1- Pinguelli defende remuneração da energia instalada |
O presidente da Eletrobrás,
Luiz Pinguelli Rosa, disse ontem que a capacidade instalada das
usinas hidrelétricas e termelétricas serve de segurança para evitar
crises no sistema elétrico do País, e por isso precisa ser remunerada.
Para ele, é o pagamento desta energia que poderá garantir recursos
para investimentos em novas obras e que a remuneração da energia
precisa ser feita mesmo em um ano como o de 2003, quando os reservatórios
das hidrelétricas estão cheios e está sobrando energia. Porém,
ele disse que o consumidor residencial não pode mais ter aumentos.
Poderá haver mudanças na tarifa industrial, segundo ele, mas de
forma a não inibir o setor. Uma das hipóteses estudadas para remunerar
a energia descontratada é incluir esse custo no "pool" de empresas
que deverá fazer a comercialização do mix de energia velha, barata,
com a energia nova, mais cara. (Valor e Gazeta Mercantil - 26.03.2003)
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2- Eletrobrás discute relatório sobre mudanças no SEE
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Na próxima semana, os presidentes das empresas do grupo Eletrobrás
vão se reunir no Rio de Janeiro para aprovar o relatório sobre
as mudanças do setor elétrico que será encaminhado para análise
do Ministério de Minas e Energia, no prazo de 15 dias. O presidente
da Eletrobrás disse que, em abril, vai à Europa para tentar captar
recursos para a construção de novas usinas, como a de Belo Monte,
no Pará, e para a obra em uma hidrelétrica no Rio Madeira, também
na Região Norte. Ele afirmou ainda que a Eletronuclear está tentando
levantar recursos para viabilizar a construção da usina nuclear
de Angra 3. (Gazeta Mercantil - 26.03.2003)
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3- Pinguelli: Câmara de Políticas de Infra-Estrutura
é mais ampla |
O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli disse ontem que a alteração
do modelo do setor elétrico será um dos pontos discutidos no âmbito
da Câmara de Políticas de Infra-Estrutura, criada pelo governo
federal. Como essa câmara é formada por representantes de vários
ministérios, também poderão ser discutidas questões tarifárias
do setor elétrico, já que esse assunto envolve também a área econômica
do governo. Ela é "completamente diferente" da Câmara de Gestão
da Crise de Energia Elétrica (CGCE), criada no governo passado
para solucionar o problema de falta de energia. "Esta não é uma
câmara de energia", disse Pinguelli, que participou do VIII Congresso
Brasileiro de Municípios. "A questão de energia é do ministério
e o ministério cuida disso muito bem". Segundo Pinguelli, a câmara
é mais ampla. Cuidará de infra-estrutura, não só de energia, mas
também de comunicações e transportes, por exemplo. (Tribuna da
Imprensa - 26.03.2003)
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4- Abrate defende descentralização de comando do ONS |
A Abrate (Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de
Energia Elétrica) está reivindicando uma diminuição da centralização
do comando das operações sob o ONS. "A inteligência das empresas
transmissoras tem de ser melhor aproveitada na operação das linhas
de transmissão.", disse o diretor-executivo da associação, César
de Barros Pinto. Ele acrescentou que as companhias transmissoras
têm um conhecimento mais apurado de contingências regionais da
operação do sistema, o que poderia contribuir para melhorar o
funcionamento do setor, e lembrou que antes da constituição do
ONS, eram as empresas que operavam o sistema. O diretor-presidente
do ONS, Mário Santos, disse que o órgão "segue claramente as atribuições
legais" que lhe foram impostas e lembrou que as empresas do segmento
de transmissão participam do processo decisório sobre as iniciativas
do operador. (Jornal do Commercio - 26.03.2003)
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5- Gasto com energia influencia negociações tarifárias |
O resultado prático das negociações do governo com as empresas
de energia a respeito do índice de reajuste anual deste serviço
pode decepcionar. A situação financeira do setor vai na contramão
de seu peso no orçamento doméstico e, em conseqüência, de sua
importância na contenção dos índices futuros de inflação. De acordo
com a Pesquisa de Orçamento Familiar da Fipe-USP, os gastos com
a conta de energia elétrica tem um peso de 4,24% no gasto das
famílias com renda entre um e 20 salários mínimos que vivem na
cidade de São Paulo. Heron do Carmo, coordenador do IPC da Fipe
explica que um reajuste de 30% na energia elétrica na cidade de
São Paulo representa um impacto direto de 1,2 pontos na inflação
da capital. "O peso da energia é muito expressivo, é maior que
o conjunto dos serviços de comunicação", diz Heron. Levantamento
feito pelo Valor Data, com base nos dados da Economática, mostra
que a rentabilidade das empresas de energia elétrica foi 2 % negativa
nos 12 meses acumulados até setembro de 2002. Retirando a Eletrobrás,
a rentabilidade cai e fica em menos 14%. Com relação ao endividamento
do setor, a dívida financeira das empresas corresponde a 52,4%
do patrimônio líquido de 2002, considerando o mesmo período. Sem
Eletrobrás o endividamento fica superior ao patrimônio e soma
109% deste. (Valor- 26.03.2003)
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6- Diretor do MME descarta competição entre termelétricas
e hidrelétricas |
O diretor do Ministério das Minas e Energia, Luiz Oscar Becker,
disse ontem, em seminário sobre gás no Rio de Janeiro, que considera
"impossível" uma competição entre as termelétricas e as hidrelétricas
no País e que o governo pretende "garantir um lugar no sistema
para aqueles que já fizeram grandes investimentos" na geração
a gás. Mas acrescentou que inevitavelmente a atuação das termelétricas
será complementar as hidrelétricas. Becker afirmou que "estamos
tentando estudar no governo uma maneira de não descartar os investimentos
feitos em várias termelétricas e que devem ser aproveitados."
(Tribuna da Imprensa - 26.03.2003)
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7- Governo prorroga por mais 180 dias definição de
valores da CDE |
O governo, através do decreto n° 4.644, publicado nesta terça-feira,
dia 25 de março, no Diário Oficial da União, prorrogou por mais
180 dias a divulgação dos valores econômicos que serão utilizados
na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O prazo inicial,
de 90 dias, havia sido estabelecido pelo decreto n° 4.541, de
23 de dezembro do ano passado, e expirou no último domingo, dia
23. Ainda pelo novo decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff,
o mesmo prazo de 180 dias foi definido para que o MME edite o
manual de instruções para enquadramento e operacionalização na
CDE - cujo prazo inicial também venceu no dia 23 deste mês. (Canal
Energia - 25.03.2003)
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1- Nordeste registra consumo de 5.772 MW médios |
A região Nordeste consumiu 5.772 MW médios na última segunda-feira,
dia 24 de março, contra a previsão de 6.091 MW médios do Programa
Mensal de Operação (PMO) do ONS. Nos últimos sete dias, o subsistema
registra uma variação de -5,37% no consumo. Em relação à curva
de aversão ao risco, de 6.048 MW médios, a região está uma oscilação
de -4,69% no mesmo período. Já o subsistema Sul teve um consumo
de 7.520 MW médios, contra a previsão de 7.389 MW médios do operador
do sistema. O consumo na região Norte, atingiu um patamar de 2.769
MW médios no dia 24 de março, contra a previsão de 2.710 MW médios
do ONS. Nos últimos sete dias, a variação no consumo ficou em
0,88% no Sul e 0,61% no Norte. O Sudeste/Centro-Oeste consumiu
25.968 MW médios na última segunda-feira, contra a previsão de
27.173 MW médios do operador. O subsistema está com uma oscilação
de -4,84% nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão
ao risco, de 27.228 MW médios, as regiões registraram uma variação
de -5,04%. (Canal Energia - 25.03.2003)
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2- Capacidade do subsistema Norte está em 79,8% |
Com uma variação de 0,17% no índice de armazenamento, a capacidade
do subsistema Norte chegou a 79,8%. O nível da usina de Tucuruí
está em 97,05%. (Canal Energia - 25.03.2003)
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3- Subsistema Nordeste está com 47,17% da capacidade |
A capacidade do subsistema Nordeste está em 47,17%, volume 23,3%
acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. Em relação ao dia
anterior, o nível armazenado subiu 0,23%. O índice da hidrelétrica
de Sobradinho está em 42,07%. (Canal Energia - 25.03.2003)
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4- Nível armazenado teve acréscimo de 0,17% no Sudeste/Centro-Oeste |
O submercado subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 75,77% da
capacidade, valor 43,45% acima da curva de segurança. O índice
de armazenamento teve um acréscimo de 0,17%. As usinas de São
Simão e Furnas apresentam índice de 85,82% e 94,97%, respectivamente.
(Canal Energia - 25.03.2003)
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5- Capacidade do subsistema Sul chegou a 92,45% |
O nível armazenado do subsistema Sul teve uma queda de 0,44%.
Com isso, o volume do subsistema chegou a 92,45%. A hidrelétrica
de Salto Santiago registra 99,34% da capacidade. (Canal Energia
- 25.03.2003)
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6- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Acões da Eletrobrás são apostas para o longo prazo |
Apesar do resultado da Eletrobrás em 2002 ter sido fraco, segundo
a avaliação dos especialistas, as ações da companhia estão sendo
consideradas uma aplicação atrativa para os investidores que tenham
um horizonte de longo prazo e uma certa dose sangue-frio para
suportar as oscilações do setor. Na avaliação do analista Rafael
Quintanilha, do Espírito Santo Securities, o resultado final da
companhia em 2002 foi afetado pelo reconhecimento de provisionamento
e pela valorização do real frente ao dólar, ambos ocorridos no
quarto trimestre. Mas o analista destaca o bom comportamento da
atividade de venda de energia no ano passado, principalmente para
o segmento industrial. "Para 2003 acreditamos que o consumo de
energia continuará em patamares próximos ao registrado em 2002",
diz. Para Marcos Paulo Fernandes Pereira, analista da corretora
Socopa, a Eletrobrás tem uma forte geração de caixa e um grande
potencial em seu segmento, mas o risco político e principalmente
o risco do próprio setor elétrico ainda não foram dissipados.
"Nossa recomendação é de compra de risco para o papel", diz. (Valor
- 26.03.2003)
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2- CPFL estuda lançamento de títulos no mercado externo |
Aproveitando o otimismo do mercado com o crescente interesse do
investidor externo pelos títulos brasileiros, a CPFL estuda captação
de US$ 50 milhões e será a primeira empresa não exportadora a
lançar títulos no mercado externo neste ano. A CPFL já pediu ao
Banco Votorantim para sondar o mercado para verificar o interesse
na compra de seus títulos de US$ 50 milhões e de prazo de seis
meses. (Valor- 26.03.2003)
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3- Revisão tarifária da Cosern deverá ser a prevista
pela Aneel |
A revisão tarifária da Cosern deve ficar em torno dos 12,06% apesar
da argumentação da companhia, ontem, em audiência pública realizada
pela Aneel, no auditório da Fiern. Para o diretor da Agência Reguladora
de Serviços Públicos (Arsep), Mário Rocha, o reposicionamento
sugerido pela Aneel pode variar um pouco, mas tem tudo para ficar
mesmo próximo do percentual apresentado. A revisão tarifária da
Cosern será concluída até o próximo dia 22 de abril e até lá a
Aneel irá confirmar ou não o percentual, o menor concedido até
agora entre 10 das 17 distribuidoras de energia elétrica do País
a contar com reposicionamento de tarifa em 2003. Mantido os 12,06%
mais os 15% já pagos pela Cosip, o consumidor natalense vai estar
pagando mais de 27% pela energia a partir do mês que vem. (Tribuna
do Norte - 26.03.03)
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4- Furnas coloca LT em operação |
A linha de transmissão Bateias-Ibiúna, construída por Furnas Centrais
Elétricas, entrou em operação comercial na última sexta-feira,
dia 21 de março, ampliando a capacidade de transmissão entre as
regiões Sul e Sudeste em 2 mil MW. Os investimentos para a construção
da linha foram da ordem de R$ 412 milhões. A linha, de tensão
em 500 kV e em circuito duplo, tem 332 quilômetros de extensão
e interliga a subestação Bateias, localizada no estado do Paraná
e de propriedade da Copel, à subestação Ibiúna, localizada em
São Paulo, de Furnas. (Canal Energia - 25.03.2003)
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5- Cerj investe em obras de eficientização da iluminação |
A Cerj e a Prefeitura de Niterói promovem, hoje, o lançamento
do início das obras de eficientização da iluminação pública no
município. Com investimento de R$ 581 mil, o projeto prevê a substituição
de 3.903 lâmpadas a vapor de mercúrio mista e incandescente, por
outras a vapor de sódio, reduzindo o consumo em quase 30%. Esse
trabalho faz parte do programa de conservação de energia da Cerj,
que já melhorou a iluminação pública de Maricá, Porto Real, Itatiaia
e Resende, além de parte dos municípios de Araruama, Parati, Cordeiro
e Conceição de Macabu. (Jornal do Commercio - 26.03.2003)
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6- Alstom registra queda em pedidos de equipamentos |
A situação do SEE fez com que a multinacional Alstom, fabricante
de equipamentos como geradores e turbinas, registrasse pela primeira
vez no Brasil receitas maiores com as exportações que com as vendas
no mercado interno no segmento de pequenas centrais hidrelétricas.
O diretor de desenvolvimento de negócios da Alstom, Roberto Miranda,
disse ontem que a previsão era vender US$ 50 milhões em equipamentos
como geradores e turbinas para PCHs neste ano no País. Mas a expectativa
foi rebaixada para US$ 10 milhões diante das quedas no volume
de pedidos. (Gazeta Mercantil - 26.03.2003)
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1- Governo descarta risco de sofrer represália dos
EUA por apoiar a paz |
A guerra no Iraque não tirou o sono das autoridades brasileiras
-pelo menos até agora. Mesmo que o conflito tenha sido levantado
marginalmente nos encontros da reunião anual do BID, que acaba
hoje, os representantes do governo presentes em Milão nesta semana
demonstraram uma perfeita sintonia quando indagados sobre o tema.
No seminário "Perspectivas Econômicas para o Brasil", ontem, o
ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse que "encara
o conflito com tranqüilidade" e foi aplaudido pela platéia de
250 pessoas ao declarar que "o Brasil não vai sofrer nenhuma represália
comercial dos EUA por apoiar a paz". Seu maior temor não é quanto
a possibilidade de explosão no preço do petróleo , uma vez que
o Brasil produz 90% do que consome, mas sim quanto às possíveis
conseqüências da guerra afetando as negociações ora em curso na
OMC , uma vez que os principais "players" encontram-se divididos.
Segundo ele, o racha dentro da UE, entre Reino Unido e Espanha
versus França e Alemanha, assim como da Europa em relação aos
EUA, pode comprometer a próxima reunião ministerial da OMC, em
Cancún, em setembro. (Folha de São Paulo - 26.03.2003)
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2- Brasil sobrevive em 2003 mesmo sem reformas, afirma
Meirelles |
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, encerrou ontem
sua maratona de encontros com investidores internacionais em Milão
e disse que o Brasil pode levar adiante a reforma fiscal e da
Previdência sem afobação. "Tecnicamente podemos atingir a meta
de superávit primário em 2003 sem as reformas, mas elas são indispensáveis
para que esse quadro seja sustentável daí em diante", afirmou.
Seu objetivo foi demonstrar, como analista, que os indicadores
positivos recentes da economia brasileira oferecem boa margem
de manobra neste primeiro ano de gestão. Há sem dúvida uma urgência
política, lembrou, mas nada que justifique um desespero do mercado.
Vários fatores garantem a estabilidade do quadro atual. "O custo
por hora trabalhada está no subsolo, o lucro dos exportadores
encontra-se no pico e a produção industrial cresce mais que as
importações de bens intermediários", enfatizou Meirelles. Nesse
contexto, disse, não há razão para temer a escalada da inflação.
Considerando um cenário em que as reformas sejam aprovadas dentro
do prazo de um ano, o governo espera poder baixar a dívida pública
para 35,8% do PIB até 2011. (Folha de São Paulo - 26.03.2003)
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3- Juros altos fazem dívida do governo subir para R$
644,9 bi em fevereiro |
Os elevados juros praticados no país provocaram aumento de R$
8 bilhões na dívida contraída pelo governo federal por meio da
emissão de títulos públicos. De acordo com dados do Tesouro Nacional,
o endividamento chegou a R$ 644,88 bilhões no mês passado. Grande
parte da dívida em títulos do governo é corrigida pela taxa Selic,
fixada pelo Banco Central, que sofreu sucessivas elevações nos
últimos meses. A dívida do governo federal também foi afetada
pela alta de 1,06% registrada pelo dólar no mês passado. Segundo
dados do Tesouro e do BC, 36,7% dos títulos em circulação no mercado
são corrigidos pela taxa de câmbio. O coordenador da Dívida Pública
do Tesouro, Paulo Valle, disse ontem que a guerra entre EUA e
Iraque não deve afetar a rolagem dos títulos que vencerão nos
próximos meses -cerca de R$ 200 bilhões até o final do ano. (Folha
de São Paulo - 26.03.2003)
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4- Inflação recua para 1,14% no IPCA-15 |
Mais um índice confirma a trajetória de queda na inflação ao consumidor
este mês: o IPCA-15, anunciado ontem pelo IBGE, ficou em 1,14%
em março, contra 2,19% registrados em fevereiro. O IPCA-15 usa
a mesma metodologia do IPCA, índice adotado pelo governo em suas
metas de inflação, mas coleta os preços aproximadamente entre
os dias 15 de cada mês. Apesar da queda recente, o IPCA-15 acumula
alta de 16,33% nos últimos 12 meses. Só este ano, o índice já
subiu 5,40%, ou seja, quase dois terços da meta estabelecida pelo
governo este ano, de 8,50%. (O Globo - 25.03.2003)
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O dólar comercial voltou a operar em terreno negativo nesta manhã,
depois de uma rápida inversão de tendência. Às 11h04m, a moeda
americana recuava 0,17%, cotada a R$ 3,361 na compra e R$ 3,364
na venda. Ontem foi um dia de otimismo no mercado de câmbio. O
dólar comercial fechou com queda de 0,88%, cotado a R$ 3,3650
na compra e R$ 3,3700 na venda, o menor nível desde 16 de janeiro,
quando a moeda fechou a R$ 3,3050 na ponta vendedora. (Valor Online
e O Globo On Line - 26.03.2003)
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1- Lucro da Comgás em 2002 cresceu 67% e atingiu R$
107 mi |
A paulista Comgás, maior distribuidora de gás canalizado do País,
registrou, pelo segundo ano consecutivo, um aumento de 30% no
volume de vendas, alcançando uma receita líquida de R$ 1,2 bilhão,
45,7% superior à de 2001. O lucro líquido da empresa no período
cresceu ainda mais, cerca de 67%, chegando a R$ 107,7 milhões.
Roberto Lage, diretor financeiro e de relações com os investidores
da Comgás, atribui o bom resultado da empresa a dois fatores.
Além dos investimentos feitos pela companhia - R$ 200 milhões
-, existe uma tendência natural de substituição do petróleo e
seus derivados por gás natural. "Há um forte apelo ambiental pelo
uso de fontes de energia menos poluentes, como é o caso do gás
natural", diz Lage. (Gazeta Mercantil - 26.03.2003)
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2- Presidente da SC Gás pede redução do preço do gás
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O presidente da SC Gás, Otair Becker, disse que são necessárias
medidas urgentes para tornar o preço do gás natural mais competitivo.
"Estão sendo levadas propostas de ações de médio e longo prazos
visando contemplar, entre outros, o refinanciamento GASBOL através
do BNDES e/ou amortização com recursos da CIDE e renegociação
junto aos produtores bolivianos", explicou. Becker lembra que
o contrato para importação do gás boliviano foi assinado pela
Petrobrás com o órgão produtor e distribuidor do vizinho país.
As regras contratuais estabelecidas entre ambos levaram a aumentos
no preço do produto bastante superiores aos índices de inflação
no último ano. Enquanto o IGPM no período foi de 28%, o custo
do gás importado subiu 93%. Desde o início de 2000, o gás importado
tem sido em média 50% mais caro que o similar nacional, chegando
a ter seu preço 99% superior em momentos de pico. (Diário Catarinense
- 26.03.03)
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1- AES vende unidades por US$ 327 mi |
A AES, que opera na área de energia elétrica em 30 países - no
Brasil, controla a Eletropaulo, entre outras -, concordou em vender
sua participação em usinas de geração em Bangladesh, Omã, Catar,
Paquistão e Califórnia por um total de US$ 327 milhões em dinheiro.
O CDC Group, uma empresa britânica de controle estatal que investe
nos países mais pobres do mundo, vai adquirir duas geradoras em
Bangladesh por US$ 127 milhões em dinheiro e assumir US$ 310 milhões
em dívidas contraídas para implementar projetos. A AES ficará
desonerada de arcar com US$ 44 milhões em compromissos financeiros
contingenciais. A participação de 32% na AES Oasis será vendida
para o IDB Infrastructure Fund, de propriedade de uma sociedade
instalada no Bahrein, por US$ 150 milhões. A AES Oasis foi inaugurada
para controlar usinas em Omã, Catar e Paquistão. A AES informou
também ter fechado a venda de duas usinas de geração na Califórnia
para uma divisão da InterGen North America Inc., uma joint-venture
entre o Royal Dutch/Shell Group e a Bechtel Group Inc., por US$
50 milhões. (Gazeta Mercantil - 26.03.2003)
Índice
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2- Banif reitera recomendação de "compra" para a EDP
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Os analistas do Banif-Investimento anunciaram hoje a manutenção
da sua recomendação de "compra" para os títulos da Electricidade
de Portugal, com um preço-alvo de 2,11, depois do anúncio da
aquisição do controle da basca Naturcorp pela Hidrocantábrico.
Segundo uma nota de research hoje emitida pelo Banif, em termos
estratégicos, esta compra seria muito importante para a Hidrocantábrico
e para a EDP, dado que reforçaria significativamente a presença
da elétrica portuguesa no negócio de gás na Espanha. Para o Banif,
o único problema seria a estrutura de capital da Hidrocantábrico
e da EDP, uma vez que a empresa espanhola poderia ter que realizar
um aumento de capital, o qual deverá refletir-se proporcionalmente
na participação de 40% que a elétrica nacional detém no capital
da sua participada asturiana. (Diário Económico - 26.03.2003)
Índice
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3- CEZ perde processo em relação a suas distribuidoras
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A CEZ, principal geradora
de energia da República Tcheca, terá de vender participações em
quatro das oito distribuidoras de energia do país, de acordo com
determinação do órgão tcheco responsável pela garantia da competitividade
na economia. A decisão é um baque à CEZ e ao governo, que decidiu,
no ano passado, vender à geradora suas participações em distribuidoras,
após o colapso de seu plano de privatização. O órgão rejeitou
o apelo da CEZ contra decisão de dezembro passado e confirmou
que a CEZ deverá vender suas participações minoritárias em JCE,
JME e PRE, mais uma de suas cinco participações majoritárias.
A decisão abre espaço para empresas estrangeiras, como as alemãs
E.on e RWE, consolidarem suas posições em distribuição de energia.
A grande questão é de qual participação majoritária a CEZ abrirá
mão. Analistas acham que será ou a VCE, da qual E.on detém 41,7%,
ou a SCE, da qual a RWE detém 35% e a E.on detém 6%. A E.on deverá
ainda aumentar suas participações em JCE, JME e ZCE, ao comprar
as partes da austríaca Energie AG, que foram postas a venda em
março, por causa de sua frustração com o atraso no processo de
privatização. As negociações entre a E.on e a Energie já estão
em curso. (Platts - 26.03.2003)
Índice
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4- Departamento de Segurança americano vigiará de perto
estruturas de energia |
O Escritório de Segurança Energética do Departamento de Segurança
Nacional americano espera reduzir, no próximo ano, ainda mais
a vulnerabilidade de infra-estruturas energéticas nos Estados
Unidos. De acordo com o diretor para proteção de infra-estruturas,
James McDonnel, o Escritório, que foi transferido do Departamento
de Energia para o órgão atual, deverá acabar com as 65 vulnerabilidades
estimadas este ano. Este número deverá crescer ainda mais no futuro,
já que o orçamento anual do Escritório subirá de US$ 8 milhões
para US$ 450 milhões. O órgão enfatizará a cooperação, ao invés
de regulação, no trabalho dos operadores e proprietários de usinas
geradoras e outras estruturas de energia, de modo a dar a estes
locais mais segurança contra ataques terroristas. (Platts - 25.03.2003)
Índice
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5- Estado da Califórnia acredita que reembolso será
menor que o adequado |
O estado da Califórnia (EUA) não espera que a agência reguladora
de energia americana (FERC) aprove seu pedido de US$ 8,9 bilhões
de reembolso para as vendas de energia no atacado, que foram sobre-valorizadas
durante a crise de energia do oeste dos Estados Unidos. De acordo
com funcionários do governo daquele estado, há boas chances de
a decisão, a ser anunciada na próxima quarta-feira, não ser suficientemente
favorável à Califórnia. Para o chefe do Conselho de Supervisão
do estado (Electricity Oversight Board), Erik Saltmarsh, a agência
deverá aumentar a ordem judicial que determina reembolso de US$
1,8 bilhões, mas não a ponto de atingir plenamente o valor requerido
pelo estado. Richard Katz, conselheiro sênior do governador da
Califórnia Gray Davis, afirma que o estado não aceitará menos
de US$ 8,9 bilhões e provavelmente entrará na justiça contra a
decisão final da FERC. (Platts - 25.03.2003)
Índice
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6- NGT receberá US$ 37,21 mi em créditos de pensão
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O lucro antes de impostos dos últimos 12 meses da companhia inglesa
National Grid Tranco (NGT) contabilizará US$ 37,21 milhões de
dólares, em reconhecimento de créditos de pensão excedentes desde
outubro do ano passado. A operadora inglesa da rede de eletricidade
e de gás espera que sua performance no ano esteja de acordo com
as previsões positivas. A empresa publicará seu balanço anual
em 21de maio. A NGT afirmou que os progressos nos programas de
redução de custos gerenciáveis e de criação de sinergias estão
de acordo com as expectativas. (Platts 26.03.2003)
Índice
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1- CASTRO, Nivalde José de. Agências Reguladoras
e estratégia das empresas do Setor de Energia Elétrica.
Rio de Janeiro: IFE nº 1.077. IE-UFRJ, 24 de março de 2003. |
Resumo: O
artigo centra-se na análise da conjuntura do SEE ao longo da
semana de 17 a 22 de março de 2003. Os fatos mais marcantes
foram a questão do papel das Agências Reguladoras e as estratégias
das empresas do SEE frente aos resultados dos balanços de 2002.
Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/artigos/castro5.htm
Índice
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca, Daniel Bueno, Bruno Nini, Patricia Vance, Rodrigo
Berger e Rubens Rosental - Economistas
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Bruno
Negreiros, Caetano Penna e Daniel Pereira Santos
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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