1- Ministra recebe hoje novo modelo do setor |
O diretor de gás e
energia da Petrobras, Ildo Sauer, apresentará hoje à ministra
de Minas e Energia, Dilma Rousseff, o modelo do setor elétrico
do qual foi um dos principais idealizadores e sobre o qual foi
amparado o programa de campanha do PT para a área energética.
"A apresentação será uma contribuição para a busca de soluções
para o setor", disse Sauer. "Não significa que será totalmente
aceito." Em apresentação ontem à tarde, na Universidade de São
Paulo (USP), Sauer explicou que o modelo proposto por ele, baseado
na formação de um "major buyer pool" (grupo comprador majoritário)
poderá resultar em um barateamento da energia, com tarifas de
até R$ 90 o MW/hora. (Jornal do Commercio - 11.03.2003)
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2- Ildo Sauer propõe criação de pool majoritário para
comercializar energia |
O estudo batizado de "Um novo modelo para o setor elétrico brasileiro",
coordenado pelo professor Ildo Sauer, da USP, prevê a criação
de um condomínio comprador majoritário de energia. Evolução de
uma versão anterior, que circulou durante o período de transição
de governos, a proposta estabelece a participação de geradores,
distribuidoras, produtores independentes e grandes consumidores,
além das empresas estatais no sistema de compra e venda de energia.
Ildo Sauer, diretor da área de Gás e Energia da Petrobrás, explica
que o modelo proposto estabelece contratos de 15 anos a 30 anos
para os projetos hidrelétricos, termelétricos e linhas de transmissão.
Com o novo modelo, segundo Sauer, seria possível reduzir riscos
para os empreendedores. Segundo ele, se adotado, o modelo permitirá
reduzir o custo da energia nova dos atuais R$ 140,00, por MWh,
para a faixa entre R$ 80,00 e R$ 90,00 por MWh. Para o caso da
energia velha, seria feito um mix, com a nova, originando um valor
entre R$ 65,00, por MWh, e R$ 75,00, por MWh. "Este mix precisa
ser regulado, podendo ser feita uma média depois de dois anos",
explica. (Canal Energia - 10.03.2003)
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3- Proposta de novo modelo quer mudar papel das agências,
do ONS e do MAE |
Além do retorno do planejamento, da competição pelo mercado e
da formação de um pool majoritário, o estudo "Um novo modelo para
o setor elétrico brasileiro", preparado pela USP, propõe outras
mudanças, como a reestruturação do MAE. "Obviamente, uma vez implementadas
estas premissas, a manutenção de um Mercado Atacadista de Eletricidade,
com as características atuais, perde a razão de ser", aponta o
estudo. Outra mudança defendida é uma maior articulação entre
a Aneel, a Ana e a ANP. A idéia é que haja uma descentralização
maior no papel destas agências, segundo o estudo. O estudo também
sugere "a reestruturação e a recuperação do caráter público do
ONS, com a garantia de que a energia advinda dos projetos hidráulicos
existentes, bem como dos potenciais favoráveis de recursos naturais
seja prioritariamente destinada ao serviço público, cooperativo
ou comunitário". (Canal Energia - 10.03.2003)
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4- Novas usinas serão licitadas |
Se quiser construir as usinas de Jirau e Santo Antonio, projetadas
para o Rio Madeira, em Rondônia, Furnas Centrais Elétricas terá
que disputar a concessão dos projetos, avaliados em R$ 4 bilhões,
com outros agentes privados e estatais do setor. O secretário
executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim,
justificou que, pelo atual modelo energético do país, não basta
a geradora federal querer assumir os projetos, uma vez que terá
que esperar a Aneel incluí-los na lista de concessões a serem
leiloadas. De acordo com o secretário, a importância dos dois
projetos se justifica não só pela ampliação em 7 mil megawatts
da capacidade de geração do país, mas também pelo aumento das
chances do governo brasileiro nas negociações com o governo boliviano
para redução dos preços do gás cobrados pela Bolívia. O secretário
explicou que os dois projetos ampliarão a navegabilidade do Rio
Madeira até o trecho da fronteira com a Bolívia, graças à construção
dos dois reservatórios previstos neles. Com isso, a Bolívia ganhará
acesso ao Oceano Atlântico, da mesma maneira que o Brasil poderá
escoar suas exportações para o Pacífico. Dessa forma, disse Tolmasquim,
o acesso para embarcações bolivianas poderá ser incluído em um
pacote de negociação que permita o barateamento do gás vendido
ao Brasil por aquele país. (JB Online - 11.03.2003)
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1- Nordeste registra consumo de energia de 5.394 MW
médios |
O Nordeste registrou um consumo de energia de 5.394 MW médios
no último domingo, dia 9 de março, contra o patamar mensal de
6.091 MW médios previsto pelo ONS. Na comparação entre os últimos
sete dias, a variação chega a 6,6%. Em relação à carga da curva
de aversão, de 6.048 MW médios, o índice ficou em -5,94% nos últimos
sete dias. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o consumo atingiu
22.422 MW médios, enquanto o PMO estabelecido pelo operador do
sistema é de 27.173 MW médios. A variação foi de -5,76% nos últimos
sete dias. Em relação à carga da curva de aversão, de 27.228 MW
médios, a variação foi de -5,95% nos últimos sete dias. A carga
verificada na região Sul foi de 6.220 MW médios, contra um PMO
previsto pelo ONS de 7.389 MW médios. A variação nos últimos sete
dias foi de 1,60%. Na região Norte, a carga verificada chegou
a 2.616 MW médios, contra uma previsão mensal de 2.710 MW médios.
A variação nos últimos sete dias foi de -0,52%. (Canal Energia
- 10.03.2003)
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2- Região Norte tem 76,12% da capacidade |
O volume do subsistema Norte está em 76,12%, um aumento de 0,37%
em um dia. O nível da hidrelétrica de Tucuruí está em 94,51%.
(Canal Energia - 10.03.2003)
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3- Capacidade armazenada está em 46,36% no Nordeste |
Sem registrar variação no índice de armazenamento, a região Nordeste
permaneceu com 46,36% da capacidade. O volume está 24,91% acima
da curva de aversão ao risco 2002/2003. A usina de Sobradinho
registra índice de 43,3%. (Canal Energia - 10.03.2003)
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4- Submercado Sudeste/Centro-Oeste atingiu 73,09% da
capacidade |
A capacidade armazenada está em 73,09% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste,
um aumento de 0,15% no índice. O volume está 42,22% acima da curva
de segurança. As hidrelétricas de Furnas e Emborcação apresentam,
respectivamente, índice de 95,25% e 71,11%. (Canal Energia - 10.03.2003)
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5- Nível de armazenamento dos reservatórios do Sul
atinge 92,16% |
Com um acréscimo de 1,19% no índice, o subsistema Sul atingiu
92,16% da capacidade. A usina de G. B. Munhoz está com 97,43%
da capacidade. (Canal Energia - 10.03.2003)
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6- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Cesp prepara rolagem de US$ 150 mi |
As empresas com vencimentos da dívida externa neste ano não terão
dificuldades para realizar pagamentos, fora os casos já conhecidos
de reestruturação ou inadimplência. Mas o mercado está atento
a Cesp , que ainda não tem no caixa o total de recursos necessários
para o pagamento. A Cesp tem vencimento de uma opção de resgate
antecipado (put) por parte do investidor externo no total de US$
150 milhões no dia 10 de maio. O vencimento final do papel é em
2005, mas os investidores poderão querer exercer a opção e pedir
o dinheiro já em maio. Até o vencimento da put, os eurobônus da
Cesp pagavam 9% ao ano de cupom (juro nominal), passando a pagar
11,5% ao ano nos dois últimos anos, segundo prevê o contrato inicial.
Mas os especialistas acreditam que a empresa precisaria oferecer
algo a mais aos investidores, em uma operação ampla, para garantir
que grande parte deles aceitasse continuar com o papel até seu
vencimento . O secretário de Energia e Recursos Hídricos de São
Paulo e presidente do conselho da Cesp, Mauro Arce, disse já estar
tomando providências para garantir o pagamento dos títulos aos
investidores que desejarem o resgate. Mesmo se os detentores de
50% dos títulos aceitassem continuar com o papel, situação extremamente
favorável para a Cesp, seria necessário caixa para pagar os US$
75 milhões restantes. (Valor - 11.03.2003)
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2- Cerj vai investir R$ 198 mi este ano |
Apesar do cenário adverso para todas as distribuidoras de energia
do País, a Cerj mantém seu programa de investimentos de R$ 198
milhões para este ano, valor que se situa na média dos gastos
feitos nos seis anos pós-privatização. Além disso, a Cerj equacionou
seu endividamento, escapando, portanto, de um dos mais graves
problemas que o setor de energia enfrenta. O gerente de Obras
e Manutenção da empresa, Ewandro Naegele , lembra que entre os
problemas que a empresa enfrenta , sem abrir mão dos investimentos
, é a inadimplência das prefeituras dos municípios em que atua.
As dívidas dos municípios com a Cerj são de R$ 45 milhões. Quanto
ao Governo do Estado, Naegele explica não há problemas porque
haverá um acerto de contas, em que os débitos serão compensados
com dívidas relativas ao ICMS. O principal foco dos investimentos
da empresa neste ano será o combate ao furto de energia. A empresa
calcula que tem perdas de R$ 40 milhões por ano com o furto de
energia. Segundo Naegele, 13,5% de toda energia distribuída pela
companhia não são contabilizados. (Jornal do Commercio - 11.03.2003)
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3- Participação espanhola na Cerj cresceu |
Para fortalecer a estrutura financeira da Cerj e fazer frente
aos investimentos, o capital social da empresa foi ampliado pelo
controlador, o grupo espanhol Endesa, no mês passado, em US$ 112
milhões, e passou para R$ 915,4 milhões. Os papéis foram subscritos
pela Enersis e pela Luz de Rio, ambas subsidiárias da Endesa A
participação do grupo espanhol na Cerj, após a operação, aumentou
de 84% para 88,3%, enquanto que a fatia da Eletricidade de Portugal
(EDP) caiu de 15,4% para 11,3% e a de minoritários, de 0,6% para
0,4%. O controle do grupo espanhol é exercido por meio da própria
Endesa e das subsidiárias Enersis, Chilectra Luz de Rio. (Jornal
do Commercio - 11.03.2003)
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4- El Paso tem empréstimo de US$ 75 milhões da IFC |
A El Paso anunciou ontem que recebeu um financiamento de US$ 75
milhões da International Finance Corporation (IFC) - órgão para
financiamentos privados do Banco Mundial. O financiamento, que
vencerá em agosto de 2007, irá repor o caixa da empresa, que investiu
US$ 740 milhões de recursos próprios na construção da Termelétrica
Macaé Merchant. A garantia do empréstimo será a usina de Macaé
(fluxo de caixa, os equipamentos e a hipoteca). O contrato com
a IFC, segundo a El Paso, é parte de um programa de financiamento
de US$ 380 milhões, que permitirá à empresa desenvolver novos
projetos no País. Estão previstos mais dois financiamentos que
têm como garantia a usina de Macaé. O primeiro será com o BNDES
de R$ 290 milhões; o segundo, de US$ 225 milhões com o IFC e o
Banco Societé General. (Jornal do Commercio - 11.03.2003)
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5- Elektro consegue liminar que suspende pagamento
de CDE |
A 2º Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal concedeu
liminar, em favor da Elektro, suspendendo o pagamento das quotas
relativas à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A decisão
foi impetrada nesta segunda-feira, dia 10 de março, contra a Aneel.
Segundo o advogado Fábio Rosas, sócio da área contenciosa do escritório
Tozzini, Freire, Teixeira e Silva Advogados, a liminar considera
a cobrança do encargo ilegal, já que o recolhimento não está previsto
no contrato de concessão. Além disso, não existe uma provisão
da agência reguladora de que haverá ressarcimento dos valores
pagos pelas distribuidoras. No caso da Elektro, o valor total
relativo à CDE chega a R$ 46,6 milhões, sendo que as parcelas
mensais são de R$ 3,8 milhões. "É um valor altíssimo que pode
trazer prejuízos ao equilíbrio financeiro da empresa", afirma
Rosas. (Canal Energia - 10.03.2003)
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6- Itaipu paga US$ 9,58 mi em royalties no mês de março
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A Itaipu Binacional repassou nesta segunda-feira, dia 10 de março,
US$ 9,58 milhões ao Tesouro Nacional relativo à parcela de março
do pagamento de royalties. O valor será distribuído pelo Tesouro
aos estados, municípios e órgãos governamentais. Para o estado
do Paraná serão repassados US$ 7,25 milhões, sendo metade para
o governo do estado e o restante para 15 municípios beneficiados.
O governo do Mato Grosso do Sul receberá US$ 86 mil. O montante
repassado aos cinco órgãos federais beneficiados, Aneel, MME,
Ministério do Meio Ambiente e Amazônia Legal (MMA), Ministério
de Ciência e Tecnologia (MCT), Fundo Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico, é de US$ 958,7 mil. (Canal Energia -
10.03.2003)
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1- Trevisan começa auditar contas pendentes no MAE
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Começou nesta segunda-feira, dia 10 de março, os trabalhos da
Trevisan Auditores Independentes nas contas pendentes do MAE.
Com uma previsão de 90 dias de prazo, a auditoria que será realizada
pela empresa abrangerá os serviços de contabilização, liquidação
e pós-liquidação nos volumes que já foram pagos entre os agentes.
Somente após este levantamento, as transações pendentes serão
concretizadas. Somente entre setembro de 2000 e setembro de 2002
- período que acabou compactado em uma só sessão de pagamentos
- existem R$ 1,488 bilhão que não foram liquidados. O montante
equivale à metade do total transacionado nos 25 meses. Pelo acordo
feito entre a atual e a antiga equipe do Ministério de Minas e
Energia, além dos agentes, os 50% restantes só seriam pagos após
a realização de auditoria nos valores. (Canal Energia - 10.03.2003)
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2- Leilão de venda de ações da CEEE não atrai compradores
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O leilão para venda de 5.028.075 ações ordinárias e 7.864.425
ações preferenciais da CEEE, realizado na última sexta-feira,
dia 7 de março, pela Sociedade Operadora do Mercado de Ativos
(Soma) não atraiu nenhum comprador. As ações pertencem à prefeitura
de Feliz, no Rio Grande do Sul. Segundo Elizete Silva do Barisul
CVMC, o preço do lote de 10 mil ações, cerca de R$ 16, foi considerado
alto. "Em dezembro, foram negociados alguns lotes de ações da
CEEE, entretanto o valor não passou de R$ 11,00", conta. (Canal
Energia - 10.03.2003)
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1- Merrill Lynch eleva avaliação de títulos brasileiros
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O banco de investimentos norte-americano Merrill Lynch melhorou
ontem a recomendação de compra dos títulos da dívida externa do
Brasil. Agora, os títulos perdem a avaliação de "underweight"
(com potencial de valorização abaixo da média do mercado) e passam
a ter avaliação de "market weight" (dentro da média). Já a agência
de classificação de risco Fitch desistiu de rebaixar o "rating"
(classificação de risco) da dívida soberana do Brasil. A Fitch
alterou a perspectiva para a nota do país de "negativa" para "estável".
Isso significa que a agência não pretende rebaixar mais a nota
do país, ao menos no curto prazo. A classificação da Fitch sobre
a dívida em moeda estrangeira do Brasil permanece sendo "B", ou
cinco degraus abaixo do chamado "investment grade" -que inclui
apenas papéis de baixo risco para investidores. (Folha de São
Paulo - 11.03.2003)
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2- Superávit da balança já passou de US$ 2,5 bi no
ano |
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 258
milhões na primeira semana de março, resultado de exportações
de US$ 743 milhões e importações de US$ 485 milhões. Nos primeiros
45 dias úteis do ano, incluindo o desempenho da primeira semana
deste mês, o superávit acumulado atingiu US$ 2,5 bilhões, montante
570% maior que o saldo positivo de US$ 439 milhões apurado entre
janeiro e a primeira semana de março de 2002. Este ano, nesse
período de 45 dias, as receitas com exportações chegaram a US$
10,549 bilhões e as importações totalizaram US$ 8 bilhões frente
a exportações de US$ 7,8 bilhões e importações de US$ 7,389 bilhões
fechadas entre janeiro de 2002 e a primeira semana de março de
2002. (Gazeta Mercantil - 11.03.2003)
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3- Fipe aumenta projeção de inflação |
A Fipe alterou em dois pontos a previsão de inflação para o município
de São Paulo, que passou a 9%. O coordenador do IPC, da Fipe,
Heron do Carmo, afirmou que o aumento deve-se a uma inflação acima
do esperado no primeiro bimestre do ano e ao atual patamar da
taxa de câmbio. Sua primeira estimativa, de 7%, feita no fim de
2002, considerava uma taxa entre R$ 3,20 e R$ 3,30. Nos primeiro
bimestre, o IPC-Fipe acumulou alta de 3,84% e, em 12 meses, de
13,18%. Em fevereiro, a inflação atingiu 1,61%. Heron ponderou
que, a partir de março, a taxa deve ficar dentro da projeção,
de 0,80%. (Valor - 11.03.2003)
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4- Mercado já prevê inflação de 2002 em 2003 |
O mercado já espera que a inflação deste ano fique nos mesmos
níveis observados em 2002, segundo pesquisa feita pelo Banco Central
entre bancos e empresas de consultoria. Segundo o levantamento,
a estimativa para o IPCA passou de 12,33% para 12,52%. Foi a sétima
semana consecutiva em que a pesquisa feita pelo BC mostra um aumento
no pessimismo do mercado. A pesquisa do BC mostra também uma piora
nas expectativas do mercado em relação a outros índices de preços.
Segundo o levantamento, o IPC, que mede a inflação em São Paulo,
deve ficar em 11,47% -contra 11,33% da pesquisa anterior. Em relação
ao IGP-M, a projeção passou de 15,81% para 16%. Mesmo projetando
uma inflação alta para o ano, a pesquisa mostra que o mercado
espera que os preços comecem a recuar já a partir deste mês. (Folha
de São Paulo - 11.03.2003)
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5- Inflação cai em fevereiro, segundo Dieese |
O Índice do Custo de Vida (ICV-Dieese) caiu à metade entre janeiro
e fevereiro: de 2,92% para 1,35%. O Dieese espera inflação abaixo
de 1% em março. "Havia o receio de uma espiral inflacionária em
fevereiro, mas a política austera do governo, que elevou juros,
contribuiu para os preços não subirem exageradamente. Se isso
voltar a ocorrer em março, o ICV não passará de 1%", disse Cornélia
Nogueira Porto, coordenadora do ICV. Segundo ela, se o dólar se
mantiver próximo de R$ 3,50 e os preços administrados pelo governo
não subirem, o ICV pode ficar em 0,5% em março. (O Globo - 11.03.2003)
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Às 11h26m, o dólar indicava inversão da tendência de baixa e era
negociada por R$ 3,52 na compra e R$ 3,53 na venda, com alta de
0,19%. A decisão dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha de adiar
a votação de nova resolução na ONU sobre a guerra contra o Iraque
trouxe algum fôlego ao mercado. Ontem o dólar comercial fechou
em alta de 0,66%, valendo R$ 3,52 para venda. (O Globo On Line-
11.03.2003)
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1- Gas Natural pode expandir suas atividades no Brasil
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O anúncio de uma proposta de compra da Iberdrola pela Gas Natural,
maior empresa de gás da Espanha e quarta maior da Europa, poderá
ter impacto sobre os ativos das duas companhias no Brasil. A Gas
Natural ofereceu 15,3 bilhões de euros em dinheiro e ações. Caso
o negócio seja fechado, a Gas Natural, que participa atualmente
das empresas de gás CEG ( 28,77%), CEG Rio (38,24%) e Gas Natural
São Paulo Sul (100%), poderá expandir sua atividade para a geração
e distribuição de energia elétrica. No Brasil, a Iberdrola tem
39% da Guaraniana, que controla as distribuidoras Coelba, Celpe
e Cosern além de duas geradoras. Daniel López Jordá, presidente
da Gas Natural no Brasil, disse que "se a negociação for bem sucedida
e aprovada pela assembléia de acionistas será preciso reestruturar
a operação da Gas Natural no país, onde a empresa só atua na distribuição
de gás". Ele acredita que a oferta tem chances de êxito. A Gas
Natural teve faturamento líquido no Brasil, em 2002, de R$ 1 bilhão.
(Valor - 11.03.2003)
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2- Modelo de política tarifária pra gás natural é apresentado
pelo Governo |
A velha briga de Mato Grosso do Sul por uma tarifa diferenciada
para o gás natural, reivindicada desde o Governo Wilson Martins,
pode estar prestes a ser solucionada. O Governo já tem um modelo
preconcebido para a nova política tarifária. O valor cobrado das
distribuidoras de gás no País passaria a ser proporcional à distância
percorrida. Ou seja, os consumidores de Mato Grosso do Sul pagariam
menos que os do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma mudança de
rota em relação à gestão FHC, que sempre resistiu a este formato
de cobrança. A modificação está relacionada à preocupação do Governo
de viabilizar a construção de termoelétricas. A Transpetro vai
conduzir as negociações para redução do custo do transporte do
gás importado pelo Brasil. (Correio do Estado 11.03.03)
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3- Transpetro tem difíceis missões pela frente |
O futuro presidente da Transpetro ainda
nem foi decidido - um dos nomes cotados inclusive é o do presidente
da MSGás, Luís Landes - mas a sua primeira missão no cargo será
ressuscitar o projeto de transferir para a empresa as participações
da Gaspetro na Transportadora Brasileira Gasoduto Brasil-Bolívia
(TBG) e na Gás Transboliviano (GTB). Para começar, a diretoria
da Transpetro terá de jogar um intrincado xadrez societário com
os demais acionistas das duas empresas - Shell, Enron, BG Group,
El Paso, TotalFinaElf e um grupo de fundos de pensão bolivianos.
Enron e El Paso são declaradamente vendedoras das suas participações,
mas, por ora, a Petrobras não estaria disposta a fazer novos aportes
no negócio, não obstante a pressão dos demais acionistas. Em meio
à longa quilometragem de impasses, a direção da Transpetro ainda
precisará encontrar tempo para tocar uma importante operação:
a Petrobras deverá autorizar a subsidiária a construir um ramal
ligando o Bolívia-Brasil até Brasília, passando por Mato Grosso
do Sul e um outro até Cuiabá. Em ambos os casos, a empresa entraria
em parceria com investidores privados. O braço do ramal do gás
também é outra reivindicação antiga das prefeituras da região
norte do Estado, que esperam que o ramal traga mais indústrias
para a região. (Correio do Estado 11.03.03)
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1- Energia cara ameaça produção de alumínio |
As duas maiores fabricantes de alumínio do país, Albrás e Alumar,
estão negociando com a Eletronorte um novo contrato de fornecimento
de energia. A Eletronorte está exigindo US$ 45 por MWh. As produtoras
querem a manutenção dos contratos atuais, de US$ 12 por MWh com
a Albrás e de US$ 22 por MWh para a Alumar. O valor pedido pela
geradora inviabiliza a produção de alumínio, diz Fernando Garcia,
professor da FGV. E poderia resultar no fechamento das duas fábricas,
que faturam mais de US$ 1 bilhão com a produção de 776 mil toneladas,
quase toda direcionada para exportação. A disputa para definição
do preço da energia é de vital importância para os governo do
Maranhão e do Pará, que em 2000 tiveram, respectivamente, 5% e
2,5% de suas receitas provenientes do ICMS sobre a produção de
alumínio. A Albrás e a Alumar têm pressa em conseguir um preço
menor na energia, apesar de ainda terem garantido, por pelo menos
mais um ano, o fornecimento do insumo da Eletronorte aos preços
atuais. Mas as fabricantes de alumínio querem se beneficiar do
atual cenário de excesso de oferta de energia no país para barganhar
preços menores. (Valor - 11.03.2003)
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2- Siderurgia ameaça reduzir investimentos em produção |
O setor siderúrgico, que está utilizando quase toda a sua capacidade
instalada, pode adiar investimentos na ampliação da produção caso
o Governo o pressione para reduzir preços. O presidente do Instituto
Brasileiro de Siderurgia (IBS), José Armando Campos, mandou este
ontem em entrevista à imprensa, ao comentar a reunião que terá
hoje com o ministro do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio,
Luiz Fernando Furlan, que está preocupado com a alta de preços
do aço e do ferro-gusa. Lembrando que empresas do setor como CSN
e CST estão perto de decidir investimentos para aumentar a capacidade
de produção, que são de longo prazo, Campos argumentou: "Como
vamos decidir isso se o próprio consumidor pede controle de preços?
Se eu fosse acionista, que eu não sou, diria que não vou investir,
vou esperar." Ele completou que prefere correr o risco do mercado
"a ter alguém que não é do setor decidindo preço", afirmou. (Jornal
do Commercio - 11.03.2003)
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1- Hungria adia mercado aberto de energia |
A Hungria ainda não tem planos imediatos para estabelecer um mercado
aberto de energia, no entanto, a idéia não é descartada para o
futuro. O mais provável é a formação de mercados regionais em
conjunto com a Áustria. Atualmente os países com os quais a Hungria
comercializa energia são: Polônia, Eslovénia, Romênia e a República
Checa. (Platts - 10.03.2003)
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2- Lucro líquido da E.ON cresce 8% em 2002 |
A maior companhia elétrica alemã realizou em 2002 um lucro líquido
de 2,77 bilhões de euros, 8% acima do valor de 2001. O lucro operacional
subiu 23% para os 3,89 bilhões. O volume de negócios registrou,
por sua vez, um ligeiro recuo para os 37,1 bilhões de euros. Para
2003, a E.ON prevê um novo aumento do lucro líquido, que deverá,
mais uma vez, ser impulsionado pela realização de receitas extraordinárias
através da venda de participações. No entanto, o lucro operacional
não deverá atingir o seu nível de 2002. A E.ON irá propor aos
seus acionistas um dividendo de 2002 na ordem dos 1,75, 9,4%
a mais do que o de 2001. (Diário Económico - 10.03.2003)
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3- CFE estende prazo para ofertas por Mexicali II |
A CFE, estatal energética
do México, estendeu o prazo de apresentação de propostas para
o projeto térmico e solar Mexicali II, enquanto prosseguem entendimentos
sobre financiamento com o Banco Mundial, segundo relatou uma fonte
ligada ao projeto. Originalmente, as propostas seriam recebidas
até 7 de março, agora o prazo é até 20 de maio. O edital estará
disponível até 14 de maio, a CFE vai abrir as propostas econômicas
no dia 18 de junho e vai anunciar o ganhador no dia 4 de julho.
As operações comerciais estão programadas para começar em março
de 2006. O projeto é para a geração de 198-242MW de energia em
ciclo combinado e uma unidade solar de 25MW. O Banco Mundial confirmou
que vai disponibilizar US$50mi para o contratado para a unidade
solar. A planta, sem contar a unidade solar, vai custar cerca
de US$150mi. As conversações que estão sendo mantidas são para
decidir o mecanismo do financiamento. (Bnamericas - 11.03.2003)
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4- Gas Natural quer converter-se em líder do mercado
europeu de energia |
A empresa espanhola Gas Natural justificou a sua Oferta Pública
de Aquisição (OPA) sobre a Iberdrola com o objetivo de criar um
novo líder energético nos mercados de gás e eletricidade da Europa
nos próximos anos. Segundo o seu presidente, Antonio Brufau, o
valor de uma nova empresa alcançará em termos e absolutos 33
bilhões, com a estrutura acionista a ficar dividida em 54% para
a Gas Natural e 46% da Iberdrola. Após a justificativa, as ações
da Gas Natural caíram, e as da Iberdrola subiram, na segunda-feira,
10 de março. Antonio Brufau disse ainda que a Administração da
Repsol, acionista em 24% da Gas Natural, não apóia a referida
OPA. (Diário Económico - 11.03.2003)
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5- Ministro do meio ambiente alemão quer órgão regulador
do setor energético |
O ministro do meio ambiente alemão acredita que o país precisa
de um órgão regulador para reorganizar setor energético, de modo
a diminuir os preços, anunciou um porta-voz do ministério nesta
segunda-feira. O comentário veio após um intenso dia de debates
entre oficiais do ministério do meio ambiente e do ministério
da economia sobre a proposta de colocar um teto nos subsídios
"verdes" pagos pelos consumidores de energia intensivo dos setores
de produção de alumínio e de químicos. Estes consumidores alegam
que a alta dos preços elevou o custo até 20 mil por trabalhador
por ano. Além do ministro, a defesa de um órgão regulador como
solução ganha força em diversos governos regionais, que demandaram
ao parlamento alemão abertura de mercado e instituição do órgão.
(Platts - 11.03.2003)
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6- Grupo russo Renova ingressa no mercado energético
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Enquanto grupos estrangeiros aguardam a tentativa inicial da Rússia
de reformar seu sistema energético, agentes domésticos, notavelmente
dos setores de petróleo e da indústria, começam a comprar quieta
mas seguramente participações em empresas regionais de utilidade
pública. O mais recente grupo a ingressar no setor foi o Renova,
cujos ramos principais de atividade são o de petróleo e o de metalurgia.
Com este objetivo de participar do setor de eletricidade, foi
fundada pelo principal acionista da Renova, Viktor Vekselberg,
uma companhia com o nome de Complex Energy System (KES). Além
do Renova, outros grupos petrolíferos que começaram atividades
no setor de eletricidade foram Yukos (vice-líder russo no ramo
petrolífero) e a LUKoil (principal empresa do setor). (Platts
- 11.03.2003)
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Editor:
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João
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