1- Novas diretrizes para o setor de energia elétrica |
Ao longo da semana
passada, na posse das novas diretorias das estatais, a ministra
Dilma apontou algumas diretrizes da reestruturação do setor de
energia elétrica. Entre estas merecem destaque as seguintes:
1. A composição das
diretorias apresentou um forte componente técnico e centrado em
critérios relacionados com a implantação do novo modelo. A possibilidade
de rodízio de diretores intra-estatais é uma clara sugestão de
que as diretorias terão que subordinar à política do MME.
2. A "decretação" do
fim da política de privatização. A crise de oferta, que levou
o país ao "apagão", mostrou de forma inequívoca que deixar o setor
ao sabor do mercado não gera os investimentos necessários. Assim
estão definitivamente suspensas as privatizações das geradoras
e o fracionamento das empresas públicas em geradoras, distribuidoras
e transmissoras. Esta última medida aumentava os custos operacionais
das empresas, diminuindo o impacto das economias de escala.
3. As empresas estatais
terão uma participação mais ativa e decisiva na construção do
novo modelo. Para tanto será utilizada e ampliada a capacidade
de investimento das empresas públicas, utilizando-se os recursos
próprios, empréstimos seletivos do BNDES e parcerias estratégicas
com investidores privados. Neste último caso, a articulação com
as empresas estatais será uma das principais garantias para a
entrada de novos recursos privados no setor de energia elétrica.
4. O relacionamento
com a Aneel tende a se estabilizar em um novo patamar centrado
mais nas ações de fiscalização e regulação. Aqui a Agência poderá
criar e consolidar a uma efetiva função econômica no setor. Em
suma, o fim do modelo centrado na privatização abre novas perspectivas
e exige novas funções e ações para todos os agentes econômicos
que atuam no setor, em especial para o MME e suas empresas. (Editor
do IFE - UFRJ - 21.01.2003)
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2- Declarações de Dilma são vistas com cautela por
empresários do setor |
As declarações da ministra Dilma Roussef foram vistas com cautela
pelos grupos privados. A formação de consórcios entre grupos privados
e as estatais Chesf, Furnas e Eletronorte não foi vista com maus
olhos pelos empresários. Ter uma estatal como parceiro pode significar
juros mais baixos e condições de empréstimos melhores. O exemplo
de Belo Monte é emblemático, diz um empresário. Os investimentos
necessários são muito grandes, podendo superar US$ 5 bi, o que
tornaria inviável para grupos privados tocarem o projeto sozinhos.
Portanto, a união com o Estado é fundamental. Para as distribuidoras,
a decisão mais importante é a metodologia da revisão ordinária
de tarifas, considerada fundamental para o segmento, em um momento
difícil para elas. Dados da Eletrobrás, divulgados na sexta-feira,
apontam que o consumo residencial em 2002 caiu para patamares
de 1994. Os novos hábitos da população estão por trás dessa redução.
Isso significa menos dinheiro no caixa, por isso a remuneração
do investimento tem de ser vista com cuidado, diz um executivo.
"A revisão precisa dar um sinal econômico ao setor nos próximos
cinco anos", afirma um executivo. (Valor - 21.01.2003)
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3- Justiça nega liminar à Abradee e revisão tarifária
continua com método da Aneel |
O processo de revisão tarifária das distribuidoras de energia
elétrica tem um novo capítulo. A 3ª Vara Cível da Justiça Federal
do Distrito Federal, ligada ao Tribunal Regional Federal da 1ª
Região (TRF1), indeferiu o pedido de tutela antecipada impetrado
pela Abradee, contra a base metodológica de remuneração das empresas.
Com isso, a Aneel poderá proceder a revisão a partir da metodologia
definida, que baseia-se no custo de reposição dos ativos e no
fluxo de caixa descontado, a valor de mercado. Este ano, a partir
de abril, 17 distribuidoras vão passar pela revisão das tarifas,
entre elas Light, Coelba, CPFL e Cemig. A associação defende a
adoção do valor pago na venda das empresas durante a privatização,
descontados os ágios. Entretanto, de acordo com a decisão do juiz
federal substituto Osmane Antônio dos Santos, a inclusão da proposta
defendida pela Abradee como base de remuneração se "tornaria processo
claro de enriquecimento ilícito por parte das concessionárias,
já que o valor pagos pelas ações se constitui em patrimônio que
evolui em função do desempenho das empresas e do setor". (Canal
Energia - 20.01.2003)
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4- CSPE estuda reativação de usinas desativadas |
Levantamento da Secretaria de Estado do Meio Ambiente constatou
a existência de 20 PCHs desativadas com capacidade de gerar cerca
de 17 mil kW. Estas usinas pertencem à CESP, CPFL, Eletra e Emae.
A CSPE (Comissão de Serviços Públicos em Energia) estuda forma
de cassar estas concessões para ativá-las novamente., bem como
de estimular a construção de novas PCHs a fim de ampliar a capacidade
geradora instalada, principalmente nos os rios Pardo, na região
de Mogi-Guaçu, e Peixe, entre Sorocaba e Paranapanema. (Folha
de São Paulo - 19.01.2003)
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1- Consumo de energia recua a níveis de 1994 |
O brasileiro encerrou o ano passado consumindo, em média, a mesma
quantidade de energia elétrica que consumia há oito anos, antes
do início do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo dados da Eletrobrás, o consumo médio das residências brasileiras
em novembro de 2002 ficou em 142 kWh, semelhante ao registrado
na média de 1994. A redução do consumo foi mais forte junto aos
brasileiros que residem nas regiões afetadas pelo racionamento
de energia elétrica - Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste - e que
só devem retomar os mesmos hábitos de consumo por volta de 2009.
Os consumidores das outras regiões (Norte e Sul) também reduziram
o consumo de energia elétrica, mas em menor intensidade, e tendem
a retomar os hábitos em dois ou três anos. (O Estado de São Paulo
- 21.01.2003)
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2- Segundo FGV, consumidores mantiveram medidas de
economia |
Pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas), feita a pedido da Eletrobrás,
mostra que 91% dos consumidores residenciais adotaram medidas
para economia de energia durante o racionamento, que vigorou de
junho de 2001 a fevereiro de 2002. Desses, 65% mantiveram as medidas
mesmo após o fim das restrições ao consumo de energia. Ainda de
acordo com a pesquisa da FGV, o percentual de consumidores que
adota o consumo de energia como parâmetro para a decisão de compra
de um eletrodoméstico subiu de 8%, antes do racionamento, para
58%. Os técnicos da Eletrobrás avaliam que o consumidor deixou
de encarar a tarifa de energia elétrica como um "imposto" e passou
a administrar a conta de luz. (Folha de São Paulo - 18.01.2003)
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3- Consumo de energia aumentou 16,3% em novembro |
O consumo de energia elétrica faturado pelas concessionárias em
novembro de 2002 cresceu 16,3% em relação ao mesmo mês do ano
anterior, segundo levantamento do Departamento de Estudos Energéticos
e de Mercado da Eletrobrás. O montante acumulado de janeiro a
novembro de 2002 foi de 264.991 GWh, valor 1,1% maior do que o
mesmo período de 2001. Apesar do resultado positivo, o saldo do
ano deverá ficar abaixo das últimas previsões para 2002. A conclusão
já leva em consideração o resultado apurado até novembro e as
projeções para o mês de dezembro. (Canal Energia - 20.01.2003)
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4- Consumo da região Sul cresce 6,26% no último domingo
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O consumo de energia elétrica da região Sul cresceu 362 MW no
último domingo, dia 19 de janeiro, em comparação ao dia 12 do
mesmo mês. A demanda de 6.144 MW corresponde a uma elevação de
6,26%. Segundo dados do ONS, o Nordeste também registrou alta
de 0,84 %, com um consumo de 5.743 MW. Já na região Norte, a demanda
diminuiu 7,12% no último domingo, quando consumiu 2.321 MW. No
dia 12 de janeiro, o subsistema consumiu 2.499 MW, 178 MW a mais
que do dia 19. O Sudeste/Centro-Oeste teve queda de 210 MW no
consumo de energia elétrica. As regiões registraram baixa de 0,84%,
com 21.850 MW. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume
acumulado na região Nordeste continua 5,11% acima do previsto
pelo operador, enquanto no subsistema Sudeste/Centro-Oeste o índice
está 3,75% abaixo do estabelecido pelo ONS. (Canal Energia - 20.01.2003)
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5- Dados indicam aumento de 0,49% nos reservatórios
da região Norte |
Dados do ONS referente ao dia 19 de janeiro mostram que a capacidade
de armazenamento dos reservatórios da região Norte tiveram uma
variação positiva de 0,49%, atingindo um índice de 22,33%. O nível
da usina de Tucuruí está em 27,54%. (Canal Energia - 20.01.2003)
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6- Nordeste está com 26,08% da capacidade de armazenamento |
A capacidade está em 26,08% no subsistema Nordeste, um aumento
de 0,64% em relação ao dia anterior. O volume está 11,4% acima
da curva de segurança determinada pelo operador do sistema. A
hidrelétrica de Sobradinho registra índice de 20,5%. (Canal Energia
- 20.01.2003)
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7- Capacidade armazenada está em 51,31% no Sudeste/Centro-Oeste |
O submercado Sudeste/Centro-Oeste apresenta 51,31% da volume total,
um acréscimo de 0,68% em um dia. O valor está 25,63% acima da
curva de aversão. As usinas de Furnas e Itumbiara apresentam,
respectivamente, índice de 70,93% e 45,56%. (Canal Energia - 20.01.2003)
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8- Região Sul tem índices em queda |
A região Sul foi a única a ter queda nos índices, com uma variação
de 0,13%. A capacidade está em 91,64%. A hidrelétrica de Salto
Santiago está com 96,97% do volume. (Canal Energia - 20.01.2003)
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9- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Da Conti assume hoje a presidência da Chesf |
O novo presidente da Chesf, Dilton da Conti, assume hoje o cargo
e já tem alguns problemas para enfrentar. Um deles é o desequilíbrio
entre oferta e demanda no pós-racionamento. Hoje, o Nordeste,
a exemplo do que acontece em todo o País, tem energia sobrando,
o que provoca redução da receita das geradoras. Outro é a guerra
jurídica com a construtora Mendes Júnior, que recentemente obteve
novas sentenças favoráveis à cobrança de R$ 1,5 bi por perdas
com atrasos de pagamento durante a construção da hidrelétrica
de Xingó. O novo diretor de Operações, José Ailton de Lima, não
esconde a preocupação com a crise atual. "Saímos de um quadro
de falta de oferta, na crise energética de 2001, para uma situação
de excesso, devido à retração do mercado. Isso pode ser bom para
o planejamento do setor elétrico, mas vem afetando pesadamente
o caixa das empresas do setor em todo o País e a Chesf não é exceção",
afirmou. (Gazeta Mercantil - 21.01.2003)
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2- Eletrosul implanta sistema para a prevenção de raios |
O risco de desligamentos da rede de energia deve diminuir em Santa
Catarina a partir de agora. A Eletrosul está implantando um sistema
para localizar a formação de raios e de tempestades, que vai ser
interligado ao já existente no Paraná. Com isso, toda a região
Sul, mais o Mato Grosso do Sul, justamente a área mais exposta
ao risco, terão uma proteção a mais para evitar prejuízos que
chegam a R$ 500 mi por ano em todo o país, segundo cálculo do
Inpe. Sem contar o prejuízo causado à população e, no futuro,
gerado por multas em discussão na Aneel. O programa catarinense
vai trabalhar em conjunto com o Siddem. Desenvolvido em parceria
com a UFSC, além de outras empresas do setor, o sistema permite
traçar a rota e a incidência de raios e tempestades. A partir
destes dados, explica o coordenador de pesquisa e desenvolvimento
da Eletrosul, Henrique Brognoli Martins, os pontos críticos serão
reforçados com blindagem extra. Os dados, é claro, também serão
úteis no planejamento de novas linhas de transmissão. (Valor -
21.01.2003)
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3- Lactec desenvolve estudo específico sobre linha
da Eletrosul |
Estudos do Inpe revelam que o Brasil é um dos países com maior
incidência de raios do mundo. São cerca de 70 mi de descargas
elétricas a cada ano, ou três raios por segundo. Cerca de 70%
deles ocorrem entre outubro e março, por causa das fortes chuvas
de verão. A região Sul, especialmente o Rio Grande do Sul e o
Mato Grosso do Sul, são os mais ameaçados por causa da umidade
que chega do Norte e das frentes frias que entram pelo Sul. E
também por estarem próximos do norte da Argentina, uma das regiões
com as maiores tempestades do mundo. O sistema catarinense, orçado
em R$ 6 mi, dos quais R$ 1,8 mi são recursos repassados pela Finep,
usa dois tipos de sensores. Um detecta onde o raio caiu e outro
avisa com antecedência a ocorrência de uma descarga elétrica,
ajudando nas previsões de curto prazo, cerca de seis horas antes,
diz o coordenador de pesquisa e desenvolvimento da Eletrosul,
Henrique Brognoli Martins. (Valor - 21.01.2003)
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4- EDP está transferindo investimentos para a holding
EDP Brasil |
Atualmente, a EDP tem investimentos de US$ 2 bi no Brasil, com
uma participação de 6,8% no mercado de distribuição de eletricidade.
A empresa encontra-se em processo de transferência de todos os
investimentos no País que na distribuição de energia também incluem
11,27% da CERJ, 2,32% da Coelce e, na produção, 80% da Fafen,
na Bahia para a holding EDP Brasil, com o objetivo de tornar a
empresa atrativa para os grandes investidores internacionais quando
seu capital for aberto. Segundo dados da empresa, a holding EDP
Brasil conta com ativos de R$ 1,23 bi, capital social de R$ 1,1
bi, patrimônio líquido de R$ 1,17 bi e um passivo de 61 milhões
de reais. (Estado de SP - 18.01.2003)
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5- Valor arrecadado com a TIP em Santa Catarina deve
ser de R$ 4,5 mi mensais |
A Celesc já firmou convênio com cerca de 50 municípios para realizar
a cobrança da Taxa de Iluminação Pública (TIP) já no mês de janeiro.
Outros 38 municípios, que já apresentaram a proposta de convênio
e aprovaram a lei, estão em fase de análise de documentos. A estimativa
é que quase todos os 260 municípios atendidos pela Celesc aprovem
leis regularizando a cobrança. Segundo Ecílio Fernandes Neto,
chefe do departamento comercial da empresa, a distribuidora já
enviou a minuta de contrato para todos os municípios. A expectativa
é de que, até o final do mês, quase todas as prefeituras catarinenses
firmem o convênio com a companhia, definindo as regras para a
arrecadação da TIP. (Canal Energia - 20.01.2003)
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1- Nova formação de preço no atacado é desafio do MAE |
A volatilidade de preços do MAE, onde o MWh varia de R$ 4 a R$
684, é prejudicial para o setor elétrico, segundo avaliação do
superintendente da entidade, Lindolfo Paixão. Em entrevista ao
Valor, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, criticou
severamente a formação de preços no mercado de curto prazo e chamou
o MAE de "cassino". Lindolfo Paixão concorda com a ministra, mas
afirma que o assunto vem sendo discutido com o próprio ministério
e com a Aneel desde o período do racionamento, quando os preços
no MAE atingiram o seu teto, de R$ 684 o MWh, e o ambiente se
tornou especulativo. "Nós reconhecemos que existe um problema
de formação de preços, mas chegar a um valor ótimo não é fácil",
disse. Ele afirmou que o teto já foi baixado para R$ 350 o MWh,
durante intervenção da Aneel no MAE no período do racionamento,
justamente para evitar grandes prejuízos ao setor elétrico. Quanto
ao piso, de R$ 4 o MWh, Paixão afirma que não pode ser mudado
facilmente porque reflete o custo mínimo de manutenção e operação
de usinas amortizadas, quando os reservatórios estão cheios e
vertendo água. Os preços atuais no MAE estão nesse patamar. Segundo
Paixão, esse valor foi calculado com base na operação das hidrelétricas
comandadas pelo ONS e não para remunerar os investimentos. Ele
afirma ainda que o modelo atual de formação de preços tem que
ser adaptado sem modificações violentas. Paixão não quis arriscar
quais valores seriam ideais para o piso e o teto no MAE. (Valor
- 21.01.2003)
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2- Preço do MWh sobe em três submercados do país |
Com exceção do Sul, os demais submercados registraram pequeno
aumento no valor do MWh nessa semana. A região Nordeste teve o
maior aumento no preço MAE. Entre os dias 18 a 24 de janeiro,
o valor do MWh nessa região fica em R$ 4,25, um aumento de 6,25%.
Nas regiões Norte e Sudeste/Centro-Oeste, o preço da energia também
subiu, com índices que variaram de 3% a 0,25% entre as cargas.
Nessa semana, o valor do MWh nessas regiões fica em R$ 4,12 para
a carga pesada. Nas cargas média e leve, os preços MAE estão em
R$ 4,09 e R$ 4,01, respectivamente. O preço MAE no submercado
Sul permanece em R$ 4,00 nessa semana. (Canal Energia - 20.01.2003)
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1- Conceito de cadeias produtivas norteará ação do
BNDES |
O conceito de "cadeias produtivas" será a forma básica de atuação
do BNDES nos próximos anos. O conceito foi mencionado por Carlos
Lessa, na posse do BNDES, e implicará num envolvimento mais amplo
da instituição no apoio a projetos específicos. Ao invés de apoiar
um segmento específico, o banco vai analisar se o projeto é competitivo
considerando todas as suas etapas, inclusive na interação com
outros segmentos. Um exemplo é o caso da Embraer. Ela está conseguindo
se firmar no mercado internacional de aviação regional, mas precisará
interagir com outras empresas para se manter competitiva. O Setor
de Energia Elétrica, com a reversão da posição e participação
das empresas públicas e do planejamento do MME, será muito favorecido
com está nossa dinâmica de investimento do BNDES (UFRJ e Estado
de São Paulo - 18.01.2003)
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2- BC define rolagem de dívida cambial |
O Banco Central definiu ontem os critérios que vigorarão, no novo
governo, para a rolagem da dívida pública interna vinculada à
variação do dólar. O teto de rolagem dos contratos de swap cambial,
até então de 100% do valor em dólar dos vencimentos, passa a variar
conforme o prazo desses contratos, e chegará, no máximo, a 94,3%.
Quanto maior o prazo de vencimento, menor será o percentual a
ser rolado. Para os títulos atrelados ao câmbio, a regra não muda:
os vencimentos de juros, intermediários ou finais não serão rolados,
só o principal. Na prática, a mudança em relação aos swaps representa
uma padronização dos critérios de rolagem para toda a dívida cambial
do governo. (Valor - 21.01.2003)
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3- Dólar comercial abre em queda de 0,26% e sai a R$
3,4010 |
O dólar comercial abriu as operações com queda de 0,26% perante
o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,3910 na compra e a R$ 3,4010
na venda. No mercado futuro, os contratos de fevereiro negociados
na BM & F tinham recuo de 0,32%, projetando a moeda a R$ 3,410.
Ontem, com o dia negativo para os investidores, a moeda subiu
para o patamar de "quarenta centavos". No final dos negócios,
o dólar comercial apontava valorização de 0,88%, a R$ 3,4050 na
compra e a R$ 3,4100 na venda. (Valor Online - 21.01.2003)
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4- Inflação em SP resiste e Fipe revê previsão para
2% em janeiro |
A inflação resiste. O IPC-Fipe, registrou 1,79% na segunda quadrissemana
de janeiro (período de 30 dias encerrado em 15 de janeiro de 2003),
depois de abrir o ano em 1,74%. Diante desse resultado, o coordenador
do IPC da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade
de São Paulo, Heron do Carmo, reviu a projeção para o mês, de
1,5% para 2%. Caso a nova estimativa se confirme, será a maior
inflação para janeiro no município de São Paulo desde a edição
do Plano Real, em 1994. Até agora, o recorde havia sido de janeiro
de 1996, com 1,82%. (Valor - 21.01.2003)
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5- Meta inflacionária reduz pressão sobre taxa de juros |
Em carta aberta dirigida ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci,
o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, explicará em
detalhes as razões pelas quais a inflação, em 2002, ficou substancialmente
acima da meta e definirá um prazo de dois anos para que o Banco
Central, através do manejo da política monetária, traga o IPCA
para a meta que, em 2004, é de 3,75% com 2,5 pontos percentuais
de margem de tolerância. Portanto, a administração da taxa de
juros ao longo desses dois anos terá como função fazer com que
a inflação, no ano que vem, não ultrapasse o teto de 6,25%. Na
carta, o Banco Central definirá também a meta de inflação ajustada
para este ano, que deverá se situar em algo próximo a 8% ou 9%.
Ou seja, a meta ajustada será o número que o Comitê de Política
Monetária estará mirando ao determinar, a cada mês, a Selic. Para
este ano, a meta central aprovada pelo Conselho Monetário Nacional
é 4% com 2,5 pontos percentuais de margem de tolerância. Dados
os choques ocorridos no ano passado, o BC usará neste ano de maior
flexibilidade para acomodar a inércia inflacionária no tempo (o
prazo de dois anos). (Valor - 21.01.2003)
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6- Superávit de US$ 195 mi na 3ª semana |
Com exportações de US$ 1,118 bilhão e importações de US$ 923 milhões,
a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 195
milhões na terceira semana de janeiro. No mês, o superávit subiu
para US$ 508 milhões, resultado de US$ 2,527 bilhões em vendas
ao exterior e de US$ 2,019 bilhões em importações. Os números
foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior. As exportações tiveram aumento de 16,6% em
relação a igual período de 2002, com expansão nas vendas das três
categorias de produtos. A média diária de vendas ao exterior passou
de US$ 180,5 milhões em janeiro do ano passado para US$ 210,6
milhões no primeiro mês de 2003. (Gazeta Mercantil - 21.01.2003)
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7- Parte de prazo para Alca vai ser cumprido |
O governo brasileiro decidiu ontem cumprir parcialmente o calendário
das negociações da Alca e entregar até 15 de fevereiro a proposta
de abertura do mercado nas áreas de bens industriais e agrícolas.
O Brasil atrasará, porém, o envio da sua oferta inicial para novas
regras em investimentos e compras governamentais. A apresentação
da proposta para liberalização do setor de serviços ficará pendente
de uma avaliação final, mas o governo tentará entregá-la no prazo.
A decisão foi tomada em reunião dos ministros Celso Amorim, Antônio
Palocci, Luiz Fernando Furlan e Roberto Rodrigues. Os países do
Mercosul marcaram uma reunião para 27 e 29 de janeiro, quando
vão discutir a orientação brasileira. (Valor - 21.01.2003)
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8- Produção Industrial cresceu em Novembro de 2002 |
As principais atividades econômicas responsáveis pelo crescimento
industrial de 4.6% da industria brasileira em novembro de 2002
foram: a extração de petróleo, o crescimento das exportações e
a agroindústria. Do ponto de vista geográfico a produção industrial
cresceu em 11 dos 12 locais pesquisados pelo IBGE Apenas Santa
Catarina registrou retração (3,5%). A performance no ano foi modesta:
aumento de 2,1% entre janeiro e novembro do ano passado e 1,4%
nos 12 meses terminados em novembro. São Paulo manteve o ritmo
observado em outubro, ao ampliar a produção em 1,4%. No acumulado
do ano, porém, o volume produzido pelo maior parque industrial
do país encolheu 1,8% e, nos últimos 12 meses, 2,2%. Na opinião
de técnico do IBGE "Foi um movimento com características de migração
de ativos financeiros para ativos reais". Nos primeiros meses
do ano, o mercado esteve praticamente parado por conta da influência
do processo eleitoral. Outro aspecto importante observado foi
que a indústria vem sendo favorecida por um movimento simultâneo
de substituição de importações e maior volume de exportações.
(Folha de São Paulo - 18.01.2003)
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1- Moody`s coloca Endesa "sob observação" para possível
rebaixamento |
A agência de classificação Moody's colocou as notações da Endesa
de A2 a longo prazo e de P-1 a curto prazo, "sob observação" para
uma eventual redução, devido aos seus elevados níveis de endividamento.
Para os analistas do BPI, esta posição poderá estender-se à EDP.
"A revisão foi impulsionada pelo fato dos níveis da dívida da
Endesa permanecerem elevados, apesar de alguma redução resultante
da venda de ativos", justificou a Moody's, acrescentando que "ainda
que outros desinvestimentos estejam programados, o 'timing' de
alguns destes pode ser abrandado e o seu valor incerto, tendo
em conta as condições difíceis do mercado". "Mais, as atuais dificuldades
operacionais da Endesa e o ambiente econômico na América Latina,
onde o desempenho operacional do grupo tem vindo a enfraquecer,
significam que a recuperação em termos de lucros futuros é incerta,
sendo necessário um refinanciamento substancial num difícil setor",
adiantou. Para o BPI, "isto (a posição da Moody's) poderá ter
igualmente um impacto negativo na EDP". A EDP é a única companhia
elétrica ibérica que ainda não teve sua classificação rebaixada.
Desde sua última revisão a EDP aumentou sua dívida em 2 bilhões
de euros. (Diário Económico - 17.01.2003)
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2- Iberdrola triplica sua produção hidrelétrica em
janeiro |
A companhia Iberdrola aumentou sua produção hidroelétrica em 232,4%
para 1 711 GWh durante a primeira metade de janeiro graças à maior
quantidade de chuva que caiu durante o período, anunciou a companhia
espanhola na última sexta. A companhia também disse que seus reservatórios
atingiram um potencial de 7 276 GWh, mais do que o dobro do nível
do ano passado. O aumento na produção hidroelétrica permitiu que
a Iberdrola diminuísse a produção termoelétrica em 54%. (Platts
- 17.01.2003)
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3- Corrida pela compra da alemã TXU |
A E.on continua tentando
comprar parte da muito problemática companhia energética TXU,
anunciou a prota-voz da gigante alemã. "E.on fez uma oferta pelo
serviço do município de Braunschweig um ano atrás e ainda está
interessada", disse ela. A porta-voz recusou comentar sobre a
oferta em concreto. TXU controla 74,9% do serviço de energia no
município e desembolsou 439 mil euros à Stadtwerke. EnBW e MVV
Energie também manifestaram interesse em comprar os ativos da
TXU na Alemanha. (Platts -17.01.2003)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
Christ.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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