Nuca   www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.101 - 05 de maio de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
índice

Reestruturação e Regulação

1- PCHs aguardam recursos do Proinfa
2- Curtas

Empresas

1- Escelsa tem lucro menor
2- Enersul registra prejuízo de R$ 4,2 mi
3- S&P eleva perspectiva de ratings da Eletrobrás e da Cerj
4- Eletrobrás negocia energia com El Paso
5- Eletrobrás discutirá aumento de capital social
6- Cataguazes-Leopoldina aumenta capital social em R$ 20 mi
7- Assembléias da CFLCL e Energipe discutem emissões de debêntures
8- Volume de venda de energia da Cataguazes-Leopoldina cresce 19,4%
9- Coelba e Chesf recebem declaração de utilidade pública para instalação de LTs
10- CPI da Copel apura erro de projeto
11- Falta de investimentos reduz volume de vendas de fabricantes no primeiro trimestre

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1- Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia

1- Regulamentação para compra de energia em leilão sai até final de maio

Gás e Termoelétricas

1- Eletronuclear vai retomar Angra 3
2- Demanda por gás natural tem expectativa reduzida
3- Dilma apresenta política para setor de petróleo e gás em evento nos EUA


Economia Brasileira

1- Índices de inflação estão sob análise dos investidores
2- Mantega planeja criar orçamento "impositivo"
3- País deve taxar capital volátil, diz Williamson
4- BNDES desenvolverá programa de estímulo a setores prioritários
5- BNDES e os investimentos industriais
6- CNI e os investimentos industriais
7- Mercado aguarda queda de juro para retomar as vendas
8- Dólar ontem e hoje


Internacional

1- AES Corporation anuncia lucro de US$ 93 mi no primeiro trimestre
2- AES registra lucro US$ 53 mi na América do Sul
3- Assembléia Geral confirma novo presidente do conselho da AES
4- Gas Natural retira OPA sobre a Iberdrola
5- Gas Natural nega negociações para fusão com Endesa

Biblioteca Virtual do SEE


1- Bernardes, Patricia & Gonçalves, Carlos Alberto. Uma Análise Empírica das Incertezas Associadas à Decisão Estratégica dos Grandes Consumidores Industriais de Energia Elétrica do Estado de Minas Gerais em Investir no Setor. Belo Horizonte: X Seminário sobre Economia Mineira, 2003. - 19 páginas

 
1- PCHs aguardam recursos do Proinfa

O potencial estimado para o mercado brasileiro de construção de pequenas centrais hidrelétricas é de R$ 7,6 bilhões, segundo o CndPCH (entidade do setor). Atualmente, 163 pequenas usinas têm autorização da Aneel. Deste total, 44 estão com permissão para iniciar obras, mas nem dez canteiros estão em atividade. Esta situação de indefinição está na dependência da liberação dos recursos do Proinfa - programa de incentivo a fontes alternativas de energia. (Folha de São Paulo - 04.05.2003)

Índice

2- Curtas

A desvalorização do dólar, segundo Dilma Rousseff, também deve ter reflexos nas tarifas de energia elétrica. "A tendência é que os preços da energia elétrica também caiam." (Gazeta Mercantil - 05.05.2003)

Índice



1- Escelsa tem lucro menor

A Escelsa, controlada pelo grupo português EDP obteve um lucro de R$ 82,1 milhões no primeiro trimestre, ante R$ 149,1 milhões no mesmo período de 2002. Já as receitas aumentaram de R$ 56,8 milhões para R$ 84,6 milhões. As vendas da companhia atingiram 1.514.139 MWh, 6,3% a mais que no primeiro trimestre de 2002. (Gazeta Mercantil - 05.05.2003)

Índice

2- Enersul registra prejuízo de R$ 4,2 mi

A Enersul, do grupo EDP, registrou prejuízo de R$ 4,2 milhões no primeiro trimestre, ante um lucro de R$ 16,8 milhões no mesmo período de 2002. A receita operacional foi de R$ 147,3 milhões, 0,4% superior à do mesmo período de 2002; já a receita líquida caiu 7,7% e ficou em R$ 108,4 milhões. As vendas atingiram 705.400 MWh, 8,2% a mais do que no mesmo trimestre de 2002. (Gazeta Mercantil - 05.05.2003)

Índice

3- S&P eleva perspectiva de ratings da Eletrobrás e da Cerj

A agência de classificação de crédito Standard & Poor's alterou no último dia 30 de abril as perspectivas de ratings, em Escala Global, de entidades brasileiras de infra-estrutura. As classificações de todas as empresas analisadas foram reavaliadas para estável, em razão da alteração da perspectiva atribuída aos ratings em moeda estrangeira e moeda local do Brasil, que também foram reclassificados para estável. Duas empresas do setor elétrico tiveram melhora na perspectivas de ratings pela agência. A Eletrobrás obteve classificação positiva em moeda local, que passou de BB/Negativa para BB/Estável; e em moeda estrangeira, de B+/Negativa para B+/Estável. Segundo a S&P, a alteração no risco da holding estatal deve-se ao forte vínculo do rating da empresa com o do governo brasileiro (principal acionista da Eletrobrás). Outra empresa do setor que passou por nova avaliação foi a Cerj, cujo rating em moeda local B+ saltou de Negativo para Estável. (Canal Energia - 02.05.2003)

Índice

4- Eletrobrás negocia energia com El Paso

O presidente da Eletrobrás reuniu-se com o presidente da El Paso na última sexta-feira, dia 02, para discutir a dívida de R$ 58 milhões da Manaus Energia, subsidiária da Eletrobrás. Foi discutida a possibilidade da Eletrobrás realizar pagamento de R$ 10 milhões. A El Paso atende cerca de 40% da demanda elétrica de Manaus. Estudos realizados pela Eletrobrás indicaram que o valor da energia cobrada pela El Paso é muito alto e está renegociando os contratos fechados com a empresa. Este pagamento faria parte do processo de renegociação. (Folha de São Paulo - 04.05.2003)

Índice

5- Eletrobrás discutirá aumento de capital social

O Conselho de Administração da Eletrobrás está convocando os acionistas para a Assembléia Geral Extraordinária na sua sede em Brasília no dia 16 de maio. O objetivo da reunião é discutir a proposta para aumento de capital social em R$ 173 milhões, sem emissão de novas ações. Se a mudança for aprovada, o capital social da estatal crescerá de 20,612 bilhões para R$ 20,785 bilhões. (Canal Energia - 02.05.2003)

Índice

6- Cataguazes-Leopoldina aumenta capital social em R$ 20 mi

O Conselho de Administração do grupo Cataguazes-Leopoldina definiu no dia 29/04/2003 o aumento do capital social em R$ 20 milhões. A medida, que faz parte do programa de redução de dívidas da empresa, será feita por subscrição particular, na proporção de 5,25 ações novas para cada grupo de 100 ações da espécie atualmente possuída. O preço de subscrição é de R$ 3,00 por lote de mil ações, a ser integralizado em dinheiro e/ou com créditos contra a Companhia, no prazo de 2 dias úteis a contar do término do período de preferência, que se inicia em 30/04/2003 e termina em 30/05/2003. (UFRJ - 05.05.2003)

Índice

7- Assembléias da CFLCL e Energipe discutem emissões de debêntures

Os Conselhos de Administração da CFLCL e de sua controlada Energipe convocaram Assembléias Extraordinárias de Acionistas para o próximo dia 15 de maio, a fim de aprovar o Programa de Reestruturação de Dívidas das empresas que compõem o Sistema Cataguazes-Leopoldina, mediante emissões de debêntures e reescalonamento de passivos existentes junto aos credores e fornecedores. As debêntures a serem emitidas pela CFLCL (montante de até R$130 milhões) e Energipe (montante de até R$250 milhões) serão da espécie com garantia flutuante, não conversíveis em ações e terão prazo de vencimento máximo de, respectivamente, 54 e 72 meses, a contar da data de emissão. (UFRJ - 05.05.2003)

Índice

8- Volume de venda de energia da Cataguazes-Leopoldina cresce 19,4%

No primeiro trimestre de 2003, as vendas consolidadas de energia elétrica da Cataguazes-Leopoldina aumentaram 19,4% em relação ao mesmo período de 2002, atingindo 1.490 GWh. Esse volume também representa aumento de 0,7%, quando comparado ao igual trimestre de 2001, período em que o mercado ainda não havia sofrido as conseqüências do racionamento de energia elétrica. Com esse mercado, a receita operacional bruta consolidada da Cataguazes-Leopoldina foi de R$284,9 milhões nesses três meses deste exercício, ou seja, 11,7% maior em relação ao mesmo período de 2002. A Saelpa foi a subsidiária que negociou o maior montante de energia elétrica, com 567 GW, seguida pela Energipe, com 474 GW, e CFLCL, com 248 GW. (UFRJ - 05.05.2003)

Índice

9- Coelba e Chesf recebem declaração de utilidade pública para instalação de LTs

A Coelba e a Chesf conseguiram declaração de utilidade pública da Aneel para faixas de terra na Bahia e no Ceará destinadas à passagem de duas linhas de transmissão. O projeto da Coelba, conhecida como Correntina - Carranca, terá onze quilômetros de extensão em 69 kV e passará pelos municípios baianos de São Félix do Coribe e Santa Maria da Vitória. Já a linha Cauípe - Fortaleza II, em 230 kV, da Chesf terá 58 quilômetros, passando pelos municípios de Caucaia, Maranguape, Pacatuba, Maracanaú e Fortaleza. (Canal Energia - 05.05.2003)

Índice

10- CPI da Copel apura erro de projeto

A CPI da Copel vai ouvir amanhã, às 8h30, o depoimento do diretor administrativo da UEG Araucária, Edilson Novak, para tentar esclarecer quem são os responsáveis pelas falhas na assinatura do contrato de compra e venda de energia firmado entre a Copel e a UEG, em 2000, para construção de uma usina termoelétrica. O principal ponto que precisa ser esclarecido, segundo o sub relator da CPI, Vanderlei Iensen (PDT), é quem cometeu o erro de projeto que provocou um gasto extra de US$ 40 milhões à Copel. O engenheiro Ricardo José Dória, da Copel, que conhece o processo de funcionamento da usina, também foi convidado a participar da reunião para que os deputados possam confrontar as informações com o depoimento de Novak. A CPI também tem expectativa de avançar nas investigações com o depoimento do engenheiro da Compagás, Manoel Messias, que vai falar sobre a composição do gás boliviano e se o produto está dentro dos padrões de qualidade. (Gazeta do Povo - 05.05.2003)

Índice

11- Falta de investimentos reduz volume de vendas de fabricantes no primeiro trimestre

O primeiro trimestre deste ano foi de forte retração para venda de equipamentos e serviços para o setor elétrico. Segundo os fabricantes, as encomendas atuais são resultado de contratos assinados, em média, há dois anos. O presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e das Indústrias de Base), José Augusto Marques, comenta que a crise atinge toda indústria ligada à infra-estrutura. "O volume de negócios no setor de infra-estrutura registrou uma queda de 5% no primeiro trimestre de 2003 em comparação ao mesmo período de 2002 e 8%, se comparado ao último trimestre do ano passado", conta Marques. Para ele, houve uma redução dos investimentos no Brasil causado pelo receio com o novo governo, que já foi superado, mas outros problemas como os desarranjos setoriais continuam atravancando novos negócios. (Canal Energia - 05.05.2003)

Índice


1- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

Índice

 

1- Regulamentação para compra de energia em leilão sai até final de maio

A Aneel irá regulamentar até o fim desse mês as condições gerais para compra em leilões da energia elétrica necessária ao atendimento do mercado das distribuidoras. O objetivo da agência com a medida é disciplinar a compra do insumo a preços competitivos por parte de empresas que atendem consumidores finais. A agência reguladora submeteu sua proposta à audiência pública, através do envio de colaborações entre os dias 10 e 24 de abril, e à reunião realizada no dia 29 de abril em Brasília, quando recebeu 21 contribuições de aperfeiçoamento do texto. Na proposta de resolução da Aneel, os prazos estabelecidos têm duração de seis meses, um ano e dois anos. (Canal Energia - 02.05.2003)

Índice

 

1- Eletronuclear vai retomar Angra 3

Por decisão governamental, incluindo o MCT, a Eletronuclear vai retomar os investimentos para a conclusão da Usina de Angra 3. Para tanto, deverá apresentar ao CNPE ainda em maio um relatório para a continuação de Angra 3, indicando (a) eventuais negociações com bancos e agências de crédito para o financiamento do restante da obra; (b) medidas para os licenciamentos ambiental e nuclear do empreendimento; (c) propostas de depósito definitivo para o chamado "lixo atômico". O passo seguinte será da própria Eletrobrás, a quem cabe formalizar uma proposta de financiamento da construção da usina, incluindo a amortização do serviço da dívida nos primeiros anos de operação. Para concluí-la, seriam necessários pelo menos mais US$ 1,8 bilhão para um cronograma de obras de cinco anos. Na avaliação do presidente da Eletrobrás a proposta de Angra 3 "continua viva", mas faz uma ressalva poderosa: "Angra pode entrar no cronograma de obras, sim, mas antes é preciso sanear a Eletronuclear, que opera no vermelho". A energia nuclear é mais barata do que o gás natural produzido pelas termelétricas. (Folha de São Paulo - 04.05.2003)

Índice

2- Demanda por gás natural tem expectativa reduzida

A demanda do mercado brasileiro por gás natural será, em 2007, 35% inferior ao que se previa para dois anos antes. Segundo a revisão do planejamento estratégico da Petrobrás, o Brasil estará consumindo 48,8 milhões de metros cúbicos de gás por dia em 2007. Antes do fracasso do programa de térmicas, a previsão era que, já em 2005, o consumo do País seria de 75 milhões de metros cúbicos. Além dos prejuízos com os investimentos em térmicas, a revisão da estimativa traz outras perdas para a estatal, segundo especialistas e executivos do setor. A empresa investiu cerca de US$ 500 milhões em exploração, produção e transporte do gás da Bolívia para o Brasil e paga a ociosidade do gasoduto que liga os dois países. O Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), transporta atualmente 70% do volume mínimo contratado pela estatal. No mês passado, a empresa anunciou que reduziu em 3,5% sua produção de gás na Bolívia, por causa da falta de mercado para o produto no Brasil. Nesta segunda-feira, técnicos da Petrobrás e da YPFB reúnem-se para discutir a revisão do contrato. (O Estado de São Paulo - 05.05.2003)

Índice

3- Dilma apresenta política para setor de petróleo e gás em evento nos EUA

A ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, participa hoje em Houston, nos Estados Unidos, da Offshore Technolohy Conference (OTC-2003), um dos principais eventos de petróleo e gás do mundo. Na abertura do painel sobre o Brasil, Dilma vai apresentar a política do governo brasileiro para o setor de petróleo e gás. Antes de embarcar para os Estados Unidos, a ministra Dilma Rousseff participou, na última sexta-feira em Sertãozinho, interior paulista, da inauguração da usina termelétrica Santa Elisa, movida a bagaço de cana. No evento, a ministra reafirmou que o governo federal está comprometido com o apoio ao desenvolvimento de novas tecnologias de geração de energia a partir de resíduos. (Gazeta Mercantil - 05.05.2003)

Índice

 

1- Índices de inflação estão sob análise dos investidores

Encaminhadas as reformas, o foco nesta semana fica centrado nos índices de inflação. Segundo analistas, volta a crescer entre investidores a expectativa de corte na taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Copom deste mês. Uma parcela de executivos de bancos e corretoras, entretanto, ainda considera que é cedo para pensar em redução da Selic. "Dependendo de como vierem as prévias de inflação, se os preços cederem os investidores vão imaginar queda no Copom. Não acredito ainda, mas as expectativas podem aumentar se a inflação recuar e houver novidades nas reformas conforme for chegando a reunião do Copom", diz Luiz Antonio Vaz das Neves, diretor de pesquisa da corretora de valores Planner. "Acho a queda dos juros improvável ainda", concorda Alexandre Póvoa, economista-chefe do Banco Modal. Para ele, a inflação tem recuado muito lentamente e há a credibilidade do BC. "Pelo terceiro ano, ele vai ignorar a meta." (Folha de São Paulo - 05.05.2003)

Índice

2- Mantega planeja criar orçamento "impositivo"

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, pretende propor a desvinculação das receitas orçamentárias e mudanças na lei 4.320, que rege a elaboração dos orçamentos da União, Estados e municípios, para tornar a lei orçamentária aprovada anualmente pelo Congresso de execução obrigatória, impositiva. Para o ministro, é absolutamente necessário mexer nas vinculações de receitas para melhorar a qualidade do ajuste fiscal. Uma proposta de desvinculação, porém, só teria viabilidade política se vier acompanhada de profunda mudança na prática da execução orçamentária. A lei 4.320 é de 1964 e "pretendemos fazer uma legislação mais moderna", adiantou. O grau de vinculação das receitas/despesas do orçamento chega à casa dos 90%. Ou seja, apenas 10% do orçamento é de livre destinação. O restante já vem com carimbo por determinação legal. É sobre esses 10% que o governo ainda faz superávit primário para pagar parte dos encargos da dívida pública. Esse foi um processo em que os diversos setores que dependem dos recursos públicos encontraram de garantir lugar nas prioridades do gasto público. (Valor - 05.05.2003)

Índice

3- País deve taxar capital volátil, diz Williamson

O economista John Williamson, 65, ideólogo das políticas liberais do Consenso de Washington, defende que o Brasil adote taxas restritivas à entrada de capitais voláteis no país para evitar a valorização do real. Segundo o economista, um resultado expressivo das exportações estaria comprometido caso a apreciação do real persista por muito tempo. Williamson é membro sênior do IIE, um dos mais influentes celeiros de idéias dos EUA. Ele já atuou como conselheiro do FMI e do Tesouro inglês e foi economista-chefe para o sul da Ásia no Banco Mundial, entre 1996 e 99. Williamson foi um dos formuladores da política neoliberal que foi disseminada pelo mundo nos anos 90. A entrada maciça de capitais de curto prazo é um dos pontos que mais preocupa o economista, e que deve ser levado em consideração pela equipe econômica brasileira, já que afeta diretamente o saldo da balança comercial, um elemento importante para a obtenção de divisas para a redução da dívida. O corte nos juros deve acontecer, porém mantendo-se uma política fiscal restritiva. Defende a taxação para esse tipo de capital como uma medida preventiva para crises futuras. O mercado de câmbio não deve ser regulado, porém é importante ter cuidado para aonde a taxa de câmbio está caminhando. Uma outra discussão é relativa às reformas feitas e as novas reformas necessárias, levando-se em conta a experiência da década passada. As políticas sociais devem ser focalizadas, melhorando os setores mais importantes da sociedade. (Folha de São Paulo - 03.05.2003)

Índice

4- BNDES desenvolverá programa de estímulo a setores prioritários

O BNDES irá voltar a adotar uma política de estimulo para alguns setores da economia considerados prioritários no desenvolvimento do país. São eles: setores de exportação, geração de infra-estrutura física e apoio à tecnologia e às pequenas e médias empresas. Segundo o vice-presidente do BNDES, a idéia básica é que o mercado não estabeleça mais as prioridades do banco. "Nós vamos pautar o mercado." Em relação ao setor energético, haverá estímulos, principalmente nas áreas das chamadas energias renovadas. "O ciclo do petróleo tem um ciclo determinado. As perspectivas indicam que nós teremos petróleo por mais 40, 50 anos. Nós temos que começar a pensar em alternativas para o petróleo". Estes estímulos serão dados através de prazos, carências, juros e participação acionária. (Folha de São Paulo - 04.05.2003)

Índice

5- BNDES e os investimentos industriais

Segundo levantamento realizado pelo BNDES, com base nos resultados do primeiro trimestre de 2003, só ocorreu crescimento nos financiamentos de pequeno porte destinados a projetos de renovação ou modernização das indústrias já existentes. Esses números revelam que os investimentos em novas unidades encolheram. Os empresários, no geral, estão preferindo aplicar poucos recursos para obter ganhos de capacidade produtiva adicionais dentro dos limites das instalações já existentes. A causa desta tendência está associada à falta de capacidade das empresas para investir devido ao alto grau de endividamento por conta da alta do dólar no ano passado. Segundo o diretor da Área Industrial do BNDES, "O problema número um deles (empresários) é ficar livre do endividamento". (Folha de São Paulo - 04.05.2003)

Índice

6- CNI e os investimentos industriais

Segundo a economista Simone Saisse, coordenadora-adjunta da Área de Política Econômica da CNI, a falta de capacidade de investimento do setor industrial esta associada a dois fatores. Um deles, detectado pelo estudo do BNDES é o alto grau de endividamento em moeda estrangeira. O segundo fator é o aperto monetário materializado na alta dos juros e na retração do crédito. "O baque levou a uma piora na expectativa do empresário, apesar das perspectivas de melhoria no médio e no longo prazos.", explica. (Folha de São Paulo - 04.05.2003)

Índice

7- Mercado aguarda queda de juro para retomar as vendas

A queda do dólar e do risco Brasil começa a animar lojistas e executivos de financeiras. Depois de um primeiro trimestre perdido, eles esperam recuperar parte das vendas já no segundo trimestre, caso se concretize a expectativa de queda da taxa de juro na próxima reunião do Copom, no dia 21. O raciocínio do varejo é de que, se o governo conseguir segurar a inflação na casa de 10% ao ano (algo como 0,8% ao mês) e o risco Brasil se estabilizar entre 750 e 800 pontos-base (7,5 a 8 pontos percentuais), uma taxa de juro de 18% a 20% já é bastante atrativa para o investidor. Hoje, a taxa Selic é de 26,5% ao ano. "A entrada de recursos externos ajuda a baixar o dólar, mas também tem um alto custo financeiro para o governo porque muitos investidores estão fazendo operações de arbitragem. Captam a um custo baixo lá fora e ganham com o alto juro daqui", explica o diretor geral da financeira Exprinter, Leonardo Benvenuto. Por isso, ele acredita que agora, com inflação em queda, há um espaço grande para o corte de juro. "Desde julho do ano passado a carteira de crédito de pessoas físicas está estagnada em torno de R$ 60 bilhões. Se o juro cair, há espaço para o consumo crescer, porque há demanda reprimida." (Valor - 05.05.2003)

Índice

8- Dólar ontem e hoje

O dólar à vista voltou a encostar nos R$ 3,00 neste início de semana, pressionado principalmente pela remessa de recursos ao exterior. A moeda americana abriu em baixa, mas inverteu a tendência e fechou a manhã em alta de 0,87%, cotada a R$ 2,986 na compra e R$ 2,991 na venda. O dólar encerrou a sexta-feira em alta de quase 2%, cotado a R$ 2,967, em uma sessão de poucos negócios depois do feriado do Dia do Trabalho. (O Globo On Line e Invertia - 05.05.2003)

Índice


1- AES Corporation anuncia lucro de US$ 93 mi no primeiro trimestre

A AES Corporation anunciou, no dia 1° de maio, um lucro de US$ 93 milhões no primeiro trimestre de 2003. Os papéis da empresa tiveram valorização de US$ 0,17 por ação. No mesmo período de 2002, o prejuízo foi de US$ 313 milhões e as ações registraram perda de US$ 0,58. As receitas chegaram ao montante de US$ 2,2 bilhões no primeiro trimestre. As subsidiárias do grupo AES receberam US$ 180 milhões no primeiro trimestre do ano. O fluxo financeiro resultante das operações no período foi de US$ 446 milhões. O presidente do grupo, Paul Hanrahan, comentou que os resultados obtidos no período estão dentro das expectativas a AES. Ele avaliou esse resultado como um sólido começo para 2003 e afirmou que a AES irá trabalhar para restaurar a posição da empresa a longo prazo. A expectativa para 2003 é registrar ganho de US$ 0,50 por ação e consolidar o caixa da empresa em, aproximadamente, US$ 1,5 bilhão. (Canal Energia - 02.05.2003)

Índice

2- AES registra lucro US$ 53 mi na América do Sul

A América do Sul, no primeiro trimestre do ano, deu um lucro antes dos impostos de US$ 53 milhões ao grupo americano AES, apesar de a receita ter caído 15% para US$ 681 milhões por conta do câmbio desfavorável na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre janeiro e março de 2002, a AES teve um prejuízo de US$ 11 milhões na região. A receita foi de US$ 793 milhões. No ano todo, a América do Sul acumulou uma receita de US$ 2,9 bilhões e um prejuízo antes dos impostos de US$ 1,5 bilhão. A maior parte do faturamento do grupo no mundo continua vindo da América do Sul, mas a diferença para a América do Norte, a segunda região em receita, caiu significativamente. A participação sul-americana na receita total passou de 36%, no primeiro trimestre de 2002, para 30%. A região norte-americana subiu de 22% para 24% no período, com US$ 552 milhões de receita no primeiro trimestre. (Valor - 05.05.2003)

Índice

3- Assembléia Geral confirma novo presidente do conselho da AES

Na assembléia geral realizada na quinta-feira em Arlington, sede do grupo AES, os acionistas confirmaram Richard Darman como novo presidente do conselho no lugar de Roger Sant, um dos fundadores da companhia. (Valor - 05.05.2003)

Índice

4- Gas Natural retira OPA sobre a Iberdrola

A Gas Natural, maior distribuidora de gás da Espanha, confirmou hoje ter decidido retirar a sua Oferta Pública de Aquisição (OPA) hostil sobre a Iberdrola, devido à oposição manifestada pela autoridade reguladora do setor. (Diário Econòmico - 05.05.2003)

Índice

5- Gas Natural nega negociações para fusão com Endesa

A maior distribuidora espanhola de gás negou hoje a existência de negociações com a maior utility do país com vista a uma união entre as duas empresas, depois de terem vindo a público na imprensa várias notícias relativas a um possível movimento neste sentido por parte da Gas Natural, depois da autoridade reguladora ter dado um parecer negativo à OPA por esta lançada sobre a Iberdrola. Segundo um comunicado hoje enviado pela Gas Natural à autoridade reguladora da Bolsa de Madrid , "em relação às notícias que surgiram durante o fim de semana na imprensa, a Gas Natural informa que não estabeleceu qualquer tipo de conversações preliminares ou exploratórias com a Endesa relacionadas com um acordo a nível empresarial". A Endesa afirmou no entanto por seu turno que realizou efetivamente negociações com "empresas envolvidas na OPA da Gas Natural sobre a Iberdrola", das quais não resultou no entanto qualquer acordo de fusão ou mesmo de aliança. (Diário Econòmico - 05.05.2003)

Índice

 

1- Bernardes, Patricia & Gonçalves, Carlos Alberto. Uma Análise Empírica das Incertezas Associadas à Decisão Estratégica dos Grandes Consumidores Industriais de Energia Elétrica do Estado de Minas Gerais em Investir no Setor. Belo Horizonte: X Seminário sobre Economia Mineira, 2003. - 19 páginas

Colocamos a sua disposição o trabalho síntese da tese de doutorado da economista Patricia Bernardes. Este trabalho apresentado no X Seminário sobre Economia Mineira, propõe construir um modelo que explica os fatores que levam o grande consumidor de energia em investir em autogeração em Minas Gerais. As incertezas foram explicadas por três dimensões: macroambiente, institucionais e de recursos, sendo utilizado entrevistas e questionários em uma pequena amostra de grandes consumidores industriais.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/investimento.htm

Índice


Editor:
Prof. Nivalde J. Castro

Equipe:

Sub-editor: Fabiano Lacombe - Jornalista

Pesquisador: Rubens Rosental

Assistentes de Pesquisa: Daniel Santos, Bruno Negreiros e Rodrigo Berger

WebDesigner: Felipe Barenco

 
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
 www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras