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nº 1.106 - 12 de maio de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Reestruturação e Regulação 1 MME prestes a apresentar novo modelo do setor elétrico Até o início
da próxima semana, o MME deverá apresentar uma nova proposta do modelo
do setor elétrico. Entre as principais regras deverão estar novos procedimentos
nas licitações de usinas hidrelétricas, contratação de energia e normas
para os produtores independentes, adianta o secretário-executivo do ministério,
Maurício Tolmasquim. Mas ele ressalta que, por enquanto, trata-se de uma
proposta, que vem sendo debatida com especialistas no setor. A partir
da divulgação, investidores também poderão dar suas sugestões de mudanças
e críticas, como ocorre em uma consulta pública. (O Estado de São Paulo
- 12.05.2003) 2 Tolmasquim: Comprador único de energia bancado pelo governo está descartado Maurício
Tolmasquim, secretário-executivo do MME, afirmou que a proposta de um
comprador único de energia no mercado, cuja aquisição da eletricidade
seria garantida pelo governo, está descartada. A idéia foi proposta pela
atual diretor da Petrobrás, Ildo Sauer. O que vai ocorrer, adianta ele,
é um pool, mas sem recursos do Tesouro. Tolmasquim acrescenta ainda que
as novas concessões para construção de hidrelétricas deverão seguir o
modelo usado hoje na licitação das linhas de transmissão. Ou seja, ganha
o leilão quem oferecer a menor tarifa para a construção da usina. Assim,
o preço da eletricidade estará sendo definido na ocasião do leilão de
concessão, diz Tolmasquim. Segundo ele, o objetivo é criar um ambiente
de segurança, com contratos de longo prazo e estrutura que garanta aos
investidores o retorno do capital investido. "O empreendedor terá receita
garantida durante o período de concessão, o que tende a lhe abrir o mercado
de crédito para financiamentos, impulsionando assim novos investimentos.".
(O Estado de São Paulo - 12.05.2003) 3 Tribunal de Contas realiza controle externo sobre agências O Tribunal
de Contas da União (TCU) tem exercido o controle externo das agências
reguladores, obrigando-as a rever suas decisões e modos de atuação. O
tribunal fez uma série de auditorias nas agências e concluiu que há falhas
em todos os setores regulados. O modelo é frágil, tem problemas de fiscalização
e carece de critérios técnicos para agir. A conclusão do tribunal é que
o governo tem que aperfeiçoar o modelo regulatório ou continuará convivendo
com problemas nos serviços que foram desestatizados, como tarifas altas
e prestação ineficiente. As auditorias foram iniciadas em 1999 e levaram
Anatel, Aneel e ANP a reavaliarem vários processos de venda de empresas,
licitações e revisões tarifárias. O tribunal elaborou 22 diretrizes para
realizar o controle externo das agências reguladoras neste ano. (Valor
- 12.05.2003) 4
TCU: Aneel pecou pela falta de diretrizes em sua atuação 5 Relatório do TCU defende revisão da tarifa social de energia Os descontos
nas tarifas de energia elétrica concedidos pelo governo às faixas de menor
consumo, que representam um subsídio anual de R$ 581 milhões, não atingem
grande parte da população de baixa renda e devem ser revistos. A conclusão
é de um relatório enviado pelo presidente do Tribunal de Contas da União
(TCU), ministro Walmir Campelo, ao presidente da Comissão de Defesa do
Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL).
O relatório é o resultado de auditoria operacional realizada pelo TCU
com o objetivo de traçar o perfil sócio-econômico da parcela da população
brasileira que não tem acesso à energia elétrica e avaliar se o atual
modelo de tarifa social está realmente favorecendo as faixas mais carentes.
A auditoria constatou que o baixo consumo não significa necessariamente
baixa renda e que há um número razoável de residências de renda alta com
consumo abaixo do limite, enquanto outros com renda mais baixa gastam
mais energia. (Canal Energia - 09.05.2003) 6 TCU determina revisão de contratos de energia O Tribunal
de Contas determinou à CBEE que altere parte dos contratos firmados com
as concessionárias de energia elétrica para o recebimento de energia.
O tribunal ordenou a retirada de pontos de confidencialidade dos contratos
e os que estabelecem a eleição de um árbitro autônomo para a solução de
conflitos. O processo foi julgado, em abril do ano passado. A decisão
do Tribunal de Contas foi unânime. (Valor- 12.05.2003)
Empresas
A dívida
das concessionárias de energia em 2002 coloca o setor no topo da lista
dos mais endividados do país. Segundo analistas, em qualquer parte do
mundo o alto endividamento é normal, já que se trata de um segmento de
capital intensivo, no qual o financiamento das máquinas e equipamentos
é bastante elevado. Os números atuais, no entanto, estão acima da média
dos últimos anos. De acordo com a Aneel, o alto endividamento das elétricas
é decorrente da incorporação das empresas de propósito específico, criadas
na ocasião da privatização. Com isso, as empresas vendidas pelo governo
passaram a incluir em seus balanços a dívida referente a sua própria venda.
A receita das empresas caiu ao mesmo tempo em que as dívidas subiram com
a alta do dólar. Este foi um dos principais fatores que contribuíram para
a elevação dos débitos das companhias, já que boa parte da dívida está
em moeda estrangeira. A situação das elétricas não é nada confortável,
levando em conta a queda de faturamento por causa o recuo do consumo e
o alto endividamento. A soma dessas variáveis acabou fortalecendo os questionamentos
sobre a capacidade das companhias de honrar seus compromissos, principalmente
porque suas controladoras no exterior não pretendem mais injetar dinheiro
no Brasil para socorrer suas subsidiárias. (O Estado de São Paulo - 12.05.2003) 2 Dívida do setor elétrico já passa de R$ 86 bi A intenção
do governo de limitar o endividamento das empresas de energia elétrica
em 60% do patrimônio líquido está longe de se tornar realidade. A dívida
atual do setor já passa de R$ 86 bilhões, segundo levantamento da consultoria
Economática. Os consecutivos prejuízos registrados nos últimos anos corroeram
o capital investido pelas companhias, enquanto suas dívidas - boa parte
em moeda estrangeira - avançaram em proporção geométrica. Hoje, o endividamento
médio das companhias está em 82% do patrimônio líquido, de acordo com
a Economática. A importância da relação entre esses dois ativos é importante:
quanto maior o índice, maior a dificuldade das empresas em levantar empréstimos.
Assim, sem acesso a crédito e com prejuízo em caixa, as companhias acabam
tendo dificuldades para honrar seus compromissos, ficam inadimplentes
e correm o risco de quebrar. Das 29 empresas pesquisadas pela Economática,
quatro estão com o patrimônio negativo e 14 têm dívidas, pelo menos, uma
vez maior que seu patrimônio líquido. Apenas nove companhias do setor
elétrico se enquadram no limite proposto pelo governo. (O Estado de São
Paulo - 12.05.2003) 3 AES e BNDES : Nova proposta é rejeitada A americana
AES cedeu um pouco mais em sua oferta feita na semana passada ao BNDES,
mas o banco rejeitou mais uma vez a oferta da companhia e informou, na
sexta-feira, que vai levar a leilão extrajudicial um bloco de ações que
garantem o controle da Eletropaulo. Carlos Lessa, presidente do BNDES,
disse que o banco continua disposto a negociar, desde que o grupo americano
envie "uma proposta decente". Segundo apurado, a última proposta apresentada
pela AES ao BNDES prevê a cessão de até 49% das ações de uma nova holding,
criada com a junção de três empresas: AES Tietê, térmica de Uruguaiana
e Eletropaulo. "Apesar de ter ampliado sua oferta de um terço para 49%
de participação na holding, a AES continua insistindo em manter o controle",
afirma uma fonte próxima às negociações. Segundo a fonte, o valor da participação
do banco, mesmo com 49%, "não chegaria perto" do valor da dívida, de quase
US$ 1,2 bilhão. (Valor - 12.05.2003) 4
Novas negociações no caso AES 5 Eletrobrás cria unidade para melhorar relação com empresas e indústrias A Eletrobrás
anunciará no próximo domingo, dia 11 de maio, durante a abertura do V
Simpósio de Automação de Sistemas Elétricos (Simpase), em Recife, a criação
do Departamento Tecnológico e Industrial, instituído para aprofundar as
relações entre a empresa e as indústrias e desenvolver novas tecnologias.
Além disso, a unidade será responsável pela adoção de critérios uniformes
nas áreas de licitações e contratos das subsidiárias da holding. Segundo
o diretor de Projetos Especiais, José Drumond Saraiva, entre os destaques
no sistema do novo departamento figuram os bancos de preços, que acompanhará
os valores dos principais produtos de interesse do setor elétrico; e de
material, que permite o intercâmbio entre as empresas do grupo. (Canal
Energia - 09.05.2003) 6 Elektro continuará sob controle da Enron A Elektro
não está mais à venda. O anúncio foi feito pela sua controladora, a americana
Enron Corp, em comunicado mundial divulgado na sexta-feira. Na tentativa
de reorganizar suas finanças, a Enron decidiu criar uma nova companhia
internacional de energia para abrigar seus negócios. Inicialmente, a empresa
recebeu o nome de International Corp. Vai ser gerida por um conselho de
administração e aguarda-se que suas ações sejam distribuídas aos credores
da Enron. Com isso, a empresa suspendeu a venda de um conjunto de ativos
espalhados pelo mundo. No Brasil, além da Elektro, foram suspensas a venda
da termoelétrica Cuiabá e da sua participação no gasoduto Brasil-Bolívia.
A térmica Eletrobolt, situada no Rio, ficou fora do pacote, mas nada impede
que seja incluída numa etapa futura, diz Britaldo Pedrosa Soares, diretor
financeiro e de relações com investidores da Enron no Brasil. Em relação
à Elektro, Soares disse que não haverá grandes mudanças e estão mantidos
os investimentos de R$ 130 milhões este ano na expansão da rede de distribuição.
Mesmo que a venda da Elektro tenha sido suspensa, ele não quis comentar
se houve algum tipo de negociação. (Valor- 12.05.2003) 7 Tractebel reduz investimentos A Tractebel
Energia reduziu seus investimentos dos R$ 100 milhões de 2002 para cerca
de R$ 70 milhões este ano devido às incertezas do setor elétrico. De acordo
com o diretor de relações com investidores da companhia, Marc Verstraete,
o principal investimento deste ano é em uma nova termelétrica em Lajes,
de 25 MW, que deve entrar em operação no início de 2004. Apesar da avaliação
negativa com as indefinições do setor, a companhia está satisfeita com
relação a suas finanças, principalmente pela movimentação do câmbio no
quatro primeiros meses do ano. Segundo estudo da Economática, a Tractebel
Energia tem dívidas de R$ 2,95 bilhões, dos quais 60% em moeda estrangeira.
(Gazeta Mercantil - 12.05.2003) 8 Chesf renova seguro de R$ 2 bi A Chesf
acaba de renovar com um consórcio formado por Bradesco Seguros e Itaú
Seguros um seguro de R$ 2,15 bilhões. A apólice tem cobertura de incêndio,
transporte nacional, aeronaves e responsabilidade civil. O prêmio pago
é o mesmo praticado no ano passado - R$ 4,3 milhões. As resseguradoras
internacionais exigiram, porém, uma retenção maior do risco pelas companhias
brasileiras e a franquia passou de R$ 100 mil para R$ 300 mil. De acordo
com o assessor do departamento de seguros e controle patrimonial da Chesf,
Roberto Almeida, o seguro não teve aumento porque foi contratado em 2001,
antes das inundações, incêndios, queimadas e do ataque terrorista ao World
Trade Center, em Nova York. "Estamos sendo favorecidos por um contrato
antigo, que dura até 2005. Fizemos uma licitação em 2000, que foi vencida
pelas duas seguradoras. O contrato foi assinado em 2001 e, anualmente,
em março, é emitida uma nova apólice, na qual são incluídos alguns bens
e excluídos outros ", afirma Almeida. A cobertura contra risco de incêndio
representa 95% do seguro total contratado. O assessor do departamento
de seguro da Chesf explica que a empresa adotou um sistema de gerenciamento
de risco para controlar e reduzir os sinistros. (Valor- 12.05.2003) 9 Copel adiciona R$ 50 mi à área de manutenção do sistema de distribuição A Copel
vai acrescentar cerca de R$ 50 milhões à área de manutenção do sistema
de distribuição da companhia. Os recursos adicionais são provenientes
da economia gerada pela suspensão dos pagamentos dos contratos de compra
de eletricidade pela companhia com a térmica de Araucária e a Cien (Companhia
de Interconexão Energética). Esse montante será aplicado na parte de despesas
de custeio e novos investimentos para este ano. O reforço foi autorizado
pelo presidente da Copel, Paulo Pimentel, tendo em vista os efeitos da
política de compressão dos investimentos na área durante o período de
preparação da empresa para a privatização, que não ocorreu. (Canal Energia
- 09.05.2003) 10 Cesp paga 20% de dívida de U$ 150 mi A Cesp informou
que na sexta-feira concluiu com êxito o pagamento de 20% da dívida total
de US$ 150 milhões em bônus internacionais, com vencimento em maio de
2005. O pagamento faz parte de acordo da Cesp com os credores externos,
aprovado em assembléia realizada em abril. Com a negociação, a companhia
elétrica retirou do contrato a possibilidade de os credores resgatarem,
antecipadamente, a totalidade do valor dos papéis. (Valor - 12.05.2003) 11 Sebrae investe em cursos para empresas sobre otimização de energia No setor
empresarial, é possível economizar até 15% do consumo de energia elétrica
sem a necessidade de uma contrapartida em investimentos. Em busca dessa
meta no Estado, o Sebrae/RS deu início, em julho de 2002, ao Programa
Energia Brasil (PEB). Com orçamento de R$ 1,5 milhão, o objetivo é ministrar
380 cursos de capacitação para empreendedores e funcionários das empresas.
Já foram realizados 95 cursos, afirma a coordenadora do PEB do Sebrae/RS,
Marta Folha. Uma das formas de conquista da eficiência energética começa
na reeducação dos hábitos de consumo. Aparentemente, essa mudança parece
simples, mas se fosse assim, o Sebrae não teria firmado acordos com 11
entidades técnicas, a maioria delas pertencente a universidades como Ulbra,
Feevale, Furg, UFSM, UPF, UCS e Unijuí, entre outras. Os cursos são gratuitos
e podem ser feitos dentro das empresas. (Correio do Povo - 12.05.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Reservatórios cheios garantem energia para região sudeste O fornecimento
de energia elétrica para a Região Sudeste não sofre riscos neste ano e
no próximo porque a temporada de chuvas foi generosa. Os reservatórios
de Minas Gerais, que alimentam as principais usinas do Sudeste e do Centro-Oeste,
estão com um nível médio de 80%. No ano passado, o nível estava em 70%
e em 2001, ano do racionamento, em apenas 35%. O baixo consumo de energia,
conseqüência das medidas de economia durante o racionamento, também contribui
para que os reservatórios estejam cheios. (O Estado de São Paulo - 12.05.2003) 2 ONS reforça intercâmbio para o Nordeste pelo nono mês consecutivo O Nordeste
receberá energia elétrica de outros subsistemas pelo nono mês consecutivo.
Segundo a resolução nº 252 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica),
o ONS poderá aumentar o intercâmbio de energia entre os dias 3 e 30 de
maio. Segundo o operador do sistema, a medida visa a melhorar o índice
de armazenamento dos reservatórios do Nordeste, que estão em 53%. Para
atender a demanda, o ONS vai transferir energia dos subsistemas Norte
e Sul. Para definir o nível de transferência, o ONS utiliza o modelo New
Wave, que analisa o cenário dos reservatórios e a possível evolução do
volume de chuvas. Na última quinta-feira, dia 8 de maio, o submercado
Nordeste recebeu 1.042 MW. (Canal Energia - 12.05.2003)
Comercialização de Energia 1 Preços do MAE para Sudeste/Centro-Oeste e Sul registram queda de até 1,5% O valor
do MWh para as cargas pesada e média nas regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste
caiu na segunda semana de maio. A queda nos preços da energia negociada
no MAE chegou a 1,5% em comparação com a semana anterior. Para a semana
que vai do dia 10 a 16 de maio, o preço MAE para a carga pesada nestas
regiões fica em R$ 6,74. Para a carga média, o valor é de R$ 6,64. Já
o preço da energia na carga leve nestes submercados teve aumento de 1,2%,
passando de R$ 6,51 para R$ 6,59 o MWh. Na região Nordeste, o preço MAE
caiu 0,39%, ficando em R$ 5,96 nesta semana. O mesmo valor está sendo
praticado para as cargas pesada e média no submercado Norte. Para a carga
leve, o preço permanece em R$ 5,48. (Canal Energia - 12.05.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Térmica Norte Fluminense em fase final de implantação A termelétrica
Norte Fluminense (UTE), pertencente à Electricité de France e à Petrobras,
já está na fase final de sua implantação. A usina, que irá operar com
três turbinas à gás natural e outra à vapor, terá capacidade de 770 MW.
As suas instalações serão no município de Macaé. O início das operações
ocorrerá no segundo semestre do ano. (JB Online - 12.05.2003) Economia Brasileira O Unibanco
fechou a captação externa em euros de mais longo prazo de vencimento entre
os emissores brasileiros neste ano - obteve 75 milhões de euros com prazo
de 12 meses. Lançou inicialmente 50 milhões de euros, mas a demanda superou
a oferta, que foi ampliada. A Petrobras prepara-se para fechar nesta semana
operação de US Commercial Papers de até US$ 200 milhões, segundo disse
o diretor financeiro e de relações com os investidores da Petrobras, José
Sergio Gabrielli de Azevedo. O mercado em euro é um dos que está, neste
momento, muito líquido e teria condições de absorver um volume maior de
captações brasileiras, inclusive da República, na visão de Marcelo Felberg,
da Unibanco Secutiries, que, junto com o banco português Finantia, liderou
a captação de 75 milhões de euros do Unibanco. (Valor - 12.05.2003) 2 Nova política industrial não fere normas da OMC As primeiras formulações da nova política industrial que chegaram às mãos dos ministros da Fazenda, Antônio Palocci, e do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, são compatíveis com as regras da OMC, segundo fontes do governo. Os propostos não vinculam incentivos a investimentos, medidas proibidas pela OMC, que são as de exigir como contrapartida que as empresas usem conteúdo local mínimo em seus produtos e também para que exportem parte de sua produção. O País continuará batalhando na OMC para a flexibilização do Acordo de Trims (normas de investimentos relacionadas ao comércio) e para dispor mais tarde, eventualmente, de mais espaço para políticas industriais ativas. Uma política industrial ativa pode reduzir um déficit que hoje chega a cerca de US$ 10 bilhões em apenas dois setores. O químico, com um déficit de U$ 6 bilhões em 2001, e o eletrônico, com saldo negativo de US$ 3,2 bilhões em 2002. (Gazeta Mercantil - 12.05.2003) 3 Delfim Neto: Regime flutuante sofre intervenções do BC O capital
que está entrando no Brasil, de curto prazo, "é o capital da morte súbita
e que pode estar criando algumas dificuldades, produzindo flutuações gigantescas
no dólar", diz o deputado Antonio Delfim Netto (PP-SP), ex-ministro, durante
o regime militar, da Fazenda (1967/74), da Agricultura (1979) e do Planejamento
(1979/85). Delfim considera que o capital de curto prazo não tem o que
fazer aqui, a não ser ganhar dinheiro com os papéis do governo. Luiz Inácio
Lula da Silva, afirma, herdou um Brasil com "endividamento gigantesco
e um estrangulamento do crescimento". O País hoje, conclui, encontra-se
em situação muito delicada. Para o ex-ministro não existe câmbio flutuante,
como as pessoas pensam, quando há uma oscilação de 30% em duas semanas.
"Toda flutuação é suja", resume. "O governo está permanentemente intervindo
de diferentes formas na flutuação." O ex-ministro recomenda ser fundamental
para o País aumentar as exportações e se livrar da dependência externa.
"Caso contrário não vai voltar a crescer." Delfim Neto concorda com o
caminho que a atual equipe econômica está trilhando. (Gazeta Mercantil
- 12.05.2003) 4
Juro real tende a crescer, diz economista A volatilidade
deu o tom aos negócios no mercado financeiro na manhã desta segunda-feira,
embora o clima estivesse tranqüilo nas mesas de operação. O dólar alternou
tendências várias vezes e fechou a manhã em baixa de 0,10%, cotado a R$
2,868 na compra e R$ 2,872 na venda. A moda chegou ao final dos negócios
da sexta-feira, no mais baixo nível em quase 10 meses, em queda de 1,33%
em relação ao fechamento de ontem. A moeda ficou cotada a R$ 2,87 para
compra e R$ 2,875 para venda. (O Globo On Line e Invertia - 12.05.2003)
Internacional 1 AES anuncia conclusão da oferta particular no valor de US$ 1,8 bi A AES Corporation
anunciou nesta sexta-feira, 9 de maio, a conclusão da oferta particular
de US$ 1,8 bilhão em notas sêniores subordinadas. Os papéis eram divididos
em duas partes: US$ 1,2 bilhão com prazo até 2013 e o restante, US$ 600
milhões, até 2015. Com a conclusão do prazo de negociação das ofertas
sêniores, a AES contabilizou a arrecadação de US$ 104 milhões. O comunicado
da empresa explica que o procedimento de oferta particular era usado para
a compra de notas sêniores em ofertas particular e para o reembolso de
US$ 475 milhões sob facilidades de crédito fixadas pela AES. O montante
seria usado para comprar notas sêniores no valor de US$ 1,1 bilhão em
ofertas e propósitos gerais da companhia. Segundo análise da AES, as transações
eliminam todos os agendamentos programados até 2005, melhorando a flexibilidade
e a liquidez financeira, além de alongar o prazo das dívidas da AES. (Canal
Energia - 09.05.2003) 2 Venezuela firma contrato para expansão de hidrelétrica O governo
da Venezuela firmou ontem contrato de US$ 160 milhões para desenvolver
a terceira etapa de uma central hidrelétrica para atender o Oeste do país.
O acordo prevê a construção, em 2006, da represa La Vueltosa, que aumentará
a capacidade instalada da central Uribante-Caparo, localizada em Mérida.
O acordo foi fechado entre o presidente da estatal elétrica venezuelana
Cadafe, Nervis Villalobos, e o representante da empresa franco-brasileira
Hidro Alstom-Power, Carlos Schellenberg. O presidente da Venezuela, Hugo
Chávez, lembrou que o negócio ''está amparado'' pelos governos brasileiro,
francês e venezuelano e que é o primeiro passo ''para impulsionar o desenvolvimento''
daquela região do país. A obra prevê a criação de mil empregos diretos
e o prazo previsto é de 37 meses. (JB Online - 12.05.2003) 3 Codelco põe à venda hidrelétricas Coya e Pangal A divisão
El Teniente da corporação estatal chilena Codelco abriu processo de venda
de suas usinas hidrelétricas Coya e Pangal e da licença sobre a água do
Rio Cachapoal, atendendo à sua estratégia de liquidar ativos voltados
para atividades paralelas, segundo disse Rodrigo Rivas, porta-voz da empresa.
O edital estará à venda de 19 de maio a 29 de agosto e o processo será
aberto a empresas nacionais e estrangeiras. A Codelco vai receber propostas
no dia 29 de setembro, anunciar o vencedor em 17 de Outubro e fechar o
negócio em 14 de novembro, segundo o comunicado. Coya e Pangal, com capacidade
instalada de 39,3MW e 37MW, respectivamente, fornecem hoje cerca de 35%
dos 400MW de eletricidade que El Teniente precisa. A Codelco vai mudar
essa relação, comprando 100% de sua energia do Sistema Interconectado
Central (SIC), em vez dos 320MW que compra hoje, disse Rivas. (Business
News Americas - 12.05.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Costa, Raul. A estrutura de capital: as dúvidas e as certezas de um gestor financeiro. Lisboa: Uniweb, 2001. - 13 páginas. O texto aborda como definir a melhor estrutura de capital observando três pontos: decisão de investimento, decisão financiamento e decisão de dividendos. Ele explica o modelo CAPM e mostra como estimar a Estrutura Ótima de Capital e o cenário de várias situações hipotéticas. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/financiamento.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visiste
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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