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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.100 - 06 de maio de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
índice
Reestruturação e Regulação

1- Resolução da Aneel estabelece regras gerais para a universalização
2- Universalização: distribuidoras recebem resolução com preocupação
3- MME se reúne com distribuidoras para detalhar proposta de financiamento da CVA
4- Indefinição nas regras do setor elétrico dificulta investimento, diz estudo da UFMG
5- Governo incentiva geração através do bagaço de cana

Empresas

1- BNDES: ativos só serão aceitos se AES sair da gestão o
2- BNDES admite dar mais tempo para AES
3- BNDES confirma negociações com CBLC para fazer leilão de ações da Eletropaulo
4- AES: dívidas no Brasil e Reino Unido serão solucionadas em breve
5- Light concorda em reajustar salário dos funcionários em 10%

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1- Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termoelétricas

1- Petrobras negocia revisão de contratos com termelétricas merchants
2- Governo do Amazonas quer pressa em gasoduto
3- Lula inaugura termoelétrica da Ceise
4- Curtas


Economia Brasileira

1- Empréstimos para grupo AES provocam queda no lucro líquido do BNDES
2- Presidente do Ipea diz que é preciso pensar o país no longo prazo
3- BC já vê alta menor para gasolina, gás e luz
4- Empresas já preparam captações de US$ 1,2 bi
5- BC estima dívida pública em 52,3% do PIB
6- Dólar está próximo do favorável, diz Furlan
7- Dólar ontem e hoje


Internacional

1- Lucro da EDP cresce 2,4%
2- Tractebel investe US$ 500 mi na compra de terreno para projeto de GNL
3- Setor energético italiano terá preço-teto
4- Justiça americana indicia ex-executivos da Enron

Biblioteca Virtual do SEE


1- Marcolino, Marcelo. Revisão Tarifária Periódica - CPFL e RGE. Rio de Janeiro: Banco do Brasil Investimentos, 13 de Março de 2003. - 04 páginas.
 
1- Resolução da Aneel estabelece regras gerais para a universalização

As distribuidoras de energia elétrica deverão, a partir de agora, arcar com as despesas de inclusão à rede ou aumento de carga de todos os consumidores, sejam eles das classes residencial, comercial, industrial ou rural. Também não importa mais se para o novo fornecimento será necessário a extensão ou o melhoramento da rede em tensão, ou mesmo a instalação ou substituição do transformador. A resolução 223 da Aneel, publicada no Diário Oficial da União na última quarta-feira, estabeleceu as regras gerais para a universalização do serviço de energia, com meta de conclusão até 2015. A resolução também determina que as distribuidoras deverão submeter à Aneel os programas anuais de expansão do atendimento. Os planos devem apresentar estimativas globais de investimentos necessários para a implantação dos respectivos programas anuais. A Aneel estabeleceu um cronograma para o recebimento dos programas anuais que deverão ser aprovados pela agência. Até o final de agosto deste ano, as distribuidoras precisam entregar o programa anual de 2004. (Gazeta Mercantil - 02.05.2003)

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2- Universalização: distribuidoras recebem resolução com preocupação

As distribuidoras recebem com preocupação a resolução da Aneel, que define regras e prazos para a universalização dos serviços de eletricidade no país. Segundo Cláudio Sales, presidente da CBIEE (Câmara Brasileira dos Investidores em Energia Elétrica), a resolução cria mais obrigações adicionais às empresas sem, contudo, dar uma contrapartida financeira a elas. Pelo documento, explica ele, as companhias somente terão direito aos recursos da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) a partir do ano que vem. Ou seja, de agora até dezembro deste ano, as distribuidoras terão de arcar com todos os custos para novas ligações. "Mais uma vez, se buscou dar um benefício ao consumidor sem uma contrapartida às empresas", observa Sales. (Canal Energia - 02.05.2003)

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3- MME se reúne com distribuidoras para detalhar proposta de financiamento da CVA

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, terá reunião com representantes das distribuidoras de energia, no dia 13 de maio, no Rio de Janeiro, para acertar os detalhes da proposta de financiamento às empresas para cobrir os efeitos do adiamento da conta de variação da parcela A (CVA). Pelas estimativas das concessionárias, o retardamento do repasse representará perdas entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões. Segundo Cláudio Sales, presidente da CBIEE (Câmara Brasileira dos Investidores em Energia Elétrica), o governo ainda não fechou a proposta de financiamento, cujos recursos serão liberados pelo BNDES. O executivo comentou que as negociações estão caminhando no âmbito do ministério, que pretende definir a questão o mais rápido o possível. O financiamento é uma forma de o governo mitigar o problema criado por ele mesmo, de acordo com ele. (Canal Energia - 02.05.2003)

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4- Indefinição nas regras do setor elétrico dificulta investimento, diz estudo da UFMG

A indefinição do governo federal quanto as regras para o setor energético é um dos principais obstáculos para investimentos da iniciativa privada. A conclusão está na tese de doutorado da economista Patricia Bernardes realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O documento de 243 páginas, resultado de dois anos de pesquisa, aponta quatro fatores inibidores de investimentos em geração de energia no país, citados por ordem de importância: o macroambiente econômico, a atuação dos players no ambiente regulatório, a abertura e globalização do mercado e o cumprimento de contratos e compromissos. De acordo com os levantamentos da economista, dos 8 milhões de MW licitados pela Aneel desde 2000, em projetos de usinas, apenas 500 mil MW estão hoje em construção. O que significa que a maior parte dos investidores ainda não colocou em prática os projetos e pode até vir a desistir dos projetos. "Para que o dinheiro da iniciativa privada entre na geração de energia é preciso haver regras claras, não discriminatórias e permanentes", diz Patrícia. "Não é o que vem acontecendo, o Estado ora concede, ora retira." Para ela, as condições para atrair investimentos no setor vêm tornando-se mais complicadas desde 1993, quando o governo decidiu reestruturar o sistema elétrico. Uma das causas teria sido a própria definição do modelo. De acordo com a economista, leis conflitantes acabaram desestimulando inclusive a repotencialização de pequenas centrais hidrelétricas hoje paralisadas. (Valor - 02.05.2003)

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5- Governo incentiva geração através do bagaço de cana

O governo federal pretende estimular a geração de energia elétrica a partir da queima do bagaço de cana, resíduo da produção industrial do açúcar e do álcool ainda pouco utilizado no país. Pesquisas mostram que a utilização de 80% do bagaço poderia ampliar em 4.000 MW a capacidade instalada de 83.000 MW de geração do Brasil. Esse acréscimo é equivalente a uma nova usina de Tucuruí ou a 25% de uma Itaipu. Especialistas estimam que o país utiliza, no máximo, 30% do potencial de geração a partir do bagaço, geralmente queimado por não ter utilidade econômica. Nas usinas movidas a bagaço, o material é queimado em caldeiras destinadas a aquecer água, cujo vapor movimenta turbinas geradoras de energia. (Correio Braziliense - 02.05.2003)

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1- BNDES: ativos só serão aceitos se AES sair da gestão

Embora prefira receber em dinheiro, o BNDES aceita participação acionária em alguns ativos da AES Corp. no Brasil, sobretudo na Eletropaulo e na geradora paulista AES Tietê, desde que seja mudada a gestão. "O banco não se simpatiza com a permanência da AES no comando das empresas", diz fonte que acompanha as conversações entre as partes. Roberto Timotheo da Costa, diretor financeiro do banco, considera importante uma participação da instituição na Eletropaulo, o que não significa reestatização. O executivo deu a entender que o BNDES não quer ser minoritário no negócio. "Queremos assento no conselho." Timotheo admitiu que " um mau acordo é melhor que uma grande briga judicial". (Valor - 02.05.2003)

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2- BNDES admite dar mais tempo para AES

O BNDES pretende dar um pouco mais de tempo para o grupo AES encontrar uma alternativa para quitar a dívida de US$ 1,2 bilhão, relativos aos negócios feitos pelas subsidiárias AES Elpa e AES Transgás. O diretor Financeiro do banco, Roberto Timóteo da Costa, informou que o banco pode dar um pouco mais de prazo para que a empresa norte-americana faça uma nova proposta para tentar solucionar sua inadimplência. A decisão sobre a ação na Justiça pode acontecer na sexta-feira, dia 2 de maio, como pode sair dentro de algumas semanas. "Ninguém sabe o que pode acontecer na sexta-feira. De qualquer forma a partir de hoje, o banco fica liberado para tomar a decisão que bem entender, inclusive medidas judiciais", afirmou o diretor, dizendo que o prazo mínimo é o próximo dia 2. Ele não descarta, no entanto, a concessão de um tempo maior para que a AES Corp faça uma nova proposta ao banco. "Este prazo será curto. É impossível esperar meses", frisou. (Canal Energia - 30.04.2003)

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3- BNDES confirma negociações com CBLC para fazer leilão de ações da Eletropaulo

Se com a dívida da AES Elpa, detentora do controle acionário da Eletropaulo, o BNDES pretende esperar até o último minuto, no caso da AES Transgás a cartada já foi lançada. O vice-presidente e diretor de infra-estrutura do BNDES, Darc da Luz, confirmou na quarta-feira, dia 30 de abril, as negociações com a Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), da Bovespa, para fazer o leilão das 15,82 bilhões de ações preferências da Eletropaulo em posse da AES Transgás. O valor da dívida da subsidiária da AES com o banco está estimado em US$ 604 milhões. A idéia do BNDES é fazer o ressarcimento deste crédito, com o leilão. As ações da AES Transgás representam 39% do capital total e a 64% das ações preferenciais da Eletropaulo. Confirmado o pedido para a realização do leilão das ações preferenciais, a CBLC terá um prazo de 30 a 40 dias para estruturar a operação, fazendo o seu registro na Comissão de Valores Mobiliários e publicando os editais do negócio. (Canal Energia - 30.04.2003)

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4- AES: dívidas no Brasil e Reino Unido serão solucionadas em breve

A gigante americana de energia AES, controladora da distribuidora de eletricidade paulista Eletropaulo, informou ontem que pretende solucionar os problemas de suas unidades no Brasil e Reino Unido nas próximas semanas. Desde o início do ano a empresa não paga prestações da dívida de US$ 1,2 bilhão contraída pelas suas subsidiárias AES Elpa e AES Transgás com o BNDES para a compra da Eletropaulo e outros investimentos. "O BNDES também deu uma declaração importante ao dizer que não quer resolver a disputa com a AES de uma maneira que leve à venda (das ações). Esse é um sinal para a AES de que querem concluir as negociações mais cedo do que tarde. É encorajador.", disse Joseph Brandt, responsável pela reestruturação da empresa. Já com relação à unidade britânica AES Drax, dona da maior usina de energia do país, Brandt afirmou que espera chegar a um acordo com os credores até o fim do mês. (JB Online - 02.05.2003)

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5- Light concorda em reajustar salário dos funcionários em 10%

Após sete meses de negociação, a Light chegou a um entendimento com seus funcionários para o acordo coletivo de trabalho relativo ao período de 1º de maio de 2003 a 30 de abril de 2004. Na reunião da última terça-feira, 29 de abril, a empresa concordou em conceder um reajuste salarial de 10% aos funcionários, sendo 7% a partir de 1º de maio e 3% em novembro. Além disso, a distribuidora pagará um abono de 50% dos salários-base mais uma parcela fixa de R$ 600,00 a cada empregado e aumentará em 10% o tíquete refeição. Segundo a companhia, as demais cláusulas do acordo retornam ao patamar do acordo coletivo do trabalho anterior, mantendo os benefícios aos funcionários. (Canal Energia - 30.04.2003)

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1- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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1- Petrobras negocia revisão de contratos com termelétricas merchants

A Petrobras pretende fechar, num prazo de até dois meses, a renegociação dos contratos para a compra de energia das termelétricas Macaé Merchant (da El Paso), Eletrobolt (Enron) e Termoceará. Segundo Ildo Sauer, diretor da área de Gás e Energia da estatal, já existem entendimentos com a Enron e com um consórcio de bancos credores para que a estatal assuma o controle da termelétrica. A empresa também mantém conversas com dirigentes das outras duas usinas merchants para rever os contratos. "Estes foram contratos desequilibrados para a Petrobrás e contra o interesse público, tendo o agravante de que a empresa não tem participação nestas termelétricas", comentou Ildo Sauer. Segundo cálculos do executivo, no pagamento do aluguel da capacidade de geração das usinas, por um período de cinco anos, a Petrobrás arcará com um custo de US$ 1,5 bilhão, contra um investimento de US$ 700 milhões, se os três projetos forem construídos pela estatal. (Canal Energia - 30.04.2003)

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2- Governo do Amazonas quer pressa em gasoduto

O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PPS), disse que já foram retirados todos os empecilhos de âmbito estadual para que a Petrobras participe, também, do transporte, distribuição e comercialização do gás natural da província de Urucu, no território amazonense. O antecessor de Braga, Amazonino Mendes (PFL), criou dificuldades para que o transporte do combustível fosse realizado através de gasoduto. Mendes defendia o uso de barcaças. Manaus, com cerca de 1,5 milhão de habitantes e um parque de 400 fábricas incentivadas que faturam US$ 10 bilhões/ano, é o principal mercado amazonense. Só o parque de geração de energia e as indústrias consumirão, de imediato, 4 milhões de m³/dia. As reservas de gás natural da Petrobras no Amazonas estão estimadas em 90 milhões de m³. O gasoduto Coari-Manaus custaria em torno de US$ 300 milhões. (Gazeta Mercantil - 02.05.2003)

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3- Lula inaugura termoelétrica da Ceise

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita hoje a região de Ribeirão Preto, onde participa da inauguração da termoelétrica da Companhia Energética Santa Elisa (Ceise), em Sertãozinho. A usina custou R$ 50 milhões, sendo que do total investido, R$ 35 milhões vieram do BNDES, que tem linha de crédito especial para projetos de geração a partir do bagaço. A usina também terá a maior caldeira alimentada por bagaço de cana-de-açúcar (biomassa) do mundo, com capacidade para gerar 60 MW de energia elétrica. Essa geração é suficiente para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes, do porte de Ribeirão Preto. A Ceise consumirá metade da energia produzida e venderá o excedente para a CPFL.(O Estado de São Paulo/Correio Braziliense - 02.05.2003)

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4- Curtas

Segundo Ildo Sauer, diretor da área de Gás e Energia da Petrobras, o contrato de compra de gás da Bolívia e os negócios no segmento de termeletricidade tiveram um peso essencial no prejuízo de R$ 1,5 bilhão registrado pela empresa no ano passado. (Canal Energia - 30.04.2003)

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1- Empréstimos para grupo AES provocam queda no lucro líquido do BNDES

Os empréstimos concedidos ao grupo AES provocaram um forte impacto no balanço financeiro do BNDES em 2002. Sem o provisionamento da dívida, o lucro do banco no ano passado saltaria de R$ 550 milhões para R$ 1,750 bilhão. Ou seja, houve uma provisão de R$ 1,2 bilhão, correspondentes a 30% dos R$ 4,1 bilhão de saldo devedor da AES. Com o grupo norte-americano, o BNDES registrou um saldo contábil de R$ 2,9 bilhões, dos quais tem uma garantia de R$ 1,1 bilhão. O diretor Financeiro do banco, Roberto Timóteo da Costa, explica que, com isso, em 2003, a entidade pode ter uma perda máxima de R$ 1,8 bilhão por conta da AES. Segundo o balanço divulgado nesta quarta-feira, dia 30 de abril, o BNDES, em 2002, teve um desembolso total de R$ 37,4 bilhões. Para o setor de energia elétrica, foram liberados R$ 8,87 bilhões, sendo a maior parte (R$ 7,5 bilhões) para cobrir as perdas das empresas com o programa de racionamento de energia. (Canal Energia - 30.04.2003)

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2- Presidente do Ipea diz que é preciso pensar o país no longo prazo

O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) já definiu sua primeira grande missão no governo Lula: fazer um novo mapa da desigualdade social no Brasil, para tornar mais consistentes e eficazes as políticas sociais do país. Totalmente esvaziado nos últimos oito anos, o Ipea ganha agora importância estratégica para pôr fim ao ''curtoprazismo'' que tomou conta do país e esfacelou o pensamento econômico. ''Há mais de 15 anos o Brasil não tem seus caminhos traçados. Criticamos as elites brasileiras porque elas são míopes. Só que institucionalmente, politicamente e empresarialmente nós somos míopes'', diz o presidente do instituto, o sociólogo Glauco Arbix. Em entrevista exclusiva ao Correio, ele defende que o governo eleja setores estratégicos para reduzir as importações e agregar conhecimento e tecnologia. Entres eles, estão os setores de eletrônicos e farmacêutico. (Correio Braziliense - 02.05.2003)

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3- BC já vê alta menor para gasolina, gás e luz

O Copom reduziu sua previsão de aumento dos preços da gasolina, luz e gás devido à recente queda do dólar, mas mesmo assim decidiu por manter os juros em 26,5% porque ainda tem dúvidas sobre a velocidade de queda da inflação. A avaliação consta da ata da última reunião do Copom do Banco Central. A avaliação é que os preços da gasolina e do gás de botijão sejam reajustados neste ano em 8,4% e 1,6%, respectivamente. A nova projeção já leva em conta os reajustes concedidos nos primeiros meses do ano e a redução do preço da gasolina, anunciada nesta semana, e mostra que o BC não prevê nenhum novo aumento ou redução de preços. As tarifas de energia elétrica deverão subir 24,5% neste ano, e não mais 27,5% como previsto antes. Com essas revisões, o Copom reduziu a projeção de aumento para o conjunto das tarifas públicas e preços monitorados neste ano de 16,8% para 15,3%. (Folha de São Paulo - 02.05.2003)

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4- Empresas já preparam captações de US$ 1,2 bi

O sucesso na venda de US$ 1 bilhão em bônus da República animou empresas e bancos a finalmente levar ao mercado internacional operações preparadas há tempos, mas que estavam paradas à espera de uma boa oportunidade. No total, US$ 1,25 bilhão está no forno, sem considerar os já tradicionais eurobônus de curto prazo dos bancos, que só em abril somaram US$ 1,1 bilhão. A Petrobras deverá ser a primeira a lançar uma operação de grande porte, de US$ 550 milhões, por um prazo de 10 a 12 anos. Os títulos serão lastreados na receita futura com exportação de óleo combustível, em uma securitização de recebíveis. Segundo fontes do mercado, metade da operação terá cobertura de risco de crédito das seguradoras chamadas de "mononlines" e metade não. A CSN também vai aproveitar a oportunidade aberta pela República e captar no mínimo US$ 200 milhões, em securitização de recebíveis. A Sabesp está sondando os bancos para tentar captar US$ 300 milhões pelo prazo de um ano, em reais no mercado interno ou em dólares no externo. A empresa tem vencimento de eurobônus de US$ 200 milhões em julho. Já o Bradesco prepara o lançamento de papéis garantidos por ordens de pagamento de clientes no exterior ao país, uma securitização de fluxos financeiros de US$ 200 milhões, com seguro e vencimento em sete anos, segundo o diretor José Guilherme Lembi de Faria. (Valor - 02.05.2003)

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5- BC estima dívida pública em 52,3% do PIB

A forte queda do dólar em abril leva o BC a estimar que a dívida líquida do setor público tenha encerrado o mês em 52,3% do PIB. Se confirmado, o número representará a volta do saldo a patamares vigentes em julho de 2001, antes, portanto, da crise externa que se desencadeou a partir dos ataques terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos e que se agravou em 2002. Já em março, a dívida recuou para 55,3% do PIB, o menor percentual desde maio de 2002. "Essa é uma prova cabal de que o forte aumento da relação dívida/PIB visto em 2002 não se deu por deterioração na gestão fiscal mas sim por causa do comportamento da taxa de câmbio", afirma Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC. Bastou o dólar recuar para que a dívida como proporção do PIB recuasse junto, observa. (Valor - 02.05.2003)

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6- Dólar está próximo do favorável, diz Furlan

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, alertou na quarta-feira que a cotação do dólar está próxima do mínimo favorável ao desempenho das exportações e defendeu a queda da taxa básica de juros para compensar a valorização. Furlan observou que os últimos índices de inflação apontam uma queda, nas taxas anualizadas, que já permitem a diminuição dos juros pelo BC. "A valorização do real não pode ficar compartimentada a aspectos de macroeconomia. Ela precisa ser transformada em um motor de reativação da economia", afirmou o ministro. "Para isso, os juros têm que cair." Segundo ele, a redução da taxa Selic pode gerar maior demanda no mercado interno, diminuindo a ociosidade da indústria, e limitando os ganhos dos capitais de curto prazo que chegam ao país. O ministro demonstrou preocupação pela queda do dólar. Em março, quando a cotação havia rompido a barreira de R$ 3,30, ele já havia dito que o "sinal amarelo" seria dado quando a taxa de câmbio chegasse a R$ 3. Furlan afirmou não defender intervenções do BC no mercado de câmbio, mas lembrou que os mecanismos para modificar a trajetória do dólar estão disponíveis. (Valor - 02.05.2003)

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7- Dólar ontem e hoje

O dólar comercial sustenta leve baixa neste final de manhã de poucos negócios no mercado interbancário. Às 12h15m, a moeda americana recuava 0,20%, cotada a R$ 2,901 na compra e R$ 2,905 na venda. A moeda chegou ao final dos negócios de quarta-feira praticamente estável, mas em forte queda acumulada de 13% em abril. A moeda norte-americana finalizou o dia negociada a R$ 2,909 para compra e R$ 2,911 para venda, variação negativa de 0,06%. (O Globo On Line e Invertia - 02.05.2003)

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1- Lucro da EDP cresce 2,4%

A EDP realizou um resultado líquido consolidado de 132 milhões de euros no final do primeiro trimestre. Mais 2,4% do que em igual período do ano anterior. Mais expressivo foi, no entanto, o crescimento do volume de vendas e prestações de serviços que subiu 14,5% para 1.657 milhões de euros. Também os resultados operacionais passaram de 200 milhões para 234 milhões de euros. Em contrapartida, as dívidas a terceiros sofreram um acréscimo de 30,6%, cifrando-se em 11.528 milhões de euros, com destaque para o agravamento da componente de médio e longo prazo que aumentou 46,3%, totalizando cerca de 8.464 milhões de euros. A dívida de curto prazo não registrou alterações, ficando em 3.064 milhões de euros. O passivo do grupo elétrico é atualmente de 12.314 milhões de euros, refletindo um aumento de 27,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. (Diário Econômico - 02.05.2003)

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2- Tractebel investe US$ 500 mi na compra de terreno para projeto de GNL

A companhia de energia belga Tractebel está em processo de aquisição de um terreno para projeto de terminal de regasificação de gás natural liquefeito (GNL) por US$ 500 milhões em Lázaro Cárdenas, no estado mexicano de Michoacan, disse o CEO da Tractebel LNG, Clay Harris. A Tractebel irá iniciar o processo formal de autorização para o terreno depois que a aquisição estiver concluída, o que deve acontecer "nos próximos meses", disse Harris. (Business News America - 30.04.2003)

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3- Setor energético italiano terá preço-teto

O preço de referência para energia deverá permanecer como a principal característica do mercado de energia italiano mesmo depois da criação do pool de energia no país, segundo um analista do Citigroup. O preço de referência, indexado ao preço do petróleo, vai atuar como uma espécie de teto, sobre o qual os preços de energia não poderão ultrapassar, a menos que ocorra um fato excepcional no mercado. (Platts - 02.05.2003)

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4- Justiça americana indicia ex-executivos da Enron

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou ontem novas acusações contra Andrew Fastow, o ex-diretor financeiro da Enron, e pela primeira vez acusou sua mulher, Lea Fastow, e outros seis ex-executivos da companhia. As acusações se devem a fraudes e outras violações criminais relacionadas ao colapso da gigante americana de energia em dezembro de 2001. Lea Fastow, 41, e os outros ex-executivos se renderam às autoridades federais dos EUA ontem, em Houston (Texas). Eles são acusados de orquestrar um esquema para enganar investidores por meio de uma série de relatórios falsos que anunciavam resultados melhores do que os realmente obtidos pela empresa. Andrew Fastow enfrenta agora 109 processos por fraude, complô e lavagem de dinheiro. Ele foi o primeiro alto executivo da Enron a ser indiciado, no ano passado. "Esses réus tiveram papéis importantes na perpetuação do conto de fadas de que a Enron seria capaz de transformar fibra em ouro", disse Linda Thomson, da SEC (a CVM americana). Ela lidera os esforços do governo americano para pôr fim aos crimes corporativos. "Os fatos são uma pedra angular significativa em nossos esforços enérgicos para expor e castigar a vasta gama de condutas criminosas relacionadas ao colapso da Enron".(Diário do Nordeste - 02.05.2003)

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1- Marcolino, Marcelo. Revisão Tarifária Periódica - CPFL e RGE. Rio de Janeiro: Banco do Brasil Investimentos, 13 de Março de 2003. - 04 páginas.

Este documento trata da proposta de revisão tarifária após o período de consulta e audiência pública ocorridos no início de 2003, para as distribuidoras CPFL (que atua no interior de São Paulo) e RGE (Rio Grande do Sul). Ele apresenta os reajustes autorizados pela Aneel, além da metodologia do cálculo da taxa de retorno, do Fator "X" e dos custos operacionais e financeiros.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/setoreletrico.htm

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Prof. Nivalde J. Castro

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Sub-editor: Fabiano Lacombe - Jornalista

Pesquisador: Rubens Rosental

Assistentes de Pesquisa: Daniel Santos, Bruno Negreiros e Rodrigo Berger

WebDesigner: Felipe Barenco

 
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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