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lllIFE: nº 1.105 - 09 de maio de 2003
llllwww.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
iiiiifes@race.nuca.ie.ufrj.brs
llllEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1 Aneel negocia assinatura de acordos de cooperação técnica com órgãos ambientais

2 Abraceel: Aumentar preço da energia no MAE não é a solução

Empresas
1 AES apresenta nova proposta ao BNDES
2 Lessa: BNDES está esperando data para leilão de ações da AES
3 Petrobras eleva provisões para perda com energia
4 Celg espera voltar ao lucro este ano
5 Codemin perde tarifa subsidiada
6 Eletrosul lucra R$ 59,8 mi
7 Eletrosul disputará licitação de linhas
8 Comissão recomenda sindicância na Eletrosul
9 Governador de Roraima tenta resolver situação da CER

10 CPI da Copel vai recorrer à Justiça para intimar testemunha
11 Contrato entre Copel e Cien será investigado

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Empresas registram aumento de consumo no primeiro trimestre
2 Consumo na região Norte chega a 2.870 MW médios
3 Nível de armazenamento da Região Norte está em 83,44%
4 Volume armazenado do subsistema Nordeste está em 52,42%
5 Volume armazenado chegou a 78,69% no Sudeste/Centro-Oeste
6 Subsistema Sul está com 73,51% da capacidade
7 Usinas eólicas adicionam 136 MW de potência no Ceará
8 Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia
1 Ministério estima a venda de 600 MW médios no leilão de sobras de energia

Gás e Termelétricas
1 EDP desiste da térmica de Araraquara
2 IBS investirá US$ 30 mi na implantação de térmica no MS

Grandes Consumidores
1 Eletrobrás revê contratos com grandes consumidores

Economia Brasileira
1 Senador critica capitais voláteis e juros
2 Para Mercadante, o momento é favorável para a nova política de desenvolvimentoo
3 Falta clareza ao cenário para definir juros, afirma Palocci

4 Emissões de US$ 1,2 bi
5 Inflação em alta no Rio
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Mirant solicita reestruturação de dívida
2 Marathon ganha licença para projeto de GNL
3 Usinas termoelétricas dos EUA reduzem geração em 7,5%

 

Reestruturação e Regulação

1 Aneel negocia assinatura de acordos de cooperação técnica com órgãos ambientais

A Aneel está negociando a assinatura de acordos de cooperação técnica com órgãos ambientais, a fim de ampliar as parcerias já estabelecidas em convênios realizados anteriormente. O objetivo do acordo é treinar e capacitar equipes responsáveis pela análise de projetos do setor, agilizando e dando mais precisão à análise dos estudos de impacto ambiental de empreendimentos de energia. Dez instituições dos estados de Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo já haviam realizado convênios com a agência. Com a cooperação, a Aneel pretende agilizar os procedimentos de licenciamento ambiental, melhorar o sistema de fiscalização e monitoramento dos empreendimentos de geração e transmissão, elaborar programas de treinamento e de intercâmbio para técnicos de órgãos ambientais e realizar diagnósticos ambientais das bacias com potencial hidrelétrico. (Canal Energia - 08.05.2003)

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2 Abraceel: Aumentar preço da energia no MAE não é a solução

A possibilidade de o Ministério de Minas e Energia aumentar o preço mínimo de energia no MAE pode provocar outra polêmica entre as geradoras que conseguiram negociar energia por contratos bilaterais. A afirmação foi feita por Ricardo Lima, presidente da Abraceel (Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica). Segundo ele, aumentar o preço da energia no mercado atacadista não vai resolver o problema atual do setor. "Não podemos mudar o valor do MAE para resolver o problema de caixa de algumas empresas. Isso não vai resolver o problema do setor", afirma o executivo. "O principal problema do setor é de ordem estrutural e, portanto, elevar o preço da energia não ajuda nesse momento", observa Lima. (Canal Energia - 08.05.2003)

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Empresas


1 AES apresenta nova proposta ao BNDES

Representantes da norte-americana AES levaram ontem ao BNDES proposta para o equacionamento da dívida do grupo junto ao banco estatal. O documento dos americanos foi entregue ontem ao diretor financeiro do BNDES, Roberto Timótheo da Costa, que está à frente do processo. O BNDES não quis comentar a questão. Em entrevista recente, Timótheo da Costa admitiu que se o grupo AES apresentasse proposta considerada aceitável pelo banco, as partes poderiam ter mais dez ou quinze dias para entendimentos. O grupo AES não quis comentar o teor da proposta levada ao BNDES. Com a formalização da proposta, fica na prática suspenso (até segunda ordem) o processo para a realização de leilão de venda das ações preferenciais da Eletropaulo, dadas em garantia pela AES Transgás ao empréstimo do BNDES. (Gazeta Mercantil - 09.05.2003)

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2 Lessa: BNDES está esperando data para leilão de ações da AES

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, disse ontem que espera para os próximos dez ou 15 dias a escolha da data do leilão das ações preferenciais da distribuidora paulista de energia Eletropaulo, dadas como garantia no empréstimo do BNDES. As ações estão em poder da Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia (CLBC), à qual caberá marcar a data do leilão. Os papéis lastrearam cerca de metade do empréstimo de US$ 1,2 bilhão feito à AES e que tiveram as ações como garantia. A outra parte foi lastreada com as ações ordinárias. O BNDES já sabe, porém, que não conseguirá recuperar os US$ 600 milhões com o leilão. O mercado avalia que a distribuidora tenha hoje um valor de mercado de cerca de US$ 300 milhões. "O mercado é que determinará quanto as ações valem.", disse Lessa. Em relação às ações ordinárias, o BNDES já iniciou na Justiça os procedimentos para também levá-las a leilão. Lessa não revela os procedimentos judiciais. Ele disse que tanto o leilão das preferenciais quanto os procedimentos judiciais envolvendo as ações ordinárias podem ser suspensos a qualquer hora se o BNDES e a AES entrarem em acordo sobre os débitos do grupo americano. "Até agora as propostas da AES não nos convenceram", afirmou Lessa. (JB Online - 09.05.2003)

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3 Petrobras eleva provisões para perda com energia

A Petrobras aumentou em US$ 211 milhões - de US$ 205 milhões para US$ 416 milhões - a provisão de prejuízo do segmento de energia no exercício de 2003. A decisão foi comunicada ao mercado por meio de fato relevante. O diretor de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, explicou que a revisão nos números precisou ser feita porque o mercado se comportou pior do que o estimado em setembro, quando foram feitas as previsões anteriores. "Face à crise, a quantidade de energia vendida foi menor do que o estimado em setembro, quando acreditava-se que agora o mercado estaria diferente e os preços maiores", disse Sauer. Segundo ele, a maior parte do prejuízo da área de energia deve-se aos contratos de compra de eletricidade firmado com as térmicas Macaé, Eletrobolt e TermoCeará, controladas respectivamente pela El Paso, Enron e MPX. Sauer afirmou que a estatal quer renegociar as bases desses contratos. O fato já foi comunicado à El Paso e ao consórcio de bancos que representa os credores da Enron, liderados pelo banco WestLB. Quanto aos outros empreendimentos em co-geração, Ildo Sauer disse que a Petrobras não obtém receita pelo investimento, fato que ele espera ver contornado. (Valor - 09.05.2003)

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4 Celg espera voltar ao lucro este ano

Depois de registrar um prejuízo de R$ 454,773 milhões e um patrimônio líquido negativo de R$ 282,262 milhões em 2002, a Celg espera conseguir, neste ano, o primeiro resultado positivo da empresa desde 1997, quando seu balanço anual apontou um lucro líquido de R$ 9,443 milhões. Antes disso, no entanto, a direção da empresa terá que percorrer um longo e penoso trajeto, incluindo a definição de duas batalhas judiciais travadas contra duas empresas multinacionais - a espanhola Endesa, da área elétrica, e a britânica Anglo American, do setor de mineração. (Gazeta Mercantil - 09.05.2003)

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5 Codemin perde tarifa subsidiada

Numa reviravolta em relação a uma decisão anterior da própria instituição, o Tribunal de Justiça de Goiás acolheu mandado de segurança e concedeu liminar que autoriza a Celg a suspender os descontos praticados na tarifa de energia paga pela mineradora Codemin. A mesma decisão permite o corte do fornecimento caso a Codemin deixe de pagar a conta. A empresa recebe energia subsidiada desde 1978, por decisão do governo federal, que pretendia estimular a substituição de importações de matérias-primas. Numa segunda ação, a ser apresentada nas próximas semanas, a Celg pretende cobrar, possivelmente da União, o ressarcimento das perdas registradas a partir de março de 1993. Numa estimativa ainda não oficial, até abril deste ano, a companhia reclama perdas equivalentes a R$ 153 milhões, correspondendo a um terço do prejuízo líquido de R$ 454,8 milhões da Celg no ano passado. (Gazeta Mercantil - 09.05.2003)

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6 Eletrosul lucra R$ 59,8 mi

A Eletrosul teve lucro líquido de R$ 59,8 milhões no primeiro trimestre deste ano. Esse valor corresponde a um crescimento de quase 107% em comparação aos R$ 28,9 milhões registrados no mesmo período de 2002. Já a receita obtida com a disponibilização da rede elétrica atingiu o montante de R$ 87,4 milhões, total 45,8% superior ao obtido no primeiro trimestre do ano passado. Segundo comunicado da empresa, esse foi seu melhor desempenho no segmento de transmissão, ramo que assumiu em dezembro de 1997. (Gazeta Mercantil - 09.05.2003)

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7 Eletrosul disputará licitação de linhas

A Eletrosul, empresa federal de transmissão de energia da Região Sul, pretende participar da licitação para construção e operação de linhas de energia elétrica nas regiões Sul e Sudeste. O presidente da empresa, Milton Mendes, disse que estuda a possibilidade de montar consórcios com empresas privadas para participar dos leilões. A princípio, a Eletrosul tem interesse em três linhas: a Machadinho-Campos Novos II, em Santa Catarina, a Salto Santiago-Ivaiporã, no Paraná, e a Londrina-Assis-Araraquara, que liga o Paraná ao Estado de São Paulo. Nesta última, a participação poderá ser em consórcio com Furnas, além da iniciativa privada. (Jornal do Commercio - 09.05.2003)

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8 Comissão recomenda sindicância na Eletrosul

A Eletrosul deverá passar por uma sindicância contábil. A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados recomendará a realização de uma auditoria independente para elucidar uma série de interrogações que ainda persistem desde a cisão da companhia em 1998, quando surgiu a então Gerasul. "É preciso averiguar todos os detalhes do processo. Ainda há pontos obscuros", argumenta o deputado federal Mauro Passos (PT/SC), autor da sugestão. A divisão da empresa foi debatida ontem durante uma audiência pública, em Brasília. O principal problema que a comissão, empregados e o próprio Ministério Público Federal não entenderam até hoje foi o preço pago pelos ativos de geração da empresa. A Tractebel, na época, arrematou a Gerasul por apenas R$ 945 milhões. Uma avaliação feita pela Coppe/UFRJ, indicou que a parte de geração da Eletrosul não poderia ter sido vendida por menos de R$ 3,2 bilhões. (A Notícia - 09.05.2003)

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9 Governador de Roraima tenta resolver situação da CER

Do início da semana até ontem, o governador de Roraima esteve em Brasília em busca de recursos para sua administração. Nesse período, ele se encontrou com os presidentes da Eletronorte e da Aneel para discutir a questão da CER. "Através de convênio, queremos que a Eletronorte indique servidores dela para estabelecermos uma gestão compartilhada. Queremos sanear a CER e mesmo que ela tenha dificuldades operacionais possa ser uma empresa mais eficiente". Conforme o governador, Flamarion Portela, a CER atualmente está sob ameaça de não obter a renovação da concessão para produção e comercialização de energia elétrica, devido aos problemas que enfrenta. "Entendemos que através da gestão compartilhada poderemos buscar parcerias que permitam a CER tornar-se auto-sustentável", comentou. (Folha de Boa Vista - 09.05.2003)

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10 CPI da Copel vai recorrer à Justiça para intimar testemunha

A CPI da Copel vai intimar judicialmente a advogada Hortênsia Tardelli, que estava sendo esperada ontem pelos deputados para detalhar o contrato da Copel com a UEG Araucária, mas não compareceu para depor. Hortênsia vistou o contrato assinado em maio de 2000 no valor de R$ 450 milhões por ano e teria participado diretamente das negociações. Foi a segunda vez que a advogada não atendeu à convocação da comissão parlamentar de inquérito. Um novo depoimento foi marcado para a terça-feira, às 8h30, na Assembléia Legislativa. O presidente da CPI, deputado estadual Marcos Isfer (PPS), espera que a ex-assessora jurídica da Copel esclareça dúvidas em relação à forma como feito o contrato entre as duas empresas. A comissão, segundo ele, quer saber quem elaborou o contrato, se foi feito um estudo preliminar, como a advogada vistou o documento, quais as cláusulas de reajuste e se a diretoria da Copel participou do processo. (Gazeta do Povo - 09.05.2003)

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11 Contrato entre Copel e Cien será investigado

O próximo contrato que será investigado, segundo o deputado Vanderlei Iensen, relator da CPI, será o de compra e venda de energia da Cien, também firmado nos mesmos moldes que o da UEG e supostamente considerado lesivo aos cofres públicos. "Queremos enfraquecer esses contratos para que a Copel possa sair do prejuízo", disse o relator. Mesmo que a Copel não use toda a capacidade de energia prevista no contrato ela é obrigada fazer os pagamentos. No caso do contrato com a Cien, a empresa disponibiliza 800 MWh a uma tarifa básica de U$ 29 dólares. No acordo com a UEG são 480 MWh. Em ambos os casos, a estatal não está usando toda a energia e a CPI está tentando ter acesso aos números que possam revelar exatamente a demanda e a suposta sobra de energia. (Gazeta do Povo - 09.05.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Empresas registram aumento de consumo no primeiro trimestre

As distribuidoras CPFL, Celesc e Celpe registraram uma alta no consumo de energia elétrica no primeiro trimestre deste ano. Segundo um estudo da Eletrobrás, o consumo no mês de fevereiro representou uma elevação de 10% em comparação ao mesmo mês de 2002. A região Nordeste teve o maior aumento (15,8%), fechando com 3.374 GWh. Já o Sudeste ficou abaixo da média nacional, com 8,4%, com um patamar de 13.462 GWh. De acordo com o gerente de Gestão Comercial da Celpe, Ricardo Galindo, o crescimento no consumo chegou a 18,7% em comparação ao mesmo período de 2002, passando de 1.600 GWh para 1.900 GWh. "O poder público representou o maior aumento no consumo, com 28%, seguido pelas classes residencial (21%), comercial (20%) e industrial (13%)", diz. Ele conta que a previsão para 2003 é um volume de vendas de 7.550 GWh. Já na área de concessão da CPFL, a elevação no consumo atingiu 9% em comparação ao mesmo período, enquanto a Celesc o patamar teve elevação de 8,9%. Apesar do resultado positivo, o montante negociado pelas empresas paulista e pernambucana ainda está abaixo do registrado em 2001 em 8,7% e 2,56%, respectivamente. (Canal Energia - 09.05.2003)

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2 Consumo na região Norte chega a 2.870 MW médios

A Região Norte registrou consumo de 2.870 MW médios na última quarta-feira, dia 7 de maio, contra a previsão de 2.771 MW médios do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). A variação do PMO (Programa Mensal de Operação) no subsistema chegou a 0,19% nos últimos sete dias. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo foi de 25.477 MW médios, contra a previsão de 26.039 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema teve uma oscilação no consumo de -5,48%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.130 MW médios, o submercado variou -9,28% no mesmo período. Já o Nordeste consumiu 6.190 MW médios, contra o PMO de 5.992 MW médios do ONS. A região registrou variação no consumo de -2,58% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.183 MW médios, o subsistema oscilou -5,59% no período. Na região Sul, o consumo ficou em 7.392 MW médios na última quarta-feira, contra a previsão de 6.929 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado teve uma variação de -4,09%. (Canal Energia - 08.05.2003)

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3 Nível de armazenamento da Região Norte está em 83,44%

O subsistema Norte está com 83,44% da capacidade, o que representa um aumento de 0,16% em relação ao dia anterior. A usina de Tucuruí, maior da região, apresenta volume de 97,96%. (Canal Energia - 08.05.2003)

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4 Volume armazenado do subsistema Nordeste está em 52,42%

Os reservatórios estão com 52,42% da capacidade no subsistema Nordeste, volume 26,87% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O índice teve uma redução de 0,08%. A hidrelétrica de Sobradinho registra 49,34% da capacidade. (Canal Energia - 08.05.2003)

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5 Volume armazenado chegou a 78,69% no Sudeste/Centro-Oeste

O volume armazenado do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 78,69%, valor 45,46% acima da curva de segurança. Em relação ao dia anterior, o nível teve um acréscimo de 0,04%. As usinas de Itumbiara e Furnas apresentam, respectivamente, índice de 97,01% e 97,54%. (Canal Energia - 08.05.2003)

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6 Subsistema Sul está com 73,51% da capacidade

Com uma queda de 0,53%, o volume armazenado chegou a 73,51% no subsistema Sul. O nível da hidrelétrica de Passo Real está em 90,26%. (Canal Energia - 08.05.2003)

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7 Usinas eólicas adicionam 136 MW de potência no Ceará

A empresa Cataventos Novas Energias Brasil Ltda recebeu autorização para implantar três usinas eólicas, que somarão 136 MW de potência, no estado do Ceará. A previsão é que os investimentos cheguem a R$ 590 milhões. As centrais deverão entrar em operação até novembro de 2005. As usinas Paracuru e Ubajara, localizadas nos municípios de mesmo nome, somarão 100 MW de potência. A eólica Pontal das Almas terá 36 MW de capacidade instalada e será construída no município de Barroquinha. As três centrais deverão beneficiar cerca de 945 mil habitantes. A empresa recebeu autorização da Aneel e está classificada na categoria de produtor independente. (Canal Energia - 08.05.2003)

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8 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Comercialização de Energia

1 Ministério estima a venda de 600 MW médios no leilão de sobras de energia

O Ministério de Minas e Energia planeja comercializar aproximadamente 600 MW médios no leilão de sobras de energia, que deverá acontecer em junho. A estimativa foi apresentada na reunião ocorrida nesta quinta-feira, dia 8 de maio, em Brasília, entre a ministra Dilma Rousseff e representantes das principais empresas de geração de energia e da Abrage (Associação Brasileira das Grandes Empresas Geradoras de Energia Elétrica). O montante seria negociado diretamente entre os geradores e os grandes consumidores industriais, livres ou potencialmente livres, para consumo no horário de ponta, entre às 18 e às 21 horas. Nessa faixa, muitos consumidores eletrointensivos conectados às redes das distribuidoras ou geradoras desligam as ligações e acionam equipamentos próprios de geração, devido ao alto custo da energia. Apesar de acenar com as primeiras bases em torno do processo de venda, o Ministério ainda está trabalhando em cima do sistema e do edital de venda do excedente, que ainda será discutido novamente com os agentes e com representantes dos potenciais compradores. Definições em torno do agente operacional do negócio e dos critérios de aceitação e rateio dos montantes vendidos ainda não estão fechados. (Canal Energia - 08.05.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 EDP desiste da térmica de Araraquara

O grupo português EDP desistiu da construção da usina termelétrica de Araraquara, no interior paulista, em que seriam investidos US$ 300 milhões. Indefinições no modelo do setor elétrico e o alto custo do gás natural levaram a empresa a abandonar o projeto. Para o presidente da EDP Brasil, Eduardo Bernini, a decisão está alinhada com a política "conservadora" do grupo. "Fizemos a opção de abandonar o projeto e vamos agora focar nossos esforços na construção da usina hidrelétrica de Peixe Angical, no Tocantins, o que, na visão do grupo, é a atitude mais prudente a ser tomada." (Gazeta Mercantil - 09.05.2003)

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2 IBS investirá US$ 30 mi na implantação de térmica no MS

A IBS investirá cerca de US$ 30 milhões na implantação da Usina TermoPantanal, no estado do Mato Grosso do Sul. A empresa pretende iniciar a construção da central geradora, que terá 60 MW de capacidade instalada, no começo de 2004. A previsão é de que a usina entre em operação comercial no início de 2005. O objetivo da empresa, criada no final de 2002, é aproveitar as oportunidades no mercado de energia elétrica que surgiram devido ao adiamento ou cancelamento de investimentos por parte de outros agentes. "Acreditamos no setor elétrico brasileiro. Com a retomada da economia, haverá demanda para a energia elétrica", diz o presidente da IBS, Glauco Palhoto. A companhia, que utilizará recursos próprios para implantação da térmica, já convidou algumas empresas para a licitação privada para compra de equipamentos. Segundo Palhoto, a IBS pretende investir em outros projetos de geração na área térmica e em pequenas centrais elétricas (PCHs), sem detalhar os prazos nem o volume de negócios previsto. (Canal Energia - 08.05.2003)

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Grandes Consumidores

1 Eletrobrás revê contratos com grandes consumidores

As empresas do grupo Eletrobrás estão renegociando os contratos de venda de energia para grandes consumidores das regiões Norte e Nordeste. O objetivo é conseguir condições melhores para as estatais, em termos de volumes, prazos e preço da energia vendida. As conversas são feitas em paralelo à elaboração dos leilões de energia excedente das estatais, que encontrarão nestes consumidores seu maior mercado. Segundo o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, a estatal já esteve com a Companhia Vale do Rio Doce, maior consumidor de energia do Brasil, para conversar sobre a revisão dos contratos. A Vale não se manifestou sobre o assunto. O presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Ludmer, disse que as conversas ainda estão em um estágio preliminar, que definirá os conceitos dos novos contratos. (Jornal do Commercio - 09.05.2003)

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Economia Brasileira

1 Senador critica capitais voláteis e juros

Pela segunda vez na semana, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Senado, fez defesa de mudanças na atual política econômica. Ele defendeu a redução da taxa de juros básica para o país retomar o crescimento econômico e voltou a criticar a dependência do capital especulativo. Elas acentuam o debate sobre os rumos da política econômica do governo, de forma que vem desagradando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mercadante ressaltou que a queda na taxa de juros tem de ser feita de forma "sustentada e progressiva". "Não adianta reduzir juros de forma populista e apressada porque depois você tem que aumentar de novo", disse. (Folha de São Paulo - 09.05.2003)

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2 Para Mercadante, o momento é favorável para a nova política de desenvolvimento

Para o senador, o grande desafio do país agora é fazer uma transição do modelo econômico que chamou de "neoliberal" (definido por ele como sendo pautado na dependência de capital externo) para um de desenvolvimento baseado em exportações, investimento público e na formação de um "mercado consumidor de massas", um dos pilares do pensamento petista na área de economia. Para Mercadante, não "há outra alternativa" para sair da crise a não ser exportar e vender mais. "Não podemos trocar exportação por capital volátil e cair no mesmo erro que já caímos tantas vezes. Temos que manter um saldo exportador elevado para diminuir a vulnerabilidade externa", afirmou o senador. (Folha de São Paulo - 09.05.2003)

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3 Falta clareza ao cenário para definir juros, afirma Palocci

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse ontem que o governo avalia positivamente a redução dos índices de inflação, mas ainda não pode dizer se o cenário será suficiente para provocar uma queda da taxa de juros. "Essa é uma avaliação que vamos fazer no próximo período. Mas cautela e caldo de galinha sempre são normas aqui para nós. Não fazem mal a ninguém, principalmente na área econômica", afirmou Palocci, logo depois de se reunir com o vice-presidente José Alencar, que, na véspera, chegou a dizer que as taxas de juros no país são um "assalto".Ao sair do encontro, ao lado do ministro, o vice voltou a dizer o que já vem repetindo desde que assumiu o governo: "Os juros vão baixar. A taxa ideal para o Brasil é a americana (1,25% ao ano)." Questionado sobre as opiniões manifestadas pelo líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP) o ministro fez questão de dizer que o debate econômico é sempre "sadio", mas deixou claro que a condução da política econômica seguirá um roteiro já estabelecido. (Valor - 09.05.2003)

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4 Emissões de US$ 1,2 bi

Em apenas duas semanas os brasileiros vão captar pelo menos US$ 1,2 bilhão por meio de emissão de títulos no exterior. O montante do ano já se aproxima dos US$ 7 bilhões. Os novos emissores são: Banif Primus, BMC, BMG, Itaú, Petrobras, Sabesp e Unibanco. (Gazeta Mercantil - 09.05.2003)

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5 Inflação em alta no Rio

O Índice de Preços ao Consumidor do Rio de Janeiro (IPC-RJ) apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia, da FGV, registrou inflação de 1,18% em abril. Esta foi a variação dos preços dos produtos consumidos por famílias com renda entre um e 33 salários mínimos. Este índice mostra aceleração da inflação no Rio em relação a março, quando foi apurada alta de 1,04% nos preços, mas mantém distância do índice de fevereiro (1,68%). Uma das razões dessa aceleração foi o forte ajuste nos preços dos transportes, que haviam subido 0,88% em março e subiram 2,86% em abril. (Jornal do Commercio - 09.05.2003)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial se mantém em baixa neste final de manhã. Às 11h54m, a moeda americana era cotada a R$ 2,867 na compra e R$ 2,872 na venda, com recuo de 1,37%. Ontem, o dólar comercial chegou ao final dos negócios em queda de 1,05%. A moeda ficou cotada a R$ 2,91 para compra e a R$ 2,914 para venda. (O Globo On Line e Invertia - 09.05.2003)

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Internacional

1 Mirant solicita reestruturação de dívida

A companhia americana de energia Mirant está solicitando a alguns grupos de credores que prorroguem o prazo para o pagamento do principal de alguns empréstimos, na sua tentativa de reestruturar uma dívida de US$ 5,3 bilhões. A companhia está oferecendo ações de quase todos seus ativos e condições mais favoráveis aos credores. No Brasil, a Mirant tem uma participação na SEB, empresa que detém 33% da Cemig. (Valor - 09.05.2003)

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2 Marathon ganha licença para projeto de GNL

A energética americana Marathon Oil e seus sócios receberam licença da agência nacional de energia do México, a CRE, para uma planta de regaseificação e armazenamento de gás natural liquefeito (GNL) perto de Tijuana, no estado de Baja California. Uma série de empresas está desenvolvendo terminais de GNL no México, e esta é a primeira licença concedida pela CRE. O terminal, com capacidade para 750 milhões de pés cúbicos por dia (mpc/d), faz parte da proposta de projeto do Centro Regional de Energia de Tijuana, que tem também uma usina termelétrica de 1.200MW, gasodutos associados, uma planta de dessalinização de água de 20 milhões de galões por dia - que fornecerá água fresca para a cidade de Tijuana - e estações de tratamento de esgoto para aumentar a capacidade de processamento atual na área. A Marathon estimou o investimento em mais de US$ 1,5 bi. A construção deve ser iniciada no final do ano, com entrada em funcionamento prevista para 2006. (Business News Americas - 09.05.2003)

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3 Usinas termoelétricas dos EUA reduzem geração em 7,5%

A Administração de Informações do Setor de Energia dos EUA (EIA) afirmou nessa quinta-feira que devido ao aumento nos preços do gás e da expectativa da manutenção desses preços durante o ano, as usinas alimentadas a gás terão sua produção reduzida em 7,5 % comparada com o nível de geração do ano passado. A alta nos preços do gás nos Estados Unidos fez com que a demanda se retraísse 0,8% no ano de 2003, comparado ao mesmo período do ano de 2002. (Platts - 09.05.2003)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno e Rodrigo Berger
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são se responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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