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nº 1.105 - 09 de maio de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Aneel negocia assinatura de acordos de cooperação técnica com órgãos ambientais A Aneel
está negociando a assinatura de acordos de cooperação técnica com órgãos
ambientais, a fim de ampliar as parcerias já estabelecidas em convênios
realizados anteriormente. O objetivo do acordo é treinar e capacitar equipes
responsáveis pela análise de projetos do setor, agilizando e dando mais
precisão à análise dos estudos de impacto ambiental de empreendimentos
de energia. Dez instituições dos estados de Goiás, Espírito Santo, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Sul, Santa Catarina e São Paulo já haviam realizado convênios com a agência.
Com a cooperação, a Aneel pretende agilizar os procedimentos de licenciamento
ambiental, melhorar o sistema de fiscalização e monitoramento dos empreendimentos
de geração e transmissão, elaborar programas de treinamento e de intercâmbio
para técnicos de órgãos ambientais e realizar diagnósticos ambientais
das bacias com potencial hidrelétrico. (Canal Energia - 08.05.2003) 2 Abraceel: Aumentar preço da energia no MAE não é a solução A possibilidade de o Ministério de Minas e Energia aumentar o preço mínimo de energia no MAE pode provocar outra polêmica entre as geradoras que conseguiram negociar energia por contratos bilaterais. A afirmação foi feita por Ricardo Lima, presidente da Abraceel (Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica). Segundo ele, aumentar o preço da energia no mercado atacadista não vai resolver o problema atual do setor. "Não podemos mudar o valor do MAE para resolver o problema de caixa de algumas empresas. Isso não vai resolver o problema do setor", afirma o executivo. "O principal problema do setor é de ordem estrutural e, portanto, elevar o preço da energia não ajuda nesse momento", observa Lima. (Canal Energia - 08.05.2003)
Empresas
Representantes
da norte-americana AES levaram ontem ao BNDES proposta para o equacionamento
da dívida do grupo junto ao banco estatal. O documento dos americanos
foi entregue ontem ao diretor financeiro do BNDES, Roberto Timótheo da
Costa, que está à frente do processo. O BNDES não quis comentar a questão.
Em entrevista recente, Timótheo da Costa admitiu que se o grupo AES apresentasse
proposta considerada aceitável pelo banco, as partes poderiam ter mais
dez ou quinze dias para entendimentos. O grupo AES não quis comentar o
teor da proposta levada ao BNDES. Com a formalização da proposta, fica
na prática suspenso (até segunda ordem) o processo para a realização de
leilão de venda das ações preferenciais da Eletropaulo, dadas em garantia
pela AES Transgás ao empréstimo do BNDES. (Gazeta Mercantil - 09.05.2003) 2 Lessa: BNDES está esperando data para leilão de ações da AES O presidente
do BNDES, Carlos Lessa, disse ontem que espera para os próximos dez ou
15 dias a escolha da data do leilão das ações preferenciais da distribuidora
paulista de energia Eletropaulo, dadas como garantia no empréstimo do
BNDES. As ações estão em poder da Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia
(CLBC), à qual caberá marcar a data do leilão. Os papéis lastrearam cerca
de metade do empréstimo de US$ 1,2 bilhão feito à AES e que tiveram as
ações como garantia. A outra parte foi lastreada com as ações ordinárias.
O BNDES já sabe, porém, que não conseguirá recuperar os US$ 600 milhões
com o leilão. O mercado avalia que a distribuidora tenha hoje um valor
de mercado de cerca de US$ 300 milhões. "O mercado é que determinará quanto
as ações valem.", disse Lessa. Em relação às ações ordinárias, o BNDES
já iniciou na Justiça os procedimentos para também levá-las a leilão.
Lessa não revela os procedimentos judiciais. Ele disse que tanto o leilão
das preferenciais quanto os procedimentos judiciais envolvendo as ações
ordinárias podem ser suspensos a qualquer hora se o BNDES e a AES entrarem
em acordo sobre os débitos do grupo americano. "Até agora as propostas
da AES não nos convenceram", afirmou Lessa. (JB Online - 09.05.2003) 3 Petrobras eleva provisões para perda com energia A Petrobras
aumentou em US$ 211 milhões - de US$ 205 milhões para US$ 416 milhões
- a provisão de prejuízo do segmento de energia no exercício de 2003.
A decisão foi comunicada ao mercado por meio de fato relevante. O diretor
de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, explicou que a revisão nos
números precisou ser feita porque o mercado se comportou pior do que o
estimado em setembro, quando foram feitas as previsões anteriores. "Face
à crise, a quantidade de energia vendida foi menor do que o estimado em
setembro, quando acreditava-se que agora o mercado estaria diferente e
os preços maiores", disse Sauer. Segundo ele, a maior parte do prejuízo
da área de energia deve-se aos contratos de compra de eletricidade firmado
com as térmicas Macaé, Eletrobolt e TermoCeará, controladas respectivamente
pela El Paso, Enron e MPX. Sauer afirmou que a estatal quer renegociar
as bases desses contratos. O fato já foi comunicado à El Paso e ao consórcio
de bancos que representa os credores da Enron, liderados pelo banco WestLB.
Quanto aos outros empreendimentos em co-geração, Ildo Sauer disse que
a Petrobras não obtém receita pelo investimento, fato que ele espera ver
contornado. (Valor - 09.05.2003) 4
Celg espera voltar ao lucro este ano 5 Codemin perde tarifa subsidiada Numa reviravolta
em relação a uma decisão anterior da própria instituição, o Tribunal de
Justiça de Goiás acolheu mandado de segurança e concedeu liminar que autoriza
a Celg a suspender os descontos praticados na tarifa de energia paga pela
mineradora Codemin. A mesma decisão permite o corte do fornecimento caso
a Codemin deixe de pagar a conta. A empresa recebe energia subsidiada
desde 1978, por decisão do governo federal, que pretendia estimular a
substituição de importações de matérias-primas. Numa segunda ação, a ser
apresentada nas próximas semanas, a Celg pretende cobrar, possivelmente
da União, o ressarcimento das perdas registradas a partir de março de
1993. Numa estimativa ainda não oficial, até abril deste ano, a companhia
reclama perdas equivalentes a R$ 153 milhões, correspondendo a um terço
do prejuízo líquido de R$ 454,8 milhões da Celg no ano passado. (Gazeta
Mercantil - 09.05.2003) A Eletrosul
teve lucro líquido de R$ 59,8 milhões no primeiro trimestre deste ano.
Esse valor corresponde a um crescimento de quase 107% em comparação aos
R$ 28,9 milhões registrados no mesmo período de 2002. Já a receita obtida
com a disponibilização da rede elétrica atingiu o montante de R$ 87,4
milhões, total 45,8% superior ao obtido no primeiro trimestre do ano passado.
Segundo comunicado da empresa, esse foi seu melhor desempenho no segmento
de transmissão, ramo que assumiu em dezembro de 1997. (Gazeta Mercantil
- 09.05.2003) 7 Eletrosul disputará licitação de linhas A Eletrosul,
empresa federal de transmissão de energia da Região Sul, pretende participar
da licitação para construção e operação de linhas de energia elétrica
nas regiões Sul e Sudeste. O presidente da empresa, Milton Mendes, disse
que estuda a possibilidade de montar consórcios com empresas privadas
para participar dos leilões. A princípio, a Eletrosul tem interesse em
três linhas: a Machadinho-Campos Novos II, em Santa Catarina, a Salto
Santiago-Ivaiporã, no Paraná, e a Londrina-Assis-Araraquara, que liga
o Paraná ao Estado de São Paulo. Nesta última, a participação poderá ser
em consórcio com Furnas, além da iniciativa privada. (Jornal do Commercio
- 09.05.2003) 8 Comissão recomenda sindicância na Eletrosul A Eletrosul
deverá passar por uma sindicância contábil. A Comissão de Minas e Energia
da Câmara dos Deputados recomendará a realização de uma auditoria independente
para elucidar uma série de interrogações que ainda persistem desde a cisão
da companhia em 1998, quando surgiu a então Gerasul. "É preciso averiguar
todos os detalhes do processo. Ainda há pontos obscuros", argumenta o
deputado federal Mauro Passos (PT/SC), autor da sugestão. A divisão da
empresa foi debatida ontem durante uma audiência pública, em Brasília.
O principal problema que a comissão, empregados e o próprio Ministério
Público Federal não entenderam até hoje foi o preço pago pelos ativos
de geração da empresa. A Tractebel, na época, arrematou a Gerasul por
apenas R$ 945 milhões. Uma avaliação feita pela Coppe/UFRJ, indicou que
a parte de geração da Eletrosul não poderia ter sido vendida por menos
de R$ 3,2 bilhões. (A Notícia - 09.05.2003) 9 Governador de Roraima tenta resolver situação da CER Do início
da semana até ontem, o governador de Roraima esteve em Brasília em busca
de recursos para sua administração. Nesse período, ele se encontrou com
os presidentes da Eletronorte e da Aneel para discutir a questão da CER.
"Através de convênio, queremos que a Eletronorte indique servidores dela
para estabelecermos uma gestão compartilhada. Queremos sanear a CER e
mesmo que ela tenha dificuldades operacionais possa ser uma empresa mais
eficiente". Conforme o governador, Flamarion Portela, a CER atualmente
está sob ameaça de não obter a renovação da concessão para produção e
comercialização de energia elétrica, devido aos problemas que enfrenta.
"Entendemos que através da gestão compartilhada poderemos buscar parcerias
que permitam a CER tornar-se auto-sustentável", comentou. (Folha de Boa
Vista - 09.05.2003) 10 CPI da Copel vai recorrer à Justiça para intimar testemunha A CPI da
Copel vai intimar judicialmente a advogada Hortênsia Tardelli, que estava
sendo esperada ontem pelos deputados para detalhar o contrato da Copel
com a UEG Araucária, mas não compareceu para depor. Hortênsia vistou o
contrato assinado em maio de 2000 no valor de R$ 450 milhões por ano e
teria participado diretamente das negociações. Foi a segunda vez que a
advogada não atendeu à convocação da comissão parlamentar de inquérito.
Um novo depoimento foi marcado para a terça-feira, às 8h30, na Assembléia
Legislativa. O presidente da CPI, deputado estadual Marcos Isfer (PPS),
espera que a ex-assessora jurídica da Copel esclareça dúvidas em relação
à forma como feito o contrato entre as duas empresas. A comissão, segundo
ele, quer saber quem elaborou o contrato, se foi feito um estudo preliminar,
como a advogada vistou o documento, quais as cláusulas de reajuste e se
a diretoria da Copel participou do processo. (Gazeta do Povo - 09.05.2003)
11 Contrato entre Copel e Cien será investigado O próximo
contrato que será investigado, segundo o deputado Vanderlei Iensen, relator
da CPI, será o de compra e venda de energia da Cien, também firmado nos
mesmos moldes que o da UEG e supostamente considerado lesivo aos cofres
públicos. "Queremos enfraquecer esses contratos para que a Copel possa
sair do prejuízo", disse o relator. Mesmo que a Copel não use toda a capacidade
de energia prevista no contrato ela é obrigada fazer os pagamentos. No
caso do contrato com a Cien, a empresa disponibiliza 800 MWh a uma tarifa
básica de U$ 29 dólares. No acordo com a UEG são 480 MWh. Em ambos os
casos, a estatal não está usando toda a energia e a CPI está tentando
ter acesso aos números que possam revelar exatamente a demanda e a suposta
sobra de energia. (Gazeta do Povo - 09.05.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Empresas registram aumento de consumo no primeiro trimestre As distribuidoras
CPFL, Celesc e Celpe registraram uma alta no consumo de energia elétrica
no primeiro trimestre deste ano. Segundo um estudo da Eletrobrás, o consumo
no mês de fevereiro representou uma elevação de 10% em comparação ao mesmo
mês de 2002. A região Nordeste teve o maior aumento (15,8%), fechando
com 3.374 GWh. Já o Sudeste ficou abaixo da média nacional, com 8,4%,
com um patamar de 13.462 GWh. De acordo com o gerente de Gestão Comercial
da Celpe, Ricardo Galindo, o crescimento no consumo chegou a 18,7% em
comparação ao mesmo período de 2002, passando de 1.600 GWh para 1.900
GWh. "O poder público representou o maior aumento no consumo, com 28%,
seguido pelas classes residencial (21%), comercial (20%) e industrial
(13%)", diz. Ele conta que a previsão para 2003 é um volume de vendas
de 7.550 GWh. Já na área de concessão da CPFL, a elevação no consumo atingiu
9% em comparação ao mesmo período, enquanto a Celesc o patamar teve elevação
de 8,9%. Apesar do resultado positivo, o montante negociado pelas empresas
paulista e pernambucana ainda está abaixo do registrado em 2001 em 8,7%
e 2,56%, respectivamente. (Canal Energia - 09.05.2003) 2 Consumo na região Norte chega a 2.870 MW médios A Região
Norte registrou consumo de 2.870 MW médios na última quarta-feira, dia
7 de maio, contra a previsão de 2.771 MW médios do ONS (Operador Nacional
do Sistema Elétrico). A variação do PMO (Programa Mensal de Operação)
no subsistema chegou a 0,19% nos últimos sete dias. No Sudeste/Centro-Oeste,
o consumo foi de 25.477 MW médios, contra a previsão de 26.039 MW médios
do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema teve uma oscilação
no consumo de -5,48%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.130
MW médios, o submercado variou -9,28% no mesmo período. Já o Nordeste
consumiu 6.190 MW médios, contra o PMO de 5.992 MW médios do ONS. A região
registrou variação no consumo de -2,58% nos últimos sete dias. Em relação
à curva de aversão ao risco, de 6.183 MW médios, o subsistema oscilou
-5,59% no período. Na região Sul, o consumo ficou em 7.392 MW médios na
última quarta-feira, contra a previsão de 6.929 MW médios do ONS. Nos
últimos sete dias, o submercado teve uma variação de -4,09%. (Canal Energia
- 08.05.2003) 3 Nível de armazenamento da Região Norte está em 83,44% O subsistema
Norte está com 83,44% da capacidade, o que representa um aumento de 0,16%
em relação ao dia anterior. A usina de Tucuruí, maior da região, apresenta
volume de 97,96%. (Canal Energia - 08.05.2003) 4
Volume armazenado do subsistema Nordeste está em 52,42% 5 Volume armazenado chegou a 78,69% no Sudeste/Centro-Oeste O volume
armazenado do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 78,69%, valor 45,46%
acima da curva de segurança. Em relação ao dia anterior, o nível teve
um acréscimo de 0,04%. As usinas de Itumbiara e Furnas apresentam, respectivamente,
índice de 97,01% e 97,54%. (Canal Energia - 08.05.2003) 6 Subsistema Sul está com 73,51% da capacidade Com uma
queda de 0,53%, o volume armazenado chegou a 73,51% no subsistema Sul.
O nível da hidrelétrica de Passo Real está em 90,26%. (Canal Energia -
08.05.2003) 7 Usinas eólicas adicionam 136 MW de potência no Ceará A empresa
Cataventos Novas Energias Brasil Ltda recebeu autorização para implantar
três usinas eólicas, que somarão 136 MW de potência, no estado do Ceará.
A previsão é que os investimentos cheguem a R$ 590 milhões. As centrais
deverão entrar em operação até novembro de 2005. As usinas Paracuru e
Ubajara, localizadas nos municípios de mesmo nome, somarão 100 MW de potência.
A eólica Pontal das Almas terá 36 MW de capacidade instalada e será construída
no município de Barroquinha. As três centrais deverão beneficiar cerca
de 945 mil habitantes. A empresa recebeu autorização da Aneel e está classificada
na categoria de produtor independente. (Canal Energia - 08.05.2003) 8 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Comercialização de Energia 1 Ministério estima a venda de 600 MW médios no leilão de sobras de energia O Ministério
de Minas e Energia planeja comercializar aproximadamente 600 MW médios
no leilão de sobras de energia, que deverá acontecer em junho. A estimativa
foi apresentada na reunião ocorrida nesta quinta-feira, dia 8 de maio,
em Brasília, entre a ministra Dilma Rousseff e representantes das principais
empresas de geração de energia e da Abrage (Associação Brasileira das
Grandes Empresas Geradoras de Energia Elétrica). O montante seria negociado
diretamente entre os geradores e os grandes consumidores industriais,
livres ou potencialmente livres, para consumo no horário de ponta, entre
às 18 e às 21 horas. Nessa faixa, muitos consumidores eletrointensivos
conectados às redes das distribuidoras ou geradoras desligam as ligações
e acionam equipamentos próprios de geração, devido ao alto custo da energia.
Apesar de acenar com as primeiras bases em torno do processo de venda,
o Ministério ainda está trabalhando em cima do sistema e do edital de
venda do excedente, que ainda será discutido novamente com os agentes
e com representantes dos potenciais compradores. Definições em torno do
agente operacional do negócio e dos critérios de aceitação e rateio dos
montantes vendidos ainda não estão fechados. (Canal Energia - 08.05.2003)
Gás e Termoelétricas 1 EDP desiste da térmica de Araraquara O grupo
português EDP desistiu da construção da usina termelétrica de Araraquara,
no interior paulista, em que seriam investidos US$ 300 milhões. Indefinições
no modelo do setor elétrico e o alto custo do gás natural levaram a empresa
a abandonar o projeto. Para o presidente da EDP Brasil, Eduardo Bernini,
a decisão está alinhada com a política "conservadora" do grupo. "Fizemos
a opção de abandonar o projeto e vamos agora focar nossos esforços na
construção da usina hidrelétrica de Peixe Angical, no Tocantins, o que,
na visão do grupo, é a atitude mais prudente a ser tomada." (Gazeta Mercantil
- 09.05.2003) 2 IBS investirá US$ 30 mi na implantação de térmica no MS A IBS investirá
cerca de US$ 30 milhões na implantação da Usina TermoPantanal, no estado
do Mato Grosso do Sul. A empresa pretende iniciar a construção da central
geradora, que terá 60 MW de capacidade instalada, no começo de 2004. A
previsão é de que a usina entre em operação comercial no início de 2005.
O objetivo da empresa, criada no final de 2002, é aproveitar as oportunidades
no mercado de energia elétrica que surgiram devido ao adiamento ou cancelamento
de investimentos por parte de outros agentes. "Acreditamos no setor elétrico
brasileiro. Com a retomada da economia, haverá demanda para a energia
elétrica", diz o presidente da IBS, Glauco Palhoto. A companhia, que utilizará
recursos próprios para implantação da térmica, já convidou algumas empresas
para a licitação privada para compra de equipamentos. Segundo Palhoto,
a IBS pretende investir em outros projetos de geração na área térmica
e em pequenas centrais elétricas (PCHs), sem detalhar os prazos nem o
volume de negócios previsto. (Canal Energia - 08.05.2003)
Grandes Consumidores 1 Eletrobrás revê contratos com grandes consumidores As empresas
do grupo Eletrobrás estão renegociando os contratos de venda de energia
para grandes consumidores das regiões Norte e Nordeste. O objetivo é conseguir
condições melhores para as estatais, em termos de volumes, prazos e preço
da energia vendida. As conversas são feitas em paralelo à elaboração dos
leilões de energia excedente das estatais, que encontrarão nestes consumidores
seu maior mercado. Segundo o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli
Rosa, a estatal já esteve com a Companhia Vale do Rio Doce, maior consumidor
de energia do Brasil, para conversar sobre a revisão dos contratos. A
Vale não se manifestou sobre o assunto. O presidente da Associação Brasileira
dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Ludmer, disse que
as conversas ainda estão em um estágio preliminar, que definirá os conceitos
dos novos contratos. (Jornal do Commercio - 09.05.2003) Economia Brasileira 1 Senador critica capitais voláteis e juros Pela segunda
vez na semana, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo
no Senado, fez defesa de mudanças na atual política econômica. Ele defendeu
a redução da taxa de juros básica para o país retomar o crescimento econômico
e voltou a criticar a dependência do capital especulativo. Elas acentuam
o debate sobre os rumos da política econômica do governo, de forma que
vem desagradando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mercadante ressaltou
que a queda na taxa de juros tem de ser feita de forma "sustentada e progressiva".
"Não adianta reduzir juros de forma populista e apressada porque depois
você tem que aumentar de novo", disse. (Folha de São Paulo - 09.05.2003) 2 Para Mercadante, o momento é favorável para a nova política de desenvolvimento Para o senador, o grande desafio do país agora é fazer uma transição do modelo econômico que chamou de "neoliberal" (definido por ele como sendo pautado na dependência de capital externo) para um de desenvolvimento baseado em exportações, investimento público e na formação de um "mercado consumidor de massas", um dos pilares do pensamento petista na área de economia. Para Mercadante, não "há outra alternativa" para sair da crise a não ser exportar e vender mais. "Não podemos trocar exportação por capital volátil e cair no mesmo erro que já caímos tantas vezes. Temos que manter um saldo exportador elevado para diminuir a vulnerabilidade externa", afirmou o senador. (Folha de São Paulo - 09.05.2003) 3 Falta clareza ao cenário para definir juros, afirma Palocci O ministro
da Fazenda, Antonio Palocci, disse ontem que o governo avalia positivamente
a redução dos índices de inflação, mas ainda não pode dizer se o cenário
será suficiente para provocar uma queda da taxa de juros. "Essa é uma
avaliação que vamos fazer no próximo período. Mas cautela e caldo de galinha
sempre são normas aqui para nós. Não fazem mal a ninguém, principalmente
na área econômica", afirmou Palocci, logo depois de se reunir com o vice-presidente
José Alencar, que, na véspera, chegou a dizer que as taxas de juros no
país são um "assalto".Ao sair do encontro, ao lado do ministro, o vice
voltou a dizer o que já vem repetindo desde que assumiu o governo: "Os
juros vão baixar. A taxa ideal para o Brasil é a americana (1,25% ao ano)."
Questionado sobre as opiniões manifestadas pelo líder do governo no Senado,
Aloizio Mercadante (PT-SP) o ministro fez questão de dizer que o debate
econômico é sempre "sadio", mas deixou claro que a condução da política
econômica seguirá um roteiro já estabelecido. (Valor - 09.05.2003) 4
Emissões de US$ 1,2 bi O Índice
de Preços ao Consumidor do Rio de Janeiro (IPC-RJ) apurado pelo Instituto
Brasileiro de Economia, da FGV, registrou inflação de 1,18% em abril.
Esta foi a variação dos preços dos produtos consumidos por famílias com
renda entre um e 33 salários mínimos. Este índice mostra aceleração da
inflação no Rio em relação a março, quando foi apurada alta de 1,04% nos
preços, mas mantém distância do índice de fevereiro (1,68%). Uma das razões
dessa aceleração foi o forte ajuste nos preços dos transportes, que haviam
subido 0,88% em março e subiram 2,86% em abril. (Jornal do Commercio -
09.05.2003) O dólar
comercial se mantém em baixa neste final de manhã. Às 11h54m, a moeda
americana era cotada a R$ 2,867 na compra e R$ 2,872 na venda, com recuo
de 1,37%. Ontem, o dólar comercial chegou ao final dos negócios em queda
de 1,05%. A moeda ficou cotada a R$ 2,91 para compra e a R$ 2,914 para
venda. (O Globo On Line e Invertia - 09.05.2003)
Internacional 1 Mirant solicita reestruturação de dívida A companhia
americana de energia Mirant está solicitando a alguns grupos de credores
que prorroguem o prazo para o pagamento do principal de alguns empréstimos,
na sua tentativa de reestruturar uma dívida de US$ 5,3 bilhões. A companhia
está oferecendo ações de quase todos seus ativos e condições mais favoráveis
aos credores. No Brasil, a Mirant tem uma participação na SEB, empresa
que detém 33% da Cemig. (Valor - 09.05.2003) 2 Marathon ganha licença para projeto de GNL A energética
americana Marathon Oil e seus sócios receberam licença da agência nacional
de energia do México, a CRE, para uma planta de regaseificação e armazenamento
de gás natural liquefeito (GNL) perto de Tijuana, no estado de Baja California.
Uma série de empresas está desenvolvendo terminais de GNL no México, e
esta é a primeira licença concedida pela CRE. O terminal, com capacidade
para 750 milhões de pés cúbicos por dia (mpc/d), faz parte da proposta
de projeto do Centro Regional de Energia de Tijuana, que tem também uma
usina termelétrica de 1.200MW, gasodutos associados, uma planta de dessalinização
de água de 20 milhões de galões por dia - que fornecerá água fresca para
a cidade de Tijuana - e estações de tratamento de esgoto para aumentar
a capacidade de processamento atual na área. A Marathon estimou o investimento
em mais de US$ 1,5 bi. A construção deve ser iniciada no final do ano,
com entrada em funcionamento prevista para 2006. (Business News Americas
- 09.05.2003) 3 Usinas termoelétricas dos EUA reduzem geração em 7,5% A Administração
de Informações do Setor de Energia dos EUA (EIA) afirmou nessa quinta-feira
que devido ao aumento nos preços do gás e da expectativa da manutenção
desses preços durante o ano, as usinas alimentadas a gás terão sua produção
reduzida em 7,5 % comparada com o nível de geração do ano passado. A alta
nos preços do gás nos Estados Unidos fez com que a demanda se retraísse
0,8% no ano de 2003, comparado ao mesmo período do ano de 2002. (Platts
- 09.05.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visiste
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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