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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.094 - 22 de abril de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
índice

Reestruturação e Regulação

1- Palestra de Roberto d'Araujo sobre Modelo para SE
2- Governo prepara fim do MAE
3- Aneel define áreas de utilidade pública para LT e PCH

Empresas

1- Empresas do SEE lideram o ranking dos endividados
2- Cesp apresenta proposta de reestruturação de dívida
3- Coelba, Coelce, Cosern, Energipe, AES Sul e RGE cobram novas tarifas
4- CEEE reforça a transmissão
5- Petrobrás investirá U$ 1,7 bi até 2007 em gás e energia
5- Decisão sobre a venda da PeCom para a Petrobrás sai até amanhã

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1- Boletim Diário da Operação do ONS


Comercialização de Energia

1- Preços MAE permanecem em R$ 5,48

Gás e Termoelétricas

1- Dilma vai à Bolívia para revisar contrato de gás

Grandes Consumidores

1- Siderurgia é o segundo setor com maior endividamento em 2002

Economia Brasileira

1- Propostas do Iedi 1
2- Propostas do Iedi 2
3- Propostas do Iedi 3
4- Dívida de empresas brasileiras cresceu 6%, segundo Economática
5- Desvalorização neutraliza esforço de pagamento
6- BNDES deve dar fomento a indústria nacional
7- Governo quer política industrial baseada na redução de impostos
8- KPMG : Fusões e aquisições cresceram 35% no Brasil
9- BC: Investimentos diretos apresentam saldo positivo
10- Exportações estimulam concessão de crédito

11- Mercado vê espaço para reduzir juro
12- BC deve evitar valorização excessiva do real, diz presidente da Sobeet
13- Dólar ontem e hoje


Internacional

1- First Energy abre mão de sua participação na Emdersa
2- Membro do Conselho de Administração da EDP renuncia
3- Alta de preço do gás ajuda distribuidores na Inglaterra

Biblioteca Virtual do SEE


1- Agtech Centre. On Alberta's Electry System. Lethbridge: s/data. - 2 páginas
2- Pires, José Cláudio Linhares & Piccinini, Maurício Serrão. Mecanismos de regulação tarifária do setor elétrico: a experiência internacional e o caso brasileiro. Texto para Discussão Nº 64. Rio de Janeiro: BNDES 1998. - 57 páginas

 
1- Palestra de Roberto d'Araujo sobre Modelo para SE

Inaugurando o Ciclo de Seminários sobre a Reestruturação do SE promovido pelo Grupo de Estudos do SE do Instituto de Economia da UFRJ, será realizada a palestra "A Experiência internacional de modelos de mercado em energia elétrica e o caso brasileiro", pelo Dr. Roberto d'Araujo, Coordenador do Grupo de Estudo sobre Reestruturação do SE da Eletrobrás e diretor do Ilumina. Este evento será realizado no dia 28 de abril, segunda-feira, 14.30h no Instituto de Economia da UFRJ, localizado no Campus da Praia Vermelha, Urca, Rio de Janeiro. Para inscrição, enviar mail para ifes@race.nuca.ie.ufrj.br (UFRJ - 22.04.2003)

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2- Governo prepara fim do MAE

O governo está articulando a criação da Agência de Contratação de Energia Elétrica, órgão que deverá substituir o MAE e tratará especificamente da intermediação de contratos bilaterais de fornecimento de eletricidade. A proposta é de extinção do mercado de energia à vista (spot) e a manutenção apenas de contratos de longo prazo. "A agência poderá até aproveitar a própria estrutura do MAE", informa o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim. Ele revela que esta será a base do novo Modelo para o setor a ser apresentado pelo governo no início de julho à Câmara de Gestão do Setor Energético, para apreciação. A exemplo do que ocorre com o ONS, a Agência de Contratos de Energia Elétrica deverá ser uma entidade pública de direito privado, com representantes do mercado e do governo e submetida à regulação da Aneel. O órgão vai atuar apenas na intermediação e não haverá, da parte do governo, garantia de compra de energia. Às distribuidoras caberá esta garantia. (Diário do Nordeste - 19.04.2003)

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2- Aneel define áreas de utilidade pública para LT e PCH

A Aneel declarou de utilidade pública as áreas de terra necessária à passagem da linha de transmissão Imperatriz-Colinas-Miracema. O projeto, que pertence a Novatrans Energia, terá 517 quilômetros de extensão, em 500 kV, passando por dezoito municípios do Maranhão e Tocantins. A CJ Energética também foi beneficiada pela declaração de utilidade pública de uma área no Rio Grande do Sul. A empresa implantará nos municípios gaúchos de Barracão e Pinhal da Serra a PCH São Bernardo, de 15 MW de capacidade instalada. (Canal Energia - 22.04.2003)

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1- Empresas do SEE lideram o ranking dos endividados

Entre os 15 setores da economia brasileira analisados no estudo feito pela consultoria Economática, a pior situação é a do setor de energia elétrica. Ele fechou o ano passado com uma dívida financeira total de R$ 68,497 bilhões, sendo R$ 52,517 bilhões em moeda estrangeira, num universo de 16 empresas. Além disso, o lucro operacional próprio do setor, que havia sido de R$ 15,285 bilhões em 2001 (o maior do ano por setor), caiu para R$ 6,612 bilhões no ano passado. Isso fez com que a relação entre o lucro e a dívida passasse, de um ano para outro, de 24,3% para 9,7%. Para Fernando Exel, quando essa relação chega a 10% "já há um sinal de inadimplência". A construção vem apresentando resultados negativos no lucro operacional líquido nos últimos dois anos -R$ 9 milhões em 2001 e R$ 4 milhões em 2002-, mas o setor, com apenas três empresas no levantamento, apresenta também endividamento muito pequeno, apenas R$ 62 milhões no ano passado, todo ele em moeda nacional. Com lucratividade negativa, a relação entre lucro e dívida também ficou negativa (-6,3%). (Folha de São Paulo - 21.04.2003)

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2- Cesp apresenta proposta de reestruturação de dívida

A Cesp se propôs a pagar juros maiores -12,5% ao ano, e não mais 11,5%, como previsto inicialmente- aos investidores que aderirem à sua proposta de reestruturação de US$ 150 milhões em eurobônus com opção de resgate antecipado em 9 de maio. A proposta prevê o pagamento de US$ 30 milhões no dia 9. Os eurobônus restantes no mercado -US$ 120 milhões- venceriam no seu prazo final, 9 de maio de 2005. Os investidores que aceitarem terão direito a pedir esses US$ 120 milhões antecipadamente no dia 30 de janeiro de 2004 se a Cesp não conseguir mudar, até 28 de novembro, a data de vencimento de 80% do principal de dois outros títulos no mercado, de US$ 513 milhões . A assembléia de investidores será amanhã. (Valor - 21.04.2003)

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3- Coelba, Coelce, Cosern, Energipe, AES Sul e RGE cobram novas tarifas

A partir de hoje, as distribuidoras de energia elétrica Coelba, Coelce, Cosern e Energipe passam a cobrar tarifas até 31,29% mais caras. Já as concessionárias gaúchas AES Sul e RGE reajustaram suas tarifas no sábado. A AES Sul teve índice de reposicionamento tarifário de 16,14% e fator X de 1,82%, enquanto a RGE obteve reajuste de 27,36% e fator X de 1,72%. A Cosern aplicará reajuste de 11,49% e fator X de 1,78%; para a Coelce, o aumento é de 31,29% e o fator X, de 1,47%. Já na Coelba, o índice de reposicionamento ficou em 31,49% e o fator X, em 1,10%; e a Energipe terá reajuste de 35,18% e fator X de 1,40%. (Gazeta Mercantil - 22.04.2003)

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4- CEEE reforça a transmissão

A CEEE vai reforçar suas instalações de transmissão no Rio Grande do Sul. A distribuidora foi autorizada pela Aneel a reforçar seu segundo circuito de linha de transmissão ligando as subestações de Dona Francisca e Itaúba, localizadas nos municípios de Agudo e Pinhal Grande. As subestações também ganharão entradas de linha em 230 kV. O circuito Dona Francisca-Itaúba terá potência de 230 kV e 23 Km de extensão. Os reforços integrarão a Rede Básica do Sistema Elétrico Interligado do estado e deverão entrar em operação até fevereiro de 2005. A Aneel estipulou como teto de remuneração para a CEEE o valor de R$ 2,4 milhões durante os primeiros 15 anos de prestação do serviço. Esse valor é pago pelos outros agentes do setor elétrico que precisem utilizar as linhas da distribuidora gaúcha. (Gazeta Mercantil - 22.04.2003)

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5- Petrobrás investirá U$ 1,7 bi até 2007 em gás e energia

A Petrobras vai investir US$ 7,2 bilhões este ano, montante 20% inferior aos US$ 9 bilhões originalmente previstos para 2003. O corte de US$ 1,8 bilhão foi confirmado pelo conselho de administração da estatal, que reuniu-se na semana passada. O conselho aprovou a revisão do planejamento estratégico 2003-2007, período em que a estatal irá investir US$ 34,3 bilhões. Só em 2003, a área de gás e energia vai receber investimentos na ordem de U$ 800 milhões, enquanto que no quinquênio 2003-2007, o segmento receberá a fatia de U$ 1,7 bilhão. (Valor - 22.04.2003)

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6- Decisão sobre a venda da PeCom para a Petrobrás sai até amanhã

O prazo para que a Comissão de Defesa da Concorrência da Argentina emita o seu parecer sobre a venda da Perez Companc (PeCom) à Petrobrás termina amanhã. Mas antes disso, o presidente Eduardo Duhalde terá de solucionar a polêmica gerada por sua decisão política de não aprovar a inclusão da Transener no pacote de 58,62% das ações que a Petrobrás pagou pela PeCom. O ministro da Produção argentina, Aníbal Fernández, passou o fim de semana negociando com a PeCom e com a Petrobrás uma saída para o problema, já que do ponto de vista técnico não existe nenhum argumento que o governo possa usar para impedir o negócio. Na quarta-feira passada, Fernández se reuniu com o representante da PeCom, Oscar Vicente, para discutir uma alternativa oferecida pela Petrobrás para destravar o conflito. Fontes da empresa argentina informaram que Vicente pediu ao governo a aprovação do negócio sem nenhum condicionamento. Em troca, a Petrobrás se comprometeria desprender-se de Transener em um período determinado de tempo. Pela proposta da Petrobrás, a venda da Transener seria feita mediante uma licitação internacional na qual poderiam participar grupos estrangeiros e nacionais com capacidade operativa comprovada e sem riscos financeiros. (Tribuna da Imprensa - 22.04.2003)

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1- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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1- Preços MAE permanecem em R$ 5,48

Pela segunda semana consecutiva, os preços MAE não sofreram variações e continuam em R$ 5,48 para todos os submercados e para todas as cargas. Os valores são válidos para os dias 19 a 25 de abril. (Canal Energia - 22.04.2003)

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1- Dilma vai à Bolívia para revisar contrato de gás

A ministra de Minas e Energia do Brasil, Dilma Rousseff, chegará hoje a Bolívia para discutir com o ministro de energia boliviano, Jorge Berindoague, o pedido de revisar o contrato de compra-venda de gás natural entre ambos os países, informaram ontem, fontes oficiais. A missão brasileira, na qual também participarão diretores da empresa estatal Petrobras, se reunirá na IV Comissão Mista Bolívia-Brasil em matéria energética, disseram à EFE no Ministério de Mineração e Hidrocarbonetos da Paz. Além da ministra Rousseff, chegarão em La Paz María das Gracas Silva Foster, secretária de Petróleo e Gás do governo do Brasil, e Ildo Luis Sauer, diretor de Gás e Energia da Petrobras. As autoridades bolivianas anteciparam sua rejeição ao pedido brasileiro de diminuir o preço do gás embora versões extra-oficiais afirmaram que o presidente Gonzalo Sánchez de Lozada aceitará uma redução se seu colega, Luiz Inácio Lula da Silva, garantir que continuará comprando o mesmo volume. Sánchez de Lozada e Lula da Silva têm previsto reunir-se no próximo 28 de abril, em Brasília, para analisar este e outros temas da agenda bilateral. (Gazeta do Oeste - 22.04.03)

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1- Siderurgia é o segundo setor com maior endividamento em 2002

O setor de siderurgia e metalurgia, com 16 empresas incluídas na análise, apresentou o segundo maior endividamento no ano passado, com R$ 43,684 bilhões, contra R$ 40,697 bilhões em 2001. Ele tomou o segundo lugar do setor de telecomunicações (17 empresas), cuja dívida apresentou ligeira queda de 2001 para 2002, passando de R$ 43,997 bilhões para R$ 42,308 bilhões. O setor de telecomunicações passou a ocupar o primeiro lugar em termos de lucro operacional próprio, com R$ 10,936 bilhões (R$ 10,144 bilhões no ano anterior), mas quase foi alcançado pelo setor de siderurgia e metalurgia, que passou de R$ 8,090 bilhões em 2001 para R$ 10,656 bilhões em 2002. (Folha de São Paulo - 21.04.2003)

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1- Propostas do Iedi 1

O Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) entregou ao BNDES documento com várias propostas para o banco. Entre elas, a criação de um conselho de empresários para funcionar como canal de articulação permanente entre a instituição e os empresários. (Folha de São Paulo - 21.04.2003)

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2- Propostas do Iedi 2

O documento propõe a criação de uma diretoria voltada para exportações e pede que o banco só financie projetos de empresas estrangeiras que contemplem geração expressiva no saldo do balanço de pagamentos. (Folha de São Paulo - 21.04.2003)

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3- Propostas do Iedi 3

O Iedi não se opõe ao socorro do BNDES às empresas em dificuldades, mas defende a alteração do controle societário da empresa nos casos de erros ou de falta de condições financeiras ou gerenciais de seus controladores. Além disso, quer que as perdas da empresa sejam distribuídas por todos os credores. (Folha de São Paulo - 21.04.2003)

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4- Dívida de empresas brasileiras cresceu 6%, segundo Economática

Um levantamento feito pela consultoria Economática, mostra que em 2002 piorou a capacidade de pagamento de dívidas das empresas brasileiras, exceto bancos, que têm ações em Bolsas de Valores. A dívida financeira das empresas cresceu 6%, chegando a R$ 241,396 bilhões, enquanto o lucro operacional próprio caiu 9,7%, ficando em R$ 51,057 bilhões. Com isso, a relação entre o lucro e a dívida caiu de 24,8% em 2001 para 21,2%, uma situação classificada como "delicada" por Fernando Exel, presidente da Economática. Além dos bancos, o resultado não inclui os números da Petrobrás. Segundo Exel, como a estatal é muito grande e seus resultados são sujeitos a fatores externos, como decisões políticas, seus resultados podem causar distorções no conjunto. A redução da capacidade de pagamento das empresas abertas decorreu da queda nas vendas, a primeira desde o começo do Plano Real, segundo levantamento feito pela Economática, também com números ajustados pelo IGP-DI. A queda foi de 8,84%. Só em 1993 as vendas das empresas abertas haviam tido desempenho negativo (-1,89%). Exel disse que, como o IGP-DI de 2002 foi muito alto (26,41%), o ajuste feito por ele pode superestimar a queda nas vendas. "Mas, por qualquer índice que seja feito o ajuste, foi o pior ano desde o Plano Real", afirmou. (Folha de São Paulo - 21.04.2003)

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5- Desvalorização neutraliza esforço de pagamento

As empresas brasileiras de capital aberto incluídas no levantamento feito pela Economática quitaram em 2002 US$ 20 bilhões de dívidas em moeda estrangeira, mas a forte desvalorização cambial impediu que esse esforço se refletisse em redução do valor total da dívida convertida em reais. No ano passado, apesar de a dívida geral ter passado para R$ 241,3 bilhões,e a dívida em moeda estrangeira, para R$ 173,8 bilhões, como o dólar fechou o ano valendo R$ 3,53, a parcela da dívida em moeda estrangeira caiu para US$ 49,2 bilhões. De acordo com Fernando Exel, os números mostram que houve um esforço de pagamento dos débitos, e não apenas uma troca de dívida em moeda estrangeira por dívida em reais. (Folha de São Paulo - 21.04.2003)

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6- BNDES deve dar fomento a indústria nacional

O governo pretende usar o poder do BNDES e a possibilidade de reduzir impostos de importação para estimular o uso de insumos e equipamentos produzidos no Brasil e fomentar a indústria nacional. A estratégia, que fará parte da política industrial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é conceder benefícios para investimentos e indústrias que se comprometam a comprar insumos produzidos localmente. "Dou o financiamento se o conteúdo nacional for de tanto", diz o secretário-executivo da Camex (Câmara de Comércio Exterior), Mario Mugnaini, referindo-se à provável política do BNDES de exigir dos seus clientes a compra de insumos produzidos nacionalmente antes de liberar os empréstimos. (Folha de São Paulo - 20.04.2003)

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7- Governo quer política industrial baseada na redução de impostos

Além de usar o BNDES para exigir conteúdo nacional, o governo quer estabelecer uma política industrial baseada em reduções de impostos de importação para quem investir no Brasil e se comprometer a usar insumos produzidos localmente. "Dentro da política industrial, a Camex pode estimular investimentos externos no Brasil por meio de medidas do estilo: concessão de facilidades importadoras com contrapartidas de compras locais", afirma Mugnaini. A idéia seria isentar do Imposto de Importação um determinado equipamento ou insumo, durante um período, com o objetivo de viabilizar investimentos em novas indústrias no país. As "facilidades importadoras" seriam compensadas pela compra de insumos nacionais para a produção do bem em questão. Segundo o secretário-executivo da Camex, nesse caso não seriam necessárias exigências formais de índices de nacionalização. A própria estrutura das tarifas externas, que permaneceriam mais altas para os insumos produzidos fora do país, estimularia a compra de componentes fabricados nacionalmente. O uso do Imposto de Importação para política industrial depende, no entanto, de um acordo entre os sócios do Mercosul. (Folha de São Paulo - 20.04.2003)

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8- KPMG : Fusões e aquisições cresceram 35% no Brasil

O capital está se recompondo no país. O total de fusões e aquisições de empresas cresceu 35% no primeiro trimestre do ano, segundo dados da KPMG. Em apenas quatro grandes negócios realizados, US$ 3,38 bilhões em ativos trocaram de mãos, até a semana passada. No ano passado, segundo levantamento da LatinTrade, US$ 10,9 bilhões foram movimentados em operações de fusões e aquisições de empresas no país. Dos 32 negócios realizados, a grande maioria envolveu vendedores e compradores locais. "É um movimento de busca de oportunidades", diz André Castelo Branco, sócio da KPMG Corporate Finance. "Apenas nos negócios realizados no setor financeiro predominou a venda de controle ou participação por parte de estrangeiros, mas trata-se de bancos que tinham problemas", diz Castelo Branco. Segundo levantamento da KPMG, ocorreram 58 fusões e aquisições de empresas no primeiro trimestre deste ano, contra 43 em igual período do ano passado. "Predominaram as transações domésticas", diz Castelo Branco. Os setores onde ocorreu a maior movimentação nesse período foram o financeiro, o de alimentos, o de bebidas e fumo, o de tecnologia da informação e o de telecomunicações. (Folha de São Paulo - 20.04.2003)

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9- BC: Investimentos diretos apresentam saldo positivo

Dados do Banco Central mostram que o fluxo de investimentos para participação no capital de empresas locais continua positivo neste ano. Em janeiro e fevereiro, entrou US$ 1,278 bilhão em recursos de estrangeiros, para uma saída de US$ 149 milhões de investimentos diretos no capital de empresas. Segundo Paulo Albuquerque, presidente do comitê econômico da Amcham (Câmara Americana de Comercio), "há poucas empresas estrangeiras deixando o país". No mundo todo, diz ele, está acontecendo um redirecionamento de capitais com o dinheiro migrando para a Ásia, especialmente a China. "O Brasil, que era o quinto no ranking dos investimentos diretos, caiu para o 13º lugar", acrescenta. (Folha de São Paulo - 20.04.2003)

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10- Exportações estimulam concessão de crédito

O salto das exportações no primeiro trimestre, somado à volta das linhas comerciais e às captações externas, marcou a atividade bancária neste início de ano. O diretor do Banco do Brasil, Augusto Braúna, diz que o volume de crédito ao comércio exterior cresceu 15% neste ano, em relação ao fim de 2002. No Bradesco, Antonio Bornia diz que essa foi uma das poucas modalidades de crédito que registraram crescimento. No BNDES, as liberações foram 30% maiores, em reais, fechando o trimestre em R$ 1,68 bilhão. As linhas comerciais voltaram integralmente para grandes bancos, como BB, Bradesco, Unibanco e Itaú. Eles também foram os grandes emissores de bônus, com o objetivo de incrementar o comércio exterior. (Gazeta Mercantil - 22.04.2003)

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11- Mercado vê espaço para reduzir juro

O diferencial entre o juro local e externo, que já trouxe um volume de dólares considerável para o Brasil neste ano, e o quadro de inflação descendente abrem o caminho para o início do ciclo de queda da Selic, atualmente em 26,5% ao ano. O Copom se reúne hoje e amanhã. A redução da taxa básica teria o mérito de também frear a baixa do dólar, que já encosta nos R$ 3,00. O mercado já trabalha com a expectativa de uma taxa primária menor na virada do mês. Para o estrategista do Citigroup Asset Management, Paulo Tenani, o juro menor ainda contribuiria para manter o equilíbrio na relação dívida pública/PIB. "Vai começar a doer no bolso do Tesouro, porque até agora o IGP alto elevava o PIB nominal em reais e a proporção do endividamento era mantida sob controle", diz Tenani. "Mas com o índice despencando, haverá um incentivo ao corte de juros." (Gazeta Mercantil - 22.04.2003)

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12- BC deve evitar valorização excessiva do real, diz presidente da Sobeet

Uma taxa de câmbio próxima do nível que atingiu nos últimos dias, entre R$ 3,10 e 3,20, é bastante adequada para as necessidades brasileiras, segundo Antônio Corrêa de Lacerda, presidente da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica). O desafio, a seu ver, é compatibilizar o ajuste externo e a estabilidade macroeconômica. O dólar alto demais pode facilitar o ajuste externo, mas não se pode esquecer que também é pernicioso para as contas públicas e para a inflação. Já um câmbio muito baixo pode comprometer o ajuste externo. Dessa forma, Lacerda defende que o BC utilize os instrumentos disponíveis para evitar uma valorização excessiva do real, fruto da entrada de capital externo no país. Ele acha que o dólar abaixo de R$ 3 pode comprometer o ajuste externo do país. ( Folha de São Paulo - 18.04.2003)

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13- Dólar ontem e hoje

O mercado financeiro iniciou a semana dedicado aos ajustes nos ativos negociados. Apesar do clima relativamente tranqüilo, o dólar fechou a manhã em alta de 0,82%, cotado a R$ 3,057 na compra e R$ 3,062 na venda. Antes do feriado prolongado, a moeda norte-americana atingiu a cotação mínima durante o dia de R$ 3,006 e a máxima de R$ 3,062, ambas na ponta de venda. A cautela diante do recesso impediu por pouco que o dólar recuasse para R$ 3,00. (O Globo On LIne e Invertia - 16.04.2003)

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1- First Energy abre mão de sua participação na Emdersa

A norte-americana First Energy desfez-se dos 100% que detinha na holding argentina Emdersa ao abrir mão de suas ações na controladora da Emdersa, a GPU Argentina Holdings. A Emdersa é dona das distribuidoras Edesa, Edelar e Edesal, que atendem a cerca de 335.000 clientes no noroeste da Argentina. A First Energy assumirá uma despesa única de US$ 63 milhões em 2003, representando o investimento remanescente da First Energy na Emdersa e um prejuízo relativo ao câmbio. A First Energy continua procurando comprador para uma participação de 50% na geradora boliviana Egsa e para uma fatia de 29% na geradora termelétrica colombiana Termobarranquilla (Tebsa). (Business News America - 22.04.2003)

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2- Membro do Conselho de Administração da EDP renuncia

A EDP anunciou hoje que Ernâni Rodrigues Lopes comunicou a sua renúncia do Conselho de Administração da empresa. Segundo um comunicado hoje emitido pela EDP, esta renúncia surge em virtude de Ernâni Lipes ter assumido novas funções profissionais para as quais, entretanto, fora nomeado. Ernâni Lopes ganhou no passado dia 4 de Abril a confiança dos acionistas da PT para substituir Murteira Nabo no seu cargo. (Diário Econòmico - 22.04.2003)

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3- Alta de preço do gás ajuda distribuidores na Inglaterra

A alta de preço do gás na Inglaterra em 2002 deu um alivio aos distribuidores , segundo estudo do Departamento do Comércio e Indústria. Há uma estimativa de uma melhora contínua das receitas e margens das distribuidoras, contrariando o quadro financeiro dos últimos anos. (Platts - 22.04.2003)

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1- Agtech Centre. On Alberta's Electry System. Lethbridge: s/data. - 2 páginas

Este texto trata do Sistema de Eletricidade de Alberta no Canadá que é baseado no esquema de Pool Balanceado. Ele descreve o modelo e seus aspectos operacionais.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/comercializacao.htm

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2- Pires, José Cláudio Linhares & Piccinini, Maurício Serrão. Mecanismos de regulação tarifária do setor elétrico: a experiência internacional e o caso brasileiro. Texto para Discussão Nº 64. Rio de Janeiro: BNDES 1998. - 57 páginas

Este texto do BNDES apresenta uma discussão sobre os modelos de regulação tarifária adotados no SE, além de destacar as inovações introduzidas com a liberalização dos mercados de eletricidade a partir dos anos 80. Ele inclui um breve histórico da prática tarifária no Brasil e as perspectivas de regulação do setor com base na experiência internacional.

Disponível: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm

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Editor:
Prof. Nivalde J. Castro

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Sub-editor: Fabiano Lacombe - Jornalista

Pesquisador: Rubens Rosental

Assistentes de Pesquisa: Daniel Santos, Bruno Negreiros e Rodrigo Berger

WebDesigner: Felipe Barenco

 
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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