1- Belo Monte perde espaço para usina no rio Madeira
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O projeto apresentado
por Furnas para aproveitamento do rio Madeira com a construção
de duas hidrelétricas em Rondônia, com capacidade de gerar 7 mil
MW poderá ganhar prioridade em relação a Belo Monte, cujo projeto
está em discussão há cerca de três anos. O presidente da Eletrobrás,
Luiz Pinguelli Rosa, explicou que convocou uma reunião no Cepel
para analisar os projetos, que não serão tocados paralelamente.
"Hoje o projeto que está na frente é o de Belo Monte, mas podemos
inverter essa ordem desde que seja satisfatório", explicou. O
aproveitamento do rio Madeira, segundo Pinguelli, é atraente porque
além de gerar energia para o Norte do país, vai permitir a integração
da infra-estrutura de transporte entre Brasil, Bolívia e Peru,
já que permitirá a navegação no rio Madeira entre Porto Velho
e Abunã, na fronteira com a Bolívia. O projeto também é mais barato,
já que estão previstos investimentos de R$ 4 bilhões na primeira
fase. Pinguelli ressaltou que ambos serão apresentados para licitação
pela Aneel e que a idéia é fazer uma articulação entre Furnas,
Chesf e Eletronorte para formar um grande consórcio para concorrer
a um ou outro projeto. (Valor - 18.03.2003)
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2- Diretor da Eletrobrás traça quadro complexo do setor
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O diretor financeiro da Eletrobrás, Alexandre Magalhães da Silveira,
traçou um quadro particularmente complexo para o setor elétrico,
especialmente para as geradoras federais, em palestra para os
técnicos da Abamec-Rio, ontem à noite. Silveira disse que as subsidiárias
da Eletrobrás, especialmente Furnas e Eletronorte, assinaram contratos
com outras geradoras "onde o preço de compra da energia é maior
do que o preço de venda para o consumidor". Esse é o caso dos
contratos de Furnas com a Cien (grupo Endesa), em que a estatal
paga US$ 11 por MW instalado, mesmo sem utilizar a energia, a
título de encargo de capacidade, para um total de 700 MW. Outro
contrato danoso à Furnas é o referente a Termo Cuiabá, do grupo
Enron, de 400 MW, além de 50% de energia de Serra da Mesa (os
outros 50% pertencem ao grupo VBC). "O pior é que fizeram contratos
com duração de 20 anos, quando todos sabiam que haveria liberação
do mercado a partir de 2003", observou. A Eletronorte compra da
usina termelétrica da El Paso, instalada em Manaus, por um preço
"muito maior" do que o preço que revende para a distribuidora
que atende a região. Outro contrato que dá prejuízo à Eletronorte
é a importação de energia elétrica da Venezuela para a região
de Roraima, no norte brasileiro. O antigo contrato da Eletronorte
com a Albrás, onde o MWh custa US$ 11, também dá prejuízos àquela
estatal, segundo Magalhães, mas ele acredita que essa situação
será revista ainda este ano, já que o contrato se encerra em 2004.(O
Estado de São Paulo 18.03.03)
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3- CPFL sugere troca de indexador |
O Governo federal deveria dar o exemplo e substituir o índice
indexador dos contratos de suas duas principais geradoras de eletricidade,
Itaipu e Furnas Centrais Elétricas. A sugestão partiu ontem do
presidente da CPFL, Wilson Ferreira Júnior, que se reuniu com
o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Luís Fernando Furlan, no escritório de São Paulo do BNDES. "O
Governo quer negociar com as concessionárias de energia a substituição
do IGP-M por um outro índice, no caso o IPCA, para corrigir os
contratos. Isso é perfeitamente negociável, mas o IGP-M também
é o indexador de contratos de todas as estatais federais. O Governo
poderia, portanto, substituir o indexador de Furnas, que é IGP-M
mais a variação do dólar, e de Itaipu, indexado totalmente em
dólar, para o IPCA", sugeriu Ferreira Júnior. O executivo explicou
que a correção do contrato de Furnas possui a característica de
também ser corrigido em parte pela moeda americana porque parte
da energia fornecida pela geradora é proveniente da Argentina.
Já Itaipu tem sua energia cotada em moeda estrangeira por se tratar
de um acordo internacional mantido entre o Brasil e o Paraguai,
sócios no empreendimento. Ferreira Júnior avaliou que, se na época
de reajuste de tarifas da CPFL houver a substituição do IGP-M
pelo IPCA, acompanhada por Furnas, o consumidor será o grande
beneficiado pela medida. (Jornal do Commercio - 18.03.2003)
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1- Consumo na região Norte atinge 2.444 MW médios |
O consumo de energia da região Norte atingiu 2.444 MW médios no
último domingo, dia 16 de março, contra a previsão mensal do ONS
de 2.710 MW médios. Nos últimos sete dias, a variação no consumo
no subsistema chegou a -0,60%. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo
foi de 23.222 MW médios no dia 16, contra a previsão de 27.173
MW médios do operador do sistema. A variação no subsistema nos
últimos sete dias chegou a -1,11%. Em relação à curva de aversão
ao risco, de 27.228 MW médios, o subsistema registrarou uma variação
de -1,31% nos últimos sete dias. Já a região Sul teve um consumo
de 5.971 MW médios, contra o PMO (Programa Mensal de Operação)
de 7.389 MW médios. O subsistema registra nos últimos sete dias
uma variação de 3,85%. A região Nordeste teve um consumo de 5.308
MW médios, enquanto a previsão do ONS é de 6.091 MW médios. O
subsistema registra uma variação de -0,91% nos últimos sete dias.
Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.048 MW médios, a
variação nos últimos sete dias atingiu -0,21%. (Canal Energia
- 17.03.2003)
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2- Região Norte registra nível de armazenamento de
79,07% |
A capacidade está em 79,07% no subsistema Norte, um aumento de
0,49%. O nível da hidrelétrica de Tucuruí está em 97,64%. (Canal
Energia - 17.03.2003)
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3- Capacidade chegou a 46,27% no Nordeste |
O volume do submercado Nordeste está em 46,27%, uma variação negativa
de 0,06%. O valor está 23,69% acima da curva de aversão ao risco.
A usina de Sobradinho registra 42,42% da capacidade. (Canal Energia
- 17.03.2003)
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4- Reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste tiveram
um acréscimo de 0,14% |
Subsistema Sudeste/Centro-Oeste - Com um acréscimo de 0,14% no
índice, a capacidade chegou a 74,59%. O volume está 43,04% acima
da curva de aversão ao risco 2002/2003. Os níveis das usinas de
Itumbiara e Miranda estão em 72,69% e 80,02%, respectivamente.
(Canal Energia - 17.03.2003)
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5- Volume do submercado Sul está em 94,06% |
Os reservatórios da região Sul tiveram um acréscimo de 0,24%,
chegando a 94,06% do volume máximo. A hidrelétrica de Salto Santiago
apresenta índice de 99,49%. (Canal Energia - 17.03.2003)
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6- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Lessa quer receber da AES em dinheiro |
O presidente do BNDES, Carlos Lessa, sinalizou ontem não estar
interessado em executar as garantias dos empréstimos concedidos
a americana AES. De acordo com Lessa, o banco precisa recuperar
os recursos emprestados para poder financiar outros projetos.
"Um projeto que não nos paga freia e veta uma série de outros
projetos de desenvolvimento. Temos lindos projetos na área de
papel e celulose se aproximando, mas preciso ter recursos que
estão emprestados para outros. Quando o banco quer receber está
cumprindo o seu mandato de banco de desenvolvimento", resumiu.
Questionado sobre o andamento das negociações e o prazo para execução
das garantias, Lessa disse que são duas operações distintas. No
empréstimo para compra de ações preferenciais da Eletropaulo,
o prazo já esgotou-se e dependeria da realização do leilão das
ações pela CBLC (Câmara Brasileiras de Liquidação e Custódia).
Na operação para compra de ações ordinárias da companhia, o prazo
foi prorrogado por 90 dias e termina em maio. De qualquer forma,
ele não mostrou interesse na realização dos leilões. "Na verdade,
estamos observando, acompanhando e negociando com a AES. A nós,
interessa resolver tudo junto", diz. (Valor - 18.03.2003)
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2- Investimentos da Eletrobrás para este ano deverão
ser reduzidos |
Os investimentos da Eletrobrás em 2003, previstos inicialmente
em R$ 4 bilhões, deverão ser reduzidos. O presidente da estatal,
Luiz Pinguelli Rosa, admitiu ontem que os investimentos em expansão
da capacidade de geração de energia não têm urgência porque há
sobra de 10 mil MW de potência instalada do País. Apesar de afirmar
que o resultado da Eletrobrás, cujo lucro caiu de R$ 3,3 bilhões,
em 2001, para R$ 1,1 bilhão, em 2002, não compromete o desenvolvimento
do setor, Pinguelli disse que a estatal direcionará melhor os
investimentos para o segmento de distribuição. De acordo com o
presidente da estatal, os únicos investimentos em geração que
deverão ser feitos são a instalação de mais três turbinas na usina
de Tucuruí, da subsidiária Eletronorte, e na substituição de reatores
de Angra 1 e 2, da subsidiária Eletronuclear. O diretor Financeiro
e de Relações com Investidores da Eletrobrás, Alexandre Magalhães
da Silveira, explicou que a redução nos lucros da estatal no ano
passado deveu-se principalmente às provisões para dívidas de recebimento
duvidoso, que totalizaram R$ 3,6 bilhões. Além disso, a participação
da Eletrobrás nos prejuízos das distribuidoras federalizadas representou
prejuízo de R$ 1,2 bilhão. (Jornal do Commercio - 18.03.2003)
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3- Eletrobrás quer mudanças no relacionamento com o
mercado |
No encontro com os analistas da Abamec, a diretoria da Eletrobrás
enfatizou que a empresa mudará radicalmente a sua postura em termos
de relacionamento com o mercado e espera ter o seu balanço adaptado
para os padrões USGAP, conforme exigido pela SEC norte-americana,
até o final deste ano. "Há uma clara preocupação com a transparência",
disse o diretor financeiro Alexandre Magalhães da Silveira. "Garanto
que não virão mais surpresas no último trimestre do ano", garantiu,
referindo-se às pesadas provisões que a empresa fez no balanço
do último trimestre de 2002, com perdas de R$ 3,6 bilhões. A maior
parcela dessas provisões foi por conta da Eletronorte. A estatal
que atua na região norte, controlada pela Eletrobrás, não vinha
fazendo o provisionamento correto da hidrelétrica de Tucuruí e
a holding teve de lançar R$ 600 milhões por conta disso no balanço
final de 2002. Outra provisão referente à Eletronorte é que a
holding deixou de cobrar juros sobre os juros, já que a Eletronorte
não tem pago à Eletrobrás nos prazos acordados. Para isso, todas
as subsidiárias do grupo passarão a ser auditadas trimestralmente,
com os balanços divulgados no site da Eletrobrás. (O Estado de
São Paulo 18.03.03)
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4- Cesp propõe reestruturação de US$ 663 mi em dívida
externa |
A Cesp anunciou que pretende reestruturar dívida externa de US$
663 milhões, segundo comunicado aos investidores internacionais
e à Bolsa de Valores de São Paulo. A idéia é alterar prazos de
vencimentos de três eurobônus que a empresa tem no mercado, o
primeiro deles no dia 9 de maio próximo no valor de US$ 150 milhões.
A Cesp se propôs a pagar agora em 9 de maio US$ 30 milhões, ou
20% do principal dos US$ 150 milhões em eurobônus. Em troca, os
investidores abririam mão da opção de resgate antecipado de 100%
do total. Os eurobônus restantes no mercado, 80% do total, ou
US$ 120 milhões, venceriam no seu prazo final, ou 9 de maio de
2005. Os outros dois títulos que a Cesp tem no mercado somam um
valor total de aproximadamente US$ 513 milhões. São US$ 300 milhões,
com resgate em 4 de março de 2004, e 200 milhões de vencimento
em 27 de fevereiro do ano que vem. A Cesp quer alterar o prazo
desses papéis de vencimento em 2004 "no mínimo para 2006", mas
ainda não apresentou ao mercado quais as condições para a troca.
A assembléia para definir se os detentores dos US$ 150 milhões
em bônus aceitam ou não a proposta da empresa será realizada no
dia 7 de abril de 2003. Após o anúncio da reestruturação da dívida
em bônus da Cesp, o mercado secundário de títulos da empresa teve
vários movimentos de compra e venda, com os títulos de vencimento
em 2005 saindo com preços de 70% a 80% do valor de face. (Valor
- 18.03.2003)
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5- CPFL negocia com o BNDES empréstimo de R$ 1,3 bilhão |
A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), distribuidora de energia
que atua no interior de São Paulo, negocia junto ao BNDES um empréstimo
de R$ 1,3 bilhão. O presidente da CPFL, Wilson Ferreira Jr., esteve
reunido ontem na capital paulista com o ministro do Desenvolvimento,
Luiz Fernando Furlan, no escritório do banco, para tentar fechar
o financiamento. As conversas envolveram ainda os executivos Carlos
Ermírio de Moraes e Raphael Nascimento, representantes do grupo
controlador da CPFL, a VBC Energia (Votorantim, Bradesco e Camargo
Corrêa). Segundo Ferreira, o dinheiro será aplicado na construção
de quatro projetos hidrelétricos que somam investimentos globais
de R$ 4 bilhões. O financiamento de 30% deste total foi pedido
junto ao BNDES há mais de um ano, segundo o executivo. Segundo
Ferreira, a CPFL negociou junto ao BNDES apenas recursos para
tocar os projetos de geração. "As usinas somam 2,8 mil MW, o que
representa 28% de toda a energia que entrará no sistema elétrico
nacional nos próximos quatro anos. O ministro Furlan ficou sensibilizado
com isso", afirmou. As hidrelétricas em construção pela CPFL são:
Barra Grande, com 690 MW; Campos Novos, com 880 MW; Foz do Chapecó,
também com 880 MW; e Ceran, com 360 MW. A CPFL tem como objetivo
gerar até 30% de todo o volume de energia que distribui. Hoje,
ela gera em torno de 6% do total comercializado. (Valor - 18.03.2003)
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6- Celesc luta contra multas aplicadas pela Aneel |
O presidente da Celesc, Carlos Rodolfo Schneider, disse que a
empresa está recorrendo da decisão da Aneel, que pretende aplicar
duas multas à Celesc.A decisão sobre as multas saiu no final do
ano passado e a Celesc recorreu logo depois, mas teve seu pedido
indeferido e entrou com novo recurso em janeiro. Uma das multas
foi aplicada porque a estatal aprovou o novo estatuto social sem
anuência prévia do órgão regulador. Essa fatura é de R$ 1,79 milhão.
A outra está relacionada à desverticalização da empresa. "Como
não fizemos a desverticalização, a Aneel também decidiu nos punir.
Mas estamos recorrendo. O valor da multa é de aproximadamente
R$ 800 mil", comenta o presidente. Nos dois casos, porém, Schneider
espera que as duas partes cheguem a um acordo, antes da análise
dos recursos.O empresário reclama que o custo do Programa de Demissão
Voluntária Incentivada (PDVI), que começou a ser implantado pela
antiga diretoria, é alto. "É um programa muito caro para a companhia
e generoso demais com os que estão se desligando". Schneider acredita
que, se a expectativa de adesões for superada, o programa não
manterá sua auto-suficiência.Até agora, 600 funcionários já aderiram
e foram dispensados pelo PDVI. A estimativa é que 800 peçam para
sair. "Só com os 800, serão gastos R$ 300 milhões", revela o presidente.
Segundo ele, a previsão de investimentos em distribuição e transmissão
de energia para este ano é de R$ 100 milhões".(A Notícia 18.03.03)
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7- Cemig investe R$ 45 mi na PCH Pai Joaquim |
A Cemig está investindo cerca de R$ 45 milhões na realocação e
ampliação da capacidade instalada da pequena central hidrelétrica
Pai Joaquim. Segundo Débora Alvarenga Guerra Martins, coordenadora-executiva
do empreendimento, a previsão é de que a usina entre em operação
comercial até dezembro deste ano. A usina, cujas obras começaram
em abril do ano passado, terá 23 MW de capacidade instalada. Desativada
desde 1994 por causa da inundação da casa de força, a PCH Pai
Joaquim foi construída em 1941. Para Débora Martins, a Cemig continua
investindo em projetos de geração porque acredita no aumento da
demanda de energia elétrica no país. "A baixa é pontual. Empreendimentos
de geração de energia não podem ser construídos da noite para
o dia", disse. (Canal Energia - 17.03.2003)
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1- Superávit sobe para US$ 2,77 bi |
Com duas semanas ainda para fechar os resultados do trimestre,
a balança comercial continua registrando bom desempenho. Com o
superávit de US$ 233 milhões na segunda semana de março, o saldo
positivo subiu para US$ 2,77 bilhões, mais de cinco vezes superior
aos US$ 542 milhões verificados no mesmo período de 2002. No trimestre,
o saldo da balança comercial pode ficar próximo de US$ 3 bilhões,
quase três vezes superior ao resultado obtido entre janeiro e
março de 2002, que ficou em US$ 1,03 bilhão. O aumento no preço
das commodities agrícolas, que está em 11%, e o câmbio desvalorizado
em relação ao verificado no início do ano passado estão impulsionando
os embarques. No fim de março, a cotação do dólar ainda estava
abaixo de R$ 2,50. (Valor - 18.03.2003)
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2- Estimativa de inflação cai após 7 altas seguidas
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Pela primeira vez em dois meses, o mercado reduziu suas projeções
para a inflação deste ano, segundo pesquisa feita pelo Banco Central
entre bancos e empresas de consultoria. De acordo com o levantamento,
a estimativa para a alta do IPCA recuou de 12,52% para 12,38%.
O levantamento mostra ainda que o mercado está mais otimista em
relação ao comportamento da taxa de câmbio. Projeta-se que a cotação
do dólar vá ficar em R$ 3,61 no final do ano, contra R$ 3,65 apontados
pela pesquisa feita há dez dias. Essa melhoria pode abrir espaço
para que os juros se mantenham estáveis neste mês. (Folha de São
Paulo - 18.03.2003)
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3- Meta de inflação sobe para 17,5%; governo decide
sacar US$ 4,1 bi |
Diante das turbulências do cenário externo, com a possibilidade
cada vez maior de uma guerra entre EUA e Iraque, o Brasil decidiu
buscar proteção no Fundo Monetário Internacional. O governo decidiu
sacar mais US$ 4,1 bilhões do FMI do empréstimo negociado em 2002,
tornou mais flexíveis as metas fixadas para a inflação e ainda
considera a possibilidade de aumentar seu poder de intervenção
no câmbio. A decisão de pegar a terceira parcela do empréstimo
e as mudanças nas metas de inflação, acertadas na segunda revisão
do acordo, foram anunciadas pelo secretário do Tesouro Nacional,
Joaquim Levy, e pelo diretor de Política Econômica do Banco Central,
Ilan Goldfajn. Na revisão, o governo acertou com o FMI mudanças
nas metas de inflação. Decidiu-se que, nos 12 meses encerrados
em setembro próximo, a inflação medida pelo IPCA ficará em, no
máximo, 17,5%. (Folha de São Paulo - 18.03.2003)
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4- Consumidor mantém retração, aponta índice |
Pelo terceiro mês consecutivo, o Índice de Intenção do Consumidor
(IIC), medido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo
(Fecomercio-SP), apresentou queda. Passou de 102,51% em fevereiro
para 97,85% nesse mês. Na comparação com março de 2002, quando
o índice ficou em 98,25 pontos, a queda foi de 0,41%. Esse é um
dos indicadores que o Banco Central (BC) acompanha para a definição
da política monetária. Com o resultado, que indica que a demanda
continuará desaquecida - freando novos reajustes de preço -, o
governo tem mais um argumento para manter a taxa de juros na reunião
que se inicia hoje, na opinião do gerente da assessoria econômica
da Fecomercio-SP, Oiram Corrêa. (Valor - 18.03.2003)
Índice
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O mercado de câmbio doméstico opera com grande volatilidade nesta
tarde de terça-feira. Após terem ficado em território negativo
na maior parte da manhã, as cotações da moeda norte-americana
voltaram a registrar valorização. Por volta das 15h40, o dólar
comercial apresentava alta de 0,20%, sendo negociado a R$ 3,4420
na venda e R$ 3,4400 na ponta compradora. Na máxima do dia, a
moeda norte-americana atingiu R$ 3,4500. Ontem, depois de subir
quase 1% e em seguida cair mais 1%, a moeda norte-americana fechou
praticamente estável, com alta de 0,23%, cotada a R$ 3,443. (Folha
de São Paulo e Valor Online - 18.03.2003)
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1- Angra 3 depende de saneamento da Eletronuclear,
diz Pinguelli |
O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, disse hoje, em
áudio-conferência realizada pela estatal, que a construção da
usina nuclear de Angra 3 está vinculada ao saneamento das finanças
da Eletronuclear, a subsidiária da estatal que administra a geração
térmica nuclear no Brasil. "Angra 3 não foi descartada, mas temos
de lidar com a situação difícil da Eletronuclear", disse Pinguelli.
"Temos de pensar primeiro no saneamento financeiro da empresa,
para depois pensarmos no futuro", acrescentou ele.A continuidade
das obras da usina deverão demandar investimentos de US$ 1,8 bilhão,
de acordo com cálculo de técnicos do setor. Segundo o diretor
financeiro da Eletrobrás, Alexandre Magalhães da Silveira, a Eletronuclear
apresentou um resultado negativo de cerca de R$ 1 bilhão no balanço
de 2002. Ele lembrou que a Eletronuclear apresentou geração de
caixa de apenas R$ 80 milhões no passado, diante de dívidas que
somam R$ 1,4 bilhão.(O Estado de São Paulo 18.03.03)
Índice
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2- CBEE começa a regularizar pagamento de termelétricas
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A CBEE conclui nesta segunda-feira, dia 17 de março, os testes
de conexão das 17 usinas instaladas no estado do Ceará. Com a
aprovação do sistema de distribuição da Coelce, a comercializadora
enviará nesta terça-feira, dia 18 de março, relatório para Aneel
solicitando o pagamento de R$ 35 milhões pela energia gerada pelas
usinas, relativo ao mês de janeiro, que estava suspenso. "Pela
primeira vez as usinas foram testadas em condições de operação
simultânea. O sistema da Coelce segurou a carga muito bem", comentou
Ivaldo Frota, diretor-presidente da CBEE. Nos testes, as usinas,
que tem 367 MW contratados, geraram 393 MW. Depois dos resultados
dos testes feitos na semana passada nas nove usinas de Pernambuco,
a Aneel, a pedido da CBEE, liberou o pagamento de R$ 11 milhões
a oito usina, cuja contratação chega a 200,60 MW. Um novo teste
será feito na termelétrica JB dentro de 30 dias. Também foi autorizado
o pagamento de R$ 15 milhões pela energia das duas termelétricas
do Rio Grande do Norte, que totalizam 141 MW. (Canal Energia -
17.03.2003)
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3- Vice-governador de SC vai à Petrobras pedir gás
barato |
O custo do gás boliviano comprado pelas
maiores indústrias de Santa Catarina estará novamente na pauta
de discussões do vice-governador e presidente do Genesc, Eduardo
Pinho Moreira, que tem audiência hoje com o presidente da Petrobras,
José Eduardo Dutra. Em sua passagem pelo Sul do Estado, ontem,
o vice-governador voltou a afirmar que o problema está sendo provocado
pela Petrobras. "O monopólio é da Petrobras e por isso quem detém
a regulamentação dos preços é a estatal. Se os custos não forem
revistos com certeza as empresas vão ter problemas", disse.Pinho
Moreira chegou a citar o exemplo da Karsten, que trocou o gás
natural pela lenha para cortar gastos. "Estamos em um momento
onde as empresas tentam cortar todos os custos imagináveis e por
este motivo não podemos admitir que nossos empresários continuem
pagando este absurdo pelo gás", lembra.Na semana passada, o vice-governador
esteve na Bolívia e abriu um canal de conversação para negociar
preços reduzidos. Ele voltará àquele país, agora na companhia
da ministra Dilma Roussef, para intermediar um acordo. O metro
cúbico do gás boliviano custa cerca de US$ 2 para as empresas
brasileiras, sendo que não está descartado um reajuste de 20%
ainda este mês. Hoje o setor mais prejudicado é o das cerâmicas
do Sul do Estado. De acordo com o vice-governador, 70% da empresas
deste ramo usam gás natural na produção. (A Notícia 18.03.03)
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1- Eletrointensivos terão que pagar mais pela energia
de Tucuruí |
Sobre as negociações com a Albrás e Alumar para estabelecer novos
preços para a energia de Tucuruí, controlada pela Eletronorte,
o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, disse que estão
"caminhando bem". O contrato com as duas fabricantes de alumínio
termina em 2004. As duas empresas são as maiores produtoras de
alumínio do país. Atualmente, a Albrás paga US$ 12 por MWh consumido,
enquanto a Alumar paga US$ 22. Pinguelli diz que não há definição
de "um número mágico" para o preço da nova tarifa. Pinguelli explicou
que o governo quer aumentar a tarifa dos consumidores industriais,
particularmente os eletrointensivos, para permitir novos investimentos
do grupo Eletrobrás, mas não a ponto de comprometer a competitividade
dessas empresas para a exportação. Segundo Pinguelli, não se cogita
elevar o preço para US$ 45. Apesar de achar que valor seria excelente,
Pinguelli acha que é muito elevado e por isso não acredita que
seja viável sua cobrança. A preocupação agora é não dar margem
a interpretações de que há confronto com indústria ou com o mercado.
Pinguelli ponderou que os eletrointensivos não podem ser usados
como "bode expiatório" para a difícil situação financeira da Eletronorte,
que ainda está investindo para conclusão do aumento da capacidade
de Tucuruí. (Valor - 18.03.2003)
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1- Merrill Lynch é processado por ajudar na fraude
da Enron |
A US Securities and Exchange Commission (SEC) acusou o Merrill
Lynch & Co. Inc. e quatro ex-executivos seniores por "ajudar e
consentir" com a fraude levada a cabo pela Enron. A SEC alega,
junto à Corte judicial Americana em Houston, que o Merrill e os
quatro executivos ajudaram a Enron a manipular os dividendos ao
engajar-se em duas transações de final de ano, em 1999, que tinham
o propósito e o efeito de superestimar o resultado financeiro
da Enron. Foram criadas três transações que adicionaram US$ 60
milhões às receitas do quarto trimestre de 1999, de modo a aumentar
os dividendos gerais de 1999, de US$ 1,09 para US$ 1,17 por participação.
Ao mesmo tempo em que entrou com o processo, a SEC afirmou que
aceitará o acordo entre o Merrill e a Comissão que obriga a companhia
a pagar US$ 80 milhões em multas, penalidades e juros. Pelo acordo,
o Merrill, que não admitiu nem negou as acusações, também concordou
em escriturar um mandado permanente para evitar futuras violações
de leis federais de segurança. A SEC afirmou ainda que pretende
manter os US$ 80 milhões em uma conta judicial, para indenizar
as vítimas da fraude. A comissão informou ainda que os quatro
ex-executivos, Robert Furst, Schyler Tilney, Daniel Bayly e Thomas
Davis, contestam a acusação. (Platts - 17.03.2003)
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2- Sodesa já registra volume de negócios de 70 mi
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A joint-venture entre a Sonae e a Endesa registrou nos seus primeiros
dez meses de atividade um volume de negócios na casa dos 70 milhões
de euros. Segundo um comunicado conjunto emitido pelas duas empresas,
"a Sodesa acaba de ultrapassar os 1000 GW/ano de vendas", destacando
que, "do total de vendas da empresa, mais de 60% correspondem
a clientes que não pertencem ao universo de empresas do Grupo
Sonae". O documento destaca ainda que a constituição da Sodesa,
no ano passado, permitiu a Sonae e a Endesa posicionarem-se estrategicamente
na criação do Mercado Ibérico de Electricidade previsto para 2004,
que possibilitará a convergência dos mercados português e espanhol,
facilitando as transacções comerciais dentro da Península Ibérica.
(Diário Económico - 18.03.2003)
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3- Resultado da privatização da Naturcorp sairá no
próximo dia 25 de março |
O governo basco deverá
anunciar o resultado do processo de privatização dos seus ativos
no sector do gás, englobados na "holding" estatal Naturcorp, na
próxima terça-feira, 25 de Março. Na corrida por estes ativos
estão, além da EDP, através da Hidrocantábrico, e da italiana
Enel, os espanhóis da Gas Natural e da Iberdrola. Em jogo está
uma participação de controle na Naturcorp, a "holding" estatal
que controla a trasportadora Gas de Euskadi, onde a Gas Natural
detém 20,5%, assim como as distribuidoras Bilbogas, Donostigas
e Gasnalsa, com um total de cerca de 300 000 clientes. Mas, segundo
os analistas, depois da Operação Pública de Aquisição (OPA) hostil
lançada pela Gas Natural sobre a Iberdrola, este processo transformou-se
num campo de batalha entre as duas empresas. De fato, vários peritos
especulam que a Gas Natural lançou a oferta exatamente para impedir
a Iberdrola de crescer no mercado de gás através da Naturcorp,
devido à sua alegada vantagem no processo por estar sediada precisamente
no País Basco. (Diário Económico - 18.03.2003)
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4- Pasco planeja reunião com Yuncán para 23 de março
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Raúl Espinoza, presidente do departamento peruano da Pasco, vai
reunir-se com representantes do governo local para discutir a
proposta de venda de um contrato de operação por 30 anos do projeto
hidrelétrico de Yuncán (134MW) no domingo, 23 de março. Segundo
Espinoza, "trata-se de encontrar uma solução para que a construção
do projeto siga em frente". Continua sobre a mesa a contraproposta
da Pasco, de ficar com a propriedade parcial da usina nos termos
de uma "empresa mista" com o setor privado. A agência estatal
de investimentos ProInversión não deu nenhuma resposta pública
a esta proposta. Três empresas estão pré-qualificadas para o projeto,
a belga Tractebel, a energética americana PSEG e a mineradora
peruana Volcán, e estão à espera de que a ProInversión anuncie
o novo prazo para apresentação de propostas, depois que a data
original (17 de janeiro) foi adiada. Espinoza afirma ainda que
a ProInversión pode estar negociando não oficialmente com as empresas
interessadas. (BNamericas.com - 18.03.2003)
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5- Noruega precisa de ligação elétrica com Europa para
evitar escassez |
A Noruega necessita construir novas linhas de transmissão junto
à Europa de modo a se evitar a situação ocorrida neste último
inverno no hemisfério norte, de acordo com o Diretor de Informações
da Statnett's (operadora do sistema elétrico da Noruega), Tor
Inge Akselsen. O problema continua, já que os reservatórios estarão
vazios no próximo inverno, haja visto que apresentam níveis baixos
já na primavera. Para prevenir tal situação, a Noruega deve se
focar na "flexibilização" do uso da energia elétrica, tanto para
consumidores residenciais, quanto para industriais. O país precisa
ainda aumentar a produção doméstica e ampliar a capacidade de
transmissão com a Europa. Akselsen afirma ainda que, em princípio,
restringir o uso da energia elétrica pode ser evitado, já que
as importações de energia aumentaram e os produtores independentes
tomaram a iniciativa de aumentar a produção. (Platts - 18.03.2003)
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6- Itália simplifica medidas para quem quiser mudar
de fornecedor |
Consumidores italianos que quiserem mudar de fornecedor de energia
elétrica em 1º de maio podem simplificar o procedimento, notificando
o fornecedor atual até 31 de março. A Autoridade Energética do
país alterou alguns procedimentos para os clientes que consomem
mais de 100.000 kWh que quiserem mudar de fornecedor. A partir
de 29 de abril, milhares de pequenos e médios consumidores estarão
livres para escolher o fornecedor, quando o piso para tanto diminuirá
de 9 GWh de consumo anual, para 0,1 GWh. Com mais 150.000 consumidores
italianos podendo exercer a livre escolha de fornecedor, o segmento
liberalizado do mercado do País chegará a 60% - atualmente 40%
do mercado é livre para escolher um fornecedor que não a Enel,
principal grupo de energia da Itália. (Platts - 18.03.2003)
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7- Banif mantém "compra" para a EDP |
O Banif Banco de Investimento manteve a sua anterior recomendação
de "compra" para a EDP, ao mesmo tempo que atribui à elétrica
um preço alvo de 2,11 por ação, revela numa nota de 'research'
de 17 de Março. O Banif relembra que o fato do governo português
ter criado um comitê especial para apresentar um plano de reorganização
para a indústria de energia em Portugal, leva ao surgimento de
rumores de um eventual 'take over' da EDP sobre Union Fenosa.
O Banif explica que este cenário surge não só porque iria permitir
a integração dos negócios do gás e de electricidade mas também
porque iria reforçar a posição da EDP no mercado espanhol. (Diário
Económico - 17.03.2003)
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1- Investing without credible inter-period regulations:
a bargaining approach with application to investments in
natural resources |
Prezado Sr.
Hoje
estamos oferecendo mais um artigo para a Biblioteca Virtual
do site Provedor de Informações Econômico-Financeiras de Empresas
de Energia Elétrica.
Nordal,
Kjell Bjorn. Investing without credible inter-period
regulations: a bargaining approach with application to investments
in natural resources. Economic of Energy, Volume 24, Issue
3. North Holland: Maio 2002, p. 167-182. (15 páginas)
http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/n.htm
http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/politica.htm
Resumo:
A falta de credibilidade de um governo é prejudicial ao investimento
direto estrangeiro, principalmente em períodos de revisão tarifária.
Esse artigo analisa, porém, que o governo e o investidor podem
formalizar uma série de acordos para evitar tais problemas.
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca, Daniel Bueno, Bruno Nini, Patricia Vance e Rubens
Rosental - Economistas
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Bruno
Negreiros e Daniel Pereira Santos
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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