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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.092 - 15 de abril de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
índice
Reestruturação e Regulação

1- Programa do governo quer estimular venda de excedente para grandes consumidores
2- Objetivo do MME é minimizar perdas
3- Novo modelo elétrico prevê a extinção do MAE
4- Crise do setor elétrico vai impor perdas às empresas, afirma Dilma
5- Governo estuda liberação do financiamento para distribuidoras em até quatro parcelas
6- Eletrobrás envia esta semana relatórios sobre setor para ministério

Empresas

1- AES negocia ativos com BNDES
2- Cemig identifica novos potenciais eólicos
3- Sem financiamento da Eletrobrás, construção de usina pode parar em SC
4- RGE mantém investimentos de R$ 75 mi
5- CEEE assina contrato de contribuição de iluminação pública com 33 municípios
6- Cepel assina protocolo com a Coppe para estudar projetos da área de tecnologia

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1- Dilma diz que ruptura com o antigo modelo evitará racionamento
2- Nordeste registra consumo de 5.588 MW médios
3- Reservatórios estão com 83,05% da capacidade no Norte
4- Armazenamento dos reservatórios do Nordeste está em 52,44%
5- Nível de armazenamento subiu 0,25% no Sudeste/Centro-Oeste
6- Capacidade do subsistema Sul está em 79,37%
7- Boletim Diário da Operação do ONS

Comercialização de Energia

1- Valor do MWh permanece em R$ 5,48

Gás e Termoelétricas

1- Comgás lança 1,190 bi de ações PN

Grandes Consumidores

1- Alcan começa neste mês a operar PCH de Fumaça

Economia Brasileira

1- Mantega anuncia superávit mínimo de 3,75%
2- Para Meirelles, risco-país vai cair ainda mais
3- Saldo no ano chega a US$ 4,47 bi
4- Eficácia de índices da FGV nos reajustes é discutida
5- Diretor da FGV rebate críticas ao IGP
6- Dólar ontem e hoje


Internacional

1- Espanha pode sofrer sanções por infringir leis ambientais
2- EUA e Rússia podem desenvolver projetos energéticos
3- Neuquen fará proposta para ter fatia da CMS em El Chocon
4- Gas Natural abre espaço à concorrência
5- Empresa de gás inglesa planeja compra de ativos
6- Lukoil critica controle estatal russo

Biblioteca Virtual do SEE


1- CASTRO, Nivalde José. As Duas crises do setor elétrico brasileiro: a criação de energia nova. Rio de Janeiro, IFE nº 1.091. Instituto de Economia - UFRJ, 14 de abril de 2003o
2- Oud, Engelbertus. The evolving context for hydropower development. Energy Policy, Volume 30, Issue 14. Elsevier: Junho/2002 p. 1215-23 - 08páginas.
 
1- Programa do governo quer estimular venda de excedente para grandes consumidores

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, afirmou ontem no Rio de Janeiro que as geradoras terão neste ano um "rombo" de R$ 5 bilhões decorrente da sobra de energia. Segundo ela, 20% da capacidade instalada de geração (ou 7.500 MW) estão descontratados. Dessa perda total, 4 mil MW resultam da redução do mercado pós-racionamento e 3,5 mil MW são fruto de geração nova incorporada ao sistema. Para minimizar o problema, o governo federal quer que as companhias vendam diretamente para grandes consumidores industriais a um custo mais baixo - o valor ainda não foi definido. Muitas indústrias, diz a ministra, querem consumir mais energia, mas não fazem isso devido ao preço do insumo. Os contratos seriam firmados com os grandes consumidores por um período de, no máximo, dois anos. Depois desse prazo, o ministério diz esperar que não haja mais energia descontratada, prevendo o crescimento do consumo com uma maior expansão econômica. (Valor e Folha de São Paulo - 15.04.2003)

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2- Objetivo do MME é minimizar perdas

Dilma Rousseff disse não ter ainda o dado preciso sobre o montante de energia que poderá ser comercializada diretamente com as indústrias, mas estimou: "Esperamos que seja significativo, em termos de 2 mil MW ou mais." Os compradores potenciais são grandes consumidores, como eletrointensivos e exportadores, que apresentam recuperação e até taxas de crescimento no consumo de energia. Esses consumidores poderiam consumir a energia excedente pagando um preço mais baixo no horário de ponta. A ministra explicou que hoje as empresas não compram essa energia pois seu preço no horário de ponta (que é o que interessa às indústrias) é muito caro. A ministra ressalvou que não haverá garantia para as empresas de que elas consumirão essa energia elétrica sempre no horário de pico. (Valor - 15.04.2003)

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3- Novo modelo elétrico prevê a extinção do MAE

O novo modelo do setor elétrico, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia, prevê o fim do MAE. O projeto permite apenas contratos de médio e longo prazos para a compra de energia. "O mercado 'spot' não vai mais existir", disse o secretário-executivo do ministério, Maurício Tolmasquim. Segundo a ministra Dilma Rousseff, no novo modelo a energia deixa de ser mercadoria e passa a ser encarada como serviço. O projeto chega em duas semanas às mãos dos agentes do setor. (Gazeta Mercantil - 15.04.2003)

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4- Crise do setor elétrico vai impor perdas às empresas, afirma Dilma

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, admitiu ontem que o processo de ajuste no setor de energia, submerso em grave crise financeira, obrigará as empresas de eletricidade a assumirem perdas. A ministra reafirmou que a instabilidade financeira do setor não será resolvida via aumento de tarifas, mas mediante créditos, ajustes e capitalização dos acionistas das empresas. "É fundamental que os acionistas assumam a capitalização de parte do problema", afirmou a ministra. Segundo ela, o governo atua em duas frentes para atenuar os efeitos da crise: negocia a venda de parte das sobras de 7,5 mil MW médios com consumidores industriais e mapeia os projetos de geração hídrica e térmica no país para identificar gargalos financeiros e de meio-ambiente. O objetivo é criar um plano para a expansão da geração elétrica. (Valor - 15.04.2003)

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5- Governo estuda liberação do financiamento para distribuidoras em até quatro parcelas

O governo ainda não tem uma data definida para iniciar a liberação do empréstimo para as distribuidoras por conta do adiamento do pagamento da Conta de Variação da Parcela A (CVA). Segundo a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, o governo ainda está formatando como será feito o financiamento pelo BNDES. A ministra explicou ainda que a idéia é que o empréstimo seja liberado em três ou quatro parcelas. A proposta prevê ainda que o financiamento será feito conforme as distribuidoras tiverem seus percentuais de recomposição tarifária definidos pela Aneel. Assim, para este mês, dez empresas devem receber os recursos do BNDES. São elas: Cemig, Enersul, CPFL, Cemat, AES Sul, RGE, Coelba, Coelce, Cosern e Energipe. "O governo reconhece que tem de pagar as distribuidoras, já que elas arcaram com os custos não- gerenciáveis", afirmou a ministra. (Canal Energia - 14.04.2003)

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6- Eletrobrás envia esta semana relatórios sobre setor para ministério

A Eletrobrás pretende encaminhar ainda esta semana para o Ministério de Minas e Energia o resultado final dos trabalhos do grupo Genese sobre a reestruturação do setor elétrico. A informação é de Luis Pinguelli Rosa, presidente da estatal. O grupo de trabalho da Eletrobrás enviará para a ministra Dilma Rousseff três relatórios que abordam a estruturação de um novo modelo para o setor e um conjunto de medidas emergenciais; como excedente de energia, sistema de formação de preços, liquidação financeira do MAE e revisão das tarifas das usinas nucleares. (Canal Energia - 14.04.2003)

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1- AES negocia ativos com BNDES

O grupo americano AES não vai pagar ao BNDES uma nova tranche de US$ 250 milhões da sua holding AES Elpa que vence hoje. A companhia estuda oferecer ao banco uma proposta antes do dia 30 deste mês envolvendo solução para toda sua dívida de US$ 1,2 bilhão. A nova proposta de pagamento da AES a ser apresentada ao BNDES envolverá entrega de 100% de alguns dos cinco ativos que possui - entre eles a termoelétrica Uruguaiana e a AES Sul, distribuidora de energia no Rio Grande do Sul -, além da participação societária na AES Tietê e na Eletropaulo, considerados os mais valiosos ativos da AES. A proposta inclui também um reescalonamento da parcela a vencer em dezembro, no valor de US$ 250 milhões, que a AES não considera vencida e que deveria também ser paga pela AES Elpa. O banco impôs nos acordos de empréstimo que o não cumprimento de uma parcela lhe daria direito de declarar vencidas as parcelas futuras. Este acerto não engloba dívidas que a AES contraiu com o banco, no valor de US$ 526,5 milhões, para comprar uma pequena participação na Cemig. (Valor - 15.04.2003)

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2- Cemig identifica novos potenciais eólicos

A Cemig já identificou a Serra do Espinhaço, na região Norte de Minas, como o local mais adequado para implantação no estado de novas usinas de energia eólica. "Agora, vamos iniciar os estudos sobre os investimentos e o potencial de energia a ser produzida", conta Alexandre Heringer Lisboa, engenheiro de tecnologia e normalização e especialista em energia eólica da Cemig. Em Minas, diz, há excelentes sítios para exploração em geração de energia que já foram comprovados pelo Mapa de Potencial Eólico do Ministério de Minas e Energia e da Eletrobrás e por medições efetuadas pela estatal mineira. A Cemig já efetuou opção de compra do terreno e está em processo de contratação de consultoria especializada para dimensionar o parque eólico e elaborar o projeto básico de obtenção de licença prévia ambiental." (Gazeta Mercantil - 15.04.2003)

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3- Sem financiamento da Eletrobrás, construção de usina pode parar em SC

A falta de financiamento pode barrar a construção da hidrelétrica de Campos Novos. A obra orçada em R$ 1,2 bilhão precisa do apoio da Eletrobrás para avançar. A estimativa é que sejam precisos pelo menos R$ 350 milhões. Caso a companhia não acene com a liberação dos recursos, o BNDES também retira os R$400 milhões já assegurados para a obra. O banco exige que esta parte do dinheiro destinada à conclusão da hidrelétrica esteja garantida por outro investidor. Na prática significaria de imediato a paralisação dos trabalhos e a demissão de 2,2 mil empregados que atuam no empreendimento. O presidente da Campos Novos S.A. (Enercan), Ênio Schneider, confirmou a solicitação do governador Luís Henrique da Silveira de uma audiência com a Ministra de Minas e Energia para tratar do assunto, mas até o momento não há nenhuma comunicação oficial sobre o caso. Depois de pronta a hidrelétrica terá capacidade instalada de 880MW, energia. (A Notícia - 15.04.03)

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4- RGE mantém investimentos de R$ 75 mi

A RGE deve manter o programa de investimento anual da empresa para 2003. Enquanto aguarda a resolução de temas que podem afetar diretamente no caixa da empresa, como o índice de reposicionamento tarifário, a distribuidora vai manter os investimentos de R$ 75 milhões nesses primeiros meses do ano. No ano passado, os investimentos chegaram a R$ 78,3 milhões, que foram utilizados em novas conexões, linhas de transmissão, subestações, manutenção, entre outros. Para esse ano, os recursos também devem ser aplicados em projetos de melhoria da qualidade no fornecimento de energia elétrica já iniciados pela companhia. "O mercado está considerando 2003 um ano complicado. Com base nisso, preferimos fazer uma administração menos intensa, pois ainda não conseguimos vislumbrar um cenário mais seguro para este ano", afirma Sidnei Simonaggio, presidente da RGE. A decisão, segundo ele, também foi tomada em função do resultado negativo do exercício passado. (Canal Energia - 15.04.2003)

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5- CEEE assina contrato de contribuição de iluminação pública com 33 municípios

A CEEE assinou contrato de contribuição de iluminação pública com 33 prefeituras, das 72 atendidas pela empresa. O Contrato de Prestação de Serviços de Arrecadação da Contribuição de Iluminação Pública foi assinado na última sexta-feira, 11 de abril e objetiva a regulamentação do repasse da taxa de iluminação, arrecadada pela distribuidora, para as prefeituras. Segundo a CEEE, a negociação vem tentar sanar a dificuldade das prefeituras em quitar as contas de iluminação. Os municípios que assinaram o contrato já aprovaram a lei autorizando a cobrança da taxa, ainda em 2002. As despesas desses municípios com iluminação pública equivalem a 35% do faturamento da conta de iluminação pública da CEEE, o que corresponde a uma arrecadação em torno de R$ 1,1 milhão. (Canal Energia - 14.04.2003)

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6- Cepel assina protocolo com a Coppe para estudar projetos da área de tecnologia

O Cepel e a Coppe (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) assinaram nesta segunda-feira, dia 14 de abril, um protocolo de intenções para desenvolvimento de estudos na área de tecnologia. O presidente da Eletrobrás, Luis Pinguelli Rosa, espera que este seja um primeiro passo para envolver outras universidades do país. Para o executivo, o protocolo assinado tem três linhas de ações básicas: atuar no desenvolvimento de modelos em geral; de novas tecnologias de transmissão, com a implementação de centros de controle online; e segmento de energia alternativa, como geração eólica, solar e pequenas centrais hidrelétricas. (Canal Energia - 14.04.2003)

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1- Dilma diz que ruptura com o antigo modelo evitará racionamento

A ministra Dilma Rousseff defendeu a necessidade de ruptura com o modelo do setor elétrico do governo anterior sob risco de um novo racionamento. Ela fez o alerta em palestra sobre os desafios do setor energético na inauguração do calendário de comemorações dos 40 anos da Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na apresentação, Dilma Rousseff advertiu que o racionamento tem outra face, além da escassez, que é a da sobra de energia e da incapacidade do sistema de lidar com essa situação. As dificuldades do setor para administrar a relação oferta-demanda ficam expressas, segundo a ministra, em um efeito pêndulo que tende a alternar escassez e sobreoferta de forma consecutiva - daí a necessidade de ruptura. A mudança será feita retomando um modelo de planejamento que antecipe a expansão da oferta de energia. A ministra enfatizou ainda que no modelo concebido pelo governo não contempla privatização da geração federal. E reafirmou que o adiamento do repasse da compra de energia dolarizada de Itaipu para as tarifas teve o objetivo de evitar repique inflacionário. (Valor - 15.04.2003)

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2- Nordeste registra consumo de 5.588 MW médios

O Nordeste registrou um consumo de 5.588 MW médios no último domingo, dia 13 de abril, contra a previsão de 5.937 MW médios do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS. Nos últimos sete dias, o subsistema teve uma variação no consumo de 2,02%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.072 MW médios, a região oscilou -0,25% nos últimos sete dias. No Norte, consumo atingiu 2.658 MW médios, contra a previsão de 2.698 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, a variação no submercado foi de 3,27%. Já a região Sul consumiu 5.512 MW médios, contra um PMO de 7.425 MW médios. O submercado registrou uma oscilação no consumo de -3,53% no consumo no mesmo período. O Sudeste/Centro-Oeste teve um consumo de 21.353 MW médios, contra a previsão de 25.419 MW médios do ONS. O subsistema registra uma oscilação de 1,08% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.089 MW médios, o submercado variou -5,15% no mesmo período. (Canal Energia - 14.04.2003)

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3- Reservatórios estão com 83,05% da capacidade no Norte

Com um acréscimo de 0,18%, a capacidade do subsistema Norte está em 83,05%. A usina de Tucuruí registra 98,38% do volume. (Canal Energia - 14.04.2003)

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4- Armazenamento dos reservatórios do Nordeste está em 52,44%

Os reservatórios estão com 52,44% da capacidade no subsistema Nordeste, volume 27,01% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O índice subiu 0,25% em relação ao dia anterior. O nível da hidrelétrica de Sobradinho está em 50,53%. (Canal Energia - 14.04.2003)

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5- Nível de armazenamento subiu 0,25% no Sudeste/Centro-Oeste

A capacidade do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 78,86%, um aumento de 0,25% em um dia. Em relação a curva de segurança, o volume está 45,86% acima do previsto. A usina da São Simão registra 103,28% da capacidade, enquanto Nova Ponte apresenta índice de 65,28%. (Canal Energia - 14.04.2003)

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6- Capacidade do subsistema Sul está em 79,37%

O nível de armazenamento do subsistema Sul caiu 0,15%. Com isso, os reservatórios alcançaram 79,37% da capacidade. A hidrelétrica de Salto Santiago está com 83,85% do volume. (Canal Energia - 14.04.2003)

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7- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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1- Valor do MWh permanece em R$ 5,48

Para a terceira semana de abril, os preços MAE não sofreram variações e continuam em R$ 5,48 para todos os submercados e para todas as cargas. Os valores são válidos para os dias 14 a 18 de abril. (Canal Energia - 14.04.2003)

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1- Comgás lança 1,190 bi de ações PN

A Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) anunciou que fará um aumento de capital com a emissão de 1,190 bilhão de ações preferenciais (PN). A operação vai gerar R$ 53,4 milhões. O aumento de capital da Comgás já foi aprovado pelo conselho de administração da empresa e no dia 25 vai ser discutido em assembléia com os acionistas. Cada lote de mil ações vai ser vendido por R$ 44,88, cotação inferior ao do fechamento de ontem: R$ 54,00 para o lote de mil. (Gazeta Mercantil - 15.04.2003)

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1- Alcan começa neste mês a operar PCH de Fumaça

A Alcan Alumínio do Brasil inicia ainda neste mês as operações da Pequena Central Hidrelétrica de Fumaça, que tem capacidade instalada de 10 MW e fica nos municípios de Diogo de Vasconcelos e Mariana, em Minas Gerais. Situada em Ouro Preto (MG), a Alcan investe cerca de US$ 100 milhões em outras PCHs em Minas Gerais, como a Usina de Furquim, situada em Mariana e com operação prevista para setembro, e a Usina de Candonga, no município de Santa Cruz do Escalvado, dentre outras. Com os investimentos na área de geração própria, a fabricante de alumínio espera suprir em mais de 20% a energia que consome. (Gazeta Mercantil - 15.04.2003)

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1- Mantega anuncia superávit mínimo de 3,75%

O ministro Guido Mantega afirmou ontem que o governo deverá manter um esforço fiscal mínimo nos anos em que a economia estiver crescendo abaixo do previsto. Na semana passada, Mantega anunciou que a partir de 2005 o superávit primário estaria vinculado ao crescimento econômico. Se o crescimento for maior que o previsto, o superávit cresce. Se for menor, o superávit cai -uma política contracíclica. Mantega disse, segundo sua assessoria, que haverá uma "linha de resistência" de 3,75% do PIB. Ou seja, o superávit nunca cairá abaixo dessa linha. A política contracíclica anunciada tem o objetivo de aproveitar o aumento de arrecadação de impostos dos anos de crescimento para criar um fundo e usar os recursos nos momentos de estagnação econômica. (Folha de São Paulo - 15.04.2003)

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2- Para Meirelles, risco-país vai cair ainda mais

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem em Nova York, onde se encontrou com investidores, que ainda considera alto o nível de risco-país do Brasil. "Já esteve em 2.400 pontos, está em 900 pontos e vai continuar caindo. ", afirmou ele, numa opinião que enfatizaria mais tarde a investidores no Council of the Americas: "A tendência sem dúvida é para baixo". Meirelles contou que tem ouvido dos investidores questionamentos sobre a valorização da moeda brasileira. "Se no passado se preocupavam com a excessiva desvalorização do real, hoje se preocupam com o real ficando mais forte. É uma mudança muito grande. Eu realmente prefiro esse tipo de preocupação", afirmou. "Mas todos entendem que num mercado livre não compete ao BC fixar valores de moedas." (Folha de São Paulo - 15.04.2003)

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3- Saldo no ano chega a US$ 4,47 bi

O superávit acumulado da balança comercial neste ano já é 312% maior que o registrado em igual período do ano passado. De janeiro até a segunda semana de abril, o Brasil exportou US$ 4,471 bilhões. O melhor resultado da balança deve-se ao aumento das exportações, que cresceram 25,7% em relação ao ano passado. Do início do ano até a semana passada, o País exportou US$ 17,409 bilhões, contra US$ 13,849 bilhões em 2002. As vendas cresceram e, ao mesmo tempo, as importações mantiveram-se praticamente estagnadas. No mês de abril, o saldo acumulado é de US$ 708 milhões, resultado de exportações de US$ 2,364 bilhões e importações de US$ 1,656 bilhão. Com isso, a balança comercial já acumula superávit de US$ 16,093 bilhões nos últimos 12 meses, indicando que, se as exportações mantiverem o atual ritmo de crescimento, o resultado de 2003 poderá superar a previsão de US$ 16 bilhões feita pelo Governo. (Jornal do Commercio - 15.04.2003)

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4- Eficácia de índices da FGV nos reajustes é discutida

A discussão em torno dos reajustes das tarifas de energia e telecomunicações e seu impacto na inflação estão colocando em xeque os índices de inflação da Fundação Getúlio Vargas, adotados como indexadores nos contratos de privatização. O economista Paulo Rabello de Castro, que durante 15 anos foi responsável pela publicação dos índices da FGV e hoje é diretor da SR Rating e da RC Consultores define o IGP como um ''herói'' que deve ser aposentado, porque foi criado num cenário em que o governo interferia na economia, controlando os preços e o câmbio. O economista defende que as tarifas sejam corrigidas por índices puros, ou seja, indicadores que reflitam apenas a inflação do atacado, do varejo ou de um determinado setor. "Ou os índices da FGV estão certos e todos os outros errados, ou o contrário. O que não dá para aceitar é dois índices com diferença de 100%. Um deles não está refletindo a inflação", diz o economista José Dutra Vieira Sobrinho. (JB Online - 15.04.2003)

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5- Diretor da FGV rebate críticas ao IGP

O diretor do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, Antonio Porto Gonçalves rebateu ontem as críticas sobre a metodologia de cálculo dos Índices Gerais de Preços (IGPs) medidos pela FGV e alertou o governo para os riscos de uma troca de indexador nos contratos de energia elétrica e telecomunicações. "A troca de indicador de modo geral é um mergulho no escuro e pode vir na hora errada", avisou. Disse ainda que a prática, além de ser quebra de contrato, leva o investidor a achar que está havendo ação contra seus interesses, ou seja, manipulação, o que afeta a credibilidade. Para Porto Gonçalves, a apreciação recente do real levará os indicadores de preços IGPs e IPCs a empatarem pois tudo indica que o país chegou a um câmbio de equilíbrio. Na sua avaliação, é provável que a tendência do IGP seja ficar menor do que o IPC, pois o indicador da FGV já esgotou seu processo de recuperação frente ao IPC de uma queda de 20% que sofreu na época em que o Brasil estava contendo o câmbio, ou seja, entre 1994 e 1997, no plano real. Porto disse ainda que a FGV não pretende alterar a metodologia do seu índice que tem já mais de 50 anos e considera confiável. (Valor - 15.04.2003)

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6- Dólar ontem e hoje

O dólar comercial bateu às 12h07m a mínima de R$ 3,120 na compra e R$ 3,124 na venda, com queda de 1,23%. Esta é a menor cotação da moeda americana no ano e também a menor desde 11 de setembro do ano passado, quando o preço de fechamento ficou em R$ 3,106. Ontem o dólar recuou fortemente. A moeda terminou o dia cotada a R$ 3,162 para venda, em queda de 1,34% em relação ao fechamento de sexta-feira. (O Globo On Line e Invertia - 15.04.2003)

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1- Espanha pode sofrer sanções por infringir leis ambientais

A Comissão Européia está decidindo que ações tomar contra a Espanha pelo fato do país não ter fornecido os detalhes completos do impacto ambiental da instalação de uma hidrelétrica. Segundo informações da própria comissão, a Espanha deverá sofrer sanções por ter violado as leis ambientais européias. (Platts - 15.04.2003)

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2- EUA e Rússia podem desenvolver projetos energéticos

O ministro de energia da Rússia vai preparar uma lista dos projetos energéticos elaborados no país para que possam ser desenvolvidos em conjunto com investidores norte-americanos. A lista será distribuída para possíveis investidores na 2a reunião EUA-Rússia de energia, marcada para o final desse ano. (Platts - 15.04.2003)

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3- Neuquen fará proposta para ter fatia da CMS em El Chocon

O Epen, departamento de energia da província argentina de Neuquen, planeja apresentar nos próximos 15 a 20 dias uma oferta de compra total ou parcial da participação de 15% da empresa americana CMS Energy na geradora hidrelétrica El Chocon, disse o presidente do Epen, Ricardo Corradi. "Estamos estudando nossas finanças no momento, para ver se estamos em posição de fazer uma proposta", disse Corradi, sem mencionar o valor que Neuquen ofereceria. Com a compra de 100% da participação da CMS, a participação da província em El Chocon aumentaria para 44,65%, e a Endesa Chile continuaria como acionista majoritária. O governo quer aumentar sua participação em El Chocon para ganhar mais controle sobre os recursos de água e energia da província, disse Corradi. El Chocon fornece cerca de 130MW para os habitantes de Neuquen, e o resto da energia é vendida no sistema interligado do país. Neuquen tem 9.000MW de capacidade instalada, a maior parte vem de geração hidrelétrica. (Business News America - 15.04.2003)

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4- Gas Natural abre espaço à concorrência

A oferta pública de aquisição lançada pela Gas Natural sobre a Iberdrola poderá transformar-se em uma oportunidade de crescimento para os seus concorrentes. A Unión Fenosa e a Hidrocantábrico não descartam a possibilidade de comprar ativos da companhia de gás se a operação sair do papel. A Gas Natural está tentando conquistar a simpatia das empresas da área de eletricidade na OPA, às quais sugeriu que, se saírem na frente, poderão comprar ativos da área de gás em suas regiões de distribuição. A Hidrocantábrico já expressou apoio ao acordo. (Gazeta Mercantil - 15.04.2003)

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5- Empresa de gás inglesa planeja compra de ativos

A Centrica, maior fornecedora de gás residencial no Reino Unido, planeja comprar outras empresas do setor com o objetivo de expandir sua base de clientes. (Platts - 15.04.2003)

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6- Lukoil critica controle estatal russo

A Lukoil criticou ontem o controle estatal russo nas linhas de gás e exploração dos campos do país. Alegam que o planejamento de expansão e controle ambiental são ineficientes, atrasando o crescimento industrial do país. (Platts - 15.04.2003)

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1- CASTRO, Nivalde José. As Duas crises do setor elétrico brasileiro: a criação de energia nova. Rio de Janeiro, IFE nº 1.091. Instituto de Economia - UFRJ, 14 de abril de 2003

O artigo, de autoria do editor do IFE, analisa os condicionantes de médio e longo prazo da crise do SEE e as ações e possibilidades do governo na implantação de um Novo Modelo.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/reestruturacao.htm

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2- Oud, Engelbertus. The evolving context for hydropower development. Energy Policy, Volume 30, Issue 14. Elsevier: Junho/2002 p. 1215-23 - 08páginas.

O artigo com base nas últimas duas décadas discute as tendências em desenvolvimento na hidroeletricidade e mostra a complexidade do seu planejamento, além de discutir a sua competitividade com outras opções para cobrir as necessidades de eletricidade. Ele conclui que a privatização é o fator principal para o declínio de construção de hidroelétricas e que créditos para redução nas emissões de CO2, podem compensar em parte esse problema.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/setoreletrico.htm

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Editor:
Prof. Nivalde J. Castro

Equipe:

Sub-editor: Fabiano Lacombe - Jornalista

Pesquisador: Rubens Rosental

Assistentes de Pesquisa: Daniel Santos, Bruno Negreiros e Rodrigo Berger

WebDesigner: Felipe Barenco

 
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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