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Reestruturação e Regulação
1- Novo modelo para o setor elétrico será apresentado esta
semana
2- Elétricas podem ter aporte emergencial de R$ 8 bi
3- Dilma aponta planejamento de longo prazo como solução
4- Curtas
Empresas
1- Empresas e investidores pleiteiam maiores reajustes
2- Cemig fechou 2002 com prejuízo de R$ 1 bi
3- Grupo Cataguazes-Leopoldina registra prejuízo de R$ 73 mi
4- Duke Energy Paranapanema tem prejuízo de R$ 61,2 mi
5- Escelsa registra prejuízo de R$ 509 mi
6- Resultado da Celg piora 275% em 2002
7- Cemig investe R$ 8 mi na implantação da LT Araxá 2 - Jaguara
8- Índice de reajuste da Celpe fica em 28,47%
9- Bandeirante inicia emissão de R$ 200 mi em notas promissórias
10- Michel Gaillard renuncia presidência do Conselho de Administração
da Light
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1- Boletim Diário da Operação do ONS
Gás e Termoelétricas
1- Estatal boliviana não aceita mudanças do contrato com a
Petrobras
Grandes Consumidores
1- Exportadores têm expectativas de crescimento
2- CSN volta a fazer planos para crescer no mercado internacional
Economia Brasileira
1- Indústria brasileira prevê baixa atividade em 2003
2- Dívida líquida fecha março em 55,5% do PIB, segundo BC
3- Petróleo brasileiro pode perder atratividade com o fim da
guerra
4- Tesouro apura superávit de 4,5%
5- Recursos do Bird entram nesta segunda-feira
6- Companhias de saneamento retomam captações internas
7- Dólar ontem e hoje
Internacional
1- BPI: integração da EDP na Gas Natural é o cenário mais vantajoso
2- Endesa recebe autorização para fechamento de termelétrica
3- Houston´s Nuevo Energy vende campo de gás
4- Gazprom espera fechar compra
Biblioteca Virtual do SEE
1- Woo, Chi-Keung; Horowitz, Ira & Hoang,Khoa. Cross hedging
and forward-contract pricing of electricity. Energy Economics,
Vol 23, Issue 1. New Holland: Janeiro/2001, p. 1-15. - 14 páginas
2- Koopmans, Carl C. & te Velde, Dirk Willem.
Bridging the energy efficiency gap: using bottom-up information
in a top-down energy demand model. Energy Economics, Vol 23,
Issue 1. New Holland: Janeiro/2001, p. 1-15. - 14 páginas
1- Novo modelo para o setor elétrico
será apresentado esta semana |
A Eletrobrás apresentará,
nesta semana, as versões finais de três relatórios com contribuições
para o novo modelo do setor elétrico. A exposição ocorrerá durante
reunião com todos os dirigentes das empresas de energia elétrica
integrantes do Sistema Eletrobrás, na sede da estatal, no Rio,
em convocação feita pelo presidente Luiz Pinguelli Rosa. Os
relatórios, segundo ele, tratam da questão conceitual do modelo
do setor, das medidas emergenciais a serem adotadas e da análise
das reuniões feitas pela estatal. Assim que os relatórios forem
analisados e aprovados pelos presidentes das companhias, eles
serão levados à ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff,
dentro de 15 dias.Para Pinguelli, a situação tarifária é 'caótica',
mas não basta definir a nova regra, é necessário pensar em um
modelo institucional, com mudança no papel dos atores. Ele não
adiantou quais serão as propostas, mas reforçou a intenção da
ministra de evitar que o consumidor residencial seja ainda mais
onerado. Segundo ele, o custo tem que ser rateado para o consumidor
receber uma energia 'menos cara'. A capacidade de energia instalada
nas usinas, conforme o dirigente, serve para garantir a segurança
do sistema elétrico e, portanto, tem que ser remunerada a um
preço que compense o investimento e capitalize as empresas para
fazer novas obras e continuar a expansão.(Correio do Povo- 31.03.03)
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2- Elétricas podem ter aporte
emergencial de R$ 8 bi |
O governo e o setor elétrico costuram um acordo que pode
resultar em um aporte de R$ 8 bilhões do Tesouro para a capitalização
das empresas de energia. Em contrapartida, o Estado passaria
a deter ações preferenciais resgatáveis das elétricas, estatais
ou privadas. O rateio dos R$ 8 bilhões entre as companhias
seria feito de acordo com o tamanho do mercado de cada uma,
de forma semelhante ao que foi estabelecido no plano de recomposição
das perdas do racionamento, no final de 2001, que liberou
financiamento de R$ 7,9 bilhões do BNDES, lastreado em aumentos
tarifários. Seguindo o modelo do acordo anterior, o Tesouro
colocaria na distribuidora Eletropaulo aproximadamente R$
1,3 bilhão; Light e Cemig receberiam R$ 900 milhões cada;
CPFL teria direito a R$ 800 milhões; e a Bandeirante ficaria
com cerca de R$ 400 milhões. Os papéis preferenciais que o
Tesouro passaria a deter teriam uma remuneração pré-determinada
de IGP-M mais 6% ao ano, mesmo em caso de prejuízo das companhias.
A proposta de capitalização foi apresentada há duas semanas
ao grupo executivo do Ministério de Minas e Energia e está
sendo estudada pela ministra Dilma Rousseff. O aporte daria
fôlego às empresas e ajudaria a restabelecer a liquidez antes
de dar prosseguimento ao programa de reestruturação setorial.
(Valor - 31.03.2003)
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3- Dilma aponta planejamento
de longo prazo como solução |
Os motivos que levaram o setor elétrico a atual crise
vêm sendo levantados pelo governo. Segundo a ministra de Minas
e Energia, Dilma Rousseff, as medidas de curto prazo como
o pacote de ajuda emergencial para dar fôlego às elétricas
podem sair nos próximos dias. Para resolver os problemas estruturais
do setor, a ministra acredita que é preciso estabelecer um
planejamento de longo prazo e criar mecanismos eficientes
de mercado. Dentre as mudanças estruturais profundas propostas
pelos membros do atual governo está a criação de um comprador
único para toda a energia gerada no país. Dilma também já
anunciou a intenção de realinhar as tarifas de energia, reduzindo
os subsídios hoje dados aos grandes consumidores industriais
na intenção de aliviar os preços para os consumidores residenciais.
A ministra já deixou claro também a intenção de mudar a formação
de preços no MAE, que hoje têm um piso de R$ 4 e teto de R$
684 para remunerar a energia comercializada no curto prazo.
(Valor -31.03.2003)
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Pressionadas
pela queda no consumo e pelo impacto da desvalorização
cambial sobre as dívidas em dólar, as companhias
elétricas apresentaram em 2002 os piores resultados
no período pós-privatização, com
prejuízos que ficaram acima dos R$ 7 bilhões.
(Valor - 31.03.2003)
No Brasil, desde
1998, as principais empresas do SEE perderam juntas quase
70% do seu valor de mercado em dólar. (Valor - 31.03.2003)
O presidente da
CPFL foi selecionado pelo jornal Valor como o grande talento
do setor de energia elétrica. (Valor - 31.03.2003)
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1- Empresas e investidores pleiteiam
maiores reajustes |
Diante da atual crise, os investidores do setor elétrico
passaram a insistir no "tarifaço" para a recomposição das
margens de lucro, chegando a clamar por reajustes de até 45%,
índice praticamente inviável diante da necessidade de conter
a inflação. Segundo os executivos, a remuneração atual do
capital está negativa, enquanto a taxa média de retorno mundial
está perto de 12%. As fichas foram todas colocadas pelos investidores
na "revisão ordinária", que ocorre em média de quatro em quatro
anos. Neste ano, 17 concessionárias passarão pela revisão.
Os índices de reajustes, homologados pela Aneel, no entanto,
têm sido muito abaixo do pleiteado. A CPFL, por exemplo, indicou
a necessidade de aumento de 30%, mas obteve o direito de reajuste
em 18,77%. Segundo o presidente da companhia, Wilson Ferreira
Júnior, a Aneel calculou como custos operacionais ideais para
esse índice algo em torno de R$ 320 milhões. "Mas, mesmo com
uma redução total de 47% nos custos em cinco anos, hoje nós
gastamos R$ 530 milhões anuais com a operação", disse. (Valor
-31.03.2003)
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2- Cemig fechou 2002 com prejuízo
de R$ 1 bi |
A Cemig registrou lucro líquido consolidado de R$ 149,1
milhões no quarto trimestre, quando as cotações do dólar cederam.
O resultado não impediu, porém, que a estatal mineira terminasse
2002 com um prejuízo de R$ 1 bilhão. O resultado anual teve
forte impacto da alta do dólar e, principalmente, do provisionamento
de R$ 1 bilhão referente a créditos que a companhia tem a
receber do governo estadual pela Conta de Resultados a Compensar
(CRC). Outro fator que contribuiu para o resultado foi a desaceleração
do consumo de energia. Do lado positivo, a empresa - que também
tem atividades de geração - contabilizou as receitas de compensação
dos gastos incorridos com a compra de energia livre durante
o racionamento. (O Globo - 31.03.2003)
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3- Grupo Cataguazes-Leopoldina
registra prejuízo de R$ 73 mi |
O Grupo Cataguazes-Leopoldina registrou um prejuízo de
R$ 73 milhões em 2002. No ano de 2001, o resultado da empresa
também foi negativo, de R$ 736 mil, incluindo os recursos
repassados pelo BNDES em razão do acordo geral do setor. O
volume consolidado de vendas do grupo ficou em 5.497 GWh,
contra 5.242 GWh em 2001, o que corresponde a um aumento de
4,9%. Em comparação com 2000, quando o país ainda não havia
passado pelo racionamento, as vendas do último ano foram 3,4%
menor. A receita operacional bruta em 2002 ficou em R$ 1,051
bilhão, enquanto a receita operacional líquida fechou em 814,9
milhões. Segundo a empresa, o resultado foi afetado pela manutenção
dos hábitos dos consumidores residenciais em relação ao consumo
de energia e a necessidade, por parte das empresas do grupo,
de buscar recursos no mercado a curto prazo. De acordo com
o grupo, a perda de receita, o atraso no recebimento dos créditos
junto ao MAE e das compensações pelo racionamento pelo Tesouro
Nacional justificam a busca por recursos no mercado. (Canal
Energia - 28.03.2003)
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4- Duke Energy Paranapanema tem
prejuízo de R$ 61,2 mi |
A geradora paulista Duke Energy Paranapanema fechou o
exercício de 2002 com um prejuízo líquido de R$ 61,2 milhões.
O resultado negativo se contrapõe ao verificado no exercício
anterior, quando a companhia registrou um lucro líquido de
R$ 22,4 milhões. Entre os fatores que impactaram no resultado
estão a variação dos índices IGP-M e Selic, os empréstimos
obtidos junto à Eletrobrás, Fundação Cesp e BNDES, além dos
demonstrativos emitidos pelo MAE com as contabilizações referentes
ao Acordo Geral do Setor Elétrico. A receita operacional líquida
encerrou o período em R$ 523,9 milhões, contra os R$ 619,9
milhões registrados em 2001. Já as despesas financeiras cresceram
de R$ 181 milhões em 2001 para R$ 316,7 milhões no ano passado.
Assim como no prejuízo acumulado no período, o resultado operacional
fechou negativo em relação ao ano retrasado (positivo em R$
23,1 milhões): R$ 93,6 milhões. (Canal Energia - 28.03.2003)
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5- Escelsa registra prejuízo
de R$ 509 mi |
O prejuízo da Escelsa em 2002 foi de R$ 509,252 milhões.
No ano anterior, a empresa registrou um prejuízo de R$ 26,136
milhões. A receita operacional líquida da distribuidora foi
de R$ 837,248 milhões, enquanto a despesa operacional chegou
a R$ 742,283 milhões. A forte desvalorização do real frente
ao dólar e o baixo consumo pós-racionamento foram os principais
fatores para o resultado negativo. Ainda assim, a empresa
ressalta que o volume de energia vendido em 2002 cresceu 4,3%
em comparação com o ano anterior, quando o setor estava sob
racionamento. No ano passado, a energia fornecida ao estado
do Espírito Santo chegou a 6.363.928 MWh. O balanço mostra
ainda que a Escelsa investiu R$ 61 milhões no ano passado.
Os recursos foram aplicados na ampliação e melhoria dos sistemas
de distribuição e novas subestações. Para este ano, a empresa
pretende investir R$ 72 milhões. O montante será destinado
à manutenção, melhorias e expansão dos serviços prestados
pela companhia no estado. (Canal Energia - 28.03.2003)
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6- Resultado da Celg piora 275%
em 2002 |
Com um crescimento de 275% em relação a 2001, o prejuízo
líquido da Celg no exercício de 2002 chegou a R$ 454,7 milhões.
A distribuidora estatal também registrou forte perda no resultado
operacional, que fechou negativo em R$ 121,3 milhões em 2001
e passou para R$ 453,1 milhões no ano passado. A seqüência
de resultados negativos também ficou registrada no resultado
financeiro, com despesas líquidas de R$ 433,5 milhões (contra
um negativo de R$ 138,6 milhões em 2001). No ano passado,
as despesas operacionais ficaram em R$ 942,8 milhões,. Já
a receita operacional líquida decaiu de R$ 1,009 bilhão, em
2001, para R$ 923,2 milhões, em 2002. (Canal Energia - 28.03.2003)
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7- Cemig investe R$ 8 milhões
na implantação da LT Araxá 2 - Jaguara |
A Cemig está iniciando o processo para a implantação da
linha de transmissão Araxá 2 - Jaguara, que terá investimentos
da ordem de R$ 8 milhões. Com 60 quilômetros de extensão,
a linha, em 138 kV e circuito simples, está prevista para
entrar em operação no último trimestre de 2004. Segundo Denys
Cruz e Souza, superintendente de Planejamento do Sistema Elétrico
e Desenvolvimento de Novos Negócios de Geração, a implantação
da linha faz parte da política da empresa de atender o aumento
de demanda na região. "A conexão atual que liga a usina Jaguara
à subestação Araxá está obsoleta e não atende mais a demanda
da região. Com a nova linha, iremos melhorar a carga na região,
que conta com grandes consumidores", explica Souza. A empresa
já enviou ao Ibama o requerimento para a liberação da licença
prévia de instalação. (Canal Energia - 28.03.2003)
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8- Índice de reajuste da Celpe
fica em 28,47% |
A Aneel autorizou reajuste das tarifas de energia da Celpe,
Cocel, João Cesa e Eflul. O reajuste, que variou entre 24,43%
a 28,47%, entra em vigor neste domingo, dia 30 de março. As
tarifas da Celpe terão reajuste de 28,47%. Esse valor não
inclui os percentuais de recomposição com o racionamento,
de 2,9% e de 7,9%. A Eflul teve reajuste de 26,53%. O índice
da Cocel foi de 26,71%. A João Cesa teve o menor índice: 24,43%.
Apenas a Celpe teve índice de recomposição extra, já que as
outras distribuidoras atuam em áreas de concessão que não
foram atingidas pelo racionamento. O índice de reajuste para
as quatro empresas foi inferior ao IGP-M acumulado dos últimos
12 meses, entre março de 2002 e fevereiro de 2003, que foi
de 30,60%. (Canal Energia - 28.03.2003)
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9- Bandeirante inicia emissão
de R$ 200 mi em notas promissórias |
A Bandeirante Energia publicou nesta sexta-feira, dia
28 de março, aviso de início de distribuição pública de R$
200 milhões em notas promissórias. A emissão foi aprovada
durante reunião do Conselho de Administração feita nos dias
14 de fevereiro e 12 de março deste ano. Ao todo, serão emitidas
500 notas promissórias, com prazo de vencimento de 180 dias
a contar da data de emissão. A operação será coordenada pelos
bancos Pactual, Alfa, ABC Brasil, Safra, Espírito Santo Investment
e Sudameris. (Canal Energia - 28.03.2003)
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10- Michel Gaillard renuncia
presidência do Conselho de Administração da Light |
O Conselho de Administração da Light elegeu Henri Marcel
Roger Ducre para exercer o cargo de presidente do conselho,
em substituição à Michel Gaillard, que renunciou ao cargo.
A nomeação foi feita durante reunião do conselho na última
quarta-feira, dia 26 de março, e encaminhada à Bovespa. O
mandato de Gaillard no conselho terminaria em agosto deste
ano. A saída do executivo não foi informada no comunicado.
Gaillard também ocupava a presidência da distribuidora, mas,
em julho passado, entregou o cargo. Na época, a empresa disse
que a substituição do executivo estava relacionada ao tempo
de sua permanência na presidência, que ficou mais que cinco
anos na companhia por conta de negociações para aquisição
de parte das ações da Reliant e da CSN e da reestruturação
societária com a Eletropaulo. Hoje, o cargo é ocupado por
Jean Pierre Bel. (Canal Energia - 28.03.2003)
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1- Boletim Diário da Operação
do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação
do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica
e energia armazenada, clique aqui.
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1- Estatal boliviana não aceita
mudanças do contrato com a Petrobras |
O presidente da estatal petrolífera boliviana YPFB, Raul
Lema, acusou, em declarações à imprensa, que a Petrobras não
realizou dois pagamentos do suprimento de gás natural boliviano,
além de outros compromissos, que superaram a cifra de US$
100 milhões. Lema disse que o relacionamento entre as duas
companhias está "claramente afetado" e ameaçou recorrer a
arbitragem internacional para resolver o impasse, caso não
cheguem a um acordo. Lema disse que a estatal brasileira está
questionando pontos do acordo de fornecimento de gás firmado
entre as duas companhias, com o objetivo de reduzir os volumes
e os preços das compras de gás boliviano. A YPFB não concorda
com essa intenção. O governo da Bolívia calcula que perderia
cerca de US$ 1,9 bilhão em receitas até 2019, se concordar
com os termos propostos pela Petrobras. O diretor de gás e
energia da Petrobras, Ildo Sauer, rebateu as acusações da
YPFB. Segundo ele, a Petrobras devolveu, em fevereiro, uma
fatura de US$ 90 milhões à estatal boliviana por causa de
limitações da infra-estrutura boliviana para a retirada do
gás natural. "Não retiramos uma certa quantidade de gás, mas,
mesmo que quiséssemos retirá-la, não conseguiríamos, pois
a infra-estrutura não permitiria", disse. (Folha de Rondônia
- 31.03.03)
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1- Exportadores têm expectativas
de crescimento |
As indústrias que exportam e estão preparadas para ampliar
suas vendas no exterior e as companhias que são capazes de
substituir produtos importados devem ter resultados expressivos
esse ano . São os fabricantes de celulose, de carnes e frango,
além das empresas que exportam as commodities, como soja,
milho, suco de laranja, açúcar e café. Algumas indústrias
calçadistas e têxteis também podem fazer parte da lista. "Essas
empresas estão bem e não é de hoje, pois já fizeram um trabalho
para ter um mercado cativo no exterior", afirma Clarice Messer,
diretora da Fiesp. A indústria de celulose se preparou para
produzir e exportar mais neste ano. A expectativa dos fabricantes
é aumentar em 12,3% a produção e em 30% a exportação de celulose
neste ano na comparação com o ano passado. As indústrias brasileiras
que têm mercado cativo lá fora - isto é, as que fizeram um
trabalho mais intenso de conquista de mercados e não deixaram
de atender aos clientes estrangeiros mesmo quando o mercado
interno estava mais comprador- podem superar até mesmo uma
eventual crise mundial provocada pela guerra entre Estados
Unidos e Iraque. O que pode prejudicar essas empresas, diz
Clarice, é o estabelecimento de cotas de importação por parte
dos países clientes e a incapacidade de atender a eventual
aumento de pedido. (Folha de São Paulo - 31.03.2003)
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2- CSN volta a fazer planos para
crescer no mercado internacional |
Passados quase seis meses da frustrada tentativa de internacionalizar
a CSN por uma fusão com a anglo-holandesa Corus, o empresário
no comando da empresa Benjamin Steinbruch sonha de novo com
a expansão e a conquista do mercado externo. Para isso, apresenta
até maio deste ano ao Conselho de Administração da companhia,
do qual é presidente, um projeto que vai elevar de 6 milhões
para 10 milhões de toneladas a capacidade de produção de aço
bruto da CSN. Satisfeito com o resultado do ano passado, Steinbruch
acredita que a estratégia agora é fortalecer a estrutura de
capital da CSN e aumentar a sua capacidade produtiva. Os planos
para crescer ainda estão sendo discutidos, mas consistem na
construção de duas novas plantas, uma provavelmente no mesmo
local da sua principal unidade, em Volta Redonda, no Rio de
Janeiro, e outra que poderá ser fora do país, de preferência
nos Estados Unidos, onde a CSN já tem uma usina, a CSN LLC.
(Reuters Investor - 28.03.2003)
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1- Indústria brasileira prevê
baixa atividade em 2003 |
Desemprego, crédito escasso, inflação, juros altos, capacidade
de produção no limite e guerra mais prolongada devem estrangular
a expansão da indústria brasileira neste ano. A previsão
é que esse setor, que representa cerca de 35% do PIB, não
cresça mais do que 1,4%, em média, em 2003. A indústria,
que no passado produziu 1,1% menos do que em 2001, segundo
levantamento do IBGE, vai enfrentar mais um ano de fraco
ritmo de atividade. Mas há entre os empresários um forte
temor de que 2003 poderá ser um ano perdido. O Instituto
de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, que representa
45 setores da indústria, reviu as projeções para o setor
neste ano. Em vez de 4%, a expectativa agora é um crescimento
de 1,4%. (Folha de São Paulo - 31.03.2003)
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2- Dívida líquida fecha março
em 55,5% do PIB, segundo BC |
A dívida líquida do setor público encerra março em 55,5%
do PIB, segundo estimativa do BC. Isso representará, se
confirmado, o recuo de um ponto percentual na relação dívida/PIB
no primeiro trimestre do ano em relação ao dado revisado
de dezembro de 2002. Depois de refazer as contas com base
no PIB divulgado pelo IBGE, o BC concluiu que a dívida pública
líquida fechou 2002 em 56,5% do PIB. (Valor - 31.03.2003)
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3- Petróleo brasileiro pode perder
atratividade com o fim da guerra |
A atratividade do Brasil para investimentos na exploração
e produção de petróleo pode vir a ser ameaçada com as oportunidades
abertas no Iraque após o fim da guerra. Também pesa contra
o país a concorrência da Rússia e de países da África já
que o custo de exploração no litoral brasileiro é maior.
Outro agravante é que, recentemente, não foram encontradas
grandes jazidas, aquelas com reservas superiores a 300 milhões
de barris que justificam investimentos das grandes companhias
do setor. Em agosto, será realizada a quinta rodada de licitações
de áreas para exploração de petróleo e gás natural pela
ANP. Para o diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura,
Adriano Pires, o ponto importante que baliza o interesse
dos investidores são regras estáveis: "O que vai influenciar
o insucesso da rodada é que não está claro para os agentes
qual é a política de petróleo do governo. O risco regulatório
será o principal causador do insucesso. Ninguém coloca dinheiro
onde há pouca definição", afirma o especialista. (Valor
- 31.03.2003)
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4- Tesouro apura superávit de
4,5% |
O superávit primário do governo central (Tesouro Nacional,
Banco Central e Previdência Social) foi de R$ 3,969 bilhões
em fevereiro, acumulando no primeiro bimestre um resultado
primário de R$ 10,968 bilhões, o equivalente a 4,5% do PIB
estimado para o período. De acordo com detalhamento apresentado
pelo governo na última sexta-feira, o Tesouro fechou o mês
passado com um resultado primário positivo em R$ 4,991 bilhões,
enquanto a Previdência Social foi deficitária em R$ 1,055
bilhão. O Banco Central também obteve um superávit primário
de R$ 23 milhões. Comparando-se com o resultado do primeiro
bimestre do ano passado, a performance acumulada no mesmo
período deste ano mostra uma política fiscal mais restritiva
em R$ 2,4 bilhões, ou 0,2 ponto percentual maior em termos
de participação do PIB. (Valor - 31.03.2003)
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5- Recursos do Bird entram nesta
segunda-feira |
O presidente do Bird, James Wolfensohn, reuniu-se neste
sábado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros
da área econômica e social para discutir projetos e assinar
um empréstimo de US$ 505 milhões para o Brasil. Os recursos
são um prêmio pelos avanços na área de desenvolvimento humano
registrados pelo País nos últimos anos e serão liberados
nesta segunda-feira, indo direto para as reservas cambiais
do BC. Os US$ 505 milhões fazem parte de uma parcela de
US$ 1 bilhão por ano que o Bird põe à disposição do País
como ajuda pelas reformas promovidas em vários setores,
como o fiscal, o previdenciário, o energético e o social.
Diferentemente de outros empréstimos que financiam projetos
específicos e exigem uma contrapartida do governo brasileiro,
esse tipo de recurso fica livre nas reservas cambiais para
ser usado com liberdade. O objetivo do empréstimo é contribuir
para a ''blindagem econômica'' necessária ao enfrentamento
de variações cambiais. Com isso, o governo ganha fôlego
para manter e ampliar programas nas áreas de saúde, educação
e assistência social. Contratado em condições mais vantajosas
que os de outras fontes internacionais, os recursos do Bird
devem ser devolvidos em dez anos, a partir de 2010, com
taxa de juros, hoje em 1,3% ao ano. (Jornal do Commercio
- 31.03.2003)
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6- Companhias de saneamento retomam
captações internas |
A Copasa e a Sanasa, companhias de saneamento básico de
Minas Gerais e Campinas (SP), respectivamente, vão retomar
emissões de debêntures suspensas no final de 2002 por causa
da transição de cargos depois das eleições. O valor da emissão
da Copasa ainda está para ser definido mas será algo em
torno de R$ 230 milhões a R$ 260 milhões. Para a Sanasa,
de Campinas, a emissão ficará em torno de R$ 60 milhões
a R$ 65 milhões. As duas operações vão compor o orçamento
de investimentos das companhias, com base em recursos do
BNDES, um grupo de bancos que se comprometeu a adquirir
os papéis com recursos dos repasses do banco federal, do
FGTS e, no caso da Sanasa, também com dinheiro da CEF. (Valor
- 31.03.2003)
Índice
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O dólar comercial inverteu a tendência de alta da abertura
e opera em queda. Às 10h36 a moeda recuava 0,32% perante
o fechamento de sexta-feira, cotada a R$ 3,3550 na compra
e a R$ 3,3610 na venda. Na sexta, a moeda americana encerrou
o dia a R$ 3,3700 na compra e R$ 3,3720 na venda, o equivalente
a uma queda de 0,38%. Na semana, mesmo diante da grande
volatilidade, o dólar conseguiu registrar queda de 0,97%.
No mês, a apreciação do real já chega a 5,62% e, no ano,
a queda acumulada do dólar frente ao real é de 4,88%. (Valor
Online - 31.03.2003)
Índice
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1- BPI: integração da EDP na
Gas Natural é o cenário mais vantajoso |
Para os analistas do Banco Português de Investimento (BPI),
de todos os cenários possíveis para a reorganização do setor
energético em Portugal, aquele que prevê a integração da EDP
na Gás de Portugal é o que faz mais sentido. Segundo um comentário
hoje divulgado pelo BPI, esta integração permitiria reforçar
a presença da EDP no mercado ibérico de eletricidade e de
gás, depois da Hidrocantábrico, controlada pela EDP, ter adquirido,
a semana passada, a empresa de gás basca Naturcorp. Os outros
cenários possíveis são a integração da EDP na Galp, a integração
da EDP na Galp e na Águas de Portugal ou a integração da REN
e da Transgás. (Diário Económico - 31.03.2003)
Índice
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2- Endesa recebe autorização
para fechamento de termelétrica |
O ministério da economia da Espanha deu sinal verde a
Endesa para o fechamento e desarme da usina termelétrica de
Cristobal Colon em Huelva , com capacidade de geração de 376
MW. Ela será substituída por uma usina CCGT que poderá gerar
380 MW e entrará em funcionamento na segunda metade de 2005.
A autorização, anunciada hoje, permite que a Endesa diminua
a capacidade da termelétrica em 68 MW imediatamente, outros
148MW no final do ano e o restante em 2004. (Platts - 31.03.2003)
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3- Houston´s Nuevo Energy vende
campo de gás |
Houston´s Nuevo
Energy fechou a venda de um campo de gás natural em Sacramento
- CA, para a American Energy Operations por US$ 10,5 mi nesta
última sexta-feira. A média de produção do campo era de 2,9
milhões de ft3/dia em 2002, representando cerca de 1% de toda
a produção da Nuevo. (Platts - 31.03.2003)
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4- Gazprom espera fechar compra |
A empresa russa, Gazprom, apresentou os últimos documentos
necessários para finalizar o processo de aquisição da planta
de energia da Kaunas. O acordo de compra e venda deve ser
assinado ainda hoje, segundo fontes, já que o prazo limite
para a aprovação é até o final de março. A Gazprom lidera
o consórcio como acionista majoritário através de um capital
de US$ 36,4 mi. Os outros integrantes do consórcio são duas
empresas lituanas da área de gás. O objetivo do consórcio
é construir , pelo menos, seis turbinas à gás na planta, aumentando
em 640 MW a capacidade de geração. (Platts - 31.03.2003)
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1- Woo, Chi-Keung; Horowitz,
Ira & Hoang,Khoa. Cross hedging and forward-contract
pricing of electricity. Energy Economics, Vol 23,
Issue 1. New Holland: Janeiro/2001, p. 1-15. - 14 páginas |
O paper analisa o problema do poder de mercado no setor
elétrico na oferta do preço no contrato a termo de abastecimento
de energia e a compra no mercado a vista. Determina-se, se
o hedgear do preço da energia elétrica, o preço do contrato
futuro como um preço risco-ajustado. O vendedor pode calcular
a relação do preço à vista no mercado de energia com a finalidade
de obter um hedging ótimo, o preço do contrato futuro e o
prêmio de risco.
Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/comercializacao.htm
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2- Koopmans, Carl C.
& te Velde, Dirk Willem. Bridging the energy efficiency
gap: using bottom-up information in a top-down energy
demand model. Energy Economics, Vol 23, Issue 1.
New Holland: Janeiro/2001, p. 1-15. - 14 páginas |
O artigo trata de modelos Bottom-up, prediz uma menor
demanda de energia e uma eficiência de energia mais alta
e do modelo Top-down, enquanto conduzindo à noção da abertura
do mercado à eficiência maior. Este artigo combinou o bottom-up
e top-down em um modelo de demanda de energia, provando-se
ser útil para análise políticas.
Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/planejamento.htm
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