l IFE:
nº 1.107 - 13 de maio de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Novo modelo do setor elétrico quase concluído O novo modelo
do setor elétrico está praticamente pronto. O texto foi apresentado ontem
ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci, pela ministra de Minas e Energia,
Dilma Rousseff. Segundo ele, estão sendo discutidos os elementos fundamentais
do novo modelo. Dilma informou que apresentará a proposta até o fim do
mês aos agentes do setor elétrico. Ela não entrou em detalhes sobre mudanças
a serem propostas, mas disse que o novo modelo se norteará por quatro
pontos: confiabilidade e expansão do sistema elétrico, modicidade tarifária,
universalização dos serviços e justa remuneração dos investimentos. Dilma
disse esperar uma transição tranqüila para o novo modelo, observando que
os investimentos no setor sempre deverão vir de uma parceria entre a iniciativa
privada e o setor público. (O Estado de São Paulo - 13.05.2003) 2 Novo modelo terá fundo para expansão O governo
decidiu subir o preço da energia "velha", gerada pelas usinas estatais
já amortizadas, ao patamar de preço da energia de usinas que ainda serão
construídas. A diferença entre os dois preços não será embolsada integralmente
pelas estatais: uma parte irá para um fundo que servirá para financiar
a expansão do sistema elétrico, em um modelo de participação conjunta
entre capitais públicos e privados. Outra parte servirá para o governo
manter as tarifas em patamares baixos ao consumidor. A idéia de elevar
o preço da energia velha ao nível do custo de expansão do sistema já havia
sido discutida pelo governo anterior durante a crise do racionamento e
foi descartada pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Ela queria
usar a energia mais barata das geradoras estatais para fazer um "mix"
com a energia mais cara das privadas com o objetivo de reduzir o custo
para o consumidor. Agora, a ministra reconheceu que a energia velha é
"uma renda oculta do setor elétrico" que o governo pretende utilizar.
Ontem, Dilma apresentou a idéia ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci,
em reunião para discutir o projeto de reestruturação do setor. (Valor
- 13.05.2003) 3 Palocci: Proposta do modelo do setor elétrico atende questões principais Segundo
o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, a proposta do Ministério das Minas
e Energia "dá conta das questões principais, que hoje significam preocupação
dos agentes privados e do governo". Palocci não entrou em detalhes sobre
o que será proposto por Dilma nem informou a data em que o novo modelo
será anunciado. Limitou-se a dizer que se trata de "um trabalho extraordinário"
que dará "uma resposta muito bem construída para um problema muito complexo".
O ministro observou que a energia elétrica é um dos instrumentos fundamentais
de crescimento econômico. "Estamos, neste momento, tomando iniciativas
que visam planejar o crescimento da economia, e o principal fator de infra-estrutura
para o crescimento da economia é a energia elétrica", afirmou. (Tribuna
da Imprensa - 13.05.2003) 4
Recursos para distribuidoras devem ser liberados este mês 5 Licenciamento ambiental: 160 projetos aguardam aprovação do Ibama O Ibama
está analisando atualmente os processos de licenciamento ambiental de
84 projetos de geração hidrelétrica e 76 linhas de transmissão. Entre
os principais empreendimentos em análise estão as usinas de Estreito,
no Tocantins; Belo Monte, no Pará; Itaocara, no Rio de Janeiro; Corumbá,
Itumirim e Serra do Facão, todas em Goiás. A lista de linhas de transmissão
em análise pelo Ibama inclui empreendimentos como Cachoeira Paulista-Adrianópolis
(500 kV), entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro; Ouro Preto II-Vitória
(345 kV), entre Minas Gerais e Espírito Santo; Santo Antônio-Santana (138
kV), entre Pará e Amapá; Goianinha-Mussuré (230 kV), entre Pernambuco
e Paraíba; e Icó-São Miguel (69 kV), entre Ceará e Rio Grande do Norte.
(Canal Energia - 12.05.2003) 6 Setor elétrico brasileiro tem endividamento menor que o norte-americano Apesar de
relativamente alto, o nível de endividamento do setor elétrico do Brasil
não é maior que o patamar verificado nos Estados Unidos. Levantamento
realizado pela consultoria Economática, com base nos resultados obtidos
em 2002 por 29 empresas brasileiras e 26 norte-americanas, mostra que
a relação da dívida total sobre o patrimônio líquido no país está em cerca
de 82%, contra uma média de aproximadamente 200% nos EUA. Embora menos
endividado, o índice de 82% obtido pelo setor elétrico está acima do teto
considerado aceitável pelo governo. A ministra Dilma Rousseff estipulou
um nível de endividamento para as empresas em 60%, sobre o patrimônio
líquido total, e afirmou que um grupo de trabalho com técnicos dos ministério
de Minas e Energia, da Fazenda e da Aneel está trabalhando no desenvolvimento
de uma limitação nesse sentido. Para o presidente da Economática, Fernando
Exel, a média do setor elétrico, em termos absolutos, "não é nenhuma extravagância".
Segundo ele, o principal problema das empresas no ano passado, que pode
se prolongar em 2003, decorreu da contração excessiva dos lucros operacionais,
em função da forte redução de receita pela queda do consumo de energia,
desde o programa de racionamento. (Canal Energia - 12.05.2003)
Empresas
O diretor
de reestruturação da AES Corp., Joseph Brandt, ainda espera conseguir
um acordo com o BNDES para evitar o leilão das ações da Eletropaulo. Brandt
chega hoje a São Paulo para reuniões internas e irá amanhã ao Rio para
apresentar a proposta final ao banco. Brandt disse que fará uma nova proposta,
mas recusou-se a dar detalhes. Não informou se será oferecida uma participação
majoritária ao banco nos ativos que a empresa detém no Brasil nem se a
empresa oferecerá dinheiro ao BNDES. Segundo Brandt, a AES Sul estará
incluída nos ativos da nova companhia que seria criada para fazer o pagamento.
" A idéia é que a AES Sul seja incluída depois de acertos com seus bancos
credores", afirmou Brandt. Apesar de esperar um acordo, Brandt disse não
ter sido surpreendido pelo anúncio feito na sexta-feira de que o banco
levará as ações a leilão num prazo de até 100 dias. "Não fiquei surpreso
ao ouvir o anúncio, tanto o banco como nós sabemos que as negociações
finais ocorrerão esta semana", disse. "O banco, como era de se esperar,
está tentando criar uma pressão no contexto das negociações", disse. Segundo
o executivo, há detalhes na proposta que agradaram ao BNDES. (Valor -
13.05.2003) 2 Abracompeel reivindica empréstimo de R$ 10 bi feito à Eletrobras Uma recém-criada
associação de consumidores de energia elétrica, a Abracompeel, está reunindo
consumidores de todo o país para reivindicar junto à Eletrobrás o recebimento
de uma quantia que pode chegar a R$ 10 bilhões. No caso da Eletrobrás,
esse valor seria devido aos consumidores de energia que pagaram o empréstimo
compulsório instituído em 1962, pelo então presidente João Goulart, para
financiar a expansão do setor elétrico. Os recolhimentos de 1964 a 1973
foram quitados pela estatal com a entrega de títulos ao portador, resgatáveis
em dez anos. Em 1976, o empréstimo foi reformulado e passou a ser cobrado
apenas de pessoas físicas e jurídicas que desenvolviam algum tipo de atividade
industrial e consumiam acima de 2 mil Kwh o equivalente hoje a uma conta
mensal de R$ 400. O presidente da Abracompeel, Antônio Nóbrega, diz que
alguns dos grandes consumidores de energia já receberam o pagamento da
dívida, mas uma grande massa de trabalhadores, entre eles costureiras
ou mecânicos, por exemplo, que pagaram o empréstimo, nem sabem da existência
desse crédito. (Estado de Minas - 13.05.2003) 3 Eletrobrás reconhece parte da dívida A Eletrobrás
reconhece a dívida que compreende o período de 1964 e 1976, sendo que
no balanço do ano passado, por exemplo, provisionou cerca de R$ 3,5 bilhões
para o pagamento, no longo prazo, das obrigações do compulsório além de
outros R$ 230 milhões separados para o pagamento dos juros de 6% ao ano
devidos pelo empréstimo. O empréstimo na fase anterior, cujos valores
foram convertidos em bônus resgatáveis em 20 anos, no entanto, é motivo
de briga jurídica entre a Eletrobrás e os donos desses papéis. A empresa
considera esses títulos prescritos. A Abracompeel não questiona essa fatia
do empréstimo que a Eletrobrás não reconhece. A Eletrobrás tem razão nesse
caso. Mas, sobre a outra fase do empréstimo, cujos créditos foram convertidos
em ações da própria empresa, há erro nos cálculos da dívida , diz o presidente
da Abracompeel, Antônio Nóbrega. O saldo da dívida virou uma unidade própria
de valor, reconhecida pela estatal, chamada de UP, fixada em R$ 10,35.
(Estado de Minas - 13.05.2003) 4
Eletronuclear negocia aumento da tarifa de energia 5 Pinguelli: aumento para tarifa nuclear deve sair em maio ou junho O presidente
da Eletrobrás, Luis Pinguelli Rosa, disse que já conversou sobre o assunto
com o diretor geral da Aneel, José Mário Abdo, e a expectativa é de que
seja autorizado um aumento em maio ou junho. "O imbróglio institucional
é tão grande que não se sabe quem decide o quê. Uma parte é decidida por
lei, outra pela Aneel, pelo ministério e a ONS", exemplificou. Pinguelli
não garantiu que o pleito da Eletronuclear será inteiramente atendido.
Mas defendeu que a empresa possa comercializar sua própria energia, tarefa
que hoje cabe a Furnas. (Valor - 13.05.2003) 6 CPFL espera parecer da Aneel para definir contratos com segmento de cogeração Os preços
autorizados para repasse ao consumidor dos custos para a compra de energia
gerada por biomassa está trazendo problemas para CESE, empresa que inaugurou
na última sexta-feira, dia 2 de maio, uma termelétrica no município de
Sertãozinho, em São Paulo, com a presença do presidente da República Luiz
Inácio Lula da Silva e da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff.
Segundo o conselheiro da empresa, Maurílio Biagi Filho, a CPFL, que comprará
a metade da produção da usina, informou em abril deste ano que a agência
reguladora tinha estabelecido o valor de R$ 71 para o MWh, preço inferior
ao contrato assinado entre as empresas em dezembro de 2001. "A distribuidora
enviou uma mensagem à CESE com ameaça de rescisão do contrato ou renegociação
do preço contratado", afirma. Segundo o vice-presidente de Regulação e
Estratégia da CPFL, Reni Antônio da Silva, a rescisão do contrato e a
renegociação do valor da energia não está sendo colocada em questão no
momento. O vice-presidente conta que a CPFL informou sobre o problema
para a CESE e que está aguardando o parecer da Aneel. "O preço normativo
incluído na nota técnica da agência reguladora é de R$ 130,09 o MWh. O
preço dos nossos contratos é cerca de 20% menor", conta. Ele acrescentou
que a empresa só renegociará os valores se a Aneel mantiver sua posição
sobre o assunto. (Canal Energia - 12.05.2003) 7 Polêmica na troca de comando da CPI da venda de Cachoeira Douarada O deputado
estadual Fernando Netto (PMDB), que ameaçou abandonar a CPI da venda da
usina de Cachoeira Dourada, afirmou um dia antes de sua instalação, ter
uma carta na manga. Ele diz que, como presidente da Casa, Jardel Sebba
(PSDB) - que está substituindo Célio Silveira, que viajou para a Alemanha
-, não pode ser membro da CPI, que será instalada hoje às 10 horas. O
regimento interno da Assembléia, em seu artigo 14, diz que "os membros
efetivos da Mesa não poderão fazer parte de qualquer comissão". Jardel
afirma que já esperava o recurso do peemedebista e contesta: "Não há problemas.
Posso me licenciar da CPI por doze dias, até que Célio retorne". O procurador
da Assembléia, Rubens Sardinha, afirma que o regimento não impede que
Jardel seja membro da comissão. (Diário da Manhã - 13.05.2003) 8 Copel abre licitação para construção de rede de distribuição A Copel
abriu quatro licitações. Três processos da empresa têm prazo até 23 de
maio. O primeiro deles objetiva a construção de rede de distribuição de
energia urbana e rural, sob regime de empreitada por preço unitário de
unidade de serviço, com fornecimento parcial de materiais. Os outros dois
processos têm como objeto a compra de medidor eletrônico de energia ativa,
reativa e demanda, de 120 V a 240 V, e a contratação de serviços gerais
em redes subterrâneas, sob regime de empreitada por preço global, em Curitiba.
Serão atendidos um posto de serviços gerais e dois postos auxiliar de
serviços gerais. Para o dia 9 de junho está prevista a abertura das propostas
relativas ao processo de aquisição medidor Watt-hora monofásico, 1EL,
1F, dois fios, 10V e 15A. (Canal Energia - 12.05.2003) 9 Joint-venture cria nova empresa A Nansen
Instrumentos de Precisão e a Concert Technologies uniram-se para a criação
da Senergy. O foco da novo negócio será a venda de soluções de gerenciamento
de energia elétrica para concessionárias e consumidores livres. A Senergy
será apresentada oficialmente hoje, em Brasília, durante reunião da associação
Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). A previsão
é de que a joint-venture registre um faturamento de R$ 4 milhões já no
primeiro ano de operações. Com sede em Belo Horizonte, a Senergy vai atuar
principalmente no nicho de sistemas de medição setorial, medição centralizada,
combate à fraude e roubo de energia. As duas companhias terão participação
igual na nova empresa. A Nansen está instalada em Contagem (MG) e tem
forte presença mo mercado latino-americano de medição e gerenciamento
de energia elétrica. A Concert Technologies, com sede em São Paulo e unidade
de pesquisa em Belo Horizonte, atua no mercado interno e nos EUA. Trabalha
com desenvolvimento de sistemas digitais para as áreas aeroespacial e
de energia. (Valor - 13.05.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Norte registra consumo de 2.701 MW médios O Norte
registrou um consumo de 2.701 MW médios no último domingo, dia 11 de maio,
contra a previsão de 2.771 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, a
variação em relação ao PMO (Programa Mensal de Operação) da região chegou
a 1,79%. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo foi de 20.885 MW médios, contra
a previsão de 26.039 MW médios do operador do sistema. A variação do consumo
no submercado teve uma baixa 4,95% nos últimos sete dias. Em relação à
curva de aversão ao risco, de 27.130 MW médios, o subsistema obteve queda
de 8,77% no mesmo período. Já o Nordeste consumiu 5.286 MW médios, contra
a previsão de 5.992 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, a variação
no consumo fechou com baixa de 0,79%. Em relação à curva de aversão ao
risco, de 6.183 MW médios, o submercado registrou queda de 3,86% no período.
O subsistema Sul teve um consumo de 5.402 MW médios no último domingo,
contra o PMO de 6.929 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete
dias, a região registrou uma alta no consumo de 0,87%. (Canal Energia
- 12.05.2003) 2 Nível de reservatórios da região Norte está em 84% do volume Os reservatórios
do subsistema Norte estão com 84% do volume. Em comparação com o dia anterior,
o índice subiu 0,17%. O nível da hidrelétrica de Tucuruí está em 98,55%.
(Canal Energia - 12.05.2003) 3 Nível de armazenamento do Nordeste está em 52,01% A capacidade
de armazenemento está em 52,01% no subsistema Nordeste, uma queda de 0,9%.
O volume está 26,72% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. A usina
de Sobradinho apresenta 48,39% da capacidade. (Canal Energia - 12.05.2003) 4
Volume armazenado chegou a 78,75% no Sudeste/Centro-Oeste 5 Reservatórios da região Sul estão com 71,57% do volume Com uma
queda de 0,19%, o volume do subsistema Sul chegou a 71,57%. O nível da
usina de Salto Santiago está em 67,32%. (Canal Energia - 12.05.2003)
Comercialização de Energia 1 Reajuste de preço exigirá mudanças no MAE O superintendente
do MAE, Luiz Eduardo Barata, não vê problemas para elevar os preços praticados
no mercado de curto prazo. "Esta é uma decisão de política energética.
Caberá ao MAE cumprir a decisão do governo. Se houver a elevação do preço,
será preciso fazer mudanças nos modelos de precificação do MAE", comentou
Barata, que assumiu a superintendência da entidade na semana passada.
Ele não vê dificuldades na implantação das mudanças. A ministra de Minas
e Energia, Dilma Rousseff, afirmou na semana passada que o governo pretende
aumentar o valor do MWh no MAE da faixa atual de R$ 5,50 para R$ 19,00,
como forma de reduzir as perdas das geradoras estimadas em R$ 4 bilhões.
Enquanto o governo não anuncia sua posição sobre o assunto, o MAE acelera
os trabalhos para concluir até o dia 30 de maio a liquidação dos negócios
efetuados entre setembro de 2000 e setembro de 2002. A transação envolve
um volume de recursos da ordem de R$ 1,5 bilhão, referentes a 50% das
transações feitas no período. (Canal Energia - 12.05.2003) 2 Arbitragem em contratos da CBEE é vetada pelo TCU O Tribunal de Contas da União (TCU) proibiu a utilização da arbitragem para a resolução de conflitos existentes em contratos da CBEE. A decisão determina que os atuais contratos celebrados pela estatal que contenham cláusulas arbitrais sofram alterações. Segundo a assessoria técnica do TCU, a decisão foi determinada com o argumento de que os contratos da empresa possuíam duas características contrárias à administração pública: a confidencialidade e o uso da arbitragem como meio de soluções de conflitos. O tribunal entendeu na decisão, tomada no dia 10 de abril, que os contratos de venda de energia elétrica devem ser regidos pelas regras pertinentes aos contratos administrativos, fundamentados principalmente nos princípios determinados pela Lei de Licitações, a Lei nº 8.666: publicidade dos atos públicos e uso da Justiça para a solução de problemas. O diretor-presidente da CBEE, Francisco Ivaldo Andrade Frota, não pretende recorrer judicialmente da decisão do Tribunal de Contas. "Já estamos cumprindo a decisão, preparando o aditamento dos contratos e dando o assunto por encerrado", afirma. (Valor - 13.05.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras e YPFB retomam negociações sobre o gás natural boliviano A Petrobras
vai retomar nesta semana o processo de renegociação do contrato de fornecimento
de gás natural da Bolívia. Desta vez, as discussões acontecerão na sede
da empresa brasileira, no Rio, entre o diretor de Gás e Energia da Petrobras,
Ildo Sauer, juntamente com técnicos do governo, e o presidente da estatal
boliviana YPFB, Raul Lema, que virá acompanhado de demais executivos.
Sauer confirmou que a intenção por parte do Brasil é reduzir o preço do
insumo e aumentar a flexibilidade do volume atual de importação, cuja
cláusula de 'take or pay' obriga o pagamento de 63% do valor da commodity.
Segundo o diretor, uma das propostas apresentadas prevê a adoção dos preços
vigentes atualmente para o cálculo de royalties pagos no futuro, além
da antecipação de parte do royalties deste ano. Sem especificar o montante
exato que poderá ser antecipado pela Petrobras, o executivo disse que
o valor poderia chegar a US$ 50 milhões. (Canal Energia - 12.05.2003) 2 Angra II volta operar após interrupção de 25 dias A usina
Angra II, da Eletronuclear, voltou a operar no último sábado, 10 de maio,
às 17:30 horas, após 25 dias de interrupção. A paralisação, prevista para
durar 30 dias, foi iniciada no dia 15 de abril e teve como objetivo o
reabastecimento de combustível e manutenção de rotina. Segundo a Eletronuclear,
os técnicos de manutenção solucionaram problemas encontrados na usina.
Durante 10 dias, Angra II irá gerar com potência total, de 1.357 MW, para
ajustes de plena de potência. Após este período, a geração da usina ficará
em 1.080 MW, cerca de 80% de sua capacidade. Desde que entrou em operação,
em setembro de 2000, a usina realizou uma outra interrupção pela mesma
razão em março de 2002. A geração da usina em 2002 chegou a 9.841.746
MWh, com um fator de disponibilidade de 91,5%. (Canal Energia - 12.05.2003)
Economia Brasileira 1 Estimativas de estagnação do PIB Estimativas
recentes de bancos e consultorias indicam que o desempenho do PIB brasileiro
ficará próximo de zero ou mesmo negativo no primeiro trimestre de 2003
em relação aos últimos três meses do ano passado. Apesar de variadas,
quase todas as previsões para os primeiros três meses de 2003 são pessimistas.
Oscilam entre expansão módica de 0,3% e retração de 1,4%. No último trimestre
de 2002, a economia já crescia a ritmo lento: expandiu-se 0,72% em relação
ao período entre julho e setembro. Um dos reflexos perversos de uma economia
que não cresce é sobre o emprego. Com o PIB em queda, as empresas podem
se sentir pressionadas a demitir. O dado oficial do PIB trimestral será
divulgado no próximo dia 29. (Folha de São Paulo - 13.05.2003) 2 FGV já apura deflação no atacado com queda do dólar A primeira prévia do IGP-M deste mês registrou alta de preços de apenas 0,01%, a mais baixa desde a deflação de 0,16% captada pela FGV na primeira prévia do índice de fevereiro do ano passado. Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV, disse que a queda já era esperada e previu que o IGP-M deste mês pode fechar com deflação. Na primeira prévia de abril, a alta de preços havia sido de 0,69%. A drástica redução da alta foi provocada por uma deflação de 0,30% no atacado. Os preços, medidos pelo IPA, haviam subido 0,60% na primeira prévia de abril. De acordo com Quadros, foi a queda do dólar, associada à redução dos preços dos combustíveis, que provocou a deflação no IPA. (Folha de São Paulo - 13.05.2003) 3 Controle da inflação é que vai determinar crescimento, diz BC O crescimento
da economia brasileira vai depender da queda da inflação, segundo o presidente
do Banco Central, Henrique Meirelles, que participou ontem como observador
da reunião do G10 -grupo dos bancos centrais dos dez países mais desenvolvidos-
na sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês),
na Basiléia. "A inflação vai ter que dar sinais de queda importante, sustentável,
não é uma questão de um mês ou dois, para que aí, sim, a economia possa
voltar a crescer novamente", afirmou o presidente do BC. O presidente
do BC argumentou também que é preciso ainda melhorar os fundamentos da
economia brasileira. Segundo Meirelles, isso influencia de forma favorável
a percepção de risco do Brasil e, conseqüentemente, o custo dos recursos
para o país cai, como "já está acontecendo". Mas ele reconheceu que um
cenário de menor crescimento na economia mundial afeta o Brasil. (Folha
de São Paulo - 13.05.2003) 4
Saldo da balança já é de quase US$ 6 bi no ano 5 Para Furlan, mercado determina dólar ideal O ministro
do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse ontem que o dólar ideal
será determinado pelo mercado, exatamente como dizem o ministro Palocci
e o presidente do B C, Henrique Meirelles -porta-vozes oficiais do assunto,
segundo o ministro José Dirceu. Para Furlan, que chegou a defender a intervenção
do BC para segurar a queda do dólar, o dinamismo de alguns exportadores
"independe" da taxa de câmbio. O ministro afirmou que o dólar negociado
a R$ 3 continua "atraente" para os exportadores, pois está acima do negociado
no começo do ano passado. Em Buenos Aires, o ministro do Planejamento,
Guido Mantega, disse que o câmbio deve continuar flutuando livremente
e que o BC não deve intervir para conter a queda do dólar. (Folha de São
Paulo - 13.05.2003) Os prazos
dos títulos brasileiros no exterior começam a se alongar. Neste ano, a
média é de 14,4 meses. Ontem, o Banco Safra lançou operação de três anos
de US$ 75 milhões. O juro proposto ficará entre 7,625% e 7,825% ao ano.
(Gazeta Mercantil - 13.05.2003) O dólar comercial perdeu força e inverteu a tendência de baixa com que vinha operando. Às 11h48m, a moeda americana era negociada por R$ 2,867 na compra e R$ 2,873 na venda, com alta de 0,27%. A moeda chegou ao final dos negócios de ontem em queda de 0,34%, cotado a R$ 2,86 para compra e a R$ 2,865 para venda. (O Globo On Line e Invertia - 13.05.2003)
Internacional 1 Enel tem lucro de 864 mi de euros A companhia
elétrica italiana Enel teve lucro líquido de 864 milhões de euros no primeiro
trimestre deste ano em comparação com ganhos de 284 milhões de euros no
mesmo período de 2002. Já a receita aumentou de 7,56 bilhões de euros
para 8,069 bilhões de euros na mesma comparação. De acordo com comunicado
da empresa, os resultados do primeiro trimestre refletem os primeiros
efeitos do plano industrial aprovado no início do ano. Esse plano prevê
a concentração dos negócios nas atividades de energia, a recuperação da
eficiência e a racionalização dos investimentos. (Gazeta Mercantil - 13.05.2003) 2 Resultado da Gas Natural sobe 6% entre Janeiro e Março Apesar da
venda da Enagás e correspondente queda das suas vendas, a maior distribuidora
de gás do país vizinho anunciou hoje ter registrado uma progressão do
seu lucro líquido nos primeiros três meses de 2003 para os 204 milhões
de euros, surpreendendo os analistas. Segundo um comunicado hoje emitido
pela Gas Natural, se a Enagás não tivesse sido vendida, o seu lucro teria
aumentado em 20%. O Lucro Operacional, contudo, registrou uma quebra de
25,9% para os 259 milhões de euros, enquanto o EBITDA da empresa recuou
27% para os 351,7 milhões de euros. (Diário Económico - 13.05.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visiste
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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