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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.095 - 24 de abril de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
índice
Reestruturação e Regulação

1- Definido modelo de crédito do BNDES para o setor elétrico
2- Proposta do governo para empréstimo da CVA agrada empresas
3- Aneel apresenta proposta de universalização
4- Contratos de térmicas com hidrelétricas serão revistos
5- CBEE defende aumento do seguro-apagão
6- Indefinições no setor reduzem procura por financiamento no mercado
7- Seminário da FGV debate regulação do setor elétrico
8- Curtas

Empresas

1- Acordo de banco e AES segue sem definição
2- Distribuidoras terão perdas com nova definição de consumidor de baixa renda
3- Eletropaulo prevê perda de receita de R$ 4 mi com novos critérios de baixa renda
4- Cemar tem prejuízo de R$ 120,8 mi em 2002
5- São Paulo recorre ao BNDES para pagar dívidas da Cesp
6- Investidores aceitam rolar bônus da Cesp
7- CPFL tem aporte de sócio
8- Eletrobrás inicia renegociação de contratos com El Paso
9- Petrobrás descarta interesse em empresa de transmissão da Pecom
10- Cosern reclama de reajuste de 11,49%

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1- Manaus corre risco de crise energética a partir de outubro
2- Região Norte registra consumo de 2.849 MW médios
3- Consórcio Foz do Chapecó quer antecipar entrada em operação de hidrelétrica
4- Boletim Diário da Operação do ONS


Gás e Termoelétricas

1- FGV fará auditoria dos contratos da CBEE com termelétricas
2- Governo boliviano já cogita reduzir preço do gás
3- Redução do preço do gás boliviano pode impulsionar pólo no MS
4- UEG Araucária e Copel rompem contrato de termoelétrica


Economia Brasileira

1- Volume de remessas para o exterior recua esse mês
2- Governo perde chance de fazer corte, afirma Fiesp
3- Dívida do governo reduz com valorização da moeda
4- Juro real 50% acima da taxa de países emergentes
5- BC decide manter juros básicos em 26,5% ao ano e retira viés de alta
6- Dólar ontem e hoje


Internacional

1- Iberdrola tem lucro 281,2 mi de euros no 1o trimestre
2- Projetos de energia limpa podem gerar US$25mi/ano no Chile
3- Intergen negocia participação na Samalayuca II para a GE
4- Ucrânia tenta vender distribuidoras de energia
5- Petronas paga US$ 1.8 bi por concessão e companhia egípcia de gás

Biblioteca Virtual do SEE


1- Araujo, Roberto Pereira. Uma questão de custos: A sociedade espera que o atual governo examine cuidadosa e profundamente o caso brasileiro e procure explicitar o quanto está custando o modelo mercantil brasileiro. Ilumina: 11-04-2003. - 02 páginas.
2- OFGEM. Scottish Transmission Price Control Review - Reviews of PES. Glasgow: Regulatory and Financial Affairs Manager, Outubro de 1999. - 54 páginas.
 
1- Definido modelo de crédito do BNDES para o setor elétrico

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, acertou ontem com representantes do setor os princípios gerais do financiamento do BNDES, com recursos do Tesouro, para as distribuidoras do setor elétrico que tiveram adiado para 2004 o repasse, para as tarifas, da alta do dólar. Dilma informou que as primeiras distribuidoras de energia com direito ao financiamento receberão aproximadamente R$ 700 milhões. As primeiras a terem direito ao empréstimo são a Cemat, Enersul, Cemig, CPFL, AES Sul e RGE. Até março de 2004, quando todas as empresas terão aplicado reajustes tarifários, o montante total do financiamento poderá chegar a R$ 1,8 bilhão. A ministra frisou que o valor final é difícil de ser estimado, já que dependerá da variação do dólar até o próximo ano. Os recursos, que só começariam a entrar no caixa em abril do próximo ano, serão antecipados através de financiamento pago em três parcelas. As empresas terão um ano de carência e dois anos para amortização. Rousseff explicou que o prazo de carência para pagamento do serviço da dívida é compatível com o prazo de arrecadação futura da Conta de Variação dos Valores da Parcela A (CVA) de cada empresa. Já as garantias terão como base ativos que serão separados. Quatro distribuidoras do Nordeste que tiveram reajuste em abril - Coelce, Cosern, Coelba e Energipe - não receberão empréstimo porque o saldo delas na CVA é negativo, já que não compram de Itaipu. (Valor - 23.04.2003)

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2- Proposta do governo para empréstimo da CVA agrada empresas

As diretrizes apresentadas na última terça-feira, 22 de abril, pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, para operacionalizar o novo financiamento emergencial do setor agradaram às distribuidoras de energia. Segundo representantes das principais empresas e entidades que estiveram reunidos com a equipe do governo envolvida na discussão, a proposta casa com os pleitos que já haviam sido apresentados pelos executivos do setor elétrico. Entre as diretrizes apresentadas está a amortização do financiamento através dos recursos que serão provenientes da Conta de Variação da Parcela A (CVA) entre 2004 e 2006, em 24 parcelas mensais. A conta reembolsaria as empresas este ano pela primeira vez, mas acabou retirada dos itens de revisão e reajuste tarifários para evitar um acréscimo de até 6,5% nos índices aplicados nas contas dos consumidores. (Canal Energia - 23.04.2003)

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3- Aneel apresenta proposta de universalização

A Aneel publica na próxima terça-feira a resolução instituindo metas de universalização de energia elétrica no País. A audiência pública sobre a proposta de universalização foi realizada ontem, em Brasília. Segundo a proposta, todos os municípios do País deverão contar com luz elétrica em prazos que terminam entre 2005 e 2016. O governo poderá determinar, por exemplo, que sejam atendidos primeiro os consumidores de baixa renda. (Gazeta Mercantil - 24.03.2003)

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4- Contratos de térmicas com hidrelétricas serão revistos

A Eletrobrás está fazendo um estudo detalhado de todos os contratos estabelecidos com as empresas da holding, como Furnas, Chesf e Eletronorte. O presidente da estatal, Luiz Pinguelli Rosa, disse ontem aos deputados da comissão de Minas e Energia da Câmara que há contratos "absurdos", feitos de forma "desastrosa". Ele citou como exemplo a prática adotada por usinas térmicas, que compram a energia mais barata vendida pelas hidrelétricas ao MAE e vendem para as próprias hidrelétricas, mais caro. Pinguelli explicou: uma hidrelétrica com contrato com uma térmica é obrigada a comprar energia a R$ 50 o MWh. Como há excedente de energia, as hidrelétricas vendem ao MAE por R$ 4 o MWh. Essa energia é adquirida pelas térmicas, que a revendem para as hidrelétricas pelo valor do contrato, mais alto. O quadro herdado no setor elétrico, diz ele, não é de pessimismo. (O Estado de São Paulo - 24.04.03)

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5- CBEE defende aumento do seguro-apagão

O presidente da Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE), Ivaldo Frota, disse ontem que será necessário aumentar neste ano o valor do seguro-apagão, que é de R$ 0,0057 por quilowatt consumido. "Não aumentar é impossível porque temos um desequilíbrio de caixa", disse, no intervalo da audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Câmara que discute o problema de abastecimento de energia em Manaus. Segundo ele, a CBEE recolhe mensalmente R$ 110 milhões e tem um gasto com o aluguel das usinas emergenciais de R$ 190 milhões por mês. Frota disse que no ano passado a CBEE gastou R$ 660 milhões com as usinas e que a expectativa para 2003 é de que sejam necessários R$ 2,5 bilhões. Até o momento, a CBEE está cobrindo o déficit com as sobras de recursos de 2002. (Jornal do Commercio - 24.03.2003)

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6- Indefinições no setor reduzem procura por financiamento no mercado

As indefinições do mercado estão afetando a procura por pedidos de financiamento dos investidores na área de energia elétrica. Segundo gerentes de bancos, não houve qualquer alteração no processo de liberação de financiamento ao setor, mas uma mudança no comportamento dos próprios empreendedores no mercado. Na avaliação de Guilherme Alice, Project Finance Head Energia do ABN Amro Bank, o mercado está praticamente parado em função da possibilidade de mudanças no modelo e problemas ambientais. Pendências relativas às privatizações também preocupam o mercado. Para esse ano, a previsão é de mercado retraído devido à perspectiva de mudança no setor. Assim, diz Alice, a tática adotada pelos empreendedores é segurar o projeto e aguardar a resolução das pendências no setor. (Canal Energia - 23.04.2003)

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7- Seminário da FGV debate regulação do setor elétrico

A Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (EAESP/FGV) promove no dia 20 de maio, em São Paulo, um seminário para debater a regulação no setor elétrico, discutindo os problemas do setor e levantando propostas para o novo modelo. Para os organizadores, o Ministério de Minas e Energia sinaliza que quer ouvir a sociedade sobre o modelo adotado, por isso as discussões e as propostas debatidas no evento por professores, empresários, consultores e técnicos serão encaminhadas as autoridades. O prazo de inscrição para o seminário, encerra-se no dia 12 de maio. (Canal Energia - 23.04.2003)

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8- Curtas

Na próxima quarta-feira, dia 30, completam-se três meses desde que a AES Elpa ficou inadimplente com uma parcela de US$ 85 milhões da sua dívida com o BNDES. Após 90 dias de inadimplência, o BNDES pode, legalmente, iniciar processo de cobrança judicial. (Folha de São Paulo - 24.04.2003)

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1- Acordo de banco e AES segue sem definição

Uma semana antes do encerramento do prazo legal para que o BNDES possa iniciar a cobrança judicial dos seus créditos com a AES Elpa, controladora da Eletropaulo, as negociações continuam na estaca zero. Não houve interesse do banco pela última proposta apresentada pela empresa. Segundo a Folha apurou, a AES propôs criar uma empresa com todos os seus ativos no Brasil e, para quitar o débito de aproximadamente US$ 1,2 bilhão, o BNDES ficaria com uma participação minoritária nessa empresa. A nova empresa encamparia, inclusive, a geradora AES Tietê, considerada a mais rentável unidade do grupo AES no Brasil. Mas ela está incluída entre as garantias de uma das operações financeiras do grupo AES no exterior. A AES informou que não se pronuncia a respeito das negociações. (Folha de São Paulo - 24.04.2003)

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2- Distribuidoras terão perdas com nova definição de consumidor de baixa renda

Serão necessários R$ 700 milhões, este ano, para cobrir as perdas das distribuidoras de energia com a mudança nos critérios que definem o consumidor de baixa renda. Essa alteração, feita em 2002, aumentou o número de consumidores que pagam uma tarifa mais barata e são isentos da cobrança do seguro-apagão e da taxa extra para recompor as perdas com o racionamento. O valor de R$ 700 milhões, segundo o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, pode ser aumentado em função da prorrogação para 30 de junho do prazo para recadastramento dos consumidores enquadrados no critério de baixa renda. Os recursos para cobrir as perdas das empresas vêm de um fundo chamado Reserva Global de Reversão (RGR). Ao todo, esses recursos devem chegar neste ano a R$ 1 bilhão. A RGR é formada por um porcentual que é pago sobre o consumo de energia. (O Estado de São Paulo - 24.04.2003)

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3- Eletropaulo prevê perda de receita de R$ 4 mi com novos critérios de baixa renda

Com os novos critérios estabelecidos para classificação de consumidores de baixa renda, a Eletropaulo estima uma perda de receita mensal de R$ 4 milhões, valor que inclui apenas os consumidores na faixa de até 80 kWh. Segundo Luiz Hernandes, diretor da Marketing da concessionária, o número de clientes beneficiados nessa primeira fase pulou de 220 mil para 700 mil. O executivo explica que esse aumento ocorreu por conta das novas regras estabelecidas pela Aneel, que prevê o cadastramento automático de clientes com consumo de até 80 kWh. Nas regras antigas, além do consumo, a distribuidora levava em consideração outros quesitos, como tipo de moradia e área instalada. Para a segunda fase do recadastramento, que inclui a faixa de consumo de 81 kWh a 220 kWh, a empresa ainda não tem estimativas de quantos consumidores serão beneficiados pelas novas regras, mas o diretor acredita que o número deve cair por conta da exigência da inscrição, por parte do consumidor, em um dos programas sociais do governo federal - Bolsa Escola e Bolsa Alimentação, por exemplo. (Canal Energia - 23.04.2003)

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4- Cemar tem prejuízo de R$ 120,8 mi em 2002

A Cemar fechou 2002 com um prejuízo de R$ 120,8 milhões, 43,5% menor que a perda de R$ 214 milhões de 2001. A receita líquida passou de R$ 344,2 milhões, em 2001, para R$ 363,6 milhões, no ano passado. A empresa, em dificuldades financeiras, está sob intervenção da Aneel desde agosto de 2001. A intervenção deveria ter terminado em fevereiro deste ano, mas foi prorrogada por 180 dias. Três empresas haviam sido pré-qualificadas para assumir o controle acionário da companhia. O processo de venda foi interrompido em dezembro. O passivo de curto prazo no final de 2002 era de R$ 487,4 milhões, comparado a R$ 253,2 milhões em 2001. O patrimônio líquido era negativo em R$ 93,5 milhões. (Valor - 23.04.2003)

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5- São Paulo recorre ao BNDES para pagar dívidas da Cesp

O governo de São Paulo está pedindo em projeto de lei encaminhado à Assembléia Legislativa paulista que o BNDES antecipe R$ 650 milhões para a geradora estatal Cesp quitar dívidas. O secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento de São Paulo, Mauro Arce, esteve ontem reunido com as lideranças dos partidos na Assembléia, para pedir a aprovação do projeto em caráter de urgência. Segundo Arce, a operação transferiria ao BNDES uma dívida que o Estado tem com a Cesp, por obras do executivo paulista feitas pela estatal. O banco anteciparia os R$ 650 milhões à Cesp com deságio e passaria a receber mensalmente os recursos do governo paulista com correção anual de IGP-M mais 6% ao ano. "Mas a transferência da dívida precisa ser aprovada primeiro pela Assembléia Legislativa do Estado", disse Arce. Ele explicou que os recursos são necessários para a Cesp pagar US$ 150 milhões em eurobônus que vence em 9 de maio. Os recursos do BNDES, segundo o secretário, seriam usados para o pagamento à vista de 20% (US$ 30 milhões) dos eurobônus e para quitar outros débitos que a Cesp tem com a União, com o serviço de sua dívida - estimada em R$ 12 bilhões -, e com fornecedores. (Valor - 23.04.2003)

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6- Investidores aceitam rolar bônus da Cesp

Segundo comunicado distribuído pela empresa no fim da tarde, a Cesp fechou ontem, em Londres, um acordo com os investidores de seus eurobônus, que permitirá adiar a maior parte do pagamento de US$ 150 milhões. Os investidores da Cesp aceitaram abrir mão de um direito de resgate antecipado ("put") dos eurobônus em troca de um pagamento parcial de 20% do principal e uma elevação de 1% na rentabilidade do papel, para 12,5% ao ano. De acordo com o comunicado da empresa, mais de 80% dos investidores presentes (representando 67,8% dos credores) aceitaram o plano de renegociação da dívida, que prevê também o pagamento do restante do principal na data original de vencimento, em 2005. O acordo da Cesp com os investidores veio um dia depois de a companhia obter um sinal positivo do governo do Estado de São Paulo e do BNDES para a antecipação de R$ 650 milhões. Foi incluída uma opção de resgate em 30 de janeiro de 2004, na hipótese de a Cesp não conseguir refinanciar, até 28 de novembro de 2003, pelo menos 80% de sua dívida externa vencendo entre 2003 e 2004, que ultrapassa os US$ 500 milhões. (Valor - 24.04.2003)

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7- CPFL tem aporte de sócio

A CPFL vai receber R$ 325,76 milhões de um de seus sócios, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ). Através da 521 Participações, uma empresa controlada pela Previ e que funciona como veículo de investimentos, o fundo de pensão vai adiantar aquele valor à CPFL para um "futuro aumento de capital", segundo comunicado divulgado ontem pela 521 à Bovespa. A 521 é detentora de 38% do capital da CPFL Energia, em sociedade com o grupo controlador, o VBC Energia (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa), com 45,32% do capital, e a Bonaire Participações (que reúne os fundos de pensão Funcef, Petros, Sistel e Sabesprev), que detém os 16,68% restantes. (Valor - 24.04.2003)

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8- Eletrobrás inicia renegociação de contratos com El Paso

O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, disse que a estatal está renegociando todos os contratos firmados com a americana El Paso referentes à compra da energia produzida por usinas termelétricas na Região Norte do país. "Estamos estudando contrato por contrato, com o apoio de advogados", disse. Os acordos entre Eletrobrás e a El Paso vencem em janeiro de 2005, mas, segundo o presidente da Eletrobrás, não há empecilhos para que sejam revistos hoje. "É uma besteira esse papo que não se pode mexer nos contratos. Quando eles são firmados entre duas empresas privadas, sempre há espaço para a renegociação", afirmou Pinguelli Rosa. A El Paso, por meio de duas subsidiárias, a El Paso Amazonas e a El Paso Rio Negro, vende 40% da energia consumida para a Eletronorte, subsidiária da Eletrobrás. Somadas, as duas empresas produzem 390 MW, cerca de 40% da energia distribuída em Manaus. Segundo dados da Eletronorte, a El Paso Amazonas vende 230 MW médios, por um preço de R$ 63 o MWh. A El Paso Rio Negro vende 160 MW médios por R$ 68,8 o MWh. (Valor - 24.04.2003)

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9- Petrobrás descarta interesse em empresa de transmissão da Pecom

O presidente da Petrobrás, José Eduardo Dutra, disse ontem, em Aracaju (SE), que a empresa de transmissão de energia argentina Transener, controlada pela Pecom (Pérez Companc), não está nos planos da estatal brasileira. Dutra afirmou ainda que a Petrobrás poderá se desfazer do ativo. A Transener tem sido o empecilho para a aprovação da compra da Pecom pela Petrobrás, dada a forte oposição de empresários, sindicalistas e membros do governo argentino. (Folha de São Paulo - 23.04.2003)

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10- Cosern reclama de reajuste de 11,49%

Em entrevista coletiva à imprensa do Estado, o presidente da Cosern, Pedro Nebreda, revelou que o percentual de reajuste concedido à Cosern (11,49%) "compromete a continuidade da prestação adequada dos serviços de distribuição de energia elétrica no Rio Grande do Norte. O desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão põe em risco não só a saúde da Cosern, como também a viabilidade da própria concessão". Para tentar evitar as conseqüências previstas a partir deste reajuste, a Cosern vai apelar para um recurso administrativo na Aneel. Esse recurso pede que o valor seja revisto. "Sem levar em consideração alguns aspectos do nosso custo fixo, acreditamos que este percentual autorizado pela Aneel não foi o que deveria ter sido dado", lembra. A Cosern foi a concessionária brasileira com o menor reajuste tarifário, abaixo de todas as demais do País. (Gazeta do Oeste - 24.04.2003)

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1- Manaus corre risco de crise energética a partir de outubro

O presidente da Eletronorte, Silas Rondeau, disse ontem que Manaus corre risco de crise no setor a partir de outubro, quando o consumo aumenta em função do período de altas temperaturas. Segundo Rondeau, a capacidade instalada de Manaus é de pouco mais de 1.000 MW, mas só é possível garantir uma geração de 754 MW, depois de descontadas perdas decorrentes de fatores de segurança, manutenção de equipamentos e outras. Essa geração assegurada está muito próxima da demanda da cidade, que chega a 725 MW nos períodos de maior consumo. Para ele, a cidade precisaria de pelo menos 900 MW para contar com uma reserva técnica confiável. Há sempre o temor de que a hidrelétrica de Balbina, que gera 250 MW, possa ser afetada por uma estiagem. Como soluções definitivas para o problema, Rondeau apontou a construção de uma linha de transmissão ligando a hidrelétrica de Tucuruí a Manaus e a construção de uma térmica que use gás de Urucu (AM). (Gazeta Mercantil - 24.03.2003)

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2- Região Norte registra consumo de 2.849 MW médios

A região Norte registrou um consumo de 2.849 MW médios na última terça-feira, dia 23 de abril, contra a previsão de 2.698 MW médios do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS. Nos últimos sete dias, o subsistema teve uma variação no consumo de 0,89%. O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 26.944 MW médios, contra a previsão de 25.419 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o submercado registrou uma oscilação no consumo de -4,92%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.089 MW médios, o subsistema teve uma variação de -10,78% no mesmo período. Já a região Sul obteve um consumo de 7.634 MW médios, contra o PMO de 7.425 MW médios do operador do sistema. O subsistema registrou uma variação no consumo de -12,21% nos últimos sete dias. No Nordeste, o consumo chegou a 6.140 MW médios, contra a previsão de 5.937 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado registrou uma variação de -3,58%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.072 MW médios, a região oscilou -5,72% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 23.04.2003)

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3- Consórcio Foz do Chapecó quer antecipar entrada em operação de hidrelétrica

Apesar de apresentar um cronograma apertado, o Consórcio Foz do Chapecó, empresa responsável pela construção e operação da usina de mesmo nome, pretende antecipar a entrada em operação da hidrelétrica, de 855 MW de capacidade instalada. Segundo Maurício Lopez, gerente Administrativo e Financeiro da empresa, a intenção é disponibilizar a energia gerada pela usina o mais rápido possível para o sistema. Pelo cronograma estabelecido da Aneel, a hidrelétrica tem entrada em operação prevista para 2009. "É de nosso interesse antecipar o funcionamento da usina para atender aos interesses da sociedade", comenta o executivo. Para isso, a empresa está finalizando o projeto básico ambiental. A previsão é que o documento seja concluído dentro de 30 dias, que passará pela avaliação no Ibama para liberação de licença ambiental de instalação (LI). A estimativa é que essa licença seja obtida num prazo de 45 a 60 dias. Com a LI, o consórcio fica apto a iniciar as obras de implantação da hidrelétrica. (Canal Energia - 23.04.2003)

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4- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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1- FGV fará auditoria dos contratos da CBEE com termelétricas

O presidente da CBEE, Ivaldo Frota disse que a empresa está contratando a Fundação Getúlio Vargas para fazer uma auditoria nos contratos assinados com as usinas emergenciais. A CBEE quer saber se as empresas realmente têm custos em dólar e qual é o valor exato das despesas em moeda americana. Frota disse que os testes feitos com as usinas para verificar se elas estavam funcionando adequadamente já permitiram uma economia de R$ 20 milhões. (O Globo - 24.04.2003)

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2- Governo boliviano já cogita reduzir preço do gás

Delegações da Bolívia e do Brasil realizaram ontem uma mesa de discussão sobre a "agenda do gás" que os presidentes Gonzalo Sánchez de Lozada e Luiz Inacio Lula da Silva resolverão durante seu próximo encontro em Brasília, previsto para esta segunda-feira. O governo boliviano já sinalizou que concorda em diminuir o preço do gás desde que tenha como contrapartida a participação do governo brasileiro na implantação de um pólo gás-químico, provavelmente em Puerto Suárez e Corumbá (Mato Grosso do Sul). O encontro bilateral na Bolívia está sendo conduzido pelos ministros de Minas e Energia do Brasil, Dilma Rousseff, e de Minas e Combustíveis da Bolívia, Jorge Berindoague. A intenção do Brasil de revisar preços e volumes de importação do gás boliviano, que atualmente chega aos 12 milhões de metros cúbicos diários de gás para os mercados do Sul e Sudoeste brasileiros, é o tema central da reunião ministerial. (Gazeta do Povo - 24.04.2003)

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3- Redução do preço do gás boliviano pode impulsionar pólo no MS

A discussão em torno da redução no preço do gás boliviano importado pode acabar beneficiando o estado do Mato Grosso do Sul afirmou o governador José Orcírio Miranda, o Zeca do PT. Segundo ele, o avanço nas discussões está condicionado, pelo lado boliviano, à implantação de um pólo gás-químico nas cidades fronteiriças que servem de passagem para o gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). "O governo boliviano já sinalizou que concorda em diminuir o preço do gás desde que tenha como contrapartida a participação do governo brasileiro na implantação de um pólo gás-químico em Puerto Suárez e Corumbá. O que para nós seria muito bom", comentou o governador. (Canal Energia - 23.04.2003)

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4- UEG Araucária e Copel rompem contrato de termoelétrica

A direção da empresa UEG Araucária Ltda, dona de uma termelétrica a gás natural em Araucária (PR), decidiu romper o contrato de fornecimento de energia firmado com a Copel. A decisão foi comunicada à direção da estatal paranaense que, ontem mesmo, declarou sua intenção de ingressar com uma ação na justiça alegando a ilegalidade do contrato. A disputa entre as duas empresas tem origem em um contrato de compra, pela Copel, de todos os 469 MW de potência instalada da térmica de Araucária durante 20 anos. A unidade foi construída durante o governo anterior pelo consórcio UEG Araucária, do qual participam a própria Copel (20%), a Petrobrás (20%) e a norte-americana El Paso (60%). Pelo contrato, feito no auge da crise de energia, a Copel comprometeu-se a pagar US$ 40 o MWh, que é considerado "um valor absurdamente alto" pela atual direção da Copel. Segundo o presidente da companhia, Paulo Pimentel, hoje a estatal tem sobra de energia, a qual é liquidada no mercado atacadista por R$ 5,48. A disputa entre as partes tomou forma desde que o governador Roberto Requião assumiu o cargo, em janeiro deste ano, e suspendeu todos os pagamentos à UEG. (Gazeta Mercantil - 24.03.2003)

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1- Volume de remessas para o exterior recua esse mês

As remessas de dólares para o exterior feitas pelas contas CC-5 tiveram recuo neste mês, segundo dados do Banco Central. Nas operações fechadas até a semana passada, a saída de recursos somou US$ 224 milhões -valor 22% menor do que o registrado em igual período do ano passado. A queda nas remessas é um sinal de confiança dos investidores na economia brasileira. Em momentos de crise, como nas últimas eleições presidenciais, mais de US$ 1 bilhão chegou a deixar o país, em um só mês, pelas CC-5. As CC-5 permitem a remessa de dólares para fora do país sem muita burocracia. Por isso, em momentos de crise, esse é o instrumento mais usado por quem quer enviar dinheiro ao exterior. (Folha de São Paulo - 24.04.2003)

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2- Governo perde chance de fazer corte, afirma Fiesp

A manutenção da taxa de juros em 26,5%, anunciada pelo governo, prejudica o consumidor. O alerta é de entidades e associações que criticaram ontem a decisão de manter a taxa no atual patamar. Mais do que isso: diferentemente de outros momentos - em que o governo teve a chance de mexer nos juros, mas não o fez -, a fase atual é vista por alguns como um dos períodos ideais para reduzir as taxas. O Banco Central "está perdendo boa oportunidade para reduzir os juros", afirma, em nota, Horacio Lafer Piva, presidente da Fiesp, entidade industrial. Isso estaria acontecendo, na visão dos empresários, basicamente por uma razão: a valorização do real. No entender do governo, como o próprio já deixou claro, a preocupação é com o surto inflacionário. Juros elevados freiam a expansão no consumo e, logo, a inflação. A CNI considera a decisão negativa para o setor, mas diz que compreende a posição do governo, pois a inflação persiste. (Folha de São Paulo - 24.04.2003)

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3- Dívida do governo reduz com valorização da moeda

A parcela da dívida do governo no mercado que é corrigida pelo dólar caiu de 34,7% em março para 32% do total até meados deste mês, segundo estimativas do governo. O motivo é a valorização do real. A dívida do governo no mercado estava em R$ 649,7 bilhões no final de março, conforme dados divulgados ontem pelo Ministério da Fazenda. Em fevereiro, a dívida estava em R$ 644,8 bilhões. O crescimento foi de apenas 0,75% em relação a fevereiro, apesar de quase metade da dívida ser corrigida pela taxa básica de juros, que está torno de 2% ao mês (26,5% ao ano). Um dos motivos para isso é justamente a redução dos débitos relacionados à variação cambial. (Folha de São Paulo - 24.04.2003)

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4- Juro real 50% acima da taxa de países emergentes

Dados levantados pela empresa de consultoria Global Invest, por exemplo, mostram que a taxa de juros real média anualizada no Brasil (3,6% em março) está 50% acima da taxa praticada pelos países emergentes (2,4%) e 500% acima da taxa praticada nos países desenvolvidos (0,6%). Observando a evolução dos números - os juros reais médios anualizados estavam em 10,2% em julho do ano passado - Coelho admite que essa taxa vem caindo de lá para cá, mas não graças à redução da taxa nominal e sim devido ao aumento da inflação. Ele discorda da atual política monetária do Governo, que utiliza a taxa de juros como instrumento para deter a inflação. O argumento, também lembrado por Cicarelli, da corretora Click Trade, é de que, não sendo esta inflação resultante de pressões do consumo, a taxa de juros é ineficaz para combatê-la. (Jornal do Commercio - 24.03.2003)

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5- BC decide manter juros básicos em 26,5% ao ano e retira viés de alta

Após a confirmação de que não ocorreram os temidos efeitos econômicos da guerra contra o Iraque, o Copom do Banco Central retirou ontem o viés (tendência) de alta dos juros básicos (Selic), mas manteve a taxa em 26,5% ao ano. A decisão confirmou as expectativas do mercado. O mecanismo permite uma elevação dos juros Selic pelo presidente do BC entre as reuniões mensais do Copom. Em nota divulgada após a decisão, o BC observou que o cenário melhorou as projeções futuras com a queda do dólar e do risco-Brasil, mas a inflação ainda cai lentamente: "Apesar de se verificar resistência a uma queda mais acentuada dos índices mensais de inflação, melhoraram as perspectivas de inflação desde a última reunião. Diante disso, o Copom decidiu manter por unanimidade a taxa Selic em 26,5% ao ano sem viés", diz a nota. (O Globo - 24.03.2003)

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6- Dólar ontem e hoje

O dólar comercial inverteu a tendência e agora opera em leve alta. Às 12h27m, a moeda americana subia 0,36%, cotada a R$ 3,006 na compra e R$ 3,011 na venda. Na quarta-feira o dólar comercial voltou a cair e se aproximar da marca de R$ 3. A moeda terminou cotada a R$ 3,00 para compra e R$ 3,005 para venda, queda de 1,21% em relação ao fechamento de ontem, a cotação mais baixa do dia e a menor cotação desde 8 de agosto. (Globo On Line e Invertia - 24.03.2003)

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1- Iberdrola tem lucro 281,2 mi de euros no 1o trimestre

A Iberdrola revelou que o seu resultado líquido consolidado atingiu os 281,2 milhões de euros nos três primeiros meses do ano, mais 10,6% do que mesmo período do ano passado. Os resultados apresentados pela Iberdrola excedem ligeiramente as previsões dos analistas, os quais esperavam um lucro líquido de 280 milhões de euros para o primeiro trimestre de 2003. (Diário Econòmico - 23.04.2003)

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2- Projetos de energia limpa podem gerar US$25mi/ano no Chile

Os projetos chilenos de energia limpa podem gerar cerca de US$ 25 mi a partir de 2004, através da venda de créditos de carbono, disse Jorge Caceres, diretor técnico da comissão nacional ambiental (Conama). O Chile vendeu créditos para a redução de 2 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) até o final de 2002, e quer aumentar sua parcela de 7% do mercado global de créditos de carbono, estimulando mais projetos de energia renovável e vendendo os créditos a eles associados, ele disse. Gianni Lopez, diretor da Conama, recentemente retornou de uma viagem à Dinamarca e Alemanha, acompanhado por representantes dos setores público e privado, onde recebeu sinais positivos de que as empresas nesses países estão interessadas em comprar créditos de carbono a um custo mais alto do que a taxa atual de mercado de US$2/t de reduções de CO2. (Business News America - 22.04.2003)

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3- Intergen negocia participação na Samalayuca II para a GE

A empresa americana Intergen está em "fase adiantada" de negociação para vender para a GE Capital sua participação de 20% no projeto termelétrico de 700MW de Samalayuca II no estado mexicano de Chihuahua. A GE Capital já detém 40% das ações e, em dezembro de 2002, entrou em acordo para comprar mais 40% da El Paso. Esta compra ainda está dependendo de aprovação da agência reguladora. A companhia estatal de energia opera e mantém a usina através de um contrato BOT (construção, operação e transferência), e com apenas 20% de participação a Intergen considera que sua participação é muito passiva. (Business News America - 23.04.2003)

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4- Ucrânia tenta vender distribuidoras de energia

A Ucrânia vai tentar vender suas companhias distribuidoras de energia até o final do ano, segundo o diretor do Fundo de Propriedade do Estado, Mykhaylo Checheto. Ele disse que o governo espera um aumento na demanda por ativos das companhias de distribuição no ano que vem. A companhia de energia norte-americana, AES e a empresa estatal de energia eslovaca, Vychodoslovenske Energeticke Zavody, investiram um total de U$ 160 milhões em abril de 2001 para comprar seis distribuidoras de energia ucranianas. (Platts - 24.04.2003)

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5- Petronas paga US$ 1.8 bi por concessão e companhia egípcia de gás

A Petronas comprou 50% dos ativos de uma concessão de gás off-shore , além de 35% do capital de uma companhia egípcia , a Egyptian LNG Project. Serão nove campos para a exploração de gás e que devem estar em operação a partir de 2006. (Platts - 24.04.2003)

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1- Araujo, Roberto Pereira. Uma questão de custos: A sociedade espera que o atual governo examine cuidadosa e profundamente o caso brasileiro e procure explicitar o quanto está custando o modelo mercantil brasileiro. Ilumina: 11-04-2003. - 02 páginas.

O artigo discute os aumentos tarifários do setor elétrico a partir de sua liberalização na segunda metade da década de 90 e seu impacto na economia brasileira, além de fazer uma análise crítica da privatização e dos subsídios governamentais ao setor.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/politica.htm

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2- OFGEM. Scottish Transmission Price Control Review - Reviews of PES. Glasgow: Regulatory and Financial Affairs Manager, Outubro de 1999. - 54 páginas.

Este artigo analisa o processo de revisão da regulação do preço da transmissão de energia elétrica na Escócia. Aborda os principais aspectos financeiros além de outros critérios para cálculo da tarifa.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm

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Editor:
Prof. Nivalde J. Castro

Equipe:

Sub-editor: Fabiano Lacombe - Jornalista

Pesquisador: Rubens Rosental

Assistentes de Pesquisa: Daniel Santos, Bruno Negreiros e Rodrigo Berger

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Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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