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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.087 - 08 de abril de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
ISSN 1678-6130

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Reestruturação e Regulação

1- Governo define realinhamento tarifário
2- José Dirceu: aumento de tarifas não podem pressionar inflação
3- Segundo José Dirceu, temor sobre esvaziamento das agências é exagerado
4- Abdib: Investimentos no setor elétrico terão redução de US$ 3,9 bi
5- Curtas


Empresas

1- Aneel divulga índices de reajuste da CPFL, Cemig, Enersul e Cemat
2- Procon quer averiguar critério de reajuste para a Cemig
3- AES promete pagamento da dívida com BNDES
4- Programas de P&D movimentam R$ 580 mi em quatro anos
5- Serviço da Cemat tem tarifa diferenciada no horário de ponta
6- Petrobras renegocia com Pecom exclusão de empresa de transmissão


Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1- Consumo na região Nordeste chega a 5.937 MW médios
2- Armazenamento do subsistema Norte está em 82,32%
3- Capacidade do subsistema Nordeste chegou a 50,39%
4- Reservatórios chegaram a 77,49% do volume no Sudeste/Centro-Oeste
5- Volume armazenado no subsistema Sul está em 84,11%
6- Boletim Diário da Operação do ONS


Gás e Termoelétricas

1- Governo brasileiro quer rever cobrança pelo gás boliviano
2- Aneel autoriza construção de termelétrica no Mato Grosso



Economia Brasileira

1- Falta energia para PIB crescer, diz Lessa
2- Palocci defende reformas em vez de elevar reservas
3- SEE é primeiro ponto das "políticas de crescimento', segundo Palocci
4- Venda da indústria cresce 7,35% em fevereiro
5- Furlan: Exportação garante expansão de 1,2% do PIB
6- Exportação assegura superávit de US$ 4 bi
7- IPC-RJ de março confirma tendência de queda
8- Projeções para o IPCA caem pela segunda vez consecutiva
9- Dólar ontem e hoje


Internacional

1- Iberdrola vai manter blindagem
2- Alstom Portugal moderniza Cahora Bassa
3- Bélgica adota teto para tarifas residenciais
4- Suiça estuda substituição de energia nuclear
5- National Grid Transco investe 116 mi de euros no setor de gás
6- Endesa Chile vende transmissão a canadense por US$ 110 mi


Biblioteca Virtual do SEE


1- Castro, Nivalde José. As Duas crises do setor elétrico brasileiro: a vertente financeira. Rio de Janeiro: IE-UFRJ, 07 de abril de 2003. - 2 páginas.
2- Lovei, Laszlo. The Single Buyer Model. Public Policy for the Private Sector, Note Number 225. Washington: BID, Dezembro de 2000.- 04 páginas.

 
1- Governo define realinhamento tarifário

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, anunciou ontem em uma reunião com empresários da Fiesp o modelo definido de realinhamento das tarifas de energia. "Resolvemos fazer este realinhamento tarifário de forma suave, para que o impacto na atividade industrial seja mais facilmente absorvido", disse a ministra. Pelo novo modelo desenhado pelo governo federal, já neste ano vai haver uma redução de 10% na diferença entre as tarifas cobradas de consumidores residenciais e industriais. No ano que vem, o percentual aplicado será de 15%. Nos últimos três anos do processo, o percentual sobe para 25% ao ano. No entanto, dependendo do impacto da medida, os valores definidos no decreto podem ser alterados. "Um dos objetivos de começarmos de forma mais branda o realinhamento é exatamente podermos acompanhar o impacto causado nos diversos setores da indústria e corrigirmos, se necessário, o rumo do processo", disse Dilma Rousseff. (Gazeta Mercantil - 08.04.2003)

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2- José Dirceu: aumento de tarifas não podem pressionar inflação

O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, disse ontem que o governo vai negociar com as concessionárias de energia elétrica e telefonia um acordo para que os reajustes das tarifas desses serviços não punam os consumidores nem pressionem excessivamente os índices de inflação. Segundo ele, o atual modelo de cálculo dos reajustes é problemático, e a idéia do governo é buscar um entendimento em torno de uma fórmula alternativa, preservando o equilíbrio financeiro de empresas e consumidores, sem o rompimento dos contratos. "O governo perdeu o controle sobre insumos essenciais como estes, que estão praticamente dolarizados.", disse o ministro, lembrando que algumas empresas estão pedindo reajustes de até 48%. Segundo ele, as empresas desses setores, principalmente as elétricas, apostaram no país quando o dólar e o real se equivaliam e sabiam correr riscos. A questão agora, disse, é como reorganizar o setor do ponto de vista institucional e financeiro. "Não vamos deixar que um processo de aumento de tarifas leve o país ao descontrole da inflação e, ao mesmo tempo, à falência das empresas", disse o ministro. (O Globo - 08.04.2003)

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3- Segundo José Dirceu, temor sobre esvaziamento das agências é exagerado

José Dirceu, ministro-chefe da Casa Civil, considera exagerados os temores de esvaziamento das agências reguladoras de telefonia (Anatel) e energia elétrica (Aneel). "O problema é que no governo passado elas passaram a traçar as políticas para os setores, além de regular e fiscalizar o funcionamento do sistema, que são suas verdadeiras funções", disse. (O Globo-08.04.2003)

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4- Abdib: Investimentos no setor elétrico terão redução de US$ 3,9 bi

A Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e das Indústrias de Base) confirmou a tendência projetada para este ano de queda nos investimentos e na potência instalada de expansão do parque gerador do sistema elétrico brasileiro. Na consolidação dos principais indicadores de bens e serviços da entidade para 2003, a área de energia elétrica mostra uma curva de crescimento bem abaixo da projeção feita em 2001, que previa um cenário mais positivo. Pelo levantamento realizado e divulgado nesta segunda-feira, dia 7 de abril, o setor elétrico deve aportar US$ 9,7 bilhões em investimentos em expansão, US$ 3,9 bilhões a menos que o indicado no cenário realizado há cerca de dois anos. A diferença entre as duas perspectivas é praticamente a mesma para 2004, quando deverão ser investidos US$ 12,6 bilhões em novos projetos - contra US$ 16,4 bilhões estimados em 2001. A diferença entre as duas projeções permanece também no quadro de acréscimo de potência instalada no setor. Se em 2001 as análises indicavam a incorporação de 18.630 MW ao longo dos doze meses deste ano, em janeiro de 2003 os novos indicadores apontaram para uma injeção de 12.648 MW até dezembro, equivalente a uma queda de 32%. Para o ano que vem, a previsão de queda é de 26,9% - de 21.996 MW em 2001 para 16.081 MW pelos indicadores de 2003. (Canal Energia - 07.04.2003)

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5- Curtas

A revista americana "Project Finance" elegeu o financiamento de US$ 410,5 milhões da Termopernambuco como a Operação do Ano de 2002 no setor de energia. A operação foi estruturada pelo BID, com assessoria do Souza Cescon advogados. (Valor-08.04.2003)

Foi adiada para o dia 24 de abril a Assembléia Geral Extraordinária da Eletronet, que aconteceria na próxima segunda-feira, dia 14 de abril. A reunião irá discutir o equacionamento econômico-financeiro da empresa, que entrou com pedido de falência no dia 28 de março. (Canal Energia - 07.04.2003)



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1- Aneel divulga índices de reajuste da CPFL, Cemig, Enersul e Cemat

A Aneel publica hoje no "Diário Oficial" da União os índices de reajuste de tarifas das quatro primeiras empresas submetidas à regra de revisão ordinária: CPFL, Cemig, Enersul e Cemat. Na primeira proposta feita pela Aneel, os índices fixados ficaram abaixo aos que seriam concedidos em um processo normal de reajuste tarifário, estimado em 28%, em média. A CPFL teve direito a aumentar 18,77%, o mais baixo de todos os índices, segundo a primeira decisão da Aneel, e Cemig e Cemat tiveram direito a reajuste de 27,49% e 24,99%, respectivamente. Só no caso da Enersul o reposicionamento proposto pela agência superou o índice estimado, inferior a 30%, e ficou em 42,64%, divididos em parcelas: 28,55% este ano e o restante pelos próximos quatro anos. Os reajustes, que serão conhecidos pelas empresas somente hoje, já podem ser aplicados a partir deste dia. (Valor - 08.04.2003)

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2- Procon quer averiguar critério de reajuste para a Cemig

A Cemig também está na mira do Procon. Segundo o coordenador do órgão, Marcelo Barbosa, o Procon também pretende acionar o Ministério Público no sentido de questionar os critérios utilizados pela companhia para aplicar aumento de 27,49%, reajuste que deve ser autorizado nesta terça-feira pela Aneel. No caso da Cemig, no entanto, o questionamento vai ocorrer em relação ao percentual a ser aplicado, e não quanto ao período de vigência, como no que se refere à Copasa. Conforme Barbosa, o Procon quer que a estatal explique as contas que levaram a empresa a ter acesso a esse percentual. Segundo a assessoria de imprensa da Cemig, os critérios de definição do reajuste foram discutidos, durante a audiência pública realizada em 6 de março em BH. A assessoria ressaltou que todos os Procons receberam convite para a audiência. Os consumidores residencial e comercial serão os mais afetados pelo reajuste a ser anunciado pela Aneel. (O Tempo - 08.04.03)

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3- AES promete pagamento da dívida com BNDES

O vice-presidente da AES Corporation, Joseph Brandt, esteve no BNDES na sexta-feira para negociar condições de pagamento da dívida do grupo com a instituição. Brandt prometeu pagar em dinheiro a dívida vencida com o banco e pediu novos prazos para pagar o restante. Segundo informação de uma fonte próxima das negociação, a AES Elpa se prepara para pagar os US$ 85 milhões que deve ao BNDES. Como a AES deve outros US$ 300 milhões para o BNDES, através da sua subsidiária Transgás, a proposta de pagamento poderá aliviar a queda-de-braço que a empresa de energia e o governo vêm travando desde o primeiro default, em 31 de janeiro. A solução deverá envolver um parcelamento mais longo da dívida da Transgás. Brandt informou à instituição que o grupo está tentando liberar a geradora AES Tietê da garantia de uma operação com outro credor, no exterior, para dá-la como garantia ao BNDES. Desde fevereiro, a instituição já manifestava interesse na geradora, considerada um bom ativo da AES no Brasil. (Valor e Jornal do Commercio - 08.04.2003)

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4- Programas de P&D movimentam R$ 580 mi em quatro anos

Os investimentos nos programas de pesquisa e desenvolvimento chegam a R$ 580 milhões em quatro anos de execução, incluindo os recursos destinados ao FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O número de empresas que realizam programas de P&D passou de 13, no ciclo 1998/1999, para 107 empresas no último ciclo, 2002/2003. Embora não seja uma unanimidade, os programas incentivaram pesquisas no setor. A Aneel contabiliza um aumento significativo no número de empresas que realizam programas de P&D. No primeiro ciclo, 1998/1999, 13 empresas participaram do programa. No ciclo seguinte este número passou para 43. O ciclo 2000/2001 registrou 67 elétricas, saltando para 73 no ciclo seguinte e chegando a 107 empresas no ciclo atual, 2002/2003. (Canal Energia - 07.04.2003)

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5- Serviço da Cemat tem tarifa diferenciada no horário de ponta

A Rede Cemat está oferecendo aos consumidores do grupo A, grandes consumidores dos setores industriais, rurais e comerciais, um aumento da oferta de energia no horário de ponta com uma tarifa diferenciada. Com a iniciativa, chamada de EATP (Energia Adicional Temporária de Ponta), o cliente pode incrementar a produção e reduzir os gastos com gerador de energia. Segundo o gerente do Departamento de Mercado da empresa, Wagner Gentil, 165 clientes já optaram pelo serviço. "Num universo de 1.750 consumidores do grupo A - horosazonais, a Rede Cemat estima um mercado potencial de 412 clientes", diz Gentil. O EATP é mais barata que o preço praticado no horário de pico, sendo que os contratos de aquisição dessa parcela de energia são temporários, com prazo inicial de vencimento em 30 de junho. Segundo a empresa, a redução do consumo na área de concessão gerou uma sobra de energia, que é oferecida no serviço. (Canal Energia - 07.04.2003)

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6- Petrobras renegocia com Pecom exclusão de empresa de transmissão

A diretoria da Petrobras já começou a negociar a exclusão da empresa de transmissão de energia Transener do pacote de ativos da petroleira argentina Perez Companc, adquiridos no ano passado por um pouco mais de US$ 1 bilhão. A decisão foi motivada pelas pressões do presidente argentino Eduardo Duhalde, que considera a Transener estratégica para seu país. Em contrapartida, os entendimentos também prevêem a redução do valor do negócio para menos de US$ 1 bilhão. A aquisição ainda depende da aprovação do órgão de defesa da concorrência da Argentina, o CNDC. (JB Online - 08.04.2003)

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1- Consumo na região Nordeste chega a 5.937 MW médios

O consumo na região Sul chegou a 5.663 MW médios no último domingo, dia 6 de abril, contra a previsão de 7.425 MW médios do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS. Nos últimos sete dias, o subsistema registrou uma variação no consumo de -1,27%. No Nordeste, o consumo foi de 5.473 MW médios, contra o patamar de 5.937 MW médios do operador do sistema. A região teve uma variação de 0,87% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.072 MW médios, o subsistema registrou uma oscilação de -1,37% no mesmo período. O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 22.534 MW médios no último dia 6, contra o PMO de 25.419 MW médios do operador. Nos últimos sete dias, a variação do consumo foi de 3,46%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.089 MW médios, as regiões oscilaram -2,92% no período. O Norte registrou um consumo de 2.619 MW médios no último domingo, contra a previsão de 2.698 MW médios do ONS. A região teve uma variação no consumo de 1,11% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 07.04.2003)

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2- Armazenamento do subsistema Norte está em 82,32%

O volume armazenado no subsistema Norte está em 82,32%, um acréscimo de 0,06%. O nível da usina de Tucuruí está em 98,35%. (Canal Energia - 07.04.2003)

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3- Capacidade do subsistema Nordeste chegou a 50,39%

O índice de armazenamento do subsistema Nordeste está em 50,39%, volume 25,19% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. Em relação ao dia anterior, o índice subiu 0,3%. A hidrelétrica de Sobradinho, a maior da região, está com 48,04% da capacidade. (Canal Energia - 07.04.2003)

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4- Reservatórios chegaram a 77,49% do volume no Sudeste/Centro-Oeste

Com um acréscimo de 0,2%, a capacidade do subsistema Sudeste/Centro-Oeste chegou a 77,49%. O volume está 44,49% acima da curva de segurança. As usinas de Furnas e Itumbiara apresentam, respectivamente, 96,81% e 90,01% da capacidade. (Canal Energia - 07.04.2003)

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5- Volume armazenado no subsistema Sul está em 84,11%

A região Sul foi a única a registra queda no nível, com redução de 0,14%. Com isso, os reservatórios chegaram a 84,11% do volume. A hidrelétrica de G. B. Munhoz registra 86,31% da capacidade. (Canal Energia - 07.04.2003)

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6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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1- Governo brasileiro quer rever cobrança pelo gás boliviano

O governo vai se engajar na discussão das tarifas do gás comprado pelo Brasil da Bolívia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe na próxima semana o presidente da Bolívia, Gonzalo Sánchez de Lozada, para discutir o assunto levado ao governo federal pelos governadores da região Sul e pela Petrobras. "É uma questão de governo para governo", afirmou o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Segundo ele, os governos dos dois países vão tentar encontrar uma saída para o impasse tarifário. Dirceu não quis entrar em detalhes, mas adiantou que se tentará encontrar uma solução satisfatória para os dois lados. "Esse contrato foi um equívoco que o país - não quero falar de governo ou de presidente Fernando Henrique Cardoso - cometeu. E vamos ter que consertar, como fizemos com a questão dos transgênicos e com o Programa de Recuperação Fiscal (Refis). Queremos construir uma saída. Mas o governo tem de pensar antes no interesse coletivo", ressaltou. (Valor - 08.04.2003)

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2- Aneel autoriza construção de termelétrica no Mato Grosso

A Solonorte Construções, Madeiras e Metalúrgica recebeu autorização da Aneel para construir uma termelétrica com capacidade de 0,8 MW. A usina terá investimentos de R$ 960 mil e está incluída na categoria de produtor independente. A térmica, que beneficiará cerca de nove mil habitantes, deve entrar em operação até janeiro de 2004. A usina, que tem o mesmo nome da empresa, será construída no município de Comodoro, no Mato Grosso. A Aneel regularizou ainda a situação da Cosan Indústria e Comércio S/A, autorizando a empresa a atuar como produtora independente com a exploração da termelétrica Usina da Serra, de 15 MW de potência instalada. A usina, localizada no município de Ibaté, no estado de São Paulo, está em operação comercial desde maio de 2002, beneficiando 134 mil habitantes. (Canal Energia - 07.04.2003)

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1- Falta energia para PIB crescer, diz Lessa

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, afirmou que a falta de investimentos em infra-estrutura, na última década, se transformará em empecilho para o crescimento da economia, caso não seja mudada. Como um dos exemplos, ele disse que pode faltar energia para sustentar um crescimento de 4% ao ano na produção industrial brasileira -índice que considera "pífio" para as necessidades do país. "Nem precisa repetir 7%, como foi até o final dos anos 70. Se crescer 4%, em pouco tempo haverá falta de energia." Em seminário na Câmara Americana de Comércio de São Paulo, Lessa afirmou que pretende transformar o BNDES em um banco de desenvolvimento. Para ele, na gestão FHC, a instituição foi um banco de investimento. (Folha de São Paulo - 08.04.2003)

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2- Palocci defende reformas em vez de elevar reservas

Ao analisar o resultado da política econômica dos 100 primeiros dias do governo Luiz Inácio Lula da Silva, com queda do risco país e uma expressiva apreciação da taxa de câmbio, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, mostra cautela. "Nós estamos serenamente otimistas", disse. Neste cenário econômico mais favorável, Palocci já se permite prever uma queda da dívida líquida do setor público em relação ao PIB este ano, ao invés de estabilizá-la em relação ao ano passado, e uma retomada mais rápida do crescimento econômico. Talvez para o final deste ano, acredita. O ministro não está convencido de que o Brasil precisa aproveitar a forte apreciação do câmbio para acumular reservar. Ele admitiu que o Tesouro Nacional poderá fazer, proximamente, captações de recursos no exterior. Palocci considera que o essencial para o país superar a sua vulnerabilidade externa e passar por eventuais choques sem maiores problemas não é acumular reservas, mas fazer as reformas tributária e da previdência social. (Valor - 08.04.2003)

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3- SEE é primeiro ponto das "políticas de crescimento', segundo Palocci

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, cita o imbróglio do SEE como o primeiro problema a ser resolvido dentro do que ele chama de "políticas de crescimento". "Temos que começar a estruturar melhor as políticas de crescimento. Em que tempo que elas vão se expressar é muito difícil definir. Qual o momento que nós vamos poder eventualmente reduzir juros é muito difícil decidir agora. Mas é preciso já ter um cenário de possibilidade. Temos várias coisas para equacionar, como o problema do setor energético, o que a ministra Dilma Roussef está fazendo de maneira muito adequada. Esse setor veio com um vácuo regulatório importante que precisa ser equacionado. Em segundo lugar, há um conjunto de medidas a ser tomadas sobre crédito. É preciso aumentar a disponibilidade de crédito e reduzir o spread bancário. Por isso nós estamos fazendo uma grande agenda junto ao Congresso, que começa com a lei de falência, para atuar nesse ponto da redução do spread bancário. A terceira é a questão de infra-estrutura industrial e de exportação. É preciso colocar o sistema de transporte, de portos e outros relativos a custo Brasil, que vão auxiliar nas políticas de produção e de exportação. Em quarto lugar é preciso ordenar o financiamento público, que tem um papel importante no Brasil, tanto para a indústria como para a agricultura." (UFRJ e Valor - 08.04.2003)

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4- Venda da indústria cresce 7,35% em fevereiro

De acordo com uma pesquisa divulgada ontem pela CNI, as vendas reais do setor tiveram um crescimento de 7,35% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, mas o resultado foi influenciado pela atipicidade do feriado de carnaval. Ao contrário dos outros anos, desta vez os festejos foram em março, o que fez com que o mês de fevereiro fosse mais longo e distorcesse o levantamento. Na série não dessazonalizada, o índice teve alta de 4,44%. "As melhoras dos indicadores financeiros terão impacto nas atividades industriais, mas a economia real tem um tempo de resposta um pouco mais lento que o dos mercados. Agora entramos num período de estabilidade e a recuperação deve ocorrer apenas na virada do primeiro para o segundo semestre", avalia o coordenador do estudo Indicadores Industriais da CNI, Flávio Castelo Branco. (Valor - 08.04.2003)

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5- Furlan: Exportação garante expansão de 1,2% do PIB

As exportações vão garantir, esse ano, um crescimento de 1,2 pontos percentuais para o PIB, segundo avaliação feita, ontem, pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. Ele disse que a meta de aumentar as vendas externas em 10% deverá ser revista para cima. "Eu tenho uma meta de crescimento maior para as exportações, mas essa meta, por precaução, não vai ser anunciada agora enquanto não clarear o horizonte da guerra no Iraque", argumentou o ministro. Furlan usou a estimativa da contribuição das exportações para argumentar que projeções que apontam para um crescimento da economia brasileira de apenas 1% este ano estão muito pessimistas. Se o mercado interno crescer 1%, diz, podemos ter um aumento do PIB superior a 2,0% este ano. "Mas pelo menos 1,2% estão garantidos pelas exportações", insistiu. (Valor - 08.04.2003)

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6- Exportação assegura superávit de US$ 4 bi

A balança comercial registrou superávit de US$ 247 milhões na primeira semana de abril, com quatro dias úteis. As exportações do período somaram US$ 1,025 bilhão, e as importações não ultrapassaram os US$ 778 milhões. As vendas para o exterior acumulam, no ano, US$ 16,07 bilhões, e as compras externas, US$ 12,06 bilhões - o que representa um superávit comercial de US$ 4,01 bilhões para o ano. Segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, houve um crescimento de 21,5% nas exportações da semana passada em relação à primeira semana de abril de 2002. Todas as categorias de produtos apresentaram crescimento nos embarques: semimanufaturados (61,5%), básicos (28,2%) e manufaturados (12,4%). (Valor - 08.04.2003)

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7- IPC-RJ de março confirma tendência de queda

Acompanhando tendência observada em âmbito nacional, a inflação na cidade do Rio de Janeiro está cedendo. Isto é o que mostra o IPC-RJ, apurado pela FGV, cuja alta foi de 1,04% em março, contra 1,68% em fevereiro e 2,12% em janeiro. No ano, o IPC-RJ apresenta inflação de 4,92%. Nos últimos 12 meses, acumula alta de 16,45%. Os preços dos alimentos foram os vilões da inflação medida pelo IPC-RJ em março. Sua variação foi de 2,37%, com recuo de apenas 0,5 ponto percentual em relação ao índice do mês anterior. Os preços relacionados à habitação subiram 0,66%, revelando desaceleração na comparação com fevereiro (1,01%) e janeiro (1,25%). (Jornal do Commercio - 08.04.2003)

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8- Projeções para o IPCA caem pela segunda vez consecutiva

Numa semana de acentuada melhora no humor do mercado financeiro diante da evolução positiva dos principais indicadores da economia brasileira, bancos e analistas reduziram, pela segunda vez consecutiva, sua expectativa de inflação para 2003. De acordo com a pesquisa Focus, que o Banco Central realiza semanalmente entre instituições financeiras e empresas de consultoria - concluída na sexta-feira -, a previsão do mercado é de que o IPCA de 2003 fique em 12,22%. Embora ainda alta, a projeção ficou ligeiramente abaixo da expectativa média da semana anterior, que apontava uma inflação de 12,26% para este ano. (Jornal do Commercio - 08.04.2003)

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9- Dólar ontem e hoje

Depois de oito quedas consecutivas, o dólar fechou a manhã de hoje em alta de 0,50%, cotado a R$ 3,169 na compra e R$ 3,171 na venda. Ontem a moeda norte-americana caiu 2,11% e fechou cotado a R$ 3,155 -o menor valor desde 12 de setembro do ano passado. (O Globo On Line e Folha de São Paulo - 08.04.2003)

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1- Iberdrola vai manter blindagem

A empresa espanhola Iberdrola não proporá na assembléia geral dos acionistas, a realizar-se no próximo dia 10 de maio em Bilbao, a reforma das atuais condições de blindagem, motivo pelo qual a Oferta Pública de Ações (OPA) da Gas Natural continua condicionada à aceitação de 75% do capital social. Os atuais estatutos da empresa estabelecem que nenhum acionista pode exercer direito de voto correspondente a mais de 10% do capital, seja qual for sua participação, e para mudar essa medida são necessários pelo menos 75% dos votos. Na ordem do dia da assembléia, a Iberdrola não menciona a mudança de estatuto, do que se depreende que as atuais medidas de blindagem continuarão vigentes. (Gazeta Mercantil - 08.04.2003)

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2- Alstom Portugal moderniza Cahora Bassa

A Alstom Portugal, subsidiária do Grupo Alstom, está reabilitando e modernizando os equipamentos hidromecânicos da central elétrica de Cahora Bassa. Esta modernização dos equipamentos da central eléctrica realizados pela unidade de 'Water Business' da Alstom Portugal, está inserida no projeto do Grupo de renovação completa de Cahora Bassa. O contrato está orçado em 40 milhões de euros tendo um prazo de execução de 19 meses. De acordo com comunicado da empresa, "este projeto insere-se no plano da profunda modernização da barragem de Cahora Bassa, para satisfazer o aumento da procura de eletricidade na região". (Diário Econòmico -08.04.2003)

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3- Bélgica adota teto para tarifas residenciais

O governo da Bélgica decidiu pela adoção de um teto para os preços das tarifas residenciais no livre mercado. Serão dois preços máximos a serem aplicados : um para os consumidores que estejam pagando as tarifas básicas no momento , e um outro para aqueles consumidores que estejam credenciados para o pagamento da tarifa "social" . Ambos serão equivalentes aos preços cobrados atualmente e entrarão em vigor em seis meses. (Platts- 08.04.2003)

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4- Suiça estuda substituição de energia nuclear

A Suíça está debatendo se existe a possibilidade de substituição de usinas nucleares. Segundo o Ministério de Energia da Suíça, dois estudos mostram que a energia nuclear pode ser substituída pela importação de energia eólica advinda de outros países europeus a longo prazo. "Na teoria os estudos mostram que a substituição funcionaria, mas na prática a história é outra." , afirmou o porta-voz do Ministério de Energia. (Platts - 08.04.2003)

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5- National Grid Transco investe 116 mi de euros no setor de gás

A empresa britânica, National Grid Transco fechou contrato no valor de 116 milhões de euros com a firma de engenharia sueca, Skanka, para a construção de um terminal para gás liqüefeito na Ilha de Grain, além de um gasoduto e de quatro tanques para estoque de GNL. (Platts - 08.04.2003)

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6- Endesa Chile vende transmissão a canadense por US$ 110 mi

A Endesa Chile concordou em vender seus ativos de transmissão de energia na região norte do país à HQI Transelec Chile SA, unidade da canadense Hydro Quebec, por US$ 110 milhões, informou a Endesa em comunicado. A transação, que inclui linhas controladas pela GasAtacama, unidade da Endesa Chile, deverá ser concluída até o final de maio. A venda das linhas de transmissão faz parte de uma estratégia geral de refinanciamento e de redução da dívida lançada pela empresa em outubro. A Endesa Chile tem sido atingida por um acentuado declínio no valor de ativos em suas unidades no Brasil e Argentina devido às dificuldades financeiras desses países. Os recursos a serem obtidos com a venda permitirão à companhia melhorar a sua estrutura de dívida, amenizar os atuais investimentos e melhorar a liquidez geral, afirma a companhia. A Endesa Chile já vendeu sua geradora Canutillar por US$ 174 milhões. A Endesa Chile é controlada pela empresa holding de eletricidade Enersis SA, que por sua vez, é controlada pela espanhola Endesa SA. No Brasil, a Endesa tem participações na Cerj, de geração e distribuição de energia, na Coelce, de distribuição de energia, na geradora Cachoeira Dourada e na Cien, da área de transmissão. (Broadcast System - 07.04.03)

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1- Castro, Nivalde José. As Duas crises do setor elétrico brasileiro: a vertente financeira. Rio de Janeiro, IFE nº 1.086 Instituto de Economia-UFRJ, 07-04-2003 - 2 páginas

O artigo apresenta uma análise da Crise do Setor Elétrico, diferenciando-a em duas vertentes: a crise financeira das empresas, considerada crise de curto prazo, e a crise potencial, de médio prazo, vinculada diretamente à ampliação da capacidade instalada. Este artigo analisa exclusivamente a crise financeira. Um outro artigo tratará da crise potencial.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/artigos/castro7.htm

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2- Lovei, Laszlo. The Single Buyer Model. Public Policy for the Private Sector, Note Number 225. Washington: BID, Dezembro de 2000.- 04 páginas.

Este documento publicado pelo BID discute o modelo de um único comprador (Modelo Pool) no SE, no qual é feita uma análise crítica, por ele promover ineficiências e não corresponder a realidade dos países em desenvolvimento.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/provedor/biblioteca/reestruturacao.htm

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Editor:
Prof. Nivalde J. Castro

Equipe:

Sub-editor: Fabiano Lacombe - Jornalista

Pesquisador: Rubens Rosental

Assistentes de Pesquisa: Daniel Santos, Bruno Negreiros e Rodrigo Berger

WebDesigner: Felipe Barenco

 
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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