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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.043 - 31 de janeiro de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Aneel fixa novos valores das cotas anuais da CCC

A Aneel publica hoje, no "Diário Oficial" da União, resolução que fixa os valores das cotas anuais da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) para 2003. O montante global previsto para este ano ficou em R$ 2,042 bi, o que representa uma redução de 0,54% sobre o valor fixado para o ano passado: R$ 2,053 bi. O impacto da CCC nas tarifas de energia elétrica cobradas dos consumidores finais será negativo, em média, de - 0,03%. (Valor - 31.01.2003)

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2- Definido cálculo da perda de receita com baixa renda

A Aneel definiu a metodologia a ser utilizada para o cálculo de eventuais perdas de receita das distribuidoras de energia com os novos critérios de classificação de consumidores residenciais na categoria Baixa Renda. A resolução deve ser publicada hoje no Diário Oficial da União. A resolução vai regulamentar o Decreto nº 4.336, de 15 de agosto de 2002, que atribuiu à Aneel a aprovação dos montantes referentes às reduções de receitas das concessionárias provocados pela aplicação dos novos critérios de classificação do consumidor de baixa renda. De acordo com a Aneel, a aprovação dos montantes é condição necessária para que as empresas possam contratar financiamento junto a Eletrobrás, com recursos da RGR. A metodologia determina que a perda de receita mensal das distribuidoras será definida como a diferença positiva entre o percentual do subsídio concedido à categoria Baixa Renda, em cada um dos meses posteriores à implantação dos novos critérios, e o percentual do subsídio concedido em abril de 2002, mês de referência para efeito dos cálculos. (Gazeta Mercantil - 31.01.2003)

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3- Aneel discute metodologia de revisão tarifária com conselhos de consumidores

A Aneel iniciou nesta quinta-feira, dia 30 de janeiro, a demonstração da metodologia para revisão tarifária para os representantes dos conselhos de consumidores de dez distribuidoras, que terão o processo em abril deste ano. Nesta sexta-feira, dia 31 de janeiro, os técnicos da agência explicarão os princípios utilizados no processo da Cemat, Cemig, CPFL, Enersul, AES Sul, RGE, Coelce, Cosern, Coelba e Energipe. Para o diretor-geral da Aneel, José Mario Abdo, o encontro trata da simetria de informações para a transparência das decisões. Além disso, a agência promoverá audiência pública para coleta de contribuições entre fevereiro e março nas cidades sedes das concessionárias e disponibilizará no site (www.aneel.gov.br) um link com informações sobre os processos de revisão tarifária. (Canal Energia - 31.01.2003)

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4- Governo garante implementação rápida do Proinfa

As fontes alternativas de energia terão papel de destaque no programa de energia do governo federal. A garantia foi dada pelo secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, durante reunião nesta quinta-feira, dia 30 de janeiro, com o presidente da APMPE (Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia), Ricardo Pigatto. Segundo Pigatto, o secretário garantiu que o Proinfa será implementado logo pelo governo. Atualmente, o programa está em processo de avaliação por técnicos do ministério. "O secretário nos pediu apenas uma folga de até dois meses para que a avaliação seja feita", comentou Pigatto. De acordo com o presidente da APMPE, a grande crítica dos pequenos produtores em relação ao programa é o artigo nº 17, que não dá garantia de pagamento aos empreendedores pela Eletrobrás. "Esse é um dos itens que poderia passar por modificações, garantindo, assim, maior competitividade ao mercado", disse Pigatto. (Canal Energia - 30.01.2003)

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risco e racionamento

1- Estudo da Eletrobrás mostra que consumo teve aumento de 2,8% em 2002

Apesar do fim do racionamento em fevereiro do ano passado, o consumo de energia elétrica no país ficou abaixo da estimativa do mercado em 2002. Segundo o estudo da Eletrobrás, as concessionárias faturaram cerca de 290 TWh, um crescimento aproximado de 2,8% em relação 2001. Entretanto a previsão era uma elevação de 3% para 2002. Para o diretor de Planejamento da Comercialização da CPFL, Marco Antônio Siqueira, o resultado abaixo da expectativa deve-se a classe residencial que manteve o nível de conservação de energia, estimulada pela mudança de hábito adquirida durante o racionamento. Até novembro do ano passado, a classe residencial influenciava a diminuição do consumo de energia no país, com uma queda de 3,1% em relação a 2001. No primeiro ano do racionamento, a classe consumiu mais de 68 mil GWh, enquanto em 2002, o resultado computado foi de 66.278 GWh, segundo dados da Eletrobrás. Já as indústrias voltaram a apresentar um patamar de consumo próximo de 2000. Pelo estudo da Eletrobrás, a classe registrou uma alta de 3,4% no consumo na comparação entre os onde primeiros meses de 2001 e 2002, passando de 113.040 GWh para 116.916 GWh. (Canal Energia - 30.01.2003)

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2- Consumo no subsistema SE/CO registra queda de 2,69%

A demanda de energia elétrica do subsistema Sudeste/Centro-Oeste (26.243 MW) registrou uma queda de 2,69% na última quarta-feira, dia 29 de janeiro, em comparação ao dia 22. A região Nordeste também teve diminuição (1,99%) no consumo no período, passando de 6.370 MW para 6.243 MW. Na região Sul, a queda foi um pouco menor. Segundo dados do ONS, o subsistema consumiu 76 MW a menos que no dia 22 de janeiro, registrando 8.085 MW. Somente o Norte teve elevação (2,28%), com o consumo chegando a 2.637 MW. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume acumulado no Nordeste e no Sudeste/Centro-Oeste, respectivamente, passou de 4,02% para 1,15% acima do previsto pelo ONS e de 2,34% para 2,69% abaixo do estabelecido. (Canal Energia - 30.01.2003)

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3- Nível de reservatórios da região Norte chega a 30,96%

Os índices dos reservatórios do subsistema Norte tiveram um acréscimo de 1,59% em um dia. Com isso, a capacidade chegou a 30,96%. A usina de Tucuruí apresenta índice de 41,81%. (Canal Energia - 30.01.2003)

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4- Reservatórios registraram um aumento de 0,68% no Nordeste

No subsistema Nordeste o volume dos reservatórios está em 33,16%, o que representa um aumento de 0,68% em um dia. O valor está 16,55% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho registra índice de 26,92%. (Canal Energia - 30.01.2003)

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5- Volume dos reservatórios está em 33,16% na região Sudeste/Centro-Oeste

No subsistema Sudeste/Centro-Oeste os reservatórios registraram um aumento de 1%, chegando a 59,44% da capacidade. O volume está 31,83% acima da curva de segurança. As usinas de Itumbiara e Emborcação apresentam, respectivamente, 46,87% e 58,71%. (Canal Energia - 30.01.2003)

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6- Região Sul apresenta redução nos índices de armazenamento

A região Sul foi a única a apresentar redução nos índices dos reservatórios, com uma variação de 0,4%. A capacidade está em 86,27%. O nível da hidrelétrica de G. B. Munhoz está em 88,45%. (Canal Energia - 30.01.2003)

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7- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Eletrobrás diz estar sendo vítima de golpe

A Eletrobrás denunciou ontem que desde maio do ano passado está sendo "vítima de golpes" por parte de um grupo de "pessoas inescrupulosas", entre eles alguns advogados, que já tentaram sacar cerca de R$ 390 mi das contas da companhia em ações distribuídas nos estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Pernambuco, Alagoas, Rondônia e Espírito Santo. Até agora foram nove tentativas de saque de dinheiro diretamente das contas da Eletrobrás ou de suas subsdiárias, sempre em localidades distantes da sede da companhia, que fica no Rio. Na última tentativa, no Pará, um grupo tentou sacar R$ 39,8 mi, o que já resultou em prisões, apesar de a estatal ainda não ter conseguido reverter a decisão judicial. O golpe consiste na obtenção de decisões judiciais favoráveis (tutela antecipada) a favor dos impetrantes, sem que a companhia fosse chamada para se defender. O passo seguinte era sacar o dinheiro diretamente nos bancos onde ela tem conta. A empresa reverteu decisões nos tribunais de Justiça estaduais, sem ter perdido dinheiro até agora. Como artifício, os fraudadores apresentaram obrigações ao portador emitidas pela Eletrobrás com vencimento variando de 10 a 20 anos, relativos a empréstimos compulsórios cobrados nas contas de energia entre 1964 e 1973. Na época, de posse de suas contas os consumidores receberam os papéis que agora estão sendo usados na Justiça contra a estatal. A Eletrobrás calcula que 95% desses títulos foram pagos no vencimento, os demais perderam validade. (Valor - 31.01.2003)

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2- Celg quer renegociar dívida com a Eletrobrás

A Celg, distribuidora de energia de Goiás, poderá ser uma das primeiras empresas do setor a se beneficiar do plano de recuperação do setor elétrico que está sendo preparado pelo governo federal. O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), apresentou ontem à ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, uma proposta de renegociação da dívida que a Celg tem com a Eletrobrás de cerca de R$ 600 mi. A proposta prevê carência de três anos e prazo de pagamento de 15 anos. O presidente da Celg, José Paulo Loureiro, afirmou que por causa da dívida a empresa paga entre R$ 20 mi e R$ 30 mi de juros por mês. A dívida da Celg com a Eletrobrás está em torno de R$ 950 mi, disse Loureiro, porém, com os acertos de conta que ainda precisam ser feitos, cai para R$ 600 mi. (O Globo - 31.01.2003)

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3- Dívida em dólar faz Moody's rebaixar Cemig

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou os ratings da Cemig. Segundo a agência, o fluxo de caixa da empresa não será suficiente para cobrir os investimentos necessários e o vencimento de sua dívida nos próximos anos. 'O rebaixamento reflete o fraco fluxo de caixa da Cemig, relativamente à crescente alavancagem financeira e ao considerável endividamento em moeda estrangeira', diz a Moody's. A dívida total da empresa é de aproximadamente R$ 3,5 bi (em 30 de setembro de 2002), ou 35% da capitalização total. Desse total, aproximadamente 64% está atrelado ao dólar. Apesar do aumento de 33% nas receitas, despesas maiores com juros causaram à Cemig um prejuízo líquido, nos três primeiros trimestres de 2002, de R$ 268 mi, comparados à um prejuízo líquido de R$ 195 mi no mesmo período do ano anterior. O rebaixamento também considera a significativa necessidade de refinanciamento da Cemig em 2003, cujos vencimentos totalizam R$1,1 bi, incluindo R$ 757 mi de dívida em moeda estrangeira. (Hoje em Dia - 31.01.2003)

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4- Professora da UFRJ alerta que reajuste de energia vai elevar inadimplência

A manutenção do atual sistema de reajuste das tarifas de energia elétrica pode elevar a inadimplência para níveis insustentáveis, acreditam técnicos, especialistas e empresários do setor. O principal argumento, comprovado na prática pelas distribuidoras, é de que, quando a tarifa sobe, a inadimplência aumenta. A professora Carmen Alveal, do grupo de Energia do Instituto de Economia da UFRJ, alerta que há uma queda de renda desde 1998 e nesse período as tarifas estiveram "em espiral de subida", devido à forma de reajuste prevista nos contratos de concessão dos serviços de distribuição de energia realizados com a privatização do setor. No ano passado, por exemplo, o IGP-M, a que as tarifas cobradas pelas distribuidoras são indexadas, subiu 25,31%. Já a renda caiu 8,3%, segundo o Dieese-SP. A especialista lembra que a própria alta das tarifas indexadas ao IGP-M tende a "realimentar" a inflação e, consequentemente, o reajuste dos anos seguintes. Agrava a situação, diz, o fato de que o crescimento econômico tem sido "muito modesto" e continua sem perspectivas de melhora. "Há um cenário de inadimplência crescente se essa rota continuar. A perspectiva é de que o cenário ficará insustentável." (Tribuna da Imprensa - 31.01.2003)

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5- Segmento de PCHs atrai o interesse de investidores de fora do setor

Apesar das dificuldades do setor elétrico, é cada vez maior o número de empreendedores no mercado de PCHs. A grande revelação, no entanto, é que esses investidores nunca atuaram no setor. Segundo levantamento feito pelo CndPCH (Centro Nacional de Desenvolvimento de PCH), nos últimos cinco meses, 64,6% dos empreendedores que procuram os serviços da consultoria são oriundos de outras áreas. Jorge Sampaio, diretor de Desenvolvimento de Negócios do CndPCH, afirma que a procura é liderada por investidores das áreas de construção civil, agropecuária e petroquímica. "Todos são atraídos pela expectativa de obter um bom retorno com o negócio", comenta ele. O executivo, porém, alerta para as dificuldades existentes atualmente. Questões regulatórias, licenciamento ambiental, financiamentos e contratos de compra e venda de energia são as principais incertezas, hoje, no setor elétrico. Mesmo assim, a possibilidade de aumento desses empreendedores no mercado nos próximos anos pode ser grande. (Canal Energia - 30.01.2003)

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financiamento

1- Duke Trading realiza leilão

A Duke Trading do Brasil, braço da norte-americana Duke Energy, realiza hoje seu primeiro leilão de balanço de carga, destinado à cobertura de exposições de curto prazo referentes a janeiro de 2003. Estão previstas três rodadas, duas nesta sexta-feira e uma na segunda-feira. Esse tipo de leilão cria uma nova alternativa, além do MAE, para que as geradoras, distribuidoras e comercializadoras possam ajustar suas posições. A Duke Trading atuará como intermediadora das empresas interessadas em firmar contratos de compra e/ou venda de energia elétrica, conciliando as propostas e facilitando as negociações, segundo comunicou a empresa. A negociação será feita bilateralmente entre os interessados ou por meio do sistema eletrônico do próprio MAE, o Sinercom. A Duke Trading receberá comissionamento de 2% e a geradora do grupo não deverá participar desse primeiro leilão. (Gazeta Mercantil - 31.01.2003)

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2- Cemig oferece contra-proposta para quitar débitos pendentes no MAE

A Cemig está perto de equacionar os débitos pendentes no MAE. A empresa espera fechar nos próximos dias o processo de negociação que vem mantendo com os agentes credores das transações realizadas entre setembro de 2000 e setembro de 2002, para poder quitar os cerca de R$ 335 milhões que ainda não foram pagos. As conversas envolvendo a estatal e seus credores no MAE estão avançando, segundo informa Cristiano Corrêa de Barros, diretor Financeiro de Relações com Investidores da empresa. A contra-proposta que a companhia apresentou aos agentes elimina a inclusão da multa de 5%, corrigida pelo IGP-M e os juros de mora de 1% ao dia, sobre os valores que não foram apresentados na liquidação ocorrida no final do ano passado. (Canal Energia - 30.01.2003)

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financiamento

1- IGP-M de janeiro é o mais baixo desde agosto de 2002

A inflação medida pelo IGP-M, da FGV, em janeiro foi de 2,33%. Embora a trajetória do índice tenha sido de crescimento no mês - 1,34% no primeiro decêndio; 1,81% no segundo -, ele é o mais baixo desde agosto do ano passado, quando havia atingido 2,32%. Em comparação a dezembro último mostra uma desaceleração de 1,42 ponto percentual. Segundo a FGV, o recuo do dólar fez com que os itens de alimentação que vinham mantendo uma aceleração de preços, tanto no varejo quanto no atacado, não subissem tão expressivamente em janeiro. Mesmo assim, a taxa apurada neste mês foi 1,97 ponto percentual maior que a do mesmo mês do ano passado, quando os preços subiram apenas 0,36%. O patamar atingido pelo IGP-M no primeiro mês do ano é resultado de um aumento de 2,55% do IPA, de 2,06% do IPC e de 1,45% do INCC. (Gazeta Mercantil - 31.01.2003)

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2- Superávit recorde de R$ 52,3 bi

O superávit primário do setor público consolidado em 2002 atingiu a marca de R$ 52,364 bi, o melhor resultado apurado desde que o Banco Central começou a preparar a série histórica sobre esse indicador, em 1991. O número, que representa o total de receitas menos as despesas do setor público, excluindo gastos com pagamento de juros, foi divulgado ontem pelo chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Altamir Lopes. O executivo do BC destacou que o superávit primário gerado no ano passado ultrapassou em R$ 2,064 bi a meta acordada com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que era de R$ 50,3 bi. O superávit primário do ano passado representa 3,91% do Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes e 4,06% do PIB, considerando fluxos valorizados pelo Índice de Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI).

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3- Para BC, superávit de 4,25% estabilizaria dívida

Os estudos que subsidiam a definição da nova meta para o desempenho das contas do setor público brasileiro em 2003 indicam que um superávit primário da ordem de 4,25% do Produto Interno Bruto seria suficiente para estabilizar a dívida líquida como proporção do PIB num cenário internacional de guerra dos Estados Unidos contra o Iraque. Dependendo das premissas com que o governo Lula decidir trabalhar, a meta fiscal pode não chegar a tanto. Mas este seria, na avaliação de fontes da área econômica, um patamar apropriado caso o governo opte por ser conservador e prefira não contar com um cenário muito melhor do que o atual no que se refere ao nível da taxa de câmbio. Um superávit de 4% do PIB também evitaria novo crescimento da relação dívida/PIB - que subiu 3,32 pontos percentuais em 2002, fechando o ano em 55,89%. Mas isso pressupõe um recuo do dólar para R$ 3,40 ou menos até fim do ano, o que pode ser difícil na hipótese de guerra. Os juros básicos, hoje de 25,5% ao ano, também teriam que cair. (Valor - 31.01.2003)

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4- Nova meta de superávit será decidida por Lula, diz Mantega

A nova meta de superávit primário para este ano, que o governo deverá anunciar na semana que vem, será decidida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os estudos técnicos da equipe econômica sobre o tema já estão quase concluídos, mas ainda falta a palavra do Planalto, admitiu ontem o ministro do Planejamento, Guido Mantega. "A definição final da nova meta depende de uma conversa com o presidente." No ano passado, conforme divulgou ontem o BC, a contenção de gastos permitiu ao governo economizar R$ 52,3 bilhões (4,06% do PIB a preços valorizados), entre receitas e despesas sem considerar o pagamento de juros, que consumiram R$ 131 bilhões, a preços corrigidos pelo IGP-DI. É provável que, em 2003, o governo decida pelo menos repetir o arrocho de 4% do PIB, maior do que os 3,75% acertados com o FMI tanto para 2002 quanto para este ano. (Gazeta Mercantil - 31.01.2003)

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5- Orçamento terá corte de pelo menos R$ 9 bi

O Governo congelará pelo menos 15% dos gastos previstos este ano, disse o ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu. A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os 23 ministérios cortarão R$ 9 bilhões dos R$ 60,3 bi do Orçamento deste ano destinados aos investimentos e despesas, que não estão engessados por gastos obrigatórios. O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse que os cortes não afetarão educação, saúde e outros planos sociais. Com os cortes, analistas acreditam que o superávit primário passe de 3,75% para 4,5% do PIB. O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega, confirmou que o Governo porá algumas despesas "no congelador', mas, assim que entrarem outras receitas, "abrirá o congelador, descongelará as despesas". Mantega fez essa metáfora para defender a tese de que o Executivo federal não fará um corte no Orçamento, e sim uma imobilização dos recursos. (Jornal do Commercio - 31.01.2003)

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6- Empresários mantêm a confiança, aponta CNI

A indústria brasileira começou o ano mais confiante no novo governo e seus representantes avaliam que mesmo com um nível elevado de utilização da capacidade instalada, na faixa de 75%, a produção poderá acompanhar um crescimento de 2,8% do PIB , previsto pelo governo, sem causar inflação. De acordo com a Sondagem Industrial feita pela CNI, o sentimento dos empresários em relação ao crescimento da economia para os próximos seis meses teve melhoria de 37,4% em relação à ultima medição, feita em outubro. Os dados - referentes ao quarto trimestre de 2002 - foram coletados entre 20 de dezembro e 24 de janeiro, sendo que a maior parte dos questionários foi enviada após os festejos de Natal e Ano Novo. (Valor - 31.01.2003)

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7- Dólar ontem e hoje

O dólar à vista opera em baixa moderada nesta manhã, dando continuidade à tendência dos dois últimos dias. Às 11h20m, a moeda americana era negociada por R$ 3,538 na compra e R$ 3,543 na venda, com baixa de 0,47%. O bom desempenho do C-Bond, que sobe mais de 1%, e o fluxo cambial positivo são alguns dos fatores que determinam a tendência. Ontem, o dólar comercial fechou com queda de 1,11% e era negociado a R$ 3,5550 na compra e a R$ 3,5600 na venda. Durante o dia, a moeda oscilou apenas na casa dos "cinqüenta centavos", da máxima de R$ 3,5960 à mínima de R$ 3,5400. (Globo Online e Valor - 31.01.2003)

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gás e termoelétricas

1- Conselho da Petrobras define hoje nova diretoria

O conselho de administração da Petrobras fará hoje sua primeira reunião na sede da Petrobras, no Rio, e a expectativa do mercado é de que seja anunciada a nova diretoria da estatal. Um dos assuntos em pauta será a aprovação da indicação de José Sérgio Gabrielli para a diretoria financeira. Três ministros compõem o conselho: Antônio Palocci (Fazenda), José Dirceu (Casa Civil) e Dilma Rousseff (Minas e Energia). Ao final das intensas negociações para preencher os demais cargos, quando alguns indicados políticos saíram de cena - como é o caso do secretário de Energia do Rio, Wagner Victer, antes cotado para a área de abastecimento - a composição da diretoria que prevalecia na tarde de ontem era a seguinte: Ildo Sauer (gás e energia), Nestor Cerveró (internacional), Guilherme Estrela (exploração e produção), Renato Duque (serviços) e Rogério Manso (abastecimento), além de Gabrielli. Se os nomes forem confirmados, hoje Manso será o único diretor nomeado pelas administrações anteriores a permanecer no cargo. Para a BR Distribuidora foram citados Rodolfo Landim (da Gaspetro) e Marco Antonio Capute. Para a Petroquisa um dos nomes cotados ontem era do ex-deputado federal Vivaldo Barbosa (PDT-RJ). (Valor - 31.01.2003)

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2- Acordo sobre compra de carvão em SC deve sair hoje

O vice-governador e presidente do Grupo Executivo de Energia (Genesc) do Estado de SC, Eduardo Moreira, disse que deve ser fechado hoje o acordo entre as carboníferas, a Tractebel e a Aneel para a compra de carvão. A Aneel orientou a Tractebel a reduzir a compra de carvão de 200 mil toneladas por mês para 118 mil toneladas por mês. O acordo, segundo Moreira, deve estabelecer que a compra será pela média dos últimos meses, o que não causará uma redução tão drástica no volume negociado. A média deve manter a comercialização em 200 mil toneladas. O vice-governador se disse satisfeito com a audiência entre os representantes do setor carbonífero, políticos e a ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, em Brasília. As negociações iniciaram em 16 de janeiro pela Eletrobrás, Aneel, ONS e a empresa Tractebel. As empresas carboníferas do Sul do Estado não aceitaram a redução da cota mínima de 200 mil toneladas para 118 mil toneladas, proposta pela Aneel, mas concordaram com a compra feita pela média. (Diário Catarinense - 31.01.2003)

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grandes consumidores

1- Indústria paulista recua 1,2% em 2002

A indústria paulista fechou 2002 em retração. O nível de atividade caiu 1,2% em comparação com o ano anterior, confirmando a última e quarta projeção feita pela Fiesp, em outubro. A entidade começou aquele ano traçando um cenário inverso, de crescimento em torno de 2,5%. Esse é o pior resultado desde 1999, ano da desvalorização do real, em que a produção recuou 4,2% em relação a 1998. Interrompe uma trajetória de crescimento, ainda que a taxas menores a cada ano. Em 2000, a indústria cresceu 6,5% e, em 2001, 2,5%. A perda de quatro pontos percentuais foi, na opinião do diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos, da Fiesp, Roberto Faldini, "o efeito perverso da crise de energia". (Valor - 31.01.2003)

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internacional

1- AES compra ativos da PSEG em acordo amigável de US$ 30 mi

A empresa de energia americana PSEG chegou a um acordo amigável de US$ 30 mi em dezembro com a AES (NYSE: AES) para venda de 100% de sua participação em cinco ativos na Argentina, disse o porta-voz da PSEG Paul Rosengren. A AES acordou em agosto de 2001 comprar os ativos da PSEG Global, subsidiária de operações internacional da PSEG, por US$376mi, mas em fevereiro de 2002 disse à PSEG que considerava os acontecimentos recentes na Argentina como "Eventos de Risco Político" e por isso terminava o acordo de compra de ações. A PSEG no entanto contestou a interpretação dos eventos feita pela AES e a levou aos tribunais. O processo se estendeu até dezembro, quando as empresas chegaram ao acordo amigável de US$ 30 mi. "Levamos um prejuízo enorme com esses ativos", disse Rosengren. A PSEG já recebeu US$ 15 mi da AES e espera outros três cheques de US$ 5 mi em 2003, continuou. A PSEG avisou ao governo argentino de sua intenção de pleitear indenização, via arbitragem internacional, pelo prejuízo, inclusive pela desvalorização dos ativos vendidos à AES, Rosengren acrescentou. O acordo era para a AES comprar da PSEG 30% nas distribuidoras Eden, Edes e Edelap, 19% na usina térmica San Nicolás (650 MW) e 33% no projeto térmico Paraná (850 MW).(Business News America - 30.01.2003)

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2- Regulador recomenda aprovação das compras da Red Eléctrica

A Comissão Nacional de Energia espanhola (CNE) recomendou ao governo a aprovação das compras de ativos de transporte da Endesa e da Unión Fenosa por parte da Red Eléctrica Española (REE), pois considera que esta possui recursos suficientes para concretizar a operação. "A REE justifica capacidade econômica para abordar os projetos de investimento", adiantou a CNE. Esta operação, anunciada em Novembro, representa um investimento de 1 345 milhões de euros, o qual a REE financiou a curto prazo com um empréstimo bancário, conversível em obrigacionista a longo prazo. Com a conclusão destas aquisições, a REE passa a deter 80% da rede de transporte de energia da Espanha, em linha com a estratégia de Madrid de concentrar num único operador, todo o setor poderá otimizar a utilização da rede. O Estado espanhol controla 28,5% do capital da REE.(Diário Económico - 30.01.2003)

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3- Xcel aumenta oferta a credores

Xcel Energy aumentou sua oferta aos credores de sua subsidiária NRG Energy, que vai muito mal das pernas. Isso faz parte de um esforço por parte da Xcel de transferir a NRG de dono em troca da absolvição da Xcel de qualquer endividamento pelos débitos de sua subsidiária. Xcel está explorando a possibilidade de benefícios sobre o imposto dos credores da NRG como parte do acordo. No final de 2002, Xcel exigiu o desconto de US$ 676 mil de seus impostos pelo prejuízo gerado pela NRG.(Platts - 30.01.2003)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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