1- Ipea: dupla função atrapalha as agências |
O maior problema das
agências reguladoras é que, apesar de terem autonomia administrativa,
têm a obrigação de realizar políticas de governo. Essa ambigüidade
foi herdada pelo governo atual e criou um verdadeiro impasse na
implementação de políticas regulatórias no Brasil. A conclusão
é de estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
coordenado pela economista Lúcia Helena Salgado. "As agências
devem ter autonomia técnica para aplicar a lei mas, ao mesmo tempo,
têm que concretizar políticas de governo", explica Lúcia. "O problema
é que, ao longo do tempo, isso se confundiu." O estudo indica
que o momento atual seria o de correção na rota das agências,
sem o abandono do projeto de privatizações e liberalização dos
mercados, dos anos 90. (Valor - 25.03.2003)
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2- Estudo do Ipea propõe divisão de agências em dois
tipos de entidades |
O Ipea sugere uma divisão entre dois tipos de agências. De um
lado estariam as agências executivas - ANA , Anvisa e ANS -, que
funcionariam em setores nos quais a política do governo possa
ser estabelecida com aparato burocrático tradicional da administração
direta, evitando a ampliação dos gastos públicos . Elas tomariam
decisões via diretorias especializadas e teriam um colegiado para
analisar recursos. De outro, estariam as chamadas agências independentes,
necessárias em setores privatizados, que precisam de órgãos autônomos
para garantir a aplicação da lei e a segurança jurídica aos investimentos
privados. Elas decidiriam sempre em colegiado, necessário para
fortalecê-las frente a pressões de grupos privados ou do governo.
Os recursos seriam julgados pela Justiça. Neste segundo grupo
estariam Anatel, Aneel e ANP. O Ipea recomenda também uma melhor
definição da competência de cada agência, de modo que elas convirjam
decisões que estão, hoje, a cargo dos ministérios. De acordo com
essa linha, no setor de energia elétrica, é necessária uma adequação
de contratos e regras. A forma de nomeação de diretores das agências
pelo executivo deve seguir critérios técnicos, com a criação de
um quadro de profissionais especializados. O estudo conclui que
cabe ao Congresso, em particular ao Senado, fiscalizar com maior
freqüência as agências reguladoras. (Valor - 25.03.2003)
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3- Governo petista inicia processo a fim de controlar
agências reguladoras |
Na quarta-feira passada, a deputada Telma de Souza (PT-SP) ingressou
com um Projeto de Lei (413/2003) na Câmara de Deputados solicitando
a alteração da legislação que estabelece o funcionamento das agências.
Segundo ela, sua intenção é de "alterar o modelo neoliberal em
vigor" com a mudança da legislação. "As agências estão calcadas
em um modelo econômico neoliberal, dos Estados Unidos. E nós,
do Partido dos Trabalhadores e do governo federal, temos severas
críticas a esse modelo", justifica. Veja mais sobre o Projeto
de Lei na sessão Biblioteca Virtual. (UFRJ
e Estado de São Paulo 25.03.03)
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4- Segundo a deputada Telma, agências regulatórias
não estão cumprindo suas funções |
"Queremos discutir a autonomia total concedida às agências", justifica
a deputada Telma de Souza (PT-SP). Ela garante, porém, que sua
preocupação ao apresentar o Projeto de Lei, não foi de afugentar
investidores privados da área de infra-estrutura. "Nossa preocupação
é de não fechar as portas para os investidores, mas também não
continuar com a autonomia absoluta das agências", explica. A deputada
ressalta, porém, que seu projeto "não está fechado" e que sua
iniciativa provocará "uma reflexão" sobre o papel das agências.
O PL está em análise pela Mesa da Câmara e, se precisar de pareceres
de mais de cinco comissões permanentes da Casa, precisará ser
criada uma nova, específica, para analisar o tema. (Estado de
São Paulo - 25.03.03)
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5- Governo aprova nova estrutura regimental para Minas
e Energia |
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, aprovou
a nova estrutura regimental além do quadro demonstrativo dos cargos
em comissão e das funções gratificadas do Ministério de Minas
e Energia. O decreto nº 4.642, publicado nesta segunda-feira,
dia 24 de março, no Diário Oficial, estabelece a nova estrutura
do ministério. Serão de responsabilidade do MME, entre outros
tópico, o aproveitamento de energia hidráulica; e petróleo, combustível
e energia elétrica, inclusive nuclear. Além disso, o ministério
será responsável pelo equilíbrio conjuntural e estrutural entre
oferta e demanda de energia no país. (Canal Energia - 24.03.2003)
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6- Governo cria Câmara de Políticas de Infra-Estrutura
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O Governo Federal criou nesta segunda-feira, 24 de março, a Câmara
de Políticas de Infra-Estrutura, do Conselho do Governo, com o
objetivo de formular e coordenar a implantação de políticas públicas
e diretrizes para a área de infra-estrutura do país. A presidência
da Câmara caberá ao Chefe da Casa-Civil, José Dirceu. Os ministérios
de Minas e Energia; do Meio Ambiente; da Fazenda; dos Transportes;
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Planejamento,
Orçamento e Gestão; das Comunicações; da Integração Nacional e
das Cidades integrarão a Câmara. Poderão ser convidados a participar
das reuniões representantes de órgãos da administração federal,
estadual e municipal, de entidades privadas e de organizações
não-governamentais. O decreto, publicado na edição de 24 de março
do Diário Oficial, também cria o Comitê Executivo da Câmara de
Políticas de Infra-Estrutura, que será integrado pelo subchefe
de coordenação da ação governamental da Casa Civil, da Presidência
da República e dos secretários executivos dos ministérios que
compõe a Câmara. (Canal Energia - 24.03.2003)
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1- Consumo no Norte chega a 2.554 MW médios |
A região Norte registrou um consumo de 2.554 MW médios no último
domingo, dia 23 de março, contra a previsão de 2.710 MW médios
do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS. Nos últimos sete
dias, o subsistema está com uma variação de 0,3%. O Sudeste/Centro-Oeste
consumiu 21.449 MW médios, contra a previsão de 27.173 MW médios
do operador do sistema. O subsistema registra uma oscilação de
-4,48 nos últimos sete dias. Em relação à curva de aversão ao
risco, de 27.228 MW médios, o subsistema está com uma variação
de -4,67% no mesmo período. Na região Sul, o consumo atingiu 5.758
MW médios no dia 23 de março, contra o PMO de 7.389 MW médios
previsto pelo ONS. Nos últimos sete dias, a variação no subsistema
chegou a 0,98%. O Nordeste registrou um consumo de 5.255 MW médios,
enquanto o previsto no programa mensal é de 6.091 MW médios. O
subsistema acumula uma variação no consumo de 5,15% nos últimos
sete dias. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.048 MW
médios, a região registrou uma oscilação de -4,48% no período.
(Canal Energia - 24.03.2003)
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2- Volume armazenado da região Norte está em 79,63%
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O volume do submercado Norte está em 79,63%, um acréscimo de 0,32%
em um dia. A usina de Tucuruí registra índice de 96,98%. (Canal
Energia - 24.03.2003)
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3- Submercado Nordeste registra 46,94% da capacidade |
A capacidade da região Nordeste está em 46,94%, um aumento de
0,2% em relação ao dia anterior. O volume está 23,23% acima da
curva de aversão ao risco 2002/2003. A hidrelétrica de Sobradinho
apresenta 41,97% da capacidade. (Canal Energia - 24.03.2003)
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4- Capacidade do submercado Sudeste/Centro-Oeste está
em 75,6% |
O submercado Sudeste/Centro-Oeste registra 75,6% da capacidade,
volume 43,37% acima da curva de segurança. Em comparação com o
dia anterior, o nível armazenado subiu 0,24%. As hidrelétricas
de Miranda e Itumbiara apresentam, respectivamente, 68,77% e 78,44%
do volume. (Canal Energia - 24.03.2003)
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5- Capacidade da região Sul está em 92,89% |
A capacidade do subsistema Sul está em 92,89%, uma redução de
0,06% em um dia. O nível da usina de Salto Santiago está em 98,99%.
(Canal Energia - 24.03.2003)
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6- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Eletropaulo tem prejuízo de R$ 871,1 mi |
A Eletropaulo, distribuidora de energia controlada pela AES, teve
prejuízo líquido de R$ 871,1 milhões no ano passado. O balanço
ainda não foi divulgado, mas o número consta da ata de reunião
realizada ontem pelo conselho de administração, que aprovou as
contas de 2002. A empresa apurou, em 2001, lucro de R$ 567,4 milhões.
Na época, o resultado foi influenciado pela contabilização das
receitas oriundas do acordo-geral do setor elétrico. Entre janeiro
e setembro do ano passado, a Eletropaulo acumulou prejuízo de
R$ 533,1 milhões, o que significa que a perda da distribuidora
no quarto trimestre de 2002 foi de aproximadamente R$ 338 milhões.
O conselho também aprovou a remuneração de R$ 25 milhões concedida
à diretoria no ano passado. (Valor - 25.03.2003)
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2- Grupo CPFL prepara captação de R$1,8 bi |
O Grupo CPFL Energia, holding que controla as distribuidoras CPFL,
RGE e Piratininga, prepara uma captação de R$ 1,8 bilhão para
honrar dívidas que vencem em maio. O grupo também aguarda resposta
do BNDES sobre financiamento de R$ 1,3 bilhão para dar continuidade
às obras de três hidrelétricas, que podem parar caso os recursos
não sejam liberados. (Jornal do Commercio - 25.03.2003)
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3- Coelce espera obter reajuste maior do que os 27,65%
previstos pela Aneel |
O presidente do Conerge, Antônio Erildo Lemos Pontes, que representa
o setor rural, argumentou que, nos últimos quatro anos - de 1999
a 2002 -, o aumento acumulado da Coelce atingiu 70,9%, de acordo
com a própria Aneel. "A revisão tarifária deste ano representa
40% do acumulado do período", compara. O percentual definitivo
da revisão será divulgado só no dia 22 de abril pela Aneel, quando
passa também a vigorar. O índice de revisão tarifária da Coelce
pode chegar próximo a 30%, após a divulgação do IGP-M deste mês,
segundo avaliou Erildo Pontes. O índice preliminar de reposicionamento
tarifário da empresa é de 27,65%, sugerido pela Aneel. O percentual
definitivo de revisão tarifária será divulgado só no dia 22 de
abril pela Aneel. O diretor da Aneel, Jaconias de Aguiar, afirmou
que "o índice pode ser alterado para mais ou para menos, dependendo
das análises que serão feitas das contribuições e sugestões recebidas
nesta audiência pública e de outros fatores, como o IGP-M". A
audiência pública de ontem realizada no auditório do Sebrae-CE,
com o intuito de receber contribuições ao processo de revisão
tarifária, reuniu representantes da Coelce, dos empresários e
dos consumidores. (Diário do Nordeste 25.03.03)
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4- Empregados da Light fazem paralisação de advertência
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Os empregados da Light programaram para amanhã uma paralisação
de advertência de 24 horas. A companhia informou que já tomou
todas as providências para evitar problemas de abastecimento de
energia. A paralisação foi decidida, na semana passada, pela Associação
dos Empregados da Light (AEL) e será referendada hoje em assembléia
com os funcionários como protesto às demissões que estão sendo
feitas na Light, este ano. (Jornal do Commercio - 25.03.2003)
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5- Audiência pública da Aneel discute revisão tarifária
da Cosern |
A Aneel realiza nesta terça-feira, dia 25 de março, audiência
pública para colher sugestões para o processo de revisão tarifária
da Cosern. A proposta da agência é de um reposicionamento tarifário
de 12,06% e fator X de 1,78%. Segundo o órgão regulador, esses
índices podem mudar, já que o processo somente será concluído
no próximo dia 22 de abril, data em que será publicada resolução
com os percentuais finais para a tarifa da distribuidora. A Cosern
fornece energia para cerca de 750 mil unidades consumidores no
estado do Rio Grande do Norte. (Canal Energia - 24.03.2003)
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6- Consumidores contestam cobrança de multas indevidas
pela Eletropaulo |
Medições da energia elétrica na Eletropaulo entre o período de
2000 a 2002 estão sendo contestadas por consumidores de média
tensão da empresa. Alegando a cobrança de multas indevidas pelo
excesso de energia reativa no sistema (sem a geração de potência),
alguns clientes comerciais e industriais receberam penalizações
de até R$ 150 mil, e agora estão recorrendo à Comissão de Serviços
Públicos de Energia (CSPE) de São Paulo para rever suas contas.
Nos levantamentos realizados desde 2000, quatro consumidores foram
identificados com multas indevidas pelo consumo e pela demanda
reativa excedente. Uma das empresas, multada em R$ 29 mil, encaminhou
ofício à CSPE, que acolheu o caso e abriu processo contra a distribuidora.
(Canal Energia - 24.03.2003)
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1- Pela quarta semana consecutiva, valor do MWh fica
em R$ 4,00 |
Pela quarta semana consecutiva, os preços MAE continuam em R$
4,00 para todos os submercados e para todas as cargas. Os valores
são válidos para os dias 22 a 28 de março. (Canal Energia - 24.03.2003)
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1- Superávit comercial de US$ 3,1 bi |
Com o superávit comercial de US$ 326 milhões registrados na semana
passada, as exportações superam as importações em US$ 3,1 bilhões
neste ano. No mesmo período de 2002 o saldo comercial era de US$
663 milhões. Ao contrário do que aconteceu em 2002, quando a queda
nas importações explicava o bom resultado da balança, neste ano
é o desempenho das exportações que tem garantido os superávits
comerciais recordes. O superávit acumulado em março está em US$
817 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento. As importações
também cresceram, já que o bom resultado das exportações resulta
nessa contrapartida, sendo o Brasil ainda dependente de insumos
e tecnologias importadas para a sua produção. O preço do petróleo
e de seus derivados também contribuiu para o aumento das importações.
Neste ano, o Ministério do Desenvolvimento espera exportar US$
66 bilhões, cerca de 10% a mais que em 2002. Segundo o Banco Central,
o saldo comercial deverá ser de pelo menos US$ 15 bilhões. No
ano passado, as exportações superaram as importações em US$ 13,13
bilhões, o melhor resultado desde 1993, ano anterior à implementação
do Real. Os reflexos da desvalorização cambial, ocorrida em janeiro
de 1999, estão começando a aparecer de forma expressiva. (Folha
de São Paulo - 25.03.2003)
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2- Inflação deixa juros no alto até agosto, diz Merrill
Lynch |
Os juros no Brasil só começarão a cair de forma consistente a
partir de agosto, opina a Merrill Lynch em seu último relatório
sobre a economia do país. A análise aponta pressões inflacionárias
no meio do ano vindas de aumentos em tarifas públicas como a razão
para os juros não caírem. Ainda assim é possível haver uma "surpresa"
em maio, mês que, acredita, poderá apontar a inflação mais baixa
no ano até então. Mas isso não se converteria em tendência de
declínio dos juros. Mesmo a partir de agosto, de qualquer forma,
a queda não seria tão significativa. Na opinião da Merrill Lynch,
os juros estarão, ao final do ano, na casa de 22,5%. A despeito
da análise que traça, a Merrill Lynch diz que é "inegável" que
os juros reais estão altos no Brasil e que isso levanta questões
sobre "o crescimento da economia, a dívida pública e a viabilidade
do modelo econômico". Outra fonte de atenção nas previsões econômicas
para o Brasil é a situação política e o andamento das reformas
do governo Lula. "Continuamos a ser otimistas em relação a reformas
estruturais, mas estamos preocupados que atrasos e concessões
necessárias para o avanço possam não ser totalmente esperados
pelo mercado", diz a Merrill Lynch. (Folha de São Paulo - 25.03.2003)
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3- Petrobras faz captação de US$ 400 mi |
A Petrobras informou ontem que captou US$ 400 milhões de dólares
no exterior em lançamento de títulos com vencimento em 2008 feito
pela subsidiária Petrobras International Finance Company. Os juros
serão de 9% nos três primeiros anos e de 12,375% nos dois últimos,
caso a opção de resgate não seja exercida no fim do terceiro ano.
De acordo com a assessoria da estatal, a operação marca a reabertura
do mercado internacional de capitais à empresa. A demanda pelos
títulos foi 3,5 vezes maior do que a previsão inicial e entre
os compradores estão fundos de investimento norte-americanos e
europeus. (Folha de São Paulo - 25.03.2003)
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4- Petrobras pode comprar óleo de africanos |
Caso se agravem os conflitos na Nigéria e a produção de óleo no
país fique ainda mais comprometida, a Petrobras pode comprar petróleo
de nações africanas vizinhas, como Angola, Gabão, Congo e Camarões.
É o que afirma o gerente de comércio exterior da estatal, Edgard
Manta. A Nigéria é o maior fornecedor de óleo do Brasil. A Petrobras
comprou do país, em média, 114 mil barris diários em 2002 - 33,7%
das importações totais (338 mil barris/dia). Questionado sobre
qual o motivo de a Petrobras manter a Nigéria, um país sempre
afetado por instabilidade política, como seu principal supridor,
o gerente alegou o fator preço. Apesar dos conflitos étnicos,
a produção nigeriana não foi toda comprometida o que permite ainda
importar daquele país. O país africano produz 1,95 milhão de barris/dia
e teve uma queda de 16% na extração de óleo. Um outro fator que
favorece o Brasil, é que a Petrobrás não possui contratos firmes
de compra com a petroleira estatal nigeriana NNPC, o que dá à
empresa uma maior flexibilidade. Em relação aos estoques da companhia,
o diretor de Abastecimento da Petrobrás, Rogério Manso, afirmara
que o Brasil tem estoques maiores do que os dos países ricos,
que armazenam de 90 a 100 dias de suas importações líquidas. (Folha
de São Paulo - 25.03.2003)
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5- Mercado volta a reduzir previsão do IPCA em 2003
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O mercado reduziu sua projeção para a inflação deste ano, segundo
pesquisa feita pelo Banco Central entre bancos e empresas de consultoria.
O levantamento, divulgado semanalmente, mostra que a estimativa
de alta do IPCA caiu de 12,43% para 12,19% entre os dias 14 e
21. O valor estimado para a inflação ainda é superior à meta fixada
pelo BC, que tenta manter a alta dos preços em 8,5% neste ano.
A melhora nas expectativas do mercado pode abrir espaço para uma
redução dos juros básicos da economia, hoje em 26,5% ao ano. A
expectativa do mercado, segundo a pesquisa do BC, é que a Selic
recue para 22% ao ano até dezembro. (Folha de São Paulo - 25.03.2003)
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6- BC projeta relação dívida/PIB de 56,14% no ano |
A relação dívida líquida do setor público/PIB pode chegar a 56,14%
este ano, mesmo com o aumento do superávit primário para 4,25%
do PIB. Isso representa um acréscimo de 0,25% do PIB em relação
à 2002, ano em que a dívida correspondeu a 55,89% do produto.
Esse cenário foi elaborado pelo Banco Central e pressupõe um crescimento
econômico de 2,8% para 2003 e de 3,5% para os anos seguintes;
e taxa de câmbio de R$ 3,40. A partir de 2004, mantendo o mesmo
superávit primário, a relação dívida/PIB começaria a cair de forma
mais acentuada, baixando para 54,49% no próximo ano, 52,58% em
2005 e 50,47% em 2006. Ao final de 2011, obedecendo a essa trajetória,
a dívida chegaria a 35,08% do PIB. As hipóteses foram construídas
levando em conta diferentes metas de superávit primário para este
e para os próximos anos. Somente um superávit superior a 4,5%
do PIB é que levaria a uma redução da dívida como proporção do
PIB já neste ano. Do lado das contas externas, os dados indicam
algumas mudanças positivas nas contas do balanço de pagamentos
para este ano. O déficit em transações correntes, antes previsto
em US$ 5,58 bilhões, teve agora redução para US$ 4,2 bilhões -
cifra que, se confirmada, trará o déficit para cerca de 0,95%
do PIB ao final deste exercício (pressupondo um crescimento de
2,8% para o produto). (Valor - 25.03.2003)
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7- Exportação terá meta maior, diz Furlan |
Os bons resultados do comércio exterior brasileiro, apesar da
guerra no Iraque, levarão o governo a anunciar, em breve, uma
meta "mais elástica" para as exportações do Brasil neste ano,
acima do aumento de 10% já anunciado, informou o ministro do Desenvolvimento,
Luiz Furlan. O resultado acumulado até o início da semana, de
US$ 3,1 bilhões, permite ao ministério prever que as vendas ao
exterior ficarão em US$ 3,5 bilhões acima das importações no primeiro
trimestre, um superávit acumulado em doze meses de quase US$ 14
bilhões, previu Furlan. (Folha de São Paulo - 25.03.2003)
Índice
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8- FMI pede que o Brasil tenha uma meta fiscal ambiciosa
a médio prazo |
O FMI pediu ontem ao Brasil que fixe metas fiscais ambiciosas
a médio prazo para melhor se proteger de possíveis choques externos.
O Fundo disse que o Brasil, no ano passado, recebeu uma ajuda
de quase US$ 31 bilhões, tem feito um bom trabalho para reduzir
os desequilíbrios econômicos e buscar a melhora das condições
sociais. Mas incertezas provocadas pela pesada dívida pública
brasileira e pelo fraco crescimento econômico continuam a pesar
sobre o cenário do país. A economia brasileira cresceu 1,5% no
ano passado, ligeiramente mais que o 1,4% em 2001, lembrou o FMI.
A inflação atingiu 12,5% em 2002, contra 7,7% no ano anterior.
O Fundo elogiou a decisão do Brasil de aumentar sua meta de superávit
primário para 4,25% do PIB este ano. E também pediu às autoridades
que aumentem a flexibilidade orçamentária para permitir uma política
fiscal mais efetiva em tempos de instabilidade. (O Globo - 25.03.2003)
Índice
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Ontem, depois de abrir em alta de 0,85%, cotado a R$ 3,43, o dólar
caminhou na contramão do mercado e fechou em queda de 0,15%, cotado
a R$ 3,40 para venda. (Canal Energia - 24.03.2003)
Índice
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1- Comgás apura lucro de R$ 76,2 mi |
A Comgás, controlada pela BG, apurou lucro líquido de R$ 76,2
milhões no quarto trimestre de 2002. O resultado é mais que o
dobro do ganho de R$ 36,3 milhões contabilizado em igual período
do ano anterior. A receita líquida teve crescimento de 39,2% na
mesma base de comparação e ficou em R$ 375,2 milhões. A margem
bruta deu um salto: passou de 38,5% para 60,9%. (Valor - 25.03.2003)
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2- Obra de gasoduto no AM pode começar em agosto |
Representantes do governo do Amazonas e da Petrobrás se reuniram
ontem para tratar da implantação dos 417 quilômetros de dutos
que transportarão o gás natural da reserva de Urucu, no Solimões,
até Manaus. Os secretários da Infra-estrutura, Bosco Saraiva,
e do Meio Ambiente, Virgílio Viana, disseram que, se depender
apenas da vontade política, o gasoduto começa a ser implantado
em agosto. No começo do mês, a Petrobrás anunciou que iniciaria
a obra em um ano. A antecipação do início da obra foi acertada
entre o presidente Luís Inácio Lula da Silva, o governador Eduardo
Braga e a Ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, na semana
passada. "A ordem é para que todos os processos sejam encaminhados
de forma rápida para que a obra seja logo iniciada", informou
a agência de comunicação social do governo do Amazonas. A construção
de gasodutos em território amazonense foi dificultada por entraves
burocráticos nos dois últimos mandatos do ex-governador Amazonino
Mendes, que defendia o transporte do combustível em barcaças.
(A Crítica e Gazeta Mercantil - 25.03.2003)
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3- Integrantes do Codesul discutem sobre gás boliviano |
Os governadores do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul - integrantes do Conselho
de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) - se encontram na
manhã com o presidente Lula para solicitar uma solução para a
crise gerada pelo alto custo do gás natural, importado da Bolívia.
Em documento divulgado ontem eles afirmam que o custo do gás importado
subiu 93% no último ano, comprometendo a economia da região, que
não tem acesso ao gás natural nacional, bem mais barato. Os governadores
Luiz Henrique da Silveira (SC), Germano Rigotto (RS), Roberto
Requião (PR) e Zeca do PT (MS) discutiram ontem, no encontro do
Codesul, em Florianópolis, estratégias de uso dos recursos hídricos
do aqüífero Guarani e projetos de incremento do fluxo turístico
na região. (Diário da Manhã - 25.03.03)
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1- Crise cambial no país diminuiu lucro da EDF |
A EDF teve lucro líquido de 460 a 500 milhões de euros ano passado.
Foi uma expressiva queda nos ganhos em relação aos 841milhões
de euros obtidos em 2001, disse ontem o jornal francês "Le Figaro".
O resultado foi influenciado pela crise cambial que abalou a economia
da Argentina e do Brasil no ano passado. A EDF é a controladora
da Light. Segundo o jornal francês, os resultados da companhia
devem ser anunciados amanhã. A companhia deve anunciar o equivalente
a cerca de 900 milhões de euros em gastos extraordinários. As
provisões feitas pela estatal deverão cobrir perdas cambiais na
Argentina e a depreciação de ativos no Brasil, também provocadas
pela desvalorização do real. A dívida líquida da EDF deve crescer
em 3 bilhões de euros, para 25 bilhões de euros ao fim de 2002,
principalmente em decorrência da aquisição do controle da empresa
alemã EnBW AG e do débito da britânica Seeboard. (O Globo - 25.03.2003)
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2- Espanha aprova construção de usina de 1.600 MW em
Arcos de la Frontera |
O ministério da economia espanhol aprovou a construção da usina
de ciclo combinado a gás de 1.600 MW em Arcos de la Frontera (sul
da região de Andalucia), planejada pela Iberdrola. A autorização,
anunciada na última segunda-feira no diário oficial do Estado,
é para um projeto de ciclo combinado composto por uma unidade
de 1.200 MW a gás, inicialmente projetada pela Enron, e por outra
unidade de 400 MW, que originalmente foi proposta pela Guadalcacin
Energy, controlada pela espanhola Abengoa. A Iberdrola, que previu
o orçamento de construção de ambas unidades em 800 milhões,
espera já ter pronta instalações de 800 MW no fim de 2004 e dos
outros 800 MW no terceiro trimestre de 2005. (Platts - 24.03.2003)
Índice
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3- EDP ganha privatização da Naturcorp |
A privatização de 62%
dos ativos energéticos do governo do País Basco, agrupados na
Naturcorp, foi adjudicada à EDP, através da sua participada Hidrocantábrico.
A oferta que avalia a elétrica basca em 537 milhões superou
as da concorrência, composta pela Iberdrola, pela Gas Natural
e pela Enel e encontra-se acima do valor apresentado pela consultora
NERA. O governo basco revela ainda que a proposta da elétrica
asturiana, controlada pela EDP, inclui uma oferta em ativos próprios
no valor de 277 milhões, aos quais se juntam 227,68 milhões
em dinheiro, num montante total que ascende a 504,68 milhões.
O plano de negócios apresentado pela Hidrocantábrico prevê transformar
a nova Naturcorp no operador energético de referência no País
Basco, constituindo-se como alternativa à Gas Natural e à Enagás
no desenvolvimento das infra-estruturas de distribuição e transporte
de gás em Espanha. Segundo os analistas, a Iberdrola era dada
como a favorita na corrida pela Naturcorp. (Diário Económico -
24.03.2003)
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4- EDP espera contribuição positiva da Naturcorp já
em 2003 |
A EDP considera que a compra da Naturcorp, anunciada ontem pelas
autoridades bascas, trará uma contribuição positiva nos seus resultados
já em 2003, adiantando, por outro lado, que a nova empresa, resultante
da junção com a Gás de Asturias, possuirá 500 mil clientes com
10% de quota no mercado espanhol de gás, constituindo-se assim
como o segundo maior operador do setor. A empresa resultante será
detida em 62% pela Hicrocantábrico. O valor total dos ativos conjuntos
da Naturcorp e Gás de Asturias ascende a cerca de 800 milhões.
A gestão da nova companhia será assegurada pela Hidrocantábrico,
conforme revelou a EDP em comunicado. O representante da EDP,
António Castro, afirmou que a convergência gás-eletricidade foi
um fator decisivo para ganhar o concurso. O diretor-executivo
da elétrica, Rui Horta e Costa, explicou que a contrapartida de
227 milhões em dinheiro poderá ser financiada com aumento de
endividamento da Cantábrico e outra parte com um aumento de capital
da Cantábrico. (Diário Económico - 24.03.2003)
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5- Venda da Naturcorp à EDP beneficia OPA da Gas Natural
sobre Iberdrola |
Os analistas defendem que a adjudicação por parte do governo do
País Basco do concurso para a privatização da Naturcorp à Hidrocantábrico,
controlada pela EDP, enfraquece a posição da Iberdrola e elimina
eventuais barreiras de concorrência que poderiam surgir no caminho
da Operação Pública de Aquisição (OPA) hostil lançada pela Gas
Natural sobre a Iberdrola. Em nota aos clientes, o Banco Português
de Investimento (BPI) afirmou que a operação Gas Natural-Iberdrola
ganha força com a venda da Naturcorp à Hidrocantábrico. Os planos
da Iberdrola de continuar sozinho ficam mais débeis e é mais fácil
que a operação avance sem a Naturcorp. Também para os analistas
do Banco Espírito Santo, a adjudicação da Naturcorp à Hidrocantábrico
elimina obstáculos à OPA apresentada pela Gas Natural sobre a
elétrica. Por outro lado, os peritos admitem que o resultado da
privatização da Naturcorp poderá ter sido influenciado pela OPA
hostil da Gas Natural sobre a Iberdrola. A Ibersecurities confirma
esta posição, admitindo que uma das razões para o fato da Iberdrola
não ter saído vencedora poderá ter sido a OPA da Gás Natural.
Entretanto, o secretário de estado espanhol da Economia, Luis
de Guindos, referiu ontem que, se a OPA da Gas Natural prosseguir
em termos financeiros, deverá ser estudada pelo Tribunal de Defesa
da Concorrência. (Diário Económico - 25.03.2003)
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6- CFE estuda licitação de GNL no litoral pacífico
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A energética estatal mexicana CFE quer licitar um contrato de
abastecimento de gás natural liquefeito (GNL) para um porto no
Pacífico, de acordo com o vice-diretor de desenvolvimento de projetos
financiados da CFE, Alberto Ramos. Uma das exigências da licitação
será que a empresa tenha o controle das reservas de gás natural
ou uma participação grande o suficiente para garantir abastecimento
a um terminal de 500 milhões de pés cúbicos por dia (mpc/d). A
empresa vencedora poderá também construir capacidade superior
aos 500mpc/d mínimos e vender a diferença por sua própria conta.
Segundo a programação, a CFE receberá propostas para o terminal
Altamira em 10 de junho; o vencedor será selecionado no fim de
julho. A usina deve entrar em operação comercial em 10 de janeiro
de 2006, e o contrato é para abastecer a CFE por 15 anos. A energética
belga Tractebel, a joint-venture Gastream, da espanhola Repsol-YPF,
e sua subsidiária Gas Natural já formalizaram interesse por um
terminal de GNL em Lázaro Cárdenas. (BNamericas.com - 25.03.2003)
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7- Desregulamentação não significa tarifas elétricas
mais baratas |
Maior desregulamentação do mercado elétrico nem sempre significa
tarifas mais baratas, de acordo com estudo publicado nesta terça-feira
por analistas da Cap Gemini Ernst & Young (CGEY). Alguns países
apresentam clara ligação entre maior desregulamentação e tarifas
menores. Exemplos são Finlândia e Suécia, que alcançaram 80% na
escala de desregulamentação criada pela CGEY e cujas tarifas apresentam
índice 80, contra índice 100 fixado para os níveis tarifários
de 1996. Contudo outros países apresentam resultados paradoxais,
como Dinamarca e Noruega. Estes dois países situam-se em torno
dos 65% na escala de desregulamentação, mas as tarifas atuais
estão próximas do índice 130. A CGEY também identificou países
que classifica como boas surpresas. Bélgica, França e Portugal
apresentam tarifas abaixo do nível 100, apesar do baixo nível
de desregulamentação (10-30%). (Platts - 25.03.2003)
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8- E.on e UES confirmam planos para desenvolver projeto
em conjunto |
A empresa alemã E.on Energie e a russa UES assinaram um memorando
de entendimento que confirma cooperação entre ambas no setor elétrico.
O memorando trata da construção de duas turbinas de ciclo combinado
a gás na usina Shchekinskaya, na região de Tula, ao sul de Moscou.
A E.on e a UES também planejam o desenvolvimento de laços comerciais
mais fortes, na forma de contratos de longo-prazo para negociação
de gás e eletricidade na Rússia e em outros países que planejem
abrir seus mercados de energia, bem como na implementação de projetos
nos estados bálticos. As duas empresas discutem ainda o possível
papel da E.on no controle de algumas geradoras russas que estão
para ser cindidas da UES, conforme o plano de reforma do mercado
elétrico russo. (Platts - 25.03.2003)
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2- Projeto de Lei nº /2003 |
Souza, Telma de.
Projeto de Lei nº /2003. Brasil: Março de 2003
http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm
http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/provedor/biblioteca/s.htm
Resumo:
O projeto de lei da deputada Telma de Souza, com suas justificativas,
propõe as seguintes modificações legais em relação às agências
reguladoras: a) a fixação do cálculo do preço da transmissão
de energia pela Aneel passa a requerer aprovação prévia do Ministério
das Minas e Energia; b) as agências reguladoras passariam a
ser subordinadas hierarquicamente; c) o mandato dos membros
do Conselho Diretor seria reduzido de cinco para quatro anos
e; d) os conselheiros e diretores poderão ser exonerados em
qualquer época pelo Presidente da República em caso de não cumprimento
das políticas determinadas pelo ministério subordinado.
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca, Daniel Bueno, Bruno Nini, Patricia Vance, Rodrigo
Berger e Rubens Rosental - Economistas
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Bruno
Negreiros, Caetano Penna e Daniel Pereira Santos
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de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
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