1- Lula quer cautela para alterar agências reguladoras |
Nem tão depressa que
pareça açodamento, nem tão devagar que as oportunidades se percam
e os erros se perpetuem. Este é o tempo definido pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva para que a Casa Civil da Presidência
faça os diagnósticos, estudos e propostas sobre o funcionamento
das agências reguladoras no Brasil. As agências não serão extintas;
não está sobre a mesa a hipótese de abolir este modelo na gestão
do Estado; o presidente quer mudá-las, mas com cautela. É muito
provável que nova legislação a ser proposta contenha duas decisões
sobre problemas considerados centrais das agências: os mandatos
dos dirigentes passariam a coincidir com os do Executivo e seria
estabelecida a definição muito clara sobre as atribuições dos
órgãos. O prazo embutido nas recomendações do presidente foi traduzido,
no grupo de trabalho encarregado de fazer os estudos técnicos
sobre o assunto, como fim de abril. (Valor - 13.03.2003)
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2- Reunião para proposta sobre o funcionamento das
agências será dia 20 |
O ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, adiou a segunda reunião,
prevista para o dia 13, do grupo de trabalho encarregado de oferecer
uma proposta sobre o funcionamento das agências. Na primeira reunião
do grupo, com participação de todos os ministérios que trabalham
com agências reguladoras, sob a coordenação de Luiz Alberto Santos,
assessor da Casa Civil, foram levantados diagnósticos e traçado
o cronograma dos trabalhos. Na segunda reunião, o grupo começaria
a ouvir os representantes das agências. A tarefa ficou para o
dia 20. Os primeiros debates realizados no grupo de trabalho e
na equipe que trabalhou com este tema na fase de transição concluíram
que agências reguladoras chegaram ao atual "baixo-perfil" porque
nasceram com desenho equivocado, assumiram funções dos ministérios,
meteram-se de cabeça na competição, sem fazer o que deveriam:
regular, fiscalizar e prever. (Valor - 13.03.2003)
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3- ANA quer uso restrito da água no São Francisco |
O Rio São Francisco tem hoje suas águas disputadas. O embate se
dá entre dois dos mais importantes setores da economia brasileira,
o agrícola e a energético. A Agência Nacional das Águas (ANA)
está conduzindo em sete Estados do país, por onde passa o São
Francisco ou rios formadores de sua bacia, um programa para limitar
o uso da água na agricultura. A intenção é impedir que o uso do
insumo na irrigação afete os reservatórios das hidrelétricas da
Chesf localizados no fim do "Velho Chico". De acordo com cálculos
do diretor-geral da ANA, Jerson Kelman, cada metro cúbico por
segundo retirado para irrigar uma área de mil hectares faz com
que as turbinas das usinas gerem 2,8 MW/h a menos. Olhando-se
para o PIB, a troca parece compensadora. A produção agrícola de
mil hectares rende, na maioria dos casos, mais do que 2,8 MW/h
vendidos ao consumidor. O problema, contudo, pode surgir em momentos
de seca, como o que gerou o racionamento em 2001. Se não for controlado
o uso da água na agricultura, o Nordeste, cuja energia é suprida
pelas quatro hidrelétricas da Chesf (Sobradinho, Apolônio Sales,
Luiz Gonzaga e Paulo Afonso), terá de sempre conviver com a transferência
de energia do Norte ou o uso de termelétricas. No setor elétrico,
a disputa já está suscitando polêmicas. Kelman advoga com os contratos
de entrega de energia, em que o compromisso de fornecimento mínimo
das companhias seja alterado e levem em conta a retirada da água
para a irrigação. A Aneel, porém, não sinalizou com possibilidade
de mudança dos contratos. (Valor - 17.03.2003)
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1- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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Em entrevista formulada ao O Globo, o presidente do BNDES reafirma
a posição desta instituição financeira em não politizar ou levar
para o campo diplomático a questão da AES. Em vários momentos
reafirma que o BNDES é um banco que emprestou para uma empresa
que não está cumprindo com seus compromissos. Caso a AES não honre
seus compromissos o banco agirá dentro das regras do mercado,
ou seja, do que está estabelecido em contrato. Não se tratará,
conforme assinalou, de um processo de desprivatização, pois a
concessionária é "um ótimo negócio" com lucratividade garantida
e segura no médio prazo. (O Globo e UFRJ - 16.03.2003)
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2- AES pretende adotar medida de defesa de falência |
A AES está propondo a seus credores internacionais uma modificação
nos termos de uma dívida de US$ 4 bilhões, para inclusão de uma
cláusula que considere a possibilidade de falência das subsidiárias
da companhia no Brasil e no Reino Unido. O acordo atual dá aos
credores o direito de resgatar esses papéis no caso de quebra
das empresas que controlam a Eletropaulo, no Brasil, e a AES Drax
Holdings, no Reino Unido. Para o mercado, a modificação indica
que a AES estaria se preparando para minimizar suas perdas no
caso de quebra de uma dessas empresas. Mas segundo o porta-voz
da empresa nos EUA, Ahmed Pasha, a AES não acredita na "falência"
dessas subsidiárias. A AES propôs aos credores uma compensação
de US$ 1,25 por US$ 1.000. O prazo final para adesão acaba no
próximo dia 27. (Folha de São Paulo - 17.03.2003)
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3- Eletrobrás realiza leilão de venda de títulos na
BM&F |
A Eletrobrás realiza na próxima quinta-feira, 20 de março, às
12 horas, leilão de venda de 23.824 títulos de sua emissão por
meio do sistema eletrônico de negociação Sisbex, da Bolsa de Mercadorias
& Futuros (BM&F). Os títulos fazem parte das "moedas de privatização"
e tiveram origem nas dívidas da União Federal em razão de saldos
credores das Contas de Resultado a Compensar (CRC), sem pagamento
de juros ou amortização. O ofício comunicando o leilão e o edital
estão disponívies no site da BM&F (www.bmf.com.br). (Canal Energia
- 17.03.2003)
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4- Cesp tem o seu maior prejuízo desde 1990 |
A geradora paulista Cesp fechou 2002 com um prejuízo de R$ 3,4
bilhões, um dos maiores da história corporativa brasileira. Quatro
vezes maior que a perda de 2001, o resultado é o segundo maior
prejuízo de empresas não financeiras dos últimos 17 anos, segundo
dados da consultoria Economática. Pelo levantamento, a Cesp só
perde para a própria Cesp, que teve um prejuízo em valores ajustados
de R$ 3,5 bilhões em 1990, primeiro ano do governo Collor, marcado
pelo confisco de aplicações financeiras e recessão econômica.
A variação cambial sobre a dívida é o principal motivo para o
déficit bilionário. No final de dezembro, o endividamento total
estava perto de R$ 12 bilhões, 80% atrelados a moedas estrangeiras.
O reflexo na demonstração de resultado é uma despesa financeira
líquida de R$ 4,3 bilhões, que foi duas vezes maior que receita
bruta de vendas da companhia, de R$ 2 bilhões. No balanço publicado
na sexta-feira, a empresa lembra que há "uma concentração expressiva
de vencimentos de dívidas" nos próximos três anos e que precisará
de "captação de recursos ou renegociações" para fazer frente a
esses compromissos. (Valor - 17.03.2003)
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5- S&P rebaixa ratings da Cesp para "CCC" |
A agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's
rebaixou a nota do crédito em moeda local e estrangeira da Cesp
em nada menos do que quatro níveis, de "B+" para "CCC", depois
que a empresa anunciou prejuízo de R$ 3,4 bilhões em 2002. Em
relatório, a S&P diz que a Cesp poderá receber ajuda do governo
do Estado de São Paulo ou do governo federal para pagar as dívidas
de curto prazo, mas que não existe qualquer definição a respeito.
Entre abril e junho, a empresa tem vencimentos de R$ 1,37 bilhão.
(Valor - 17.03.2003)
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6- Tractebel Energia tem prejuízo de R$ 183,5 mi |
A Tractebel Energia fechou o balanço de 2002 com um prejuízo de
R$ 183,5 milhões, contra um lucro líquido de R$ 583,2 milhões
verificado no ano anterior. O resultado de serviço da empresa
chegou a R$ 314,4 milhões, apresentando uma redução de 71,25%
em relação ao ano de 2001, quando ficou em R$ 1.094 bilhão negativos.
A redução do mercado de energia, com o baixo preço da energia
negociada no MAE, segundo a empresa, foi um dos fatores que provocaram
o resultado. Em 2002, a Tractebel Energia teve prejuízo operacional
de R$ 322,8 milhões, desempenho influenciado pela forte desvalorização
cambial do período. A dívida da empresa em moeda estrangeira chegou
a R$ 1,1 bilhão, resultado 47,73% maior em relação ao valor do
início do exercício, de acordo com balanço da empresa. No ano
passado, a empresa acrescentou 902 MW ao seu parque gerador, chegando
a 6.173 MW. (Canal Energia - 14.03.2003)
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7- Tractebel Energia distribui R$ 184,36 mi em dividendos
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O Conselho de Administração da Tractebel Energia aprovou a distribuição
de dividendos no valor de R$ 184,36 milhões relativos aos resultados
obtidos em 2001. O valor foi definido na reunião do conselho realizada
na última quinta-feira, dia 13 de março. Os valores aprovados
foram R$ 0,35 para as ações Preferenciais Classe A, R$ 0,28 para
Preferenciais Classe B e R$ 0,28 para ordinárias, todas para os
lotes de mil ações. A distribuição dos dividendos acontecerá no
mês de abril. (Canal Energia - 14.03.2003)
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8- Enersul aceita índice da Aneel e tarifa subirá 28,55%
em abril |
A Enersul informou ontem que vai acatar o índice de 42,64% de
reajuste da tarifa de energia elétrica determinado pela Aneel
como proposta de revisão tarifária periódica. Além disso, a empresa
comprometeu-se ainda em aceitar a forma de aplicação desse índice
definido pela Agência que estabeleceu para abril deste ano o reposicionamento
da tarifa da concessionária limitado em 28,55%, enquanto os 14,09%
restantes seriam divididos em quatro parcelas anuais, começando
em 2004 e terminando em 2007, ano que precede a nova revisão tarifária
da empresa, em 2008.A Aneel explica que essa forma de reposicionamento
tarifário é para amenizar o impacto do índice total de 42,64%
no bolso dos 596.569 clientes da Enersul nos 72 municípios atendidos
pela empresa. O assistente da diretoria comercial de Enersul,
Paulo César Corrêa Soares, admitiu que mesmo assim o reajuste
será pesado para os clientes e que pode ocorrer, num primeiro
momento, um crescimento do índice de inadimplência, hoje na casa
de 5%.Apesar disso, Soares considera justo o índice de reajuste,
já que desde 1997 os acionistas da Enersul tiveram de arcar com
os custos que possibilitaram um crescimento de 30% na estrutura
operacional da empresa, detalhou. (Jornal Folha do Povo - 17.03.03)
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9- Devedores na mira da Cerj |
Diante de um consumo que ainda não se recuperou totalmente após
o racionamento de energia de 2001, a Cerj optou por direcionar
a maior parte dos R$ 198 milhões de investimentos previstos para
este ano em três frentes principais: levar energia às cerca de
3 mil residências ainda sem luz em sua área de concessão; reverter
a alta inadimplência, principalmente com prefeituras; e eliminar
as perdas comerciais com ligações clandestinas que representaram
R$ 40 milhões a menos para a Cerj em 2002. Com esses alvos, a
empresa pretende reverter o prejuízo do ano passado. O gerente
de Coordenação da Cerj, Carlos Ewandro Naegele anunciou que, neste
ano, serão destinados R$ 70 milhões para o que classificou de
disciplinamento do mercado. Ou seja, em ações que incluem não
só cobrança, mas também uma espécie de censo da área de concessão
da empresa, para mapear a real situação dos clientes da Cerj.
Naegele nega que, diante da falta de dividendos no ano passado,
a espanhola Endesa, controladora da Cerj, tenha exigido maior
rigor da distribuidora na coerção aos gatos e à inadimplência.
(JB Online - 17.03.2003)
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10- Cemig investe R$ 4 mi para melhorar atendimento
ao consumidor |
A Cemig está implantando um programa de melhorias no atendimento
aos clientes, aumentando os canais de comunicação com os consumidores.
Com investimentos de R$ 4 milhões, a empresa planeja contemplar
os 774 municípios para os quais fornece energia até 2004. O objetivo
do programa, segundo Marcelo Hugo, gerente de Marketing Comercial,
é democratizar o acesso à Cemig para todos os consumidores atendidos
pela distribuidora. Os quiosques de auto-atendimento, que foram
instalados pioneiramente em Belo horizonte, serão implantados
também em outros municípios. O atendimento, via agência arrecadadora,
será ampliado e o call center será reestruturado para receber
até 10 milhões de chamadas por mês. (Canal Energia - 14.03.2003)
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11- Cat-Leo Energia investe R$ 210 mi na implantação
de cinco PCHs |
A Cat-Leo Energia está investindo cerca de R$ 210 milhões na
construção de cinco projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCHs) no estado de Minas Gerais. As usinas têm 100 MW de capacidade
instalada. Para o diretor Técnico-Comercial, José Antônio da
Silva Marques, o menor volume de recursos por empreendimento
e os aspectos ambientais são os principais atrativos da unidade
geradora. Segundo ele, das centrais geradoras em construção,
quatro delas entrarão em operação ainda em 2003. "A PCH Pontes
fará o teste final no final de março. Investimos cerca de R$
45 milhões no projeto, que tem 24 MW de potência instalada",
diz José Antônio da Silva Marques. (Canal Energia - 17.03.2003)
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1- Preços MAE ficam em R$ 4,00 pela terceira semana
consecutiva |
Pela terceira semana consecutiva, os preços MAE continuam em R$
4,00 para todos os submercados e para todas as cargas. Os valores
são válidos para os dias 15 a 21 de março. (Canal Energia - 17.03.2003)
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1- Copom deve manter os juros em 26,5% |
A desaceleração dos índices de inflação e da atividade econômica
justificam para a maioria dos executivos do mercado financeiro
a manutenção dos juros básicos nos atuais 26,5% na próxima reunião
do Copom. Pesquisa da Reuters mostrou que 19 de 25 economistas
consultados afirmam esperar que a Selic não será alterada na reunião
marcada para acontecer entre amanhã e quarta. "Os índices de preços
estão muito altos, mas houve sinalização de queda na última semana",
diz Carlos Kawall, economista-chefe do Citibank, para quem os
juros serão mantidos graças à desaceleração da inflação. A avaliação
de muitos economistas é que a inflação preocuparia mais se houvesse
perspectiva de forte recuperação da atividade industrial. "Há
perda de poder aquisitivo e queda da demanda interna", conclui
Walter Mendes, diretor da Schroder's. "Além disso, o dólar está
mais baixo se comparado ao mês passado. A taxa de câmbio médio
da última sexta-feira ficou em R$ 3,43 contra média de R$ 3,59
em fevereiro", diz Mendes. (Folha de São Paulo - 17.03.2003)
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2- Fazenda comemora a acomodação dos indicadores e
"acerto de rumo" |
"Acertamos o rumo", comentou o ministro da Fazenda, Antônio Palocci,
depois de uma semana em que o real se valorizou frente ao dólar,
subiu a cotação dos títulos da dívida externa brasileira e caiu
o risco Brasil. "Quando o prêmio de risco cair abaixo de 1.000
pontos, vamos cortar um bolo aqui", disse a um assessor. A desaceleração
da inflação já começou e não é apenas um soluço, mas uma tendência,
na avaliação do governo. É claro que não será um processo linear.
Vai haver momentos de maior ou menor otimismo, até porque o mundo
está à beira de uma guerra. No "front" externo, a equipe econômica
está tranqüila. Garante que as contas do balanço de pagamentos
deste ano estão praticamente fechadas e a questão da vulnerabilidade
externa está, portanto, resolvida, desde que não haja nenhuma
hecatombe no mercado externo. (Valor - 17.03.2003)
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3- IPCA de março será menor do que a taxa de fevereiro,
diz IBGE |
A desaceleração do IPCA, que registrou alta de 1,57% em fevereiro,
contra 2,25% em janeiro, poderá provocar uma revisão nas previsões
de inflação por parte de economistas. No mais recente boletim
Focus, divulgado pelo Banco Central, os analistas de mercado calculavam
que a inflação ficaria em torno de 12,52% até o final do ano,
acima da meta ajustada do governo de 8,5%. A técnica do sistema
de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, fugiu à
regra do instituto de não fazer projeções e arriscou um palpite:
para ela, a inflação de março dificilmente ficará acima da registrada
em fevereiro, a não ser que haja um novo reajuste de preços dos
combustíveis. (Valor - 17.03.2003)
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4- Produção industrial cresce 2,8% em janeiro, diz
IBGE |
A produção industrial do país cresceu 2,8% em janeiro ante o mesmo
mês de 2002 e 0,7% ante dezembro do ano passado, segundo divulgou
hoje o IBGE. De acordo com o instituto, os resultados do setor
em janeiro "mantêm o padrão observado até o final de 2002", com
maior dinamismo das exportações, da agroindústria e da produção
de petróleo e desempenho negativo dos setores mais vinculados
à demanda doméstica. A produção acumulada nos últimos 12 meses
registrou alta de 2,7% até janeiro. (Valor - 17.03.2003)
Índice
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O dólar abriu em alta de 0,84%, mas inverteu a tendência e fechou
a manhã em baixa de 0,20%, cotado a R$ 3,423 na compra e R$ 3,428
na venda. Na sexta-feira, o dólar comercial, que chegou a atingir
a cotação mínima de R$ 3,38, fechou com valorização de 0,73%,
a R$ 3,4350 na venda e R$ 3,4300 na compra. (Valor - 17.03.2003)
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1- Termelétricas podem perder os créditos de ICMS ao
receber benefício fiscal |
Os benefícios fiscais relacionados ao ICMS têm despertado menos
euforia e mais desconfiança entre os tributaristas. Nos cálculos
mais detidos, isenções, suspensões de recolhimento e alíquotas
reduzidas nem sempre são exatamente benéficas para as empresas.
Muitas vezes o que se ganha com os incentivos não compensa o que
se perde com a oportunidade de aproveitar os créditos do imposto
pago na aquisição de insumos e compra de ativos. Para as termelétricas,
por exemplo, o ICMS pago na aquisição de ativos na fase pré-operacional
e na compra de gás acaba sendo um custo e não um valor que, dentro
da lógica do imposto não-cumulativo, seria compensável com o imposto
devido. A venda de energia das termelétricas a geradoras, distribuidoras
e outras termelétricas tem o ICMS diferido. Isso quer dizer que
a venda de energia nessa etapa não é tributada. A cobrança do
imposto acontece somente nas fases seguintes. "Como as termelétricas
não possuem outras operações nas quais usar os créditos do imposto,
o ICMS representa mesmo um custo a mais", diz a advogada Ana Cláudia
Akie Utumi. "Esse modelo faz mais sentido para as hidrelétricas,
que tem a água como insumo na produção de energia. Mas não termelétricas,
já que o gás é tributado em alguns Estados." Segundo Ana Cláudia,
a questão está em discussão pelas montadoras. "Alguns Estados,
como o Rio Grande do Sul, permitem que o crédito de ICMS seja
transferido da termelétrica para as distribuidoras e geradoras,
o que permite o rápido uso do imposto pago na compra de gás."
(Valor - 17.03.2003)
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2- Belo Monte exigirá usina termelétrica |
A Eletrobrás retomou os estudos de construção da hidrelétrica
Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, cujo projeto está paralisado
por problemas ambientais. Para viabilizá-lo, analisa-se uma alternativa
que pode encarecer a obra em cerca de US$ 750 milhões no projeto
inicial, para construção de uma termelétrica complementar. Essa
nova usina será necessária para energizar a linha de transmissão
no período de seca, quando a hidrelétrica poderá gerar apenas
40% da sua capacidade, volume insuficiente para garantir a confiabilidade
do transporte da energia. A redução de até 60% na geração durante
o inverno evitará a seca no rio Xingu. O local da térmica estaria
praticamente decidido: próxima da cidade de Belém e a 700 km da
usina, localizada perto do município de Altamira. O objetivo é
poder abastecer com a produção da térmica também os consumidores
da capital do Pará que sofrem com constantes "apagões" por estar
em um sistema isolado. (Valor - 17.03.2003)
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3- SC discute custo do gás com Petrobras |
O preço do gás boliviano, que abastece as
maiores indústrias do Estado de Santa Catarina, será discutido
amanhã pelo vice-governador e presidente do Genesc, Eduardo Pinho
Moreira, com o presidente da Petrobras, José Eduardo de Barros
Dutra, no Rio de Janeiro. Moreira esteve na Bolívia acompanhado
do presidente da SCGás, Otair Becker, e representantes das companhias
que operam no Paraná e em São Paulo, participando de um workshop
sobre o uso do gás natural. A viagem serviu também para abrir
um canal de negociação entre os dois países e tentar reduzir os
valores praticados no mercado brasileiro. Segundo o vice-governador,
o ministro de Hidrocarburos e Energia da Bolívia, Fernando Illanee,
se mostrou favorável à diminuição do preço, hoje situado na faixa
dos US$ 2 o metro cúbico, desde que o consumidor final seja o
maior beneficiado. "Eles concordaram que o custo do gás está alto,
mas não admitem que a Petrobras siga com o monopólio do transporte",
afirmou. A ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, deve ir
à Bolívia para intermediar um acordo. Moreira disse que não está
descartado para os próximos dias um reajuste de 20% sobre o custo
do produto. (Diário Catarinense - 17.03.03)
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4- Petrobras reduz programa das termoelétricas |
Em função da queda da demanda de energia elétrica motivada pela
alteração do padrão de consumo e pela diminuição do ritmo de atividade
econômica, a Petrobrás decidiu reduzir as metas do Programa de
Termoelétricas. Das 26 usinas de que participaria, como parte
do programa de termeletricidade lançado pelo governo anterior,
em 2000, a estatal só se mantém em 16. Dessas, apenas quatro estão
em funcionamento. O investimento total nas 16 termelétricas somará
US$ 4,53 bilhões até 2004 - parte desse valor já foi executado.
Cabe à estatal o desembolso de US$ 1,81 bilhão, com sua participação
média de 40% nos projetos. (Folha de São Paulo e UFRJ - 17.03.2003)
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5- Tractebel Energia investe na implantação de usina
de cogeração |
A Tractebel Energia investiu R$ 70 mil na implantação do seu primeiro
projeto de termelétrica utilizando biomassa (resíduos de madeira),
como combustível. Com 28 MW de capacidade instalada, a usina entrará
em pré-operação ainda neste ano, atingindo a potência de geração
total em fevereiro de 2004. A energia produzida terá duas finalidades.
A térmica servirá para o processo industrial das indústrias de
beneficiamento de madeira localizadas perto da central, e a elétrica
será comercializada com a Celesc. O projeto, além de beneficiar
cerca de 178 mil residências com a energia produzida, traz benefícios
para o meio ambiente, já que evita que o subproduto das indústrias
da madeira seja entulhado ou queimado a céu aberto. Só no início
de 2003, a Tractebel Energia aumentou em 66%, de 3.719 MW para
6.173 MW, a capacidade instalada do seu parque gerador, segundo
informação da empresa. (Canal Energia - 14.03.2003)
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6- Goiatuba Álcool anuncia obra de termelétrica |
A Goiatuba Álcool Ltda inicia as obras da Termelétrica Goianasa
no próximo mês, com operação prevista para maio do ano que vem.
A usina, que será instalada no município de Goiatuba, terá capacidade
de gerar 46,52 MW, volume de energia suficiente para abastecer
416 mil habitantes, quase a metade da população de Goiânia. A
empresa já produz 4 MW de energia térmica para o consumo próprio
na produção de álcool e açúcar. A geração é feita com o aproveitamento
do bagaço de cana (biomassa), num sistema de caldeira. O processo
será o mesmo para a operação da Goianasa. O supervisor industrial
e coordenador do Projeto Energético da Goiatuba Álcool, Humberto
Vaz Russi, informa que, para atingir os 46,52 MW, a usina de álcool
terá de dobrar a moagem de cana, passando de 763 mil toneladas,
registrada na safra de 2002, para 1,6 milhão de toneladas.Ele
informou que o projeto de instalação da termelétrica ainda não
foi finalizado. A autorização para a construção da termelétrica
foi concedida semana passada pela Aneel.(Diário da Manhã - 17.03.03)
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1- Gas Natural insiste na compra da Iberdrola |
A Gas Natural, maior empresa de gás natural da Espanha, indicou
que poderá elevar a oferta de US$ 27 bilhões que apresentou para
comprar a Iberdrola para convencer os acionistas que rejeitaram
a proposta. O presidente do conselho administrativo da Gas Natural,
Antonio Brufau, afirmou para o jornal "El Correo" que, se a reação
do mercado indicar que a proposta poderia fracassar, "nós iríamos
repensar a oferta para ver se podemos melhorá-la". A companhia
a ser formada com a fusão seria a quinta maior de serviços públicos
do mundo. (Valor - 17.03.2003)
Índice
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2- Axpo operará hidroelétrica Eglisau |
A empresa suíça Axpo, uma holding composta por geradoras suíças
e fornecedores locais, ganhou a concessão para operar a hidroelétrica
Eglisau, segundo comunicado da companhia desta segunda-feira.
A concessão permite a Axpo operar a usina por mais 48 anos, retroativos,
de modo que a concessão é válida até 31 de dezembro de 2046. Eglisau
tem capacidade máxima de geração de 32,5 MW, e gera uma média
de 249 GWh por ano. A hidroelétrica foi construída entre 1915-1920.
(Platts - 17.03.2003)
Índice
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3- RWE lucra menos em 2002 e prevê queda ainda maior
em 2003 |
A segunda maior elétrica
alemã realizou em 2002 um lucro líquido de 1,05 bilhões, menos
22,2% do que em 2001. Ao mesmo tempo, o lucro operacional cresceu
15%, para os 4,5 bilhões, acima das expectativas. Já o volume
de negócios caiu 7,4%, para os 46,6 bilhões. Se forem excluídas
as amortizações por perda de valor, o lucro da RWE sobe 1,7%,
para os 1,83 bilhões. Segundo o grupo alemão, o resultado de
2002 "reflete como previsto as aquisições (realizadas), assim
como os efeitos da conjuntura fraca e da situação desoladora dos
mercados financeiros". Para 2003, os responsáveis da RWE adiantam
em comunicado que "o lucro incluindo as amortizações por perda
de valor será 25% abaixo dos 1,05 bilhões do exercício precedente",
embora expliquem que prognóstico "baseia-se na hipótese de que
não sofra custos ligados a alterações cambiais desfavoráveis,
ao comportamento das ações, aos preços do gás e do petróleo ou
a uma evolução negativa dos mercados". (Diário Económico - 17.03.2003)
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4- Comercialização de energia recupera-se na Europa
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O comércio de energia europeu recuperou-se da desistência dos
maiores investidores americanos, segundo afirmou o membro do conselho
da alemã RWE na segunda-feira. O volume líquido negociado pela
RWE no último ano atingiu 303 TWh, conforme publicado no relatório
financeiro relativo ao exercício de 2002. Isto representa um acréscimo
de 292% em relação ao ano anterior. Do volume total, 296 TWh foram
produzidos por terceiros - apesar do alto volume assim alcançado,
a margem de lucro aqui é pequena. (Platts - 17.03.2003)
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5- Alemanha precisa aumentar capacidade de armazenamento
para energia renovável |
A Alemanha precisa aumentar o armazenamento de eletricidade, se
quiser fazer crescer o mercado de energia renovável. Segundo a
agência especializada no setor elétrico NRW, o armazenamento de
energia elétrica é peça chave para futuras expansões em geração
de energia elétrica renovável. A questão seria menos tecnológico
e mais o marketing relativo à tecnologia, que já estão disponíveis
no mercado. O principal problema para energias renováveis é que
a produção não é garantida o tempo todo - nem sempre há vento
e nem sempre o sol está brilhando com a mesma intensidade. (Platts
- 17.03.2003)
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6- Valor pretendido por BE em sua parte da AmerGen
mina acordo com Exelon |
A British Energy (BE) queria pelo menos US$ 100 milhões a mais
do que a Excelon pretendia pagar pela participação (50%) detida
pela BE na usina nuclear AmerGen Energy, da qual a Excelon detém
os outros 50%. O presidente excutivo da Exelon afirmou, que a
venda da AmerGen não se materializou porque a BE queria US$ 300
milhões, enquanto a Exelon estava disposta em pagar em torno de
US$ 200 milhões. (Platts - 17.03.2003)
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1- Energy consumption and GDP: causality relationship
in G-7 countries and emerging markets |
Prezado
Sr.
Hoje estamos
oferecendo mais um artigo para a Biblioteca Virtual do site
Provedor de Informações Econômico-Financeiras de Empresas de
Energia Elétrica.
Ugur
Soytas, Ugur e Sari, Ramazan. Energy consumption and
GDP: causality relationship in G-7 countries and emerging markets.
Economic of Energy, Volume 25, Issue 1. North Holland: Janeiro
2003, p. 33-7. (4 páginas)
http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/u.htm
http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/politica.htm
Resumo:
Esse artigo analisa a relação entre consumo de energia e crescimento
econômico dos países emergentes e do G-7, concluindo que a conservação
de energia pode prejudicar a renda de alguns países.
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca, Daniel Bueno, Bruno Nini, Patricia Vance e Rubens
Rosental - Economistas
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Bruno
Negreiros e Daniel Pereira Santos
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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