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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.036 - 22 de janeiro de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Transição do Modelo e condições macroeconômicas adiam investimentos no setor

Várias empresas estrangeiras - ver na seção Empresas - estão postergando suas decisões de investimento. Duas são as causas. A mais geral refere-se ao comportamento das variáveis macroeconômicas nacionais e internacionais. Juros, taxa de câmbio, restrição ao acesso a linhas externas de financiamento sofreram alterações substanciais. Com isso, as controladoras têm que fazer ajustes pois o impacto sobre o equilíbrio econômico-financeiro de suas empresas é grande. A segunda causa está associada às condições do mercado de energia: (a) queda da demanda e lenta recuperação gerando capacidade ociosa no curto prazo; e, (b) a implantação de um novo Modelo para o setor de energia elétrica abre uma fase de transição e indefinições nos marcos regulatórios. A conjugação destes dois vetores faz com que as decisões de investimento sejam adiadas. Este comportamento não deve ser interpretado como crítica ou pressão sobre o MME, pois faz parte da lógica competitiva das empresas, em especial as que têm seus controles em mãos de grupos estrangeiros. (Editor do IFE - UFRJ - 22.01.2003)

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regulação

1- Reajuste de tarifa pode ser adiado

O presidente da Abradee, Orlando González, admitiu que o reajuste ordinário das tarifas de energia de dez distribuidoras, previsto para abril, poderá ser adiado se o Governo e as empresas não chegarem a um acordo sobre a metodologia de cálculo até a data dos aumentos. O executivo acrescentou que a situação difícil das distribuidoras compromete também a expansão da geração de energia, que usa os contratos com as distribuidoras "como lastro" para os financiamentos. Ao todo, 17 distribuidoras têm reajustes ordinários, que ocorrem a cada quatro anos, previstos para este ano. Além da pendência por uma definição da metodologia de cálculo para os reajustes ordinários, há discussão sobre a base de remuneração sobre a qual a fórmula a ser criada será aplicada. Anteontem, a Justiça rejeitou um pedido de liminar da Abradee para mudança do critério e a entidade disse que recorrerá. A Aneel definiu que a base de remuneração será o valor de mercado das empresas, enquanto a Abradee deseja que seja o preço mínimo dos leilões de privatização das distribuidoras corrigido pelo IGP-M. De acordo com os cálculos da Abradee, a diferença entre as duas bases de remuneração é de R$ 16,3 bi. González explicou que o valor mínimo das distribuidoras nos leilões de privatização era de R$ 28,3 bi e o preços de mercado das companhias somam R$ 12 bi. (Jornal do Commercio - 22.01.2003)

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2- Aneel fixa valores da RGR e juros sobre reversão para 14 empresas

A Aneel, através do despacho nº 12, publicado nesta segunda-feira, dia 20 de janeiro, no Diário Oficial da União, beneficiou 14 empresas geradoras e transmissoras com a fixação de valores relativo à Reserva Global de Reversão (RGR) e aos juros sobre o Fundo de Reversão. Uma das empresas é a Chesf, com um quota anual da RGR, relativa a 2003, fixada em mais de R$ 79 milhões. A lista de empresas inclui ainda nomes como Eletronorte, Empresa Paraense de Transmissão de Energia (EPTE), Cataguazes-Leopoldina e as companhias energéticas do Ceará e Alagoas. Os valores valem para o período janeiro a dezembro de 2003. Os valores deverão ser recolhidos no dia 15 de cada mês seguinte ao mês de competência, de acordo com o despacho da Aneel. (Canal Energia - 21.01.2003)

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risco e racionamento

1- Nível dos reservatórios está em 22,76% no Norte

A capacidade do subsistema Norte é de 22,76%, um acréscimo de 0,43% em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Tucuruí está com 28,1% da capacidade. (Canal Energia - 21.01.2003)

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2- Capacidade do subsistema Nordeste é de 28,26%

O nível dos reservatórios está em 28,26% no subsistema Nordeste, um aumento de 0,78%. O volume está 11,99% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho apresenta índice de 21,72%. (Canal Energia - 21.01.2003)

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3- Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 51,96% da capacidade

Com um acréscimo de 0,65%, os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste atingiram 51,96% da capacidade. O valor está 26,09% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Nova Ponte está com índice de 46,84%, enquanto Emborcação registra 51,29%. (Canal Energia - 21.01.2003)

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4- Reservatórios estão com 90,91% do volume no Sul

O subsistema Sul manteve a sua curva de queda nos índices, registrando uma variação de 0,73%. Os reservatórios estão com 90,91% do volume. O nível da usina de G. B. Munhoz está em 93,25%. (Canal Energia - 21.01.2003)

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5- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Novo modelo energético será determinante para a retomada de investimentos

O ano de 2003 será crucial para o setor de energia elétrica no País: a reconstrução do modelo energético, prevista para ocorrer de forma gradual, será determinante para a retomada de investimentos. À espera de definições do novo governo, investidores mantém seus projetos temporariamente suspensos. A canadense Brascan é um típico caso de empresa que apostou em novos empreendimentos e agora espera pelas novas regras. Três PCHs da Brascan Energética, no total de US$ 70 mi, "só sairão do papel após as definições", informou o presidente da empresa, Antonio Carlos de Lyra Novaes. Outros projetos para a construção de duas hidrelétricas de médio porte em Goiás também estão suspensos. As usinas somam um potência instalada de 201 MW, no valor de US$ 250 milhões. "Estamos no Brasil há 103 anos e por isso mesmo avaliamos que temos de esperar um pouco mais para poder investir", afirmou Novaes. (Gazeta Mercantil - 22.01.2003)

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2- Iberdrola reduzirá investimentos

A espanhola Iberdrola previa, em meados do ano passado, investimentos de US$ 1 bi no Brasil, até 2006, nas áreas de geração e distribuição de energia. Por conta das alterações do mercado o total de investimentos estão sendo redefinidos para baixo. A informação foi do presidente-executivo da empresa, Ignacio Sanchez Galan, que justificou a medida como de "natureza administrativa e burocrática". (Valor - 22.03.2003)

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3- EDP congela investimentos

O grupo Eletricidade de Portugal ( EDP ) decidiu congelar os investimentos de US$ 250 mi que pretendia fazer para construir uma térmica de 550 MW em Araraquara. O presidente do grupo, Eduardo Bernini, disse que a negociação da energia produzida por térmicas precisa de regras específicas, diferentes daquelas que são válidas para hidrelétricas. (Valor - 22.03.2003)

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4- Brascan mantém meta de investimentos

A Brascan Energética, através de seu presidente Antonio Carlos Novaes, adiantou que mantém os investimentos previstos até 2007, de US$ 500 mi. Mas ressalta que alguns projetos enfrentam problemas de licenciamento ambiental, sem contar a baixa demanda do mercado. Novaes também disse que alguns dependem da regulamentação do programa de incentivo a fontes alternativas de energia. (Valor - 22.03.2003)

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5- AES posterga investimentos

A americana AES decidiu adiar as obras de três usinas termelétricas no Brasil, que exigiriam investimentos de US$ 1,2 bi. Os projetos já têm o licenciamento ambiental concedido. A principal causa deste adiamento está associada menos à transição do Modelo do SEE e mais às dificuldades financeiras que a empresa vem passando nos Estados Unidos e no Brasil. A alta exposição a empréstimos em dólar prejudicaram o seu desempenho no Brasil. A empresa, que é controladora da Eletropaulo, quitou ou renegociou o vencimento de R$ 2,5 bi nos últimos seis meses. (Valor - 22.03.2003)

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6- Duke Energy adia investimentos em 3 térmicas.

A Duke Energy decidiu adiar investimentos de US$ 300 mi em três empreendimentos. Está negociando com a Petrobras sua saída das térmicas "gêmeas" de Puerto Suárez (na Bolívia) e Corumbá - com capacidade de gerar 88 MW cada. Adiou o projeto da térmica de Pederneiras que tem capacidade de gerar 500 MW com localização prevista no interior de São Paulo, próximo a Bauru. A Duke controla a Geração Paranapanema e tem atualmente 2.300 MW instalados em oito usinas. (Folha de São Paulo e Valor - 22.03.2003)

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7- Abradee quer redução de carga tributária

O presidente da Abradee, Orlando González defendeu a redução da carga tributária para as empresas do segmento. Segundo ele, atualmente 29% do valor das tarifas das distribuidoras se destinam a cobrir os custos com impostos. Outros 41% ficam para as contas com geração e 3% para transmissão. Na partilha, de acordo com González, sobram 27% para distribuição, percentual destinado à cobertura de itens como despesas operacionais, pagamento a acionistas e investimentos. "A revisão tarifária só envolve estes 27%", observou o executivo, que também preside a Elektro. Ele garantiu que, apesar de a Justiça de ter negado pedido de liminar das distribuidoras para rever a base de remuneração, a entidade continuará conversando com a Aneel e o novo governo para encontrar uma alternativa. (Canal Energia - 21.01.2003)

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8- Copel avança para a reverticalização, diz novo presidente

O processo de reverticalização da Copel já está bem encaminhado, na opinião de Paulo Pimentel, que assumiu a presidência da empresa há duas semanas. A parte administrativa da empresa, de acordo com o executivo, já voltou a funcionar como uma só, agora com menos diretorias e o fluxo de pagamento centralizado. Segundo ele, o único processo que continuará separado é a contabilidade, para dar mais credibilidade e facilitar o trabalho de fiscalização da Aneel. "A reunificação da Copel já é uma realidade de fato, e em breve será também de direito", diz. Logo que assumiu, o executivo comunicou a Aneel a intenção da empresa de rever a desverticalização. (Canal Energia - 21.01.2003)

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9- Dilton assume Chesf e quer planejamento energético

O novo presidente da Chesf assumiu o cargo destacando a necessidade de definir ações no setor de infra-estrutura para a obtenção de um desenvolvimento sustentável no País. "No que diz respeito à energia, é necessário o planejamento energético integrado nacionalmente, combinado com uma perspectiva regional flexível e descentralizada", afirmou. No ambiente interno da empresa, da Conti citou que há questões relevantes a resolver, em curto prazo, na área jurídica, ajustes na contabilização do MAE e obras pendentes de autorização, entre outras. (Diário de Pernambuco - 22.01.2003)

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10- Dilma Rousseff anuncia nomes de novos diretores da Chesf

Durante a posse do novo presidente da Chesf, realizada na última terça-feira, dia 21 de janeiro, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, também anunciou os nomes que irão compor a diretoria. José Ailton de Lima ficou com a diretoria de Engenharia; Marcos José Mota de Cerqueira, para a diretoria Econômica-Financeiro; João Bosco de Almeida, para a diretoria de Administração; e Mozart Bandeira Arnaud, na área de Operações. (Canal Energia - 22.01.2003)

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11- Paraense assume diretoria de Produção da Eletronorte

O paraense natural de Marapanim Dilson Trindade, engenheiro eletricista com pós-graduação na Inglaterra e no Japão, será empossado em Brasília, hoje, diretor de Produção e Comercialização da Eletronorte. Trindade é sindicalista dos urbanitários e foi candidato a prefeito de Marapanim pelo PT em 2000. A Eletronorte foi dividida entre PT e PMDB. Das quatro diretorias, três ficaram com partido de Lula. A presidência e a quarta diretoria - Administrativo-financeira - foram para os indicados do senador José Sarney (PMDB). Além da Produção e Comercialização, o PT ficou com as diretorias de Gestão e de Engenharia. Apesar da presidência e da parte financeira estarem nas mãos do PMDB, Dílson Trindade afirmou ontem, durante reunião com os dirigentes sindicais dos Urbanitários, no Instituto Padre Guido, que a política adotada pela geradora de energia será ditada pelo seu partido. (O Liberal - 22.01.2003)

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12- CPFL ameaça cortar energia elétrica de instalações públicas

A CPFL vai cortar o fornecimento de energia elétrica a instalações públicas e prédios de prefeituras que não pagam a conta. A empresa se baseia em resolução da Aneel que autoriza a suspensão do fornecimento a serviços não essenciais de órgãos públicos inadimplentes. Ontem, a concessionária deu prazo de 15 dias à prefeitura de Iperó, na região de Sorocaba, para pagar um débito de R$ 1 mi sob pena de corte no fornecimento. O prefeito Marcos Andrade (PFL) disse que vai entrar com pedido de liminar na Justiça para impedir o apagão. Segundo ele, o corte pode atingir serviços essenciais e comprometer a segurança da população, pois a cidade ficará às escuras. (Tribuna da Imprensa - 22.01.2003)

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13- Cemig começa a arrecadar contribuição sobre iluminação pública para municípios

A partir do mês de fevereiro, Cemig começa a arrecadar a contribuição para custeio de iluminação pública de uma série de municípios do estado. Publicada em dezembro do ano passado, a Emenda Constitucional nº 39 autoriza os municípios a cobrarem o tributo, que substitui a taxa de iluminação. Para iniciar a arrecadação, a concessionária firmou convênios com as prefeituras para cobrança da contribuição na fatura mensal de energia elétrica. O valor arrecadado de cada cliente, que será definido pelas prefeituras de acordo com o consumo de cada consumidor, ficará disponível numa conta vinculada para o pagamento do consumo de energia elétrica e das despesas de operação, manutenção, ampliação e melhorias do sistema de iluminação pública do município. (Canal Energia - 22.01.2003)

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financiamento

1- Ministério modificará sistemática de preços no MAE

O Ministério das Minas e Energia planeja mudar a sistemática de preços no MAE para enfrentar a crise do excesso de oferta no setor elétrico brasileiro. O anúncio foi feito ontem pela ministra Dilma Rousseff, no Recife, onde compareceu à posse do novo presidente da Chesf, Dilton da Conti. Os excedentes de energia no País, devido à retração da demanda no pós-racionamento, chegam a 3,5 mil MW. Nas geradoras federais, os excedentes são de 2,740 mil MW. Essas sobras das federais estão sendo vendidas no MAE e através de contratos bilaterais a preços extremamente depreciados. É exatamente para reduzir o impacto da crise sobre o caixa das empresas que a ministra pretende mudar as regras de cálculo no MAE. "As bases em vigor não podem ser consideradas de precificação, elas definem o valor da energia e valor não é preço", critica. (Gazeta Mercantil - 22.01.2003)

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2- MAE deve perder caráter especulativo

O MAE deve perder, no Governo Lula, o caráter especulativo que se evidenciou durante a crise de energia elétrica. Pelo menos essa é a promessa da ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef. A ministra acredita que o MAE é um mercado residual, de sobras, e por isso não pode sinalizar a necessidade de expansão da oferta. "Quando chove muito, a energia é barata. Utilizando esse modelo nunca vamos saber da necessidade de uma expansão correta", disse ontem a ministra, de passagem pelo Recife.Durante o racionamento de energia, o MW médio chegou a ser cotado no MAE a R$ 684. Hoje, esse valor está na casa dos R$ 4. "Nesse modelo, temos patamares diferenciados do custo do déficit energético e isso não é satisfatório", afirmou. (Diário de Pernambuco - 22.01.2003)

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financiamento

1- Governo ajusta meta de inflação para 8,5%

O ministro da fazenda Antonio Palocci Filho e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, anunciaram ontem que a política de juros terá o objetivo de atingir uma inflação de 8,5% neste ano e 5,5% em 2004. Trata-se de objetivos bem mais frouxos que os determinados originalmente e, ao mesmo tempo, ambiciosos o suficiente para desencorajar apostas numa queda mais rápida dos juros, hoje em 25% anuais. Será descumprida, embora não revogada, a meta oficial de 4%, com 2,5 pontos percentuais de tolerância, em 2003. A inflação buscada deverá convergir para os limites oficiais no próximo ano, para o qual a meta é de 3,75%, com a mesma margem de tolerância. A justificativa de Meirelles para o estouro da meta deste ano é a mesma dada pelo BC nos dois anos anteriores: em razão do choque representado pela alta do dólar, seria necessário produzir uma recessão para cumprir a meta. (Folha de São Paulo - 22.01.2003)

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2- Nova alteração na meta de inflação é possível, diz Meirelles

Meirelles disse, contudo, que a meta ajustada pode ser alterada novamente ao longo do ano, se os efeitos dos choques de oferta que afetaram a economia nos últimos meses forem mais fortes do que os atualmente previstos. Este será o terceiro ano consecutivo em que a inflação extrapolará a meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Desde que o sistema de metas de inflação foi implantado no país, em 1999, somente no primeiro ano e em 2000 as metas foram cumpridas. Meirelles disse que, apesar dos ajustes nos alvos a serem perseguidos pelo BC e do não-cumprimento consecutivo das metas, o sistema de metas de inflação não está desacreditado. Disse que o estouro da inflação se deveu a choques excepcionais de oferta (como o aumento de custo da indústria provocado pela forte alta do dólar no ano passado) e que, portanto, não devem ser combatidos no curto prazo. (Folha de São Paulo - 22.01.2003)

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3- BC faz a 1ª intervenção do governo Lula

A pouca liquidez no mercado e a crise internacional em razão da Venezuela e do Iraque fizeram o dólar fechar em alta de 2,2%, cotado a R$ 3,485. É a terceira valorização consecutiva da moeda norte-americana, que desde sexta-feira já subiu 5,45%. Mesmo com a venda de dólares do BC, a primeira desde que Henrique Meirelles assumiu a instituição e a primeira do governo Lula, a moeda não interrompeu sua trajetória de alta. O BC não informou o montante vendido, mas, segundo operadores de câmbio, a intervenção ficou em torno de US$ 50 mi. O C-Bond, principal título da dívida brasileira transacionado no exterior, terminou o dia em queda de 2,76%. O risco-país subiu para 1.360 pontos, alta de 4,37% em relação ao fechamento anterior. (Folha de São Paulo - 22.01.2003)

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4- Investimento externo foi de US$ 16,6 bi em 2003

O fluxo líquido de investimentos estrangeiros diretos para o Brasil ficou em US$ 16,6 bilhões em 2002. Trata-se de uma queda de 26% perante os US$ 22,5 bilhões que ingressaram no país em 2001. A informação consta da carta aberta do presidente do Banco Central sobre as metas de inflação, divulgada ontem. E confirma a expectativa dos especialistas de que a entrada de investimentos do exterior no Brasil teria ficado em torno de US$ 16 bilhões no ano passado. Para este ano, as projeções são de uma nova redução no volume diante do cenário internacional conturbado inclusive pela possibilidade de uma guerra contra o Iraque. Segundo o documento do Banco Central, a retração nos fluxos de capitais incluiu as linhas de comércio, que diminuíram 28%. (Valor - 22.01.2003)

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5- IGP-M cai para 1,81% na 2ª prévia do mês, ante 3,26% em dezembro

O IGP-M registrou 1,81% de inflação na segunda prévia de janeiro ante 3,26% no mesmo período de dezembro do ano passado. Na primeira prévia do mês, o índice fora menor, de 1,34%. Os números divulgados ontem pela FGV mostram que a inflação retornou ao patamar de setembro último, quando era de 1,79%. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atinge 27,12%. O IPA (Índice de Preços por Atacado) passou de 3,69% em dezembro para 1,98%. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) recuou de 2,54% para 1,59%. O INCC (Índice Nacional da Construção Civil) fechou em 1,22% contra os 2,26% anteriores. No acumulado de 12 meses, a inflação do atacado soma 36,09%, e a do varejo, 12,73%. (Folha de São Paulo - 22.01.2003)

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6- Dólar reduz alta para 0,91%, mas se mantém acima de R$ 3,50

O dólar à vista reduziu o ritmo de alta com que vinha operando neste final de manhã, como reflexo da movimentação das tesourarias bancárias. Às 11h54m, a moeda americana subia 0,91%, cotada a R$ 3,512 na compra e R$ 3,517 na venda. Na máxima do dia, a cotação de venda alcançou R$ 3,547 (alta de 1,78%). A desaceleração do dólar coincide com a leve melhora no mercado de títulos da dívida externa. Também os juros futuros se desaceleraram. O clima de mau humor, no entanto, prevalece nos mercados. (O Globo On Line - 22.01.2003)

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gás e termoelétricas

1- Governo quer que Petrobras atue em parceria com a Eletrobrás

O governo vai tentar inserir a Petrobras no programa nacional de energia atuando em conjunto com a Eletrobrás, o que deve ser feito por meio do gás natural. No governo passado, as duas estatais se viam quase como "adversárias" devido à tentativa da Petrobras de se posicionar como "produtora de energia". O elemento de ligação entre as duas estatais deverá ser o engenheiro Ildo Sauer, que a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, quer oficializar como diretor de gás e energia da Petrobras. Sauer completa o "quarteto" de maiores críticos da política energética do governo anterior, juntamente com a própria ministra, o atual secretário de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, e o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa. A intenção da ministra, segundo fontes próximas ao novo governo, é que os quatro atuem em conjunto para equacionar as questões no setor, especialmente a inserção do gás natural na matriz energética, onde a participação da Petrobras é inevitável, devido à posição da estatal no setor. (Tribuna da Imprensa - 22.01.2003)

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2- Preço do gás boliviano gera discussão em SC

Os empresários catarinenses ameaçaram ontem suspender o uso do gás natural boliviano e voltar a utilizar combustíveis como carvão e até mesmo lenha se o preço do produto continuar acima do similar nacional. Este foi o tom do encontro sobre gás natural, ontem, em Florianópolis, realizado pelo governo do Estado em parceria com a SCGás e Petrobras. Na reunião, sobraram críticas ao preço cobrado das empresas que aderiram ao uso do gás natural importado da Bolívia. O preço é vinculado ao dólar, que sobre sem parar. Os empresários se confessaram "no limite". Em seu discurso de abertura, o presidente da SCGás, Otair Becker, ressaltou que, de dezembro de 1999 a dezembro de 2002, os preços do gás importado da Bolívia sofreram aumentos de 127%. (Diário Catarinense - 22.01.2003)

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3- Chesf vai estudar viabilidade de termelétrica

A novela da implantação de uma usina termelétrica pela Chesf em Pernambuco poderá ser retomada a qualquer momento. Essa é uma das obras na pauta de discussão da estatal após a posse da nova diretoria, segundo explicou o titular da área de Engenharia, José Ailton de Lima. A térmica, que já foi Bongi e depois virou Pau Ferro, havia sido suspensa por tempo indeterminado pela gestão anterior. A grande oferta de energia hidrelétrica no momento não justificaria o investimento. O projeto prevê a implantação de uma usina de 150 MW junto à subestação de Pau Ferro, em Igarassu. "Vamos iniciar a discussão sobre o empreendimento", garantiu Lima ao comentar os projetos com previsão de implantação a curto prazo. Além da térmica de Pau Ferro, até março, já estará funcionando a primeira turbina da termelétrica de Camaçari, na Bahia. (Jornal do Commercio de Pernambuco - 22.01.2003)

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grandes consumidores

1- Empresas siderúrgicas aumentaram produção de aço bruto em 11% em 2002

A indústria siderúrgica aumentou em 10,8% a produção de aço bruto no ano passado em relação a 2001. A produção de semi-acabados -principal item de exportação do setor- cresceu 14,6%, acompanhando o aumento de 29,7% das vendas externas, de acordo com os dados do IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia) divulgados ontem. O presidente do IBS, José Armando de Figueiredo Campos, anunciou que a produção total atingiu 29,6 milhões de toneladas, volume que colocou o Brasil como o 8º maior produtor mundial de aço. Esse crescimento foi conseqüência de investimentos feitos anteriormente e de distorções estatísticas. O IBS projeta crescimento de 4,8% na produção bruta deste ano e aumento de 6% nas exportações. Trabalha com cenário de inflação entre 10% e 11%, crescimento de 2% do PIB e dólar a R$ 3,50 no encerramento do ano. (Folha de São Paulo - 22.01.2003)

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internacional

1- Powergen demitirá quase mil empregados da TXU

A controladora inglesa Powergen reduzirá em quase 1000 o número de empregos gerados pela companhia elétrica TXU, que foi comprada pela Powergen ano passado. A controladora também anunciou que dos 936 empregados de grande escalão, esse número será reduzido para 250 até o próximo ano e que também planeja fechar três revendedoras da TXU localizadas em Rayleigh, Olton e Londres, afetando mais 276 trabalhadores. Powergen pretende eliminar o efeito cascata sobre os preços. (Platts-21.01.2003)

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2- Decreto autoriza alta de tarifas públicas na Argentina

O presidente argentino, Eduardo Duhalde, assinou ontem decreto que autoriza o aumento de tarifas das empresas de serviços públicos, congeladas desde janeiro do ano passado. O governo já havia tentado subir as tarifas por decreto, mas a tentativa foi derrubada na Justiça pela Defensoria Pública. Ontem, o defensor público Jorge Cermesoni avisou que voltaria a recorrer à Justiça. As tarifas foram congeladas pela Lei de Emergência Econômica, votada no Congresso argentino em janeiro. Segundo a lei, os preços só poderão mudar quando o governo fizer uma reavaliação dos contratos de concessão dos serviços. O reajuste era uma das exigências do FMI que travavam a assinatura do acordo com a Argentina. (Folha de São Paulo - 22.01.2003)

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3- Colômbia abre licitação para LT de US$ 450 mi em março

O Ministério das Minas e Energia da Colômbia vai abrir licitação em março para construção e operação de duas linhas de transmissão de 500kV que envolvem um investimento estimado em US$ 450 mi, segundo uma fonte da unidade de planejamento de política energética, a UPME. A UPME está preparando os detalhes de projeto para o Ministério. A empresa vencedora será proprietária, operará e receberá tarifas de transmissão nas duas linhas segundo um mecanismo que nem é concessão nem contrato. Será vencedora a empresa que propuser receitas anuais mais baixas, expressas em dólar constante, durante um período de 25 anos. A empresa continuará faturando no 26º ano, mas segundo um critério de cálculo diferente. Com as novas linhas de transmissão, aumenta a segurança de fornecimento no norte e leste do país e fica mais viável uma interconexão de grande escala com a Venezuela. As propostas devem ser apresentadas em agosto, e o vencedor anunciado em setembro e as duas linhas estão programadas para entrar em operação até 1º de janeiro de 2007, no mais tardar. A estatal de transmissão ISA está muito interessada em participar da licitação assim que o edital sair, disse o porta-voz Gabriel Gallon. (Business News America-21.01.2003)

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4- Saesa vai investir US$ 50 mi em 2003

A empresa chilena de distribuição de energia Saesa vai investir US$50mi para consolidar seus investimentos no Chile em 2003, segundo o presidente da Saesa, Jorge Brahm. "Não faremos nenhum investimento novo em 2003, mas manteremos nossas operações no patamar atual", diz Brahm. Quanto ao balanço de 2002 da Saesa, "nossos resultados operacionais deveriam ter sido melhores que os do ano anterior, mas foram afetados por um refinanciamento de dívida no último trimestre", diz Brahm. A Saesa vai adiantar o pagamento de um empréstimo de US$150mi no dia 21 de janeiro, depois do sucesso de uma emissão de bônus no mercado local na semana passada. O empréstimo vencia originalmente em 18 de outubro, mas foi prorrogado uma vez para 8 de novembro e depois para 4 de abril. A empresa pagará também, na primeira semana de fevereiro, um empréstimo de longo prazo de US$35mi tomado com o Banco Santander. Enquanto isso, a norte-americana PSEG considera entrar para os mercados de geração e transmissão do Chile em 2003. A controvérsia em torno da nova lei para o setor elétrico chileno, a 'Lei Curta', para regulação dos custos de transmissão, não deve ser preocupação para a PSEG. Existe informação de que a PSEG esteja interessada em apresentar proposta pela geradora hidrelétrica Canutillar (172MW), da Endesa, na X Região. A Saesa atende às Regiões IX e X no sul do Chile.(Business News America-21.01.2003)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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