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lllIFE: nº 1.106 - 12 de maio de 2003
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llllEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1 MME prestes a apresentar novo modelo do setor elétrico

2 Tolmasquim: Comprador único de energia bancado pelo governo está descartado
3 Tribunal de Contas realiza controle externo sobre agências
4 TCU: Aneel pecou pela falta de diretrizes em sua atuação
5 Relatório do TCU defende revisão da tarifa social de energia
6 TCU determina revisão de contratos de energia

Empresas
1 Empresas do setor elétrico com endividamento acima da média
2 Dívida do setor elétrico já passa de R$ 86 bi
3 AES e BNDES : Nova proposta é rejeitada
4 Novas negociações no caso AES
5 Eletrobrás cria unidade para melhorar relação com empresas e indústrias
6 Elektro continuará sob controle da Enron
7 Tractebel reduz investimentos
8 Chesf renova seguro de R$ 2 bi
9 Copel adiciona R$ 50 mi à área de manutenção do sistema de distribuição

10 Cesp paga 20% de dívida de U$ 150 mi
11 Sebrae investe em cursos para empresas sobre otimização de energia

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Reservatórios cheios garantem energia para região sudeste
2 ONS reforça intercâmbio para o Nordeste pelo nono mês consecutivo

Comercialização de Energia
1 Preços do MAE para Sudeste/Centro-Oeste e Sul registram queda de até 1,5%

Gás e Termelétricas
1 Térmica Norte Fluminense em fase final de implantação

Economia Brasileira
1 Captações externas
2 Nova política industrial não fere normas da OMC
3 Delfim Neto: Regime flutuante sofre intervenções do BC

4 Juro real tende a crescer, diz economista
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 AES anuncia conclusão da oferta particular no valor de US$ 1,8 bi
2 Venezuela firma contrato para expansão de hidrelétrica
3 Codelco põe à venda hidrelétricas Coya e Pangal

Biblioteca Virtual do SEE
1 Costa, Raul. A estrutura de capital: as dúvidas e as certezas de um gestor financeiro. Lisboa: Uniweb, 2001. - 13 páginas.

 

Reestruturação e Regulação

1 MME prestes a apresentar novo modelo do setor elétrico

Até o início da próxima semana, o MME deverá apresentar uma nova proposta do modelo do setor elétrico. Entre as principais regras deverão estar novos procedimentos nas licitações de usinas hidrelétricas, contratação de energia e normas para os produtores independentes, adianta o secretário-executivo do ministério, Maurício Tolmasquim. Mas ele ressalta que, por enquanto, trata-se de uma proposta, que vem sendo debatida com especialistas no setor. A partir da divulgação, investidores também poderão dar suas sugestões de mudanças e críticas, como ocorre em uma consulta pública. (O Estado de São Paulo - 12.05.2003)

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2 Tolmasquim: Comprador único de energia bancado pelo governo está descartado

Maurício Tolmasquim, secretário-executivo do MME, afirmou que a proposta de um comprador único de energia no mercado, cuja aquisição da eletricidade seria garantida pelo governo, está descartada. A idéia foi proposta pela atual diretor da Petrobrás, Ildo Sauer. O que vai ocorrer, adianta ele, é um pool, mas sem recursos do Tesouro. Tolmasquim acrescenta ainda que as novas concessões para construção de hidrelétricas deverão seguir o modelo usado hoje na licitação das linhas de transmissão. Ou seja, ganha o leilão quem oferecer a menor tarifa para a construção da usina. Assim, o preço da eletricidade estará sendo definido na ocasião do leilão de concessão, diz Tolmasquim. Segundo ele, o objetivo é criar um ambiente de segurança, com contratos de longo prazo e estrutura que garanta aos investidores o retorno do capital investido. "O empreendedor terá receita garantida durante o período de concessão, o que tende a lhe abrir o mercado de crédito para financiamentos, impulsionando assim novos investimentos.". (O Estado de São Paulo - 12.05.2003)

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3 Tribunal de Contas realiza controle externo sobre agências

O Tribunal de Contas da União (TCU) tem exercido o controle externo das agências reguladores, obrigando-as a rever suas decisões e modos de atuação. O tribunal fez uma série de auditorias nas agências e concluiu que há falhas em todos os setores regulados. O modelo é frágil, tem problemas de fiscalização e carece de critérios técnicos para agir. A conclusão do tribunal é que o governo tem que aperfeiçoar o modelo regulatório ou continuará convivendo com problemas nos serviços que foram desestatizados, como tarifas altas e prestação ineficiente. As auditorias foram iniciadas em 1999 e levaram Anatel, Aneel e ANP a reavaliarem vários processos de venda de empresas, licitações e revisões tarifárias. O tribunal elaborou 22 diretrizes para realizar o controle externo das agências reguladoras neste ano. (Valor - 12.05.2003)

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4 TCU: Aneel pecou pela falta de diretrizes em sua atuação

Um dos maiores problemas da Aneel e da ANP, segundo o Tribunal de Contas da União, foi a falta de diretrizes para atuar. Ambas deveriam seguir as determinações do Conselho Nacional de Política Energética, composto por sete ministros (Minas e Energia, Ciência e Tecnologia, Planejamento, Fazenda, Meio ambiente, Desenvolvimento e Casa Civil), além de especialistas de universidades e representantes dos Estados. Mas o conselho não se reuniu, deixando às agências a definição das políticas. Em agosto do ano passado, o TCU determinou ao MME que tomasse providências para colocar o conselho em funcionamento. A justificativa foi a de que, com a omissão do conselho, as próprias agências estavam orientando, de improviso, a formulação da política energética e o planejamento da expansão de petróleo no país. (Valor - 12.05.2003)

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5 Relatório do TCU defende revisão da tarifa social de energia

Os descontos nas tarifas de energia elétrica concedidos pelo governo às faixas de menor consumo, que representam um subsídio anual de R$ 581 milhões, não atingem grande parte da população de baixa renda e devem ser revistos. A conclusão é de um relatório enviado pelo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Walmir Campelo, ao presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL). O relatório é o resultado de auditoria operacional realizada pelo TCU com o objetivo de traçar o perfil sócio-econômico da parcela da população brasileira que não tem acesso à energia elétrica e avaliar se o atual modelo de tarifa social está realmente favorecendo as faixas mais carentes. A auditoria constatou que o baixo consumo não significa necessariamente baixa renda e que há um número razoável de residências de renda alta com consumo abaixo do limite, enquanto outros com renda mais baixa gastam mais energia. (Canal Energia - 09.05.2003)

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6 TCU determina revisão de contratos de energia

O Tribunal de Contas determinou à CBEE que altere parte dos contratos firmados com as concessionárias de energia elétrica para o recebimento de energia. O tribunal ordenou a retirada de pontos de confidencialidade dos contratos e os que estabelecem a eleição de um árbitro autônomo para a solução de conflitos. O processo foi julgado, em abril do ano passado. A decisão do Tribunal de Contas foi unânime. (Valor- 12.05.2003)

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Empresas


1 Empresas do setor elétrico com endividamento acima da média

A dívida das concessionárias de energia em 2002 coloca o setor no topo da lista dos mais endividados do país. Segundo analistas, em qualquer parte do mundo o alto endividamento é normal, já que se trata de um segmento de capital intensivo, no qual o financiamento das máquinas e equipamentos é bastante elevado. Os números atuais, no entanto, estão acima da média dos últimos anos. De acordo com a Aneel, o alto endividamento das elétricas é decorrente da incorporação das empresas de propósito específico, criadas na ocasião da privatização. Com isso, as empresas vendidas pelo governo passaram a incluir em seus balanços a dívida referente a sua própria venda. A receita das empresas caiu ao mesmo tempo em que as dívidas subiram com a alta do dólar. Este foi um dos principais fatores que contribuíram para a elevação dos débitos das companhias, já que boa parte da dívida está em moeda estrangeira. A situação das elétricas não é nada confortável, levando em conta a queda de faturamento por causa o recuo do consumo e o alto endividamento. A soma dessas variáveis acabou fortalecendo os questionamentos sobre a capacidade das companhias de honrar seus compromissos, principalmente porque suas controladoras no exterior não pretendem mais injetar dinheiro no Brasil para socorrer suas subsidiárias. (O Estado de São Paulo - 12.05.2003)

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2 Dívida do setor elétrico já passa de R$ 86 bi

A intenção do governo de limitar o endividamento das empresas de energia elétrica em 60% do patrimônio líquido está longe de se tornar realidade. A dívida atual do setor já passa de R$ 86 bilhões, segundo levantamento da consultoria Economática. Os consecutivos prejuízos registrados nos últimos anos corroeram o capital investido pelas companhias, enquanto suas dívidas - boa parte em moeda estrangeira - avançaram em proporção geométrica. Hoje, o endividamento médio das companhias está em 82% do patrimônio líquido, de acordo com a Economática. A importância da relação entre esses dois ativos é importante: quanto maior o índice, maior a dificuldade das empresas em levantar empréstimos. Assim, sem acesso a crédito e com prejuízo em caixa, as companhias acabam tendo dificuldades para honrar seus compromissos, ficam inadimplentes e correm o risco de quebrar. Das 29 empresas pesquisadas pela Economática, quatro estão com o patrimônio negativo e 14 têm dívidas, pelo menos, uma vez maior que seu patrimônio líquido. Apenas nove companhias do setor elétrico se enquadram no limite proposto pelo governo. (O Estado de São Paulo - 12.05.2003)

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3 AES e BNDES : Nova proposta é rejeitada

A americana AES cedeu um pouco mais em sua oferta feita na semana passada ao BNDES, mas o banco rejeitou mais uma vez a oferta da companhia e informou, na sexta-feira, que vai levar a leilão extrajudicial um bloco de ações que garantem o controle da Eletropaulo. Carlos Lessa, presidente do BNDES, disse que o banco continua disposto a negociar, desde que o grupo americano envie "uma proposta decente". Segundo apurado, a última proposta apresentada pela AES ao BNDES prevê a cessão de até 49% das ações de uma nova holding, criada com a junção de três empresas: AES Tietê, térmica de Uruguaiana e Eletropaulo. "Apesar de ter ampliado sua oferta de um terço para 49% de participação na holding, a AES continua insistindo em manter o controle", afirma uma fonte próxima às negociações. Segundo a fonte, o valor da participação do banco, mesmo com 49%, "não chegaria perto" do valor da dívida, de quase US$ 1,2 bilhão. (Valor - 12.05.2003)

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4 Novas negociações no caso AES

Apesar de ter rejeitado a proposta e da decisão de levar a leilão as ações da AES Elpa, o BNDES continuará negociando com a AES. Nesta quarta-feira, a diretoria do banco volta a se reunir com o vice-presidente da AES Corporation, Joseph Brandt, a pedido do próprio executivo do grupo para discutir sobre os débitos. A dívida total do grupo AES com o banco chega a US$ 1,2 bilhão. "Temos estado o tempo todo abertos a negociações. No ano passado, a antiga diretoria renegociou três vezes, mas eles não têm cumprido o cronograma", ressaltou Lessa. Para o presidente, o que pode mudar o rumo do impasse com a AES é "dinheiro, tutu, cheque". Segundo ele, garantia não serve. "Garantia é quando se tem segurança que vai receber. A questão do BNDES não é essa. Nós precisamos é recuperar crédito, receber o que emprestamos", disse. (Gazeta Mercantil - 12.05.2003)

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5 Eletrobrás cria unidade para melhorar relação com empresas e indústrias

A Eletrobrás anunciará no próximo domingo, dia 11 de maio, durante a abertura do V Simpósio de Automação de Sistemas Elétricos (Simpase), em Recife, a criação do Departamento Tecnológico e Industrial, instituído para aprofundar as relações entre a empresa e as indústrias e desenvolver novas tecnologias. Além disso, a unidade será responsável pela adoção de critérios uniformes nas áreas de licitações e contratos das subsidiárias da holding. Segundo o diretor de Projetos Especiais, José Drumond Saraiva, entre os destaques no sistema do novo departamento figuram os bancos de preços, que acompanhará os valores dos principais produtos de interesse do setor elétrico; e de material, que permite o intercâmbio entre as empresas do grupo. (Canal Energia - 09.05.2003)

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6 Elektro continuará sob controle da Enron

A Elektro não está mais à venda. O anúncio foi feito pela sua controladora, a americana Enron Corp, em comunicado mundial divulgado na sexta-feira. Na tentativa de reorganizar suas finanças, a Enron decidiu criar uma nova companhia internacional de energia para abrigar seus negócios. Inicialmente, a empresa recebeu o nome de International Corp. Vai ser gerida por um conselho de administração e aguarda-se que suas ações sejam distribuídas aos credores da Enron. Com isso, a empresa suspendeu a venda de um conjunto de ativos espalhados pelo mundo. No Brasil, além da Elektro, foram suspensas a venda da termoelétrica Cuiabá e da sua participação no gasoduto Brasil-Bolívia. A térmica Eletrobolt, situada no Rio, ficou fora do pacote, mas nada impede que seja incluída numa etapa futura, diz Britaldo Pedrosa Soares, diretor financeiro e de relações com investidores da Enron no Brasil. Em relação à Elektro, Soares disse que não haverá grandes mudanças e estão mantidos os investimentos de R$ 130 milhões este ano na expansão da rede de distribuição. Mesmo que a venda da Elektro tenha sido suspensa, ele não quis comentar se houve algum tipo de negociação. (Valor- 12.05.2003)

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7 Tractebel reduz investimentos

A Tractebel Energia reduziu seus investimentos dos R$ 100 milhões de 2002 para cerca de R$ 70 milhões este ano devido às incertezas do setor elétrico. De acordo com o diretor de relações com investidores da companhia, Marc Verstraete, o principal investimento deste ano é em uma nova termelétrica em Lajes, de 25 MW, que deve entrar em operação no início de 2004. Apesar da avaliação negativa com as indefinições do setor, a companhia está satisfeita com relação a suas finanças, principalmente pela movimentação do câmbio no quatro primeiros meses do ano. Segundo estudo da Economática, a Tractebel Energia tem dívidas de R$ 2,95 bilhões, dos quais 60% em moeda estrangeira. (Gazeta Mercantil - 12.05.2003)

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8 Chesf renova seguro de R$ 2 bi

A Chesf acaba de renovar com um consórcio formado por Bradesco Seguros e Itaú Seguros um seguro de R$ 2,15 bilhões. A apólice tem cobertura de incêndio, transporte nacional, aeronaves e responsabilidade civil. O prêmio pago é o mesmo praticado no ano passado - R$ 4,3 milhões. As resseguradoras internacionais exigiram, porém, uma retenção maior do risco pelas companhias brasileiras e a franquia passou de R$ 100 mil para R$ 300 mil. De acordo com o assessor do departamento de seguros e controle patrimonial da Chesf, Roberto Almeida, o seguro não teve aumento porque foi contratado em 2001, antes das inundações, incêndios, queimadas e do ataque terrorista ao World Trade Center, em Nova York. "Estamos sendo favorecidos por um contrato antigo, que dura até 2005. Fizemos uma licitação em 2000, que foi vencida pelas duas seguradoras. O contrato foi assinado em 2001 e, anualmente, em março, é emitida uma nova apólice, na qual são incluídos alguns bens e excluídos outros ", afirma Almeida. A cobertura contra risco de incêndio representa 95% do seguro total contratado. O assessor do departamento de seguro da Chesf explica que a empresa adotou um sistema de gerenciamento de risco para controlar e reduzir os sinistros. (Valor- 12.05.2003)

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9 Copel adiciona R$ 50 mi à área de manutenção do sistema de distribuição

A Copel vai acrescentar cerca de R$ 50 milhões à área de manutenção do sistema de distribuição da companhia. Os recursos adicionais são provenientes da economia gerada pela suspensão dos pagamentos dos contratos de compra de eletricidade pela companhia com a térmica de Araucária e a Cien (Companhia de Interconexão Energética). Esse montante será aplicado na parte de despesas de custeio e novos investimentos para este ano. O reforço foi autorizado pelo presidente da Copel, Paulo Pimentel, tendo em vista os efeitos da política de compressão dos investimentos na área durante o período de preparação da empresa para a privatização, que não ocorreu. (Canal Energia - 09.05.2003)

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10 Cesp paga 20% de dívida de U$ 150 mi

A Cesp informou que na sexta-feira concluiu com êxito o pagamento de 20% da dívida total de US$ 150 milhões em bônus internacionais, com vencimento em maio de 2005. O pagamento faz parte de acordo da Cesp com os credores externos, aprovado em assembléia realizada em abril. Com a negociação, a companhia elétrica retirou do contrato a possibilidade de os credores resgatarem, antecipadamente, a totalidade do valor dos papéis. (Valor - 12.05.2003)

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11 Sebrae investe em cursos para empresas sobre otimização de energia

No setor empresarial, é possível economizar até 15% do consumo de energia elétrica sem a necessidade de uma contrapartida em investimentos. Em busca dessa meta no Estado, o Sebrae/RS deu início, em julho de 2002, ao Programa Energia Brasil (PEB). Com orçamento de R$ 1,5 milhão, o objetivo é ministrar 380 cursos de capacitação para empreendedores e funcionários das empresas. Já foram realizados 95 cursos, afirma a coordenadora do PEB do Sebrae/RS, Marta Folha. Uma das formas de conquista da eficiência energética começa na reeducação dos hábitos de consumo. Aparentemente, essa mudança parece simples, mas se fosse assim, o Sebrae não teria firmado acordos com 11 entidades técnicas, a maioria delas pertencente a universidades como Ulbra, Feevale, Furg, UFSM, UPF, UCS e Unijuí, entre outras. Os cursos são gratuitos e podem ser feitos dentro das empresas. (Correio do Povo - 12.05.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Reservatórios cheios garantem energia para região sudeste

O fornecimento de energia elétrica para a Região Sudeste não sofre riscos neste ano e no próximo porque a temporada de chuvas foi generosa. Os reservatórios de Minas Gerais, que alimentam as principais usinas do Sudeste e do Centro-Oeste, estão com um nível médio de 80%. No ano passado, o nível estava em 70% e em 2001, ano do racionamento, em apenas 35%. O baixo consumo de energia, conseqüência das medidas de economia durante o racionamento, também contribui para que os reservatórios estejam cheios. (O Estado de São Paulo - 12.05.2003)

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2 ONS reforça intercâmbio para o Nordeste pelo nono mês consecutivo

O Nordeste receberá energia elétrica de outros subsistemas pelo nono mês consecutivo. Segundo a resolução nº 252 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o ONS poderá aumentar o intercâmbio de energia entre os dias 3 e 30 de maio. Segundo o operador do sistema, a medida visa a melhorar o índice de armazenamento dos reservatórios do Nordeste, que estão em 53%. Para atender a demanda, o ONS vai transferir energia dos subsistemas Norte e Sul. Para definir o nível de transferência, o ONS utiliza o modelo New Wave, que analisa o cenário dos reservatórios e a possível evolução do volume de chuvas. Na última quinta-feira, dia 8 de maio, o submercado Nordeste recebeu 1.042 MW. (Canal Energia - 12.05.2003)

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Comercialização de Energia

1 Preços do MAE para Sudeste/Centro-Oeste e Sul registram queda de até 1,5%

O valor do MWh para as cargas pesada e média nas regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste caiu na segunda semana de maio. A queda nos preços da energia negociada no MAE chegou a 1,5% em comparação com a semana anterior. Para a semana que vai do dia 10 a 16 de maio, o preço MAE para a carga pesada nestas regiões fica em R$ 6,74. Para a carga média, o valor é de R$ 6,64. Já o preço da energia na carga leve nestes submercados teve aumento de 1,2%, passando de R$ 6,51 para R$ 6,59 o MWh. Na região Nordeste, o preço MAE caiu 0,39%, ficando em R$ 5,96 nesta semana. O mesmo valor está sendo praticado para as cargas pesada e média no submercado Norte. Para a carga leve, o preço permanece em R$ 5,48. (Canal Energia - 12.05.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Térmica Norte Fluminense em fase final de implantação

A termelétrica Norte Fluminense (UTE), pertencente à Electricité de France e à Petrobras, já está na fase final de sua implantação. A usina, que irá operar com três turbinas à gás natural e outra à vapor, terá capacidade de 770 MW. As suas instalações serão no município de Macaé. O início das operações ocorrerá no segundo semestre do ano. (JB Online - 12.05.2003)

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Economia Brasileira

1 Captações externas

O Unibanco fechou a captação externa em euros de mais longo prazo de vencimento entre os emissores brasileiros neste ano - obteve 75 milhões de euros com prazo de 12 meses. Lançou inicialmente 50 milhões de euros, mas a demanda superou a oferta, que foi ampliada. A Petrobras prepara-se para fechar nesta semana operação de US Commercial Papers de até US$ 200 milhões, segundo disse o diretor financeiro e de relações com os investidores da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo. O mercado em euro é um dos que está, neste momento, muito líquido e teria condições de absorver um volume maior de captações brasileiras, inclusive da República, na visão de Marcelo Felberg, da Unibanco Secutiries, que, junto com o banco português Finantia, liderou a captação de 75 milhões de euros do Unibanco. (Valor - 12.05.2003)

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2 Nova política industrial não fere normas da OMC

As primeiras formulações da nova política industrial que chegaram às mãos dos ministros da Fazenda, Antônio Palocci, e do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, são compatíveis com as regras da OMC, segundo fontes do governo. Os propostos não vinculam incentivos a investimentos, medidas proibidas pela OMC, que são as de exigir como contrapartida que as empresas usem conteúdo local mínimo em seus produtos e também para que exportem parte de sua produção. O País continuará batalhando na OMC para a flexibilização do Acordo de Trims (normas de investimentos relacionadas ao comércio) e para dispor mais tarde, eventualmente, de mais espaço para políticas industriais ativas. Uma política industrial ativa pode reduzir um déficit que hoje chega a cerca de US$ 10 bilhões em apenas dois setores. O químico, com um déficit de U$ 6 bilhões em 2001, e o eletrônico, com saldo negativo de US$ 3,2 bilhões em 2002. (Gazeta Mercantil - 12.05.2003)

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3 Delfim Neto: Regime flutuante sofre intervenções do BC

O capital que está entrando no Brasil, de curto prazo, "é o capital da morte súbita e que pode estar criando algumas dificuldades, produzindo flutuações gigantescas no dólar", diz o deputado Antonio Delfim Netto (PP-SP), ex-ministro, durante o regime militar, da Fazenda (1967/74), da Agricultura (1979) e do Planejamento (1979/85). Delfim considera que o capital de curto prazo não tem o que fazer aqui, a não ser ganhar dinheiro com os papéis do governo. Luiz Inácio Lula da Silva, afirma, herdou um Brasil com "endividamento gigantesco e um estrangulamento do crescimento". O País hoje, conclui, encontra-se em situação muito delicada. Para o ex-ministro não existe câmbio flutuante, como as pessoas pensam, quando há uma oscilação de 30% em duas semanas. "Toda flutuação é suja", resume. "O governo está permanentemente intervindo de diferentes formas na flutuação." O ex-ministro recomenda ser fundamental para o País aumentar as exportações e se livrar da dependência externa. "Caso contrário não vai voltar a crescer." Delfim Neto concorda com o caminho que a atual equipe econômica está trilhando. (Gazeta Mercantil - 12.05.2003)

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4 Juro real tende a crescer, diz economista

A queda da Selic não deverá ser suficiente para acompanhar o ritmo de declínio da inflação. Por esse motivo, economistas estimam que o juro real tende a aumentar nos próximos meses. O resultado da combinação inflação declinante e juros nominais altos é um juro real crescendo de 14% para 16,7% entre março e maio, passando por uma alta de 16,3% em abril. "Uma taxa de juro real fora da realidade", avalia o ex-diretor do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas, economista do Ibmec Business School. (Gazeta Mercantil - 12.05.2003)

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5 Dólar ontem e hoje

A volatilidade deu o tom aos negócios no mercado financeiro na manhã desta segunda-feira, embora o clima estivesse tranqüilo nas mesas de operação. O dólar alternou tendências várias vezes e fechou a manhã em baixa de 0,10%, cotado a R$ 2,868 na compra e R$ 2,872 na venda. A moda chegou ao final dos negócios da sexta-feira, no mais baixo nível em quase 10 meses, em queda de 1,33% em relação ao fechamento de ontem. A moeda ficou cotada a R$ 2,87 para compra e R$ 2,875 para venda. (O Globo On Line e Invertia - 12.05.2003)

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Internacional

1 AES anuncia conclusão da oferta particular no valor de US$ 1,8 bi

A AES Corporation anunciou nesta sexta-feira, 9 de maio, a conclusão da oferta particular de US$ 1,8 bilhão em notas sêniores subordinadas. Os papéis eram divididos em duas partes: US$ 1,2 bilhão com prazo até 2013 e o restante, US$ 600 milhões, até 2015. Com a conclusão do prazo de negociação das ofertas sêniores, a AES contabilizou a arrecadação de US$ 104 milhões. O comunicado da empresa explica que o procedimento de oferta particular era usado para a compra de notas sêniores em ofertas particular e para o reembolso de US$ 475 milhões sob facilidades de crédito fixadas pela AES. O montante seria usado para comprar notas sêniores no valor de US$ 1,1 bilhão em ofertas e propósitos gerais da companhia. Segundo análise da AES, as transações eliminam todos os agendamentos programados até 2005, melhorando a flexibilidade e a liquidez financeira, além de alongar o prazo das dívidas da AES. (Canal Energia - 09.05.2003)

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2 Venezuela firma contrato para expansão de hidrelétrica

O governo da Venezuela firmou ontem contrato de US$ 160 milhões para desenvolver a terceira etapa de uma central hidrelétrica para atender o Oeste do país. O acordo prevê a construção, em 2006, da represa La Vueltosa, que aumentará a capacidade instalada da central Uribante-Caparo, localizada em Mérida. O acordo foi fechado entre o presidente da estatal elétrica venezuelana Cadafe, Nervis Villalobos, e o representante da empresa franco-brasileira Hidro Alstom-Power, Carlos Schellenberg. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, lembrou que o negócio ''está amparado'' pelos governos brasileiro, francês e venezuelano e que é o primeiro passo ''para impulsionar o desenvolvimento'' daquela região do país. A obra prevê a criação de mil empregos diretos e o prazo previsto é de 37 meses. (JB Online - 12.05.2003)

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3 Codelco põe à venda hidrelétricas Coya e Pangal

A divisão El Teniente da corporação estatal chilena Codelco abriu processo de venda de suas usinas hidrelétricas Coya e Pangal e da licença sobre a água do Rio Cachapoal, atendendo à sua estratégia de liquidar ativos voltados para atividades paralelas, segundo disse Rodrigo Rivas, porta-voz da empresa. O edital estará à venda de 19 de maio a 29 de agosto e o processo será aberto a empresas nacionais e estrangeiras. A Codelco vai receber propostas no dia 29 de setembro, anunciar o vencedor em 17 de Outubro e fechar o negócio em 14 de novembro, segundo o comunicado. Coya e Pangal, com capacidade instalada de 39,3MW e 37MW, respectivamente, fornecem hoje cerca de 35% dos 400MW de eletricidade que El Teniente precisa. A Codelco vai mudar essa relação, comprando 100% de sua energia do Sistema Interconectado Central (SIC), em vez dos 320MW que compra hoje, disse Rivas. (Business News Americas - 12.05.2003)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 Costa, Raul. A estrutura de capital: as dúvidas e as certezas de um gestor financeiro. Lisboa: Uniweb, 2001. - 13 páginas.

O texto aborda como definir a melhor estrutura de capital observando três pontos: decisão de investimento, decisão financiamento e decisão de dividendos. Ele explica o modelo CAPM e mostra como estimar a Estrutura Ótima de Capital e o cenário de várias situações hipotéticas.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/financiamento.htm

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno e Rodrigo Berger
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são se responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visiste o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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