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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.052 - 13 de fevereiro de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- MME lançará pacote emergencial para o setor

O governo vai lançar um pacote emergencial para o setor elétrico. São medidas temporárias para tentar evitar o agravamento da crise das empresas de geração e distribuição de energia até que o novo modelo regulatório para o setor fique pronto, em julho. Entre elas estão a renegociação da dívida das distribuidoras com o BNDES, alternativas para impedir a perda de receita das geradoras devido ao excedente de energia, licitação para linhas de transmissão e a definição de reajuste tarifário. (Estado de São Paulo - 13.02.2003)

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2- Tolmasquim descarta solução nos moldes do Proer

Para o secretário executivo do MME, Maurício Tolmasquim, a adoção de uma solução padrão de socorro financeiro às empresas de energia elétrica, nos moldes do Proer, está totalmente descartada. Segundo ele, "é impossível o Tesouro arcar com qualquer um desses custos". Ele comentou também que devido à gravidade da situação "todos ficarão descontentes, mas não há como fazer milagre". As medidas emergenciais podem não ser divulgadas todas de uma vez. A questão da renegociação com o BNDES, por exemplo, já está ocorrendo, mas nem todas as distribuidoras conseguirão rolar seus débitos com o banco. "Este assunto está sendo administrado pelo BNDES. O Ministério apenas acompanha o processo, mas sem interferir nas negociações", diz Tolmasquin. (Estado de São Paulo - 13.02.2003)

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3- Para Tolmasquim, situação das geradoras é preocupante

A situação financeira das geradoras de energia é "preocupante", na opinião do secretário executivo do MME, Maurício Tolmasquim. O governo está ainda discutindo alternativas para reduzir as perdas que as companhias estão tendo com o excedente criado pela liberação dos contratos iniciais, no início do ano. Segundo a legislação do setor, 25% da energia que constava nos contratos com as distribuidoras foram "descontratados" e devem ser vendidos no mercado. "Não há comprador e o preço do MAE está muito baixo", afirmou Tolmasquim. "Um dos desafios é definir como vamos distribuir estas perdas pelo mercado", disse. (Estado de São Paulo - 13.02.2003)

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4- Proposta de revisão tarifária deve sair amanhã

Após uma semana de atraso, as propostas de revisão tarifária periódica das distribuidoras de energia elétrica Cemig, CPFL, Cemat e Enersul enfim deverão ser divulgadas amanhã para consulta pública, segundo o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim. Previstas para serem publicadas sexta-feira passada pela Aneel, as notas técnicas foram barradas pelo ministério para avaliações dos dados apresentados pelo órgão regulador. "Estamos discutindo a metodologia usada na revisão e como eles chegaram aos números", afirma Tolmasquim. Segundo ele, o ministério não quer deixar que os percentuais sejam elevados demais e prejudiquem o consumidor. Até amanhã, alguns números apresentados pela Aneel poderão ser alterados, mas não estarão fechados, garante Tolmasquim. Isso porque todas as partes envolvidas no processo serão ouvidas durante a audiência pública e poderão apresentar sugestões de mudanças. O resultado final, para pelo menos dez distribuidoras, sairá apenas em abril. (O Estado de São Paulo - 13.02.2003)

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5- Revisão tarifária é prioridade para MME

A questão da revisão tarifária é uma das prioridades no trabalho emergencial do MME. O governo tem a intenção de não permitir explosão das tarifas. Mas os consumidores podem se preparar para um aumento. "Estamos fazendo o possível para evitar surpresas desagradáveis", disse o secretário executivo do MME, Maurício Tolmasquim. Ele esquivou-se de comentar as especulações de mercado que apontam para reajustes de até 40% nas contas de luz. (Estado de São Paulo - 13.02.2003)

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6- Aneel: satisfação do consumidor com elétricas está entre boa e regular

A Aneel anunciou os nomes das empresas do setor elétrico consideradas as melhores na pesquisa do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (IASC 2002), que espelha a avaliação do consumidor sobre os serviços de distribuição de energia elétrica. Em uma escala de zero a cem, a média Brasil ficou em 64,51 pontos, índice que para o secretário-geral da Aneel, José Mário Abdo, está no limiar entre bom e regular. A grande vencedora entre as 64 distribuidoras de energia foi o Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas, de Minas Gerais, que recebeu 77,23 pontos. A melhor companhia na categoria de serviços com mais de 400 mil consumidores, na região Sudeste, foi a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), com 71,13 pontos. A Light e a Cerj, ambas do Rio de Janeiro, tiveram 64,07 pontos e 59,39 pontos, respectivamente. Na região Sul, a melhor colocada foi a Celesc, de Santa Catarina, com 73 pontos. No Centro-Oeste, na categoria acima de 30 mil consumidores, venceu a Enersul, do Mato Grosso do Sul. Já no Nordeste e no Norte, as empresas que mais se destacaram foram a Sulgipe, de Sergipe, e a Celtins, de Tocantins, respectivamente. (O Globo Online - 13.02.2003)

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7- Índice Aneel influenciará cálculo de fator 'x'

José Mário Abdo, diretor-geral da Aneel, disse nesta quinta-feira, ao apresentar o resultado do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (IASC) de 2002, que a partir deste ano, o resultado da pesquisa IASC influenciará no cálculo do fator 'X' da revisão tarifária das empresas. O fator 'X' funciona como redutor de tarifas para repassar ao consumidor a produtividade das empresas. (O Globo Online - 13.02.2003)

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8- Aneel mantém cobrança de multas

A Aneel manteve duas multas aplicadas à distribuidora de energia Elektro, que atende a parte do interior de São Paulo, no total de R$ 773.368,67. Segundo a Aneel, a amortização do ágio pago no leilão de privatização foi feita fora dos critérios estabelecidos pela agência. A primeira multa, de R$ 723.368,67, foi aplicada em novembro do ano passado. De acordo com uma nota divulgada, ao aprovar a transferência de controle acionário da Elektro, a Aneel condicionou a amortização do ágio sobre o preço mínimo de venda da antiga estatal ao prazo remanescente da concessão, ou seja, ao longo do período de 30 anos. A Aneel negou recurso apresentado pela empresa contra as punições. De acordo com a Aneel, a finalidade dessa amortização era o abatimento, no Imposto de Renda, do valor adicional pago pela empresa. A segunda multa, de R$ 50 mil, aplicada em 2001, deve-se a falhas no sistema de reembolso, ao consumidor, de contas de energia cobradas duas vezes. (Jornal do Commercio - 13.02.2003)

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9- Aneel realiza audiência pública sobre medidores

Na próxima quarta-feira, dia 19, a Aneel estará realizando audiências públicas simultâneas em 10 capitais brasileiras para apresentar a proposta de resolução com as regras para a instalação de medidores de energia fora das unidades consumidoras. Duas dessas capitais estão na Amazônia: Belém e Manaus. Além dessas, acontecerão audiência também em São Paulo, Campo Grande, Porto Alegre, Salvador, João Pessoa, Goiânia, Cuiabá e Maceió. (O Liberal - 13.02.2003)

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risco e racionamento

1- Consumo na região Sul registra queda de 6,13%

O consumo de energia elétrica da região Sul registrou uma queda de 6,13% na última terça-feira, dia 11 de fevereiro. Segundo dados do ONS, a demanda no subsistema passou de 8.620 MW para 8.091 MW. Já o subsistema Sudeste/Centro-Oeste (28.593 MW) aumentou em 829 MW o consumo, uma alta de 2,98%. As regiões Norte (2.751 MW) e Nordeste (6.154 MW) também tiveram crescimento na demanda de 1,7% e 1,58%, respectivamente. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume acumulado no Sudeste/Centro-Oeste e no Nordeste estão 0,47% e 0,19% abaixo do previsto pelo operador do sistema. (Canal Energia - 12.02.2003)

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2- Capacidade da região Norte está em 48,72%

O subsistema Norte registra índice de 48,72% nos reservatórios, um aumento de 1,20% em comparação com o dia anterior. A usina de Tucuruí, a maior da região, está com 68,21% da capacidade. (Canal Energia - 12.02.2003)

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3- Subsistema Nordeste registra índice de 41,17%

A capacidade de armazenamento da região Nordeste está em 41,17%, um crescimento de 0,48%. O volume está 22,99% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho está com índice de 37,58%. (Canal Energia - 12.02.2003)

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4- Nível dos reservatórios está em 67,5% no Sudeste/Centro-Oeste

Com um aumento de 0,48% no índice, a capacidade chegou a 67,5% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste. O valor está 38,71% acima da curva de aversão determinada pelo operador do sistema. As usinas de Nova Ponte e Itumbiara registram, respectivamente, 54,12% e 55,35% da capacidade. (Canal Energia - 12.02.2003)

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5- Região Sul tem queda de 0,08% no índice de armazenamento

O índice de armazenamento caiu 0,08% no subsistema Sul. O nível atual está em 83,74%. A usina de G.B. Munhoz registra índice de 88,09%. (Canal Energia - 12.02.2003)

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6- CPFL registra redução no consumo durante o horário de verão

Os 105 dias do horário de verão, que termina no próximo dia 15 de fevereiro, geraram uma economia de 64.138 MWh nos 234 municípios atendidos pela CPFL. A economia de energia seria suficiente para abastecer, por exemplo, a cidade de Ribeirão Preto por 21 dias. Segundo a empresa, o horário especial diminuiu em 1,07% o consumo na área de concessão da distribuidora. No horário de pico, a companhia registrou uma redução de 4,9% no período. (Canal Energia - 13.02.2003)

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7- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Eletrobrás e Celg tentam chegar a um acordo sobre dívida

A Eletrobrás deu um prazo de 60 dias para avaliar as propostas apresentadas pela Celg para chegar a um acordo sobre a dívida financeira da distribuidora com a holding estatal. As duas empresas assinaram nesta semana um protocolo de intenções em que a companhia goiana retoma os pagamentos das faturas de suprimento de energia, incluindo os valores relativos à janeiro de 2003. Atualmente, a Celg possui uma dívida de R$ 850 mi junto à Eletrobrás, Furnas e Itaipu. Segundo a holding, essa é uma solução que pode ser adotada para todas as outras distribuidoras que possuem dívidas com as controladas da Eletrobrás, descartando a federalização de empresas. (Canal Energia - 12.02.2003)

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2- Última parcela do empréstimo da AES deveria ser paga em abril

A última parcela do empréstimo de R$ 1,013 bilhão feito à AES em abril de 1998 pelo BNDES, para a compra da Eletropaulo, deveria ser paga no próximo dia 15 de abril, se tivessem sido cumpridos os termos do contrato que deu origem ao financiamento. Hoje, a própria AES admite que deve R$ 1,7 bilhão desse mesmo empréstimo e no dia 31 de janeiro declarou-se em "default técnico", ao deixar de pagar uma parcela equivalente a US$ 85 milhões da sua dívida com o banco estatal. Segundo a Folha apurou, o contrato original do empréstimo foi assinado entre o BNDES e a Lightgás Ltda., empresa que comprou a Eletropaulo e era controlada pela AES, a EDF e outras empresas. Posteriormente, houve o descruzamento de participações entre os donos da Eletropaulo e da Light, ficando a AES com o controle da empresa paulista e a EDF com a Light. (Folha de São Paulo - 13.02.2003)

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3- BNDES rola dívida de empresas de energia

Uma comitiva de executivos do grupo Rede, controlador de seis distribuidoras endividadas com o BNDES, reuniu-se ontem, no Rio, com a diretoria do banco estatal. Na reunião, os executivos acertaram os últimos pontos do acordo que resultou na rolagem de uma dívida das distribuidoras, de valores não revelados, com o banco. Além das Centrais Elétricas do Pará e do Mato Grosso, cujo controle é dividido com a Inepar, os entendimentos também envolvem Centrais Elétricas do Tocantins, Caiuá Serviços de Eletricidade, Empresas Elétricas do Vale do Paranapanema e QMRA Participações. (Jornal do Brasil - 13..02.2003)

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4- Abradee nega negociações para socorro às distribuidoras

O diretor-executivo da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, negou que a associação esteja empenhada em negociações com o governo federal visando a obtenção de um socorro para as companhias distribuidoras, boa parte delas enfrentando enormes dificuldades financeiras. Guimarães ressaltou, contudo, que a associação continua brigando para que as reivindicações das companhias sejam respeitadas na revisão das tarifas, à qual serão submetidas 10 concessionárias de distribuição até abril. (Estado de São Paulo - 13.02.2003)

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5- Cummins entra no ramo de energia

Fabricante de motores a diesel, a americana Cummins descobriu um novo ramo de negócio: a venda de energia. A idéia surgiu durante o racionamento, em 2001, e está ganhando corpo. Depois de investir em algumas usinas térmicas emergenciais, como em Sete Lagoas, com 64 MW e Anápolis 44 MW, como produtora independente, a companhia quer entrar no mercado de co-geração. Nos projetos que estão sendo desenvolvidos, a companhia atuará como vendedora de energia. Um desses projetos já está em operação: é do World Trade Center, em São Paulo, onde uma térmica de 5,5 MW produz energia e calor para o sistema de ar- condicionado dos edifícios. A Cummins Latin America espera aumentar em 27% seu faturamento em 2003, ultrapassando a marca do R$ 1 bi. Exportações, ganho de participação no mercado e recuperação no segmento de energia são alguns dos fatores que devem contribuir para alcançar a meta. As exportações devem alcançar US$ 67 milhões neste ano, ante os US$ 55 mi registrados em 2002. (Valor - 13.02.2003)

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financiamento

1- MAE liquida 85,6% dos negócios relativos a outubro de 2002

Terminou nesta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, a liquidação do MAE relativa ao mês de outubro de 2002. Dos R$ 71.9 milhões habilitados para serem pagos entre os agentes, R$ 61,6 milhões, ou 85,6% do valor total, foram honrados pelas empresas devedoras. A liquidação ocorreu apenas com 50% do montante negociado no mês, já que a outra metade está sob realização de auditoria financeira. Apenas dois dos 35 agentes devedores não participaram da liquidação, sendo um deles responsável por quase a totalidade dos R$ 10,3 milhões que não foram pagos. Hoje, dia 13, a área de liquidação do mercado atacadista disponibilizará aos agentes inadimplentes, e seus respectivos credores, os mapas para emissão das faturas de cobrança bilateral. Trinta e oito empresas estiveram credoras no MAE em outubro. (Canal Energia - 12.02.2003)

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2- Arbitragem externa do MAE é debatida em audiência pública

Os conflitos e controvérsias entre os agentes no âmbito do MAE serão submetidos a uma câmara de arbitragem externa. Para decidir em quais situações ela vai atuar, a Aneel disponibiliza no seu site, www.aneel.gov.br, a resolução em audiência pública. Os interessados poderão contribuir com sugestões pela Internet ou pelos Correios. Pela minuta disponível, a Fundação Getúlio Vargas será a responsável pela arbitragem entre os agentes. (Canal Energia - 12.02.2003)

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3- Abraceel: "pool" de energia pode inviabilizar a competição

A criação de um "pool" de compra e venda de energia, que está sendo estudada pelo Ministério das Minas e Energia, pode inviabilizar a concorrência, segundo o novo presidente da Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), Ricardo Lima. " Lima ponderou, contudo, que o formato do "pool" não está definido e, portanto, não é possível ainda ter uma posição definitiva sobre o assunto. Na avaliação de Lima, o "pool" tem alguns aspectos positivos, entre eles, o fato de dar garantia ao produtor. Por outro lado, cria dificuldades ao ampliar o risco de crédito e ao reduzir a transparência. O presidente da Abraceel disse também que a proposta tem algumas inconsistências com o modelo atual. "Como fica a situação do produtor independente se toda a energia for considerada um serviço público?", questionou. Os comercializadores e consumidores livres representam 7% do mercado brasileiro de energia. O argumento da Abraceel está baseado no estudo da Morgan , que o IFE estará disponibilizando hoje. (Valor - 12.02.2003)

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4- Copel deve deixar de comprar energia da Cien

O governador Roberto Requião pretende romper o contrato de compra de energia elétrica da Argentina, firmado entre a Copel e a Companhia de Conexão Energética (Cien), controlada pela empresa espanhola Endesa. O contrato foi firmado em fins de 1999 e prevê a compra de 800 MW de potência com energia associada, pelo prazo de 20 anos. Segundo o presidente da Copel, Paulo Pimentel, a empresa tem sobra de energia e mesmo assim é obrigada pagar à Cien. A Copel paga o equivalente a US$ 28 por MWh e se for negociar a sua energia no MAE o valor de venda - praticado em reais - está em torno de R$ 4 por MWh. (Gazeta Mercantil - 13.02.2003)

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financiamento

1- Fipe: inflação sobe, mas pico já passou

A inflação voltou a subir e registrou 2,23% em São Paulo nos últimos 30 dias até 7 deste mês. Em janeiro, a alta foi de 2,19%. Apesar da aceleração da inflação nas últimas semanas, o cenário ainda é de taxas menores nos próximos meses, segundo Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe. "A boa notícia é que esses 2,23% podem ter sido a maior taxa de inflação deste primeiro semestre. A partir de agora, a Fipe vai mostrar queda nas taxas, o que os outros índices já vêm registrando", afirma o economista. Dois itens são responsáveis pela aceleração da taxa neste mês: educação e transportes. (Folha de São Paulo - 13.02.2003)

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2- Mercado espera elevação de juros

O mercado financeiro espera uma elevação de juros na próxima reunião do Copom, marcada para os dias 18 e 19 de fevereiro. A expectativa da GAP Asset Management é de uma alta de até 1 ponto percentual, já que a inflação não dá mostras de enfraquecimento. Já o Departamento Econômico do banco Lloyds TSB acredita que uma elevação de 0,5 ponto percentual seria o suficiente para conter a inflação medida pelos recentes índices de mercado. Além disso, na avaliação do Lloyds, os efeitos das últimas elevações - de 7,5 pontos percentuais nos últimos seis meses - ainda não foram sentidas na economia real. Hoje a Selic está em 25,5% ao ano. (O Globo - 13.02.2003)

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3- Governo vai sacar US$ 4,149 bi do FMI

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse ontem que o País sacará em março a parcela US$ 4,149 bilhões do acordo de US$ 30 bilhões firmado pelo Governo Fernando Henrique Cardoso com o FMI. Ele adiantou que o País também deverá usar a parcela de US$ 8,9 bilhões, prevista para junho. Ontem, a missão do FMI chegou a Brasília e esteve reunida com integrantes da equipe econômica. Horas antes do encontro com os representantes do Fundo, Mantega disse que o País pretende "enxugar o acordo". "Essa é a fórmula ideal, um acordo bastante enxuto com dois ou três pontos principais", afirmou. Segundo o ministro, as reformas estruturais, o desempenho das empresas e metas de privatização "não são alçada do FMI". "Cabe ao Fundo circunscrever a situação das contas públicas. É isso que interessa. A meta mais importante é o superávit primário", avaliou. (Jornal do Commercio - 13.02.2003)

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4- EIU: arrocho pode ser insuficiente

O governo brasileiro provavelmente resistirá a pressões para elevar os gastos e atingirá as metas acertadas com o FMI, mas isso talvez não seja suficiente para manter a solvência do país, diz a consultoria inglesa Economist Intelligence Unit, do mesmo grupo da revista "The Economist". Em um relatório sobre as perspectivas para a economia mundial, a agência diz que, na falta de uma apreciação do real, a única maneira de o Brasil reduzir o peso de seu endividamento é diminuindo as taxas reais de juros. "O custo [da queda dos juros] seria uma inflação mais alta, mas isso é preferível a uma reestruturação forçada da dívida", afirma o relatório. (Folha de São Paulo - 13.02.2003)

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5- S&P: guerra levaria Brasil ao FMI

Um ataque militar ao Iraque atingirá mais o Brasil do que os países do Oriente Médio, pelo menos do ponto de vista econômico e financeiro. A análise é da Standard & Poor's, que já especula sobre a necessidade de um novo empréstimo do FMI ao país. Para a agência, uma guerra rápida não teria grandes conseqüências. Mas um conflito prolongado poderia ameaçar a solvência de países muito dependentes do financiamento externo, sobretudo Brasil e Turquia. Os países aparecem como os mais cotados a ter a classificação rebaixada, ao lado da Jamaica e da República Dominicana. México, Belize e Filipinas também estariam "sob pressão", diz a S&P. (Folha de São Paulo - 13.02.2003)

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6- Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera em leve alta nos negócios desta manhã, ainda como reflexo da tensão com a possibilidade de guerra. Às 10h25m, a moeda americana era negociada por R$ 3,609 na compra e R$ 3,614 na venda, com alta de 0,24%. O volume de negócios é bastante reduzido e assim deve permanecer durante todo o dia, calculam os chefes de mesa dos bancos. Ontem, o dólar comercial fechou com valorização de 0,61%, a R$ 3,6000 na compra e a R$ 3,6050 na venda. (O Globo e Valor Online - 13.02.2003)

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gás e termoelétricas

1- Distribuidores querem negociar preço do gás

As empresas distribuidoras de gás canalizado dizem perder cerca de US$ 260 mi anuais porque não utilizam todo o gás natural fornecido pela Bolívia. O volume de gás boliviano foi fixado em contratos assinados no passado. Cotado em dólar, esse gás tem preços elevados em reais que tornam o produto pouco competitivo em relação à energia gerada nas usinas hidrelétricas. Com isso, a demanda é bem menor que a oferta - mas as distribuidoras pagam do mesmo jeito por uma quantidade que não pode ser mudada. O maior impacto do sistema pesou sobre as empresas MSGás e Comgás. A primeira, estabelecida no Mato Grosso do Sul, perdeu quase US$ 80 mi em 2001. Na Comgás, o custo estimado pela não-utilização dos volumes contratados chegou a US$ 76 mi. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), o valor das perdas se repetiu no ano passado. (Valor - 13.02.2003)

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2- Contratos prevêem revisão em 2003

Hoje o gás canalizado chega ao Brasil com um custo de R$ 456 por mil metros cúbicos. A matéria-prima nacional tem valor bem mais baixo: R$ 309. As estimativas são calculadas com o dólar cotado a R$ 3,60. O problema é que, pelos contratos, as distribuidoras brasileiras têm de pagar por 17 milhões de metros cúbicos por dia. A capacidade instalada é para cerca de 30 milhões de metros cúbicos. Os contratos têm cláusulas que permitem a revisão dos valores a partir de 2003, afirmou Carvalho, que também é vice-presidente da CNI. Com tais problemas, diz, foram paralisados os investimentos em expansão e o país continuará vulnerável a uma crise energética. (Valor - 13.02.2003)

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3- CSN não venderá usina termelétrica de Volta Redonda

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) não vai mais alienar a usina de co-geração termelétrica de Volta Redonda (RJ). Segundo a empresa, não foi possível chegar a um bom termo com os financiadores da operação. Em fato relevante divulgado hoje, a CSN diz que a operação dependia da aprovação dos credores (BNDES e um grupo de bancos liderado pelo Santander). "As condições apresentadas pelos financiadores, após longa negociação, inviabilizam a implementação nos termos propostos, uma vez que reduzem, significativamente, os resultados econômicos que justificavam a operação." A siderúrgica informa ainda que a reavaliação dos ativos da usina elevou seu valor de mercado para R$ 970,332 milhões, que foi acrescentado às contas patrimoniais da empresa. "A CSN continuará a perseguir a melhor estrutura para a alienação do ativo, preservando o atual abastecimento de energia elétrica para a sua produção", conclui o informe. (Valor - 13.02.2003)

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4- MME anuncia construção de usinas em Manaus

O Ministério das Minas Energia deverá construir, em Manaus, duas usinas geradoras movidas a gás com capacidade para produzir 900 MW. O projeto foi discutido ontem, em Brasília, entre o presidente da Eletronorte, Silas Rondeau, e os deputados do PCdoB, Eron Bezerra e Vanessa Grazziotin. A área técnica da subsidiária pretende concluir ainda esta semana todos os estudos sobre o empreendimento. As informações são da assessoria da deputada. Eron calcula que as usinas resolveriam o problema de energia em Manaus nos próximos dez anos. "Para se ter uma idéia, hoje o pico na cidade chega a 600 MW", diz o parlamentar. O empreendimento, na opinião de Vanessa, reforçará as negociações em torno da construção do gasoduto Coari-Manaus. "Não temos mais dúvida de que a solução para a falta de energia em Manaus passa pelo gás", diz. (A Crítica - 13.02.2003)

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internacional

1- Governo alemão discute novas formas de geração de energia

Uma crise está sendo alimentada na Alemanha, enquanto os políticos discutem sobre o tipo de energia alternativa que é necessária, anunciou a porta-voz da RWE Power. A porta-voz disse que o país precisa substituir 40 GW de capacidade de geração nos próximos dez anos. Ela também falou que o tempo é um fator essencial, já que levaria 8 anos para uma usina de carvão ser aprovada e mais tempo ainda para uma nova usina nuclear. Políticos precisam fazer a decisão mais rápido possível enquanto decidem quanto de energia poderá ser gerada por carvão ou gás. A geração de antigas usinas de carvão ou nuclear não podem ser substituídas por completo com geração eólica. (Platts - 12.02.2003)

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2- Juiz americano demanda relatório sobre o caso Enron

O juiz da corte distrital de Houston, Kenneth Hoyt, deu o prazo até 19 de maio para os promotores federais reportarem em que fase está o caso contra o ex-chefe financeiro da Enron, Andrew Fastow. O primeiro promotor, Andrew Weissmann, disse ao juiz que o governo irá levar o caso contra Fastow e possivelmente novos indícios contra outros executivos da companhia. O juiz que ainda não marcou uma data para o julgamento, negou o pedido de transferência do caso para outro juiz. O governo já pediu duas extensões que em maio irá contabilizar sete meses que teve para entrevistar testemunhas e estabelecer um caso abrangente contra os executivos da Enron. (New York News - 12.02.2003)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

Jan de Souza Nissen, João Paulo Cuenca, Patricia Vance e Rubens Rosental - Economistas

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros e Daniel Pereira Santos

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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