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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.040 - 28 de janeiro de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Aneel prepara discussão sobre revisão de tarifas

A Aneel discute, quinta e sexta-feira, em seminário com representantes dos conselhos de consumidores das distribuidoras de energia, os critérios para a revisão periódica das tarifas. O encontro não será aberto à imprensa. Somente neste ano, 17 distribuidoras de energia passarão pela revisão periódica, que ocorre em média a cada quatro anos. Em 2004, outras 27 empresas terão suas tarifas revistas. De acordo com as regras, os eventuais ganhos de produtividade das distribuidoras devem ser repassados para os consumidores na revisão. (O Estado de São Paulo - 28.01.2003)

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2- Pool de energia deve sair até final de abril, diz Dilma

A proposta de se criar um "pool" para a compra de energia elétrica das geradores deverá ser apresentada até o final de abril, segundo afirmou a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Segundo a ministra, a formação do "pool" será um dos mecanismos estabilizadores do crescimento do mercado no médio e longo prazo e também um instrumento eficaz de diversificação da matriz energética. "Obviamente, sempre evitando que a tarifa cresça astronomicamente; se o modelo continuar como está, a tarifa certamente crescerá", disse a ministra. De acordo com Dilma, neste momento técnicos do ministério estudam as condições dos contratos que regerão o novo modelo e também como será a adesão das empresas ao "pool". Ela destacou que o "pool" será o local em que a energia velha formará um colchão para a energia nova. Com isso, não se perderá o benefício das amortizações já realizadas sobre investimentos em usinas geradoras. Dilma afirmou ainda que a adesão ao "pool" será voluntária e que as medidas serão tomadas dentro de "um processo negocial" com os agentes do setor. (O Estado de São Paulo - 28.01.2003)

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3- Mercado vê com bons olhos a criação do pool de geradoras

O mercado está vendo com bons olhos a intenção do Governo de criar um pool de geradoras de energia para garantir a equalização dos preços. Para o vice-presidente da Celpe, Roberto Alcoforado, o assunto ganha importância por causa da liberação dos contratos iniciais, a partir deste mês, calculados em 25% ao ano até 2006. "O mix de preços dos contratos iniciais e dos novos poderia onerar o custo da energia para o consumidor", lembrou. Segundo ele, a vantagem do pool é a existência de um preço único, independente da fonte de energia utilizada. "Nesse modelo, os consumidores ficariam menos expostos às variações de preços e as empresas assumiriam menos riscos", declarou. O vice-presidente da Celpe, no entanto, pede regras claras. "O Governo terá que avaliar como se encaixarão os contratos que já foram firmados diretamente com os produtores independentes", exemplifica. (Diário de Pernambuco - 28.01.2003)

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4- Reestruturação do MME prevê a criação de três secretarias

Uma das ações do Ministério de Minas e Energia (MME) para reestruturar o órgão governamental poderá ser a criação de três secretarias especiais - de Energia Elétrica, de Petróleo e Gás e de Desenvolvimento. A afirmação é da ministra do MME, Dilma Rousseff. Segundo a ministra, a criação da secretaria de Desenvolvimento permitirá que a Aneel e ANP tenham seus papéis de regulação e fiscalização mais fortalecidos, com a concepção política do setor nas mãos do Estado. Dilma disse ainda que a falta de planejamento do governo foi apontada no relatório Kelman como uma das causas da crise de energia. "O relatório apontou - e nós confirmamos - que houve um total desaparelhamento do MME", disse a ministra. As relações, segundo ela, entre o MME e os órgãos como Aneel e ONS serão retrabalhadas a fim de torná-las mais claras. (Canal Energia - 27.01.2003)

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risco e racionamento

1- Consumo de energia volta a crescer

O consumo de energia voltou a crescer no país e já está próximo dos níveis anteriores ao racionamento de 2001. A expectativa dos técnicos do ONS é que em 2003 a demanda supere os valores de 2000, de 41.003 MW médios. Também deverá ficar acima do consumo do ano passado, de 39.659MW médios. No Nordeste, o consumo está 1,94% acima do previsto depois do racionamento. Embora no Sudeste a demanda de janeiro ainda esteja 4,5% abaixo, a tendência é de crescimento. Segundo um técnico do ONS, normalmente o consumo de janeiro é inferior ao de dezembro, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. No entanto, os valores registrados entre 1 e 26 de janeiro estão semelhantes aos do mês passado, o que significa aumento de consumo. No período, o consumo na Região Sudeste foi de 25.111MW médios; no Sul, de 7.286MW médios; no Norte, de 2.609MW médios; e no Nordeste, de 6.139MW médios. (O Globo - 28.01.2003)

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2- ONS diz que não haverá problemas de abastecimento no Nordeste

Apesar da seca prevista para o Nordeste este ano, provocada pelo El Niño, não deverá haver problemas de abastecimento de energia na região. O nível dos reservatórios está em 31,2% e até o próximo dia 31 deve chegar a 33%, conforme dados do ONS, o que significa 15% acima da curva de risco estabelecida pelo Governo. Outro fator que permite ao ONS garantir que não deverá haver problemas de abastecimento no Nordeste este ano é a entrada em operação da linha de transmissão Serra da Mesa-Governador Mangabeira este ano, que permite a importação de mais 650 MW médios para a região, o suficiente para atender a demanda da grande Recife. E em fevereiro de 2004, a duplicação da linha Norte/Sul deverá entrar em operação. No total, as obras de transmissão vão aumentar a capacidade de importação de energia do Nordeste de 1 mil MW médios para 2.350 MW médios. (Diário de Pernambuco - 28.01.2003)

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3- Aumento nos índices dos reservatórios foi de 0,87% no Norte

Com uma variação positiva de 0,87%, a maior entre os outros submercados, a região Norte atingiu a marca de 26,67% nos níveis dos reservatórios. A hidrelétrica de Tucuruí está com índice de 34,37%. (Canal Energia - 27.01.2003)

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4- Índice de armazenamento registra aumento de 0,86% no Sudeste/Centro-Oeste

No subsistema Sudeste/Centro-Oeste o aumento nos índices dos reservatórios foi de 0,86% em relação ao dia anterior. Com isso, atingiram 56,79% da capacidade, volume 29,76% acima da curva de aversão. A usina de Nova Ponte está com índice de 49,3%, enquanto Furnas registra 76,63% da capacidade. (Canal Energia - 27.01.2003)

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5- Região Sul atingiu a marca de 87,36% nos níveis dos reservatórios

O índice de armazenamento nos reservatórios da região Sul registra queda de 0,16%. A capacidade de armazenamento está em 87,36%. A hidrelétrica de Salto Santiago registra volume de 90,87%. (Canal Energia - 27.01.2003)


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6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Light monta plano para deter perdas

Em dificuldades financeiras, a Light montou um programa de reestruturação com o objetivo de voltar a dar lucro ou, pelo menos, reequilibrar suas contas em 2005. A companhia anunciou que enxugará sua estrutura, colocou à venda a sede na praia do Flamengo (zona sul do Rio de Janeiro) e planeja cortar R$ 100 mi em custos ainda neste ano. A Light nega que a controladora da companhia, a francesa EDF, deixará o país ou devolverá ao governo federal a concessão caso o plano não apresente os resultados esperados. "A EDF não trabalha com a hipótese de não atingir as metas", disse Jean Pierre Bel, executivo francês que preside a Light desde outubro de 2002. Foi uma resposta a uma questão que abordava a possível saída da EDF do país. Bel foi enviado ao Brasil tendo como uma das missões estancar a crise que afeta a Light e impedir que a matriz tenha de realizar sucessivos aportes de recursos à subsidiária. O Plano de Crise prevê o enxugamento da estrutura administrativa, com redução de superintendências - de 33 para 25 -, e menores benefícios sociais aos empregados com a finalidade de evitar demissões. A companhia foi dividida em cinco regionais. Cada uma terá mais autonomia para combater a inadimplência e o roubo de energia. Essas são duas das principais metas da reestruturação. (Folha de São Paulo - 28.01.2003)

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2- Transferência de controle da Light depende de aprovação da Aneel

Caso a EDF decida transferir o controle acionário da Light , hipótese que tem sido discutida por especialistas do setor, será necessária a previa análise e aprovação da Aneel . A responsabilidade de encontrar comprador é do controlador. A Aneel só poderá intervir se os controladores não conseguirem um comprador. A intervenção está prevista no contrato e pode ocorrer também se a Aneel achar necessário assegurar a prestação do serviço. A retomada da concessão pelo governo também está prevista, mas, nesse caso, os controladores têm de ser indenizados pelos investimentos. (O Globo - 28.01.2003)

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3- MP pode reabrir investigações do caso Light

O Ministério Público Estadual (MPE) do Rio de Janeiro quer ampliar as investigações sobre o desvio de US$ 33,4 mi para a Suíça, o que poderá resultar na reabertura do caso Light, uma suposta tentativa de extorsão contra a distribuidora de energia elétrica, em 1999. "Nosso objetivo agora é fazer uma investigação mais ampla. Pode ser que a gente tenha que trabalhar também nesse caso (Light). Surgindo uma prova nova, seremos os primeiros a buscar, por vias institucionais no MP, reabrir o caso", afirmou o promotor de Justiça Daniel Faria Braz. O promotor recordou que não tem atribuição para reabrir uma investigação arquivada pelo procurador-geral. Na época, Braz e a promotora Adriana Schenkel investigaram apenas uma denúncia de sonegação fiscal contra Light, enquanto as denúncias contra os fiscais ficaram a cargo da assessoria de investigação penal do então procurador-geral de Justiça, José Muiños Piñeiro Filho. Alegando insuficiência de provas, Muiños decidiu pelo arquivamento do caso. A base para a investigação foram fitas de vídeo - gravadas pela Light - em que um intermediário, dizendo-se representante de três fiscais da Secretaria Estadual de Fazenda, pedia propina em troca da interrupção de uma ação de fiscalização na companhia. (Valor - 28.01.2003)

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4- Cemig lança 1ª debênture do ano

A Cemig está consultando 27 bancos para montar uma captação de até R$ 400 mi. A operação financeira envolve a emissão de 40 mil debêntures, com valor unitário de R$ 10 mil, em duas séries. É a segunda emissão de títulos em reais que chega ao mercado de capitais de renda fixa este ano e a primeira em debêntures. Em 10 de janeiro, a Telesp Celular anunciou a intenção de captar R$ 700 mi em notas promissórias (mais conhecidas como commercial papers). Ambas as operações ainda estão sob análise dos bancos e ainda devem levar um ou dois meses para ser apresentadas aos investidores. A expectativa da Cemig é de que não haverá dificuldade para a venda dos papéis. "A demanda do mercado é muito maior que isso", afirmou Luiz Fernando Rolla, superintendente de Relações com os Investidores da companhia. (Valor - 28.01.2003)

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5- Cemig negocia empréstimo sindicalizado de US$ 115 mi

A negociação com os bancos para a nova emissão de debêntures segue em paralelo a outra captação da Cemig. A companhia está negociando um empréstimo sindicalizado no valor total de US$ 115 mi, dentro das regras da Lei 4131, instrumento que permite a contratação direta de crédito de empresas brasileiras no exterior. Os recursos desse empréstimo servirão para pagar dívidas em dólar que vencem ao longo de 2003, no valor de US$ 100 mi. No entanto, desde que iniciou os contatos com as instituições financeiras, da primeira semana de janeiro até agora, a Cemig não recebeu sinalização positiva dos bancos sobre esse empréstimo. Segundo Rolla, se houver guerra entre Estados Unidos e Iraque e a situação do mercado se deteriorar muito, a operação pode ser cancelada. (Valor - 28.01.2003)

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6- Empresas vêem fim da inadimplência

Apesar das discussões jurídicas sobre a Contribuição de Iluminação Pública (CIP), as empresas distribuidoras de energia elétrica já comemoram o início da cobrança do novo tributo. "Embora tenhamos melhorado nossa situação nos últimos anos, muitos municípios ainda têm grandes passivos com as empresas", afirma Hélio Viana Pereira, vice-presidente de distribuição da CPFL, empresa que distribui energia para cerca de três milhões de clientes em 234 cidades paulistas. A cobrança da contribuição está sendo feita por meio de convênios das empresas com as prefeituras, que estabelecem, inclusive, que a empresa poderá reter diretamente o valor da conta de iluminação pública dos municípios sem a necessidade de transferência do dinheiro para a prefeitura. "Poderemos, em alguns casos, começar a cobrança em março", diz. Pereira afirma que a criação da CIP tem reflexos até mesmo na cidadania dos contribuintes. "Desde que a CIP foi anunciada, aumentou o número de clientes que nos ligam para informar de problemas na iluminação pública, como lâmpadas acesas durante o dia", afirma. (Valor - 28.01.2003)

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7- Cesp estuda antecipação de vendas para quitar dívida de R$ 2 bi que vence este ano

Pressionada por dívidas no valor de R$ 2 bi que vencem em 2003, a geradora estatal paulista de energia Cesp pretende antecipar a venda da energia que será liberada dos contratos iniciais em 2004 para efetuar os pagamentos. O próximo vencimento, segundo o secretário paulista de Energia e presidente do conselho de administração da Cesp, Mauro Arce, de US$ 150 mi em maio, terá parte rolada. O secretário afirmou que os credores que quiserem manter os bônus em carteira terão a remuneração elevada dos atuais 9% ao ano para 11,5%. "Não estamos parados", ressaltou. Segundo Arce, se a Cesp conseguir antecipar a negociação da energia liberada no próximo ano, parte da sua dívida poderá ser reduzida em vez de rolada. A estatal tem 900 MW liberados dos contratos iniciais neste ano e outro montante igual a ser liberado em 2004. Arce reconheceu que não há demanda de energia neste momento, mas destacou que a Cesp é um fornecedor de longo prazo. "Já estamos negociando contratos com novos consumidores", disse Arce. (Valor - 28.01.2003)

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8- AES Tietê desiste de operação para reduzir capital social

A AES Tietê, geradora pertencente ao grupo AES, que controla 10 hidrelétricas no país, desistiu da operação para reduzir em R$ 50 mi o valor do seu capital social, conforme decisão da Assembléia Geral Extraordinária, de setembro do ano passado. Em dezembro, os acionistas voltaram atrás. A decisão foi anunciada em fato relevante publicado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na última quinta-feira, dia 23 de janeiro. O comunicado enviado à CVM está assinado por Paulo Roberto Dutra, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da AES Tietê. (Canal Energia - 27.01.2003)

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9- Indefinições no Proinfa dificultam investimentos em PCHs

Nem mesmo a regulamentação do Proinfa foi suficiente para que os pequenos produtores retomassem investimentos em PCHs. A instalação de cerca de 147 MW depende da resolução rápida de alguns pontos do programa. A principal dúvida dos produtores é a falta de garantia de compra da energia pela Eletrobrás. Eles criticam o artigo do decreto nº 4.541, que permite a holding estatal fazer o pagamento aos produtores somente se a energia for contratada pelas distribuidoras. Para Fernando Vilela, diretor da Geraoeste, a medida não ajudou os produtores, que continuam tendo dificuldades em obter financiamento junto aos bancos. "O grande obstáculo dos investidores sempre foi o contrato de compra de energia. A regulamentação do Proinfa não facilitou muito os negócios para os produtores", afirma o diretor. (Canal Energia - 27.01.2003)

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financiamento

1- Dilma quer normas do sistema de precificação do MAE definidas até março

A ministra espera ter definidas, até o final de março, as normas relativas à descontratação da energia e ao sistema de precificação do MAE. Dilma enfatizou que hoje existe uma oferta excedente de energia e poucos agentes descontratados no mercado. "Temos de tratar a oferta excedente de energia sem que se produza um subproduto que é a falência, a perda financeira das empresas", afirmou. Em relação ao sistema de precificação do MAE, a ministra disse que o sistema atual pune os investidores que aplicaram recursos em usinas ao oferecer um valor de R$ 4 por MWh. "O sistema não pode punir a oferta de energia e só ficar em equilíbrio quando a oferta cobre a demanda", disse. (O Estado de São Paulo - 28.01.2003)

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2- Novo conselheiro do MAE é prestigiado

A posse do engenheiro civil Antônio Carlos Fraga Machado no Conselho de Administração do MAE ontem, em São Paulo, foi fortemente prestigiada pelo Ministério de Minas de Energia. O evento protagonizou a primeira vinda de Dilma Rousseff a São Paulo, após assumir a pasta de Minas e Energia, e trouxe ainda seu secretário-executivo, Maurício Tolmasquim. Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), Machado é o indicado do ministério dentro do conselho do MAE. Ele substitui Marcos Lopes, ex-presidente da Chesf, que representava a gestão anterior. (Gazeta Mercantil - 28.01.2003)

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3- Otimismo na liquidação residual no MAE

As empresas que atuam no MAE estão otimistas quanto à adimplência na liquidação financeira residual, cujos vencimentos vêm ocorrendo nos últimos dias. Isso porque a Cemig, principal devedora inadimplente no MAE, teria apresentado proposta para honrar seus compromissos. A liquidação residual refere-se a aproximadamente 20% do volume financeiro dos contratos fechados no MAE entre setembro de 2000 e setembro de 2002. Outros 30% foram liquidados na virada do ano e completam os 50% da primeira fase de liquidação do MAE. O acerto da outra metade só será feito após auditoria. Profissionais de várias empresas credoras no mercado de curto prazo afirmam ter recebido proposta da Cemig para negociação dos pagamentos no MAE. A empresa teria proposto quitar seus compromissos no dia 31 deste mês, com correção pelo Certificado de Depósito Interbancário (CDI), mas sem incidência de multa. A dívida da Cemig no MAE soma R$ 335 milhões nesta primeira fase de liquidação no MAE (50%). (Gazeta Mercantil - 28.01.2003)

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4- Preços no MAE ficam em R$ 4,00 em todos os submercados do país

Os preços no MAE tiveram pequena queda na quinta semana de janeiro. Entre os dias 25 a 31 de janeiro, o valor do MWh ficou em R$ 4,00 para todos os submercados do país. A maior queda verificada foi na região Nordeste, com índice negativo de 5,8% em comparação com a semana anterior. Nos submercados Norte e Sudeste/Centro-Oeste, o preço da energia teve variações negativas de 2,9% a 0,2% entre as cargas. No Sul, não houve variação no valor do MWh em comparação com a semana anterior. (Canal Energia - 27.01.2003)

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financiamento

1- Governo persegue superávit informal de US$ 15 bi

O governo persegue informalmente um superávit da balança de US$ 15 bi em 2003, apesar de trabalhar apenas, em caráter oficial, com a meta de aumentar as exportações em 10%. Em nenhum dos cenários traçados pelos técnicos do Ministério do Desenvolvimento o saldo ficará abaixo de US$ 12 bilhões. Para janeiro, a expectativa do governo é que ele seja maior do que US$ 1 bilhão. Os números obtidos até agora dão fôlego a essa projeção. Na semana passada, a quarta do mês, as exportações superaram as importações em US$ 380 milhões. O resultado elevou o superávit comercial acumulado no ano para US$ 888 milhões - um desempenho considerado surpreendentemente positivo para a maioria dos analistas. Os meses de janeiro são caracterizados pelos baixos fluxos de comércio. Em janeiro de 2002, o superávit da balança foi de US$ 171 milhões. (Valor - 28.01.2003)

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2- Meta de superávit primário deverá ser de 4,1% do PIB

O superávit primário do setor público registrado em 2002 foi de 4,1% do PIB, segundo dados preliminares do Ministério da Fazenda. A equipe do ministério ainda analisa os dados, que devem ser divulgados pelo Banco Central na próxima quinta-feira. A Folha de São Paulo apurou que a tendência do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) é estabelecer esse mesmo índice como meta de superávit primário para este ano, em substituição aos 3,75% do PIB acertados no ano passado entre o governo brasileiro e o FMI. O objetivo da nova meta seria estabilizar e reduzir a participação da dívida no PIB e, ao mesmo tempo, mostrar aos mercados que o governo terá uma gestão fiscal bastante austera e que fará todo o possível para manter o câmbio e a inflação sob controle. Com isso, quer dar garantia de que a dívida pública será paga. Palocci, no entanto, pretende trabalhar internamente com a possibilidade de obter um superávit primário ainda maior. (Folha de São Paulo - 28.01.2003)

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3- BC irá rolar linhas externas

O Banco Central decidiu ontem rolar integralmente as suas linhas externas interbancárias com vencimento na semana que vem. A realização de novos leilões de linha para facilitar a liquidação das operações antigas por parte das instituições financeiras evita que se tirem do mercado US$ 600 milhões num momento em que o cenário internacional se complica com a ameaça do ataque norte-americano ao Iraque. " O mercado pediu e nós decidimos atender " , disse o chefe do Departamento de Operações das Reservas Internacionais do BC, Daso Coimbra. As linhas a serem roladas são aquelas concedidas pelo BC por intermédio de operações de venda de moeda estrangeira associadas a operações de recompra para liquidação futura. (Valor - 28.01.2003)

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4- JBIC eleva empréstimos a empresas brasileiras

O Japan Bank for International Cooperation (JBIC) - principal agência de crédito do governo japonês no exterior - voltou a operar com força no Brasil. Em menos de um mês, a instituição já fechou US$ 840 mi em empréstimos a empresas brasileiras, em quatro operações: Telemar (US$ 250 mi), Telefônica SP (US$ 250 mi), Vale do Rio Doce (US$ 300 mi) e Companhia Siderúrgica de Tubarão (US$ 39 mi). Atualmente a carteira de financiamentos do JBIC para o país soma cerca de US$ 6 bi. O representante do JBIC no Brasil, Nishiwana Wohei, reconhece que o banco diminuiu o ritmo de atuação no Brasil no ano passado. Ele explica que, embora os aspectos básicos da economia brasileira não tenham se alterado de lá pra cá, era preciso aguardar para avaliar a política do novo governo. "Com o ministro Palocci e o o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, pudemos ver que não há nenhuma mudança dramática na nova política", explica. (Valor - 28.01.2003)

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5- Possível guerra no Iraque preocupa, mas Palocci descarta um "Plano B"

A equipe econômica do governo já começou a incluir em suas contas os possíveis efeitos de um conflito militar no Iraque. Nos últimos dias, diante dos sinais emitidos pelos Estados Unidos, de que a probabilidade de uma guerra é cada vez maior, o cenário com o qual a equipe vinha trabalhando se deteriorou. "Na medida em que foi anunciada pelos EUA a possibilidade iminente da guerra, isso fez com que os mercados no mundo todo, e não apenas no Brasil, tivessem uma depreciação", comentou o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O ministro disse que o Brasil tem condições de resistir a uma nova crise, caso ela venha a acontecer, e assegurou que não existe um plano alternativo. "Não há Plano B. Não acredito que, mesmo tendo uma crise internacional em níveis de conflito, possamos ter uma deterioração na economia a ponto de exigir o Plano B. Nosso plano é o Plano A. Ele vai dar certo, estamos otimistas", afirmou, acrescentando que o país já sofreu crises mais severas antes. (Valor - 28.01.2003)

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6- Estados Unidos se dizem otimistas com governo brasileiro

O governo dos Estados Unidos está otimista sobre o Brasil e sua nova liderança, anunciou ontem a maior autoridade internacional do Tesouro norte-americano. John Taylor, subsecretário para assuntos internacionais, disse que a recente vitória de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente dá a oportunidade de estabelecer "um novo capítulo no relacionamento historicamente forte" entre os EUA e o Brasil. "Estamos encorajados pela liderança econômica do presidente Lula, e sua nova equipe já demonstrou isso", informou Taylor em anotações preparadas para um discurso ao Brazil-U.S. Business Council. Taylor acrescentou que o novo plano econômico brasileiro é "justamente ambicioso" em suas metas para eliminar a fome, lutar contra a corrupção, e desencorajar o tráfico de drogas. "Muitos países evidenciam que taxas cambiais flexíveis, baixa inflação e transparência no estabelecimento de taxas de juros conduzirão a uma maior estabilidade macroeconômica, e é importante que o Brasil tenha escolhido esse caminho." (Gazeta Mercantil - 28.01.2003)

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7- Dólar sobe 0,30% em dia de expectativa interna e externa

O mercado de câmbio é comprador na manhã desta terça-feira, à espera de eventos internos e externos. Às 11h19m, a moeda americana era negociada por R$ 3,628 na compra e R$ 3,633 na venda, com valorização de 0,30%. O temor de guerra, a expectativa em torno de definições na economia americana e o leilão de contratos de swap cambial do Banco Central (BC) são algumas das variáveis do dia. (GloboNews - 28.01.2003)

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gás e termoelétricas

1- Termelétrica de SC tem fornecimento de carvão indefinido

O Sul do Estado de Santa Catarina se mobiliza para discutir o fornecimento de carvão para a usina termelétrica Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo, administrada pela multinacional belga Tractebel, concessionária do sistema Eletrobrás. As empresas carboníferas não aceitam redução da cota mínima de 200 mil toneladas/mês para 118 mil toneladas/mês, como propõe a Aneel. O setor carbonífero iniciou o ano apreensivo com a indefinição nos contratos de fornecimento de carvão para a usina. A proposta de redução é uma interpretação da lei 10.438 que regula os contratos de fornecimento do combustível. Apesar das negociações envolverem empresas da iniciativa privada (Tractebel e carboníferas), a solução para o problema passa pelo setor público através da Eletrobrás e da própria Aneel. (Diário Catarinense - 28.01.2003)

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internacional

1- AES registra US$ 2,7 bi de encargos no 4º trimestre

A AES Corporation anunciou, ontem, que registrará encargos associados com a redução do valor de ativos e fundo de comércio, durante o quarto trimestre de 2002, no total de US$ 2,7 bi. Os encargos estão relacionados principalmente aos seus investimentos em negócios operacionais na Inglaterra e no Brasil, bem como aos projetos em andamento nos Estados Unidos que serão vendidos ou sustados. Essas despesas que não são em dinheiro não vão causar impacto sobre a posição de liquidez da empresa controladora, segundo ele. O comunicado diz que "em conjunto com a reavaliação anual do valor do fundo de comércio da empresa e como conseqüência do novo clima econômico e regulamentador desfavorável no Brasil, a AES também contabilizará uma redução de valor do fundo de comércio e de outros ativos, após o imposto de renda, relacionada com seus investimentos na Eletropaulo de aproximadamente US$ 706 mi, e uma redução de valor de US$ 587 mi para refletir o lançamento contábil de um valor justo do investimento acionário da companhia e de um ativo correlato de imposto adiado na Cemig". (Gazeta Mercantil - 28.01.2003)

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2- Creg vai aprovar regras para interconexão

A Creg, agência nacional de energia da Colômbia, quer aprovar regras para interconexões internacionais na semana que começa em 27 de janeiro, disse a especialista da Creg, Sandra Fonseca. A regulamentação acontece depois da assinatura de um acordo, em dezembro de 2002, por cinco ministros de Energia da Comunidade Andina (CAN) - da Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela - concordando em integrar seus mercados de energia, criando um bloco de comércio regional. Investidores do setor, colombianos, gostaram da idéia "que representa uma expansão do mercado", diz Fonseca. David Felipe Acosta, diretor comercial da distribuidora e comercializadora Codensa, concorda, acrescentando no entanto que, por causa da relativa escassez de excedentes de energia na CAN para eventual venda à Colômbia, o acordo representa mais uma oportunidade de exportação para geradoras do que uma oportunidade comercial para as empresas que negociam energia. Acosta adverte ainda que as regras de cada um dos países teriam de ser alinhadas para evitar problemas futuros. Fonseca sublinhou que o mercado equatoriano já é regulado e que quando as regras da Colômbia foram aprovadas, os outros três países devem fazer o mesmo pouco depois.(Business News America -27.01.2003)

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3- Empresas européias competem para construir usina na Algéria

Companhias européias estão se oferecendo para construir a usina que gerará 600-800 MW na Skidia, Algéria, anunciou a Companhia Energética da Algéria, nessa segunda-feira. O conglomerado alemão Siemens, a geradora espanhola Iberdrola, a construtora italiana Eni e o consórcio francês Sofresid já enviaram suas propostas, assim como as canadenses Veatech e SNC Lavalin. O projeto deverá custar entre 400 e 600 mil dólares e a empresa selecionada será anunciada em 45 dias, disse AEC.(Platts - 27.01.2003)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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