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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.030 - 13 de janeiro de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- MME nega mudança do índice de correção

A possibilidade de o Governo modificar o índice de correção das tarifas de energia - que, hoje, é o IGP-M - foi negada pela ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, durante a sua visita ao Recife. A inflação medida pelo IGP-M atingiu 25,31% no ano passado. Segundo ela, a utilização do IGP-M consta dos contratos de concessão assinados entre as distribuidoras e a Aneel e o Governo já deixou claro que não haverá quebra de contrato. No entanto, a equipe de Lula pretende reduzir o impacto do IGP-M através da análise de outras variáveis que incidem sobre as tarifas no momento em que forem feitas as revisões tarifárias, também previstas nos contratos. A lei prevê que, a cada quatro anos, os reajustes concedidos anualmente sejam reavaliados. (Jornal do Commercio de Pernambuco - 13.01.2003)

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2- Reajustes ordinários e nova estatal são dúvidas do Governo

Com as ações das empresas de energia se recuperando das perdas de 2002, desde o anúncio da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro, analistas do setor elétrico lembram que ainda há duas principais questões a serem resolvidas pelo Governo que serão determinantes para o desempenho das elétricas. A primeira delas é em relação aos percentuais de reajustes ordinários das tarifas de eletricidade, previstos para 2003, que o Governo deverá autorizar. A outra grande dúvida do setor é em relação à criação de uma estatal que centralizaria toda a comercialização de energia entre geradoras e distribuidoras. O reajuste ordinário das tarifas de energia elétrica ocorre a cada quatro anos de acordo com os contratos de concessão firmados nas privatizações das distribuidoras. Algumas empresas, como a Light, distribuidora da cidade do Rio de Janeiro, já tiveram o reajuste ordinário em 2002, mas grande parte das companhias tem o aumento previsto para este ano. O Governo, por sua vez, demonstrou preocupação em controlar os aumentos das tarifas públicas para conter a inflação. De acordo com Aline Cardoso, analista do Banco Espírito Santo para o setor elétrico, o desempenho das distribuidoras dependerá em grande parte aos percentuais de reajuste que o Governo deverá conceder. Quanto à outra decisão esperada pelo mercado, a analista avalia que o impacto no desempenho das empresas não virá a curto prazo. (Jornal do Commercio - 13.01.2003)

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3- Para analista, centralização pode inibir investimentos em geração

Para Aline Cardoso, analista do Banco Espírito Santo para o setor elétrico, a centralização da comercialização de energia entre geradoras e distribuidoras em uma empresa estatal poderá dificultar os investimentos em novos projetos e desequilibrar oferta e demanda a longo prazo. Segundo a analista, a idéia do Governo é que seja criada uma estatal que compraria a energia das geradoras a preços que variariam com o custo de geração e venderia para as distribuidoras a energia com um preço médio. Aline acha que esse sistema inibiria novos empreendimentos em geração porque os investidores só poderiam vender a energia pelos preços ditados pela estatal comercializadora, que seriam decididos pelo Governo. Com isso a exposição à decisões políticas seria maior. Para o analista do UBS Warburg para o setor elétrico, Gustavo Gatass, o principal responsável pela valorização dos papéis das elétricas nas últimas semanas tem sido a queda do dólar, já que as empresas de energia tem, em geral, grande endividamento em moeda estrangeira. Entretanto, ele reconhece que as mensagens do Governo tem sido positivas para o setor e que também estão ajudando na valorização das ações das empresas. Gatass concorda que as grandes expectativas do setor elétrico estão em torno dos percentuais de reajustes ordinários para as distribuidoras que o Governo deverá autorizar neste ano e na questão do comprador único. (Jornal do Commercio - 13.01.2003)

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4- Nomeação de Dilma agradou o setor

Para o analista do UBS Warburg para o setor elétrico, Gustavo Gatass, a posição de Tolmasquim não trará grandes modificações em relação ao que vinha ocorrendo no Governo anterior. O analista lembra que, embora a Aneel tivesse, teoricamente, autonomia, já agia de acordo com as determinações do Governo. Em 2002, o principal indicador de variação das cotações de ações das companhias do setor elétrico, o IEE registrou uma desvalorização de 27,45%. Até dezembro, antes do anúncio dos primeiros nomes da equipe de Lula, a queda do IEE tinha sido ainda maior, 35%. A analista do BES Aline Cardoso lembra que a nomeação de Dilma Roussef, para o ministério de Minas e Energia, foi muito bem vista pelo setor. Aline ressalta que de 10 de dezembro para a última quinta-feira o IEE passou de 2700 pontos para 3217 pontos, uma valorização de 18%. (Jornal do Commercio - 13.01.2003)

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5- Ampliado prazo para envio de contribuições para resolução da Aneel

A Aneel prorrogou por uma semana, para até a quarta-feira, dia 15, o prazo para envio de sugestões à proposta de resolução sobre a apresentação de garantias financeiras nas operações no MAE. As garantias previstas vão desde recursos em moeda nacional a títulos públicos emitidos pelo Tesouro e Banco Central, créditos securitizados, títulos de renda fixa e carta de crédito. (Gazeta Mercantil - 13.01.2003)

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6- Resoluções vão restabelecer tarifas de empresas paulistas

A Aneel publicará no Diário Oficial da União desta segunda-feira, dia 13 de janeiro, quatro resoluções cumprindo a decisão do Tribunal Regional Federal de São Paulo, que suspendeu os efeitos da liminar judicial concedida ao Idec, que excluía encargos das tarifas da Eletropaulo, Elektro, Bandeirante e CPFL. A medida impedia a cobrança da recomposição tarifária extraordinária (RTE), em 2,9%, e do encargo de capacidade de emergencial (seguro-apagão), no valor de R$ 0,0057 por kWh, nas contas de luz dos consumidores residenciais das quatros empresas. As resoluções vão estabelecer as novas tarifas a esses clientes, com a inclusão da RTE. O seguro-apagão não é considerado um componente tarifário direto, é cobrado à parte. (Canal Energia - 10.01.2003)

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risco e racionamento

1- MME pretende monitorar especificamente a região Nordeste para avaliar a situação dos reservatórios

A ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, fez uma avaliação sobre a atual situação dos reservatórios das hidrelétricas do Nordeste e disse que, até agora, não há grandes problemas - mesmo com um volume de chuvas no Rio São Francisco um pouco abaixo do esperado -, mas avisou também que o Ministério pretende monitorar especificamente a região até abril, quando se encerra o período úmido do São Francisco. "É importante esse acompanhamento para verificar se há qualquer necessidade de utilização das usinas térmicas emergenciais. No entanto, nas avaliações que são feitas, semanalmente, pelo Ministério junto com o ONS, não há qualquer indicador de que o acionamento das usinas emergenciais precisará acontecer", comentou a ministra. (Jornal do Commercio de Pernambuco - 13.01.2003)

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2- Consumo de energia elétrica do SE/CO aumenta 678 MW

O subsistema Sudeste/Centro-Oeste teve um acréscimo de 678 MW na demanda de energia elétrica na última quinta-feira, dia 9 de janeiro, que representa uma alta de 2,6% em comparação ao dia 8. A região Norte, segundo dados do ONS, também teve elevação no consumo de 0,5%, com 2.716 MW. A demanda de energia elétrica na região Sul aumentou 3,9% no dia 9 de janeiro, em comparação à quarta-feira da semana passada, passando de 7.886 MW para 8.194 MW. Já o Nordeste foi a único subsistema que teve queda no consumo. Na quinta-feira, a região registrou 6.531 MW, um diminuição de 0,7%. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume acumulado do Nordeste está 2,65% acima do previsto pelo ONS, mesmo com a queda no consumo. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o volume está 4,60% abaixo da meta do ONS. (Canal Energia - 10.01.2003)

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3- Falta de energia atingiu 500 mil consumidores no Rio

As conseqüências deixadas pelo temporal que desabou no Rio, na madrugada de sábado, ainda podiam ser notadas em diferente pontos do Estado no domingo. As áreas mais afetadas foram a Baixada Fluminense, a Zona Oeste da cidade e a região serrana. Dos 500 mil consumidores que ficaram sem luz, 18 mil ainda sofriam ontem com a falta de energia. De acordo com o secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, o problema está na falta de um planejamento eficiente por parte da Aneel. "Nesta época do ano, por causa de chuvas e ventos, é normal que haja interrupção de energia, o que não é normal é a demora no reparo. Se houvesse um planejamento eficiente, a equipe das concessionárias de energia seria dobrada, triplicada, o que fosse necessário" explica Victer, que pretende pedir ao Ministério Público Estadual que entre com uma ação civil contra Light, Cerj e Aneel. (Jornal do Brasil - 13.01.2003)

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4- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Novo presidente descarta desvincular preço da energia de Itaipu do dólar

O futuro diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, não crê na possibilidade de desvincular do dólar a tarifa cobrada pela energia produzida pela usina hidrelétrica de Itaipu. Mas, como partidário da política econômica que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta implantar no país, afirma que o conselho criado pela ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, do qual ele mesmo faz parte, vai encontrar meios de baratear todas as formas de energia produzidas no país. "Como desdolarizar a tarifa se cerca de 80% do faturamento da usina vai para o pagamento da dívida assumida na construção da hidrelétrica, que é em dólar?" questiona Samek. A dívida de Itaipu, que se estende até 2023, soma US$ 18,4 bi, segundo o balanço de 2002. Ela foi contraída junto a bancos internacionais e ao BNDES. Segundo Samek, Brasil e Paraguai colocaram, cada um, apenas US$ 50 mi na construção da usina, que hoje soma US$ 15 bi em investimentos. (Valor - 13.01.2003)

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2- Competitividade é saída para problema de tarifa de Itaipu

Há uma saída para o problema da tarifa de Itaipu: a competitividade. E ela vem, na opinião de Jorge Samek, futuro diretor-geral brasileiro da companhia, na medida em que se fortalecerem as mudanças já produzidas no clima econômico - queda do risco Brasil e do dólar. Projetando a cotação do dólar entre R$ 3,10 e R$ 3,20, a energia produzida por Itaipu fica competitiva, afirma o futuro dirigente da estatal. Com ressalvas, no entanto. Se comparada à energia gerada pela Copel, que já pagou suas usinas, isto não acontece. "Mas diante do preço cobrado por hidrelétricas construídas há pouco, o custo de Itaipu é ainda mais barato", afirma. De qualquer forma, "a usina de Itaipu não é brasileira", lembra Samek, o que oferece pouca margem para manobras. E, enfatiza, a ministra Dilma Roussef pediu que trabalhasse com muita responsabilidade. "Contrato, a gente cumpre", reforça. (Valor - 13.01.2003)

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3- Itaipu terá duas novas turbinas em funcionamento até 2005

Animado com os primeiros sinais positivos obtidos pelo governo, o futuro diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, pondera que "os investimentos externos já estão voltando", e a retomada do crescimento vai colocar a economia num círculo virtuoso, onde a energia de Itaipu será cada vez mais necessária. "Temos uma palavra de ordem: apagão nunca mais", discursa, para dizer que os investimentos em Itaipu vão continuar. As duas últimas turbinas, já em construção, entram em operação em fevereiro de 2004 e maio de 2005. "Queremos um projeto de 20 anos, não de apenas quatro" , afirma. Itaipu é responsável por 24% da energia consumida no país e pelo abastecimento de 70% do PIB brasileiro. (Valor - 13.01.2003)

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4- Venda de ativos da Inepar ainda não terminou

A venda da Usina de Dona Francisca Energética não encerra o processo de desmobilização da Inepar, iniciado há cerca de três anos. O grupo pretende ainda vender suas participações nas distribuidoras de energia elétrica Celpa (35% das ações ordinárias) e Cemat (20% do capital votante). A empresa aguarda apenas a melhora do cenário para empresas desse setor, abaladas pela crise do apagão. A expectativa é de que a recomposição tarifária prevista para este ano aumente o interesse de investidores. A venda de ativos faz parte do programa de reestruturação, que prevê a concentração do grupo Inepar em seu foco central - equipamentos e serviços para geração, transmissão e distribuição de energia, petróleo e gás. Nesse processo, já foram alienadas as participações nas usinas hidrelétricas Itiquira, Machadinho, Campos Novos e Ponte de Pedra, além de 5,94% da operadora celular Global Telecom, 49% na joint venture Lucent/Inepar Sistemas de Energia e 18% na Mastec Inepar Sistemas de Telecomunicações. A Inepar também chegou a participar do consórcio original que comprou a Telemar, tendo vendido depois sua participação para o grupo Opportunity. Outro negócio da qual a empresa fez parte foi o projeto de telefonia via satélite Iridium. (Valor - 13.01.2003)

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5- Inepar fecha acordo com credores

Após dois anos de negociação, o grupo Inepar finalmente chegou a um acordo com credores e minoritários para levar adiante seu plano de reestruturação. Na sexta-feira, o grupo anunciou a venda da usina hidrelétrica de Dona Francisca (uma das condições de credores, fundos de pensão e BNDES) e a emissão de R$ 90 mi em debêntures conversíveis em ações preferenciais. Os papéis serão subscritos pelos minoritários, inclusive BNDES. Segundo fontes envolvidas na negociação, o acordo prevê a saída do empresário Atilano de Oms Sobrinho, de Jauneval de Oms e de Mário Celso Petraglia do comando da empresa. A Inepar preferiu não dar detalhes da negociação. (Valor - 13.01.2003)

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6- Inepar vende sua participação no capital da Usina Dona Francisca

A Inepar vendeu sua participação de 30% no capital da Usina Dona Francisca, do Rio Grande do Sul, para a Gerdau. Com a compra, a Gerdau torna-se controladora da usina, com 51,8% do capital. O valor da aquisição está estimado em R$ 52 mi, sendo R$ 15,5 mi à vista. O pagamento do restante está condicionado à liquidação dos créditos que Dona Francisca tem a receber no MAE e a uma ação judicial que a empresa tem contra a Aneel movida pelo mesmo motivo. Quando a ação for encerrada, a Gerdau pagará à Inepar R$ 4,5 mi mais a metade dos 30% dos créditos que Dona Francisca receber (estimados em R$ 16 mi). Segundo o comunicado, a outra metade, de cerca de R$ 16 milhões, será paga em 24 parcelas, em dinheiro ou em produtos Gerdau. O Valor apurou que o pagamento pode ser feito tão logo a Gerdau receba os dividendos de Dona Francisca gerados pelo recebimento do crédito no MAE. A venda das ações na usina abre boas perspectivas para os debenturistas da empresa, que têm R$ 25 mi a receber, referentes às 2ª emissão (R$ 16 mi) e 3ª emissão (R$ 9 mi). Os acordos de rolagem da dívida feitos até agora entre a empresa e os investidores incluíram a cláusula de que o valor apurado com a venda de Dona Francisca seria revertido integralmente para o pagamento das dívidas com as debêntures. (Valor - 13.01.2003)

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7- Mercado recomenda papéis da Eletrobrás

A maioria dos analistas mantém recomendação dos papéis da Eletrobras. O relatório de um banco, dia 3 último, que recomendava cautela aos investidores, não ganhou eco entre os especialistas. O documento foi divulgado logo após a confirmação de Luiz Pinguelli Rosa para a presidência da Eletrobras, e atribuía ao discurso do coordenador da equipe de planejamento do setor elétrico do PT uma das causas da baixa cotação dos papéis da Eletrobras, no segundo semestre de 2002, (a outra causa seria a alta do dólar). Analista do Banco Pactual, Ricardo Kobayashi não acredita que a nova presidência da Eletrobras seja motivo para mudança de recomendação dos papéis da empresa, porque Pinguelli Rosa "apenas seguirá a política do PT para o setor elétrico". Gustavo Gatass, do UBS Warburg, põe em dúvida as diretrizes do governo Lula, "até por não estarem muito consolidadas", diz o analista. O que assusta o investidor minoritário, segundo Gataz, é o fato de o preço da energia estar abaixo do preço que seria necessário para a construção de uma usina. De acordo com Gatass, o preço médio hoje é de R$ 50 por MWh, quando o necessário seriam R$ 85. (Jornal do Commercio - 13.01.2003)

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8- Reorganização societária da Light e Eletropaulo recebem autorização da Anatel

A operação de reorganização societária da Light e Eletropaulo, realizada por suas controladoras EDF e AES Corporation, foi aprovada pela Anatel na sexta-feira, dia 10 de janeiro. A aprovação atende a resolução nº 101, da Anatel, que determina regulamento para apuração de controle e transferência de controle em empresas prestadoras de serviços de telecomunicações. Nesse caso, a reorganização societária também incluiu as empresas Light Telecom e Eletropaulo Telecom, empresas que atuam nas submodalidades rede e circuito especializados. A operação teve início em agosto de 2001 e consistia na modificação do controle societário da Light e Eletropaulo. Com o fim do processo, a EDF ficou com o controle da Light Serviços de Eletricidade e a AES Corporation ficou com ações da Eletropaulo, Eletropaulo Telecom, Light Gás e Light Telecom. (Canal Energia - 10.01.2003)

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9- Enersul vai restituir Cosip cobrada até 15 de janeiro

A Enersul vai restituir na próxima fatura da conta de luz o valor descontado neste mês referente à Cosip (Contribuição Para Custeio e Serviços de Iluminação Pública). Somente serão restituídos do valor cobrado os consumidores com contas emitidas entre 2 e 15 de janeiro, uma vez que a contribuição incidiu sobre conta de dezembro, quando a Cosip ainda não existia. Em nota de esclarecimento assinada pela empresa e a Prefeitura de Campo Grande e publicada hoje, é informado que as contas emitidas à partir de 15 de janeiro a Cosip será cobrada proporcionalmente aos dias do mês. Na quinta-feira, prefeitura e empresa confirmaram ao Campo Grande News a cobrança da contribuição desde o começo deste mês. O argumento era de que o valor não incidiria sobre o consumo, mas resultante do rateio em 12 vezes do valor gasto ao longo deste ano com a iluminação pública. (Campo Grande News - 13.01.2003)

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10- Dois novos diretores são anunciados na CEEE

O Conselho de Administração da CEEE homologou dois novos diretores, na última quinta-feira, 9 de janeiro. Antônio Dorneu Cardoso Maciel assume a diretoria Administrativa e Eugênio Vicente Pinto Bermúdez é o diretor de Assuntos Institucionais. A companhia já havia anunciado, no dia 2 de janeiro, que Wilson Cignachi é o novo presidente da empresa. Faltam ser definidos ainda os nomes dos titulares da diretoria responsáveis pelas áreas de distribuição e transmissão. (Canal Energia - 10.01.2003)

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11- Consumidores da Bandeirante voltarão a pagar RTE e seguro-apagão nas tarifas

A Bandeirante Energia conseguiu na noite do dia 9 de janeiro, a suspensão dos efeitos da liminar concedida ao Idec, que impedia a cobrança do reajuste tarifário extraordinário (RTE), de 2,9%, das tarifas dos consumidores residenciais. O efeito suspensivo pleiteado no recurso foi deferido pelo desembargador Baptista Pereira, da 7ª Vara Cível do Tribunal Regional Federal de São Paulo. Além da RTE, a liminar também impedia a inclusão do encargo de capacidade emergencial (seguro-apagão), no valor de R$ 0,0057 por kWh, nas contas de luz. A CBEE - que represa os recursos do seguro-apagão - teve o seu recurso acolhido pelo desembargador. Também citadas na liminar, Eletropaulo, CPFL e Elektro conseguiram o mesmo efeito suspensivo nesta semana. (Canal Energia - 10.01.2003)

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financiamento

1- Aneel e MAE desistem da liquidação residual

A Aneel e o MAE desistiram de fazer a liquidação residual do acerto de contas já realizado em 30 de dezembro de 2002, estimada em R$ 226 mi. Hoje, a agência publica no Diário Oficial da União o despacho nº 08, que trata da desistência do procedimento. A decisão da Aneel e do MAE foi motivada pelo grande número de liminares judiciais, obtidas pelas empresas devedoras, desobrigando-as do pagamento e também pelo alto índice de inadimplência verificado na primeira liquidação, de 40%. Com a subtração dos valores que estão sendo discutidos na Justiça, os créditos passam a ser insuficientes. Conseguiram pareceres favoráveis na Justiça a Cemig (responsável por 70% da inadimplência total verificada, de R$ 590 mi), Copel, CEEE, Dona Francisca, RGE, AES Sul, AES Uruguaiana e AES Tietê. Os agentes do mercado atacadista receberão hoje o comunicado da desistência da liquidação residual e também os números referentes ao débito ou crédito de cada um, segundo o superintendente do MAE, Lindolfo Paixão. Agora, as empresas credoras passam a ser responsáveis pela cobrança direta dos devedores. Agora, as devedoras serão cobradas diretamente por 60 outras empresas elétricas credoras no mercado atacadista, em sua maioria distribuidoras privadas. Dentre as penalidades aplicadas às inadimplentes estão a correção dos valores pelo IGP-M, multa de 5% e juros de mora de 1%, de acordo com a resolução nº 610 da agência reguladora. (Valor - 13.01.2003)

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2- AES Tietê não pagará ao MAE

A geradora paulista AES Tietê obteve liminar da 3 Vara Federal de São Paulo para não pagar ao MAE R$ 85 mi, referentes à metade do débito total da empresa liquidado no mercado de energia no dia 23 de dezembro do ano passado. Pela liminar, a empresa só deverá quitar o pagamento quando receber um financiamento previsto no Acordo Geral do Setor Elétrico, fechado entre o governo e as empresas depois do racionamento. A AES afirma ter direito a um financiamento de R$ 124 mi do BNDES, que não teria sido liberado até a data da liquidação, como havia sido acertado no acordo. Por causa disso, a empresa entrou com uma ação no dia 25 de dezembro e obteve a liminar. De acordo com a decisão da juíza Cristiane Farias Rodrigues dos Santos, a empresa só efetuará o débito no MAE quando a liberação for efetuada pelo banco. (Gazeta Mercantil - 13.01.2003)

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3- Valor do MWh fica em R$ 4,00 para todos os submercados

Os preços MAE ficam em R$ 4,00 para todos os submercados do país. As regiões Norte e Nordeste registram a maior queda no valor do MWh, com índices que variaram de 22,9% a 24,4%. Os preços são válidos para terceira semana de janeiro, que compreende os dias 11 a 17 de janeiro. (Canal Energia - 13.01.2003)

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financiamento

1- Núcleo da inflação aponta trajetória de alta

Os números da inflação cheia do IPCA confirmaram tendência de desaceleração neste final de ano. Em dezembro, o índice variou 2,10%, taxa inferior a de novembro. Mas, no mesmo período, o núcleo de inflação, medido pelos preços livres, teve comportamento inverso. O núcleo subiu atingindo 2,31%, taxa recorde pós-real. A taxa acumulada do IPCA somou 12,53% em 2002 e a do núcleo, 11,70%. Este resultado levou o economista Ricardo Braule, responsável pelo medida do núcleo a alertar que "o front inflacionário tende a piorar". Seu argumento é que o cálculo do núcleo só contempla os preços livres, além de ser praticamente imune aos efeitos primários dos choques de oferta e portanto, este comportamento é preocupante. (Valor Econômico - 13.01.2003)

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2- Dólar comercial abre em queda de 0,66 e sai a R$ 3,2780 para a venda

O dólar comercial abriu as operações com queda de 0,66% perante o fechamento de sexta-feira, cotado a R$ 3,2780 para a venda e a R$ 3,2680 para a compra. Na semana passada, a primeira cheia do novo governo, o bom humor determinou o rumo das operações envolvendo a moeda estrangeira. Na sexta-feira, o dólar permaneceu em queda durante todo o pregão. No final dos negócios, apontava recuo de 0,45% e era negociado a R$ 3,2950 na compra e a R$ 3,3000 na venda. Na semana, a moeda recuou 4,48% ou 15 centavos. (Valor Online - 13.01.2003)

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3- Inflação em São Paulo cai para 1,74% na 1ª quadrissemana

A inflação ao consumidor em São Paulo caiu para 1,74% na primeira quadrissemana de janeiro, seguindo a tendência de queda da taxa de 1,83% de dezembro, informou a Fipe nesta segunda-feira. Se essa previsão for confirmada, a taxa mostrará uma desaceleração, mas ainda assim ficará bastante acima da inflação de 0,57% de janeiro de 2002. Depois de janeiro - mês que contará com pressões como o aumento de combustíveis e de tarifas de transporte público autorizados no ano passado -, a inflação poderá sofrer um alívio maior, encerrando o ano em 7%, abaixo da taxa de 9,9% de 2002. (Gazeta Mercantil - 13.01.2003)

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4- Operação de rolagem da dívida cambial gera otimismo

A segunda-feira começa com boas perspectivas para o mercado financeiro. Após a recuperação dos ativos e os pregões otimistas vistos na semana passada, a expectativa é de que o humor permaneça pelo menos nesta sessão. O principal motivo para a manutenção do otimismo é a operação de rolagem da dívida cambial que continua hoje. No final da manhã, o Banco Central volta ao mercado para oferecer contratos de swap cambial. A operação tem como objetivo encerrar a rolagem da dívida do governo atrelada ao dólar que vence na quinta-feira, dia 16. Até agora, após as ofertas feitas na semana passada, 74% dos títulos e contratos já foram postergados. (Valor Online - 13.01.2003)

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gás e termoelétricas

1- Petrobras pode ter prejuízo de US$ 1,84 bi no mercado de energia

As operações da Petrobras no mercado de energia podem resultar em perdas de até US$ 1,84 bi nos próximos anos, com o pagamento de capacidade para térmicas e venda de gás para geração de energia. A empresa assumiu o compromisso de pagar um valor mínimo para algumas usinas mesmo que não gerem energia ou de comprar parte ou toda a energia gerada por outras usinas, mesmo sem mercado para revendê-la. Este valor foi publicado no Relatório de Atividades de 2002, mas o prejuízo só chegará a este montante caso a empresa não tenha nenhuma receita com a venda da energia gerada pelas usinas. Pelos contratos firmados, a estatal tem que pagar uma taxa fixa para três usinas e comprar energia de outras oito. De acordo com o diretor financeiro da empresa, João Nogueira Batista, os investimentos em energia serão reduzidos em 2003, face à nova realidade do mercado. (Diário do Nordeste - 13.01.2003)

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grandes consumidores

1- Gerdau terá controle de usina

A Gerdau, maior produtora de aço longo do continente americano, aumentou sua participação acionária na empresa Dona Francisca Energética, por meio da compra da totalidade da participação da Inepar no capital social da hidrelétrica. A siderúrgica pagou R$ 20 mi, mais o valor líquido a receber correspondente à participação da Inepar em créditos detidos pela Dona Francisca junto ao MAE em 30 de setembro de 2002. Do valor total do negócio, R$ 15,5 mi serão pagos à vista. A Gerdau já detinha 21,8% do capital social da usina hidrelétrica e com a aquisição passa a contar com 51,8%. A siderúrgica comprou 199,8 mi de ações de emissão da Dona Francisca Energética, o que corresponde a 30% do capital social. A Usina Hidrelétrica Dona Francisca tem potência instalada de 125 MW e funciona no Rio Jacuí, entre os municípios de Agudo e Nova Palma, na região central do Estado do Rio Grande do Sul. (Gazeta Mercantil - 13.01.2003)

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internacional

1- Governo português estuda reorganização do setor

Os ministérios da Economia e das Finanças anunciaram hoje que o ex-administrador do BCP ficou encarregue de elaborar uma proposta relativa à orientação estratégica, do modelo organizativo e de privatização do setor energético nacional. Segundo uma nota conjunta hoje emitida pelos ministérios da Economia e das Finanças, "o Conselho de Ministros aprovou ontem uma resolução tendo em vista a definição do modelo organizativo do setor energético português". Para o governo, "a importância central deste setor, a sua inserção no quadro dos mercados ibérico e europeu de energia e a necessidade de encontrar modelos coerentes de privatização das empresas que o compõem aconselham a adoção urgente de estratégias consistentes e de uma organização que reforcem a competitividade e o valor dos ativos energéticos do país". Assim, o Executivo "entendeu lançar um processo que conduzirá à apresentação de propostas de orientações estratégicas com os objetivos referidos, em articulação com os principais acionistas e com respeito pelas regras de mercado (...)" nesse sentido, decidiu o Governo designar, como encarregado de Missão junto dos ministros das Finanças e da Economia, João Talone, com o mandato de, até ao final do próximo mês de Março, elaborar uma proposta das linhas de orientação estratégica e do modelo organizativo e de privatização do setor energético português. O documento adianta ainda que João Talone deverá apresentar a sua proposta até ao final de Março. (Diário Económico-10.01.2003)

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2- Fragmentação dos serviços permite crescimento das empresas de energia da UE

Consultora Booz Allen & Hamilton publicou um estudo sobre o estado do mercado na Alemanha, Áustria e Suiça com foco sobre os efeitos da fragmentação dos serviços de energia em que a EU está ultrapassando. "A fragmentação irá capacitar as companhias crescer horizontalmente bem como verticalmente, facilitando as companhias menores se especializarem em uma área", disse Karlheinz Bozem, um dos autores do estudo. De acordo com o estudo, 40% das companhias de gás das regiões estudadas já se desmembraram até agora. O estudo, para o qual mais ou menos 100 executivos responderam aos questionários, mostra que as primeiras experiências de fragmentação foram positivas. No entanto, a maioria das companhias desaprovam a atual diretriz da EU sobre a fragmentação de serviços. (Platts-10.01.2003)

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3- GasAtacama: é preciso US$ 9 bi em investimentos até 2020

O Chile vai precisar de US$7bi em investimentos em geração e US$500 mi-US$2 bi em transmissão até 2020 para mais que dobrar a capacidade instalada atual do país, segundo declarações de Rudolf Araneda, CEO da empresa de geração de energia e transporte de gás GasAtacama, em entrevista à imprensa na quinta-feira. De acordo com Araneda, a demanda anual dos sistemas interligados central (SIC) e norte (SING) do Chile vai aumentar 8% e 7%, respectivamente, até 2012. Para satisfazê-la, o Chile vai precisar de 40 novas usinas de geração até 2020, acrescenta Araneda. A ligação entre o SIC e o SING conduzirá a aumento de capacidade equivalente a apenas uma ou duas usinas, enquanto a conexão com o sistema argentino forneceria capacidade equivalente a duas usinas. Das outras 36 plantas necessárias, a maior parte será movida a gás natural relativamente barato por isso o Chile terá de "diversificar" suas fontes de gás natural, buscando maiores quantidades de gás na Argentina ou na Bolívia. O projeto de lei de energia do país, chamado "Ley Corta", reduziria a incerteza e tornaria o arcabouço regulatório do setor "claro e estável" para potenciais investidores. A Ley Corta está desenhada para regular os preços dos nós e os custos de transmissão, mas algumas geradoras, entre elas a AES Gener e a Colbun, se opõem à lei, vista por eles como inclinada em direção à Endesa Chile, da qual a GasAtacama é uma das proprietárias. Além disso, a Ley Corta deveria incorporar exigências de qualidade de serviço, inclusive sistemas de segurança para o caso de cortes de energia. (Business News America-10.01.2003)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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