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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.027 - 08 de janeiro de 2003
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Planejamento indica papel mais ativo do Estado

O Ministro do Planejamento, Guido Mantega, assinalou que o Estado terá um papel mais ativo na economia. "O governo Lula não terá pudores em traçar políticas ativas para a indústria, para a agricultura, para os serviços e onde mais houver necessidade de modernização". No entanto, o intervencionismo não significará um volta ao modelo dos anos 50, onde o Estado agiu como produtor. As únicas ressalvas foram em relação aos setores de petróleo e eletricidade. Ali o Estado atuará de forma mais empresarial. Este posicionamento corrobora as declarações na nova equipe de comando do setor de energia elétrica. No novo Modelo uma das principais características será a ação mais ativa do Estado através dos instrumentos de política econômica e principalmente através das empresas públicas, em especial da holding Eletrobrás. (Valor, Folha de São Paulo e UFRJ - 08.01.2003)

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2- Critérios para reajuste devem ser revistos

O Ministério de Minas e Energia está avaliando maneiras de reduzir o reajuste de 30% previsto para as contas de luz do consumidor neste ano. Entre as possibilidades estudadas estaria a substituição do IGP-M como fator de correção dos contratos com as empresas. Outra opção seria a mudança na avaliação do ganho de produtividade das companhias elétricas, que também entra no cálculo do reajuste. A informação foi divulgada ontem pelo secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia, Mauricio Tolmasquim, após reunião com o futuro presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, e os diretores das empresas coligadas (Chesf, Eletronorte, Furnas e Eletronuclear). Pelo modelo em vigor, do governo FHC, o reajuste das tarifas é estipulado pela variação do IGP-M menos um "fator x" baseado no ganho de produtividade das empresas. Tolmasquim, no entanto, fez questão de destacar que o governo não vai romper unilateralmente os contratos já acertados com as companhias do setor. "Essa é a regra maior", disse. "Dentro dela, nada está descartado. Vamos ver o que é possível fazer com aparato legal." (Valor - 08.01.2003)

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3- Justiça avalia hoje revisão ordinária

As distribuidoras de energia aguardam hoje um parecer da Justiça contra a metodologia de revisão tarifária escolhida pela Aneel. A ação judicial foi requerida pela Abradee contra o critério adotado pela agência de valor de reposição de mercado como base de remuneração dos ativos das elétricas. As empresas privadas alegam que a metodologia escolhida pela agência terá impacto negativo nas contas delas. Um estudo preliminar aponta que a remuneração das elétricas ficaria, no melhor dos casos, em 5%. O problema, no entanto, é que, se o governo conceder o que as distribuidoras pedem, as tarifas sofreriam uma alta extra entre 5% a 10%. Cálculos das concessionárias apontam que os critérios adotados pela Aneel representariam perdas de US$ 8,5 bi para as empresas. A estratégia das elétricas é buscar um meio-termo, uma outra metodologia para o assunto. Um parecer favorável na Justiça ajudaria esses avanços. As distribuidoras esperam uma liminar a seu favor, obrigando a Aneel a considerar o preço mínimo de leilão para cálculo dos reajustes. (Valor - 08.01.2003)

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4- Novo governo veta reajuste extraordinário de tarifas

Outra frente está se movimentando em relação à liberação dos contratos iniciais a partir desse ano. A MP 64, que tratava da regulação do setor elétrico, previa que as concessionárias que comprassem o insumo nos leilões pudessem reajustar suas tarifas extraordinariamente. O que seria um fator extra de pressão sobre os preços. O novo governo vetou essa possibilidade, e a Aneel fez cumprir essa determinação. As distribuidoras ameaçam entrar na justiça contra esse parecer. Elas alegam que a liberação dos contratos é um custo não-gerenciável e que a demora no repasse prejudicaria o equilíbrio econômico das elétricas. Na próxima segunda-feira, o conselho da Abradee deve se reunir para discutir alguns desses temas e preparar um documento com sugestões sobre o setor, que será entregue à ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef. O novo governo também tem dado indicações de que poderá substituir o IGP-M das tarifas de energia elétrica. Como o índice consta dos contratos, a alteração só poderá ser feita depois de negociação com os agentes. Como a revisão ordinária de tarifas começa já em abril, governo e iniciativa privada devem discutir muitos desses temas em conversas reservadas. O que poderá provocar alterações nos contratos da área. Um dos pontos que os empresários devem destacar é o grande peso que os tributos têm na estrutura das tarifas, o que acaba corroendo o ganho das elétricas e diminuindo a rentabilidade das concessões. (Valor - 08.01.2003)

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5- CBIEE deve se reunir hoje para eleger novo presidente

A CBIEE deve se reunir hoje. Um dos assuntos em pauta é a eleição do novo presidente da entidade. Após um mês à frente da CBIEE, Claudia Costin deixou no início do ano o posto para assumir a secretaria paulista de Cultura. Não há consenso sobre o substituto, mas o mais cotado é o diretor da Elektro, Sergio Assad. (Valor - 08.01.2003)

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6- Lei que reajusta o ICMS no Rio é inconstitucional

A Lei Estadual 4.056 - que autoriza a governadora do Rio, Rosinha Matheus, a elevar em até cinco pontos percentuais o ICMS incidente sobre os setores de telecomunicações e energia elétrica - é inconstitucional e, por isso, poderá ser questionada na Justiça. A avaliação é de tributaristas ouvidos pelo Valor. Segundo eles, a lei - aprovada a toque de caixa pela Assembléia Legislativa- no fim do ano passado não está de acordo com a emenda constitucional que autoriza a criação de fundos estaduais de combate à pobreza com recursos oriundos do aumento das alíquotas de ICMS. A lei estadual que criou o Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais autoriza a governadora a aumentar e um ponto percentual as alíquotas incidentes sobre todos os outros setores (exceto telecomunicações e energia). "Eletricidade e serviços de telecomunicações são insumos básicos para qualquer atividade comercial e industrial, não há como considerá-los supérfluos", afirma o tributarista Júlio de Oliveira, do escritório paulista Machado Associados Advogados e Consultores. (Valor - 08.01.2003)

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7- Aneel define novas tarifas para Eletropaulo, CPFL, Bandeirante e Elektro

A Aneel alterou a estrutura tarifária de quatro das principais distribuidoras de energia do estado de São Paulo. Quatro resoluções publicadas na edição do Diário Oficial da União desta terça-feira, dia 7 de janeiro, redefinem os valores que serão cobrados dos consumidores da Eletropaulo, CPFL, Bandeirante e Elektro. A alteração nas tarifas de fornecimento se deve à liminar concedida pela 7ª Vara Cível Federal da Seção Judiciária de São Paulo, em favor do Idec, que obriga a exclusão da cobrança do seguro-apagão e da recomposição extraordinária - que recompõe perdas das empresas em função do racionamento - das tarifas de energia. (Canal Energia - 07.01.2003)

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8- Proposta de mudança de foco de atuação da Aneel é bem recebida por executivos

Os executivos receberam bem a proposta do novo governo de mudar o foco de atuação da Aneel. A medida é um dos pontos principais da reestruturação do MME. Para Régis Martins, diretor executivo da Apine, a decisão do governo é acertada e não deverá "esvaziar" o papel da Aneel, que ocupou o espaço do governo em questões políticas e de planejamento. "A função da agência é de fiscalizar a atuação das concessionárias, analisando a qualidade do serviço e a implementação das regras no mercado pelas empresas", explica Martins. A Abrage também é a favor da mudança de foco de atuação do órgão regulador. Segundo Flávio Neiva, presidente da associação, o planejamento energético e definição de políticas para o setor são papéis do Ministério de Minas e Energia e do CNPE. Ele ressalta que essa indefinição de funções resultou no racionamento de energia em 2001. (Canal Energia - 08.01.2003)

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risco e racionamento

1- Curva de aversão ao risco em duas regiões está abaixo do previsto pelo ONS

A curva de aversão ao risco continua abaixo do previsto pelo ONS nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e o Nordeste. O primeiro que consumiu 25.680 MW na última segunda-feira, dia 6 de janeiro, está em 10,46%, enquanto na outra região, com uma demanda de 6.187 MW, está em 4,03%. Na região interligada do Norte o consumo medido pelo operador foi de 2.690 MW. O subsistema Sul registrou no dia 6 de janeiro um consumo de 7.502 MW. (Canal Energia - 07.01.2003)

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2- Consumo de energia cai 1,8% no Estado de Pernambuco

Quase um ano após o final do racionamento, os níveis de consumo de energia elétrica continuam muito baixos, frustrando as expectativas das distribuidoras. Em Pernambuco, o consumo durante todo o ano de 2002 foi 1,8% menor em relação a 1999. Em comparação a 2000, os pernambucanos consumiram 7,5% a menos de energia. A performance do ano passado só não foi pior do que a do ano 2001, quando o País foi obrigado a reduzir em 20% seus gastos com energia elétrica. Na comparação 2002/2001, o aumento de consumo foi de apenas 2,98% no Estado. No Brasil, o consumo de 2002 ficou 1,1% acima de 1999 e 3,27% abaixo de 2000, superando 2001 em 5%. De acordo com dados divulgados pelo ONS, as regiões Sul e Norte contribuíram para a modesta melhora nos níveis de consumo de energia no País. Com pequena ou nenhuma participação no racionamento, o uso da eletricidade nessas áreas é crescente. No Norte, o aumento em relação a 2000, foi de 3,4%, e no Sul, de 4%. Já nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste os níveis de consumo continuam semelhantes a 1999, mesmo com a reação dos últimos meses. (Diário de Pernambuco - 08.01.2003)

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3- Reservatórios do Nordeste estão 8,33% acima da curva de aversão

Os reservatórios da região Nordeste estão 8,33% acima da curva de aversão ao risco, segundo dados do NOS do dia 6 de janeiro. A capacidade da região está em 20,49%. A usina de Sobradinho apresenta índice de 15,95%. (Canal Energia - 07.01.2003)

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4- Reservatórios da região Norte alcançam 14,52% da capacidade

Com um aumento de 0,46% nos índices, os reservatórios do subsistema Norte alcançaram 14,52% da capacidade. O volume da hidrelétrica de Tucuruí está em 16,49%. (Canal Energia - 07.01.2003)

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5- Volume armazenado tem acréscimo de 0,52% no Sudeste/Centro-Oeste

No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o volume armazenado é de 45,44%, um acréscimo de 0,52% em relação ao dia anterior. Os níveis estão 22,28% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Furnas está com 64,56% da capacidade, enquanto Itumbiara está com 37,68%. (Canal Energia - 07.01.2003)

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6- Reservatórios da região Sul têm queda de 0,27%

O subsistema Sul teve uma queda de 0,27% nos índices. A capacidade está em 96,76%. A hidrelétrica de Salto Santiago registra índice de 98,99%. (Canal Energia - 07.01.2003)

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7- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Eletrobrás poderá ter gestão corporativa

O futuro presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa, disse ontem que a atual diretoria de administração da estatal poderá ser transformada em uma diretoria de Gestão Corporativa, para coordenar as atividades de todas as empresas controladas pela holding. Pinguelli - que será empossado na próxima terça-feira, às 14 horas, na sede da Firjan - participou ontem da primeira reunião da equipe de transição para o setor elétrico, na sede da Eletrobrás, no Centro do Rio. Além de Pinguelli, participaram da reunião o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim; o atual presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho e diretores da Eletronuclear, Eletronorte, Furnas e Chesf. Com a criação da diretoria de Gestão Corporativa, a Eletrobras deve seguir a tendência do novo governo de maior centralização do poder. Pinguelli garantiu, no entanto, que a diretoria não fará com que a estatal exerça maior controle sobre as empresas ligadas à Eletrobrás, mas fará com que haja maior "sinergia". "Teremos uma atuação mais próxima das empresas controladas. A Eletrobrás é uma holding, e tem papel de coordenar todas as empresas controladas, para que haja sinergia positiva e não haja competição desnecessária. É natural que Furnas queira uma coisa, e outras empresas queiram o mesmo", explicou. O projeto de mudança no papel da diretoria de Administração será apresentado ao conselho da empresa após a posse de Pinguelli. (Jornal do Commercio - 08.01.2003)

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2- Escolha das diretorias da Eletrobras será feita entre a própria equipe técnica

O futuro presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa, explicou que a escolha das diretorias da companhia e de suas controladas será feita entre a própria equipe técnica do sistema Eletrobrás e também entre pessoas com experiência no mercado financeiro. "Estamos muito preocupados em ter uma diretoria financeira profissional", disse Pinguelli, que pretende manter a confiabilidade da Eletrobrás perante o mercado e os investidores. Embora tenha evitado citar os nomes que estão sendo cogitados para assumir a direção das empresas, Pinguelli adiantou que o próximo diretor financeiro da Eletrobrás será alguém ligado ao mercado. Segundo o futuro presidente da estatal, é importante que o cargo seja ocupado por um "profissional", para dar maior credibilidade à empresa. (Jornal do Commercio - 08.01.2003)

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3- Pinguelli afirma que não haverá 'racismo técnico' na escolha das diretorias da Eletrobras

O futuro presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa, sobre a escolha das diretorias da companhia, comparou: "A Eletrobras é uma empresa que capta recursos no mercado financeiro e que paga dividendos. Temos que ter alguém com experiência no mercado. Não precisa ser necessariamente alguém que estivesse atuando no mercado, agora. Temos como exemplo o Palocci (Antônio Palocci, ministro da Fazenda), que é médico." Pinguelli está criando grupos de trabalho para a transição com pessoas da equipe antiga da Eletrobrás e de suas quatro maiores controladas - Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletronuclear. Segundo ele, alguns diretores dessas coligadas serão mantidos no cargo. Uma das prioridades da empresa será a expansão da geração de energia no país. Mas Pinguelli disse que as mudanças a serem implementadas não ocorrerão de forma brusca. Pinguelli disse que nem todos os diretores serão mudados, e alguns podem ser remanejados entre as empresas controladas pela Eletrobrás. O futuro presidente da estatal garantiu que não haverá "racismo técnico", afirmando que a única exigência para a escolha dos diretores será o compromisso de seguir as políticas definidas pelo MME. (Jornal do Commercio - 08.01.2003)

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4- Eletropaulo cassa limitar do Idec que impedia o reajuste de tarifas

Em um dia cheio de surpresas e notícias jurídicas, os dirigentes de empresas privadas do setor elétrico e da agência reguladora viveram ontem momentos tensos. No fim da tarde de ontem, a Eletropaulo anunciou que a liminar concedida pela 7 ª Vara Cível do Tribunal Regional Federal de São Paulo foi cassada. A liminar determinava que a distribuidora paulista - além da Bandeirante Energia, CPFL e Elektro, que também operam no Estado de São Paulo - deixasse de cobrar nas contas de luz residenciais o aumento tarifário extraordinário, por conta do racionamento, e o seguro antiapagão. Com isso, a Eletropaulo vai manter a cobrança dos dois encargos nas faturas residenciais. Até o fechamento da edição, a liminar continuava valendo para as outras três distribuidoras, que tentam derrubá-la. No entanto, com a decisão do juiz Baptista Pereira, essas elétricas também devem conseguir derrubar a ação judicial, movida pelo Idec. Para os consumidores não residenciais não haverá alteração nas tarifas, porque não foram atingidos pelos efeitos da liminar. (Valor - 08.01.2003)

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5- Distribuidoras não contestam liminar devido ao parecer favorável à Eletropaulo

Por causa do parecer favorável à Eletropaulo, a entidade que representa as distribuidoras resolveu não entrar com ação judicial contestando a liminar. A suspensão dos reajustes extraordinários - que foram concedidos como forma de compensar as perdas das elétricas com o racionamento - representaria um forte abalo contra o acordo geral do setor elétrico. Por meio do acordo, as concessionárias receberam um - longamente negociado - adiantamento do BNDES para recomporem parte de suas perdas financeiras. Em contrapartida, a alta extraordinária das tarifas seria usada para saldar esse financiamento aberto pelo banco. Cada distribuidora tem um valor diferente a receber e um prazo diferenciado para que o reajuste nas contas de seus consumidores seja efetuado. Todos os montantes e datas foram validados pela Aneel durante o ano passado. O fim do reajuste extraordinário - fixado em 2,9% para as residências - e do seguro antiapagão (R$ 0,57 por 100 kWh mês) poderia representar economia de 5% nas contas de luz dos consumidores residenciais das áreas de operação dessas concessionárias. A Aneel deve publicar hoje no Diário Oficial as tabelas com as novas tarifas das distribuidoras paulistas, sem a cobrança dos dois encargos. A assessoria da Aneel informou ontem à tarde que a agência também entrou com recurso na Justiça pedindo a suspensão de execução da liminar movida pelo Idec. Os empresários temem que novas ações surjam contestando o acordo do setor. (Valor - 08.01.2003)

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6- Requião pretende "acabar com associações indevidas" da Copel

Outra pendência no setor elétrico teve um novo desdobramento também ontem. Em Curitiba, o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), reafirmou que pretende "acabar com as associações indevidas" da Copel com empresas privadas. Ele se referia à participação acionária da Copel em empresas como a comercializadora de energia Tradener, a termelétrica de Araucária e a compra de energia através da empresa argentina Cien. De acordo com o presidente da Copel empossado ontem, Paulo Pimentel, são 26 empresas que estão "sob suspeição" e serão agora investigadas pelo governo do Paraná. Elas dão, segundo Pimentel, "prejuízos respeitáveis" à Copel. "Tudo indica que são péssimos negócios feitos pela Copel", afirmou ontem. Pimentel também disse que ainda hoje começa a trabalhar para desfazer a divisão da Copel em cinco subsidiárias. "Já temos o projeto, agora só depende da Aneel". Voltando à estrutura verticalizada da estatal de energia, o novo presidente da empresa pretende acabar com 24 cargos de diretores e faturamentos duplicados, feitos entre as empresas. (Valor - 08.01.2003)

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7- José Paulo Loureiro é o novo presidente da Celg

A Celg já tem novo presidente. Tomou posse na última segunda-feira, dia 6 de janeiro, José Paulo Félix de Souza Loureiro, ex-secretário Extraordinário do Estado de Goiás. Antes disso, o executivo foi diretor do Tesouro Estadual e presidente da Agência Goiana de Comunicação (Agecom). (Canal Energia - 07.01.2003)

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financiamento

1- Cobrança de dívida contraria liminar

A Cemig divulga nesta quarta-feira "fato relevante" no qual alega que a liquidação dos valores devidos pela empresa ao MAE foi feita mesmo com a estatal tendo em mãos uma liminar, concedida pela Justiça Federal de Brasília, que modificava a forma de cobrança da dívida, que já chegou a ser estimada pela direção da companhia em R$ 1 bi. O valor exato não foi divulgado, mas a companhia diz que a conta feita pelo MAE reduz em R$ 122 mi o débito da empresa junto ao órgão. A Cemig diz no comunicado que antes de acionar a Justiça encaminhou ao então ministro das Minas e Energia, Francisco Luiz Gomide, carta na qual solicitava providências no sentido de liberar o financiamento ao qual a empresa teria direito junto ao BNDES para quitar a dívida junto ao MAE. No comunicado, a estatal ressalta que os agentes participantes do MAE vinham negociando com a Aneel uma forma de viabilizar a liquidação do órgão mediante auditoria, o que acabou não ocorrendo. (O Tempo - 08.01.2003)

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2- Celpe aguarda recursos

A Celpe aguarda ainda para esta semana a liquidação residual do MAE. Dos R$ 38 mi que a empresa esperava receber na primeira fase da operação, realizada no dia 30 de dezembro, foram pagos apenas R$ 17,2 mi (45%). O objetivo da liquidação residual é redistribuir o prejuízo entre os credores, equalizando a inadimplência. Somente depois disso é que o MAE deverá emitir as faturas para que os credores possam cobrar dos devedores. A Celpe tem R$ 91 mi em créditos por ter vendido energia no MAE entre setembro de 2000 e outubro de 2002. Segundo o diretor Comercial da Celpe, Enrique Plannels, dos R$ 38 mi que a empresa teria a receber na primeira fase da liquidação, R$ 4,7 mi foram depositados em juízo, sobrando agora R$ 33,3 mi. O dinheiro foi retido por causa de uma liminar obtida pela distribuidora AES Sul, do Rio Grande do Sul. No total, foram retidos R$ 186 mi. (Diário de Pernambuco - 08.01.2003)

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3- BHP Billiton quer garantir a energia e o preço à Alumar

Negociar um novo contrato de fornecimento de energia para a fábrica de alumínio Alumar, no Maranhão, é a principal tarefa neste ano do novo presidente da BHP Billiton Brasil, Sebastião Ribeiro, que assumiu o cargo em 1º de janeiro. Além disso, para garantir o suprimento de sua fundição na Alumar, a companhia deve continuar investindo na geração de energia: entre US$ 150 mi e US$ 200 mi já estão certos para duas hidrelétricas no norte do país - Santa Isabel e Estreito. O plano inclui ainda disputar a licitação, com parceiros, para o projeto de Serra Quebrada. O atual contrato de energia com a Eletronorte, de 20 anos, vence em maio de 2004. "Já tivemos algumas conversas preliminares com a direção da estatal, mas não chegamos à fase de propostas devido à mudança de governo", disse Ribeiro. Ele aguarda a nomeação do novo dirigente da Eletronorte para marcar um encontro e retomar as negociações. A Alumar está entre os dois maiores clientes individuais da hidrelétrica de Tucuruí, no sul do Pará. Somente BHP Billiton, que compra 320 MWh de energia, tem uma conta mensal na casa de US$ 5 mi. Sua sócia Alcoa no consórcio tem demanda ainda maior para suas operações. (Valor - 08.01.2003)

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4- Contrato da Albrás com Eletronorte é beneficiado com elevado subsídio

A Albrás, subsidiária da Cia. Vale do Rio Doce, é outro cliente de peso de Tucuruí, cujo contrato vence na mesma época da Alumar, e terá também de renegociá-lo com a Eletronorte. Fontes da Eletronorte informaram que o preço pago pela Albrás é bem inferior ao de Alcoa e BHP Billiton - US$ 12 a US$ 13 o MW. Esse contrato sofre pesadas críticas por ser beneficiado com um elevado subsídio à produção de alumínio. O objetivo da BHP Billiton, diz o novo presidente da BHP Billiton Brasil, Sebastião Ribeiro, é garantir o suprimento de sua fundição na Alumar a preço competitivo com os concorrentes internacionais. "O valor atual que pagamos, em torno de US$ 22 MW, considero razoável". A Alumar é um consórcio produtor de alumina e alumínio, baseado em São Luís. Começou a operar em meados dos anos 80. Além da Alcoa, outra sócia é a Alcan, mas apenas em alumina. Tem capacidade de 380 mil toneladas de metal (170 mil da BHP) e acima de 1 mi de alumina. "Queremos manter nossa relação comercial profícua com a Eletronorte. Somos um grande consumidor, que paga em dia uma conta mensal expressiva", diz. (Valor - 08.01.2003)

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financiamento

1- IPC do Rio registrou alta de 12,11% no ano passado

A inflação no Rio caiu em dezembro quase à metade do apurado no mês anterior. A variação do IPC-RJ, medida pela Fundação Getúlio Vargas, foi de 2,17%, ante 4,05% em novembro. Mesmo assim, o IPC-RJ fechou o ano com alta de 12,11%, influenciado pela acelerada alta nos preços de alimentação em 2002. O resultado é o maior desde 1995, que teve índice acumulado de inflação de 27,85%. De janeiro a dezembro do ano passado, os preços do grupo alimentação subiram 16,97%, a maior alta entre os sete grupos que compõem o índice. (Jornal do Commercio - 08.01.2003)

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2- BC vai trazer inflação de volta à meta hoje vigente

O objetivo do Banco Central é trazer a inflação de volta à trajetória das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mas em um período mais longo que um ano. O anúncio foi feito ontem pelo novo presidente do BC, Henrique Meirelles, no discurso que fez durante a solenidade de transmissão de cargo. "O Banco Central perseguirá uma trajetória de convergência para as metas de inflação, levando em conta que esta não se dará de forma instantânea", disse Meirelles. A prática de diluir a convergência da inflação corrente às metas em um período mais prolongado é particularmente importante, explicou Meirelles, quando ocorre uma bolha inflacionária devido a um choque de custos, como é o caso do Brasil. "Assim, realizaremos esse movimento mirando uma inflação que leve em conta a inércia herdada de 2002 e os choques de oferta advindos de aumentos de preços administrados e monitorados em 2003", afirmou. (Valor Econômico - 08.01.2003)

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3- Tesouro Nacional vende R$ 3,7 bi no 1º leilão de títulos do novo governo

O Tesouro Nacional vendeu ontem R$ 3,758 bilhões de Letras do Financeiras do Tesouro (LFT) com vencimento em dezembro, no primeiro leilão de títulos do governo Lula. O valor é quase a metade dos títulos que vencem este mês, que somam R$ 8 bilhões, e representou uma emissão líquida superior a R$ 1,3 bilhão nos primeiros dias do ano - uma vez que os vencimentos no período foram de R$ 2,4 bilhões. Segundo o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, a demanda pelos papéis foi 2,5 vezes superior à oferta, o que indicaria a retomada da confiança do mercado na economia brasileira. (Valor Econômico - 08.01.2003)

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4- Dólar comercial abre em queda de 0,78% e sai a R$ 3,2740

Depois da forte queda de ontem, o dólar comercial abriu as operações com baixa de 0,78% perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,2640 na compra e a R$ 3,2740 na venda. No mercado futuro, os contratos de fevereiro negociados na BM & F tinham recuo de 0,93%, projetando a moeda a R$ 3,274. Ontem, o dólar comercial fechou com queda de 1,49% e era negociado a R$ 3,2950 na compra e a R$ 3,300 na venda. A cotação é a menor desde o dia 17 de setembro de 2002, quando a moeda encerrou a R$ 3,2450. (Valor Online - 08.01.2003)

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internacional

1- Interconexão entre Equador e Colômbia só começa a funcionar em 30 de janeiro

Devidos a problemas na compatibilização de seu sistema ao da agência reguladora do sistema de energia nacional Cenace, a Transelectric, companhia estatal de transmissão de energia do Equador, adiou para 30 de janeiro a entrada em operação de uma linha ligando Equador e Colômbia, disse a BNamericas uma fonte na Transelectric. A Transelectric e sua correspondente na Colômbia, a ISA, planejavam originalmente começar a transportar energia no dia 10 de janeiro. A linha de circuito duplo, de 230 KV, com 211km de extensão, terá capacidade para transportar 260 MW de energia entre os dois países. A Transelectric investiu US$ 31 mi no trecho equatoriano da linha, que percorre uma extensão de 136 km entre a capital, Quito, e a cidade de Ipiales, na fronteira com a Colômbia. Além disso, a Transelectric instalou a subestação Pomasqui, em Quito. A ISA investiu os outros US$ 14 mi na construção de seu trecho, de 75km, entre Ipiales e Pasto, onde a linha é interligada ao sistema nacional colombiano. No início, a maior parte da energia será transportada da Colômbia para o Equador, e várias empresas colombianas já firmaram contratos para fornecimento de energia a empresas equatorianas assim que a linha começar a operar comercialmente. O Equador passa regularmente por falta de energia quando reduz o nível de água na barragem hidrelétrica Paute, responsável pelo fornecimento de 65% da energia elétrica do país. (Business América - 07.01.2003)

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2- Alto endividamento e pouco dinheiro apontam para naufrágios em 2003

A primeira concordata empresarial a chegar às manchetes neste ano poderá ocorrer a qualquer momento, e os analistas de crédito estão apontando a NRG Energy Inc. como a candidata mais provável. Essa geradora atacadista de energia elétrica com sede em Minneapolis, já em default frente a seus compromissos, está brigando contra uma petição involuntária de concordata apresentada por alguns de seus ex-executivos. A FAO Inc. também está à beira do abismo. A varejista de brinquedos que é proprietária das redes Zany Brainy Inc. e FAO Schwarz Inc., tem prazo até 10 de janeiro para negociar novos termos com seus bancos, antes que fique sem dinheiro. Executivos da NRG reconhecem que estão numa sinuca, e dizem que estão tentando negociar um acordo com credores. Consultada, a FAO não quis comentar. Outras empresas podem não estar muito melhores. Duas outras grandes companhias de eletricidade - Mirant Corp. e Allegheny Energy Inc. -, divulgaram um alerta para uma possível concordata no fim de dezembro. E duas outras que poderão ser arrastadas para o desastre pelo colapso de suas operações de trading no mercado de energia - Dynegy Inc. e Aquila Inc. -, alertaram os investidores de que poderão não ter condições de sobreviver ao segundo trimestre, quando vencem enormes pagamentos de dívidas. (Valor - 08.01.2003)

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3- EnBW assina acordo para fechar usina nuclear até novembro

A empresa alemã Energie Baden-Wurttemberg junto com o Ministro Federal do Meio Ambiente, assinaram um acordo para fechar sua usina nuclear até 15 de novembro de 2005. Esse acordo permite que o reator continue a produzir 5.5 TWh na usina de Philippsburg-1 até 15 de novembro de 2005. Ele também proibe futuras comercializações da energia gerada pela usina de Obrigheim, a menor e mais velha usina da Alemanha. O fechamento dos reatores tem sido um entrave entre a controladora e o Ministério do Meio Ambiente há algum tempo. Em outubro o ministério permitiu que a energia gerada pela usina de Neckarwestheim-2, o mais novo reator nuclear da empresa, pudesse ser vendida.(Platts - 07.01.2003)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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