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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.090 - 11 de abril de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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Reestruturação e Regulação

1- Governo fecha acordo para empréstimos às distribuidoras
2- Governo adia o repasse
3- Dilma : Controladoras terão de realizar aporte de capital nas empresas
4- Abradee : Dilma reconhece os problemas das distribuidoras
5- TCU recomenda mudanças no programa de tarifa de energia mais barata


Empresas

1- BNDES pode leiloar ações da Eletropaulo
2- Dívida da CPFL Energia recebe rating A-(bra)
3- Itaipu Binacional antecipa pagamento do ajuste do dólar
4- Celesc investe em geração de energia solar
5- Reajuste de 28,65% entra em vigor hoje em MS
6- Distribuidoras participarão do processo de universalização ao acesso de energia
7- Prorrogado o início de operação das eólicas em RN
8- Setor industrial de MT critica distinção de reajuste


Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1- Consumo no Sudeste/Centro-Oeste chega a 26.864 MW médios
2- Reservatórios do Norte tem acréscimo de 0,27%
3- Subsistema Nordeste tem aumento de 0,32%
4- Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 77,95% da capacidade
5- Região Sul com 81,64% da capacidade
6- Boletim Diário da Operação do ONS



Gás e Termoelétricas

1- Klabin será autoprodutora
2- ONS é autorizada a despachar térmicas emergenciais no Ceará
3- Gasoduto Coari-Porto Velho tem licença suspensa
4- Obras da termelétrica Termoaçu são paralisadas em RN




Economia Brasileira

1- Políticas do governo para infra-estrutura são alvo de críticas
2- Meta de 2003 para a inflação não será cumprida
3- Para Mantega, país vai crescer 3,5% em 2004
4- Prioridade do governo é reduzir relação dívida líquida/PIB
5- Dólar ontem e hoje


Internacional

1- Oferta da Enel pela Unión Fenosa
2- Racha entre elétricas espanholas
3- Galp Energia prepara venda de 300 mi de euros em créditos
4- Guacolda vai emitir US$150mi em títulos
5- London Electricity Group tem ações rebaixadas
6- Emenda contra fraude no mercado americano de gás e energia é derrotada
7- Subsidiárias da AES têm dívidas no valor de U$ 14,244 bi


 
1- Governo fecha acordo para empréstimos às distribuidoras

As distribuidoras de energia e o governo fecharam ontem acordo sobre a reposição das perdas que as companhias terão com a impossibilidade de repassar para as tarifas a alta do dólar no último ano. A queda total de receita provocada com a medida, estimada entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões, será reposta via empréstimo do BNDES, com recursos do Tesouro, segundo informação da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. A primeira parcela do empréstimo, segundo Dilma, será liberada em um prazo máximo de dois meses. O dinheiro que será antecipado para as companhias será devolvido ao Tesouro Nacional em 2004, quando os aumentos nas tarifas que foram adiados passarão a vigorar. "O contribuinte está antecipando um recurso que será pago depois, a partir de 2004, pelos consumidores" , disse a ministra. O ressarcimento será calculado empresa por empresa, de acordo com a Conta de Variação da Parcela A (CVA) de cada distribuidora. Os cálculos deverão ser apresentados nos próximos dias pela Abradee. Um grupo de estudo formado por integrantes do Ministério de Minas e Energia, do BNDES, do Tesouro Nacional e da Abradee ficará encarregado de montar as condições da operação de financiamento. ( Valor - 11.04.2002)

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2- Governo adia o repasse

A CVA foi criada para atualizar os valores pagos pelas distribuidoras ao longo do ano correspondentes aos custos não gerenciáveis, como a energia de Itaipu, cotada em dólar. Na data do reajuste anual, ou da revisão periódica, esses valores são repassados para as tarifas. Para evitar o descumprimento da metas de inflação, o governo decidiu adiar para o ano que vem o repasse que deveria ser feito este ano. Essa medida significa uma redução de até sete pontos percentuais nos reajustes tarifários previstos para acontecer até abril de 2004. ( Valor - 11.04.2003)

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3- Dilma : Controladoras terão de realizar aporte de capital nas empresas

Os controladores das distribuidoras de energia terão que fazer aporte de capital nas empresas como parte do esforço coletivo que se fará para sanear o setor. "As empresas terão que botar dinheiro e o governo abrirá crédito", disse a ministra Dilma Roussef, após encontro com representantes da Abradee, explicando que os bancos privados também serão convidados a participar deste esforço. "Descartamos qualquer hipótese de o governo arcar com essa conta", afirmou. "A troco do quê o governo vai aportar capital se ele não é acionista. O governo federal não tem distribuidoras", afirmou. Segundo ela, em muitas companhias, os acionistas já começaram a se movimentar para elevar o capital e previu que isso irá melhorar o crédito do setor, criando um círculo virtuoso. (Tribuna da Imprensa- 11.04.2003)

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4- Abradee : Dilma reconhece os problemas das distribuidoras

A garantia da ministra Dilma Roussef de liberação de recursos via financiamento levou as distribuidoras a desistirem de entrar na Justiça contra a decisão, afirmou o diretor-executivo da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães. O diretor da Abradee disse que a ministra reconheceu o quadro de dificuldades financeiras das distribuidoras e está abrindo um "importante canal de negociação". Ele acredita que deve haver alguma proposta do governo em breve. "As empresas estão com caixa muito baixo e com dificuldade financeira enorme", disse Guimarães. (Valor - 11.04.2003)

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5- TCU recomenda mudanças no programa de tarifa de energia mais barata

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que o programa do governo federal que dá direito a uma tarifa de energia mais barata a quem consome por mês até 80 quilowatts/hora (kWh) é ineficiente e tem beneficiado consumidores de renda média e alta. O plenário do tribunal aprovou por unanimidade nesta semana uma determinação para que o MME implemente medidas para alterar o programa, que implica um custo de R$ 581 milhões para os cofres públicos. A constatação do relatório, assinado pelo ministro do TCU Ubiratan Aguiar, é que, ao estabelecer um limite de consumo como parâmetro para concessão do benefício, o governo subsidia donos de flats, apartamentos pequenos e casas de veraneio, cujo consumo médio é baixo. "Tarifas são instrumentos altamente ineficientes, do ponto de vista econômico, para distribuir renda", avalia o relatório. O tribunal recomenda que as autoridades encontrem novos critérios para definir quem, entre os consumidores até 80 kWh, é de baixa renda. Os técnicos sugerem usar a base do IPTU para eliminar domicílios e bairros de classe média e alta. Outra sugestão é avaliar se mecanismos como bônus ou vale-energia não substituiriam o desconto nas tarifas. O tribunal determinou que o MME e a Aneel trabalhem de forma coordenada para resolver o problema. (O Estado de São Paulo - 11.04.03)

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1- BNDES pode leiloar ações da Eletropaulo

O BNDES pode leiloar no início de maio as ações da Eletropaulo dadas como garantia no empréstimo concedido à AES Elpa. A execução das garantias será possível caso a AES Elpa não pague a dívida até o fim deste mês. As ações da distribuidora paulista que servem de garantia do financiamento à AES Transgás já poderiam ter sido vendidas, mas a instituição está aguardando para dar uma solução comum aos créditos não pagos do grupo americano AES. Pelo contrato entre BNDES e AES, não é necessário aval da Justiça para execução de garantias pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) na Bolsa de Valores de São Paulo. Segundo o diretor de Produtos e Serviços da CBLC, João Batista Fraga, há uma lei que livra a empresa de participações do banco, a BNDESPar, dos prazos de divulgação de edital para a realização do leilão. "Por essa lei, a BNDESPar não tem nenhum prazo a respeitar", afirmou. (Tribuna da Imprensa - 11.04.2003)

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2- Dívida da CPFL Energia recebe rating A-(bra)

A agência de análise de risco de crédito Fitch Ratings atribuiu o rating de longo prazo em escala nacional de A- (bra) e A(bra) para a dívida da CPFL Energia e para a segunda emissão de debêntures da empresa. A CPFL está preparando uma emissão de títulos no mercado local no valor de R$ 1,8 bilhão. A emissão visa rolar a dívida da companhia com outro papel que vence este mês. (Valor - 11.04.2003)

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3- Itaipu Binacional antecipa pagamento do ajuste do dólar

A Itaipu antecipou na última quarta-feira, dia 9 de abril, o pagamento do ajuste do dólar dos meses de maio, junho e julho. O valor, US$ 9,54 milhões, é relativo a compensação pela inflação da moeda americana sobre os pagamentos de royalties efetuados ao longo do ano passado. Segundo o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, o objetivo da antecipação é propiciar um volume extra de recursos aos municípios lindeiros, garantindo as ações da prefeitura em projetos como o Fome Zero, Manejo de Microbacias Hidrográficas e Agricultura Orgânica. ( Canal Energia - 11.04.2003)

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4- Celesc investe em geração de energia solar

A Celesc firmou convênio com a Associação Couto de Magalhães na última quarta-feira, dia 9 de abril, para implantar no próximo mês um sistema de energia solar na Ilha do Campenche, localizada em Florianópolis, em Santa Catarina. Com a instalação do sistema fotovoltáico, que terá potência de 2,5 kWp (kilowatts pico) no horário em que o sol estiver mais forte, as cinco pequenas edificações existentes na Ilha terão abastecimento de energia 24 horas por dia. (Canal Energia - 11.04.2003)

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5- Reajuste de 28,65% entra em vigor hoje em MS

Entra em vigor a partir de hoje o reajuste de 28,65% da tarifa de energia elétrica distribuída pela Enersul em 72 municípios do Estado. Desde que a empresa foi privatizada em 1997, a tarifa de energia elétrica em Mato Grosso do Sul já subiu 97,99%. No mesmo período, a inflação no Estado foi de 63,59%, conforme informações do IPC/Iplan. Nos próximos quatro anos, a Enersul ainda terá direito de aplicar mais 14% de aumento, fora os reajustes anuais que, conforme contrato de concessão de serviço entre a distribuidora de energia e a Aneel, acontece todos os anos no mês de abril. As duas audiências públicas realizadas para discutir o assunto - uma promovida pela Aneel e outra pela Assembléia Legislativa - e a criação do Fórum Contra o Reajuste da Tarifa de Energia Elétrica, não conseguiram emplacar nenhuma ação efetiva que barrasse o aumento de 42,65%, até agora o maior do Brasil autorizado pela agência. (Folha do Povo - 11.04.03)

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6- Distribuidoras participarão do processo de universalização ao acesso de energia

A partir de janeiro, as 64 distribuidoras de energia elétrica do país estarão obrigadas a cumprir metas de universalização, atendendo gratuitamente aos pedidos de ligação de consumidores - residenciais, comerciais, industriais e rurais - à sua rede elétrica. A obrigatoriedade começa a valer nas regiões mais desenvolvidas e crescerá anualmente até abranger todo o Brasil em 2016, de acordo com a minuta de regulamentação divulgada ontem pela Aneel. A estimativa do governo é de que a universalização custará R$ 7 bilhões, a serem cobertos com recursos públicos e das distribuidoras. A proposta estará em consulta pública até 17 de abril, e poderá sofrer mudanças. Pelas regras apresentadas ontem, as distribuidoras de energia elétrica que não cumprirem suas metas de universalização poderão perder de 3% a 10% do reajuste de tarifas a que teriam direito nas revisões periódicas a partir de 2005. (Diário do Nordeste - 11.04.03)

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7- Prorrogado o início de operação das eólicas em RN

A Aneel autorizou a prorrogação dos prazos de entrada em operação de quatro usinas eólicas no Estado. O pedido foi feito pela Energias Renováveis do Brasil (ENERBRASIL), responsável pelos empreendimentos, devido ao atraso na obtenção da licença ambiental. O atraso na obtenção da licença se deu devido à morosidade do IDEMA, que está trabalhando com um número insuficiente de técnicos para o setor. A usina RN3 - Gameleira adiou a entrada em operação de dezembro passado para dezembro de 2005. Localizada no município de Touros, a eólica terá 49,3 MW de capacidade instalada e beneficiará 197 mil habitantes. As usinas RN 1-Mel, RN 4-Pititinga e RN11-Guamaré estavam previstas para iniciarem a operação em julho passado. Com a prorrogação, as eólicas irão funcionar a partir de dezembro de 2004 e 2006, respectivamente. Localizada no município de Areia Branca, a eólica RN 1- Mel terá potência instalada de 89,2 MW e vai beneficiar 357 mil habitantes. A usina RN 11-Guamaré, de 249,9 MW, irá beneficiar um milhão de habitantes nos municípios de Guamaré e Macau. A eólica RN 4 - Pititinga, localizada no município de Extremoz, vai operar com capacidade instalada de 149,6 MW, beneficiando cerca de 599 mil habitantes. Os investimentos das empresas neste setor são de cerca de US$ 10 milhões.(Gazeta do Oeste - 11.04.03)

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8- Setor industrial de MT critica distinção de reajuste

O setor industrial de Mato Grosso vai pagar no mínimo 29,35% a mais na conta de energia elétrica, devido ao reajuste concedido às tarifas de energia da Cemat. "Esse aumento refere-se aos consumidores enquadrados no grupo A4, com tensão de 2,3 a 25kV, onde acredito que está inserida a maioria das indústrias de Mato Grosso", explica o Superintendente de Desenvolvimento e Relações Industriais da Fiemt, Antônio Carlos Machado Matias. Dessa forma, dá-se início ao processo de realinhamento das tarifas de energia entre o setor industrial e o grupo B (onde estão inseridos os consumidores residenciais), já que os reajustes foram respectivamente de 29,35% (A4) e 24,66%. "O setor industrial é contra essa distinção de reajuste, porque na realidade as diferenças existentes de preços das tarifas de energia de cada grupo não corresponde a subsídio, e sim a apenas uma proporcionalidade de custos", explica.(Diário de Cuiabá - 11.04.03)

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1- Consumo no Sudeste/Centro-Oeste chega a 26.864 MW médios

O Sudeste/Centro-Oeste registrou um consumo de 26.864 MW médios na última quarta-feira, dia 9 de abril, contra a previsão de 25.419 MW médios do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Nos últimos sete dias, o submercado teve uma variação no consumo de 2,68%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.089 MW médios, o subsistema oscilou -3,65% no mesmo período.Na região Norte, o consumo chegou a 2.826 MW médios , contra a previsão de 2.698 MW médios do operador do sistema. O submercado registra uma variação de 2,11% nos últimos sete dias. O subsistema Sul teve um consumo de 7.870 MW médios, contra o PMO de 7.425 MW médios do operador do sistema. A região está com uma variação de -2,37% no mesmo período. Já o Nordeste consumiu 6.179 MW médios na última quarta-feira, contra a previsão de 5.937 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o submercado registra uma variação no consumo de 1,58%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.072 MW médios, a região teve uma oscilação de -0,67%. (Canal Energia - 10.04.2003)

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2- Reservatórios do Norte tem acréscimo de 0,27%

O volume armazenado na Região Norte está em 82,54%, um acréscimo de 0,27%. O nível da usina de Tucuruí está em 98,16%. (Canal Energia - 10.04.2003)

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3- Subsistema Nordeste tem aumento de 0,32%

O índice de armazenamento do subsistema está em 51,31%, volume 26,01% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. Em relação ao dia anterior, o índice subiu 0,32%. A hidrelétrica de Sobradinho está com 49,34% da capacidade. (Canal Energia - 10.04.2003)

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4- Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 77,95% da capacidade

O subsistema está com 77,95% da capacidade, volume 44,95% acima da curva de aversão ao risco. Em relação ao dia anterior, o índice subiu 0,14%. As usinas de Nova Ponte e Emborcação apresentam, respectivamente, 64,11% e 82,38% da capacidade. (Canal Energia - 10.04.2003)

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5- Região Sul com 81,64% da capacidade

A região foi a única a registrar queda no nível, com redução de 0,81%. Com isso, os reservatórios chegaram a 81,64% do volume. A hidrelétrica de G. B. Munhoz registra 83,46% da capacidade. (Canal Energia - 10.04.2003)

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6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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1- Klabin será autoprodutora

A Aneel autorizou a Klabin a atuar como autoprodutora de energia elétrica, com a construção de uma termelétrica com 15 MW de capacidade de produção instalada. A usina, que tem o mesmo nome da empresa, ficará localizada no município de Piracicaba (SP) e vai beneficiar cerca de 134 mil habitantes. O investimento previsto para a obra é de cerca de R$ 18 milhões. A térmica deverá entrar em operação até junho de 2005. (Gazeta Mercantil - 11.04.2003)

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2- ONS é autorizada a despachar térmicas emergenciais no Ceará

O ONS recebeu autorização da Aneel para despachar as termelétricas emergenciais localizadas no Ceará. A autorização visa a dar suporte ao trabalho de conversão da linha de transmissão Milagres/Barnabuiú/Fortaleza, passando de 230 kV para 500 kV. Segundo a CBEE, empresa que contratou as centrais geradoras, as usinas somente serão despachadas caso haja alguma restrição elétrica durante a execução do serviço. O despacho ficará por conta do ONS, que deverá comunicar à agência reguladora. A autorização prevê ainda que a remuneração será feita pelo MAE, com base no preço de mercado e sendo complementado, quando necessário, pelos encargos de serviço do sistema. A CBEE ficará responsável por repassar o pagamento aos produtores independentes emergenciais. (Canal de Energia - 11.04.2003)

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3- Gasoduto Coari-Porto Velho tem licença suspensa

O juiz-substituto da 4ª Vara Federal, Boaventura João Andrade, concedeu liminar suspendendo os efeitos da licença prévia concedida à Petrobras, em agosto do ano passado, pelo Ibama para construção do gasoduto Coari/Porto Velho. A liminar é resultado de uma Ação Cautelar Preparatória, ajuizada pelo procurador da República no Amazonas, Sérgio Lauria. A ação alega que há falhas e inconsistências no Estudo de Impacto Ambiental (Eia/Rima) relativo à futura obra. A licença prévia foi suspensa até que a Petrobras atenda às recomendações feitas pelo Ministério Público Federal (MPF) com o objetivo de completar o Eia/Rima. Ao todo, o MPF havia feito 14 recomendações à Petrobras com base em inconsistências identificadas no estudo e detalhadas, inclusive, em pareceres técnicos da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, responsável por questões ambientais. O juiz estabeleceu multa diária de R$ 4 mil para o caso de o Ibama e a Petrobras descumprirem a liminar.(A Crítica - 11.04.03)

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4- Obras da termelétrica Termoaçu são paralisadas em RN

A não homologação pela Aneel dos contratos de fornecimento de energia elétrica pelos distribuidores, foi a justificativa para paralisação pela segunda vez das obras da Termoaçu. Sem os valores que os investidores pleiteiam, segundo a assessoria, a termelétrica não viabilizaria o investimento. Mais de 76 milhões de dólares somente com as turbinas e geradores comprados. Há pouco mais de um ano do início oficial de suas obras, a termelétrica Termoaçu, que vinha sendo construída no município de Alto do Rodrigues foram paralisadas. O maior projeto de co-geração de energia elétrica e vapor da América Latina, orçado em 300 milhões de dólares, aproximadamente, R$ 900 milhões, está ameaçado de se tornar um empreendimento inviável. A Termoaçu é um empreendimento do Consórcio Guaraniana (Iberdrola, Banco do Brasil e Previ) juntamente com a Petrobras. O empreendimento estava sendo instalado numa área de 30 hectares, é uma usina termelétrica de geração de energia elétrica, que se vier a ser concluída terá capacidade de fornecer 75% das necessidades de consumo do Rio Grande do Norte. (Tribuna do Norte - 11.04.03)

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1- Políticas do governo para infra-estrutura são alvo de críticas

A política do governo para a área de infra-estrutura, especialmente telecomunicações e energia elétrica, foi ontem alvo de duros ataques por economistas que participaram de um seminário promovido pela Tendências Consultoria Integrada. Segundo o economista José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio, sem uma definição clara sobre o respeito aos contratos e sobre a regulação de setores como o de energia, o nível de investimentos e, por tabela, o crescimento potencial da economia tendem a ser afetados. Camargo criticou a decisão do MME de adiar o repasse da variação cambial para as tarifas de energia, anunciada nesta semana. "É possível que isso signifique um ou dois pontos porcentuais a menos na inflação deste ano, mas pode provocar uma redução de um a dois pontos porcentuais na taxa de investimento como proporção do PIB daqui a dois ou três anos", afirmou ele. O ex-presidente do BC Gustavo Loyola apontou falhas na gestão microeconômica, mas afirmou acreditar que a linha de "racionalidade" representada pelo ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, tende a prevalecer no governo. "A ordem dos fatores pelo menos está correta, porque políticas macroeconômicas dão base para as políticas microeconômicas serem eficientes", afirmou ele.(O Estado de São Paulo - 11.04.03)

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2- Meta de 2003 para a inflação não será cumprida

A inflação oficial de março, medida pelo IPCA , surpreendeu o mercado e chegou a 1,23%. Com isso, o índice acumulado nos três primeiros meses de 2003 alcançou 5,13% - 60,3% da meta de 8,5% para este ano. Segundo analistas, esta meta já está "sepultada". Alimentos e preços administrados ou monitorados comandaram a alta. O economista Luiz Roberto da Cunha, professor da PUC-RJ e outros especialistas consideram também que está sepultada qualquer hipótese de redução dos juros, hoje em 26,5%, na reunião deste mês do Copom. (Folha de São Paulo - 11.04.2003)

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3- Para Mantega, país vai crescer 3,5% em 2004

O país deve crescer no mínimo 3,5% em 2004, segundo o ministro Guido Mantega, porque haverá queda das taxas de juros e o setor privado poderá aumentar os seus investimentos. Ao divulgar alguns dados que vão estar na proposta de LDO de 2004, Mantega disse que o governo prevê crescimento de 4% em 2005 e de 4,5% em 2006. Segundo ele, o governo decidiu manter em 4,25% do PIB o superávit primário do setor público até 2006 com o objetivo de reduzir a relação entre a dívida pública e o PIB. Hoje, a dívida equivale a cerca de 55% do PIB. O governo tem como meta trazer esse percentual para 47% ou 48% até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mantega aposta que o anúncio da manutenção de uma política fiscal forte fará com que as taxas de juros caiam. (Folha de São Paulo - 11.04.2003)

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4- Prioridade do governo é reduzir relação dívida líquida/PIB

Em amplo documento sobre "Política Econômica e Reformas Estruturais", de 95 páginas, divulgado ontem pelo Ministério da Fazenda, o governo definiu como seu "primeiro compromisso" a redução da dívida líquida do setor público como proporção do PIB anunciou uma importante mudança na concepção da política fiscal, introduzindo mecanismos contracíclicos para que, nas fases de crescimento da economia, o governo faça uma poupança (através de maior superávit primário) para gastar nos tempos de recessão; apontou como necessário o aprofundamento da abertura da economia, como forma de torná-la menos vulnerável à choques externos; e delineou as premissas do que seria uma política industrial. (Valor - 11.04.2003)

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5- Dólar ontem e hoje

A moeda norte-americana terminou negociada a R$ 3,24 para compra e R$ 3,245 para venda, uma valorização de 1,56% em relação ao fechamento de ontem. Durante o dia, a divisa oscilou entre a cotação mínima de R$ 3,199 e a máxima de R$ 3,25, ambas na ponta vendedora. Foi a terceira sessão consecutiva de valorização. No entanto, no acumulado do mês, a divisa ainda registra queda de 3,13%. (Invertia - 11.04.2003)

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1- Oferta da Enel pela Unión Fenosa

A companhia italiana Enel apresentou oferta por uma parte da filial de energias renováveis da espanhola Unión Fenosa, segundo informações da agência Reuters. A Unión Fenosa negocia há meses a venda de metade de sua filial de energias renováveis, que compreende a produção de energia eólica, solar e de biomassa. O objetivo da empresa é reduzir o seu endividamento para até 6,5 bilhões de euros até o final deste ano. No final do ano passado, essa dívida somava 7,4 bilhões de euros. (Gazeta Mercantil - 11.04.2003)

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2- Racha entre elétricas espanholas

A união das elétricas espanholas contra a oferta pública de aquisição feita pela Gas Natural pela Iberdrola começa a rachar. O papel que deve ser exercido pela entidade patronal Unesa é o pomo da discórdia. Enquanto a própria Iberdrola e a Endesa, as duas maiores companhias do setor, querem que a entidade patronal adote uma posição de claro antagonismo contra a oferta feita pela Gas Natural, outros grupos, como o Hidrocantábrico, preferem que ela tenha uma atuação mais moderada. (Gazeta Mercantil - 11.04.2003)

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3- Galp Energia prepara venda de 300 mi de euros em créditos

O presidente da Comissão Executiva da Galp Energia revelou que a sua empresa pretende realizar uma operação de securitização de recebíveis no montante de 300 milhões de euros , de modo a obter poupanças anuais de 1,5 milhões de euros durante sete anos e substituindo desse modo a sua dívida de curto prazo por uma de longo prazo. Segundo afirmou à agência Lusa António Mexia, esta operação está sendo estruturada e tem por objetivo a carteira de clientes das áreas de Aprovisionamento e Trading, Químicos, Retalho, Galp Frota e Empresas. A GalpEnergia adiantou ainda que esta venda de 300 milhões de euros em créditos sobre clientes irá ser efetuada a uma sociedade estabelecida na Irlanda, a qual, por sua vez, vai emitir obrigações para pagar a operação. (Diário Economico - 11.04.2003)

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4- Guacolda vai emitir US$150mi em títulos

A geradora chilena Guacolda pretende emitir US$150milhões em certificados de participação sênior securitizados de 10 anos para cobrir suas dívidas pendentes, de acordo com comunicado da agência de classificação de crédito Fitch. A Fitch dá nota BBB à emissão. (Business News America - 11.04.2003)

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5- London Electricity Group tem ações rebaixadas

A Agência Moody´s rebaixou os papéis da London Electricity Group (LEG) de A2 para A3. Essa classificação dada a LEG reflete a visão da Agênica Moody´s com relação a atuação da entidade consolidada num ambiente de forte competição. (Platts - 11.04.2003)

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6- Emenda contra fraude no mercado americano de gás e energia é derrotada

A proposta de emenda substitutiva, apresentada pelos republicanos, que daria ao US Federal Energy Regulatory Commission( Comissão reguladora de energia dos EUA) autoridade na atuação contra a fraude nos mercados de gás e energia foi derrotada no Congresso dos Estados Unidos. A emenda foi apresentada pelos republicanos. (Platts - 11.04.2003)

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7- Subsidiárias da AES têm dívidas no valor de U$ 14,244 bi

A AES Corp. reportou ao Security And Exchange Comisson (Comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos) nessa quinta-feira, dia 10 de abril, uma dívida não passível de recurso no valor de U$ 14,244 bilhões, correspondente ao montante total da dívida de todas as suas subsidiárias nos EUA e ao redor do mundo. De acordo com a AES, as suas subsidiárias da América latina tem a maior parte dessas obrigações, U$ 7,879 bilhões. (Platts - 11.04.2003)

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Editor:
Prof. Nivalde J. Castro

Equipe:

Sub-editor: Fabiano Lacombe - Jornalista

Pesquisador: Rubens Rosental

Assistentes de Pesquisa:Daniel Bueno, Bruno Nini, Daniel Santos, Bruno Negreiros e Rodrigo Berger

WebDesigner: Felipe Barenco

 
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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