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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.098 - 29 de abril de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
índice
Reestruturação e Regulação

1- Pequenos produtores e MME discutem Proinfa
2- Pequenos produtores pedem definição de regras de órgãos ambientais
3- Convênios entre Aneel e órgãos ambientais não serão renovados
4- Abrage critica condução do governo na reformulação do setor elétrico
5- Abradee muda presidência e institui três diretorias
6- Comissão do Senado discute retirada da Eletronorte do PND
7- Inee promove debate sobre cogeração e geração distribuída
8- Curtas

Empresas

1- Negociação dura com a AES
2- Presidente da AES Eletropaulo questiona prazo para execução de garantias
3- Lightpar comunica falência da Eletronet
4- CPFL Paulista e Piratininga investem R$ 8 mi em P&D
5- Light e governo do RJ assinam contrato para eficientização em quatro municípios

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1- Nordeste registra consumo de 5.482 MW médios
2- Região Norte é a única a registrar aumento no volume
3- Reservatórios do Nordeste estão com 53,15% da capacidade
4- Volume armazenado chegou a 79,10% no Sudeste/Centro-Oeste
5- Capacidade do Subsistema Sul está em 74,2%
6- Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia

1- Valor do MWh permanece em R$ 5,48

Gás e Termoelétricas

1- Brasil e Bolívia não chegam a acordo sobre contrato de gás
2- CEG vai investir R$ 870 mi em cinco anos


Economia Brasileira

1- Meirelles vê espaço para câmbio cair mais
2- Fipe prevê alívio de 0,13 ponto na inflação
3- Mercado ainda vê IPCA em alta
4- Tesouro volta a captar e ajuda a derrubar dólar
5- Analistas econômicos alertam para a necessidade de maior ajuste externo
6- Dólar ontem e hoje


Internacional

1- Shell consegue autorização ambiental para terminal de GNL
2- Empresa Austríaca de energia apresenta lucros de 87,514 mi de euros

Biblioteca Virtual do SEE


1- CASTRO, Nivalde J. Problemas e perspectivas da crise financeira do Setor Elétrico Brasileiro. Rio de Janeiro, IFE nº 1.097. Instituto de Economia - UFRJ, 28 de abril de 2003
2- Felder, Frank A. Integrating financial theory and metods in electricity resource planning. Energy Policy. Elsevier: V.24, pp 149-154, 1996.- 06 páginas.
 
1- Pequenos produtores e MME discutem Proinfa

Representantes da APMPE (Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica) e a coordenadora executiva do Ministério de Minas e Energia, Laura Porto, se reuniram nesta segunda-feira, 28 de abril, em Brasília. Na pauta do encontro estavam temas relacionados ao decreto nº 4.541, que regulamenta o Proinfa, que estabelece prazos para definição de valores econômicos (VEs) relativo à CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) e ao programa. Segundo Fábio Dias, secretário executivo da APMPE, o governo mostrou-se bastante preocupado com o assunto, garantindo que o desenvolvimento das fontes alternativas no país é prioridade para o atual governo. "Nesse primeiro momento, o MME está interessado em obter subsídios para fazer possíveis alterações no decreto, além de informações sobre a definição dos valores econômicos", comenta ele. O principal ponto criticado pelos pequenos produtores é a falta de garantia de compra pela Eletrobrás. (Canal Energia - 28.04.2003)

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2- Pequenos produtores pedem definição de regras de órgãos ambientais

Para o presidente da Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia (APMPE), Ricardo Pigatto, resolver a questão ambiental é a única forma de atrair investimentos para o setor. "Os órgãos ambientais que concedem as licenças devem definir regras mais claras do que pode ou não ser feito e onde, em termos de novas usinas, o que seria uma sinalização importante para os potenciais investidores", diz. Pigatto faz, também, uma crítica ao trabalho dos órgãos ambientais. "Eles deveriam ser fiscalizados para que cumpram os prazos fixados na resolução 237 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, o que hoje não ocorre", alerta. Pela lei, o órgão ambiental competente deve definir a concessão da licença em, no máximo, 12 meses. Para o diretor de licenciamento do Ibama em Brasília, Nilvo Luiz Alves da Silva, o principal problema é que hoje o processo de licitação, comandado pela Aneel para a construção de uma nova usina, ocorre sem levar em consideração a questão ambiental. (Gazeta Mercantil - 29.04.2003)

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3- Convênios entre Aneel e órgãos ambientais não serão renovados

A parceria firmada entre Aneel e os órgãos ambientais do país no ano passado não deve se repetir em 2003. Segundo as entidades ambientais, a dificuldade de recursos seria o principal motivo para a desistência da agência reguladora na renovação dos convênios. Para os empreendedores, o processo de licenciamento ambiental sempre foi o principal obstáculo para cumprir o cronograma de obras estabelecido pela Aneel. Os convênios foram a saída para minimizar esses efeitos e, conseqüentemente, garantir a expansão do setor. Para os órgãos ambientais, a parceria foi importante, pois aumentou a qualidade técnica dos profissionais no setor. (Canal Energia - 28.04.2003)

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4- Abrage critica condução do governo na reformulação do setor elétrico

A Abrage (Associação Brasileira das Grandes Empresas Geradoras de Energia Elétrica) está preocupada com os rumos tomados no processo de reestruturação do modelo do setor elétrico, no tocante à participação dos agentes. Alegando total distanciamento das discussões e das possíveis decisões alinhavadas no âmbito do MME, a entidade afirma que, até o momento, as contribuições já formuladas estão engavetadas. "Ainda não fomos chamados à qualquer envolvimento do que está sendo discutido no trabalho de reformulação, principalmente no Foro de Agentes do Setor, que foi criado há dois meses justamente para colher a contribuição das associações", critica Flávio Neiva, presidente da Abrage. Nesta sexta-feira, dia 25 de abril, os principais executivos das geradoras tinham agendados uma reunião com a ministra Dilma Rousseff, cancelada no início da semana, e, de acordo com Neiva, sem data para acontecer. Segundo ele, além de não estarem ativas nas discussões lideradas pelo governo, as geradoras continuam contabilizando as perdas financeiras pelas sobras contratuais oriundas da quebra dos contratos iniciais. (Canal Energia - 28.04.2003)

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5- Abradee muda presidência e institui três diretorias

A Abradee (Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica) está sob novo comando e com estrutura reformulada. Luiz Carlos Guimarães, que ocupava a diretoria executiva, é o novo presidente da entidade, ocupando o lugar de Orlando Gonzalez, que passa a presidir o Conselho de Administração da associação. A alteração foi oficializada na última quinta-feira, dia 24 de abril, durante Assembléia Geral. Além da mudança na presidência - que suscitou na extinção do cargo de diretor executivo - a Abradee conta agora com três novas diretorias: uma para a área técnica-regulatória, que será ocupada pelo ex-superintendente da Light Fernando Maia; outra jurídica, a cargo de Braz Pesce Russo; e a terceira para a área econômica-financeira, que ainda não tem o titular definido. (Canal Energia - 28.04.2003)

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6- Comissão do Senado discute retirada da Eletronorte do PND

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado deve votar na reunião desta quarta-feira, dia 30 de abril, projeto de lei da senadora licenciada - atual ministra do Meio Ambiente - Marina Silva (PT-AC), que exclui a Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil) das empresas públicas abarcadas pelo Plano Nacional de Desestatização (PND). A relatora, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), recomenda a aprovação da proposta em caráter terminativo, de acordo com substitutivo que apresentou. (Canal Energia - 29.04.2003)

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7- Inee promove debate sobre cogeração e geração distribuída

O Inee (Instituto Nacional de Eficiência Energética) promove nesta terça-feira, dia 29 de abril, um debate sobre co-geração e geração distribuída no município do Rio de Janeiro. O evento discutirá o relacionamento entre os operadores de unidades de geração distribuída e as concessionárias e entre os operadores de unidades de geração distribuída e seus hospedeiros. A reunião faz parte do fórum criado pelo Inee para divulgar a geração elétrica descentralizada e promover a sua operação em condições eficientes. (Canal Energia - 28.04.2003)

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8- Curtas

A Câmara dos Deputados faz hoje o seminário "Agências Reguladoras: Avaliação de performance e perspectivas", com a presença dos ministros das Comunicações, Miro Teixeira, de Minas e Energia, Dilma Rousseff e da Casa Civil, José Dirceu, e dos presidentes da Anatel, Luiz Guilherme Schymura e da Aneel, José Miranda Abdo. (Valor - 29.04.2003)

O governo do estado do Rio Grande do Sul inicia o processo para municipalizar a concessão das licenças necessárias para a construção de usinas. No dia 30 de maio, a cidade de Santa Cruz do Sul vai sediar o primeiro encontro de prefeitos de 496 cidades gaúchas para discutir o tema. (Gazeta Mercantil - 29.04.2003)

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1- Negociação dura com a AES

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse ontem que a posição do BNDES para a negociação da dívida da norte-americana AES com o banco segue a orientação do governo, de "ter uma negociação dura, defendendo o interesse do País". Furlan não detalhou as medidas que estão sendo adotadas, afirmando que essa é uma questão conduzida pelo BNDES. Ele disse apenas que o governo poderá tomar as medidas necessárias para resolver o problema. "É muito possível que, não havendo acordo, se tome a providência necessária", disse. A AES, controladora da Eletropaulo, deve US$ 1,2 bilhão ao BNDES. (Gazeta Mercantil - 29.04.2003)

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2- Presidente da AES Eletropaulo questiona prazo para execução de garantias

O presidente da AES Eletropaulo, Steve Clancy, disse ontem após reunião com analistas de mercado na Abamec que "levar o caso para a Justiça não seria bom para nenhum lado - BNDES e AES". Ele não quis adiantar o teor das negociações, alegando que devido à complexidade da operação, nenhuma das partes sabe exatamente o desfecho desse imbróglio. Na opinião de Clancy, não há nada do ponto de vista legal que estabeleça o prazo de 90 dias - que encerraria amanhã - para que o BNDES execute as garantias. "Há várias interpretações, sobretudo da forma como se conta esse prazo". ( Valor - 29.04.2003)

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3- Lightpar comunica falência da Eletronet

A Lightpar enviou ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) comunicado no qual confirma a confissão de falência da Eletronet, empresa de redes de transporte de sinais de telecomunicações por fibras ópticas. A assembléia que decidiu pela confissão de falência ratificou, também, a decisão de suspender os direitos da AES na gestão da empresa, tomada em 20 de setembro de 2002, por ter deixado de integralizar uma cota de R$ 13 milhões na sociedade. O pedido de autofalência será encaminhado hoje à Justiça do Rio de Janeiro, junto com um pedido de liminar para que a empresa possa continuar operando, na forma dos artigos 8º e 74 do Decreto-Lei nº 7.661/45. O objetivo da Eletrobrás é garantir a continuidade do funcionamento da empresa. Ainda não está claro, porém, em que bases o juiz concederia essa continuidade, porque a empresa não tem como demonstrar sua viabilidade. (Valor - 29.04.2003)

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4- CPFL Paulista e Piratininga investem R$ 8 mi em P&D

A CPFL Paulista e Piratininga investirão R$ 8 milhões em 22 projetos de Pesquisa e Desenvolvimento. Segundo Airton Rosek, diretor comercial, os projetos têm temas diversos. "Nosso principal objetivo é melhorar o índice das duas empresas em diversos segmentos", explica Rosek. Na CPFL Paulista serão realizados dez projetos, que terão investimentos de R$ 4 milhões. Um dos destaques é o desenvolvimento de um software que permitirá que os clientes mudos possam se comunicar com o call center da empresa. O programa já está homologado pela Aneel e deverá ter início em maio. A previsão é de que o programa seja concluído em um ano. A CPFL Piratininga realizará 12 projetos, que já foram encaminhados para a agência e estão em fase de análise. Com investimentos de R$ 4 milhões, o programa deverá ser iniciado em junho ou julho e deverá ser concluído em um ano. (Canal Energia - 29.04.2003)

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5- Light e governo do RJ assinam contrato para eficientização em quatro municípios

A Light e o governo do estado do Rio de Janeiro assinaram nesta segunda-feira, dia 28 de abril, no Rio de Janeiro, os contratos para a implantação do programa de eficientização da iluminação pública com os municípios fluminenses de Barra Mansa, Barra do Piraí, Pinheiral e Rio das Flores. O projeto, que receberá investimentos de R$ 4 milhões financiados pela Eletrobrás, Light e prefeituras, poderá economizar até 40% do consumo atual dos municípios. Segundo o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, a idéia é substituir os sistemas antigos por tecnologias de iluminação mais eficientes. (Canal Energia - 28.04.2003)

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1- Nordeste registra consumo de 5.482 MW médios

A região Nordeste consumiu 5.482 MW médios no último domingo, dia 27 de abril, contra a previsão de 5.937 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, a variação no Programa Mensal de Operação (PMO) no subsistema chegou a 0,30%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.072 MW médios, o submercado oscilou -1,93%. Na região Sul, o consumo foi de 6.003 MW médios, contra a previsão de 7.425 MW médios do operador do sistema. O submercado registrou uma variação no consumo de -2,74% nos últimos sete dias. Já o Norte consumiu 2.700 MW médios, contra o PMO de 2.698 MW médios. O subsistema teve uma oscilação no consumo de 3,16% no mesmo período. O Sudeste/Centro-Oeste teve um consumo de 23.143 MW médios, contra a previsão de 25.419 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado registrou uma variação de 1,94%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.089 MW médios, o subsistema obteve uma oscilação de -4,34%. (Canal Energia - 28.04.2003)

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2- Região Norte é a única a registrar aumento no volume

Os reservatórios da região Norte estão com 53,15% da capacidade. O subsistema foi o único a registrar aumento no volume, com índice de 0,08%. A usina de Tucuruí está com 98,03% da capacidade. (Canal Energia - 28.04.2003)

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3- Reservatórios do Nordeste estão com 53,15% da capacidade

A região Nordeste está com 53,15% da capacidade, uma redução de 0,04% em um dia. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume está 27,25% acima do previsto. O nível da hidrelétrica de Sobradinho está em 51,08%. (Canal Energia - 28.04.2003)

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4- Volume armazenado chegou a 79,10% no Sudeste/Centro-Oeste

A capacidade do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 79,10%, valor 46,10% acima da curva de segurança 2002/2003. O volume permaneceu estável em relação ao dia anterior. As usinas de Emborcação e Furnas registram, respectivamente, 86,65% e 98,2% da capacidade. (Canal Energia - 28.04.2003)

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5- Capacidade do Subsistema Sul está em 74,2%

Com uma queda de 0,19%, o volume armazenado no subsistema Sul chegou a 74,2%. A hidrelétrica de G. B. Munhoz registra 74,88% do volume. (Canal Energia - 28.04.2003)

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6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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1- Valor do MWh permanece em R$ 5,48

Pela terceira semana consecutiva, os preços MAE não sofreram variações e continuam em R$ 5,48 para todos os submercados e para todas as cargas. Os valores são válidos para os dias 26 de abril a 02 de maio. (Canal Energia - 28.04.2003)

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1- Brasil e Bolívia não chegam a acordo sobre contrato de gás

Os presidentes brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e boliviano, Gonzalo Sánchez de Lozada, discutiram ontem, em Brasília, a flexibilização do contrato de venda do gás da Bolívia para o Brasil, sem chegar a um entendimento. Apesar de a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, dizer que o Brasil só vai aumentar o volume de gás importado da Bolívia depois que o preço do produto for reduzido, Lozada afirmava exatamente o contrário: "Se o Brasil comprar mais nosso gás, o preço cai para o consumidor brasileiro. O que é caro é o transporte.". Dilma afirmou que o Brasil não é obrigado a comprar toda a oferta prevista para 2004, mas assegurou que este ano o contrato será integralmente respeitado. Segundo a ministra, o principal avanço do encontro entre os dois presidentes foi a reabertura da renegociação do contrato, com a criação de um grupo de trabalho. (O Globo- 29.04.2003)

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2- CEG vai investir R$ 870 mi em cinco anos

A Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG) e a CEG Rio, distribuidoras de gás canalizado do Estado do Rio, vão investir R$ 870 milhões no período 2003/2007, quase o dobro dos R$ 470 milhões gastos pelas duas companhias nos últimos cinco anos, desde que foram privatizadas, em 1997. O anúncio foi feito ontem por Daniel López Jordá, presidente das duas empresas, que têm os mesmos sócios controladores, liderados pelo grupo espanhol Gas Natural. Somente este ano, a CEG e a CEG Rio vão investir R$ 190 milhões, contra R$ 130 milhões no ano passado. Ele explicou que os investimentos se destinarão prioritariamente a três tarefas: o término da conversão do gás manufaturado para gás natural, a universalização dos serviços e a melhoria da qualidade. Segundo Jordá, a CEG pretende levar o gás natural a cidades do Rio que ainda não têm o produto canalizado. É o caso de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Petrópolis, Macaé, Piraí e Volta Redonda, entre outros. A meta das duas companhias é aumentar em 300 mil o número de consumidores. O executivo afirmou ainda que o endividamento das duas empresas é de R$ 220 milhões, sendo parte desse total a longo prazo. (O Globo - 29.04.2003)

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1- Meirelles vê espaço para câmbio cair mais

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ontem que ainda há espaço para o real se apreciar ante o dólar. "Muitas pessoas e setores da economia estão preocupados com o fato de que o real está se fortalecendo muito. A essas pessoas, eu digo: descansem, não se preocupem. Ainda há muito espaço para a moeda se apreciar." Segundo Meirelles, em relação à evolução das cotações de uma cesta de 15 moedas nos últimos 14 anos, o valor do real diante do dólar poderia ser hoje de R$ 2,24. Por essa comparação, diz o presidente do BC, ""o real ainda está depreciado"". Meirelles descartou qualquer hipótese de intervenções no câmbio para controlar as cotações do dólar. Afirmou também que a atual trajetória das cotações é "compatível" com as projeções do Banco Central de um superávit comercial em 2003 na faixa de US$ 15 bilhões a US$ 16 bilhões". Segundo Meirelles, a única meta perseguida pelo BC é a de inflação. (Folha de São Paulo - 29.04.2003)

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2- Fipe prevê alívio de 0,13 ponto na inflação

Pelos cálculos da Fipe, a redução nos preços da gasolina deverá chegar a 5% nas bombas. Se essa previsão for confirmada, a queda aliviaria a taxa de inflação em 0,13 ponto percentual. A queda de preços da gasolina e do diesel deverá inibir, ainda, aumentos em outros setores da economia, principalmente os que têm fortes custos vindos de transportes, acredita Heron do Carmo. A queda nos preços da gasolina fez a Fipe refazer as projeções da inflação de maio e de junho. As taxas devem ficar próximas de 0,30%, abaixo do 0,40% previsto anteriormente. (Folha de São Paulo - 29.04.2003)

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3- Mercado ainda vê IPCA em alta

O mercado continua pessimista em relação ao comportamento esperado da inflação neste ano. Segundo pesquisa feita pelo Banco Central entre bancos e empresas de consultoria, a alta do IPCA deve ficar em 12,47%. Na semana passada, a mesma pesquisa projetava uma inflação de 12,44%. Já a alta dos preços esperada para 2004 passou de 8% para 7,95%. Por outro lado, os investidores revisaram para baixo suas estimativas para a taxa de câmbio. De acordo com o levantamento do BC, o dólar deve chegar ao final do ano cotado a R$ 3,44, contra R$ 3,50 da pesquisa anterior. A meta do BC para a inflação deste ano é de 8,5%. Mesmo com a recente valorização do real, porém, o mercado continua apostando que a alta dos preços deverá ficar bem acima dessa meta. (Folha de São Paulo - 29.04.2003)

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4- Tesouro volta a captar e ajuda a derrubar dólar

O Tesouro Nacional vai concluir hoje a primeira emissão de títulos da dívida externa em um ano. Os bônus, de valor entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão, contarão com a Cláusula de Ação Coletiva (CAC), que permite que os detentores de 85% do total definam uma reestruturação, sem possibilidade de os 15% restantes recorrerem à Justiça contra a decisão. O Banco Central confirmou ter contratado a Merrill Lynch e o UBS Warburg para liderar a captação. O vencimento do título será em janeiro de 2007 e o rendimento proposto aos investidores está entre 10,75% a 11% ao ano, correspondente a um prêmio de 800 pontos-básicos. Quando fez sua última captação externa, em abril de 2002, a República pagou prêmio de 719 pontos sobre os títulos do Tesouro dos EUA, para vencimento em oito anos. Segundo especialistas ouvidos pelo Valor, os bônus do Brasil terão boa aceitação. (Valor - 29.04.2003)

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5- Analistas econômicos alertam para a necessidade de maior ajuste externo

Economistas e empresários reunidos ontem em São Paulo defenderam um ajuste externo mais agressivo e intervenção no mercado de câmbio caso o real continue a se valorizar. Em seminário organizado pela Câmara Americana de Comércio para discutir os primeiros 100 dias do governo Lula, os analistas disseram que o excessivo endividamento via capitais estrangeiros pode se tornar um risco para o país em um futuro próximo. O diretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Júlio Gomes de Almeida, afirmou que, embora o ajuste no déficit em transações correntes tenha sido forte em 2002, ele ainda não está completo. Para ele, o governo tem que promover um grande esforço exportador para atingir superávit nas contas externas. Almeida teme que a oportunidade de reduzir o déficit seja perdida com a leniência da Fazenda em relação à entrada de dólares no país. O mesmo pensa o diretor de Tesouraria do Lloyds Bank, Reinaldo Le Grazie. Para ele, o país pode até conseguir um surto de crescimento com a retomada das linhas de financiamento externas, mas se tornaria novamente muito vulnerável a instabilidades externas. Grazie diz que o governo não deve deixar o déficit em transações correntes superar a casa dos 2% do PIB. (Valor - 29.04.2003)

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6- Dólar ontem e hoje

O dólar comercial acelerou a tendência de queda e, às 11h56m, bateu a mínima de R$ 2,917 na compra e R$ 2,922 na venda, com queda de 1,35%. Ontem, o dólar comercial fechou a R$ 2,958 na compra e a R$ 2,96 na venda, em baixa de 1,63%. (O Globo On Line e Invertia - 29.04.2003)

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1- Shell consegue autorização ambiental para terminal de GNL

A Shell, multinacional do petróleo, recebeu da Semarnar, agência de controle ambiental do México, uma autorização ambiental para implantação de um terminal de regasificação de gás natural liquefeito (GNL) no estado de Baja Califórnia. O projeto, anteriormente estimado em US$ 500 milhões a US$ 700 milhões fica em Costa Azul, 23km ao norte de Ensenada, e terá capacidade anual de 7,5 milhões de toneladas a partir da data prevista de início em 2007. O terminal fornecerá para usinas e clientes industriais no nordeste do México e vai vender o gás excedente para o sul da Califórnia. (Business News America - 28.04.2003)

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2- Empresa Austríaca de energia apresenta lucros de 87,514 mi de euros

A companhia austríaca de geração de energia, Verbund apresentou lucros de 87,514 milhões de euros nos primeiros quatro meses do ano, um aumento de 163% comparado ao mesmo período do ano passado. (Platts - 29.04.2003)

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1- CASTRO, Nivalde J. Problemas e perspectivas da crise financeira do Setor Elétrico Brasileiro. Rio de Janeiro, IFE nº 1.097. Instituto de Economia - UFRJ, 28 de abril de 2003

O artigo analisa aspectos recentes da crise financeira do Setor Elétrico.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/provedor/biblioteca/reestruturacao.htm

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2- Felder, Frank A. Integrating financial theory and metods in electricity resource planning. Energy Policy. Elsevier: V.24, pp 149-154, 1996.- 06 páginas.

Este artigo relaciona os métodos de Risk Adjusted Discount Rates (RADR) e Options Theory (OP), explicitando seus respectivos limites, de forma a melhor avaliar os riscos em se investir em usinas geradoras de energia. Ele também aborda a análise de risco sobre um ambiente de incentivo baseado na regulação.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/provedor/biblioteca/investimento.htm

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Editor:
Prof. Nivalde J. Castro

Equipe:

Sub-editor: Fabiano Lacombe - Jornalista

Pesquisador: Rubens Rosental

Assistentes de Pesquisa: Daniel Santos, Bruno Negreiros e Rodrigo Berger

WebDesigner: Felipe Barenco

 
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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