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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.050 - 11 de fevereiro de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Governo estuda possível desdolarização das vendas de energia

O presidente da Hidrelétrica de Itaipu, Jorge Miguel Samek, afirmou ontem que a empresa estuda uma forma de desdolarizar as tarifas de energia da Usina de Itaipu. De acordo com Samek, ainda não foi definida uma fórmula para a mudança, mas o executivo admitiu que poderia ser definido um valor médio anual para o câmbio. Entretanto, Samek lembrou que neste caso seria necessário que alguma instituição financiasse a diferença que poderia surgir com as variações cambiais. O presidente de Itaipu explicou que a hidrelétrica precisa vender energia com preços atrelados ao dólar, porque é altamente endividada em moeda estrangeira. Segundo o executivo, a dívida da empresa, originada com o empréstimo feito para a construção da usina, soma US$ 19,4 bilhões. O contrato prevê para 2003 o pagamento total do empréstimo, que foi feito em 1973. (Jornal do Commercio - 11.02.2003)

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2- Aneel fiscaliza distribuidoras para verificar atendimento aos clientes

Desde ontem, a Aneel está realizando uma fiscalização na Cerj, para verificar o atendimento aos clientes da empresa. Até o fim de março, as equipes da agência deverão realizar fiscalizações nas distribuidoras de Roraima, Rondônia e do Distrito Federal. A Aneel também deverá rever a resolução 318 que trata das punições aplicadas às distribuidoras de energia. Os técnicos pretendem que a legislação seja mais detalhada incluindo multas específicas para apagões, demora no restabelecimento de energia e fechamento de postos de atendimento. (O Globo - 11.02.2003)

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3- Aneel publica notas técnicas do processo de revisão tarifária

A Aneel publicou duas Notas Técnicas do Processo de Revisão Tarifária Periódica. São as NT 030-2003 que apresenta informações sobre a metodologia e os conceitos adotados pela ANEEL para proceder à revisão tarifária periódica das concessionárias de distribuição de energia elétrica. E a NT 148-2003 sobre a metodologia e critérios gerais para definição da base de remuneração de ativos para fins de revisão tarifária periódica das concessionárias de distribuição de energia elétrica. Estes documentos encontram-se disponíveis para acesso integral na Biblioteca Virtual do Portal Provedor UFRJ - Eletrobrás no endereço: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm Caso tenha problema no acesso, dar reply. (UFRJ - 11.02.2003)

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4- Curtas

O total de créditos que o BNDES tem com as empresas distribuidoras soma cerca de R$ 10 bi, incluindo os financiamentos das perdas com o racionamento e a dívida da AES. (Folha de São Paulo - 11.02.2003)

De acordo com o diretor de gás e energia da estatal, Ildo Sauer, as térmicas devem funcionar no Brasil como complemento ao sistema hidráulico, sem gerar o tempo todo. E, por isso, precisam de contratos flexíveis de gás natural, pagando apenas quando utilizarem o produto. Por isso a necessidade de flexibilização do contrato. (Estado de São Paulo - 11.02.2003)

A Aneel divulgou o cronograma das audiências públicas para a revisão tarifária periódica de 2003. Para acessar essa tabela, clique aqui. (UFRJ e Aneel - 11.02.2003)

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risco e racionamento

1- Consumo do Sudeste/Centro-Oeste aumenta 1.260 MW

O consumo de energia elétrica no subsistema Sudeste/Centro-Oeste aumentou 1.260 MW no último domingo, dia 9 de fevereiro. Em comparação ao dia 2 do mesmo mês, as regiões, que consumiram 23.391 MW, tiveram um crescimento de 5,69%, segundo informações do ONS. Nas outras regiões houve uma ligeira variação no demanda, O Sul (6.114 MW) registrou queda de 1,27%, assim como o Nordeste, que passou de 5.365 MW para 5.323 MW. Já no subsistema Norte, o consumo de 2.507 MW representou uma alta de 0,8%. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume acumulado no Sudeste/Centro-Oeste está 1,55% abaixo do previsto pelo operador, enquanto o Nordeste registra 1,44% abaixo do estabelcido pelo ONS. (Canal Energia - 10.02.2003)

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2- Reservatórios alcançam marca de 46,29% no Norte

Com uma variação positiva de 1,45%, a capacidade armazenada da região Norte chegou a 46,29%. A hidrelétrica de Tucuruí está com índice de 64,96%. (Canal Energia - 10.02.2003)

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3- Nível de armazenamento dos reservatórios do Nordeste chega a 40,24%

No subsistema Nordeste, os reservatórios alcançam a marca de 40,24%, volume 22,88% acima da curva de aversão. O nível subiu 0,55%. A usina de Sobradinho registra índice de 36,34%. (Canal Energia - 10.02.2003)

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4- Sudeste/Centro-Oeste registrou uma variação positiva de 0,38% nos reservatórios

No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a capacidade de armazenamento está em 66,85%, um acréscimo de 0,38%. O volume está 38,21% acima da curva de segurança. As usinas de Furnas e Miranda estão, respectivamente, com índice de 91,1% e 63,35%. (Canal Energia - 10.02.2003)

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5- Capacidade de armazenamento está em 84,57% no Sul

A região Sul, que continua a apresentar redução nos índices, registrou uma variação de 0,3%. O volume está em 83,82%. O nível da hidrelétrica de Salto Santiago está em 84,57%. (Canal Energia - 10.02.2003)

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6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Inadimplência e falta de comprador leva Furnas a recorrer à Eletrobrás

Pela primeira vez na sua história Furnas Centrais Elétricas precisará recorrer à Eletrobrás para fechar o caixa no mês de fevereiro. Segundo o presidente de Furnas, José Pedro Rodrigues de Oliveira, a companhia tem atualmente cerca de 1,8 mil MW médios que não tem compradores, um dos motivos que levou a empresa a ter problemas de caixa pela primeira vez na história da estatal, que é a mais rentável do grupo Eletrobrás. Segundo Oliveira, a dívida "em estoque" de clientes de Furnas é de R$ 483 mi, sendo que no mês de fevereiro, a inadimplência é de R$ 28 mi. Ele não explicou, porém, se pedirá esse montante de recursos à controladora. (Valor - 11.02.2003)

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2- Furnas não revela os inadimplentes

O presidente de Furnas não quis entrar em detalhes sobre os devedores, dizendo apenas que três clientes estão inadimplentes. Ele não negou que entre esses estejam a Celg e a CEB. As duas distribuidoras estaduais devem R$ 1,150 bi a Furnas, contando energia própria e o repasse da energia de Itaipu. A Celg não paga pelo fornecimento de energia (tanto de Furnas quanto de Itaipu) desde janeiro de 2000, enquanto a CEB não paga integralmente suas faturas desde 2001. A outra inadimplente é a Cemat, do Grupo Rede. (Valor - 11.02.2003)

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3- Furnas sofreu redução de 25% da energia contratada

Um dos motivos dos problemas que estão afetando Furnas é que desde janeiro houve uma redução de 25% da energia contratada, sendo que desse volume, apenas 2% foram vendidos em leilão. Com isso, a estimativa é de que essa gere uma redução de R$ 80 mi por mês na receita, que pode cair até R$ 900 mi ao final deste ano. A estimativa do mercado é de que o lucro de Furnas no ano passado atinja aproximadamente R$ 750 mi, mas esse valor pode se reduzir caso a companhia faça provisão de perdas referentes à dívida da Celg e da CEB, que poderão ser lançadas no balanço como créditos duvidosos, apesar dos devedores serem estados que não podem "quebrar". (Valor - 11.02.2003)

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4- Furnas deixa de colocar 1.800 MW no mercado por falta de demanda

Boa parte da energia de Furnas hoje é negociada no MAE porque, desde o início do ano, 25% do total gerado pelas companhias deixou de ser vendido sob forma de contrato prévio entre distribuidoras e geradora. Antes, mesmo que não precisasse, a concessionária tinha de adquirir a energia para cumprir o contrato. Agora, Furnas fica com a ociosidade. Com isso, a estatal deixa de colocar no mercado por falta de demanda 1.800 MW. Ela pode gerar 9.300 MW. (Folha de São Paulo - 11.02.2003)

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5- Pinguelli reafirma caráter financeiro da crise de Furnas

"Vivemos uma crise financeira do setor em que até a pérola da coroa, Furnas, uma empresa superavitária, boa, está em dificuldades", disse o presidente da Eletrobrás (controladora de Furnas), Luiz Pinguelli Rosa. Pinguelli descartou que o governo estude perdoar os inadimplentes. "Somos [a Eletrobrás] uma empresa que tem de ser lucrativa." Ele afirmou que o problema das dívidas das distribuidoras é a questão mais urgente e prioritária do setor elétrico a ser resolvida. Disse que o caso de Furnas já foi levado à ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. De acordo com Pinguelli, não é só a inadimplência que afeta Furnas. Afirmou que o valor de R$ 4 por MW pago pela energia no mercado atacadista é "fora de propósito". "O preço do MAE é um espantalho, desestimula qualquer investidor", disse Pinguelli, acrescentando que o preço nem paga os custos de geração de energia. (Folha de São Paulo - 11.02.2003)

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6- Equacionamento das finanças das controladas é prioridade para Eletrobrás

O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, reafirmou que o equacionamento das finanças das empresas controladas é prioridade. Ele afirmou que o grupo Eletrobrás vai contratar um escritório de advocacia para decidir que medidas tomar para cobrar as dívidas que algumas empresas têm com Furnas. Segundo o presidente da geradora, José Pedro Rodrigues Oliveira, três empresas estão inadimplentes com Furnas, com uma dívida total de R$ 483 mi, que são acrescidos, a cada mês, de R$ 28 mi. "Teremos problemas para fechar o caixa este mês e precisaremos da ajuda da Eletrobrás", disse Oliveira. "A questão da dívida é absoluta prioridade", reforçou Pinguelli. "Não é só o Brasil que tem que pagar suas dívidas com o mercado externo. Uma empresa americana que vem para cá, por exemplo, também tem que honrar seus compromissos", completou o executivo, em uma alusão às empresas estrangeiras que ameaçam abandonar suas concessões em razão do alto endividamento. (Estado de São Paulo - 11.02.2003)

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7- Eletrobrás não vai perdoar dívidas dos estados

"A Eletrobrás é a controladora de um grupo de empresas que tem de se tornar lucrativa para gerar investimentos e, por isto mesmo, nós não vamos perdoar dividas de ninguém". A afirmação foi feita nesta segunda-feira pelo presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, descartando qualquer possibilidade de a estatal vir a perdoar dívidas dos estados com a controladora. "Nós não vamos perdoar as dívidas. Somos um grupo de empresas que tem de se tornar lucrativo para realizar investimentos. Existem vários tipos de questões: municípios pobres com dificuldades enormes. Parece-me prioritário que os governos estaduais, com o apoio do Tesouro Nacional, e naturalmente com o nosso aporte relativo, mas não exclusivo, equacionem este problema. E há outras questões, como as que envolvem empresas que não pagam a energia que consomem. Isto terá que ser feito", assinalou. (O Estado de Minas - 11.02.2003)

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8- AES oferece ativos para abater dívida com BNDES

A AES ofereceu proposta ao BNDES para abater parte da dívida com a cessão de ativos que mantém no Brasil. AES ofereceu a usina termelétrica de Uruguaiana (RS). Esta proposta não é interessante ao BNDES, basicamente por dois motivos: (a) o preço da energia produzida por termelétricas é alto; (b) há oferta sobrando de energia para os próximos dois anos, a capacidade produtiva da usina ficaria ociosa. Conclusão: a usina pode não ser suficientemente rentável ao banco. (UFRJ e Folha de São Paulo - 11.02.2003)

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9- Controle da Eletropaulo pelo BNDES favoreceria AES

A alternativa de repassar o controle acionário da Eletropaulo para o BNDES seria um bom negócio para a AES. Para o BNDES seria uma solução desfavorável porque, em uma eventual reprivatização, não encontraria investidor disposto a pagar pela distribuidora o suficiente para cobrir o que a AES lhe deve. A composição da dívida é a seguinte. US$ 636 milhões oriunda da compra de lote de ações preferenciais pela subsidiária, a Transgás. Como dos US$ 888 milhões do primeiro financiamento (da privatização) a AES não amortizou mais que US$ 308 milhões, a empresa deve total US$ 1,216 bilhão ao BNDES. O problema, dizem analistas, é que, em um eventual novo processo de privatização, o valor de mercado da empresa não chegaria a US$ 1 bilhão. (UFRJ e Folha de São Paulo - 11.02.2003)

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10- Primeira reunião do Consise

Ontem foi realizada a primeira reunião do Conselho Superior do Sistema Eletrobrás (Consise), que teve a presença dos presidentes de Furnas, Chesf, Eletronorte, CGTEE, Eletronuclear, Eletrosul, Itaipu e de Sauer, da Petrobras, como convidado especial. (Valor - 11.02.2003)

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11- CPFL prepara captação de R$ 1,8 bi

A CPFL Energia pretende captar R$ 1,8 bilhão em debêntures. A operação será analisada pelos acionistas em Assembléia Geral Extraordinária marcada para dia 25 de fevereiro em São Paulo, segundo comunicado publicado ontem pela empresa. A idéia é emitir 180 mil debêntures da espécie subordinada, ou seja dívida que, em caso de falência do emissor, só será paga após quitação de débitos com credores preferenciais. Os papéis não serão conversíveis em ações. (Valor - 11.02.2003)

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12- CPFL já emitira Commercial Papers em 2002

A CPFL Energia é uma empresa criada no ano passado para reunir os ativos do setor elétrico pertencentes à VBC Energia e um grupo de fundos de pensão - 521 Participações (Previ) e Bonaire Participações (Funcef, Petros, Sistel e Sabesprev). A empresa reúne os investimentos da Draft II Participações (ações da CPFL Distribuição e da CPFL Geração) também controlada pela VBC e os fundos. Em abril de 2002 a Draft II tomou R$ 900 mi no mercado através da emissão de notas promissórias (também conhecido por "commercial papers", ou CP), títulos com prazo de vencimento em seis meses. Em outubro, quando a emissão da Draft venceu, foi a vez da própria CPFL fazer uma nova emissão de CP, também no valor R$ 900 mi pelo mesmo instrumento, as notas promissórias. Os CPs da empresa vencem no próximo mês de abril. Segundo a agência Bloomberg Business News, a CPFL Energia tem R$ 2,84 bi em dívidas totais, de acordo com a posição revelada no balanço dos primeiros nove meses do ano passado, sendo que 65% deste total é indexado à variação do dólar. Essa é a segunda emissão de debêntures anunciada este ano. A primeira também foi divulgada por uma empresa de energia, a mineira Cemig que até agora não concretizou a operação. (Valor - 11.02.2003)

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13- Receita consolidada da Cataguazes-Leopoldina foi de R$ 1,1 bi em 2002

A receita operacional bruta consolidada da Cataguazes-Leopoldina em 2002 foi de R$1.052 mi, contra R$1.063 mi em 2001, refletindo um decréscimo de 1%. Com vendas físicas consolidadas de 5.497 GWh a seus consumidores finais, a Cataguazes-Leopoldina apurou nesse exercício um aumento de 4,9% no seu volume comercializado de energia elétrica. (Cataguazes-Leopoldina - 10.02.2003)

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14- Vendas consolidadas de energia do Sistema Cataguazes-Leopoldina aumentaram 20,2% em dezembro

As vendas consolidadas de energia elétrica do Sistema Cataguazes-Leopoldina aumentaram 20,2% em dezembro de 2002, em relação ao mesmo mês de 2001, mantendo a tendência de alta do consumo de energia. Com isso, as suas vendas per capita consolidadas saltaram do patamar de 270 KWh por consumidor no trimestre compreendido entre julho e setembro, para 291 KWh, no último trimestre deste exercício, o que representa um crescimento de 7,8%. As vendas nesse mês atingiram 496 GWh, o que também representa aumento de 2,3%, quando comparado a dezembro de 2000, ano em que o mercado ainda não havia sofrido as conseqüências do racionamento de energia elétrica. Essa melhoria deve-se principalmente à classe industrial, cujo consumo per capita no último trimestre aumentou 5,6% sobre o consumo per capita médio verificado no trimestre julho a setembro deste mesmo ano. Em relação ao consumo industrial per capita de dezembro de 2000, o volume desse mês representa um aumento de 7,9%. Por outro lado, embora o consumo per capita de energia da classe residencial tenha apresentado no último trimestre do exercício um aumento de 7,9% em relação ao terceiro trimestre deste ano, a recuperação nesse segmento de mercado ainda está abaixo das expectativas. No mês de dezembro, a receita operacional bruta consolidada da Cataguazes-Leopoldina totalizou R$95,7 mi. (Cataguazes-Leopoldina - 10.02.2003)

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15- Light pode ser multada em R$ 26 mi

A Light poderá ser multada em até 1% do seu faturamento anual por deficiência na qualidade do atendimento ao consumidor. Se a multa máxima for aplicada, a empresa terá que desembolsar R$ 26,5 mi. Uma fiscalização realizada por técnicos da Aneel, no período de 27 a 31 de janeiro deste ano, constatou que desde 2001 a empresa fechou 16 agências e postos de atendimento comercial. O atendimento pessoal foi substituído por uma central telefônica e por um convênio firmado pela Light e a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), onde as reclamações são feitas por escrito e enviadas à distribuidora gratuitamente. As alternativas e o serviço foram considerados insatisfatórios pela Aneel. A assessoria da Light informou que a empresa já havia identificado problemas no atendimento aos consumidores, antes da fiscalização da Aneel. Por esta razão, algumas medidas já estão sendo adotadas para melhorar a qualidade do serviço. Entre elas, está uma nova campanha para divulgar as opções de atendimento. (O Globo - 11.02.2003)

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16- Alstom quer triplicar resultado

A nova licitação de linhas de transmissão, cujo edital deverá ser publicado em março pela Aneel, servirá de alento à indústria de equipamentos para o setor elétrico. Em meio à interrupção dos projetos de expansão da capacidade de geração do país, por causa principalmente da crise das distribuidoras privadas de energia, grupos como o francês Alstom Power vão recorrer aos projetos de transmissão para ampliar a receita, no Brasil, de US$ 267,5 milhões para cerca de US$ 749 milhões - dos quais 40% em exportações, ante um patamar de 5% de 2001. O resultado do ano passado ainda não foi fechado. O presidente da subsidiária brasileira da Alstom, José Luiz Alquéres, diz que os projetos de transmissão contribuirão para a manutenção do atual patamar de encomendas no Brasil. (Jornal do Brasil - 11.02.2003)

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17- Merrill Lynch rebaixa títulos da Cemig

Em um relatório interno produzido para seus clientes, o banco de investimentos norte-americano Merrill Lynch fez um ajuste em sua carteira de investimentos e rebaixou os títulos da dívida de algumas empresas brasileiras de "nível de mercado" para "abaixo do nível do mercado". Entre as empresas cujos títulos foram afetados negativamente, está a Cemig. Segundo o banco, a redução é um "ajuste tático" devido ao risco de guerra contra o Iraque. O relatório diz que a atual conjuntura internacional sugere uma aversão ao risco, o que faz com que a instituição adote uma estratégia considerada mais "defensiva" para os títulos latino-americanos. (Folha de São Paulo - 11.02.2003)

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18- Francisco Ivaldo Frota é o novo presidente da CBEE

Francisco Ivaldo Frota é o nome escolhido para assumir a presidência da CBEE (Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial). Segundo a assessoria de imprensa da comercializadora, ainda não há uma data definida para a cerimônia de posse. Antes de assumir o cargo na CBEE, Frota atuava como superintendente de Regulação da Comercialização da Eletricidade da Aneel. Na área de Gestão Corporativa da empresa, o cargo será ocupado por Flávio Roberto de Carvalho. (Canal Energia - 10.02.2003)

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financiamento

1- Revisão do MAE é prioridade na reestruturação do setor elétrico

A revisão do preço do MAE será uma das prioridades do grupo de trabalho criado pela Eletrobrás para colaborar com a reestruturação do setor elétrico. Segundo o presidente da estatal, Luiz Pinguelli Rosa, o preço atual da energia no mercado à vista no Brasil, de R$ 4 por MWh é "insuportável". "Esse preço é um espantalho, um desestímulo total ao investidor", afirmou. O preço é definido por um programa chamado Newave, que confere grande peso à capacidade armazenada nas hidrelétricas brasileiras. Em tempos de racionamento, chegou a R$ 684 por MWh. Agora, com excedente de energia, caiu para R$ 4. Este valor remunera a energia comprada pelas distribuidoras fora dos contratos de longo prazo. O baixo preço desestimula investimentos em térmicas e vêm causando prejuízos em geradoras estatais, diz Pinguelli. A Eletronuclear, por exemplo, vende parte de sua energia por este preço. "Só o combustível me custa R$ 10 por MWh, mas tenho que vender a R$ 4 por MWh", reclama o presidente da estatal nuclear, Ziele Dutra Thomé Filho. Os dois executivos reuniram-se com os outros presidentes de controladas da Eletrobrás, de Itaipu, Jorge Samek, e com o diretor de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, para começar a trabalhar nas sugestões que serão levadas ao ministério de Minas e Energia. (Estado de São Paulo - 11.02.2003)

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2- Ricardo Lima assume presidência do conselho deliberativo da Abraceel

Ricardo Lima, diretor da Enertrade, empresa de comercialização do grupo EDP, assumirá na próxima terça-feira, dia 11 de fevereiro, na cidade de Curitiba, no Paraná a presidência do Conselho Deliberativo da Abraceel (Associação Brasileira de Agentes Comercializadores de Energia Elétrica) no biênio 2003/2004 em substituição a Walfrido Ávila, da Tradener. O ex-presidente fará parte do conselho juntamente com os representantes da CVRD (Companhia Vale do Rio Doce), Carlos Anísio Rocha Figueiredo; CPFL, Carlos Anísio Rocha Figueiredo; União Energia, Francisco Ildimar de Lavor; GCS Energia, Max Xavier Lins, e Enron, Luiz Otávio Assis Henriques. (Canal Energia - 10.02.2003)

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3- Celpe negocia sobras de energia com deságio de até 60%

A Celpe quer focar o consumo de energia no horário de pico. Desde dezembro de 2002 a empresa oferece o serviço "Energia Plus", que permite um aumento da carga de energia elétrica para clientes da indústria e do comércio no horário entre 17:30 e 20:30 horas. Segundo o diretor comercial, Enrique Planells, o objetivo da empresa é atender a demanda temporária de consumidores que utilizam geradores ou interrompem a produção no período. Ele explicou que através de contratos de um a três meses, os clientes recebem uma energia extra com tarifas de 50% a 60% menor que o praticado normalmente, variando entre R$ 150 a R$ 225 o MW/h. "Não podemos praticar um contrato maior de três meses, porque dependemos de possíveis sobras de energia para atender a esse consumo extraordinário", explica o diretor comercial. (Canal Energia - 10.02.2003)

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financiamento

1- Para BC, ajuste externo deve valorizar o real

O diretor de política monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, disse que os agentes e analistas econômicos não perceberam ainda "a magnitude do ajuste externo feito pelo Brasil nos últimos anos" e que, por razões como essa, a taxa de câmbio "continua com volatilidade alta e num patamar muito elevado". Mas, conforme ele, quando essa percepção for mais clara, quando "cair a ficha" dos investidores, não haverá como "não diminuir a volatilidade cambial e o real não se apreciar em relação ao dólar". Ele explicou que a taxa de câmbio, em termos reais, baseada numa cesta de 15 moedas deflacionadas, está ainda muito alta. (O Estado de São Paulo - 06.02.2003)

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2- Diretor do BC afirma que fragilidade externa é menor do que se imagina

Nem os analistas brasileiros, e muito menos os estrangeiros, achavam que Brasil tinha capacidade de fazer um ajuste tão forte quanto fez, sem recessão, o que é um caso único entre os países. A necessidade de financiamento hoje, segundo o diretor de política monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, "nunca foi tão confortável". "Está claro que precisamos aumentar muito as nossas exportações, que o Brasil deve se abrir mais e aumentar o seu comércio. Mas o que estou afirmando é que a necessidade de financiamento nunca foi tão confortável e que ficará, no cômputo geral, em algo em torno de US$ 11 bilhões, que é literalmente nada, para quem em 1999 precisava financiar US$ 100 bilhões. Não temos a fragilidade externa que muitos imaginam". Segundo ele, o País está menos exposto às variações do mercado internacional, o que significa que "o mundo indo melhor ou pior (a eventual guerra EUA x Iraque) haverá um impacto sobre a nossa economia "mas ele será muito menor". (O Estado de São Paulo - 06.02.2003)

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3- O governo não vai deixar a inflação subir, diz diretor do BC

O diretor de política monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, considera três pilares importantes para a solvência e a sustentabilidade do País: o Brasil não é leniente com a sua política fiscal, apresenta uma performance, desde 1999, sempre superior a meta fiscal do ano e não é leniente com a inflação. Ele atribui a alta inflacionária do final do ano passado a "um choque monumental de custos, a taxa de câmbio depreciada e a restrição de crédito externo, que está se normalizando, conforme o diretor. "O governo não vai deixar a inflação subir. Uma série de ações serão feitas para evitar isso". O terceiro pilar dos bons fundamentos é o setor externo. "Ali tínhamos uma fragilidade que estava sendo gradualmente reduzida e que agora essa fragilidade acabou. Isso significa que a taxa de câmbio, o risco país elevado não refletem os nossos bons fundamentos." (O Estado de São Paulo - 06.02.2003)

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4- Inflação ainda gera pessimismo

O mercado continua pessimista em relação ao comportamento da inflação neste ano, o que abre a possibilidade de o Banco Central voltar a elevar os juros na próxima reunião do Copom, marcada para a semana que vem. Segundo levantamento feito pelo próprio Banco Central entre bancos e empresas de consultoria, estima-se que o IPCA fique em 11,84% neste ano, contra 11,44% da pesquisa anterior. As projeções para a taxa Selic também subiram: agora, o mercado espera que os juros caiam para 21% ao ano até dezembro. Antes, previam-se 20,5%. O objetivo do BC é manter a inflação em 8,5%. O receio do Banco Central é que a expectativa de uma inflação alta estimule as empresas a remarcarem seus preços. A elevação dos juros serviria, então, para que o governo ganhasse a confiança do mercado. (Folha de São Paulo - 11.02.2003)

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5- IGP-M aponta desaceleração de preços no atacado

A primeira prévia do IGP-M de fevereiro, divulgada ontem pela FGV, ficou em 0,89%, queda de 0,45 ponto percentual sobre a primeira de janeiro (1,34%). A desaceleração da alta de preços ocorreu no atacado, que, teoricamente, sinaliza o comportamento futuro dos preços no varejo. O IPA (Índice de Preços por atacado), que responde por 60% do IGP-M, apresentou na primeira prévia de fevereiro alta de 0,61%, contra 1,52% na primeira prévia de janeiro. (Folha de São Paulo - 11.02.2003)

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6- Saldo da balança chega a US$ 1,5 bi

As exportações superaram as importações em US$ 338 milhões na primeira semana deste mês. Com esse resultado, a balança comercial registra um superávit comercial de US$ 1,498 bilhão desde o início do ano. Os resultados da balança continuam sendo puxados pelo bom desempenho das exportações. Na primeira semana de fevereiro, a média diária de vendas para o exterior foi de US$ 261,2 milhões, 28,5% a mais do que a de fevereiro do ano passado. O país exportou US$ 1,306 bilhão no começo deste mês. As importações, por sua vez, somaram US$ 968 milhões. Desde o início do ano, o Brasil vendeu para o exterior US$ 6,111 bilhões e comprou US$ 4,613 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento. As importações ficaram, na primeira semana de fevereiro, um pouco acima das registradas em fevereiro de 2002. A média diária de compras neste mês está em US$ 193,6 milhões, 2,6% a mais que a verificada em fevereiro do ano passado. (Folha de São Paulo - 11.02.2003)

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7- Lula anuncia corte de R$ 14,1 bi nos gastos públicos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem, durante reunião de oito horas e 40 minutos com seu ministério, um corte de R$ 14,1 bilhões nos gastos públicos jogando a responsabilidade por mais da metade deste valor, R$ 8,9 bilhões, sobre o governo Fernando Henrique Cardoso. O corte é equivalente a quase oito vezes o orçamento previsto para 2003 do Fome Zero, principal programa social do governo. Ações de maior impacto, como aumento do salário mínimo e o reajuste para os servidores, ficaram de fora do pacote. A elevação do valor e da abrangência do Bolsa-Escola, que chegou a ser confirmada por assessores do presidente no final de semana, também acabou excluída. A maior parte do aperto fiscal anunciado virá das empresas estatais e dos Estados, como se depreende das primeiras explicações fornecidas pela equipe econômica. Em valores absolutos, a economia a ser feita pelo setor público, incluindo União, Estados, municípios e estatais, passou de cerca de R$ 56 bilhões para R$ 68 bilhões, porque as estimativas para o PIB feitas pelo governo também aumentaram, de cerca de R$ 1,5 trilhão para R$ 1,6 trilhão. (Folha de São Paulo - 11.02.2003)

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8- Merrill Lynch rebaixa dívida brasileira

O banco de investimentos norte-americano Merrill Lynch promoveu um ajuste na sua carteira-modelo, provocando a redução da exposição aos bônus do Brasil e do Equador. A instituição argumentou que a mudança faz parte do que chamou de um portfólio "tático" para guerra. O banco de investimentos declarou que, diante da perspectiva de uma guerra liderada pelos EUA contra o Iraque, o melhor que as dívidas dos mercados emergentes poderão fazer será oscilarem dentro de faixas estreitas de preços, mas com tendências negativas. De acordo com o relatório mensal do Merrill Lynch, distribuído aos clientes na sexta-feira à noite, o banco decidiu reduzir a recomendação da dívida do Brasil de "marketweight" (peso de mercado) para "underweight" (abaixo do peso de mercado), citando a forte correlação entre os bônus da dívida externa do país e a avaliação do banco de aversão a riscos. "(Essa decisão) não reflete uma mudança na nossa visão construtiva para o crédito (do Brasil) em 2003 como um todo", destacou o Merrill Lynch. (O Estado de São Paulo - 11.02.2003)

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9- FMI discutirá reformas e guerra

O desempenho da economia brasileira diante da perspectiva de guerra entre Estados Unidos e Iraque e as reformas estruturais que o Governo pretende empreender deverão ser os principais temas a serem tratados pela missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que já se encontra no Brasil. As primeiras reuniões com integrantes do Governo federal estão marcadas para amanhã. Essa missão do FMI tem dois objetivos básicos: checar o cumprimento das metas do programa com o Brasil referentes ao quarto trimestre de 2002 e fazer uma análise sobre a economia nos termos previstos no artigo 4º do estatuto da instituição. (Jornal do Commercio - 11.02.2003)

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10- Dólar ontem e hoje

O dólar comercial mantém a queda de 0,61% nesta manhã, em relação ao fechamento de ontem. Às 10h04m, a moeda americana era negociada a R$ 3,553 na compra e R$ 3,563 na venda. O mercado respira aliviado a possibilidade de os Estados Unidos adiarem o ataque ao Iraque. Ontem, a moeda terminou com estabilidade e era negociado a R$ 3,5800 na compra e a R$ 3,5850 na venda. O fechamento foi muito próximo da mínima do dia verificada a R$ 3,5820 na venda. (O Globo e Valor Online - 11.02.2003)

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gás e termoelétricas

1- Petrobras quer rever condições de compra do gás boliviano

A Petrobras vai aproveitar uma brecha no contrato de importação do gás boliviano para forçar uma revisão das condições de compra do produto. Segundo o diretor de gás e energia da estatal, Ildo Sauer, o contrato prevê uma revisão periódica das condições de fornecimento e a empresa já enviou uma carta à estatal boliviana YPFB, responsável pela venda do gás ao Brasil, solicitando a revisão. O Brasil vem tentando há pelo menos dois anos reduzir o preço do gás importado para viabilizar o mercado consumidor brasileiro. Sauer disse que o objetivo da negociação com a Bolívia será conferir maior flexibilidade ao contrato. Segundo o acordo entre os dois países, a Petrobras é obrigada a pagar por um volume específico de gás mesmo que não consuma este volume, segundo uma cláusula chamada "take or pay". "O contrato com a Bolívia não prevê apenas a compra de gás, mas também o desenvolvimento do mercado nos dois países. E isto não está ocorrendo, pois o alto preço e a inflexibilidade estão segurando o crescimento do mercado brasileiro. Então vamos sentar e discutir as condições", informou o executivo. (Estado de São Paulo - 11.02.2003)

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2- Governo anterior tentou rever o contrato sem sucesso

O governo Fernando Henrique Cardoso vinha tentando rever o contrato, principalmente com relação ao preço, no campo diplomático, mas não obteve sucesso. O diretor de gás e energia da estatal, Ildo Sauer, disse que só agora venceu o prazo para a renegociação e, por isso, este artifício ainda não havia sido lançado. A discussão entre as duas empresas, que vai tratar de preço, prazo e volume, ainda está no nível técnico, mas deve ser estendida ao nível diplomático no futuro. O diretor da Petrobras disse ainda que a empresa está reavaliando todos os contratos das térmicas que a empresa tem participação. A estatal participa de duas formas: ou é acionista ou garante a compra de parte da energia. Nesta última modalidade, vem garantindo a quatro usinas uma rentabilidade mínima, mesmo que estas não gerem energia. Por isso, provisionou perdas de US$ 205 milhões em seu balanço para perdas com geração de energia. (Estado de São Paulo - 11.02.2003)

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internacional

1- Agencia Fitch rebaixa Iberdrola

A agencia de avaliação, Fitch, rebaixou segunda, a empresa de serviços públicos, Iberdrola, colocando os títulos de dívida da empresa de A+ para A-. A dívida da companhia ainda não foi reduzida e também não foi feita a rolagem da dívida. Mesma assim a companhia continua sendo a mais competitiva entre suas concorrentes. Iberdrola tem tentado controlar sua dívida e tomou precauções significativas para conseguir vender suas ações. Investimentos são esperados, financiados pelo próprio caixa da empresa. (Platts - 10.02.2003)

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2- Madrid admite adiar venda da Red Electrica

O secretário do estado espanhol da Energia, José Folgado, poderá adiar a venda dos 18,5% que o Estado controla na Red Electrica de España (REE) até o próximo ano. "Não quero que elas percam dinheiro", disse. Folgado disse, numa entrevista à Agência Reuters, que Madrid deverá, desta forma, disponibilizar mais tempo às elétricas Endesa, Iberdrola, Fenosa e Cantábrico, para cumprirem as exigências de redução da sua participação na REE dos atuais 10% para 3%. O governo espanhol tenciona, por outro lado, preservar a REE como "um monopólio natural" para garantir o fornecimento de energia a todo o país, mas pretende ao mesmo tempo reduzir a posição do Estado para sair do negócio de eletricidade. No que diz respeito à Enagás, a equivalente da REE no mercado de gás natural, Folgado defende o mesmo raciocínio. "A Enagás tem de garantir a operação tranquila da rede de transporte de gás nacional, independentemente de quem seja o proprietário", esclareceu. Sobre o mercado ibérico (MIBEL), cujo lançamento está marcado para o final deste ano, Folgado sublinhou que "o que é importante é que haja concorrência real e não o número de operadores". (Diário Económico - 10.02.2003)

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3- Governo da Argentina vai rever as privatizações de serviços públicos

Em sintonia com as promessas de campanha de vários candidatos à Presidência, o governo Eduardo Duhalde informou ontem que deve iniciar um processo de revisão dos contratos das empresas de serviços públicos privatizadas. O ministro da Produção, Aníbal Fernández, disse que o objetivo não é reestatizar as empresas, e sim exigir que os contratos sejam cumpridos. A jogada de Duhalde é simples: apoiar a posição do governador de Santa Cruz e candidato à Presidência, Néstor Kirchner, e, ao mesmo tempo, diferenciar-se do ex-presidente e também candidato Carlos Menem. Durante a era menemista, a Argentina tornou-se o país mais privatizado da América Latina. Todas as empresas que pertenciam ao Estado foram vendidas, o que rendeu ao país cerca de US$ 35 bilhões. No entanto, os recursos das privatizações não impediram que a dívida pública do país aumentasse 90% no governo Menem. (O Globo - 11.02.2003)

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4- REP vai investir US$15 mi em 2003

A companhia de transmissão peruana Red de Energía de Peru (REP) vai investir US$15 mi em 2003, disse Carlos Naranjo, CEO da empresa. Os gastos vão se concentrar em trocas condutores na linha Lima-Chimbote, melhoras a segurança do sistema no sul do país e preparativos para a interligação com o Equador, que deve acontecer até setembro de 2004, disse Naranjo. Em junho de 2002, a REP ganhou duas concessões de trinta anos para operar os sistemas de transmissão das empresas estatais Etesur e Etecen. A documentação para uma série de linhas não estava pronta para ser incluída na concessão da REP, quando os contratos foram assinados, disse Naranjo. Essas linhas estão gradualmente sendo incluídas nas concessões da REP. Como parte deste processo, o governo formalmente transferiu mais três linhas no final de janeiro: Socabaya-Cerro Verde (11,3km, 138kV), Talara-Piura Oeste (104km, 220kV) e Talara-Zorritos (138km, 220kV). A Etesur operava a primeira linha e a estatal Electroperu operava as outras duas. A REP é controlada pelas empresas do setor de energia colombiano ISA, EEB e Transelca. (Business News America - 10.02.2003)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

Jan de Souza Nissen, João Paulo Cuenca, Patricia Vance e Rubens Rosental - Economistas

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros e Daniel Pereira Santos

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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