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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.083 - 02 de abril de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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Reestruturação e Regulação

1- Inadimplência da AES com o BNDES perto de solução
2- Pinguelli defende realinhamento das tarifas do setor industrial
3- Gastos do MME chegam a R$ 2,4 bi no primeiro bimestre
4- Curtas


Empresas

1- Coelce registra lucro em 2002 de R$ 83,3 mi
2- Celpe registra lucro líquido de R$ 12,8 mi em 2002
3- Inepar Energia registra prejuízo
4- Caiuá perde R$ 335,6 mi
5- Proposta de revisão tarifária pode aumentar geração de caixa da Cemig para R$ 1,4 bi
6- CPI da Copel convoca ex-diretores da Sercomtel
7- Programa de P&D da CGTEE terá investimento de R$ 800 mil
8- Itaipu assina acordo com Banco do Brasil para licitações eletrônicas


Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1- Consumo de energia no Sul chega a 7.870 MW médios
2- Nível dos reservatórios subiu 0,12% no Norte
3- Subsistema Nordeste registra 49,02% da capacidade
4- Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 76,91% do volume
5- Capacidade de armazenamento está em 87,97% no Sul
6- Boletim Diário da Operação do ONS


Gás e Termoelétricas

1- Petrobrás reduzirá recursos para área de gás e energia
2- Petrobrás quer mudar acordo com Bolívia
3- Distribuidores de gás apostam na renegociação com a Bolívia
4- Comgás e Gasmig disputam o fornecimento de gás para Alcoa
5- Aneel estabelece quotas de carvão em SC


Economia Brasileira

1- Risco-país cede e cai abaixo dos mil pontos
2- Superávit comercial de março atingiu US$ 3,76 bi
3- País precisa de US$ 100 bi para sustentar exportações
4- BNDES garante a entrada de US$ 900 mi
5- Dólar ontem e hoje


Internacional

1- Lucro da EDP recuou 25% no ano passado
2- EDP vai priorizar mercado de energia ibérico
3- Enersis corta custos em US$ 100 mi
4- E.ON pode vender unidade por 1 bi de euros
5- União Européia deve resguardar suas fontes de energia
6- Consumidor europeu quer conta de energia com mais informações
7- EDF tem suas garantias de crédito pelo governo suspensas


Biblioteca Virtual do SEE


1- Tewari, D & Shah, T. An assessment of South African prepaid electricity experiment, lessons learned, and their policy implications for developing countries. Energy Policy, Volume 31, Issue 9. Elsevier: Janeiro/2003 p. 911-27 - 17 páginas
2- Resende, Marcelo. Relative efficiency measurement and prospects for yardstick competition in Brazilian electricity distribution. Elsevier: Energy Policy, V. 30, Issue 8, Junho 2002, p. 637-47 - 10 páginas.

 
1- Inadimplência da AES com o BNDES perto de solução

A solução para a inadimplência da norte-americana AES com o BNDES pode estar próxima. O vice-presidente da AES Corporation, o americano Joseph Brandt, esteve na última sexta-feira no Brasil para uma reunião na sede do BNDES, no Rio, com o vice-presidente do banco, Darc Costa. Ficou expressa a intenção da AES de honrar a dívida vencida com o banco brasileiro de fomento. O passo seguinte será a empresa apresentar nos próximos dias proposta de quitar parte do débito vencido em dinheiro e parte em ativos, numa combinação ainda em fase de montagem. (Gazeta Mercantil - 02.04.2003)

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2- Pinguelli defende realinhamento das tarifas do setor industrial

O presidente da Eletrobrás, Luis Pinguelli Rosa, descartou nesta terça-feira, dia 1° de abril, a possibilidade de o governo adotar um programa emergencial, estimado em R$ 8 bilhões, para equilibrar a saúde financeira das empresas do setor. O executivo também defendeu a correção progressiva das tarifas de energia dos consumidores eletrointensivos. "O governo não tem nenhuma intenção de realizar um tarifaço para o setor industrial", garantiu Pinguelli. "É preciso fazer uma adequação, um realinhamento tarifário. O objetivo não é fazer um choque tarifário", frisou Pinguelli, admitindo que o setor industrial paga "excessivamente barato pela energia". O aumento das tarifas de energia elétrica para o consumidor residencial foi descartado ontem pelo presidente da Eletrobrás. (Jornal de Commercio e Canal Energia - 01.04.2003)

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3- Gastos do MME chegam a R$ 2,4 bi no primeiro bimestre

O Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento publicou nesta terça-feira, dia 1º de abril, balanço dos gastos realizados pelas empresas estatais federais no primeiro bimestre do ano. O levantamento levou em consideração 58 empresas estatais federais, sendo que 16 pertencem ao grupo Eletrobrás. Nos primeiros dois meses do ano, o Ministério de Minas e Energia, gastou R$ 2,4 bilhões, o que corresponde a 91,2% das despesas realizadas pelas empresas estatais no período. O valor representa ainda 11,8% do orçamento previsto para o ministério este ano. O documento mostra ainda que foram efetivados investimentos de R$ 600,1 milhões em nove projetos na área de energia elétrica. No entanto, o investimento foi menor que o aplicado nos oito projetos da área de petróleo e gás, que receberam recursos da ordem de R$ 1.720,8 bilhão para oito projetos. No total, o orçamento deste ano agrega 33 programas de empresas federais. Entre as empresas que tiveram mais gastos em sua programação no primeiro bimestre, destacam-se a Eletronorte (22,7%), Furnas (22,4%), ECT (17,1%) e Petrobras (16,8%). (Canal Energia - 01.04.2003)

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4- Curtas

Hoje, às 15:00h, no Auditório do CEPEL, Av. Um, s/nº, Cidade Universitária, Ilha do Fundão, o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) vai discutir propostas sobre a reestruturação e medidas emergenciais para o setor de energia elétrica. No evento será discutido o Estudo "Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro" de autoria do Prof. Ildo Sauer. Entre as principais preocupações da Eletrobrás está o realinhamento de tarifas e o reajuste de preços cobrados de determinados segmentos da indústria. (Valor - 02.04.2003)

As empresas estatais ligadas ao setor produtivo vão assumir o compromisso de comprar uma parcela significativa de seus equipamentos junto à indústria nacional. A informação foi dada ontem pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. (O Globo - 02.04.2003)

A AES abandonou a gestão da Eletronet, empresa de transmissão de dados por fibra ótica, com dívidas de R$ 550 milhões. O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, disse ontem que a estatal não assumirá o pagamento dessas dívidas, que são de responsabilidade da AES. (O Globo - 02.04.2003)

A Eletrobrás decidiu pedir falência de sua unidade de telecomunicações, a Eletronet, controlada pela Lightpar. O pedido será oficializado nas próximas semanas se uma assembléia de acionistas ratificar decisão do Conselho de Administração anunciada ontem. (O Globo - 01.04.2003)

Luis Pinguelli Rosa disse que a tarifa cobrada pela Eletronuclear atualmente é insuficiente para trazer a saúde financeira para a empresa e manter sua segurança. "A tarifa necessária para cobrir os custos é menor do que a que é cobrada por termelétricas, por exemplo". (Jornal de Commercio - 02.04.2003)



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1- Coelce registra lucro em 2002 de R$ 83,3 mi

Indo na contramão do setor elétrico em 2002, quando as empresas registraram grandes prejuízos, a Coelce encerrou o ano passado com um lucro líquido de R$ 83,3 milhões. O resultado só foi possível devido à antecipação de receitas futuras, ou seja, dinheiro que ainda não entrou no caixa da empresa mas já contabilizado como receita. Esse modelo é estabelecido pela própria Aneel. Sem isso, a Coelce teria entrado no vermelho em 2002. O conjunto das empresas do setor, mesmo com a antecipação de receitas, amargou um prejuízo de cerca de R$ 10 bilhões no ano passado, contra um lucro de R$ 4 bilhões conseguido em 2001. Outro ponto que contribuiu para o resultado positivo registrado no ano passado, foi o fato da Coelce vir fazendo( há cerca de dois anos ) a proteção de suas dívidas contra variações na taxa de cambio ou juros. Esse procedimento contribuiu significativamente para diminuir o impacto da desvalorização de 32% do real em 2002 sobre a empresa. (Diário do Nordeste - 02.04.03)

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2- Celpe registra lucro líquido de R$ 12,8 mi em 2002

A Celpe encerrou 2002 com um lucro líquido de R$ 12,8 milhões. Segundo informações divulgadas pela empresa, a receita operacional líquida no período atingiu R$ 959 milhões, enquanto as despesas operacionais foram de R$ 350,5 milhões. As demonstrações financeiras da distribuidora mostram ainda que a energia comprada no ano passado foi de R$ 511,3 milhões. Quanto ao volume de energia vendido em 2002, o balanço da companhia revela que o consumo teve crescimento de 1,4% em comparação com o ano anterior. No ano passado, o consumo físico chegou a 6.994 GWh, mas ainda está 7,1% abaixo dos 7.533 GWh verificados em 2000, ano em que não houve racionamento de energia no país. (Canal Energia - 01.04.2003)

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3- Inepar Energia registra prejuízo

A Inepar Energia teve prejuízo líquido consolidado de R$ 132,4 milhões, ou R$ 384,83 por ação, no ano passado. No período, a companhia teve uma despesa financeira líquida de R$ 18,5 milhões e uma receita líquida de R$ 14,9 milhões. Já o resultado da equivalência patrimonial ficou negativo em R$ 90,2 milhões e o resultado operacional também negativo em R$ 126 milhões. (Gazeta Mercantil - 02.04.2003)

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4- Caiuá perde R$ 335,6 mi

A empresa Caiuá Serviços de Eletricidade teve prejuízo líquido consolidado de R$ 335,6 milhões, ou de R$ 5.904,02 por ação, no ano passado. No período, a companhia teve despesa financeira líquida de R$ 608,6 milhões. Já a receita líquida ficou em R$ 1,76 bilhão. O resultado bruto da companhia foi de R$ 436 milhões, e o resultado operacional foi negativo em R$ 450,7 milhões. (Gazeta Mercantil - 02.04.2003)

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5- Proposta de revisão tarifária pode aumentar geração de caixa da Cemig para R$ 1,4 bi

Apesar do resultado extremamente negativo em 2002, quando encerrou o ano acumulando um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão, a Cemig tem boas perspectivas para uma possível melhora na sua performance em 2003. A empresa espera impulsionar a elevação dos resultados em alguns itens financeiros com a definição do processo de revisão ordinária das tarifas, marcado para a próxima terça-feira, dia 8 de abril. O principal impacto positivo que a concessionária pode ter inicialmente com a revisão será no aumento da geração de caixa, que no último exercício totalizou cerca de R$ 1,1 bilhão. A empresa, que em 2001 alcançou R$ 1,4 bilhão de geração interna, já prevê uma recuperação deste resultado em 2003, caso a proposta de revisão lançada pela Aneel em fevereiro seja mantida. A agência do setor propôs um índice de revisão de 27,49%, além de 1,02% como índice redutor do IGP-M (o fator X), permitindo a divisão de produtividade com os consumidores. (Canal Energia - 01.04.2003)

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6- CPI da Copel convoca ex-diretores da Sercomtel

A comissão que investiga a Copel quer ouvir representantes da empresa de Londrina. O ex-presidente da Sercomtel, Rubens Pavan, e os ex-secretários municipais de Governo, Gino Azzolini Neto, e da Fazenda, Luiz César Guedes, foram convocados para depor na CPI da Copel, amanhã, às 10 horas, na Assembléia Legislativa. Os primeiros documentos, que a comissão recebeu, continham os nomes das três pessoas, e por isso elas serão ouvidas. Foram convidados também a prestar esclarecimentos Rubens Pavan, que dirigiu a Sercomtel no período de 1998 e o ex- servidor da Copel, Alceu Adalberto Fardin. A CPI já ouviu os diretores da Copel que apresentaram os valores que foram pagos à prefeitura de Londrina e aos bancos FonteCindam e Sudameris na época da compra das ações da Sercomtel. Segundo o presidente da comissão, Marcos Isfer (PPS), a audiência com os promotores do Ministério Público foi produtiva. "Chegamos a alguns nomes que serão chamados também pela nossa comissão. Houve o cruzamento de dados e surgiram mais informações que também serão checadas", afirmou. (Gazeta do Povo - 02.04.03)

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7- Programa de P&D da CGTEE terá investimento de R$ 800 mil

A CGTEE investirá cerca de R$ 800 mil na realização de seis projetos do ciclo 2002/2003 do programa de pesquisa e desenvolvimento. O programa deverá ser entregue a Aneel até 30 de abril e a CGTEE espera receber aprovação em dois meses. A contratação dos institutos de pesquisa que desenvolverão os projetos deve acontecer em setembro. O destaque deste ciclo é o projeto de elaboração de um simulador de processos operacionais da usina de Presidente Médici, que contará com investimentos da ordem de R$ 216 mil. Segundo Carlos Marcelo Cecin, diretor técnico da CGTEE, a importância do simulador é auxiliar no treinamento dos operadores da térmica, além de facilitar a operação do sistema. (Canal Energia - 01.04.2003)

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8- Itaipu assina acordo com Banco do Brasil para licitações eletrônicas

A Itaipu Binacional assinará nesta sexta-feira, dia 4 de abril, um acordo de cooperação técnica com o Banco do Brasil para utilizar o sistema de licitações eletrônicas para compras de bens, materiais e serviços no mercado brasileiro. O novo sistema, que é gratuito, será utilizado em caráter experimental por um ano. A expectativa da empresa com o novo sistema é gerar uma economia de 10% nos processos licitatórios da usina. Segundo o presidente da estatal, Jorge Samek, o pregão eletrônico permitirá um aumento no número de concorrentes nos leilões, que têm um potencial pregoável de US$ 11,79 milhões por ano. A licitação eletrônica também reduzirá o tempo dos processos. Nesse caso, a economia estimada é de 63%, passando de 230 dias para 85 dias o tempo de duração do processo. As tomadas de preços serão agilizadas em 55% (de 190 para 85 dias) e as coletas de preços em 30% (de 60 para 42 dias). (Canal Energia - 02.04.2003)

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1- Consumo de energia no Sul chega a 7.870 MW médios

O consumo de energia no Sul atingiu 7.870 MW médios na última segunda-feira, dia 31 de março, contra a previsão de 7.389 MW médios do Programa Mensal de Operação do ONS. Nos últimos sete dias, a variação foi de 1,85%. Já o Nordeste consumiu 5.987 MW médios, contra a previsão de 6.091 MW médios do ONS. A região registrou uma variação no consumo de -3,71% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.048 MW médios, o subsistema teve uma oscilação de -3,03% no mesmo período. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo foi de 26.816 MW médios, contra o PMO de 27.173 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, a variação chegou a -5,3%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.228 MW médios, o subsistema registriu uma oscilação de -5,49%. O Norte teve um consumo de 2.766 MW médios na última segunda-feira, contra a previsão de 2.710 MW médios do operador do sistema. A região teve uma variação no consumo de 0,87% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 01.04.2003)

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2- Nível dos reservatórios subiu 0,12% no Norte

O subsistema Norte registra 80,55% da capacidade, um aumento de 0,12% em comparação com o dia anterior. A hidrelétrica de Tucuruí registra índice de 96,98%. (Canal Energia - 01.04.2003)

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3- Subsistema Nordeste registra 49,02% da capacidade

O nível dos reservatórios subiu 0,25% no subsistema Nordeste. Com isso, a capacidade do subsistema chegou a 49,02%, volume 24,02% acima da curva de aversão ao risco. O nível da usina de Sobradinho está em 46,13%. (Canal Energia - 01.04.2003)

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4- Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 76,91% do volume

A capacidade de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 76,91%, um acréscimo de 0,11% em um dia. O volume está 43,91% acima da curva de segurança 2002/2003. As usinas de Nova Ponte e Miranda estão, respectivamente, com 62,9% e 82,77%. (Canal Energia - 01.04.2003)

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5- Capacidade de armazenamento está em 87,97% no Sul

Com uma queda de 0,89% no índice de armazenamento, a capacidade do subsistema Sul chegou a 87,97%. A hidrelétrica de G. B. Munhoz registra 90,74% do volume. (Canal Energia - 01.04.2003)

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6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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1- Petrobrás reduzirá recursos para área de gás e energia

Áreas que vinham ganhando espaço na Petrobrás nos últimos anos, como gás e energia, terão corte nos investimentos. Embora o valor ainda esteja em discussão, os recursos destinados a essas áreas serão bem menores que os R$ 6 bilhões já estipulados no passado para a construção de termelétricas. "O PPT (Programa Prioritário de Termoeletricidade) já acabou", assegurou o presidente da estatal, José Eduardo Dutra. Somente alguns projetos que já estão em fase adiantada deverão prosseguir. A estatal tem participação, quase sempre minoritária, em boa parte das usinas do PPT do governo federal. (Valor - 02.04.2003)

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2- Petrobrás quer mudar acordo com Bolívia

A Petrobras quer acabar com a cláusula contratual de compra de gás natural da Bolívia que exige o pagamento de 63% do valor da commodity mesmo quando ela não é utilizada. O presidente da estatal, José Eduardo Dutra, disse que o contrato original previa uma renegociação neste ano, mas a estatal boliviana YPFB não tem cedido e quer manter o contrato original. A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, viaja amanhã para a Bolívia para tratar do assunto. Dutra disse que o impasse agora deve ser tratado entre os governos dos dois países, envolvendo o Itamaraty. "Não queremos partir para a briga e a Bolívia também tem interesse em manter as relações cordiais. A Petrobras tem papel importante para o governo boliviano porque é dona de 95% da capacidade de refino daquele país". (Valor - 02.04.2003)

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3- Distribuidores de gás apostam na renegociação com a Bolívia

As distribuidoras de gás canalizado que revendem o insumo importado pela Petrobras apostam todas as fichas na renegociação junto à Bolívia. "Somente com preços mais competitivos poderemos ter um mercado de gás no Brasil", afirma o presidente da Comgás, Oscar Prieto. Cerca de 60% do gás comercializado pela distribuidora paulista vêm da Bolívia. Para Prieto, a Bolívia tem a ganhar com a renegociação. "As margens virão com o aumento do volume de gás vendido, e não no preço". Segundo Prieto, existe um mercado potencial de consumo de pelo menos mais 6 a 7 milhões de m3 por dia somente na área da Comgás nos próximos três anos. Para os outros Estados cortados pelo gasoduto existe um mercado potencial de mais 3 a 4 milhões de m3 diários, afirma.Esse mercado potencial é constituído basicamente de indústrias que hoje utilizam o óleo combustível pesado como principal insumo para gerar energia e calor, por ser mais barato que o gás. "O volume total importado subiria para 24 milhões de m3 diários em um prazo relativamente curto, somente com a utilização industrial do gás", afirma o presidente da Comgás. (Valor - 02.04.2003)

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4- Comgás e Gasmig disputam o fornecimento de gás para Alcoa

Comgás e Gasmig entraram em disputa para fornecer gás natural à fábrica de alumínio da Alcoa, em Poços de Caldas (MG). A indústria fica na área de concessão da Gasmig, mas, segundo o presidente da Comgás, Oscar Prieto, para a estatal mineira abastecê-la terá de construir um gasoduto de aproximadamente 800 km, enquanto a Comgás, que tem rede na divisa entre São Paulo e Minas, precisará construir um ramal de 70 km. Prieto garante que tem condições de fornecer o insumo em Poços de Caldas já em 2004, sem necessidade de grandes investimentos. Para a Gasmig, segundo previsão do secretário mineiro de Desenvolvimento, Wilson Brumer, o fornecimento à região só será possível a partir de 2006. A briga pelo fornecimento à Alcoa já atingiu a esfera política. Há três semanas teve início uma negociação envolvendo os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de Minas Gerais, Aécio Neves, ambos do PSDB. Também participam das conversas o secretário paulista de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce, e o secretário mineiro de Desenvolvimento, Wilson Brumer. (Valor - 02.04.2003)

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5- Aneel estabelece quotas de carvão em SC

A Aneel definiu as cotas de fornecimento de carvão para o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo. De abril a dezembro, o setor carbonífero está autorizado a fornecer 187,5 mil toneladas/mês para geração de energia elétrica. A resolução da Aneel define as cotas de fornecimento para os próximos três anos. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria da Extração do Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), Fernando Zancan, viajou ontem para Brasília para tomar conhecimento dos detalhes da resolução.A notícia foi comemorada pelo setor carbonífero, já que a expectativa era de um fornecimento com média de 118 mil toneladas/mês, uma cota insatisfatória para a manutenção do emprego e da produção das empresas carboníferas. O cálculo da Aneel teve como base um parecer elaborado pelo advogado David Valtemberg, especialista no setor elétrico. (Diário Catarinense - 02.04.03)

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1- Risco-país cede e cai abaixo dos mil pontos

Os recentes resultados positivos do comércio exterior do país e a dissipação das incertezas referentes ao novo governo continuam a refletir na melhora dos indicadores financeiros. O risco-país caiu ontem 5,44% e rompeu a barreira psicológica dos mil pontos, ao fechar aos 991 pontos. É o menor patamar desde 31 de maio do ano passado. O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, subiu 3% e fechou transacionado a US$ 0,815, o maior valor desde 22 de abril de 2002.Um dos fatores que aceleraram a queda no risco ontem foi a perspectiva da aprovação da emenda constitucional sobre o sistema financeiro, que abre espaço para a aprovação da autonomia do Banco Central. Um dos principais motivos para a gradual recuperação dos títulos externos brasileiros -que entram na composição do risco-país- é o resultado positivo da balança comercial e a consequente melhora na conta corrente. (Folha de São Paulo - 02.04.2003)

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2- Superávit comercial de março atingiu US$ 3,76 bi

O Brasil nunca exportou tanto quanto no primeiro trimestre deste ano. De janeiro a março, o país vendeu US$ 15,045 bilhões, 26,5% a mais do que em igual período do ano passado. O recorde anterior para os três primeiros meses do ano foi em 2001, quando foram registradas exportações de US$ 13,788 bilhões. Além do desempenho exportador recorde, desde 1993 o País não acumula um saldo comercial tão grande no primeiro trimestre, de US$ 3,763 bilhões. De janeiro a março daquele ano, o saldo foi de US$ 3,981 bilhões. Todas as categorias de produtos estabeleceram recordes. Em relação ao primeiro trimestre de 2002, os básicos cresceram 45%; os semimanufaturados, 38,9%; e os manufaturados, 21,7%. Uma das boas notícias do primeiro trimestre foi a recuperação das exportações para a Argentina, que cresceram 84,9%, atingindo US$ 784 milhões. Uma tendência que se consolida nos resultados da balança trimestral é o aumento acima da média das exportações para regiões que tradicionalmente não são compradoras de produtos brasileiros. As exportações expandiram-se para todas as regiões, com destaque para a Europa Oriental (57,1%), Ásia (48,5%) e Mercosul (44,9%). (Jornal do Commercio - 02.04.2003)

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3- País precisa de US$ 100 bi para sustentar exportações

O Brasil precisará de US$ 100 bilhões de investimentos em ativos fixos nos próximos dois anos para sustentar um crescimento interno e das exportações, porque setores vitais estão estrangulados com a alta utilização da capacidade instalada. A advertência é do presidente da Abracex, Roberto Segatto. "O País está deixando de investir em produção. As importações estão caindo porque não se compra nada de ativo fixo nem de matéria-prima", afirmou. "O crescimento das exportações previsto pelo Governo é insustentável", disse. Entre os setores citados por Segatto como "estrangulados" estão os de papel e celulose, siderurgia, açúcar, têxtil, calçadista e de autopeças. (Jornal do Commercio - 02.04.2003)

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4- BNDES garante a entrada de US$ 900 mi

A chefe do Departamento de Captações do BNDES, Maria Isabel Aboim, informou que está garantida a entrada em 2003 de US$ 900 milhões de organismos multilaterais. De acordo com ela, os desembolsos de captações externas ao banco "devem ser de cerca de US$ 1 bilhão ou até um pouco mais, dependendo das condições de mercado". (Jornal do Commercio - 02.04.2003)

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5- Dólar ontem e hoje

Ontem, a o otimismo foi a tônica do mercado de câmbio. Pelo quarto dia consecutivo, a moeda norte-americana fechou com desvalorização frente ao real. O dólar comercial fechou a R$ 3,3080 na compra e R$ 3,3130 na venda, o equivalente a uma queda de 1,25% ante os R$ 3.3550 do fechamento da segunda-feira . Trata-se do menor nível desde o dia 16 de janeiro, quando o dólar fechou a R$ 3,3060. (Valor - 02.04.2003)

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1- Lucro da EDP recuou 25% no ano passado

A EDP, de Portugal, informou ontem que seu lucro líquido consolidado caiu para 335,3 milhões de euros em 2002, em comparação aos 450,8 milhões registrados em 2001. A EDP esclareceu que o principal motivo para a queda foi um prejuízo extraordinário de 179,8 milhões de euros referente ao fechamento da divisão de telefonia celular OniWay em 2002. O fechamento da OniWay fez a EDP, maior empresa de energia elétrica de Portugal, registrar queda de 63% no lucro do quarto trimestre. (Gazeta Mercantil - 02.04.2003)

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2- EDP vai priorizar mercado de energia ibérico

A EDP anunciou ontem forte queda em seus ganhos de 2002 em decorrência do mau desempenho de sua unidade de telefonia móvel. Com isso, a EDP informou que já está preparada para priorizar ainda mais o mercado de energia ibérico. O lucro líquido do grupo português recuou 25%, para 335,3 milhões de euros (US$ 365,3 milhões) no ano passado, em comparação com 2001. (Valor - 02.04.2003)

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3- Enersis corta custos em US$ 100 mi

A Endesa, a maior companhia energética da Espanha, disse que sua subsidiária latino-americana Enersis vai cortar seus custos em US$ 100 milhões com a redução da dívida. A Endesa obteve autorização na segunda-feira dos acionistas da Enersis para aumentar sua participação na empresa, mediante a troca de um empréstimo concedido à subsidiária por ações. A Enersis disse que a transação, aliada à venda de ativos, diminuirá sua dívida de US$ 9,08 bilhões para US$ 6,75 bilhões, baixando seus gastos com juros em 16%. A Endesa, que está reduzindo investimentos na região, precisa reduzir a dívida de sua subsidiária latino-americana depois de uma desvalorização de 35% da moeda brasileira no ano passado e depois que uma queda de 70% no valor do peso argentino diminuiu a receita. (Gazeta Mercantil - 02.04.2003)

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4- E.ON pode vender unidade por 1 bi de euros

A E.ON, da Alemanha, a segunda maior empresa de serviços públicos da Europa, planeja vender sua unidade Viterra Energy Services para a CVC Capital Partners por cerca de 1 bilhão de euros (US$ 1,09 bilhão), disseram fontes próximas às negociações. A CVC estará comprando uma unidade que lê os medidores de eletricidade e água nos domicílios de 28 países. A Viterra é uma das últimas companhias que a E.ON informou que iria vender para financiar a expansão nas áreas de eletricidade e gás natural. A empresa vendeu ativos no valor de mais de US$ 30 bilhões nos últimos três anos para financiar aquisições, como, por exemplo, a da Ruhrgas, a maior distribuidora de gás natural da Alemanha, por US$ 12,2 bilhões. (Gazeta Mercantil - 02.04.2003)

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5- União Européia deve resguardar suas fontes de energia

A comissária de energia da União Européia, Loyola de Palacio, disse na Conferencia Mundial de Energia em Bruxelas, que a guerra no Iraque tem demonstrado a necessidade da UE de resguardar suas fontes de energia. "Acima de tudo, a guerra mostra nossa vulnerabilidade frente a interrupções externas ou internas do fornecimento de energia e a urgência em manter a segurança de nossa energia sobre controle", disse Palacio. (Platts - 02.04.2003)

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6- Consumidor europeu quer conta de energia com mais informações

Os consumidores querem que suas contas de luz venham acompanhadas com informações sobre as condições ambientais. Esse foi o resultado de uma extensa pesquisa realizada na Europa sobre os hábitos do consumidor europeu, patrocinado por um programa de pesquisa da União Européia. A direção da UE atualmente não obriga as empresas fornecedoras de energia em disponibilizar as informações de impacto ambiental junto as contas de eletricidade. Essas informações são disponibilizadas apenas pela internet. (Platts - 02.04.2003)

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7- EDF tem suas garantias de crédito pelo governo suspensas

A Comissão Européia emitiu uma suspensão formal das garantias que a empresa Electricite de France possui. A EDF possui o status EPIC, o que significa total imunidade frente a leis de insolvência, além de ter o Estado como seu fiador de última instancia. Tal situação melhora os ratings da empresa e reduz os seus custos na obtenção de crédito. O status foi dado a EDF em 1948 , bem antes da criação do mercado comum de energia europeu. A França tem até um mês para responder. Segundo a UE, deve ser analisado se tal situação da empresa é compatível com a sua obrigação de fornecedora de serviços públicos. (Platts - 02.04.2003)

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1- Tewari, D & Shah, T. An assessment of South African prepaid electricity experiment, lessons learned, and their policy implications for developing countries. Energy Policy, Volume 31, Issue 9. Elsevier: Janeiro/2003 p. 911-27 - 17 páginas

Este artigo analisa os impactos da aplicação do sistema pré-pago de energia elétrica na África do Sul, como forma de evitar a inadimplência dos consumidores de baixa renda em países em desenvolvimento.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/comercializacao.htm

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2- Resende, Marcelo. Relative efficiency measurement and prospects for yardstick competition in Brazilian electricity distribution. Elsevier: Energy Policy, V. 30, Issue 8, Junho 2002, p. 637-47 - 10 páginas.

O Texto aborda através de análises de dados, a mensuração da eficiência na distribuição de energia no Brasil 1997/98, indicando a existência de firmas operando abaixo da linha da fronteira eficiente do setor. Através disso, se discute as principais dificuldades associadas à implantação do modelo de "Yardstick Competition".

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca, Daniel Bueno, Bruno Nini, Patricia Vance Rodrigo Berger e Rubens Rosental - Economistas

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros e Daniel Pereira Santos

WebDesigner: Felipe Barenco
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
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