1- Planejamento indica papel mais ativo do Estado |
O Ministro do Planejamento,
Guido Mantega, assinalou que o Estado terá um papel mais ativo
na economia. "O governo Lula não terá pudores em traçar políticas
ativas para a indústria, para a agricultura, para os serviços
e onde mais houver necessidade de modernização". No entanto, o
intervencionismo não significará um volta ao modelo dos anos 50,
onde o Estado agiu como produtor. As únicas ressalvas foram em
relação aos setores de petróleo e eletricidade. Ali o Estado atuará
de forma mais empresarial. Este posicionamento corrobora as declarações
na nova equipe de comando do setor de energia elétrica. No novo
Modelo uma das principais características será a ação mais ativa
do Estado através dos instrumentos de política econômica e principalmente
através das empresas públicas, em especial da holding Eletrobrás.
(Valor, Folha de São Paulo e UFRJ - 08.01.2003)
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2- Critérios para reajuste devem ser revistos |
O Ministério de Minas e Energia está avaliando maneiras de reduzir
o reajuste de 30% previsto para as contas de luz do consumidor
neste ano. Entre as possibilidades estudadas estaria a substituição
do IGP-M como fator de correção dos contratos com as empresas.
Outra opção seria a mudança na avaliação do ganho de produtividade
das companhias elétricas, que também entra no cálculo do reajuste.
A informação foi divulgada ontem pelo secretário-executivo do
Ministério das Minas e Energia, Mauricio Tolmasquim, após reunião
com o futuro presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, e
os diretores das empresas coligadas (Chesf, Eletronorte, Furnas
e Eletronuclear). Pelo modelo em vigor, do governo FHC, o reajuste
das tarifas é estipulado pela variação do IGP-M menos um "fator
x" baseado no ganho de produtividade das empresas. Tolmasquim,
no entanto, fez questão de destacar que o governo não vai romper
unilateralmente os contratos já acertados com as companhias do
setor. "Essa é a regra maior", disse. "Dentro dela, nada está
descartado. Vamos ver o que é possível fazer com aparato legal."
(Valor - 08.01.2003)
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3- Justiça avalia hoje revisão ordinária |
As distribuidoras de energia aguardam hoje um parecer da Justiça
contra a metodologia de revisão tarifária escolhida pela Aneel.
A ação judicial foi requerida pela Abradee contra o critério adotado
pela agência de valor de reposição de mercado como base de remuneração
dos ativos das elétricas. As empresas privadas alegam que a metodologia
escolhida pela agência terá impacto negativo nas contas delas.
Um estudo preliminar aponta que a remuneração das elétricas ficaria,
no melhor dos casos, em 5%. O problema, no entanto, é que, se
o governo conceder o que as distribuidoras pedem, as tarifas sofreriam
uma alta extra entre 5% a 10%. Cálculos das concessionárias apontam
que os critérios adotados pela Aneel representariam perdas de
US$ 8,5 bi para as empresas. A estratégia das elétricas é buscar
um meio-termo, uma outra metodologia para o assunto. Um parecer
favorável na Justiça ajudaria esses avanços. As distribuidoras
esperam uma liminar a seu favor, obrigando a Aneel a considerar
o preço mínimo de leilão para cálculo dos reajustes. (Valor -
08.01.2003)
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4- Novo governo veta reajuste extraordinário de tarifas |
Outra frente está se movimentando em relação à liberação dos contratos
iniciais a partir desse ano. A MP 64, que tratava da regulação
do setor elétrico, previa que as concessionárias que comprassem
o insumo nos leilões pudessem reajustar suas tarifas extraordinariamente.
O que seria um fator extra de pressão sobre os preços. O novo
governo vetou essa possibilidade, e a Aneel fez cumprir essa determinação.
As distribuidoras ameaçam entrar na justiça contra esse parecer.
Elas alegam que a liberação dos contratos é um custo não-gerenciável
e que a demora no repasse prejudicaria o equilíbrio econômico
das elétricas. Na próxima segunda-feira, o conselho da Abradee
deve se reunir para discutir alguns desses temas e preparar um
documento com sugestões sobre o setor, que será entregue à ministra
de Minas e Energia, Dilma Roussef. O novo governo também tem dado
indicações de que poderá substituir o IGP-M das tarifas de energia
elétrica. Como o índice consta dos contratos, a alteração só poderá
ser feita depois de negociação com os agentes. Como a revisão
ordinária de tarifas começa já em abril, governo e iniciativa
privada devem discutir muitos desses temas em conversas reservadas.
O que poderá provocar alterações nos contratos da área. Um dos
pontos que os empresários devem destacar é o grande peso que os
tributos têm na estrutura das tarifas, o que acaba corroendo o
ganho das elétricas e diminuindo a rentabilidade das concessões.
(Valor - 08.01.2003)
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5- CBIEE deve se reunir hoje para eleger novo presidente |
A CBIEE deve se reunir hoje. Um dos assuntos em pauta é a eleição
do novo presidente da entidade. Após um mês à frente da CBIEE,
Claudia Costin deixou no início do ano o posto para assumir a
secretaria paulista de Cultura. Não há consenso sobre o substituto,
mas o mais cotado é o diretor da Elektro, Sergio Assad. (Valor
- 08.01.2003)
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6- Lei que reajusta o ICMS no Rio é inconstitucional |
A Lei Estadual 4.056 - que autoriza a governadora do Rio, Rosinha
Matheus, a elevar em até cinco pontos percentuais o ICMS incidente
sobre os setores de telecomunicações e energia elétrica - é inconstitucional
e, por isso, poderá ser questionada na Justiça. A avaliação é
de tributaristas ouvidos pelo Valor. Segundo eles, a lei - aprovada
a toque de caixa pela Assembléia Legislativa- no fim do ano passado
não está de acordo com a emenda constitucional que autoriza a
criação de fundos estaduais de combate à pobreza com recursos
oriundos do aumento das alíquotas de ICMS. A lei estadual que
criou o Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais
autoriza a governadora a aumentar e um ponto percentual as alíquotas
incidentes sobre todos os outros setores (exceto telecomunicações
e energia). "Eletricidade e serviços de telecomunicações são insumos
básicos para qualquer atividade comercial e industrial, não há
como considerá-los supérfluos", afirma o tributarista Júlio de
Oliveira, do escritório paulista Machado Associados Advogados
e Consultores. (Valor - 08.01.2003)
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7- Aneel define novas tarifas para Eletropaulo, CPFL,
Bandeirante e Elektro |
A Aneel alterou a estrutura tarifária de quatro das principais
distribuidoras de energia do estado de São Paulo. Quatro resoluções
publicadas na edição do Diário Oficial da União desta terça-feira,
dia 7 de janeiro, redefinem os valores que serão cobrados dos
consumidores da Eletropaulo, CPFL, Bandeirante e Elektro. A alteração
nas tarifas de fornecimento se deve à liminar concedida pela 7ª
Vara Cível Federal da Seção Judiciária de São Paulo, em favor
do Idec, que obriga a exclusão da cobrança do seguro-apagão e
da recomposição extraordinária - que recompõe perdas das empresas
em função do racionamento - das tarifas de energia. (Canal Energia
- 07.01.2003)
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8- Proposta de mudança de foco de atuação da Aneel
é bem recebida por executivos |
Os executivos receberam bem a proposta do novo governo de mudar
o foco de atuação da Aneel. A medida é um dos pontos principais
da reestruturação do MME. Para Régis Martins, diretor executivo
da Apine, a decisão do governo é acertada e não deverá "esvaziar"
o papel da Aneel, que ocupou o espaço do governo em questões políticas
e de planejamento. "A função da agência é de fiscalizar a atuação
das concessionárias, analisando a qualidade do serviço e a implementação
das regras no mercado pelas empresas", explica Martins. A Abrage
também é a favor da mudança de foco de atuação do órgão regulador.
Segundo Flávio Neiva, presidente da associação, o planejamento
energético e definição de políticas para o setor são papéis do
Ministério de Minas e Energia e do CNPE. Ele ressalta que essa
indefinição de funções resultou no racionamento de energia em
2001. (Canal Energia - 08.01.2003)
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1- Curva de aversão ao risco em duas regiões está abaixo
do previsto pelo ONS |
A curva de aversão ao risco continua abaixo do previsto pelo ONS
nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e o Nordeste. O primeiro
que consumiu 25.680 MW na última segunda-feira, dia 6 de janeiro,
está em 10,46%, enquanto na outra região, com uma demanda de 6.187
MW, está em 4,03%. Na região interligada do Norte o consumo medido
pelo operador foi de 2.690 MW. O subsistema Sul registrou no dia
6 de janeiro um consumo de 7.502 MW. (Canal Energia - 07.01.2003)
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2- Consumo de energia cai 1,8% no Estado de Pernambuco |
Quase um ano após o final do racionamento, os níveis de consumo
de energia elétrica continuam muito baixos, frustrando as expectativas
das distribuidoras. Em Pernambuco, o consumo durante todo o ano
de 2002 foi 1,8% menor em relação a 1999. Em comparação a 2000,
os pernambucanos consumiram 7,5% a menos de energia. A performance
do ano passado só não foi pior do que a do ano 2001, quando o
País foi obrigado a reduzir em 20% seus gastos com energia elétrica.
Na comparação 2002/2001, o aumento de consumo foi de apenas 2,98%
no Estado. No Brasil, o consumo de 2002 ficou 1,1% acima de 1999
e 3,27% abaixo de 2000, superando 2001 em 5%. De acordo com dados
divulgados pelo ONS, as regiões Sul e Norte contribuíram para
a modesta melhora nos níveis de consumo de energia no País. Com
pequena ou nenhuma participação no racionamento, o uso da eletricidade
nessas áreas é crescente. No Norte, o aumento em relação a 2000,
foi de 3,4%, e no Sul, de 4%. Já nas regiões Sudeste, Centro-Oeste
e Nordeste os níveis de consumo continuam semelhantes a 1999,
mesmo com a reação dos últimos meses. (Diário de Pernambuco -
08.01.2003)
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3- Reservatórios do Nordeste estão 8,33% acima da curva
de aversão |
Os reservatórios da região Nordeste estão 8,33% acima da curva
de aversão ao risco, segundo dados do NOS do dia 6 de janeiro.
A capacidade da região está em 20,49%. A usina de Sobradinho apresenta
índice de 15,95%. (Canal Energia - 07.01.2003)
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4- Reservatórios da região Norte alcançam 14,52% da
capacidade |
Com um aumento de 0,46% nos índices, os reservatórios do subsistema
Norte alcançaram 14,52% da capacidade. O volume da hidrelétrica
de Tucuruí está em 16,49%. (Canal Energia - 07.01.2003)
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5- Volume armazenado tem acréscimo de 0,52% no Sudeste/Centro-Oeste |
No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o volume armazenado é de 45,44%,
um acréscimo de 0,52% em relação ao dia anterior. Os níveis estão
22,28% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Furnas
está com 64,56% da capacidade, enquanto Itumbiara está com 37,68%.
(Canal Energia - 07.01.2003)
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6- Reservatórios da região Sul têm queda de 0,27% |
O subsistema Sul teve uma queda de 0,27% nos índices. A capacidade
está em 96,76%. A hidrelétrica de Salto Santiago registra índice
de 98,99%. (Canal Energia - 07.01.2003)
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7- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Eletrobrás poderá ter gestão corporativa |
O futuro presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa, disse
ontem que a atual diretoria de administração da estatal poderá
ser transformada em uma diretoria de Gestão Corporativa, para
coordenar as atividades de todas as empresas controladas pela
holding. Pinguelli - que será empossado na próxima terça-feira,
às 14 horas, na sede da Firjan - participou ontem da primeira
reunião da equipe de transição para o setor elétrico, na sede
da Eletrobrás, no Centro do Rio. Além de Pinguelli, participaram
da reunião o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim;
o atual presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho e diretores
da Eletronuclear, Eletronorte, Furnas e Chesf. Com a criação da
diretoria de Gestão Corporativa, a Eletrobras deve seguir a tendência
do novo governo de maior centralização do poder. Pinguelli garantiu,
no entanto, que a diretoria não fará com que a estatal exerça
maior controle sobre as empresas ligadas à Eletrobrás, mas fará
com que haja maior "sinergia". "Teremos uma atuação mais próxima
das empresas controladas. A Eletrobrás é uma holding, e tem papel
de coordenar todas as empresas controladas, para que haja sinergia
positiva e não haja competição desnecessária. É natural que Furnas
queira uma coisa, e outras empresas queiram o mesmo", explicou.
O projeto de mudança no papel da diretoria de Administração será
apresentado ao conselho da empresa após a posse de Pinguelli.
(Jornal do Commercio - 08.01.2003)
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2- Escolha das diretorias da Eletrobras será feita
entre a própria equipe técnica |
O futuro presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa, explicou
que a escolha das diretorias da companhia e de suas controladas
será feita entre a própria equipe técnica do sistema Eletrobrás
e também entre pessoas com experiência no mercado financeiro.
"Estamos muito preocupados em ter uma diretoria financeira profissional",
disse Pinguelli, que pretende manter a confiabilidade da Eletrobrás
perante o mercado e os investidores. Embora tenha evitado citar
os nomes que estão sendo cogitados para assumir a direção das
empresas, Pinguelli adiantou que o próximo diretor financeiro
da Eletrobrás será alguém ligado ao mercado. Segundo o futuro
presidente da estatal, é importante que o cargo seja ocupado por
um "profissional", para dar maior credibilidade à empresa. (Jornal
do Commercio - 08.01.2003)
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3- Pinguelli afirma que não haverá 'racismo técnico'
na escolha das diretorias da Eletrobras |
O futuro presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa, sobre
a escolha das diretorias da companhia, comparou: "A Eletrobras
é uma empresa que capta recursos no mercado financeiro e que paga
dividendos. Temos que ter alguém com experiência no mercado. Não
precisa ser necessariamente alguém que estivesse atuando no mercado,
agora. Temos como exemplo o Palocci (Antônio Palocci, ministro
da Fazenda), que é médico." Pinguelli está criando grupos de trabalho
para a transição com pessoas da equipe antiga da Eletrobrás e
de suas quatro maiores controladas - Furnas, Chesf, Eletronorte
e Eletronuclear. Segundo ele, alguns diretores dessas coligadas
serão mantidos no cargo. Uma das prioridades da empresa será a
expansão da geração de energia no país. Mas Pinguelli disse que
as mudanças a serem implementadas não ocorrerão de forma brusca.
Pinguelli disse que nem todos os diretores serão mudados, e alguns
podem ser remanejados entre as empresas controladas pela Eletrobrás.
O futuro presidente da estatal garantiu que não haverá "racismo
técnico", afirmando que a única exigência para a escolha dos diretores
será o compromisso de seguir as políticas definidas pelo MME.
(Jornal do Commercio - 08.01.2003)
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4- Eletropaulo cassa limitar do Idec que impedia o
reajuste de tarifas |
Em um dia cheio de surpresas e notícias jurídicas, os dirigentes
de empresas privadas do setor elétrico e da agência reguladora
viveram ontem momentos tensos. No fim da tarde de ontem, a Eletropaulo
anunciou que a liminar concedida pela 7 ª Vara Cível do Tribunal
Regional Federal de São Paulo foi cassada. A liminar determinava
que a distribuidora paulista - além da Bandeirante Energia, CPFL
e Elektro, que também operam no Estado de São Paulo - deixasse
de cobrar nas contas de luz residenciais o aumento tarifário extraordinário,
por conta do racionamento, e o seguro antiapagão. Com isso, a
Eletropaulo vai manter a cobrança dos dois encargos nas faturas
residenciais. Até o fechamento da edição, a liminar continuava
valendo para as outras três distribuidoras, que tentam derrubá-la.
No entanto, com a decisão do juiz Baptista Pereira, essas elétricas
também devem conseguir derrubar a ação judicial, movida pelo Idec.
Para os consumidores não residenciais não haverá alteração nas
tarifas, porque não foram atingidos pelos efeitos da liminar.
(Valor - 08.01.2003)
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5- Distribuidoras não contestam liminar devido ao parecer
favorável à Eletropaulo |
Por causa do parecer favorável à Eletropaulo, a entidade que representa
as distribuidoras resolveu não entrar com ação judicial contestando
a liminar. A suspensão dos reajustes extraordinários - que foram
concedidos como forma de compensar as perdas das elétricas com
o racionamento - representaria um forte abalo contra o acordo
geral do setor elétrico. Por meio do acordo, as concessionárias
receberam um - longamente negociado - adiantamento do BNDES para
recomporem parte de suas perdas financeiras. Em contrapartida,
a alta extraordinária das tarifas seria usada para saldar esse
financiamento aberto pelo banco. Cada distribuidora tem um valor
diferente a receber e um prazo diferenciado para que o reajuste
nas contas de seus consumidores seja efetuado. Todos os montantes
e datas foram validados pela Aneel durante o ano passado. O fim
do reajuste extraordinário - fixado em 2,9% para as residências
- e do seguro antiapagão (R$ 0,57 por 100 kWh mês) poderia representar
economia de 5% nas contas de luz dos consumidores residenciais
das áreas de operação dessas concessionárias. A Aneel deve publicar
hoje no Diário Oficial as tabelas com as novas tarifas das distribuidoras
paulistas, sem a cobrança dos dois encargos. A assessoria da Aneel
informou ontem à tarde que a agência também entrou com recurso
na Justiça pedindo a suspensão de execução da liminar movida pelo
Idec. Os empresários temem que novas ações surjam contestando
o acordo do setor. (Valor - 08.01.2003)
Índice
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6- Requião pretende "acabar com associações indevidas"
da Copel |
Outra pendência no setor elétrico teve um novo desdobramento também
ontem. Em Curitiba, o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB),
reafirmou que pretende "acabar com as associações indevidas" da
Copel com empresas privadas. Ele se referia à participação acionária
da Copel em empresas como a comercializadora de energia Tradener,
a termelétrica de Araucária e a compra de energia através da empresa
argentina Cien. De acordo com o presidente da Copel empossado
ontem, Paulo Pimentel, são 26 empresas que estão "sob suspeição"
e serão agora investigadas pelo governo do Paraná. Elas dão, segundo
Pimentel, "prejuízos respeitáveis" à Copel. "Tudo indica que são
péssimos negócios feitos pela Copel", afirmou ontem. Pimentel
também disse que ainda hoje começa a trabalhar para desfazer a
divisão da Copel em cinco subsidiárias. "Já temos o projeto, agora
só depende da Aneel". Voltando à estrutura verticalizada da estatal
de energia, o novo presidente da empresa pretende acabar com 24
cargos de diretores e faturamentos duplicados, feitos entre as
empresas. (Valor - 08.01.2003)
Índice
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7- José Paulo Loureiro é o novo presidente da Celg
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A Celg já tem novo presidente. Tomou posse na última segunda-feira,
dia 6 de janeiro, José Paulo Félix de Souza Loureiro, ex-secretário
Extraordinário do Estado de Goiás. Antes disso, o executivo foi
diretor do Tesouro Estadual e presidente da Agência Goiana de
Comunicação (Agecom). (Canal Energia - 07.01.2003)
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1- Cobrança de dívida contraria liminar |
A Cemig divulga nesta quarta-feira "fato relevante" no qual alega
que a liquidação dos valores devidos pela empresa ao MAE foi feita
mesmo com a estatal tendo em mãos uma liminar, concedida pela
Justiça Federal de Brasília, que modificava a forma de cobrança
da dívida, que já chegou a ser estimada pela direção da companhia
em R$ 1 bi. O valor exato não foi divulgado, mas a companhia diz
que a conta feita pelo MAE reduz em R$ 122 mi o débito da empresa
junto ao órgão. A Cemig diz no comunicado que antes de acionar
a Justiça encaminhou ao então ministro das Minas e Energia, Francisco
Luiz Gomide, carta na qual solicitava providências no sentido
de liberar o financiamento ao qual a empresa teria direito junto
ao BNDES para quitar a dívida junto ao MAE. No comunicado, a estatal
ressalta que os agentes participantes do MAE vinham negociando
com a Aneel uma forma de viabilizar a liquidação do órgão mediante
auditoria, o que acabou não ocorrendo. (O Tempo - 08.01.2003)
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2- Celpe aguarda recursos |
A Celpe aguarda ainda para esta semana a liquidação residual do
MAE. Dos R$ 38 mi que a empresa esperava receber na primeira fase
da operação, realizada no dia 30 de dezembro, foram pagos apenas
R$ 17,2 mi (45%). O objetivo da liquidação residual é redistribuir
o prejuízo entre os credores, equalizando a inadimplência. Somente
depois disso é que o MAE deverá emitir as faturas para que os
credores possam cobrar dos devedores. A Celpe tem R$ 91 mi em
créditos por ter vendido energia no MAE entre setembro de 2000
e outubro de 2002. Segundo o diretor Comercial da Celpe, Enrique
Plannels, dos R$ 38 mi que a empresa teria a receber na primeira
fase da liquidação, R$ 4,7 mi foram depositados em juízo, sobrando
agora R$ 33,3 mi. O dinheiro foi retido por causa de uma liminar
obtida pela distribuidora AES Sul, do Rio Grande do Sul. No total,
foram retidos R$ 186 mi. (Diário de Pernambuco - 08.01.2003)
Índice
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3- BHP Billiton quer garantir a energia e o preço à
Alumar |
Negociar um novo contrato de fornecimento de energia para a fábrica
de alumínio Alumar, no Maranhão, é a principal tarefa neste ano
do novo presidente da BHP Billiton Brasil, Sebastião Ribeiro,
que assumiu o cargo em 1º de janeiro. Além disso, para garantir
o suprimento de sua fundição na Alumar, a companhia deve continuar
investindo na geração de energia: entre US$ 150 mi e US$ 200 mi
já estão certos para duas hidrelétricas no norte do país - Santa
Isabel e Estreito. O plano inclui ainda disputar a licitação,
com parceiros, para o projeto de Serra Quebrada. O atual contrato
de energia com a Eletronorte, de 20 anos, vence em maio de 2004.
"Já tivemos algumas conversas preliminares com a direção da estatal,
mas não chegamos à fase de propostas devido à mudança de governo",
disse Ribeiro. Ele aguarda a nomeação do novo dirigente da Eletronorte
para marcar um encontro e retomar as negociações. A Alumar está
entre os dois maiores clientes individuais da hidrelétrica de
Tucuruí, no sul do Pará. Somente BHP Billiton, que compra 320
MWh de energia, tem uma conta mensal na casa de US$ 5 mi. Sua
sócia Alcoa no consórcio tem demanda ainda maior para suas operações.
(Valor - 08.01.2003)
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4- Contrato da Albrás com Eletronorte é beneficiado
com elevado subsídio |
A Albrás, subsidiária da Cia. Vale do Rio Doce, é outro cliente
de peso de Tucuruí, cujo contrato vence na mesma época da Alumar,
e terá também de renegociá-lo com a Eletronorte. Fontes da Eletronorte
informaram que o preço pago pela Albrás é bem inferior ao de Alcoa
e BHP Billiton - US$ 12 a US$ 13 o MW. Esse contrato sofre pesadas
críticas por ser beneficiado com um elevado subsídio à produção
de alumínio. O objetivo da BHP Billiton, diz o novo presidente
da BHP Billiton Brasil, Sebastião Ribeiro, é garantir o suprimento
de sua fundição na Alumar a preço competitivo com os concorrentes
internacionais. "O valor atual que pagamos, em torno de US$ 22
MW, considero razoável". A Alumar é um consórcio produtor de alumina
e alumínio, baseado em São Luís. Começou a operar em meados dos
anos 80. Além da Alcoa, outra sócia é a Alcan, mas apenas em alumina.
Tem capacidade de 380 mil toneladas de metal (170 mil da BHP)
e acima de 1 mi de alumina. "Queremos manter nossa relação comercial
profícua com a Eletronorte. Somos um grande consumidor, que paga
em dia uma conta mensal expressiva", diz. (Valor - 08.01.2003)
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1- IPC do Rio registrou alta de 12,11% no ano passado |
A inflação no Rio caiu em dezembro quase à metade do apurado no
mês anterior. A variação do IPC-RJ, medida pela Fundação Getúlio
Vargas, foi de 2,17%, ante 4,05% em novembro. Mesmo assim, o IPC-RJ
fechou o ano com alta de 12,11%, influenciado pela acelerada alta
nos preços de alimentação em 2002. O resultado é o maior desde
1995, que teve índice acumulado de inflação de 27,85%. De janeiro
a dezembro do ano passado, os preços do grupo alimentação subiram
16,97%, a maior alta entre os sete grupos que compõem o índice.
(Jornal do Commercio - 08.01.2003)
Índice
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2- BC vai trazer inflação de volta à meta hoje vigente
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O objetivo do Banco Central é trazer a inflação de volta à trajetória
das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN),
mas em um período mais longo que um ano. O anúncio foi feito ontem
pelo novo presidente do BC, Henrique Meirelles, no discurso que
fez durante a solenidade de transmissão de cargo. "O Banco Central
perseguirá uma trajetória de convergência para as metas de inflação,
levando em conta que esta não se dará de forma instantânea", disse
Meirelles. A prática de diluir a convergência da inflação corrente
às metas em um período mais prolongado é particularmente importante,
explicou Meirelles, quando ocorre uma bolha inflacionária devido
a um choque de custos, como é o caso do Brasil. "Assim, realizaremos
esse movimento mirando uma inflação que leve em conta a inércia
herdada de 2002 e os choques de oferta advindos de aumentos de
preços administrados e monitorados em 2003", afirmou. (Valor Econômico
- 08.01.2003)
Índice
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3- Tesouro Nacional vende R$ 3,7 bi no 1º leilão de
títulos do novo governo |
O Tesouro Nacional vendeu ontem R$ 3,758 bilhões de Letras do
Financeiras do Tesouro (LFT) com vencimento em dezembro, no primeiro
leilão de títulos do governo Lula. O valor é quase a metade dos
títulos que vencem este mês, que somam R$ 8 bilhões, e representou
uma emissão líquida superior a R$ 1,3 bilhão nos primeiros dias
do ano - uma vez que os vencimentos no período foram de R$ 2,4
bilhões. Segundo o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, a demanda
pelos papéis foi 2,5 vezes superior à oferta, o que indicaria
a retomada da confiança do mercado na economia brasileira. (Valor
Econômico - 08.01.2003)
Índice
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4- Dólar comercial abre em queda de 0,78% e sai a R$
3,2740 |
Depois da forte queda de ontem, o dólar comercial abriu as operações
com baixa de 0,78% perante o fechamento de ontem, cotado a R$
3,2640 na compra e a R$ 3,2740 na venda. No mercado futuro, os
contratos de fevereiro negociados na BM & F tinham recuo de 0,93%,
projetando a moeda a R$ 3,274. Ontem, o dólar comercial fechou
com queda de 1,49% e era negociado a R$ 3,2950 na compra e a R$
3,300 na venda. A cotação é a menor desde o dia 17 de setembro
de 2002, quando a moeda encerrou a R$ 3,2450. (Valor Online -
08.01.2003)
Índice
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1- Interconexão entre Equador e Colômbia só começa
a funcionar em 30 de janeiro |
Devidos a problemas na compatibilização de seu sistema ao da agência
reguladora do sistema de energia nacional Cenace, a Transelectric,
companhia estatal de transmissão de energia do Equador, adiou
para 30 de janeiro a entrada em operação de uma linha ligando
Equador e Colômbia, disse a BNamericas uma fonte na Transelectric.
A Transelectric e sua correspondente na Colômbia, a ISA, planejavam
originalmente começar a transportar energia no dia 10 de janeiro.
A linha de circuito duplo, de 230 KV, com 211km de extensão, terá
capacidade para transportar 260 MW de energia entre os dois países.
A Transelectric investiu US$ 31 mi no trecho equatoriano da linha,
que percorre uma extensão de 136 km entre a capital, Quito, e
a cidade de Ipiales, na fronteira com a Colômbia. Além disso,
a Transelectric instalou a subestação Pomasqui, em Quito. A ISA
investiu os outros US$ 14 mi na construção de seu trecho, de 75km,
entre Ipiales e Pasto, onde a linha é interligada ao sistema nacional
colombiano. No início, a maior parte da energia será transportada
da Colômbia para o Equador, e várias empresas colombianas já firmaram
contratos para fornecimento de energia a empresas equatorianas
assim que a linha começar a operar comercialmente. O Equador passa
regularmente por falta de energia quando reduz o nível de água
na barragem hidrelétrica Paute, responsável pelo fornecimento
de 65% da energia elétrica do país. (Business América - 07.01.2003)
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2- Alto endividamento e pouco dinheiro apontam para
naufrágios em 2003 |
A primeira concordata empresarial a chegar às manchetes neste
ano poderá ocorrer a qualquer momento, e os analistas de crédito
estão apontando a NRG Energy Inc. como a candidata mais provável.
Essa geradora atacadista de energia elétrica com sede em Minneapolis,
já em default frente a seus compromissos, está brigando contra
uma petição involuntária de concordata apresentada por alguns
de seus ex-executivos. A FAO Inc. também está à beira do abismo.
A varejista de brinquedos que é proprietária das redes Zany Brainy
Inc. e FAO Schwarz Inc., tem prazo até 10 de janeiro para negociar
novos termos com seus bancos, antes que fique sem dinheiro. Executivos
da NRG reconhecem que estão numa sinuca, e dizem que estão tentando
negociar um acordo com credores. Consultada, a FAO não quis comentar.
Outras empresas podem não estar muito melhores. Duas outras grandes
companhias de eletricidade - Mirant Corp. e Allegheny Energy Inc.
-, divulgaram um alerta para uma possível concordata no fim de
dezembro. E duas outras que poderão ser arrastadas para o desastre
pelo colapso de suas operações de trading no mercado de energia
- Dynegy Inc. e Aquila Inc. -, alertaram os investidores de que
poderão não ter condições de sobreviver ao segundo trimestre,
quando vencem enormes pagamentos de dívidas. (Valor - 08.01.2003)
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3- EnBW assina acordo para fechar usina nuclear até
novembro |
A empresa alemã Energie
Baden-Wurttemberg junto com o Ministro Federal do Meio Ambiente,
assinaram um acordo para fechar sua usina nuclear até 15 de novembro
de 2005. Esse acordo permite que o reator continue a produzir
5.5 TWh na usina de Philippsburg-1 até 15 de novembro de 2005.
Ele também proibe futuras comercializações da energia gerada pela
usina de Obrigheim, a menor e mais velha usina da Alemanha. O
fechamento dos reatores tem sido um entrave entre a controladora
e o Ministério do Meio Ambiente há algum tempo. Em outubro o ministério
permitiu que a energia gerada pela usina de Neckarwestheim-2,
o mais novo reator nuclear da empresa, pudesse ser vendida.(Platts
- 07.01.2003)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
Christ.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
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pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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