1- Governo fará licitação para novas linhas de transmissão
ainda em 2003 |
Para evitar um novo
racionamento em caso de falta de chuvas, o governo decidiu realizar,
ainda este ano, licitação para novas linhas de transmissão, especialmente
nas interligações Sul-Sudeste e Sudeste-Nordeste. A decisão foi
resultado de reunião, ontem, entre os ministros de Minas e Energia,
Dilma Rousseff, e do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. Durante
os nove meses de racionamento de 2001 e 2002, que atingiu os estados
do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, sobrou energia no Sul do
país. Os reservatórios das usinas do Sul verteram água, o mesmo
que jogar energia fora, porque ela não podia ser enviada para
as outras regiões por falta de transmissão. (O Globo - 04.02.2003)
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2- Edital da Expansão da Interligação Sul-Sudeste deve
sair no primeiro semestre |
O programa de licitação de linhas de transmissão da Aneel prevê
a publicação, no primeiro semestre deste ano, do edital da Expansão
da Interligação Sul-Sudeste - que inclui as linhas Londrina-Assis
e Assis-Araraquara, além da subestação de Assis. Esta linha permitirá
o transporte de mais 450 MW médios, energia suficiente para atender
450 mil consumidores. Outra importante interligação que será licitada
é a Teresina II-Sobral III e Sobral III-Fortaleza II, que permitirá
o transporte de 400MW médios. No total, deverão ser licitadas
14 linhas de transmissão. (O Globo - 04.02.2003)
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3- Audiência sobre ato regulamentar dos contratos do
grupo A acontece este mês |
A audiência pública para o aprimoramento do ato regulamentar sobre
os contratos do grupo A será realizada no dia 26 de fevereiro
na sede da Aneel, em Brasília. As contribuições poderão ser enviadas
até o dia 21 de fevereiro. O ato regulamentar, que será expedido
pela agência, estabelecerá as condições para a celebração dos
contratos distintos para a conexão, para o uso do sistema de transmissão
ou distribuição e para a compra de energia para consumidores do
grupo A. (Canal Energia - 04.02.2003)
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4- Aneel: mais da metade dos novos projetos de geração
estão em atraso |
Segundo cálculos da Aneel, do total de projetos de geração autorizados,
179 obras estão em atraso. Outras 108 estão sendo implantadas
em dia e apenas sete estão com o cronograma adiantado. Dos 6.244
MW previstos para ser implantados no país neste ano, apenas 4.700
MW deverão efetivamente entrar em operação. (Valor - 05.02.2003)
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5- Pinguelli fala sobre novo modelo para o setor |
O Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a direção
da Eletrobrás estão implementando um novo modelo para o setor
energético. Ele envolve os setores privado e estatal, sendo que
um de seus aspectos principais será a inversão da expectativa
de alta taxa de retorno dos investimentos no setor a curto prazo,
o que causou perdas importantes para alguns investidores estrangeiros,
europeus e americanos. As informações foram dadas em Paris pelo
presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa. "Queremos mudar
para uma situação nova, na qual poderemos ter um baixo risco e
uma taxa de retorno do investimento menor, mas com maior segurança".
(Jornal do Commercio - 05.02.2003)
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1- Segundo Pinguelli, não haverá apagão no curto prazo |
Luiz Pinguelli Rosa, presidente da Eletrobrás, descartou a possibilidade
de apagão no curto prazo, lembrando que a orientação do presidente
Lula é de evitar o estrangulamento do crescimento econômico por
causa da energia elétrica. O presidente da Eletrobrás admite,
entretanto, o perigo de um novo apagão em dois ou três anos se
não houver crescimento ou investimentos no setor. (Jornal do Commercio
- 05.02.2003)
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2- Consumo no SE/CO registra crescimento de 4,98% |
O subsistema Sudeste/Centro-Oeste teve um crescimento de 4,98%
no consumo de energia na comparação entre a última segunda-feira,
dia 3 de fevereiro, e o dia 27 de janeiro. Segundo dados do ONS,
a elevação foi de 1.280 MW, passando de 25.673 MW para 26.953
MW. A região Sul continua registrando alta no consumo de energia.
No dia 3 de fevereiro, o subsistema teve um consumo de 8.276 MW,
uma elevação de 8,18%, enquanto no Norte consumiu 2.653 MW, um
ligeiro crescimento de 11 MW em comparação com o dia 27 do último
mês. O subsistema Nordeste registrou queda de 2,06% no consumo
de energia, indo de 6.138 MW para 6.011 MW. O resultado influenciou
no volume acumulado, que chegou a 5,5% abaixo da meta prevista.
Em relação à curva de aversão ao risco no Sudeste/Centro-Oeste,
o volume acumulado também está 10,26% abaixo do patamar estabelecido
pelo ONS. (Canal Energia - 04.02.2003)
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3- Nível de armazenamento da usina de Tucuruí chega
a 52,48% |
O volume da região Norte subiu 1,37% em um dia. O índice representa
um aumento de 1,37% nos reservatórios em um dia. A usina de Tucuruí,
a maior da região, está com 52,48% da capacidade. (Canal Energia
- 04.02.2003)
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4- Capacidade de armazenamento chegou a 36,78% no Nordeste |
O nível de armazenamento dos reservatórios do submercado Nordeste
está em 36,78%, um crescimento de 0,67%. O volume está 19,46%
acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho
está com índice de 30,94%. (Canal Energia - 04.02.2003)
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5- Nível de armazenamento do submercado Sudeste/Centro-Oeste
está em 64,23% |
Com um aumento de 0,79% nos índices, a capacidade chegou a 64,23%
no subsistema Sudeste/Centro-Oeste. O valor está 36,02% acima
da curva de segurança. A usina de Furnas registra 86,77% da capacidade,
enquanto Nova Ponte está com 52,58%. (Canal Energia - 04.02.2003)
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6- Volume da região Sul tem variação negativa de 0,37%
em um dia |
A região Sul foi a única a apresentar redução nos índices de armazenamento
dos reservatórios, com uma variação de 0,37%. O nível atual está
em 84,65%. A usina de Salto Santiago registra índice de 87,41%.
(Canal Energia - 04.02.2003)
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7- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Investimento em energia cai e encomendas escasseiam |
A paralisia dos investimentos em projetos de energia já tem reflexos
na indústria de equipamentos elétricos, que está sem encomendas
há praticamente seis meses. A redução média projetada pelos executivos
é de 10% nos pedidos em 2003. Sérgio Parada, vice-presidente da
Voith Siemens Hydro, fabricante de geradores hidrelétricos , diz
que está faturando as encomendas feitas há dois anos. Se o quadro
persistir, diz ele, a companhia poderá ter de reduzir sua capacidade
produtiva e demitir funcionários. A Siemens, que produz turbinas
para termelétricas, sentiu a queda no número de pedidos se acentuar
no último trimestre, segundo o diretor de energia da multinacional,
Newton Duarte. Por conta da sobra momentânea de energia e da troca
de governo, os investimentos em novos projetos sofreram uma queda
de pelo menos 10% no ano passado, segundo cálculos preliminares
da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base
(Abdib). O presidente da entidade, José Augusto Marques, estima
que em 2002 ocorreu, pela primeira vez desde 1996, uma retração
nos investimentos em infra-estrutura em relação ao ano anterior.
O cenário para os próximos anos também é pessimista: dados iniciais
indicavam que o volume de capital aplicado na área elétrica entre
2003 e 2004 ficaria em US$ 16 bilhões. Agora, a estimativa é de
que a soma fique em US$ 10 bilhões.(Valor - 05.02.2003)
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2- Segundo companhias, cenário regulatório indefinido
é uma das causas para paralisia dos investimentos |
A indefinição do cenário regulatório e a sobra de energia no país,
que hoje é de 3 mil MW, foram apontados como alguns dos motivos
na paralização dos investimentos em geração de energia elétrica.
É o caso da americana Duke Energy, que decidiu suspender investimento
de US$ 300 milhões na construção de três termelétricas: Puerto
Suárez (na Bolívia) e Corumbá - com capacidade de gerar 88 MW
cada, e Pederneiras, no interior de São Paulo, com capacidade
de gerar 500 MW. Por conta das mesmas indefinições, o grupo Eletricidade
de Portugal (EDP) congelou investimento de US$ 250 milhões que
pretendia fazer para construir uma térmica de 550 MW em Araraquara.
O presidente do grupo, Eduardo Bernini, disse na ocasião que a
negociação da energia produzida por térmicas precisa de regras
específicas, diferentes daquelas que são válidas para hidrelétricas.(Valor
- 05.02.2003)
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3- Projetos hidrelétricos sofrem com queda de investimentos |
A suspensão dos investimentos também acabou atingindo novos projetos
hidrelétricos licitados em 2001 e em 2002, bastante disputados
na época e que chegaram a registrar ágios de 3.000% nos leilões
de concessão. É o caso da usina de Santa Isabel, no rio Araguaia,
de 1.087 MW de potência, que adiou o início das obras e ainda
está sem licença ambiental. A concessão da hidrelétrica foi arrematada
em 2001 pelo consórcio formado entre os grandes consumidores,
a Votorantim, Billiton, Alcoa e Vale do Rio Doce, que chegaram
a pagar ágio de 1.700%. O início de outras obras hidrelétricas
já licitadas, como Estreito, do mesmo consórcio que arrematou
Santa Isabel; Serra do Facão, do consórcio entre Alcoa, CBA, DME
Energética e Votorantim; e Peixe Angical, do grupo EDP ainda não
saíram do papel. (Valor - 05.02.2003)
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4- Iberdrola adia projetos de novas geradoras |
A espanhola Iberdrola decidiu reduzir em 1,2 bilhão de euros os
investimentos na América Latina de 2002 a 2006. No novo orçamento,
a região receberá 2,4 bilhões de euros. A revisão foi feita numa
apresentação do programa total de 12 bilhões de euros em aportes
nesses cinco anos. No Brasil, os investimentos serão limitados
à manutenção da rede de distribuição. Projetos de novas geradoras
previstos para o nordeste serão adiados. A orientação prevê que
os investimentos no Brasil sejam feitos com o caixa gerado localmente
e que a dívida das subsidiárias no país seja denominada em reais
para escapar das variações cambiais. A Iberdrola também é acionista
da Guaraniana, holding que controla as distribuidoras Coelba (BA),
Celpe (PE) e Cosern (RN). (Valor - 05.02.2003)
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5- Alliant Energy teve prejuízo no Brasil |
A americana Alliant Energy informou ontem que os investimentos
no Brasil geraram um prejuízo de US$ 47 milhões no ano passado,
ante a perda de US$ 24 milhões registrada em 2001. O resultado
foi atribuído a perdas na geração de energia termoelétrica, despesas
relacionadas ao racionamento de energia e aumento das taxas de
juros. A Alliant tem participação no capital da Cataguazes-Leopoldina
e nos projetos das térmicas de Juiz de Fora e Termosergipe. Em
2002 a Alliant anunciou a suspensão dos investimentos no Brasil
e disse que poderia deixar o país. Agora, a companhia não mencionou
a possibilidade em seu relatório anual e afirmou contar com melhores
resultados no país. (Valor - 05.02.2003)
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6- Pinguelli acredita que grupo EDF não vai deixar
o Brasil |
Depois de conversar com o diretor de estratégia do grupo EDF (Light),
Gerard Creuzet, em Paris, convidando-o para participar de uma
reunião a fim de detalhar o projeto, no próximo dia 25, no Rio,
Luiz Pinguelli Rosa, presidente da Eletrobrás, disse que não acredita
que o grupo EDF possa deixar o Brasil. Na sua conversa na sede
da EDF, Pinguelli tentou convencer a direção da empresa que, com
o clima de confiança criado com a eleição de Lula e a expectativa
de crescimento brasileiro, mas também do próprio mercado de energia,
apesar das ameaças de guerra, a Light e a EDF poderão reverter
as perdas no País. Um grupo de trabalho já foi criado na Eletrobrás
e outro no Ministério de Energia com esse objetivo, sendo que
algumas medidas poderão ser imediatas. (Jornal do Commercio -
05.02.2003)
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7- A AES e a privatização do SEE |
Na avaliação de José Said de Brito, ex-presidente do DNAEE, dependendo
da ação do BNDES no caso da AES, poderá ocorrer reestatização
do SEE, pois muitas outras empresas do setor estão em situação
análoga à AES. Para ele dependerá do governo a presença do capital
privado no setor. José Said considera que, com o endividamento
da AES e a queda da receita em virtude da diminuição do consumo
no pós-racionamento, "rolar poderá significar empurrar o problema
para frente". A AES passa por situação difícil. "Em um caso como
esse, ou o controlador coloca mais dinheiro ou tenta rolar os
compromissos", afirmou. Ele disse que a AES já anunciou que não
investirá mais no País. (O Estado de São Paulo - 04.02.2003)
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8- CPFL mantém investimentos até 2007 |
A CPFL Energia, maior empresa privada do setor elétrico brasileiro
com capital nacional - controlada pela VBC Energia, grupo que
concentra 36,2% das ações -, manterá os investimentos em geração
nos próximos cinco anos. A informação é do presidente da companhia,
Wilson Ferreira Júnior. O atual excesso de oferta, situação criada
ainda pelos efeitos do racionamento de 2001 e pelo baixo rendimento
da economia, não diminuirá a marcha dos projetos. A companhia
também não descarta a disputa por novos aproveitamentos hidrelétricos.
Para cumprir os cronogramas, a empresa, responsável pelo atendimento
de 11,7% da demanda de energia no Brasil, quer completar até o
final deste trimestre operações para empréstimo de R$ 1 bilhão,
a fim de viabilizar o crescimento da capacidade de geração própria
de hidroeletricidade. Em 2007, quando os projetos concebidos hoje
estiverem em operação, a capacidade instalada saltará dos atuais
800 MW para 2,379 mil MW. Os investimentos totais previstos para
erguer os quatro projetos hidrelétricos (Barra Grande, Foz do
Chapecó, Campos Novos e o Complexo Ceran) deverão chegar a R$
2 bilhões. A principal negociação em curso para a busca dos recursos
é com o BNDES. A segunda fonte acessada é o BID. (Gazeta Mercantil
- 04.02.2003)
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9- CPFL Energia cogita abertura de capital |
Além de buscar recursos de longo prazo - carência média de 15
anos - junto às instituições financiadoras de infra-estrutura,
a CPFL Energia também considera a abertura de capital tanto no
mercado brasileiro, com o lançamento de ações nível 3 na Bovespa,
quanto no mercado internacional (ADRs). O prazo para estas emissões
não está definido, nem os montantes, uma vez que além dos recursos
necessários para a construção de Foz do Chapecó o grupo não descarta
a possibilidade de agregar novas licenças para aproveitamentos
hidrelétricos. Por enquanto, a questão é tratada internamente.
Uma consultoria interna trabalha no assunto. (Gazeta Mercantil
- 04.02.2003)
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10- Cemig vai pagar dívida com financiamento do BNDES |
A Cemig quitará sua dívida junto ao MAE nos próximos dias. Foi
assinado ontem o contrato de financiamento junto ao BNDES, de
R$ 335 mi. Esse dinheiro será totalmente utilizado para pagar
os cerca de 40 credores da estatal mineira no MAE. O principal
deles é a Tractebel, que tem a receber R$ 61 mi. O diretor de
Finanças da Cemig, Cristiano Corrêa de Barros, informou que o
contrato assinado entre as partes foi enviado à Aneel, que deve
autorizar a operação nos próximos dias. O valor inicial da dívida
da Cemig com o MAE era de R$ 793 mi. A empresa conseguiu, por
meio de liminar, o direito de ser enquadrada no processo de contabilização
do mercado atacadista como geradora de energia e não só distribuidora.
Com isso, a dívida foi reduzida em R$ 122 mi, caindo para R$ 671
mi. Nessa primeira fase de liquidação, realizada em 30 de dezembro,
as empresas teriam de pagar 50% da dívida total. No caso da Cemig,
R$ 335 mi. O diretor da Cemig informou que a empresa está negociando
com os agentes credores das transações para a eliminação da inclusão
da multa de 5% corrigida pelo IGP-M e os juros de mora de 1% ao
dia sobre os valores em atraso. (O Estado de Minas - 05.02.2003)
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1- Leilão da União Comercializadora colocará à venda
560 MW médios |
Depois dos insucessos do ano passado, um novo leilão de energia
testará o poder comprador do mercado. A União Comercializadora
de Energia Elétrica colocará à venda no próximo dia 18 de fevereiro
560 MW médios, destinados aos mercados do Sudeste e Nordeste.
Os contratos serão de um, dois ou três anos, para 2003, 2004 e
2005. Segundo o edital, o leilão é aberto à participação de distribuidoras,
comercializadoras, consumidores livres e geradores de energia
(produtores independentes e autoprodutores). Para realizar o negócio,
a comercializadora utilizará a plataforma eletrônica para leilão
desenvolvida pela CMA Consultoria Métodos Assessoria Mercantil,
já utilizada em outros segmentos, como o agrícola. Fazer o primeiro
leilão no novo governo e num momento de baixa de consumo e sobra
de energia (estima-se uma excesso de 3,5 mil MW) não preocupa
Franciso Lavor, diretor-presidente da União Comercializadora.
"O negócio leva em conta este quadro. Se em 2003 a situação é
mais restrita, em 2004 e 2005 o panorama fica diferente", diz
o executivo, acreditando que para os lotes de 2003 os preços fiquem
deprimidos. (Canal Energia - 04.02.2003)
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2- CPFL atinge recorde de compra de energia de cogeradores
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A CPFL Paulista atingiu o recorde histórico de compra de energia
proveniente de cogeração. Somente neste ano, os contratos assinados
pela empresa já somam 1,250 milhão de MWh. Em 2002, o volume chegou
a 400 mil MWh. Outro recorde é que a distribuidora já conseguiu
atingir a meta prevista anteriormente, que era chegar em 2003
com 7% da carteira representada por cogeração. No grupo CFPL Energia,
esse percentual está em torno de 4%. "Isso prova que conseguimos
viabilizar o programa de cogeração no país. O resultado é bom
para todos: diminuímos o risco de possíveis desabastecimento de
energia e aumentamos o mercado de cogeração", afirma José Antônio
Sorge, diretor de Compra e Venda de Energia do Grupo CPFL Energia.
(Canal Energia - 04.02.2003)
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1- BC e a estimativa da balança comercial |
A projeção do resultado da balança comercial para este ano feita
pelo Banco Central não leva em consideração as principais ameaças
em relação às contas externas brasileiras, tais como uma eventual
guerra entre os Estados Unidos e o Iraque ou a possibilidade de
uma nova disparada do dólar. O BC estima que o país conseguirá
um superávit comercial de US$ 15 bi em 2003. No ano passado, o
país fechou o ano com um saldo de US$ 13,130 bi, o melhor resultado
dos oito anos de governo do presidente FHC. Para fazer as projeções,
o BC pressupõe que os resultados ocorridos nos últimos meses vão
se manter de agora em diante. Para chegar aos US$ 15 bi de superávit
em 2003, o BC tirou a média dos saldos obtidos entre novembro
e dezembro de 2002. Por acreditar que o número seria muito otimista,
foi arredondado para baixo, chegando-se aos US$ 15 bilhões. "Esse
procedimento, embora simples, é eficiente, se comparado a métodos
mais sofisticados de projeção, para horizontes que não ultrapassem
dois anos", diz o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir
Lopes. (Folha de São Paulo - 05.02.2003)
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2- Guerra rápida faria governo não intervir no câmbio
e na gasolina |
O governo não pretende intervir no mercado de câmbio nem no preço
da gasolina caso a provável guerra dos EUA contra o Iraque seja
rápida. Por conflito rápido, leia-se inferior a dois meses, segundo
avaliação da comissão interministerial criada para planejar medidas
que minimizem os efeitos da guerra no Brasil. No chamado "Plano
A" do governo, a principal preocupação é com o impacto no câmbio,
muito mais do que com o preço da gasolina. Na comissão montada
por Lula, avalia-se que a cotação do dólar possa atingir o patamar
de R$ 4. O governo chegou a essa conclusão porque esse patamar
foi alcançado no auge da crise cambial que ocorreu durante a campanha
eleitoral de 2002. Ou seja, seria uma espécie de fundo do poço
da cotação do real, crê o governo. O cenário do "Plano B", brinca
um ministro que pede para ter o nome preservado, é incapaz de
ser previsto até por Bush. (Folha de São Paulo - 05.02.2003)
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3- Fazenda deverá adotar "programa de imunização" |
Na avaliação de Octaviano Caputo, secretário de Assuntos Internacionais
do Ministério da Fazenda, o governo deverá cumprir agenda de reformas,
chamada de "programa de imunização" para enfrentar os impactos
da iminente guerra entre os EUA e o Iraque. São medidas estruturais
e de longo prazo, mas que começariam desde já a tornar o país
menos vulnerável a choques externos, devido aos efeitos positivos
que gerariam sobre as expectativas dos mercados. Não há esperança
de sair incólume da turbulência financeira esperada em caso de
guerra. O que se quer, de imediato, é atenuar, sem intervenções,
a alta e as oscilações do dólar e do risco-país. A base da agenda
é conhecida: são as reformas da Previdência e tributária, a Lei
de Responsabilidade Monetária (pela qual seria concedida a autonomia
operacional do Banco Central), a reformulação da Lei de Falências
e mais aperto nos gastos públicos. (Folha de São Paulo - 05.02.2003)
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4- Varejo faz novos reajustes e IPV sobe 4,68% em janeiro
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O comércio continuou reajustando fortemente seus preços em janeiro.
O Índice de Preços do Varejo (IPV), calculado pela Federação do
Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), registrou a expressiva
alta de 4,68% no mês passado. O índice é apenas 0,59 ponto percentual
inferior aos 5,27% registrados em dezembro. Uma queda muito pequena
para o movimento sazonal deste período. Em quatro meses, o IPV
acumula alta de 19,8%. Uma das causas dos reajustes tão altos
é o repasse da variação cambial. No varejo, o percentual da alta
do câmbio que chega ao preço final está quase tão alto como o
do atacado. Em 2002, a variação cambial foi de 52,27% - e 56%
deste total foi parar nos preços ao consumidor, explica o diretor-executivo
da Fecomércio, Antônio Carlos Borges. Se a comparação é feita
com os preços no atacado, o percentual de repasse foi apenas um
pouco maior: 62%. "O contágio cambial foi mais alto que em outros
momentos", avalia o diretor-executivo da Fecomércio. (Valor -
05.02.2003)
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5- Divulgação da nova meta fiscal é adiada |
O anúncio da nova meta de superávit primário e do contingenciamento
do Orçamento Geral da União para este ano foi adiado para a próxima
semana. Os ministros da Fazenda, Antônio Palocci, e do Planejamento,
Guido Mantega, pretendem apresentar suas decisões na reunião ministerial
convocada pelo presidente da República para segunda feira, dia
10, conforme informações do Palácio do Planalto. Na mesma ocasião,
a área econômica fará aos demais ministros uma avaliação dos impactos
na economia brasileira de um possível conflito entre EUA e Iraque.
Os técnicos da área econômica do governo trabalham com a hipótese
de um contingenciamento de cerca de 10% dos recursos discricionários
do orçamento. Ou seja, do total do orçamento não financeiro de
R$ 265,78 bi, sancionado pelo presidente da República, apenas
R$ 65,15 bi corresponde a despesas não obrigatórias, sobre as
quais o Executivo tem poder de alteração. Em valores absolutos,
porém, o contingenciamento será superior a R$ 6,5 bi porque todos
os números do orçamento estão sendo corrigidos com base numa taxa
de inflação mais elevada este ano do que prevista nas contas originais.
(Valor - 05.02.2003)
Índice
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O mercado de câmbio permanece pressionando a cotação do dólar,
que já supera os R$ 3,60. Às 10h14m, a moeda americana era negociada
por R$ 3,604 na compra e R$ 3,609 na venda, com avanço de 1,09%.
O volume de negócios é reduzido e as atenções estão todas voltadas
ao cenário externo, que aguarda o início da reunião do Conselho
de Segurança da ONU. Ontem, a moeda norte-americana fechou com
forte valorização de 1,56% e terminou o dia a R$ 3,5600 na compra
e a R$ 3,5700 na venda. O fechamento foi próximo da máxima do
dia, verificada a R$ 3,5730. (Valor Online - 05.02.2003)
Índice
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1- Projetos de Termoelétricas são os mais atingidos
com a suspensão dos investimentos |
A retração nos investimentos em energia é crítica nos projetos
termelétricos, que praticamente não saíram do papel em 2002. O
Programa Prioritário de Termoeletricidade (PPT), que previa aumento
da participação da energia térmica sobre o parque de geração instalado
no país dos atuais 9% para 16% até 2004, quando 10 mil MW seriam
injetados no sistema, foi quase totalmente paralizado. A americana
Duke Energy, decidiu suspender investimento de US$ 300 milhões
na construção de três termelétricas - Puerto Suárez (na Bolívia),
Pederneiras (interior de São Paulo) e Corumbá, e a EDP, adiou
a aplicação de US$ 250 milhões na construção da térmica de Araraquara
(SP). Mas a paralisia também atingiu novos projetos hidrelétricos
licitados há dois anos, como a a usina Santa Isabel - da Vale,
Votorantim, Alcoa e Billiton -, um investimento de US$ 2 bilhões.
(Valor - 05.02.2003)
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1- Eletrônicos têm o pior resultado do Real |
As vendas de produtos eletroeletrônicos em 2002 ficaram abaixo
das de 2001, ano da crise da Argentina e do racionamento de energia.
De acordo com números da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes
de Produtos Eletroeletrônicos), as vendas de produtos eletroeletrônicos
da indústria para o varejo somaram 31 milhões de unidades em 2002,
o que representa uma queda de 1,95% em relação ao ano anterior.O
resultado das vendas internas de eletroeletrônicos no último ano
do governo Fernando Henrique Cardoso foi o pior desde a criação
do Plano Real, em 1994, o mesmo ano em que a Eletros começou a
fazer a pesquisa. "As vendas de eletroeletrônicos voltaram ao
período pré-Real", diz Paulo Saab, presidente da Eletros. Esses
dados podem ajudar a explicar a dificuldade em restabelecer o
patamar da demanda de energia elétrica na fase pós racionamento,
já que o setor eletroeletrônico tem impacto nessa demanda. (Folha
de São Paulo e UFRJ - 05.02.2003)
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2- Demanda de energia elétrica tem queda estrutural
|
O exemplo do condomínio World Trade Center de São Paulo é sintomático
de uma mudança nos padrões e comportamento históricos da demanda
de energia elétrica no Brasil pós- crise do "Apagão". Este condomínio
investiu US$ 3 mi na compra de três geradores a gás para gerar
sua energia própria a partir de março de 2003. Exemplos como este
estão se multiplicando, principalmente no setor industrial. Eles
indicam que os patamares de demanda de energia elétrica mesmo
voltando aos níveis anteriores à crise, ocorreram com outras estruturas,
fato que tem obrigado as empresas distribuidoras a reverem seus
modelos de estimativa da demanda. (Folha de São Paulo e UFRJ -
05.02.2003)
Índice
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3- Arrozeiros podem ficar sem energia |
Cerca de 1,6 mil arrozeiros
do Rio Grande do Sul correm o risco de ficar sem energia elétrica
em razão de uma dívida de R$ 7 milhões com a CEEE. O corte de
energia estava programado para hoje, mas foi prorrogado para sexta-feira
para que os agricultores consigam financiamento para quitar o
débito. Conforme Artur Albuquerque, presidente da Associação Brasileira
da Cadeia Produtiva do Arroz (Abrarroz), apenas 25% dos agricultores
do Estado têm acesso a financiamento bancário. Ainda segundo ele,
o problema ocorre porque os produtores ficam descapitalizados
durante o período do plantio, mas há um compromisso dos arrozeiros
de pagar a dívida durante a comercialização da safra. Os representantes
do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) ficaram de retomar as
negociações com o Banrisul no início desta semana para acertar
o financiamento da dívida. A concessionária gaúcha, que atende
todo o sul do Estado, deu prazo até sexta-feira para que um acordo
seja fechado, caso contrário suspende a energia elétrica para
esses agricultores inadimplentes. Um acordo entre a concessionária
e o Banrisul foi extinto há dois anos, o que complicou as negociações
de pagamento de energia. (Valor - 05.02.2003)
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1- Chefe da FERC previne sobre participação do governo
americano no mercado de energia |
O chairman da Federação Reguladora Americana (FERC), Pat Wood,
anunciou que não acredita que o governo deva se envolver nos preços
de energia ou obrigar as companhias a comercializar através de
casa de compensação. Wood se reuniu com 50 CEOs de companhias
de energia para discutir o equilíbrio do mercado, índices de preço
e os informes contábeis das empresas, mas disse que saiu preocupado
com a instabilidade do mercado. Ele acrescentou que é preciso
investir em infra-estrutura, para produzir energia através de
óleo e gás natural durante os próximos 18 meses e que é fundamental
que o mercado restabeleça sua credibilidade para atrair novamente
capital. (New York Times - 04.02.2003)
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2- Iberdrola vende 0,42% da Telefónica em bolsa |
A segunda maior companhia elétrica espanhola vendeu durante o
último trimestre de 2002 a participação de 0,42% que detinha na
operadora de telecomunicações, tendo realizado com esta operação
um encaixe de 193 milhões de euros. A Iberdrola aproveitou uma
ligeira recuperação dos títulos da Telefónica para vender as ações
a um preço médio de 9,83 euros. Com esta operação, a Iberdrola
fecha 2002 com 2,116 bilhões realizados em venda de ativos, de
acordo com a estratégia anunciada anteriormente pelo grupo. A
dívida do grupo energético espanhol cifrava-se no final de 2002
nos 10,95 bilhões de euros, contra os 11,552 bilhões em Setembro
do mesmo ano. (Diário Económico - 04.02.2003)
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3- Skanska e Odebrecht negociam contrato hidrelétrico
de 270MW |
A construtora sueca
Skanska e a brasileira Odebrecht estão negociando com a empresa
australiana Pacific Hydro os termos de um contrato de EPC para
o projeto hidrelétrico La Higuera (270 MW) no Chile, segundo um
porta-voz da Skanska. O consórcio Skanska e Odebrecht apresentaram
uma proposta preliminar pelo contrato de EPC em dezembro, estimada
em US$ 200 mi. Ao mesmo tempo, a Pacific Hydro está procurando
um novo parceiro para o projeto em substituição à empresa de engenharia
alemã Lahmeyer, disse o CEO da Pacific Hydro, Philip Van Der Riete.
É esperado dos potenciais parceiros dividir o custo de US$ 250
mi, disse Van Der Riete. Lahmeyer planeja sair do projeto em março,
depois que concluir a fase de projeto de engenharia. Embora empresas
estrangeiras estejam sendo consideradas, a Pacific Hydro preferiria
um parceiro local com conhecimento do mercado chileno, disse Van
Der Riete, acrescentando que as geradoras locais estão relutantes
a fazer novos investimentos diante das incertezas regulatórias
que reinam no momento. Mas a Pacific Hydro pode decidir ela mesma
tocar La Higuera, com apoio financeiro de investidores internacionais
já comprometidos com o projeto, acrescentou Van Der Riete. (Business
News America - 04.02.2003)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
Jan Nissen,
João Paulo Cuenca, Patricia Vance e Rubens Rosental - Economistas
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Bruno
Negreiros e Daniel Pereira Santos
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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