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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.022 - 18 de dezembro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Tolmasquin defende apresentação de mais dados sobre dívidas do setor

O coordenador do Centro de Energia da UFRJ, Maurício Tolmasquin, defendeu que haja no próximo Governo maior transparência na apuração dos dados referentes ao endividamento das distribuidoras de energia. Tolmasquin disse que as companhias internacionais que investiram no setor elétrico brasileiro adotaram a estratégia de expandir suas operações no País, adquirindo novas empresas por meio das concessionárias nacionais de que já faziam parte. Segundo ele, a explicação foi o grau de exposição ao risco que fica elevado nas matrizes das companhias investidoras nas privatizações elétricas brasileiras. Para ele, aqueles grupos que haviam investido no País, como a AES, EDF, Endesa, EDP, Iberdrola, Tractebel, Enron, tiveram elevações nas suas exposições ao risco medido pelas agências de rating. Como a estratégia de alavancagem financeira foi a tônica utilizada pelos gestores financeiros, todas as empresas, sem exceção, tiveram o nível de endividamento aumentado após a privatização, sobretudo aquelas utilizadas pelos grupos controladores como meio para novas aquisições (Light, Cerj, AES-Sul, Coelba). (Jornal do Commercio - 18.12.2002)

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2- Novo Governo define modelo de negociação

O coordenador do programa de pós-graduação em Energia da USP, Ildo Sauer, afirmou que o modelo de negociação de energia a ser adotado pelo próximo Governo está "bastante próximo da criação de um pool" comercializador, conforme vinha sendo discutido há algum tempo. Esse pool congregaria uma central de comercialização estatal para negociar toda a energia gerada. Segundo Sauer, a principal vantagem do modelo é a eliminação de riscos hidrológicos e de mercado. "Não há investidor que se sinta atraído por um mercado regulado por São Pedro, cujos preços variam de R$ 680 a R$ 5 em menos de um ano." (Jornal do Commercio - 18.12.2002)

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3- Governo sugere fim da oscilação de preço dos combustíveis

O atual Governo deixará para o PT um relatório propondo o fim da oscilação do preço dos combustíveis de acordo com o valor do petróleo no mercado internacional e da variação do dólar. Proporá ainda a criação de um programa de subsídio à construção de refinarias no país. De acordo com o relatório, em 2003 a capacidade de refino de petróleo no Brasil estará esgotada. O Governo propõe que eventuais reduções no preço do barril do petróleo no mercado internacional ou valorizações do real em relação ao dólar não sejam repassadas automaticamente para o consumidor. Pela proposta, a Petrobras reduziria o seu preço, mas o governo aumentaria a alíquota da Cide, cobrada sobre os combustíveis e cuja previsão é arrecadar R$ 10,7 bi em 2003. Esse mecanismo iria anular o efeito da queda de preço para o consumidor, já que haveria aumento na arrecadação da Cide. Esse aumento serviria para criar uma reserva que, em caso de aumento do preço do petróleo ou desvalorização cambial, seria usada para impedir reajustes. O governo irá propor que o PT use a Cide para construir duas refinarias. (Jornal do Commercio - 18.12.2002)

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risco e racionamento

1- Consumo no Nordeste é inferior a 2000

A retração da economia e o aumento das tarifas de energia elétrica ao longo deste ano impediu que as distribuidoras do Nordeste recuperassem os níveis de consumo de anos anteriores ao racionamento de energia, de junho de 2001 a fevereiro deste ano. A Coelba, da Bahia, registra volumes de energia faturada similares aos de cinco anos atrás. Em Pernambuco, a Celpe está fechando o ano com 8% de retração sobre 2000. Em Alagoas, a redução é de 3,5% de janeiro a outubro em relação ao mesmo período de 2001, segundo a Ceal. Para 2003, as expectativas são de crescimento tímido e o consenso é de que o incremento dependerá mesmo da recuperação econômica do País. (Gazeta Mercantil - 18.12.2002)

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2- Demanda de energia elétrica aumenta 6% na região Sul

A Região Sul registrou a maior variação de consumo de energia elétrica na comparação entre a última segunda-feira, dia 16 de dezembro, e o dia 9 de dezembro com 6%. Segundo informações do ONS, a demanda cresceu de 7.377 MW para 7.826 MW. O Norte e Nordeste também tiveram aumento no consumo de energia, passando de 2.523 MW para 2.639 MW e 6.205 MW para 6.301 MW, respectivamente, com crescimento de 4,6% e 1,5%. Só o subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrou queda na demanda no período, de 26.479 MW para 26.292 MW, redução de 0,7%. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume acumulado nos últimos sete dias está abaixo do previsto pelo operador no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, com 1,85%, e no Nordeste, com 1,1%. (Canal Energia - 17.12.2002)

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3- Região Norte está com 8,91% da capacidade de armazenamento

A capacidade total de armazenamento está em 8,91% no subsistema Norte, uma redução de 0,04% em um dia. A usina de Tucuruí, a maior da região, está com índice de 6,87%. (Canal Energia - 17.12.2002)

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4- Reservatórios estão com índice de 16,82% no Nordeste

Na região Nordeste a redução nos níveis foi de 0,03%. Os reservatórios estão com índice de 16,82%, valor 8,72% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho está com 11,96% do volume máximo. (Canal Energia - 17.12.2002)

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5- Sudeste/Centro-Oeste apresenta variação positiva nos índices de armazenamento

O submercado Sudeste/Centro-Oeste foi o único a apresentar variação positiva nos índices de armazenamento, de 0,16%. Com isso, os reservatórios estão com 40,31% do volume, ficando 19,76% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Furnas está com 56,67% da capacidade, enquanto Emborcação apresnta índice de 39,14%. (Canal Energia - 17.12.2002)

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6- Níveis caem no Sul

Os níveis estão 0,17% menor do que no dia anterior no subsistema Sul. A capacidade atual está em 96,99%. O nível da hidrelétrica de G.B.Munhoz está em 99,93%. (Canal Energia - 17.12.2002)

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7- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Acionista desiste de reduzir o capital da AES Tietê

A AES Tietê, geradora de energia do grupo americano AES, desistiu de reduzir o capital social para remunerar os acionistas. A decisão foi tomada ontem, por unanimidade de votos, numa assembléia geral extraordinária. A redução proposta era de R$ 50 mi, com a qual o capital social passaria dos atuais R$ 147,4 mi para R$ 97,4 mi. O corte do capital, que vinha sendo criticado pelo órgão regulador do setor, a Aneel, e por especialistas do setor, deveria ter sido votado numa assembléia marcada para 11 de setembro, mas a reunião foi suspensa. Em junho, a empresa já havia sacado R$ 160 mi das reservas de capital, outra conta do balanço que, como a do capital social, faz parte do patrimônio líquido. Além da reserva, a geradora aumentou significativamente o pagamento de dividendos, o que fez com que a remuneração aos acionistas saltasse de R$ 11,2 mi, em 2000, para R$ 201 mi neste ano. Com o aperto de crédito a empresas de energia depois da quebra da Enron, o grupo AES anunciou aos acionistas nos Estados Unidos que está disposto a vender seus ativos na América do Sul para abater o seu endividamento. Outra estratégia, exposta no balanço de 2001, é incrementar o pagamento de dividendos das subsidiárias ao controlador. Em setembro, o diretor financeiro da AES Tietê, Paulo Dutra, defendeu distribuição de recursos argumentando que a geradora "gera mais caixa do que utiliza" e não teria investimentos para fazer no curto prazo. (Valor - 18.12.2002)

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2- Coelba deve fechar o ano com 8,9 mil GWh faturados

A Coelba, da holding Guaraniana e maior distribuidora do setor no Nordeste, tem previsão de fechar o ano com 8,9 mil GWh faturados, volume inferior ao registrado em 1998, quando a empresa comercializou 9,068 mil GWh e ligeiramente superior aos 8,3 mil de 1997. No comparativo com 2000, quando foram faturados 9,766 mil GWh graças ao impulso proporcionado pelo crescimento econômico, a queda é de 8,5%. Sobre 2001, o incremento é praticamente nulo, de 0,6%, sobre os 8,886 mil GWh do período. "Este quadro reflete a assimilação da cultura do racionamento pelos consumidores, mas só isto não seria suficiente para levar a uma retração de tal ordem. A crise econômica está sendo determinante para desacelerar o consumo de energia", analisa o diretor de Comercialização da Coelba, Mauro Magalhães. A companhia, com 3,2 milhões de unidades consumidoras, conclui este ano investimento de R$ 1,2 bilhão, iniciado em 1998, quando foi privatizada. Segundo Magalhães, estão previstos R$ 1,4 bilhão em novo aporte de 2003 a 2007. Para 2003, a previsão da empresa é de aumentar as vendas em 2,5% sobre 2002, o que representará um retorno aos níveis de 1999. "Porém, isso só vai ser possível se a economia crescer", diz Magalhães. (Gazeta Mercantil - 18.12.2002)

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3- Celpe espera recuperar os níveis de consumo de dois anos atrás

A Celpe, que também integra a holding Guaraniana, está fechando 2002 com redução de 8% nas vendas sobre 2000. A empresa, com 2,198 milhões de unidades consumidoras, espera em 2003 recuperar os níveis de consumo de dois anos atrás. Pesquisas realizadas pela empresa apontam que aumento do consumo em 2003 ficará em torno de 8,8% sobre 2002, mas ainda igual a 2000. "Vamos ter três anos sem crescimento no consumo. Antes do racionamento, o consumo vinha crescendo a taxas de 5% a 5,5% ao ano no Estado", afirma o gestor da Unidade de Mercado da concessionária, Carlos Frederico Diniz. Para 2003, a expectativa da Celpe é de comercializar 7,4 mil gigawatts/hora, praticamente o mesmo patamar de 2000, contra 6,8 mil em 2002 e 6,7 mil em 2001. O incremento de 2002 sobre 2001 está na casa de apenas 1%. (Gazeta Mercantil - 18.12.2002)

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4- Ceal registra redução de 3,5% em relação a 2001

Na Ceal, que integra a holding Eletrobrás, houve uma redução nas vendas de 3,5% no acumulado de janeiro a outubro de 2002 em relação a 2001. No comparativo entre novembro 2001/outubro 2002 e mesmo período anterior a queda é ainda maior, de 6,5%. A expectativa é de fechar o exercício em um nível abaixo do registrado em 2000, quando a empresa comercializou em torno de 2 mil GWh, volume que só deve ser novamente alcançado em 2003. O crescimento esperado para o próximo ano é de 4% a 5% sobre 2002. "Nossas estimativas de vendas para 2002 feitas há dois anos foram por água abaixo e só devem ser alcançadas entre 2007 ou 2008", afirma o diretor de Comercialização, Antônio Carlos Quintiliano. O faturamento da empresa é estimado em R$ 350 milhões este ano. (Gazeta Mercantil - 18.12.2002)

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5- Fitch rebaixa rating da Eletropaulo para 'DDD'

A Fitch Rating rebaixou a classificação da Eletropaulo de 'C' para 'DDD', após a empresa ter ficado inadimplente em relação ao pagamento de US$ 100 mi de euros em commercial papers. Anteriormente, a distribuidora havia emitido três opções de ofertas de trocas aos detentores dos títulos, mas o negócio não foi fechado em função da baixa participação dos investidores. A Eletropaulo estendeu essas ofertas para o dia 18 de dezembro de 2002. Os investidores das debêntures concederam um waiver à Eletropaulo de até 24 de fevereiro de 2003 da provisão de inadimplência cruzada das suas debêntures locais. Separadamente, a empresa assinou recentemente um acordo definitivo relativo ao empréstimo sindicalizado, que tem como líder o banco JP Morgan. Nesse acordo, a Eletropaulo pagou 15% do empréstimo de US$ 225 milhões, além de concordar em amortizar o saldo remanescente em até dois anos, com um período de carência de 11 meses. O acordo inclui também um waiver de inadimplência cruzada em relação ao commercial papers. Segundo comunicado da Fitch Rating, espera-se que a empresa realize o pagamento com os outros credores em termos semelhantes. (Canal Energia - 17.12.2002)

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6- Cemig cria programa para incentivar novos empreendimentos de PCHs

A Cemig criou um programa para incentivar negócios com as PCHs, por acreditar no grande potencial para instalação desse tipo de empeendimento no estado. Com o Programa Cemig/PCHs, a empresa assegura a contratação de energia das pequenas centrais elétricas por um período de até 12 anos e espera, com isso, incentivar a implementação de novos empreendimentos. Segundo a empresa, há necessidade de se criar mecanismos que viabilizem a expansão do sistema, para evitar crises como a que culminou com o racionamento de energia no país. A Cemig também pretende, com esse programa, melhorar o atendimento aos consumidores de sua área de concessão com menos custo de energia. (Canal Energia - 17.12.2002)

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financiamento

1- Agentes concluem acordo para funcionamento do MAE

Está tudo pronto para que o MAE possa finalmente realizar, nos dias 26 e 27 de dezembro, a liquidação das operações de compra e venda de energia livre. Com o aval da coordenadora da área de infra-estrutura da equipe de transição do novo governo, Dilma Roussef, os agentes que operam no mercado aberto vão liquidar metade do valor movimentado no mercado aberto desde setembro de 2000, quando o MAE foi criado, valor que ultrapassa R$ 8 bi. Os 50% restantes só serão liquidados depois de realizada auditoria nos registros do MAE. O banco Itaú será o agente financeiro das operações de liquidação. O acordo entre o MAE e o banco foi fechado hoje. "Levamos um ano preparando essa operação, que levará dois dias para ser realizada e que deu essa confusão toda", disse ontem o superintendente do MAE, Lindolfo Paixão. Ontem, o ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, se reuniu com Dilma Roussef para definir os últimos detalhes da operação. Fechado o acordo, que só saiu depois da aprovação dos técnicos do novo governo, a Aneel terá de soltar pelo menos três resoluções para viabilizar a operação: uma para aprovar a nova data para a liquidação, outra para homologar os termos do acordo que prevêem a liquidação imediata de 50% das operações e uma terceira aprovando o Itaú como novo agente financeiro da operação, em lugar do Banco do Brasil. (Valor - 18.12.2002)

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2- Banco Itaú fará a liquidação parcial das contas do MAE

O MAE fechou ontem contrato com o banco Itaú para a liquidação preliminar das operações realizadas desde a sua criação, em setembro de 2000. Foi definido o pagamento de 50% da movimentação total, de R$ 11,5 bi, segundo acordo fechado entre a equipe de transição, governo atual e empresas de energia. O MAE encaminhou na noite de ontem o comunicado aos agentes para a abertura de contas a partir de hoje no Itaú. Segundo o superintendente do MAE, Lindolfo Paixão, os 37 agentes devedores no mercado são obrigados a abrir a conta no banco. Os 60 agentes credores têm apenas que indicar a conta onde desejam receber o pagamento, que pode ser em qualquer banco. Ontem também foi acertado entre o MAE e o Itaú a liquidação nos dias 26 e 27 de dezembro, e não nos dias 23 e 24, véspera do Natal, como havia sido decidido anteriormente. O motivo da mudança é o curto horário de expediente bancário no dia 24, com apenas duas horas. (Valor - 18.12.2002)

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3- Aneel deve viabilizar operação no MAE com pelo menos três resoluções

Ontem, o ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, se reuniria com Dilma Rousseff, da equipe de transição do governo eleito, para definir os últimos detalhes da operação de liquidação parcial das contas do MAE. Fechado o acordo, a Aneel terá que soltar pelo menos três resoluções para viabilizar a operação: uma para aprovar a nova data para a liquidação, outra para homologar os termos do acordo que prevêem a liquidação imediata de 50% das operações e uma terceira aprovando o Itaú como novo agente financeiro, em lugar do Banco do Brasil. Para concretizar uma liquidação preliminar de metade da movimentação do MAE falta agora a redação do novo acordo e a assinatura dos agentes. Ontem, a Abrage, entidade que congrega 85% da geração de energia do país e boa parte das empresas devedoras no MAE, enviou carta à Aneel, à equipe de transição, ao governo atual e às distribuidoras onde diz que aceita a proposta de pagar 50% neste ano, mas impõe condicionantes. Dentre elas, a liberação dos recursos do BNDES para o pagamento da primeira parcela e a quitação da segunda três meses após a primeira, condicionada a finalização de auditoria. O banco já avisou aos agentes que tem condição de liberar os recursos em até 48 horas após a assinatura dos contratos. (Valor - 18.12.2002)

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4- Abrage condiciona adesão ao acordo para a liquidação do MAE

A Abrage condiciona a adesão ao acordo para a liquidação do MAE à adequação do contrato de financiamento com o BNDES aos termos do decreto no. 4.475, que trata das garantias do banco Itaú para o empréstimo. Segundo o presidente da Abrage, Flavio Neiva, o banco estaria exigindo, além dos recursos provenientes do reajuste extraordinário de 2,9% e 7,9%, também parte da receita das geradoras. Ele afirma que isso não faz parte do que foi acordado no fim de 2001 com o governo para o empréstimo referente à energia livre. A Abrage também pede na carta alguns pontos adicionais, que não são tratados como exigências para adesão ao acordo: a inclusão da AES Tietê na lista de beneficiários do financiamento do BNDES, já que a empresa não tem condição de fazer liquidação preliminar com as empresas do mesmo grupo, como a Eletropaulo e a AES Sul, que passam por dificuldades financeiras. A entidade pede ainda o parcelamento do saldo devedor na segunda etapa do pagamento, que poderia ser negociada através de contratos bilaterais entre credores e devedores. (Valor - 18.12.2002)

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5- CPFL Brasil promove leilão para comprar 1,6 mil MW médios

A CPFL Brasil promove nesta sexta-feira, dia 20 de dezembro, às 10 horas, o primeiro leilão de compra de energia do Brasil. A empresa pretende comprar cinco lotes de energia elétrica, que totalizarão 1.600 MW médios, por prazos que variam de um a seis anos. O primeiro lote terá 10 MW médios, vigorando de janeiro a dezembro do próximo ano. Outros dois blocos terão 450 MW médios por dois anos de duração, de janeiro de 2005 a dezembro de 2006, e de janeiro de 2007 a dezembro de 2008. O maior bloco de energia elétrica e o de maior prazo é o quarto com 600 MW médios e seis anos de contrato de fornecimento, de janeiro de 2009 até dezembro de 2014. O quinto e último lote terá 90 MW médios e prazo de contrato de janeiro de 2011 até o final de 2014. Segundo Paulo Cezar Coelho Tavares, vice-presidente de gestão de energia da CPFL Brasil, a aquisição servirá para comercialização e também para cobrir necessidades das três distribuidoras da CPFL Energia (RGE, CPFL Paulista e CPFL Piratininga). (Canal Energia - 18.12.2002)

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6- Falta de demanda provoca pouca procura no leilão da Cesp, segundo analista

A falta de demanda por energia no mercado foi o principal motivo da baixa procura dos lotes ofertados pela Cesp, Copel e da Emae no leilão da última segunda-feira, dia 16 de dezembro, segundo Sérgio Tamashiro, analista da área de energia do Unibanco. "O resultado mostrou a incerteza do mercado de energia, que afastou os compradores", comentou o analista. Dos 1.766 MW médios, apenas 49 MW foram negociados, sem ágio. "Os prazos estavam excelente, principalmente o da Cesp. E o preço também não estava alto. O valor de R$ 75,00 por MWh está abaixo do VN (Valor Normativo). Se não houve negócio com esse preço é porque não tem demanda", explica Tamashiro. A Cesp, que ofertou um bloco de 900 MW médios em contratos de 10 anos para o Sudeste, vendeu 1 MW médio, ao preço de R$ 74,00. A Emae não conseguiu vender nenhum dos 76 MW médios, que tinham preço mínimo de R$ 71,00, por MWh. A Copel vendeu somente 48 MW médios dos 790 MW médios ofertados no leilão. (Canal Energia - 17.12.2002)

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financiamento

1- Brasil vai sacar mais US$ 3 bi do FMI

O governo brasileiro vai sacar a segunda parcela, no valor de US$ 3 bilhões, do acordo firmado em setembro com o FMI. "A revisão feita foi boa e acho que é um direito que vamos exercer", disse ontem o ministro da Fazenda, Pedro Malan, ao final de uma audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, marcada exatamente para explicar o acordo. Não se sabe ainda quando será feito o saque, mas a diretoria-executiva do FMI se reunirá esta semana e a expectativa é de que a liberação dos recursos seja anunciada amanhã, quinta-feira. "Mas não há mal nenhum em deixar mais US$ 3 bilhões para o próximo governo", afirmou Malan, uma vez que não haverá tempo para realizar gastos ainda este ano. O acordo assinado com o FMI em setembro previa que o Brasil, se quisesse, poderia sacar US$ 3 bilhões a partir de 6 de dezembro de 2001. (Gazeta Mercantil - 18.12.2002)

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2- IPC-Fipe mostra tendência de baixa

Dezembro deve recuar e fechar com taxa de 1,5%, mas o ano registrará inflação de 9,5%. A inflação no município de São Paulo atingiu 2,40% na segunda quadrissemana de dezembro, de acordo com o IPC da Fipe/USP, divulgado ontem. O índice ainda é alto, mas o resultado mostra a tendência de desaceleração da taxa já registrada na prévia da última semana. Na primeira quadrissemana de dezembro, o IPC foi de 2,60%, também menor que os 2,65% registrados em novembro, a maior taxa desde julho de 1995. Apesar do recuo, o índice da segunda quadrissemana de dezembro supera o da segunda quadrissemana do mês passado - quando a inflação havia atingido 2,03%. (Gazeta Mercantil - 18.12.2002)

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3- IGP-10 tem alta de 4,87%

A inflação medida entre 10 de novembro e 11 de dezembro ficou em 4,87%, segundo o IGP-10 medido pela Fundação Getulio Vargas. Na mesma medição, há um mês, o índice registrou alta de 4,73%, informou a FGV. A inflação recuou no atacado, de 6,40% no indicador fechado em novembro, para 5,91% em dezembro. O Índice Geral de Preços ao Consumidor, com 30% de peso no IGP, subiu de 1,86% para 2,98%, segundo a FGV. (Gazeta Mercantil - 18.12.2002)

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4- Dólar comercial abre em queda de 0,13% e sai a R$ 3,57

O dólar comercial abriu as operações com ligeira baixa de 0,13% perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,56 na compra e a R$ 3,57 na venda. No mercado futuro, os contratos de janeiro negociados na BM & F tinham de 0,28%, projetando a moeda a R$ 3,558. Ontem, o dólar comercial caiu 0,69%, para R$ 3,5700 na compra e a R$ 3,5750 na venda. O retorno gradual das linhas de crédito para o Brasil e a oferta de linha externa feita pelo Banco Central garantiram nova queda. Hoje, a negociação deve ser fraca antes do resultado da reunião do Copom, que deve elevar os juros básicos da economia. O anúncio da taxa Selic deve ocorrer por volta das 13h30. (Valor Online - 18.12.2002)

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gás e termoelétricas

1- Uruguaiana suspende geração

A térmica a gás AES Uruguaiana suspendeu a geração de energia por determinação do ONS. Com o nível dos reservatórios de água no Sul em 98%, o custo da produção térmica (R$ 43 o MWh) ficou elevado em comparação com as hidrelétricas (R$ 6 o MWh). Devido à sobra de energia hidráulica no Sul, o ONS determinou ainda que as térmicas a carvão no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina operem com níveis mínimos. Também não há importação de energia argentina pela conversora de Garabi (RS). (Valor - 18.12.2002)

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internacional

1- TXU Europe vende companhia alemã de energia

A Riva Energie, subsidiária da americana Sempra, e a investidora britânica Cap Vest concordaram em comprar a comercializadora alemã de energia Ares Energie Direkt da TXU Europe por uma quantia ainda não revelada, afirmou um porta-voz da Riva nesta terça-feira. O investimento Riva Energie e a Cap Vest assegura o fornecimento de energia dos 220,000 consumidores da Ares além da manutenção de seus funcionários. A Ares também conseguiu uma liminar que impede que a Teag, prestadora local de serviços e subsidiária da E.ON, cancele os contratos de comércio de energia anteriormente firmados com a Ares. O cancelamento destes forçariam cerca de 10,000 consumidores a mudarem para as tarifas mais caras apresentadas pela Teags. A secretaria anti-cartéis da Alemanha está revendo as tarifas da rede elétrica da E.ON. (Platts - 17.12.02)

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2- Gamesa vende parques eólicos na Itália à Electrabel

A Gamesa vai vender os seus parque eólicos na Itália, que acabará de construir entre 2004 e 2006, à Electrabel, uma filial belga do grupo Suez. O negócio envolve um montante de US$ 206,21 mi, segundo anunciou hoje a empresa em comunicado. Os parques em questão têm uma potência de 175 MW e estarão em funcionamento no período entre 2004 e 2006. A Gamesa irá equipar os parques com aerogeradores de tecnología Gamesa Eólica. Para a Gamesa, empresa presidida por Alfonso Basagoiti, esta operação vem no seguimento da sua estratégia de promoção e venda de parques, sem implicações ao nível da dívida da empresa, e contribui para reforçar a liderança a nível nacional e internacional no setor. A Electrabel é um dos principais grupos elétricos europeus, integrado no Grupo Tractebel, que por sua vez pertence ao Grupo Suez. Este novo acordo acontece um mês depois do contrato com a Electrabel para a aquisição de parques eólicos promovidos pela Gamesa em Portugal. (Diário Económico - 17.12.02)

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3- AES vende ativos na África

A americana AES Corp. acertou a venda, para a britânica CDC Globeleq, de dois ativos de geração de energia na África por US$ 329 mi. O acordo inclui a Songas Limited, em construção na Tanzânia, e 95% na AES Kelvin Power, em modernização na África do Sul. (Valor - 18.12.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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