Nuca  www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.084 - 03 de abril de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
Imprimir
índice
Reestruturação e Regulação

1- Corte de verbas pode prejudicar fiscalização da Arce
2- Curtas


Empresas

1- Furnas terá perda anual de R$ 700 mi com sobra de energia elétrica
2- AES consegue aprovar cláusula de proteção da falência de controladas
3- Mercado de eficiência deve gerar negócios de R$ 2 bi em até 3 anos
4- CPFL aponta alta no consumo de energia
5- AES Elpa registra prejuízo líquido de R$ 63,419 mi
6- Celesc realinha estratégia de atuação no mercado de telecomunicações
7- Celesc registra recorde de inscrição para programa de P&D
8- Cerj investirá este ano R$ 196 mi em projetos de melhoria do sistema
9- AES Corp obtém aprovação para rever contratos de dívidas


Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1- Consumo na região Sul chega a 8.022 MW médios
2- Volume armazenado cresceu 0,41% no Norte
3- Níveis dos reservatórios da região Nordeste estão em 49,26%
4- capacidade de armazenamento está em 77% no Sudeste/Centro-Oeste
5- Região Sul registra queda de 10,6% nos níveis dos reservatórios
6- Boletim Diário da Operação do ONS


Comercialização de Energia

1- Liminar suspende contrato da Celg


Gás e Termoelétricas

1- Negociação Petrobras e Bolívia é adiada
2- Gás natural: reajuste é suspenso


Grandes Consumidores

1- Abrace critica proposta do governo de realinhar tarifas
2- Industria de papel e celulose têm projetos de expansão


Economia Brasileira

1- Para exportadores, dólar abaixo de R$ 3,20 deve causar inquietações
2- Economista da UFRJ vê excesso de euforia nos mercados
3- Cardim: Brasil perdeu uma grande oportunidade em introduzir mudanças
4- Inflação no comércio varejista de SP continua em alta
5- Bancos elevam posições vendidas em dólar e cobrem déficit cambial
6- Votorantim realiza captação de US$ 200 mi
7- BNDES: mercado prevê queda de investimentos
8- Dólar ontem e hoje


Internacional

1- Senado americano aprova pacote para o setor de energia
2- Empresa norueguesa investe em expansão
3- EDP reduz investimento para 900 milhões em 2003


Biblioteca Virtual do SEE


1- Banco Central do Brasil."Relatório de Inflação - Março/2003". Rio de Janeiro. - 07 páginas
2- Bitran, Eduardo & Serra, Pablo. "Regulation of privatized utilities: the chilean experience". World Development: Vol.26, Nº 6, pp.945-62, 1998. – 18 páginas.
 
1- Corte de verbas pode prejudicar fiscalização da Arce

A fiscalização dos serviços de energia elétrica no Ceará será afetada em 2003 pela falta de recursos. O orçamento da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Ceará (Arce) caiu 64%. No ano passado, a agência local dispôs de R$ 1,4 milhão para a fiscalização dos serviços prestados pela Coelce. Este ano, com os cortes efetuados no Orçamento Geral da União (OGU), a verba disponibilizada pela Aneel caiu para R$ 525 mil. Para prestar os serviços, a agência é financiada através de convênios. Os recursos para fiscalização da Coelce, por exemplo, vêm de um percentual de 0,5% aplicado sobre o faturamento anual da empresa. O dinheiro é transferido pela Aneel e depois repassado para a Arce. Segundo o presidente do Conselho Diretor da Arce, José Bonifácio de Sousa Filho, a agência fez um plano de trabalho para este ano onde estava previsto um gasto de R$ 1,7 milhão para a realização dos serviços de fiscalização. "O Governo Federal cortou gastos de todas as agências reguladoras, não só da Aneel". (Diário do Nordeste - 03.04.03)

Índice

2- Curtas

O diretor da Eletrobrás Walter Cardeal tem defendido a estatização da Eletronet, mas, por enquanto, não angariou apoio. A Eletronet está sob a gestão da Lightpar. No setor elétrico e entre analistas do mercado financeiro, a estatização é vista com grande reserva. (Valor - 03.04.2003)

A usina hidrelétrica Monte Claro, em Veranópolis, na serra gaúcha, entrará em funcionamento até o final do próximo ano, aumentando em 10% a capacidade da matriz energética do Rio Grande do Sul. (O Globo - 03.04.2003)



Índice




1- Furnas terá perda anual de R$ 700 mi com sobra de energia elétrica

Maior geradora federal, Furnas terá perda anual de R$ 700 milhões por causa da energia descontratada -a energia cuja venda não está garantida por contratos firmados com as distribuidoras e que hoje encontra dificuldade para ser comercializada no MAE por falta de demanda. A conta é de Roberto D'Araujo, coordenador do grupo de trabalho da Eletrobrás responsável por apresentar sugestões ao Ministério de Minas e Energia sobre a reestruturação do setor elétrico. Esse é o problema mais grave que o setor enfrenta. Afeta não só Furnas mas todas as geradoras, como as estatais Chesf, Eletronuclear, Cesp e a privada Tractebel. D'Araújo afirma que o caso mais crítico é o de Furnas. De sua capacidade de geração de 5.000 MW médios. O total de energia descontratada equivale a cerca de 25% da capacidade instalada das usinas de Furnas -o que daria para abastecer cerca de 3,3 milhões de famílias de classe média. (Folha de São Paulo - 03.04.2003)

Índice

2- AES consegue aprovar cláusula de proteção da falência de controladas

A AES Corp., que gera energia em 30 países, anunciou que os detentores de US$ 4,1 bilhões em títulos da dívida aceitaram não exigir o pagamento imediato no caso de falência de controladas da empresa no Brasil e no Reino Unido. Os novos termos se aplicam a 12 emissões de títulos da dívida, disse a AES em uma declaração. A companhia deixou de saldar os pagamentos de empréstimos para a Eletropaulo Metropolitana, distribuidora de eletricidade no estado de São Paulo, e está negociando com os credores a reestruturação da dívida da AES Drax Holdings, unidade proprietária da maior central elétrica da Grã-Bretanha. "Isto não apenas lhes dá uma posição de vantagem nas negociações com os credores da Eletropaulo e da Drax, mas também a opção última: entregar as chaves", disse o analista Christopher Ellinghaus, do Williams Capital Group, que aconselha os investidores a manterem suas posições nas ações da AES. (Gazeta Mercantil - 03.04.2003)

Índice

3- Mercado de eficiência deve gerar negócios de R$ 2 bi em até 3 anos

O mercado das empresas de serviços de eficiência energética deverá movimentar cerca de R$ 2 bilhões nos próximos dois a três anos. Essa é a estimativa do presidente da Associação Brasileira das Empresas e Serviços de Conservação de Energia (Abesco), Eduardo Antônio Moreno, que participou ontem do lançamento do Programa de Incentivo ao Desenvolvimento de Mercado Financeiro para Eficiência Energética, coordenado pelo Ibmec. De acordo com Moreno, no ano passado as empresas que oferecem serviços de eficiência energética movimentaram R$ 80 milhões. O executivo explica que, após o racionamento, as empresas perceberam o quanto poderiam economizar com energia se contratassem programas de eficiência energética. (Jornal do Commercio - 03.04.2003)

Índice

4- CPFL aponta alta no consumo de energia

O presidente da CPFL, Wilson Ferreira Júnior, afirmou que o consumo na área de concessão da empresa, no interior de São Paulo, registrou alta de 4% no primeiro trimestre. O resultado está dentro das estimativas da empresa, que prevê alta de 4% em 2003. (Valor - 03.04.2003)

Índice

5- AES Elpa registra prejuízo líquido de R$ 63,419 mi

A AES Elpa, que controla 77,8% das ações ordinárias da Eletropaulo Metropolitana, encerrou o ano de 2002 com um prejuízo líquido de R$ 63,419 milhões. Segundo balanço divulgado pela empresa, a receita líquida no período atingiu R$ 1,388 bilhão, com uma despesa financeira líquida de R$ 256,689 milhões. O resultado operacional da empresa foi de R$ 3,841 milhões. O patrimônio líquido da AES Elpa no final do exercício estava em R$ 903,638 milhões. As informações foram encaminhadas à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) esta semana. (Canal Energia - 02.04.2003)

Índice

6- Celesc realinha estratégia de atuação no mercado de telecomunicações

Com o anúncio da falência da Eletronet, as empresas de energia começam a reavaliar suas estratégias e investimentos na área de telecomunicações. Uma delas é a Celesc, que estava elaborando um plano para entrar nesse mercado. Segundo Eduardo Setôneo, diretor técnico da Celesc, a área de telecomunicações deixou de ser um negócio atraente para a empresa, pois a procura foi bem menor que a oferta de serviços da área. "Até o final do ano passado, o mercado ainda sinalizava para a importância de investir nesse mercado, mas, com a crise nesse setor, o negócio deixou de ser interessante", afirma ele. No entanto, a empresa não deve abandonar os planos feitos para área. Isto porque a distribuidora faz parte do grupo de trabalho do governo do Estado de Santa Catarina para implantar uma rede de comunicação própria, utilizando a rede elétrica da companhia. (Canal Energia - 02.04.2003)

Índice

7- Celesc registra recorde de inscrição para programa de P&D

A Celesc recebeu 140 propostas para o programa de pesquisa e desenvolvimento relativo ao ciclo 2002-2003, que terá investimentos de R$ 5,8 milhões. Entre as 32 instituições inscritas, a Universidade Federal de Santa Catarina apresentou o maior número de propostas, com um total de 45. Das 140 propostas, 25 a 30 projetos serão escolhidos pela empresa, levando em consideração a qualidade da proposta e a capacitação dos pesquisadores. Segundo a Celesc, os selecionados deverão contemplar a melhoria da qualidade do meio ambiente, o uso de fontes renováveis de energia, o aumento da eficiência energética e da confiabilidade do sistema, além da redução de custos para o consumidor. (Canal Energia - 02.04.2003)

Índice

8- Cerj investirá este ano R$ 196 mi em projetos de melhoria do sistema

A Cerj investirá em 2003 cerca de R$ 196 milhões em melhorias no fornecimento de energia na sua área de concessão, que compreende 66 município do estado do Rio de Janeiro. Outra prioridade da distribuidora para este ano é o programa de controle de perdas. Segundo o vice-presidente de Relações Instituicionais da Cerj, Mario Rocha, a empresa atualmente tem um nível de perdas de 23%. Para o vice-presidente de Relações Instituicionais da Cerj, a redução das perdas permite o crescimento dos investimentos próprios da empresa, evitando endividamento. Em relação à demanda na área de concessão da distribuidora, Mario Rocha acredita na manutenção do patamar de crescimento para 2003, estimando um aumento de cerca de 2% a 3%. Em 2002, a Cerj chegou a 2 GWh, uma demanda próxima do registrado em 2000. (Canal Energia - 02.04.2003)

Índice

9- AES Corp obtém aprovação para rever contratos de dívidas

A AES Corp. anunciou nesta quarta-feira, dia 2 de abril, a aprovação dos credores para rever as regras de 12 emissões de bônus, que somam US$ 4,1 bilhões. O pedido de revisão foi feito pela empresa nos dias 14 e 26 de março deste ano. Com isso, as correções têm por objetivo atender os papéis das subsidiárias e alguns eventos classificados como "default". Além disso, as alterações também permitirão que os contratos dessas emissões sejam atrelados às notas promissórias garantidas recentemente adquiridas pela empresa e que têm prazo de vencimento até 2005. O resultado, segundo a AES Corp, é que nenhuma empresa controlada será classificada como "papéis de subsidiária" evitando o resgate antecipado por parte dos credores em caso de falência ou "default". (Canal Energia - 02.04.2003)

Índice


1- Consumo na região Sul chega a 8.022 MW médios

A região Sul registrou um consumo de 8.022 MW médios na última terça-feira, dia 1º de abril, contra a previsão de 7.425 MW médios do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS. Nos últimos sete dias, a região teve uma variação de 8,04%. Já o Nordeste consumiu 6.103 MW médios, contra a previsão de 5.937 MW médios do operador do sistema. A região teve uma variação de 2,8% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.072 MW médios, o subsistema registrou uma oscilação de 0,51% no período. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo chegou a 27.465 MW médios, contra o PMO de 25.419 MW médios. Nos últimos sete dias, a variação no subsistema foi de 8,05%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.089 MW médios, o subsistema registra uma oscilação de 1,39%. O Norte consumiu 2.782 MW médios, contra a previsão de 2.698 MW médios do ONS. A região registrou uma variação no consumo de 3,11% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 02.04.2003)

Índice

2- Volume armazenado cresceu 0,41% no Norte

A capacidade de armazenamento da região Norte subiu 0,41% em comparação com o dia anterior. Atualmente, os níveis chegam a 80,96%. A usina de Tucuruí está com 97,37% de sua capacidade. (Canal Energia - 02.04.2003)

Índice

3- Níveis dos reservatórios da região Nordeste estão em 49,26%

O volume armazenado cresceu 0,24% na região Nordeste, chegando a 49,26%. Em relação à curva de aversão ao risco, o índice está 24,23% acima do previsto pelo operador do sistema. A usina de Sobradinho está com 46,31% de sua capacidade. (Canal Energia - 02.04.2003)

Índice

4- capacidade de armazenamento está em 77% no Sudeste/Centro-Oeste

Os níveis dos reservatórios estão em 77% na região Sudeste/Centro-Oeste, o que representa um pequeno aumento de 0,09%. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume está 44% acima do previsto. Nas hidrelétricas de Emborcação e Miranda, os índices estão em 80,33% e 79,68%, respectivamente. (Canal Energia - 02.04.2003)

Índice

5- Região Sul registra queda de 10,6% nos níveis dos reservatórios

A região Sul foi a única a registrar queda nos níveis dos reservatórios. A capacidade de armazenamento está em 86,91%, o que representa uma queda de 1,06%. Na hidrelétrica de Salto Santiago, o índice é de 95,07%. (Canal Energia - 02.04.2003)

Índice

6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

Índice

1- Liminar suspende contrato da Celg

O juiz federal Carlos Humberto de Souza concedeu liminar suspendendo o contrato entre a Celg e Centrais Elétricas de Cachoeira Dourada S.A., que obrigava a Celg a comprar toda a energia elétrica produzida pela usina. O valor que a Celg paga pela energia é 53% superior ao valor médio que as outras usinas vendem no mercado. A Celg já pagou a mais pela energia de Cachoeira Dourada cerca de R$ 715 milhões desde que privatizou a usina em setembro de 1997. A decisão foi proferida ontem em ação ordinária proposta pelo advogado Adilson Ramos Júnior contra a CDSA e a Aneel. O juiz acatou os argumentos da Celg de que os prejuízos acumulados pela empresa pelo pagamento de energia elétrica a preço bem acima do mercado inviabilizava financeiramente a estatal. A batalha judicial pelo fim do contrato começou desde que a atual diretoria tomou posse, informou o advogado Adilson Ramos Júnior. "A atual administração busca rever todos os seus contratos, para implementar uma gestão séria e voltada para os interesses dos consumidores e da população goiana", explicou.(Diário da Manhã- 03.04.03)

Índice

1- Negociação Petrobras e Bolívia é adiada

A renegociação aberta pelo Brasil para mudar o contrato de compra de gás natural da Bolívia deverá ter novos desdobramentos na próxima semana. Ontem a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, cancelou viagem que faria a La Paz para tratar o assunto com o governo boliviano em reunião que havia sido marcada para hoje. Na discussão, a Petrobras quer acabar com o pagamento de uma tarifa pelo gás importado mesmo que não o consuma - o chamado "take or pay". A assessoria do Ministério informou que a 4ª Reunião da Comissão Mista de Energia Brasil-Bolívia, encarregada de tratar o tema, foi transferida para a semana que vem, em Brasília, aproveitando a chegada ao país, no dia 10 de abril, do presidente da Bolívia, Gonzalo Sanchez de Lozada e de uma comitiva de ministros. O objetivo do governo brasileiro é discutir o tema de forma diplomática, evitando se indispor com o vizinho. (Valor - 03.04.2003)

Índice

2- Gás natural: reajuste é suspenso

O reajuste programado para o gás natural neste mês foi cancelado, confirmou ontem o diretor de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer. Durante audiência com o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, que preside o Grupo Executivo de Energia do Estado (Genesc), foi informado que a alta de 18% a 20% está suspensa até que sejam definidas as negociações com os bolivianos. Está sendo analisada a proposta de equiparação do preço com os do Programa Prioritário de Termelétricas. As negociações serão encaminhadas por representantes do Brasil e da Bolívia, o mesmo ocorrendo com relação às negociações entre Petrobrás e distribuidoras, no que diz respeito ao aditivo dos contratos. A pressão para não reajustar o preço se intensificou depois que empresários ameaçaram abandonar o produto. (Diário Catarinense - 03.04.2003)

Índice

1- Abrace critica proposta do governo de realinhar tarifas

A intenção do governo de fazer um realinhamento tarifário para o setor industrial está causando polêmica, principalmente entre os grandes consumidores. O vice-presidente da Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia Elétrica), José Roberto Gianotti, considerou a medida precipitada e espera que a discussão seja mais ampla, com a participação de todos os agentes, principalmente os grandes consumidores, que serão os mais afetados com a decisão. "Não podemos partir para medidas precipitadas, mas se existem dúvidas sobre a questão, que sejam avaliadas de forma que não prejudiquem a sociedade", afirma ele. O executivo explica que a discussão em torno do realinhamento tarifário vem da possibilidade de existência de subsídios cruzados nas tarifas. Segundo Gianotti, a entidade considera que a afirmação está sendo feita com base nos custos médios das concessionárias, quando deveria ser feita uma avaliação dos custos associados por elétrica. "Não há uma solução igual para todas as concessionárias, pois cada uma tem um determinado número de consumidores industriais. Afirmar que a atual crise do setor é por conta desses subsídios cruzados é incoerente", ressalta o executivo. (Canal Energia - 02.04.2003)

Índice

2- Industria de papel e celulose têm projetos de expansão

Atuando perto do limite da capacidade de produção instalada, os grandes fabricantes da indústria de papel e celulose têm projetos para expansão ou abertura de planta, e apostam no financiamento do BNDES para levar adiante esses planos. Dados do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) apontam o setor como o maior gargalo na indústria brasileira. O presidente do BNDES, Carlos Lessa, já deixou claro que pretende oferecer empréstimos aos setores que estejam no limite produtivo e que sejam geradoras de divisas, o que inclui papel e celulose. Entre 2001 e 2002, o BNDES emprestou R$ 2,4 bilhões às empresas do setor. A Bracelpa, associação que representa a indústria de papel e celulose no país, está finalizando um estudo sobre os investimentos necessários para que o país não enfrente um "apagão" no setor, mas garante que a situação está bem administrada. "Estamos terminando um estudo sobre os próximos 10 anos, com investimentos necessários, mostrando qual o potencial, as oportunidades, os obstáculos. A entrega será no final de abril, depende da agenda do presidente", disse o presidente da entidade, Osmar Zogbi. O aporte anual de capital necessário, segundo Zogbi, seria de pelo menos US$ 1 bilhão a US$ 1,2 bilhão. (Valor - 03.04.2003)

Índice

1- Para exportadores, dólar abaixo de R$ 3,20 deve causar inquietações

O dólar desvalorizado, que pode ajudar a reduzir as taxas de inflação e já faz o mercado falar em corte das taxas básicas de juros, começa a causar certa apreensão nos exportadores. A queda tem seus efeitos sobre o poder de fogo das exportações brasileiras. E já é alvo de debates entre lideranças do setor. O Iedi, entidade que representa o setor industrial, já fez as contas. Uma valorização do real, a ponto de a média anual ficar perto de R$ 3,20, pode levar o país a perder US$ 4 bilhões em sua balança comercial. "Uma taxa inferior a isso afeta sim as contas externas", diz Júlio Sérgio de Almeida, economista do Iedi. Em parte, essa queda da moeda norte-americana tem certo efeito sobre a continuidade dos saldos positivos da balança comercial. Afeta diretamente a competitividade do produto nacional nos mercados estrangeiros, tornando-o menos atrativo. Ainda é cedo para qualquer discussão sobre taxas de juros, mas analistas do mercado já falam que, com as sucessivas quedas do dólar, um corte nas taxas de juros pode ocorrer em breve. Além do otimismo dos investidores com o resultado do saldo do comércio exterior e com a política adotada pelo governo, os analistas ressaltam que o clima de instabilidade externa, aliado aos baixos juros das economias desenvolvidas, favorece o fluxo de capitais para países emergentes, caso do Brasil. (Folha de São Paulo - 03.04.2003)

Índice

2- Economista da UFRJ vê excesso de euforia nos mercados

O economista Fernando Cardim, professor de economia monetária e de macroeconomia da UFRJ, avalia que o Brasil está vivendo um momento de euforia econômica injustificada. "Há um risco de que essa euforia seja um engano muito grande", afirmou ontem à Folha. Ele defende a adoção pelo país de "mecanismos de controle seletivo" da entrada de capitais voláteis. Identificado como um economista heterodoxo e alinhado com o pensamento de correntes que apoiaram a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cardim vem sendo um dos principais críticos da política econômica do governo, que considera uma simples continuação do que vinha sendo feito no governo anterior. "O mercado percebe, cada vez mais, que a política escolhida pelo governo Lula é priorizar compromissos financeiros. Por outro lado, os investimentos estrangeiros diretos continuam precários, perdendo o fôlego em relação às previsões que se tinha", disse. Isso significa que não está havendo nenhuma aposta na solidez da economia real. (Folha de São Paulo - 03.04.2003)

Índice

3- Cardim: Brasil perdeu uma grande oportunidade em introduzir mudanças

Para o economista, o país perdeu, quando o risco Brasil e o dólar estavam em alta, a oportunidade de introduzir formas de controle seletivo de entrada de capitais externos para fugir dos riscos trazidos por esses capitais voláteis. "O que tínhamos até o final do ano passado, de certa forma, facilitava a busca de uma alternativa", afirmou. Ele avalia que, mesmo assim, as medidas ainda podem ser tomadas, preservados os direitos de circulação irrestrita dos capitais que já estão no país. Cardim defende o estabelecimento de prazo mínimo, que poderia ser de um ano, para a permanência de capitais no país, sob pena de pagamento de imposto para sair. Quer também que o governo coloque em prática mecanismos legais que, segundo ele, já existem para controlar a remessa de recursos de residentes no país para o exterior pelas chamadas contas CC-5. O mecanismo, de acordo com Cardim, é a simples exigência de que a destinação do dinheiro seja declarada. Cardim critica o fato de empresas brasileiras estarem captando recursos externos com apenas seis meses de prazo para pagamento. Ele considera esse prazo danoso e sugere que ele seja estendido para, no mínimo, um ano e que seja limitado o direito de captação por empresas que não têm faturamento em dólares. O economista concorda que ações relacionadas com o controle de capitais têm risco de gerar reações turbulentas, mas argumenta que o governo precisa fazer uma análise comparativa entre o risco da mudança de política e o da permanência da política atual. "Nós estamos pagando um custo bastante elevado pela simples continuação." (Folha de São Paulo - 03.04.2003)

Índice

4- Inflação no comércio varejista de SP continua em alta

A inflação alta está persistindo no varejo paulista. Levantamento do Fecomercio SP mostra que em março o Índice de Preços no Varejo (IPV) foi de 1,16%, uma queda de apenas 0,4 pontos percentuais em relação a fevereiro. No ano passado, a inflação do mesmo período havia sido de 0,39%. A expectativa era de que o indicador ficasse abaixo de 1%. Mas os reajustes nos preços de alimentos, automóveis e eletrodomésticos continuam a contribuir para a alta no IPV. No primeiro trimestre, a inflação medida pela Fecomercio SP já atingiu 7,5%, metade da previsão para todo o ano. (Valor - 03.04.2003)

Índice

5- Bancos elevam posições vendidas em dólar e cobrem déficit cambial

O resultado do movimento de câmbio em março foi, aparentemente, paradoxal. Faltou US$ 1,23 bilhão no fluxo de dólares, mas a cotação do dólar caiu de R$ 3,5632, no final de fevereiro, para R$ 3,3531 no final de março. A explicação é que este buraco acabou sendo coberto, no mercado cambial, por um aumento de US$ 1,209 bilhão na posição vendida dos bancos. A posição vendida total chegou ao pico de US$ 4,586 bilhões, valor que superou a marca de dezembro, de US$ 4,395 bilhões e é praticamente o dobro do que os bancos mantinham durante a boa parte do ano passado. O déficit no fluxo cambial foi explicado, basicamente, pelo lado financeiro. O salto na posição vendida dos bancos, diz o dirigente de um grande banco estrangeiro, se explica pela característica das captações recentes. O grosso do dinheiro é de curto prazo. (Valor - 03.04.2003)

Índice

6- Votorantim realiza captação de US$ 200 mi

O Banco Votorantim fechou ontem captação externa de US$ 200 milhões, com relação aos US$ 50 milhões lançados na sexta-feira, mais uma demonstração da forte demanda pelos títulos de bancos brasileiros no mercado internacional. Os papéis, de vencimento em um ano, pagam juros nominais de 6,25% ao ano e rendimento de 6,50% ao ano. O líder da operação foi o Standard Bank. "Houve demanda por um volume maior de papéis, mas resolvemos ficar nos US$ 200 milhões", disse o diretor do Banco Votorantim, Pedro Mollo. Com a queda do risco-país abaixo dos 1.000 pontos básicos, mais empresas não-financeiras deverão vir a mercado em breve, diz Mollo. (Valor - 03.04.2003)

Índice

7- BNDES: mercado prevê queda de investimentos

Apesar do recuo do risco-país, as projeções de investimento estrangeiro direto (IED) na economia brasileira estão encolhendo. Levantamento do BNDES mostra que as projeções de um grupo de consultorias e bancos apontam para o ingresso de US$ 11 bilhões destes investimentos este ano no País, abaixo da expectativa do BC, que foi recentemente revisada de US$ 15 bilhões para US$ 13 bilhões. A redução de projeções decorre, basicamente, do cenário internacional. A guerra entre Estados Unidos e Iraque e a situação de caixa das empresas globais estão agravando a redução dos fluxos internacionais de investimento, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos das Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Antônio Corrêa de Lacerda. A entidade também decidiu rebaixar suas projeções para o IED este ano, dos US$ 15 bilhões anteriormente estimados para US$ 12 bilhões. (Jornal do Commercio - 03.04.2003)

Índice

8- Dólar ontem e hoje

Ontem, a moeda norte-americana foi embalada por uma forte onda de otimismo em todos os segmentos do mercado financeiro e terminou negociada a R$ 3,26 para compra e R$ 3,263 para venda. (Invertia - 03.04.2003)

Índice


1- Senado americano aprova pacote para o setor de energia

O Comitê de Finanças do Senado americano aprovou ontem um pacote de US$ 16 bilhões para estimular o setor. Esse pacote tem como objetivo desenvolver formas de energia alternativas e renováveis, além de reestruturar o setor elétrico americano. (Platts - 03.04.2003)

Índice

2- Empresa norueguesa investe em expansão

A empresa norueguesa Gassled irá investir US$ 780 milhões na planta de processamento de gás em Karsto para receber e processar gás oriundos da estatal Statoil´s Kristin além de outros campos de gás da Noruega. O objetivo é expandir a capacidade de processamento em 40% em relação aos níveis atuais. (Platts - 03.04.2003)

Índice

3- EDP reduz investimento para 900 milhões em 2003

O grupo EDP - Electricidade de Portugal - prevê realizar investimentos na ordem dos 800 a 900 milhões de euros em 2003. Um valor que fica aquém dos 1.195 milhões de euros gastos no último exercício. A maior fatia deste novo investimento, na ordem dos 350 milhões de euros, será canalizada para as áreas da produção e distribuição de eletricidade, o 'core business' da empresa. (Diário Econômico - 03.04.2003)

Índice

1- Banco Central do Brasil."Relatório de Inflação - Março/2003". Rio de Janeiro. - 07 páginas

Relatorio do BC sobre a inflção de março de 2003

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/conjuntura.htm

Índice


2- Bitran, Eduardo & Serra, Pablo: "Regulation of privatized utilities: the chilean experience". World Development: Vol.26, Nº 6, pp.945-62, 1998. – 18 páginas.

O artigo trata sobre a privatização chilena, que apesar do aumento dos investimentos e das eficiências, esses ganhos não foram repassados ao consumidor, devido ao modelo regulatório adotado e a falta de capacidade técnica das agências. Somente nos setores em que foi introduzida a concorrência é que houve diminuição nos preços. Com isso os autores concluem que é necessário um fortalecimento das agências reguladoras no Chile.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm

Índice


Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca, Daniel Bueno, Bruno Nini, Patricia Vance Rodrigo Berger e Rubens Rosental - Economistas

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros e Daniel Pereira Santos

WebDesigner: Felipe Barenco
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
 www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras