ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci, pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Segundo ele, estão sendo discutidos os elementos fundamentais do novo modelo. Dilma informou que apresentará a proposta até o fim do mês aos agentes do setor elétrico. Ela não entrou em detalhes sobre mudanças a serem propostas, mas disse que o novo modelo se norteará por quatro pontos: confiabilidade e expansão do sistema elétrico, modicidade tarifária, universalização dos serviços e justa remuneração dos investimentos. Dilma disse esperar uma transição tranqüila para o novo modelo, observando que os investimentos no setor sempre deverão vir de uma parceria entre a iniciativa privada e o setor público. (O Estado de São Paulo - 13.05.2003)

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2 Novo modelo terá fundo para expansão

O governo decidiu subir o preço da energia "velha", gerada pelas usinas estatais já amortizadas, ao patamar de preço da energia de usinas que ainda serão construídas. A diferença entre os dois preços não será embolsada integralmente pelas estatais: uma parte irá para um fundo que servirá para financiar a expansão do sistema elétrico, em um modelo de participação conjunta entre capitais públicos e privados. Outra parte servirá para o governo manter as tarifas em patamares baixos ao consumidor. A idéia de elevar o preço da energia velha ao nível do custo de expansão do sistema já havia sido discutida pelo governo anterior durante a crise do racionamento e foi descartada pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Ela queria usar a energia mais barata das geradoras estatais para fazer um "mix" com a energia mais cara das privadas com o objetivo de reduzir o custo para o consumidor. Agora, a ministra reconheceu que a energia velha é "uma renda oculta do setor elétrico" que o governo pretende utilizar. Ontem, Dilma apresentou a idéia ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci, em reunião para discutir o projeto de reestruturação do setor. (Valor - 13.05.2003)

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3 Palocci: Proposta do modelo do setor elétrico atende questões principais

Segundo o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, a proposta do Ministério das Minas e Energia "dá conta das questões principais, que hoje significam preocupação dos agentes privados e do governo". Palocci não entrou em detalhes sobre o que será proposto por Dilma nem informou a data em que o novo modelo será anunciado. Limitou-se a dizer que se trata de "um trabalho extraordinário" que dará "uma resposta muito bem construída para um problema muito complexo". O ministro observou que a energia elétrica é um dos instrumentos fundamentais de crescimento econômico. "Estamos, neste momento, tomando iniciativas que visam planejar o crescimento da economia, e o principal fator de infra-estrutura para o crescimento da economia é a energia elétrica", afirmou. (Tribuna da Imprensa - 13.05.2003)

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4 Recursos para distribuidoras devem ser liberados este mês

O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, disse ao deixar o Ministério das Minas e Energia, que o governo deverá liberar, "o mais cedo possível", talvez ainda este mês, os recursos para compensar as distribuidoras de energia elétrica pelo adiamento do repasse da variação cambial para as tarifas. Levy disse que o Tesouro está trabalhando, em conjunto com o BNDES, e que o Ministério das Minas e Energia está vendo a forma legal de fazer o repasse. Segundo ele, o valor ainda não está definido porque depende da cotação do dólar e dos reajustes de tarifas das empresas, que são graduais. As distribuidoras chegaram a falar em recursos entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões. (Tribuna da Imprensa - 13.05.2003)

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5 Licenciamento ambiental: 160 projetos aguardam aprovação do Ibama

O Ibama está analisando atualmente os processos de licenciamento ambiental de 84 projetos de geração hidrelétrica e 76 linhas de transmissão. Entre os principais empreendimentos em análise estão as usinas de Estreito, no Tocantins; Belo Monte, no Pará; Itaocara, no Rio de Janeiro; Corumbá, Itumirim e Serra do Facão, todas em Goiás. A lista de linhas de transmissão em análise pelo Ibama inclui empreendimentos como Cachoeira Paulista-Adrianópolis (500 kV), entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro; Ouro Preto II-Vitória (345 kV), entre Minas Gerais e Espírito Santo; Santo Antônio-Santana (138 kV), entre Pará e Amapá; Goianinha-Mussuré (230 kV), entre Pernambuco e Paraíba; e Icó-São Miguel (69 kV), entre Ceará e Rio Grande do Norte. (Canal Energia - 12.05.2003)

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6 Setor elétrico brasileiro tem endividamento menor que o norte-americano

Apesar de relativamente alto, o nível de endividamento do setor elétrico do Brasil não é maior que o patamar verificado nos Estados Unidos. Levantamento realizado pela consultoria Economática, com base nos resultados obtidos em 2002 por 29 empresas brasileiras e 26 norte-americanas, mostra que a relação da dívida total sobre o patrimônio líquido no país está em cerca de 82%, contra uma média de aproximadamente 200% nos EUA. Embora menos endividado, o índice de 82% obtido pelo setor elétrico está acima do teto considerado aceitável pelo governo. A ministra Dilma Rousseff estipulou um nível de endividamento para as empresas em 60%, sobre o patrimônio líquido total, e afirmou que um grupo de trabalho com técnicos dos ministério de Minas e Energia, da Fazenda e da Aneel está trabalhando no desenvolvimento de uma limitação nesse sentido. Para o presidente da Economática, Fernando Exel, a média do setor elétrico, em termos absolutos, "não é nenhuma extravagância". Segundo ele, o principal problema das empresas no ano passado, que pode se prolongar em 2003, decorreu da contração excessiva dos lucros operacionais, em função da forte redução de receita pela queda do consumo de energia, desde o programa de racionamento. (Canal Energia - 12.05.2003)

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Empresas


1 AES apresenta proposta final para o BNDES

O diretor de reestruturação da AES Corp., Joseph Brandt, ainda espera conseguir um acordo com o BNDES para evitar o leilão das ações da Eletropaulo. Brandt chega hoje a São Paulo para reuniões internas e irá amanhã ao Rio para apresentar a proposta final ao banco. Brandt disse que fará uma nova proposta, mas recusou-se a dar detalhes. Não informou se será oferecida uma participação majoritária ao banco nos ativos que a empresa detém no Brasil nem se a empresa oferecerá dinheiro ao BNDES. Segundo Brandt, a AES Sul estará incluída nos ativos da nova companhia que seria criada para fazer o pagamento. " A idéia é que a AES Sul seja incluída depois de acertos com seus bancos credores", afirmou Brandt. Apesar de esperar um acordo, Brandt disse não ter sido surpreendido pelo anúncio feito na sexta-feira de que o banco levará as ações a leilão num prazo de até 100 dias. "Não fiquei surpreso ao ouvir o anúncio, tanto o banco como nós sabemos que as negociações finais ocorrerão esta semana", disse. "O banco, como era de se esperar, está tentando criar uma pressão no contexto das negociações", disse. Segundo o executivo, há detalhes na proposta que agradaram ao BNDES. (Valor - 13.05.2003)

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2 Abracompeel reivindica empréstimo de R$ 10 bi feito à Eletrobras

Uma recém-criada associação de consumidores de energia elétrica, a Abracompeel, está reunindo consumidores de todo o país para reivindicar junto à Eletrobrás o recebimento de uma quantia que pode chegar a R$ 10 bilhões. No caso da Eletrobrás, esse valor seria devido aos consumidores de energia que pagaram o empréstimo compulsório instituído em 1962, pelo então presidente João Goulart, para financiar a expansão do setor elétrico. Os recolhimentos de 1964 a 1973 foram quitados pela estatal com a entrega de títulos ao portador, resgatáveis em dez anos. Em 1976, o empréstimo foi reformulado e passou a ser cobrado apenas de pessoas físicas e jurídicas que desenvolviam algum tipo de atividade industrial e consumiam acima de 2 mil Kwh o equivalente hoje a uma conta mensal de R$ 400. O presidente da Abracompeel, Antônio Nóbrega, diz que alguns dos grandes consumidores de energia já receberam o pagamento da dívida, mas uma grande massa de trabalhadores, entre eles costureiras ou mecânicos, por exemplo, que pagaram o empréstimo, nem sabem da existência desse crédito. (Estado de Minas - 13.05.2003)

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3 Eletrobrás reconhece parte da dívida

A Eletrobrás reconhece a dívida que compreende o período de 1964 e 1976, sendo que no balanço do ano passado, por exemplo, provisionou cerca de R$ 3,5 bilhões para o pagamento, no longo prazo, das obrigações do compulsório além de outros R$ 230 milhões separados para o pagamento dos juros de 6% ao ano devidos pelo empréstimo. O empréstimo na fase anterior, cujos valores foram convertidos em bônus resgatáveis em 20 anos, no entanto, é motivo de briga jurídica entre a Eletrobrás e os donos desses papéis. A empresa considera esses títulos prescritos. A Abracompeel não questiona essa fatia do empréstimo que a Eletrobrás não reconhece. A Eletrobrás tem razão nesse caso. Mas, sobre a outra fase do empréstimo, cujos créditos foram convertidos em ações da própria empresa, há erro nos cálculos da dívida , diz o presidente da Abracompeel, Antônio Nóbrega. O saldo da dívida virou uma unidade própria de valor, reconhecida pela estatal, chamada de UP, fixada em R$ 10,35. (Estado de Minas - 13.05.2003)

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4 Eletronuclear negocia aumento da tarifa de energia

O presidente da Eletronuclear, Zieli Dutra Thomé Filho, está negociando com a Eletrobrás duas medidas que ajudarão a elevar a receita da companhia. Ela quer aumentar de 1.266 MW para 1.475 MW o volume de energia das usinas de Angra I e Angra II vendida por contrato, já que hoje "sobram" 210 MW não contratados que estão sendo vendidos no MAE por R$ 4, o que não cobre sequer os custos com o combustível nuclear. Mesmo assim, o presidente da estatal destacou que não recebe desde agosto as faturas do MAE. Adicionalmente, a Eletronuclear quer aumentar o valor da tarifa de energia de usinas dos atuais R$ 63 para algo entre R$ 88 e R$ 98. Caso seja concedida apenas a correção pelo IGP-M, a energia subiria para cerca de R$ 84 em junho. Thomé Filho defende um aumento maior dizendo que com mais receita a empresa poderá arcar com seus próprios custos, como o pagamento de Angra II, sem ajuda do governo ou de sua controladora. Segundo cálculos da empresa, o aumento de R$ 63 para R$ 84 traria impacto de 0,06% na tarifa para o consumidor e no caso de um aumento maior, para R$ 98, o impacto final seria de R$ 0,38%. (Valor - 13.05.2003)

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5 Pinguelli: aumento para tarifa nuclear deve sair em maio ou junho

O presidente da Eletrobrás, Luis Pinguelli Rosa, disse que já conversou sobre o assunto com o diretor geral da Aneel, José Mário Abdo, e a expectativa é de que seja autorizado um aumento em maio ou junho. "O imbróglio institucional é tão grande que não se sabe quem decide o quê. Uma parte é decidida por lei, outra pela Aneel, pelo ministério e a ONS", exemplificou. Pinguelli não garantiu que o pleito da Eletronuclear será inteiramente atendido. Mas defendeu que a empresa possa comercializar sua própria energia, tarefa que hoje cabe a Furnas. (Valor - 13.05.2003)

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6 CPFL espera parecer da Aneel para definir contratos com segmento de cogeração

Os preços autorizados para repasse ao consumidor dos custos para a compra de energia gerada por biomassa está trazendo problemas para CESE, empresa que inaugurou na última sexta-feira, dia 2 de maio, uma termelétrica no município de Sertãozinho, em São Paulo, com a presença do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Segundo o conselheiro da empresa, Maurílio Biagi Filho, a CPFL, que comprará a metade da produção da usina, informou em abril deste ano que a agência reguladora tinha estabelecido o valor de R$ 71 para o MWh, preço inferior ao contrato assinado entre as empresas em dezembro de 2001. "A distribuidora enviou uma mensagem à CESE com ameaça de rescisão do contrato ou renegociação do preço contratado", afirma. Segundo o vice-presidente de Regulação e Estratégia da CPFL, Reni Antônio da Silva, a rescisão do contrato e a renegociação do valor da energia não está sendo colocada em questão no momento. O vice-presidente conta que a CPFL informou sobre o problema para a CESE e que está aguardando o parecer da Aneel. "O preço normativo incluído na nota técnica da agência reguladora é de R$ 130,09 o MWh. O preço dos nossos contratos é cerca de 20% menor", conta. Ele acrescentou que a empresa só renegociará os valores se a Aneel mantiver sua posição sobre o assunto. (Canal Energia - 12.05.2003)

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7 Polêmica na troca de comando da CPI da venda de Cachoeira Douarada

O deputado estadual Fernando Netto (PMDB), que ameaçou abandonar a CPI da venda da usina de Cachoeira Dourada, afirmou um dia antes de sua instalação, ter uma carta na manga. Ele diz que, como presidente da Casa, Jardel Sebba (PSDB) - que está substituindo Célio Silveira, que viajou para a Alemanha -, não pode ser membro da CPI, que será instalada hoje às 10 horas. O regimento interno da Assembléia, em seu artigo 14, diz que "os membros efetivos da Mesa não poderão fazer parte de qualquer comissão". Jardel afirma que já esperava o recurso do peemedebista e contesta: "Não há problemas. Posso me licenciar da CPI por doze dias, até que Célio retorne". O procurador da Assembléia, Rubens Sardinha, afirma que o regimento não impede que Jardel seja membro da comissão. (Diário da Manhã - 13.05.2003)

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8 Copel abre licitação para construção de rede de distribuição

A Copel abriu quatro licitações. Três processos da empresa têm prazo até 23 de maio. O primeiro deles objetiva a construção de rede de distribuição de energia urbana e rural, sob regime de empreitada por preço unitário de unidade de serviço, com fornecimento parcial de materiais. Os outros dois processos têm como objeto a compra de medidor eletrônico de energia ativa, reativa e demanda, de 120 V a 240 V, e a contratação de serviços gerais em redes subterrâneas, sob regime de empreitada por preço global, em Curitiba. Serão atendidos um posto de serviços gerais e dois postos auxiliar de serviços gerais. Para o dia 9 de junho está prevista a abertura das propostas relativas ao processo de aquisição medidor Watt-hora monofásico, 1EL, 1F, dois fios, 10V e 15A. (Canal Energia - 12.05.2003)

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9 Joint-venture cria nova empresa

A Nansen Instrumentos de Precisão e a Concert Technologies uniram-se para a criação da Senergy. O foco da novo negócio será a venda de soluções de gerenciamento de energia elétrica para concessionárias e consumidores livres. A Senergy será apresentada oficialmente hoje, em Brasília, durante reunião da associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). A previsão é de que a joint-venture registre um faturamento de R$ 4 milhões já no primeiro ano de operações. Com sede em Belo Horizonte, a Senergy vai atuar principalmente no nicho de sistemas de medição setorial, medição centralizada, combate à fraude e roubo de energia. As duas companhias terão participação igual na nova empresa. A Nansen está instalada em Contagem (MG) e tem forte presença mo mercado latino-americano de medição e gerenciamento de energia elétrica. A Concert Technologies, com sede em São Paulo e unidade de pesquisa em Belo Horizonte, atua no mercado interno e nos EUA. Trabalha com desenvolvimento de sistemas digitais para as áreas aeroespacial e de energia. (Valor - 13.05.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Norte registra consumo de 2.701 MW médios

O Norte registrou um consumo de 2.701 MW médios no último domingo, dia 11 de maio, contra a previsão de 2.771 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, a variação em relação ao PMO (Programa Mensal de Operação) da região chegou a 1,79%. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo foi de 20.885 MW médios, contra a previsão de 26.039 MW médios do operador do sistema. A variação do consumo no submercado teve uma baixa 4,95% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.130 MW médios, o subsistema obteve queda de 8,77% no mesmo período. Já o Nordeste consumiu 5.286 MW médios, contra a previsão de 5.992 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, a variação no consumo fechou com baixa de 0,79%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.183 MW médios, o submercado registrou queda de 3,86% no período. O subsistema Sul teve um consumo de 5.402 MW médios no último domingo, contra o PMO de 6.929 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, a região registrou uma alta no consumo de 0,87%. (Canal Energia - 12.05.2003)

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2 Nível de reservatórios da região Norte está em 84% do volume

Os reservatórios do subsistema Norte estão com 84% do volume. Em comparação com o dia anterior, o índice subiu 0,17%. O nível da hidrelétrica de Tucuruí está em 98,55%. (Canal Energia - 12.05.2003)

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3 Nível de armazenamento do Nordeste está em 52,01%

A capacidade de armazenemento está em 52,01% no subsistema Nordeste, uma queda de 0,9%. O volume está 26,72% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. A usina de Sobradinho apresenta 48,39% da capacidade. (Canal Energia - 12.05.2003)

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4 Volume armazenado chegou a 78,75% no Sudeste/Centro-Oeste

O nível de armazenamento do subsistema está em 78,75% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, valor 45,4% acima da curva de segurança. O índice teve um acréscimo de 0,05%. As hidrelétricas de Nova Ponte e Itumbiara apresentam, respectivamente, índice de 67,49% e 97,8%. (Canal Energia - 12.05.2003)

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5 Reservatórios da região Sul estão com 71,57% do volume

Com uma queda de 0,19%, o volume do subsistema Sul chegou a 71,57%. O nível da usina de Salto Santiago está em 67,32%. (Canal Energia - 12.05.2003)

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Comercialização de Energia

1 Reajuste de preço exigirá mudanças no MAE

O superintendente do MAE, Luiz Eduardo Barata, não vê problemas para elevar os preços praticados no mercado de curto prazo. "Esta é uma decisão de política energética. Caberá ao MAE cumprir a decisão do governo. Se houver a elevação do preço, será preciso fazer mudanças nos modelos de precificação do MAE", comentou Barata, que assumiu a superintendência da entidade na semana passada. Ele não vê dificuldades na implantação das mudanças. A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, afirmou na semana passada que o governo pretende aumentar o valor do MWh no MAE da faixa atual de R$ 5,50 para R$ 19,00, como forma de reduzir as perdas das geradoras estimadas em R$ 4 bilhões. Enquanto o governo não anuncia sua posição sobre o assunto, o MAE acelera os trabalhos para concluir até o dia 30 de maio a liquidação dos negócios efetuados entre setembro de 2000 e setembro de 2002. A transação envolve um volume de recursos da ordem de R$ 1,5 bilhão, referentes a 50% das transações feitas no período. (Canal Energia - 12.05.2003)

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2 Arbitragem em contratos da CBEE é vetada pelo TCU

O Tribunal de Contas da União (TCU) proibiu a utilização da arbitragem para a resolução de conflitos existentes em contratos da CBEE. A decisão determina que os atuais contratos celebrados pela estatal que contenham cláusulas arbitrais sofram alterações. Segundo a assessoria técnica do TCU, a decisão foi determinada com o argumento de que os contratos da empresa possuíam duas características contrárias à administração pública: a confidencialidade e o uso da arbitragem como meio de soluções de conflitos. O tribunal entendeu na decisão, tomada no dia 10 de abril, que os contratos de venda de energia elétrica devem ser regidos pelas regras pertinentes aos contratos administrativos, fundamentados principalmente nos princípios determinados pela Lei de Licitações, a Lei nº 8.666: publicidade dos atos públicos e uso da Justiça para a solução de problemas. O diretor-presidente da CBEE, Francisco Ivaldo Andrade Frota, não pretende recorrer judicialmente da decisão do Tribunal de Contas. "Já estamos cumprindo a decisão, preparando o aditamento dos contratos e dando o assunto por encerrado", afirma. (Valor - 13.05.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras e YPFB retomam negociações sobre o gás natural boliviano

A Petrobras vai retomar nesta semana o processo de renegociação do contrato de fornecimento de gás natural da Bolívia. Desta vez, as discussões acontecerão na sede da empresa brasileira, no Rio, entre o diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, juntamente com técnicos do governo, e o presidente da estatal boliviana YPFB, Raul Lema, que virá acompanhado de demais executivos. Sauer confirmou que a intenção por parte do Brasil é reduzir o preço do insumo e aumentar a flexibilidade do volume atual de importação, cuja cláusula de 'take or pay' obriga o pagamento de 63% do valor da commodity. Segundo o diretor, uma das propostas apresentadas prevê a adoção dos preços vigentes atualmente para o cálculo de royalties pagos no futuro, além da antecipação de parte do royalties deste ano. Sem especificar o montante exato que poderá ser antecipado pela Petrobras, o executivo disse que o valor poderia chegar a US$ 50 milhões. (Canal Energia - 12.05.2003)

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2 Angra II volta operar após interrupção de 25 dias

A usina Angra II, da Eletronuclear, voltou a operar no último sábado, 10 de maio, às 17:30 horas, após 25 dias de interrupção. A paralisação, prevista para durar 30 dias, foi iniciada no dia 15 de abril e teve como objetivo o reabastecimento de combustível e manutenção de rotina. Segundo a Eletronuclear, os técnicos de manutenção solucionaram problemas encontrados na usina. Durante 10 dias, Angra II irá gerar com potência total, de 1.357 MW, para ajustes de plena de potência. Após este período, a geração da usina ficará em 1.080 MW, cerca de 80% de sua capacidade. Desde que entrou em operação, em setembro de 2000, a usina realizou uma outra interrupção pela mesma razão em março de 2002. A geração da usina em 2002 chegou a 9.841.746 MWh, com um fator de disponibilidade de 91,5%. (Canal Energia - 12.05.2003)

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Economia Brasileira

1 Estimativas de estagnação do PIB

Estimativas recentes de bancos e consultorias indicam que o desempenho do PIB brasileiro ficará próximo de zero ou mesmo negativo no primeiro trimestre de 2003 em relação aos últimos três meses do ano passado. Apesar de variadas, quase todas as previsões para os primeiros três meses de 2003 são pessimistas. Oscilam entre expansão módica de 0,3% e retração de 1,4%. No último trimestre de 2002, a economia já crescia a ritmo lento: expandiu-se 0,72% em relação ao período entre julho e setembro. Um dos reflexos perversos de uma economia que não cresce é sobre o emprego. Com o PIB em queda, as empresas podem se sentir pressionadas a demitir. O dado oficial do PIB trimestral será divulgado no próximo dia 29. (Folha de São Paulo - 13.05.2003)

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2 FGV já apura deflação no atacado com queda do dólar

A primeira prévia do IGP-M deste mês registrou alta de preços de apenas 0,01%, a mais baixa desde a deflação de 0,16% captada pela FGV na primeira prévia do índice de fevereiro do ano passado. Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV, disse que a queda já era esperada e previu que o IGP-M deste mês pode fechar com deflação. Na primeira prévia de abril, a alta de preços havia sido de 0,69%. A drástica redução da alta foi provocada por uma deflação de 0,30% no atacado. Os preços, medidos pelo IPA, haviam subido 0,60% na primeira prévia de abril. De acordo com Quadros, foi a queda do dólar, associada à redução dos preços dos combustíveis, que provocou a deflação no IPA. (Folha de São Paulo - 13.05.2003)

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3 Controle da inflação é que vai determinar crescimento, diz BC

O crescimento da economia brasileira vai depender da queda da inflação, segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que participou ontem como observador da reunião do G10 -grupo dos bancos centrais dos dez países mais desenvolvidos- na sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), na Basiléia. "A inflação vai ter que dar sinais de queda importante, sustentável, não é uma questão de um mês ou dois, para que aí, sim, a economia possa voltar a crescer novamente", afirmou o presidente do BC. O presidente do BC argumentou também que é preciso ainda melhorar os fundamentos da economia brasileira. Segundo Meirelles, isso influencia de forma favorável a percepção de risco do Brasil e, conseqüentemente, o custo dos recursos para o país cai, como "já está acontecendo". Mas ele reconheceu que um cenário de menor crescimento na economia mundial afeta o Brasil. (Folha de São Paulo - 13.05.2003)

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4 Saldo da balança já é de quase US$ 6 bi no ano

Com o superávit de US$ 447 milhões registrados na semana passada, a balança comercial brasileira já acumula um saldo positivo de US$ 5,94 bilhões, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento. A previsão do governo é que as exportações superem as importações em cerca de US$ 16 bilhões neste ano. O saldo da balança comercial registrado até agora é 239% superior ao registrado no mesmo período de 2002. Por enquanto, a desvalorização do dólar não tem provocado queda nas exportações. Ao contrário, as vendas externas do país continuam com crescimento muito acima das importações. (Folha de São Paulo - 13.05.2003)

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5 Para Furlan, mercado determina dólar ideal

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse ontem que o dólar ideal será determinado pelo mercado, exatamente como dizem o ministro Palocci e o presidente do B C, Henrique Meirelles -porta-vozes oficiais do assunto, segundo o ministro José Dirceu. Para Furlan, que chegou a defender a intervenção do BC para segurar a queda do dólar, o dinamismo de alguns exportadores "independe" da taxa de câmbio. O ministro afirmou que o dólar negociado a R$ 3 continua "atraente" para os exportadores, pois está acima do negociado no começo do ano passado. Em Buenos Aires, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse que o câmbio deve continuar flutuando livremente e que o BC não deve intervir para conter a queda do dólar. (Folha de São Paulo - 13.05.2003)

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6 Captações mais longas

Os prazos dos títulos brasileiros no exterior começam a se alongar. Neste ano, a média é de 14,4 meses. Ontem, o Banco Safra lançou operação de três anos de US$ 75 milhões. O juro proposto ficará entre 7,625% e 7,825% ao ano. (Gazeta Mercantil - 13.05.2003)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial perdeu força e inverteu a tendência de baixa com que vinha operando. Às 11h48m, a moeda americana era negociada por R$ 2,867 na compra e R$ 2,873 na venda, com alta de 0,27%. A moeda chegou ao final dos negócios de ontem em queda de 0,34%, cotado a R$ 2,86 para compra e a R$ 2,865 para venda. (O Globo On Line e Invertia - 13.05.2003)

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Internacional

1 Enel tem lucro de 864 mi de euros

A companhia elétrica italiana Enel teve lucro líquido de 864 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano em comparação com ganhos de 284 milhões de euros no mesmo período de 2002. Já a receita aumentou de 7,56 bilhões de euros para 8,069 bilhões de euros na mesma comparação. De acordo com comunicado da empresa, os resultados do primeiro trimestre refletem os primeiros efeitos do plano industrial aprovado no início do ano. Esse plano prevê a concentração dos negócios nas atividades de energia, a recuperação da eficiência e a racionalização dos investimentos. (Gazeta Mercantil - 13.05.2003)

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2 Resultado da Gas Natural sobe 6% entre Janeiro e Março

Apesar da venda da Enagás e correspondente queda das suas vendas, a maior distribuidora de gás do país vizinho anunciou hoje ter registrado uma progressão do seu lucro líquido nos primeiros três meses de 2003 para os 204 milhões de euros, surpreendendo os analistas. Segundo um comunicado hoje emitido pela Gas Natural, se a Enagás não tivesse sido vendida, o seu lucro teria aumentado em 20%. O Lucro Operacional, contudo, registrou uma quebra de 25,9% para os 259 milhões de euros, enquanto o EBITDA da empresa recuou 27% para os 351,7 milhões de euros. (Diário Económico - 13.05.2003)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
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