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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.079 - 27 de março de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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Reestruturação e Regulação

1- MME: Realinhamento tarifário
2- FIESP apóia realinhamento tarifário
3- MME propõe solução para sobra das geradoras
4- ABDIB apresenta proposta ao MME
5- ABDIB é favorável ao realinhamento tarifário
6- Câmara convoca Abraceel para avaliar crise do setor energético
7- Papel das agências será tema de seminário na Câmara
8- Petrobras estuda instalar parque eólico no RS
9- Curtas


Empresas

1- BNDES e AES: renegociação em pauta
2- Light teve prejuízo de R$ 1,25 bi em 2002
3- Elektro tem prejuízo de R$ 939,8 mi em 2002
4- Cemat emite debêntures
5- Eletropaulo atribui perda a consumo e dólar
6- Balanço da Eletropaulo registrou aumento da dívida
7- Reajuste da Enersul é discutido em Brasília
8- El Paso investe R$ 13 mi em projetos de eficientização energética no Rio
9- Empresas de energia são opções para investimentos a longo prazo


Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1- Sudeste/Centro-Oeste registra consumo de 26.650 MW médios
2- Capacidade de armazenamento subiu 0,18% na região Norte
3- Volume armazenado está em 47,36% na região Nordeste
4- Níveis atingem 75,90% na região Sudeste/Centro-Oeste
5- Reservatórios tiveram queda de 0,48% na região Sul
6- Boletim Diário da Operação do ONS



Gás e Termoelétricas

1- Petrobras registra prejuízo de R$ 610 mi em Gás e Energia
2- Aumento do preço do gás boliviano pode ser suspenso
3- Aneel estuda solução para setor carbonífero de SC
4- Angra I e II farão seguro de US$ 1,07 bi


Economia Brasileira

1- Governo transfere autonomia do BC para 2004
2- Investimento externo direto tem forte redução
3- Crédito volta e captações já superam pagamentos
4- Investimento externo direto versus empréstimos estrangeiros
5- Déficit corrente cai ao menor nível em 8 anos
6- Governo brasileiro tenta obter linhas, já aprovadas, do BID
7- Governo brasileiro tenta obter linhas já aprovadas pelo BID
8- Dólar ontem e hoje


Internacional

1- Edenor impacta negativamente nas contas da EDF
2- BCPI mantém recomendação de compra para a EDP


Biblioteca Virtual do SEE


1- SALGADO, Lúcia Helena. Agências Regulatórias na Experiência Brasileira: um panorama do atual desenho institutional. Rio de janeiro: IPEA, 2003. Texto para Discussão nº 941. - 56 páginas
2- Sharma, Deepak. The multidimensionality of electricity reform: An Australian perspective. Energy Policy, Volume 31, Issue 11. Elsevier: Janeiro/2003 p. 1093-1102 - 09 páginas

 
1- MME: Realinhamento tarifário

No âmbito das medidas para a reestruturação do SEE, o MME apresentará em abril propostas de realinhamento tarifário que deverá aumentar, de forma seletiva, as tarifas dos consumidores industriais e comerciais. O governo analisará a estrutura dos preços com base na importância de cada área e a fim de que os negócios não sejam inviabilizados. Exportadores, Dilma exemplificou, têm de ter preços diferenciados, a fim de que possam manter seu nível de competitividade no mercado externo. E o processo será gradual. (UFRJ e Valor - 27.03.2003)

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2- FIESP apóia realinhamento tarifário

Pedro Andrea Krepel, diretor da FIESP, após a reunião com Dilma Roussef, afirmou que "as mudanças são corretas, mas elas têm de ser graduais e de forma compensatória, por exemplo, reduzindo os tributos também". (UFRJ e Valor - 27.03.2003)

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3- MME propõe solução para sobra das geradoras

O Governo estuda medidas, a serem anunciadas até o fim de abril, para minimizar os efeitos das sobras de energia das empresas geradoras sobre seus fluxo de caixa e capacidade de investimento. Uma alternativa em estudo, segundo a ministra Dilma Roussef é utilizar os fundos voltados à área para reduzir esse impacto. Ela reafirmou que o ministério não trabalha com a hipótese de que o Tesouro ou consumidor paguem mais uma vez a conta. Hoje o setor conta com alguns fundos, como Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), Conta de Consumo de Combustíveis, que giram mais de R$ 1 bilhão. A maioria está dentro da estrutura atual das tarifas. (UFRJ e Valor - 27.03.2003)

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4- ABDIB apresenta proposta ao MME

A Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (ABDIB), preocupada com a diminuição das encomendas de bens de capital, apresentou sua proposta para o reequilíbrio econômico-financeiro das empresas do SEE: a conversão do financiamento para a recomposição das perdas com o racionamento dado pelo BNDES às elétricas em ações preferenciais resgatáveis. (UFRJ e Valor - 27.03.2003)

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5- ABDIB é favorável ao realinhamento tarifário

O presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (ABDIB), José Augusto Marques, apoiou a proposta do MME em relação ao realinhamento tarifário, que não irá onerar os consumidores residenciais. "Estamos de acordo, a régua tarifária está desequilibrada", argumentou. (UFRJ e Valor - 27.03.2003)

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6- Câmara convoca Abraceel para avaliar crise do setor energético

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, dia 26 de março, a realização de audiência pública com o presidente da Abraceel, Ricardo Antônio Gobbi Lima. Os deputados federais querem conhecer o posicionamento da instituição quanto à crise do setor elétrico e ao modelo energético brasileiro. O deputado Aroldo Cedraz (PFL-BA), autor do requerimento para a audiência, argumenta que há anos tem sido diagnosticado o estrangulamento do sistema de geração e distribuição de energia elétrica no Brasil. Por sugestão do deputado Fernando Ferro (PT-PE), também serão incluídas na audiência as várias classes de consumidores de energia, tanto industriais quanto residenciais, e representantes do Idec. (Canal Energia - 27.03.2003)

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7- Papel das agências será tema de seminário na Câmara

A Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da Câmara dos Deputados resolveu aglutinar oito requerimentos que solicitavam a realização de audiência pública com diretores de diversas agências reguladoras. O deputado Júlio Lopes (PPB-RJ), que está presidindo a reunião da Comissão, adiantou que está prevista para o dia 29 de abril a realização de um seminário na Câmara para discutir o papel das agências, com a presença dos diretores de todas elas. A iniciativa de realizar o seminário deve-se ao fato de que várias comissões têm recebido requerimentos nesse sentido. (Canal Energia - 27.03.2003)

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8- Petrobras estuda instalar parque eólico no RS

A instalação de um parque eólico no Rio Grande do Sul foi discutida ontem, em reunião no Palácio Piratini. Estavam presentes uma comissão da Petrobras e da Transpetro e secretários estaduais. A estatal pretende implementar um projeto-piloto nos moldes da barra do porto riograndino, interrompendo a invasão que ocorre na área, estimulando o turismo na cidade e colaborando com a Fundação Universidade de Rio Grande (Furg), que realizou os estudos técnicos. (Correio do Povo - 27.03.03)

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9- Curtas

A ministra Dilma Roussef afirmou pretender, até o fim de abril, anunciar uma proposta inicial de reformulação do modelo do setor elétrico. A idéia é conciliar planejamento de longo prazo com o mercado. (Valor - 27.03.2003)

"O setor fatura R$ 40 bilhões e é fundamental no desenvolvimento. Vamos trabalhar para dar visão de longo prazo. Esse conserta e remenda é a pior coisa que existe.", afirmou Dilma Roussef. (Valor - 27.03.2003)

Em 2002, a Light abateu em 715 milhões de euros as contas da controladora francesa EDF. (Valor - 27.03.2003)

A Eletrobrás enviou a Bovespa as demonstrações financeiras das controladoras Furnas, Eletronorte, Eletronuclear, Itaipu e Eletrosul, referentes ao período findo em 31/12/2002 , as quais encontram-se à disposição no site da Bovespa. (Valor- 27.03.2003)

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1- BNDES e AES: renegociação em pauta

Andréa Ruschmann, diretora vice-presidente de relações com investidores da empresa Eletropaulo, disse sem dar detalhes, que a controladora AES "continua renegociando com o BNDES para manter o controle dos ativos que tem no Brasil". Segundo ela, a renegociação está na esfera do grupo controlador, e a Eletropaulo não pode revelar detalhes da situação. "Só podemos reafirmar que a AES continua interessada em manter o controle da empresa." (O Estado de São Paulo - 27.03.03)

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2- Light teve prejuízo de R$ 1,25 bi em 2002

A Light registrou um prejuízo de R$ 1,25 bilhão em 2002, provocado pela queda do consumo de energia, aumento das perdas comerciais e por operações de provisões. Em 2001, a companhia teve perda de R$ 951,4 milhões. A empresa informou no seu balanço que operações de hedge de suas dívidas amenizaram o prejuízo registrado no ano passado. No fim de 2002, no entanto, a dívida da distribuidora somava R$ 5,3 bilhões, mesmo depois da operação de capitalização feita pela EDF no primeiro semestre, no valor de R$ 2,3 bilhões. Já a receita operacional foi de R$ 3,6 bilhões, com queda de 5,5% em relação ao desempenho de 2001. O resultado negativo foi provocado, principalmente, pela redução da demanda. De acordo com a empresa, em 2002 a energia faturada foi 5,9% menor do que a registrada no período anterior. O consumo na classe residencial caiu 5,6%, enquanto no industrial despencou 14,3%. No segmento comercial, a queda foi de 1,8%. Os furtos (gatos) e as perdas técnicas fizeram com que a Light deixasse de receber por 21,7% do total da energia distribuída. (O Globo - 27.03.2003)

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3- Elektro tem prejuízo de R$ 939,8 mi em 2002

A Elektro terminou 2002 com prejuízo líquido de R$ 939,8 milhões. No ano anterior, a empresa havia lucrado R$ 25,4 milhões. No ano passado, a receita líquida da distribuidora somou R$ 1,4 bilhão, 8% inferior ao montante apurado em 2001. Naquele exercício, as perdas com o racionamento de energia foram compensadas pelo acordo geral do setor elétrico no quarto trimestre. O faturamento menor decorreu da queda na demanda de energia, em função dos novos hábitos criados pelo racionamento e da atividade econômica pouco aquecida. A Elektro comercializou, no ano passado, 10,5 mil GWh para clientes finais, o que representa um aumento de 6,4% em relação a 2001, quando houve o racionamento, mas queda ante os 11,2 mil GWh vendidos em 2000. No relatório da diretoria, a empresa verifica que o consumo residencial mensal caiu abaixo do nível verificado em 1990. No entanto, o principal fator para o prejuízo anunciado foi a alta do dólar ao longo do ano. A Elektro apresentou um resultado financeiro negativo em R$ 894,1 milhões, bem acima da perda de R$ 213,2 milhões verificada em 2001. A desvalorização cambial do ano passado representou um impacto de R$ 631,9 milhões, enquanto o diferimento da variação do dólar em 2001 teve peso de R$ 42,3 milhões. (Valor - 27.03.2003)

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4- Cemat emite debêntures

A Cemat submeteu ontem à CVM uma nova emissão de debêntures. A empresa pretende captar R$ 516 milhões com a emissão, que será colocada em quatro séries, três de R$ 103 milhões e uma de R$ 207 milhões. A operação é coordenada pelo Unibanco. (Valor - 27.03.2003)

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5- Eletropaulo atribui perda a consumo e dólar

A queda do consumo de energia e os impactos da variação cambial em 2002 são apontados como os principais fatores para o prejuízo de R$ 871 milhões registrado pela Eletropaulo no ano passado. O consumo residencial registrou queda 2,2% em relação ao ano anterior. Essa retração significou uma perda de receita de quase R$ 1 bilhão. O resultado líquido da variação cambial correspondeu a uma despesa de R$ 1,3 bilhão. O principal problema foi a dificuldade de conseguir manter o nível de operações de hedge para as dívidas em dólar. (Folha de São Paulo - 27.03.2003)

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6- Balanço da Eletropaulo registrou aumento da dívida

A Eletropaulo fechou 2002 com uma dívida líquida consolidada de R$ 4,8 bilhões, o que significa um aumento de 29,72% em relação aos R$ 3,7 bilhões do final de 2001. Segundo a diretora vice-presidente de relações com investidores da empresa, Andréa Ruschmann, a companhia reestruturou cerca de R$ 1,5 bilhão em dívidas no ano passado, jogando o vencimento para prazos que variam de um a dois anos, e pagou outros R$ 880 milhões. Ela afirmou que a dívida cresceu em decorrência da alta do dólar e do empréstimo de R$ 1 bilhão do BNDES para compensar perdas com o racionamento, previsto no Acordo Geral do Setor Elétrico. (O Estado de São Paulo - 27.03.03)

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7- Reajuste da Enersul é discutido em Brasília

O deputado estadual Semy Ferraz (PT) que vem comandando uma campanha suprapartidária contra o reajuste de 42,64% na tarifa de energia elétrica em Mato Grosso do Sul autorizado à Enersul pela Aneel, será recebido pela ministra Dilma Roussef, das Minas e Energia, para tratar do assunto. Ele também se reunirá com diretores da Aneel e da Eletrobras. Para convencer o governo federal de que o ajuste autorizado é abusivo, Ferraz leva dados do Idec. O Idec enviou na terça-feira à ministra Dilma e à Aneel carta questionando o aumento abusivo nas contas de luz em Mato Grosso do Sul. Nela, o instituto aponta que no Centro-Oeste a tarifa autorizada à Enersul é a mais elevada. Outro dado importante, segundo Semy Ferraz, é que a Enersul, desde a sua privatização, em 1997, já aplicou aumentos nas contas de luz que chegam a 80,7% na variação acumulada entre aquele ano até 2002, computando quase o dobro da inflação acumulada neste período, tendo por base o IPCA. (Folha do Povo 27.03.03)

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8- El Paso investe R$ 13 mi em projetos de eficientização energética no Rio

A El Paso investirá R$ 13 milhões em projetos de eficientização energética no estado do Rio de Janeiro, através de uma parceria firmada com Secretaria Estadual de Energia, da Indústria Naval e Petróleo na época da implantação da termelétrica de Macaé. O valor para o programa foi definido num contrato, que estipulou as medidas compensatórias pela instalação da usina no estado. A central geradora recebeu como incentivo a isenção por cinco anos no pagamento do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). (Canal Energia - 27.03.2003)

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9- Empresas de energia são opções para investimentos a longo prazo

Analistas especializados no setor de energia elétrica destacam que devido a crise vivida pelo setor, o investimento em ações de empresas de energia é indicado para pessoas que têm uma expectativa de retorno no longo prazo. Isto porque no curto prazo as ações dessas companhias ainda podem oscilar muito em bolsa. (Valor -27.03.2003)

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1- Sudeste/Centro-Oeste registra consumo de 26.650 MW médios

O Sudeste/Centro-Oeste registrou um consumo de 26.650 MW médios na última terça-feira, dia 25 de março, contra a previsão de 27.173 MW médios do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS. Nos últimos sete dias, a variação no subsistema chegou a -4,72%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.228 MW médios, o subsistema registrou variação de -4,91%. No Sul, o consumo foi de 7.837 MW médios, contra o PMO de 7.389 MW médios estabelecido pelo ONS. O subsistema registra uma variação no consumo de 0,68% nos últimos sete dias. Já o Norte teve um consumo de 2.782 MW médios, enquanto o previsto pelo programa do ONS é de 2.710 MW médios. A região está com uma variação de 0,76% no período. O consumo no Nordeste chegou a 6.016 MW médios, contra a previsão de 6.091 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o consumo variou -5,38%. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.048 MW médios, a oscilação no subsistema foi de -4,71%. (Canal Energia - 27.03.2003)

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2- Capacidade de armazenamento subiu 0,18% na região Norte

Os níveis dos reservatórios subiram 0,18% na região Norte, em comparação com o dia anterior. Atualmente, o volume está 79,98%. A usina Tucuruí está com 97,11% da capacidade. (Canal Energia - 27.03.2003)

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3- Volume armazenado está em 47,36% na região Nordeste

A capacidade de armazenamento na região Nordeste subiu 0,19%, chegando a 47,36%. Os níveis estão 23,33% acima da curva de aversão ao risco prevista pelo ONS. A hidrelétrica de Sobradinho atinge 42,24%. (Canal Energia - 27.03.2003)

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4- Níveis atingem 75,90% na região Sudeste/Centro-Oeste

O volume armazenado está em 75,90% na região Sudeste/Centro-Oeste, o que representa um aumento de 0,13%. A capacidade está 43,48% acima da curva de aversão ao risco. Nas usinas de Nova Ponte e Furnas, os índices atingem 61,88% e 97,30%, respectivamente. (Canal Energia - 27.03.2003)

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5- Reservatórios tiveram queda de 0,48% na região Sul

Os reservatórios tiveram queda de 0,48% em comparação com o dia anterior na região Sul. Atualmente, os níveis atingem 91,97%. A hidrelétrica de G.B. Munhoz está com 95,03% da capacidade. (Canal Energia - 27.03.2003)

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6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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1- Petrobras registra prejuízo de R$ 610 mi em Gás e Energia

A área de Gás e Energia da Petrobras registrou um prejuízo líquido de R$ 610 milhões em 2002. Esse montante é 180% superior ao prejuízo verificado no ano anterior (R$ 218 milhões). Segundo balanço publicado pela estatal, três fatores influenciaram nesse resultado. Um deles é o pagamento para as termelétricas do tipo merchant para contingências contratuais não ressarcíveis no ano passado, no valor de R$ 828 milhões. Outro fator que influenciou o resultado foi a despesa financeira de R$ 417 milhões provenientes do endividamento para a construção do gasoduto Bolívia-Brasil, que foi fortemente impactada pela desvalorização cambial de 52% no ano. Além disso, a empresa incluiu nesse resultado o provisionamento contábil de R$ 724 milhões, aprovado pelo Conselho de Administração, em casos de possíveis prejuízos nos contratos com térmicas para os próximos exercícios. Por outro lado, os aumentos de 22% nos preços de gás natural e 16% no volume vendido refletiram positivamente no balanço da estatal relativo a este segmento. No quarto trimestre de 2002, a área apurou um prejuízo de R$ 133 milhões, montante 54% inferior ao resultado do terceiro trimestre, que registrou um prejuízo de R$ 289 milhões. (Canal Energia - 27.03.2003)

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2- Aumento do preço do gás boliviano pode ser suspenso

Os governadores do Conselho de Desenvolvimento de Integração do Sul (Codesul) informaram ontem que receberam a garantia do governo federal de que o aumento de 18% previsto para abril para o gás natural boliviano está suspenso. Os governadores de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul estiveram reunidos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, para tratar do assunto, no Palácio do Planalto. O ministério não confirmou, no entanto, a decisão de cancelamento do aumento de 18%. Sua assessoria de imprensa disse apenas que o governo se comprometeu com os governadores a estudar a possibilidade de não haver reajuste. O gás natural que chega ao país pelo gasoduto Brasil-Bolívia é a única fonte que abastece as indústrias e termelétricas da região Sul e Mato Grosso do Sul, e é vendida ao país pela boliviana YPFB. O preço atual é de US$ 3,60 por milhão de BTU. O governo brasileiro estaria negociando com a Bolívia para reduzir o valor para US$ 2,20 por milhão de BTU, de modo a viabilizar o mercado consumidor brasileiro. (Valor - 27.03.2003)

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3- Aneel estuda solução para setor carbonífero de SC

O setor carbonífero aguarda a definição da Aneel sobre o contrato de fornecimento de carvão para o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo. A agência se comprometeu a estudar o problema jurídico e oferecer uma solução para o fornecimento durante os meses de abril a dezembro de 2003. A expectativa é de que a Aneel aponte uma solução ainda esta semana. Na terça-feira, o Siecesc solicitou a Aneel que o novo contrato de fornecimento contemple um volume de 200 mil toneladas/mês. Um volume inferior é considerado insuficiente para a manutenção dos empregos e geração de renda nas empresas carboníferas. (Diário Catarinense - 27.03.03)

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4- Angra I e II farão seguro de US$ 1,07 bi

As usinas nucleares Angra I e II fecharão contrato de seguro com a seguradora Interbrazil, que ganhou, na semana passada, a licitação feita na modalidade de tomada de preços para o seguro de US$ 1,07 bilhão. São US$ 500 milhões de riscos nucleares, como danos ambientais, para cada uma das usinas mais US$ 70 milhões de responsabilidade civil. (Valor - 27.03.2003)

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1- Governo transfere autonomia do BC para 2004

O Governo Lula resolveu deixar para o próximo ano a discussão relativa a autonomia do BC. "A autonomia do Banco Central saiu da pauta, está fora da agenda", afirmou ontem o presidente nacional do PT, José Genoino, depois de participar de reunião da bancada dos deputados federais do PT. A tentativa do Palácio do Planalto é passar a idéia de que a proposta será amplamente debatida dentro da bancada petista antes de ser apresentada ao Congresso. O próprio presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou anteontem, durante encontro do BID , na Itália, que a proposta de autonomia da entidade não deve ser aprovada antes de 2004. Segundo Meirelles, "o BC opera hoje praticamente com autonomia. A única diferença que [a autonomia] faria na prática seria dar mais confiança às pessoas de que o BC ficará independente". (Folha de São Paulo - 27.03.2003)

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2- Investimento externo direto tem forte redução

O ataque ao Iraque fez as empresas estrangeiras realizarem uma "parada estratégica" e interromper os investimentos no Brasil. Neste mês, o fluxo de capital externo deve chegar, nas contas do Banco Central, a US$ 400 milhões. Confirmada a projeção, será o menor volume de recursos a ingressar no país em seis anos. "O conflito levou, aparentemente, a uma parada estratégica dos investidores. Empresas que antes estavam com firme intenção em investir no Brasil agora estão mais cautelosas", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. Neste mês, segundo dados parciais fechados anteontem, os estrangeiros investiram US$ 200 milhões no Brasil. Em janeiro, o BC esperava que o fluxo mensal de investimentos diretos ficasse em torno de US$ 1,3 bilhão ao longo deste ano. Agora, com a guerra, a estimativa foi reduzida para US$ 1 bilhão por mês. Diante dos fracos resultados obtidos nos últimos meses, o BC reduziu de US$ 15 bilhões para US$ 13 bilhões sua projeção para os investimentos estrangeiros diretos esperados para este ano. (Folha de São Paulo - 27.03.2003)

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3- Crédito volta e captações já superam pagamentos

A taxa de rolagem dos títulos privados brasileiros emitidos no exterior para captação de empréstimos de médio e longo prazos (mais de um ano) chegou a 188% em fevereiro. Foi a primeira vez, desde janeiro do ano passado, que as novas captações superaram as amortizações de dívida externa nesta modalidade. Incluídos os empréstimos diretos - aqueles não-vinculados a papéis -, a taxa de rolagem dos financiamentos externos de médio e longo prazos ao setor privado foi de 86% no mês passado. " Os empréstimos de curto prazo já tinham voltado. Agora, os de médio e longo também estão voltando " , confirmou ontem o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, ao anunciar os números. Altamir Lopes afirma que os diversos lançamentos de papéis no exterior que vêm sendo noticiados todos os dias pelas empresas e bancos indicam que a taxa de rolagem de março será ainda mais alta. Ele lembra que só o Banco do Brasil captou este mês US$ 120 milhões em títulos de sete anos de prazo. (Valor - 27.03.2003)

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4- Investimento externo direto versus empréstimos estrangeiros

O IED representa o capital estrangeiro destinado ao investimento e ampliação da capacidade produtiva do país, tais como: aquisição de novas empresas, expansão da planta industrial,compra de bens de capital, etc. O IED é de grande importância para o Brasil conseguir fechar o balanço de pagamentos, em virtude da grande saída de divisas que o país faz para o pagamento de dívidas ou para a importação de bens de capital, entre outras operações. A variação do IED estará diretamente relacionada à percepção dos investidores em relação à conjuntura mundial e local. Os empréstimos estrangeiros são os capitais obtidos por empresas brasileiras, financeiras ou não, junto às instituições no exterior para pagamento de dívidas,investimentos,etc. A taxa de risco Brasil (que serve de referência para os financiamentos concedidos às empresas brasileiras) e o rating das empresas nas agências de risco são alguns dos fatores que determinam os spreads e prazos dos empréstimos concedidos. (UFRJ - 27.03.2003)

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5- Déficit corrente cai ao menor nível em 8 anos

As transações correntes do Brasil com o exterior - referentes a comércio, serviços, transferências de renda e unilaterais - geraram déficit de US$ 197 milhões no mês passado. É o equivalente a menos de um quinto do déficit apurado no mesmo mês de 2002 (US$ 1,07 bilhão). O resultado de fevereiro fez cair de US$ 6,427 bilhões para US$ 5,55 bilhões o saldo negativo acumulado em 12 meses. Como proporção do PIB, o déficit corrente em 12 meses recuou de 1,41% para 1,22%. É o menor déficit acumulado em 12 meses desde fevereiro de 1995, tanto como proporção do PIB quanto no saldo anualizado. O superávit da balança comercial, principal motivo de queda do déficit em relação a 2002, continua projetado em US$ 16 bilhões para o ano. (Valor - 27.03.2003)

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6- Governo brasileiro tenta obter linhas já aprovadas pelo BID

Os bancos multilaterais que trabalham com a América Latina vão anunciar, no sábado, a decisão de apoiar o programa Fome Zero, e encontrar formas de conceder ajuda financeira ao Brasil sem ultrapassar os limites de endividamento público e de gastos do governo brasileiro. O apoio será anunciado em um churrasco oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos presidentes do Banco Mundial, James Wolfensohn, e do BID, Henrique Iglesias."Será uma boa oportunidade para pedirmos um reforço de linhas de crédito " , gracejou o ministro do Planejamento, Guido Mantega. Pode ser, já que na reunião anual do BID, encerrada ontem em Milão, a equipe do Ministério bem que insistiu, mas não obteve sucesso no pedido de mudanças nas regras da instituição, para facilitar a liberação de aproximadamente US$ 5,5 bilhões em empréstimos já aprovados pela diretoria do banco. (Valor - 27.03.2003)

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7- Brasil quer mudanças nas regras do BID

O Brasil quer que o BID, como faz o Banco Mundial, passe a liberar financiamentos para políticas públicas, o que permitiria desbloquear parte dos US$ 5,5 bilhões em reconhecimento a avanços na reforma previdenciária, por exemplo. O assunto é motivo de polêmica na instituição. Por insistência do Brasil e outros países sul-americanos, e sob forte resistência de tradicionais sócios e financiadores do banco, como o Japão, Inglaterra e os Estados Unidos, o BID começa a criar novos instrumentos de financiamento canalizados pelos governos para o setor privado, que não afetam as metas de controle do gasto público. Um dos assuntos do encontro de Lula com Iglesias e Wolfensohn deve ser a recente aprovação, pelo BID, do primeiro empréstimo destinado a financiar linhas comerciais de exportação e importação. O Bradesco obteve US$ 50 milhões do BID que estimularam um grupo de instituições privadas a emprestar outros US$ 120 milhões. (Valor - 27.03.2003)

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8- Dólar ontem e hoje

Às 11h59m de hoje, o dólar subia 0,91%, cotado a R$ 3,416 na compra e R$ 3,421 na venda. Ontem, após recuar mais de 3% em apenas três dias, o dólar voltou a subir. A moeda voltou a encostar no patamar dos R$ 3,40, terminando o dia em alta de 0,59%, cotada a R$ 3,39. (O Globo - 27.03.2003)

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1- Edenor impacta negativamente nas contas da EDF

O lucro da EDF, estatal francesa do setor de eletricidade, caiu 42,8% em 2001. A queda foi atribuída pela empresa às perdas com subsidiárias na América Latina. A Edenor, subsidiária argentina da EDF, representou um impacto negativo de 307 milhões de euros nas contas de sua controladora. (Valor - 27.03.2003)

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2- BCPI mantém recomendação de compra para a EDP

Os analistas do BCP Investimento (BCPI) anunciaram hoje a decisão de deixar inalterada a sua recomendação para os títulos da EDP, com um preço-alvo para o fim do ano de 2,1€, por considerarem positiva a compra da Naturcorp. Segundo uma nota emitida pelo BCPI, "o deal parece positivo, dado que a aquisição da Naturcorp faz todo o sentido em termos estratégicos". "Mantemos a recomendação de 'Compra - Médio Risco' da EDP, com um preço-alvo para o final de 2003 de 2,1€", diz o documento. (Diário Económico - 27.03.2003)

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1- SALGADO, Lúcia Helena. Agências Regulatórias na Experiência Brasileira: um panorama do atual desenho institutional. Rio de janeiro: IPEA, 2003. Texto para Discussão nº 941. - 56 páginas

O estudo está dividido em nove seções. Apresenta um diagnóstico da situação das agências regulatórias que trata desde os principais instrumentos de regulação econômica, a discussão sobre a pertinência da reorganização das indústrias provedoras desses serviços, até questões jurídicas e também os principais problemas enfrentados pelas agências no cumprimento de suas tarefas. Ao final, o estudo também apresenta propostas de melhora para o modelo.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm

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2- Sharma, Deepak. The multidimensionality of electricity reform: An Australian perspective. Energy Policy, Volume 31, Issue 11. Elsevier: Janeiro/2003 p. 1093-1102 - 09 páginas

O artigo trata das mudanças liberalizantes no SE australiano e seus atuais desafios. O autor descreve o aparato regulatório australiano faz sua análise crítica do modelo adotado e sugere que essas análises possam servir de parâmetros para reformas em outros países.

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/reestruturacao.htm

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca, Daniel Bueno, Bruno Nini, Patricia Vance, Rodrigo Berger e Rubens Rosental - Economistas

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros e Daniel Pereira Santos

WebDesigner: Felipe Barenco
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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