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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.044 - 03 de fevereiro de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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FMI e os Investimentos no SEE

O governo está iniciando negociações com o FMI para que os investimentos realizados pelas empresas públicas do SEE não façam parte do cálculo do superávit primário do setor público. Atualmente, qualquer investimento realizado age negativamente sobre o superávit primário, limitando e inibindo a capacidade de investimento destas empresas. O governo FHC assumiu este compromisso com o FMI para poder ter acesso às linhas de empréstimos necessárias ao fechamento do balanço de pagamento. Além disto, o Consenso de Washington tinha na privatização das empresas estatais uma das suas principais metas. Nestes termos, pode-se deduzir que a restrição ao investimento destas empresas, imposta pelo FMI, atuava como uma política de incentivo à venda destas empresas. No SEE a adoção desta regra contribuiu decisivamente para o “Apagão”. O atual governo tem argumentos para conseguir mudança desta regra, pois (a) a privatização no SEE não é mais prioridade; (b) a retomada do crescimento econômico irá impactar a demanda por eletricidade; (c) a ampliação da capacidade geradora-transmissora das estatais tende a diminuir a pressão inflacionária. Por último, destaca-se o fato do FMI ter iniciado com o governo FHC negociações para retirar os investimentos da Petrobrás desta regra, utilizando-se o argumento da taxa de retorno da estatal. Este mesmo argumento pode ser utilizado atualmente para o SEE. Com a estratégia de realizar parcerias com agentes econômicos privados nos novos investimentos em geração e transmissão, o uso da taxa de retorno será utilizado como critério para tomada de decisão. A alteração desta regra terá um papel importante no processo de reestruturação do SEE, aumentando os investimentos das estatais, base central para a criação de mais capacidade instalada. (Editor IFE-UFRJ - 03.02.2003)

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regulação

1- Itaipu estuda dólar fixo anual para distribuidoras

As tarifas de Itaipu poderão ter um preço fixo, ou "dólar único", com vigência de um ano para aliviar o impacto de oscilações cambiais nos preços da energia. A estratégia vem sendo estudada pelo governo, segundo informação do presidente da empresa, Jorge Samek. Outra medida que está sendo estudada é uma redução de tarifas em 2004, em dólar, graças ao ganho de escala conseguidos com novos 1.400 MW que vão entrar em operação em 2004. Para conseguir um valor único durante um ano para a tarifa em dólar da hidrelétrica, existe a idéia de fixar uma taxa de câmbio para as compras mensais das distribuidoras. A diferença seria quitada no reajuste anual das tarifas dessas empresas. Outra possibilidade seria a constituição de um fundo de "hedge". O sistema é semelhante ao criado pela Petrobrás para absorver o efeito do câmbio sobre o gás fornecido pela Bolívia, pelo qual as altas não são repassadas automaticamente à tarifa de geração elétrica. Samek afirmou que o preço da energia de Itaipu deverá voltar a cair em 2004 e 2005. No fim do ano passado, o preço caiu de cerca de US$ 32 por MWh para US$ 29 por MWh, com o repasse de ganhos de eficiência na geração. De acordo com Samek, com os aumentos previstos na potência da usina a partir do próximo ano, o preço cairá novamente, pois ele é cobrado de forma proporcional à potência. Itaipu é responsável por 24% da energia consumida no país e pelo abastecimento de 70% do PIB brasileiro. (Valor - 03.02.2003)

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2- Novo modelo para setor elétrico deve sair em um ano

O grupo de estudo criado pela Eletrobrás para propor o novo modelo do setor elétrico ao Ministério das Minas e Energia terá a participação de diversos agentes do mercado e só deverá concluir os trabalhos em um ano. Entretanto, Roberto D'Araújo, que coordena o grupo, explica que a idéia é de que, à medida que os acordos forem sendo firmados, as mudanças sejam implementadas. A primeira questão que o grupo deverá discutir, segundo D'Araújo, será a fórmula de cálculo dos preços do MAE. Atualmente, os preços do MAE seguem uma fórmula que leva em consideração os níveis dos reservatórios das hidrelétricas e podem variar de R$ 4 a R$ 684 por MWh. D'Araujo, que é diretor do Instituto Ilumina e membro do novo conselho administrativo de Furnas, ressalta que a fórmula é absurda e que os preços atuais de R$ 4 por MWh não remuneram nem os custos das hidrelétricas que têm os investimentos amortizados. Na opinião do especialista, a mudança da fórmula de preço do MAE já trará maior segurança às empresas. (Jornal do Commercio - 03.02.2003)

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3- Aneel recebe contribuições para Atlas de energia

Até o dia 28 de fevereiro, a Aneel estará recebendo sugestões para o Atlas de Energia Elétrica do Brasil, publicado em 2002 e que será reeditado este ano. Os interessados encontram o questionário de avaliação e sugestões no próprio site da agência (www.aneel.gov.br), junto com o Atlas. O Atlas, elaborado pela Superintendência de Estudos e Informações Hidrológicas da agência, traz uma ampla radiografia do setor, reunindo dados e informações sobre potenciais de geração. A publicação inclui ainda informações sobre fontes convencionais e alternativas, empreendimentos de geração e transmissão, além de dados sobre o consumo e demanda de energia nas diversas regiões e por setores de atividade. (Canal Energia - 31.01.2003)

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4- Elio Gaspari: Conta elétrica

Publicado na coluna editada por Elio Gaspari na FSP e O Globo: " Doeu na alma da burocracia do BNDES o tamanho da encrenca da privatização do setor elétrico. É grande no tamanho e na qualidade. O comprometimento do banco é coisa de bilhão de dólares. No caso da Light, por exemplo, é quase impossível a EDF dizer que não conhecia a cumbuca em que se metia. Primeiro, porque comprou a mercadoria num leilão. Segundo, porque o edital do leilão foi desenhado e mudado ao sabor dos interesses dos prováveis compradores. Um dos acertos foi lisamente encaminhado pelo próprio presidente francês, Jacques Chirac. Inicialmente, não se aceitavam moedas podres. Mudou-se até mesmo o sistema de cálculo dos reajustes tarifários. Tudo para ficar bonitinho." (FSP e O Globo, 02.02.2003)

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risco e racionamento

1- Consumo na região Sul registra aumento de 1,93%

O consumo de energia elétrica no subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrou queda de 3,7% na última quinta-feira, dia 30 de janeiro, em comparação ao dia 23. Segundo dados do ONS, as regiões consumiram 26.256 MW. A região Sul (8.236 MW) teve elevação de 1,93% na demanda de energia, chegando a 8.236 MW. Já o Norte que registrou um crescimento de 1,53%, passando de 2.614 MW para 2.654 MW. No subsistema Nordeste, o consumo de energia elétrica apresentou queda de 0,57%, com uma demanda de 6.193 MW. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume acumulado cresceu no Nordeste e no Sudeste/Centro-Oeste em 2,46% e 1,42%, respectivamente. Na primeira região, o volume passou de 3,51% para 1,05 acima do estabelecido pelo ONS, enquanto na outra aumentou de 1,83% para 3,25% abaixo do previsto pelo operador. (Canal Energia - 31.01.2003)

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2- Hidrelétrica do Funil atinge 82,75% da capacidade de armazenamento

A Usina de Funil, localizada no município de Resende, no Rio de Janeiro, está vertendo 100 metros cúbicos por segundo de água desde quarta-feira, dia 29 de janeiro, devido ao alto nível do seu reservatório. Com o patamar de 82,75%, a hidrelétrica está gerando 190 MW, o máximo é 216 MW. O empreendimento de Furnas, localizado no Salto do Funil, permite a regularização do volume da vazante do rio Paraíba do Sul na área, controlando a intensidade das cheias nas cidades próximas. (Canal Energia - 31.01.2003)

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3- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- AES declara "default"

A holding AES Elpa, controladora da Eletropaulo, divulgou Fato Relevante (que estaremos distribuindo por e-mail) onde expressa a incapacidade de pagamento de parcela de US$ 85 mi de sua dívida com o BNDES. As duas holdings que controlam a empresa - AES Elpa detém o controle das ações ordinárias e a AES Transgás, das ações preferenciais, com cerca de 70% do capital - têm dívida em torno de US$ 1,1 bi com BNDES. O presidente da Eletropaulo afirmou que será muito difícil pagar essa dívida, mas que espera fechar o acordo para reescalonamento desta dívida. Para a empresa, a causa do "default técnico" está associada à desvalorização do real, que impactou a dívida em dólar, e à queda de demanda derivada do racionamento imposto pela "Crise do Apagão". (Folha de São Paulo - 01.02.2003)

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2- Negociação da AES com BNDES

Do ponto de vista legal, o BNDES pode assumir o controle da Eletropaulo, pois as cláusulas de empréstimo com as controladoras permitem esta possibilidade em caso de não pagamento do empréstimo. Está possibilidade implicaria em uma decisão política de grande impacto sobre a reestruturação do SEE, pois a grande maioria das empresas distribuidoras está com desequilíbrio econômico-financeiro devido à desvalorização do real e redução da demanda. Outras alternativas para a solução do problema podem ser: (a) entregar a usina termoelétrica de Uruguaiana (RGS) e (b) entregar a distribuidora de energia elétrica AES Sul. A repercussão das possíveis tendências da negociação entre AES e BNDES provocou alta expressiva das ações da Eletropaulo na BVSP. Analistas partiram do pressuposto de que o BNDES assumiria o controle da empresa para saneá-la e depois "devolvê-la" ao mercado. (UFRJ e Folha de São Paulo - 01.02.2003)

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3- Situação da Eletropaulo é mais fácil em 2003

Depois do aperto que enfrentou na segunda metade do ano passado para rolar sua dívida, a Eletropaulo tem em 2003 uma situação financeira mais tranqüila. A distribuidora tem a pagar até dezembro cerca de R$ 950 mi, contra mais de R$ 2,5 bi que venceram em 2002. "A Eletropaulo ainda tem dificuldades, mas a empresa fez progressos no ano passado e a saúde financeira melhorou muito", afirmou o presidente indicado da distribuidora, Steven Clancy. "O pior já passou", disse. O racionamento de energia causou perdas de US$ 450 mi à empresa entre 2001 e 2002, o que comprometeu o caixa que seria utilizado no pagamento de dívidas. Esse valor foi parcialmente coberto pelo empréstimo do BNDES referente ao acordo geral do setor elétrico. Desde que a AES assumiu o controle da Eletropaulo, em leilão de privatização em 1998, o endividamento real da distribuidora cresceu US$ 800 mi, incluindo o reconhecimento do passivo atuarial com a Fundação Cesp, herdado dos tempos de estatal, no valor de R$ 2,4 bi. Desde sua venda, a Eletropaulo pagou US$ 318 mi em dividendos e investiu US$ 840 mi na rede de distribuição. "O racionamento reduziu a necessidade de investimentos, mas continuaremos fazendo o que for necessário", disse Clancy. (Valor - 31.01.2003)

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4- Planos de expansão estão em compasso de espera

Com importantes empresas anunciando a suspensão de novos projetos por causa das indefinições das regras do setor elétrico, os planos de expansão da capacidade de geração de energia, principalmente a termelétrica, estão praticamente paralisados. Pelo menos US$ 1,9 bilhão de investimentos estão em compasso de espera até que haja uma definição mais clara de como será o novo modelo do setor elétrico. Entre as empresas que têm projetos suspensos por causa das indefinições regulatórias e do mercado estão El Paso, Duke Energy, Brascan Energética, EDP e AES. O diretor do Instituto Ilumina e membro do novo conselho administrativo de Furnas, Roberto D'Araújo, afirma que o País vive "uma crise pós-racionamento". Segundo o especialista em energia, esta crise pode ser mais difícil de ser superada que o próprio racionamento e assusta os investidores. "A confusão no setor deixada pelo Governo passado é monstruosa. Vai ser necessário um novo acordo (entre os diversos agentes do setor elétrico) para resolver tudo isso", afirma D'Araújo, que coordena o grupo de estudo criado pela Eletrobrás para propor o novo modelo do setor elétrico ao Ministério das Minas e Energia. (Jornal do Commercio - 03.02.2003)

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5- Brascan Energética busca fontes alternativas

A Brascan Energética mantém os futuros investimentos suspensos por conta da indefinição da regulamentação do setor. O diretor presidente, Antônio Carlos de Lyra Novaes, disse que a companhia espera a regulamentação do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia (Proinfa) para iniciar três projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Os investimentos nos três projetos (na Bahia, Goiás e Paraná), que teriam juntos 65 MW, somariam US$ 75 milhões. Novaes disse que a empresa está pronta para iniciar as obras assim que a questão dos incentivos ou de criação de mercado para vender energia de fontes alternativas forem definidas. Além dessas três, mais três PCHs da empresa deverão ser inauguradas ainda este ano, uma no Rio Grande do Sul e duas no Paraná. Segundo Novaes, a entrada em operação dessas usinas dependerá apenas da existência de mercado para a venda de energia. Novaes disse também que a Brascan Energética tem dois projetos de hidrelétricas de médio porte em Goiás - as usinas de Salto (106 MW) e Salto do Rio Verdinho (90 MW) - que estão parados por causa da demora da concessão de licença ambiental. Esses dois projetos somariam investimentos de US$ 250 milhões. (Jornal do Commercio - 03.02.2003)

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6- CBIEE prevê cenário difícil se for mantida metodologia da revisão

A caótica situação em que vivem alguns grupos do setor elétrico pode resultar em uma quebradeira generalizada, caso o processo de revisão tarifária das distribuidoras mantenha os critérios definidos pela Aneel. O quadro, pintado com tintas catastróficas, parte do novo presidente da CBIEE (Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica), Cláudio Sales. Segundo o executivo, que está se afastando do comando do grupo Mirant do Brasil, é praticamente assegurada a inviabilidade de empresas do setor continuarem atuando no país se a base de remuneração que será utilizada na revisão não for alterada. A Aneel já definiu como conceito metodológico o custo de reposição dos ativos a valor de mercado, o que caiu como uma bomba entre as distribuidoras e as investidoras nas empresas. Mais do que adequar a base que norteará todo o processo de revisão, os investidores afirmam que o processo será o único efetivamente capaz de sanear de forma permanente a grave crise financeira das empresas. "A revisão tarifária será o principal meio de restabelecimento das condições econômico-financeira das empresas", diz Sales. (Canal Energia - 31.01.2003)

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7- CEEE completa 60 anos investindo R$ 204 mi

A CEEE completou neste sábado, dia 1º de fevereiro, 60 anos de existência, planejando investir, em 2003, R$ 204 mi em melhorias na área de distribuição, expansão da infra-estrutura de transmissão e ampliação da oferta de energia no Rio Grande do Sul. A empresa, que construiu sua primeira usina hidrelétrica em 1948, tem hoje 15 empreendimentos e está envolvida no desenvolvimento de outros sete, que acrescentarão 3.500 MW ao parque gerador do estado. Nos 60 anos de existência, o patrimônio da CEEE, que está avaliado em R$ 2,08 bi, agregou 52 subestações com capacidade de 6.102,9 MVA e mais de 5,5 mil quilômetros de linhas de transmissão. (Canal Energia - 31.01.2003)

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8- Programa de eficiência energética da CPFL será voltado para o social

A CPFL vai investir R$ 17 mi no programa de eficiência energética, que, em 2003, será voltado para a área social. Para o ciclo 2003 foram apresentados 12 projetos que, na realidade, se desdobram em 51, de acordo com a nova metodologia da Aneel. "O nosso foco neste ano é realizar projetos que tenham impacto na sociedade, formando uma massa crítica de consumidores", explica Cláudio Ayrosa, gerente do departamento de engenharia e planejamento da empresa. "Queremos manter a abrangência do programa e continuar com metas altas de eficiência. As novidades para este ciclo são os cursos voltados para os jornalistas e consumidores, principalmente os de baixa renda", completa José Otávio Simões, gerente da divisão de Eficiência Energética. (Canal Energia - 31.01.2003)

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financiamento

1- Aneel aprova regras para liquidação das transações no MAE até junho de 2003

A Aneel aprovou as regras de mercado, componentes da versão 3.1, para a contabilização e liquidação das transações de compra e venda de energia realizadas no MAE. As regras foram publicadas nesta sexta-feira, dia 31 de janeiro, no Diário Oficial da União através da resolução nº 40/03 e são válidas para o período de 1º de janeiro a 30 de junho deste ano. A versão 3.1 das regras de mercado trata da modulação "ex-ante" de contratos iniciais, da redução dos benefícios da CCC e da participação de usinas no MRE (Mecanismo de Realocação de Energia). Uma das principais medidas do documento se refere à usina de Itaipu. Segundo a resolução, a usina será considerada participante do MRE e terá a Eletrobrás como sua comercializadora. Assim, a holding estatal será responsável das contabilizações efetivadas no MAE. (Canal Energia - 31.01.2003)

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2- Valor do MWh permanece em R$ 4,00 para todas as regiões nessa semana

Os preços do MAE para a primeira semana de fevereiro permanecem em R$ 4,00 para todos os submercados do país. Os valores são válidos para os dias 1º a 7 de fevereiro. (Canal Energia - 03.02.2003)

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financiamento

1- Economistas divergem sobre o reforço no ajuste fiscal

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, adiou para esta semana o anúncio da meta de superávit primário do ano. Na entrevista que concedeu na última sexta-feira, ao afirmar que a nova meta ficará ligeiramente acima dos 4,06% do PIB obtidos no ano passado, Palocci reforçou a projeção das principais instituições financeiras de que a nova meta será fixada entre 4,2% e 4,5% do PIB. A confirmação desse percentual agrada aos profissionais do mercado. No meio acadêmico, contudo, há quem discorde de medidas conservadoras que mais lembram as do Governo anterior. A professora da URFJ, especialista em sistema financeiro, Jennifer Hermann, é uma crítica dos altos superávits primários. Jennifer contesta a teoria de que o crescimento da dívida interna do País em relação ao PIB será controlado pelo aumento da poupança do Governo. A professora aponta que a única forma de conter a escalada do endividamento é a redução da despesa desta dívida, ou seja, baixar os juros. O economista-chefe do Citibank, Carlos Kawall, contesta a tese de Jennifer Hermann. "É claro que é desejável que a estabilidade da dívida em relação ao PIB seja feita por juros mais baixos. Mas esta medida poderia trazer conseqüencias ainda mais drásticas para a economia. É uma terapia tentadora, mas difícil", justificou. (Jornal do Commercio - 03.02.2003)

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2- Novo índice da FGV vai calcular inflação semanal

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) começa a divulgar a partir desta semana um índice de preços ao consumidor semanal, denominado IPC-S, informou o coordenador de análise econômica do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), Salomão Quadros, responsável pela divulgação dos IGPs da FGV. O novo indicador, que vai medir exclusivamente a inflação do varejo, como destacou Quadros, terá divulgação semanal, mas informará a inflação dos últimos 30 dias, ou seja, a taxa mensal de variação dos preços calculada até meados da semana anterior à semana da divulgação. Nesta primeira semana, a FGV vai divulgar dados coletados até 28 de janeiro, terça-feira. O IPC-S será divulgado sempre em primeira mão, todas as segundas-feiras, no programa Conjuntura Econômica que a FGV tem na TV-E , às 21H30. Às terças-feiras, a FGV vai divulgar o novo índice em coletiva. (Valor - 03.02.2003)

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3- Brasil deve crescer mais este ano, dizem empresários americanos

As companhias americanas que investem no Brasil estão confiantes de que 2003 será um bom ano. Pesquisa realizada pelo Conselho de Negócios Brasil-Estados Unidos, organização composta pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que 46% das empresas esperam um crescimento de faturamento igual ou superior de 4% neste ano. O levantamento feito com empresas-membro do conselho, composto por 70 grandes companhias, como GM, Johnson&Johnson, Coca-Cola e IBM, revela que as expectativas de crescimento não são tão elevadas quanto se trata do PIB. Dentre elas, 54% esperam um crescimento moderado, entre 2% e 4% neste ano, e 46% esperam um crescimento abaixo de 2%. Muitas empresas fizeram investimentos estratégicos ou estão em áreas com grande potencial de crescimento, o que explicaria a diferença nas expectativas, segundo o vice-presidente executivo do Conselho de Negócios, Mark Smith. As projeções sobre o PIB melhoram em relação aos próximos 3 anos. A grande maioria, 88%, espera crescimento entre 2% e 4%, enquanto 12% têm esperança de que haverá um forte crescimento, acima de 4%. (Valor - 03.02.2003)

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4- C-Bond tem alta de 4,58% em janeiro; risco cai 8%

O risco-país encerra janeiro em queda de 7,99%, a 1.324 pontos-base, em conseqüência da valorização dos títulos externos brasileiros no primeiro mês do ano e do governo Lula. Em janeiro, o C-Bond, papel mais líquido do mercado emergente, subiu 4,58% - na sexta-feira, foi negociado em alta de 1,43%, a US$ 0,6924 e com prêmio de risco de 1.362 pontos-base. (Valor - 03.02.2003)

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5- Dólar ontem e hoje

O dólar comercial mantém a tendência de baixa nos negócios desta manhã. Às 10h54m, a moeda americana era negociada por R$ 3,478 na compra e R$ 3,485 na venda, com baixa de 0,85%. Entre a mínima e a máxima, a cotação de venda já oscilou hoje de R$ 3,46 (-1,56%) a R$ 3,50 (-0,43%). Boa parte da oscilação é causada pelos movimentos de ingresso e saída de recursos. Na sexta, a moeda norte-americana fechou em queda de 1,26%, a R$ 3,5050 na compra e a R$ 3,5150 na venda. (O Globo e Valor Online - 03.02.2003)

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gás e termoelétricas

1- Pool de distribuidoras pode garantir a compra da energia das termelétricas

Segundo Roberto D'Araújo, coordenador do grupo de estudo criado pela Eletrobrás para propor o novo modelo do setor elétrico ao Ministério das Minas e Energia, a mudança que deverá trazer mais segurança para os investidores de termelétricas será a garantia de compra de energia. A partir da definição da capacidade de geração necessária, uma central comercializadora ou um pool de distribuidoras garantiriam a compra da energia das termelétricas construídas dentro desse limite. D'Araújo diz ainda que as garantias poderiam ser dadas até em conjunto pelo Governo e empresas. A idéia de definir um número de termelétricas necessárias e garantir a compra da energia dessas usinas também agrada a Associação Brasileira de Geradoras de Energia Térmica (Abraget). O presidente da entidade, Xisto Vieira Filho, disse que a Abraget enviou há uma semana carta à ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, recomendando a medida. (Jornal do Commercio - 03.02.2003)

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2- El Paso aguarda definição do modelo do setor elétrico

O vice-presidente da El Paso no Brasil, Roberto D'Almeida, afirma que a empresa está aguardando que o Governo "se acomode" e haja definição do modelo do setor elétrico para lançar "política de investimentos mais agressiva". A El Paso tem oito termelétricas no País, das quais em três tem outros investidores como parceiros. A empresa chegou a conseguir a licença ambiental de mais uma termelétrica, em Paracambi, na região Sul Fluminense, mas não levou o empreendimento adiante por causa das indefinições regulatórias. O projeto previa a construção de uma usina de 225 MW, que requer investimentos estimados em US$ 150 milhões. "Estamos esperando um clareamento desse horizonte. Mas a nossa expectativa é de que a termeletricidade tenha um papel importante na matriz energética brasileira", disse D'Almeida. O executivo acrescentou que os esforços da companhia no momento estão voltados para o setor de exploração e produção de gás, de modo a atender, no futuro, a demanda de suas usinas termelétricas. Neste mês, a El Paso anunciou a descoberta de gás natural e petróleo na costa da Bahia. Os investimentos em exploração e produção da El Paso previstos para este ano são de US$ 40 mi. (Jornal do Commercio - 03.02.2003)

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3- Duke Energy anunciou suspensão de projetos de termelétricas

A Duke Energy, que controla a geradora paulista Paranapanema, que tem oito hidrelétricas que somam 2,3 mil MW de potência instalada, também anunciou a suspensão de projetos de termelétricas. Segundo o vice-presidente da Duke, Paulo Henrique Siqueira Born, os investimentos de US$ 300 mi previstos para três projetos de termelétricas só irão adiante depois que as regras do novo modelo do setor elétrico ficarem mais claras. Os três projetos da Duke suspensos são a usina de Pederneiras, em São Paulo, de 500 MW de capacidade instalada, e duas termelétricas próximas à Fronteira com a Bolívia, de 88 MW cada. "O Governo está na encruzilhada, entre manter e aperfeiçoar o atual modelo energético ou trocá-lo por um novo. Manter o mesmo é possível, mas há a necessidade de uma revitalização. Em contrapartida, adotar um novo modelo levará muito mais tempo", disse Born. De acordo com o executivo, a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa discutir a questão com os agentes do setor "de maneira mais concreta e menos conceitual", do que o Governo passado. (Jornal do Commercio - 03.02.2003)

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4- Ildo Sauer vai comandar a área de Gás e Energia da Petrobras

Um dos integrantes da equipe que formulou o programa para o setor de energia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o professor da Universidade de São Paulo, Ildo Sauer, foi indicado nesta sexta-feira, dia 31 de janeiro, para ocupar a área de Gás e Energia da Petrobras. O professor defende uma revisão no programa de geração termelétrica tocado pela empresa, justamente pela área que vai comandar a partir de agora. Pelos números apresentados no relatório de gestão de 2002, a Petrobras provisionou uma perda de US$ 205 mi com as suas 16 térmicas. Reunião da estatal hoje definiu também os nomes dos outros diretores da empresa: Rogério Manso (Abastecimento), Nestor Cerverá (Internacional), Sérgio Gabrielli (Financeiro), Guilherme Estrela ( Exploração e Produção), Renato Duque (Serviços) e Rodolfo Landim (presidência da BR Distribuidora). (Canal Energia - 31.01.2003)

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internacional

1- SEC aprova aquisição da Cilcorp pela Ameren Corp

Ameren Corp anunciou quinta-feira que a Comissão de Títulos e Câmbio americana (SEC) aprovou a proposta da Ameren de aquisição da Cilcorp da AES Corp sob a Lei de utilidade pública. Nenhuma outra aprovação de reguladoras é necessária, mas a transação está sujeita a condições costumeiras. O Departamento de Justiça Americano já completou sua análise, conduzida sob a Lei Antitruste. A Comissão de Comércio de Ilinois e FERC também já aprovaram a transação. Combinadas, Ameren e CILCORP terão US$ 11,8 bi em recursos e 1,7 milhões de consumidores.(New Yourk Times - 31.01.2003)

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2- NCPA pede revisão de decisão da FERC

A Agencia Energética do Norte da Califórnia, que representa cooperativas elétricas e empresas concessionárias de serviços públicos, pediram às reguladoras federais para esclarecer o pedido de reembolso de fornecedores pelas vendas do ano passado. Na moção, NCPA pede que a FERC revise sua ordem de liberação das companhias de pagar os reembolsos para que os interesses do Estado não sejam afetados.(Platts 31.01.2003)

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3- SSSB baixa preço-alvo da EDP para 2 euros

O banco de investimento Schroder Salomon Smith Barney (SSSB) reduziu o preço-alvo da EDP-Electricidade de Portugal de 2,5 euros para 2, mantendo contudo a recomendação de 'In-line Medium Risk'. Esta decisão é justificada, segundo os analistas, pelo elevado nível de dívida da empresa, a sua performance operacional, a compra de obrigações da Escelsa e o fecho da operadora móvel Oniway. Os analistas do SSSB adiantam, numa nota de pesquisa de 20 de Dezembro, que baixaram igualmente a avaliação da elétrica de 2,78 euros por ação para 2,26. As previsões do SSSB apontam agora para um lucro líquido de 343 milhões de euros em 2002, menos 27,5% do que as previsões iniciais, ao passo que o EPS é visto nos 0,11€. Para 2003, a estimativa cai em 14,8% para os 0,15 euros. O lucro operacional é esperado nos 649 milhões de euros em 2002 e nos 786 milhões em 2003, enquanto o EBITDA deverá atingir este ano os 1,413 bilhões e os 1,618 bilhões em 2003. (Diário Económico - 31.01.2003)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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