1- Ildo Sauer apresenta proposta de novo modelo para
o setor elétrico |
Na inauguração do CENERGIA
da Coppe-UFRJ, o Prof Ildo Sauer da USP apresentou as linhas gerais
do Novo Modelo de reestruturação, a partir do documento: "Nem
os erros do passado nem o desastre presente: um modelo alternativo
para o Setor de Energia Elétrica" . Partindo de uma minuciosa
análise das características, problemas e deficiências do atual
modelo, Prof. Sauer destacou na sua proposta, a figura do "Pool"
que atuará como o coordenador do sistema. Este papel poderá ser
exercido pela Eletrobrás. Esta proposta foi apresentada com o
objetivo de receber contribuições e críticas por parte dos agentes
econômicos envolvidos. Estamos aguardando o envio do documento
para disponibilizar na Biblioteca Virtual do Portal Provedor,
no endereço, http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/biblioteca.htm
.(NUCA-IE-UFRJ - 17.12.2002)
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2- Concepção do novo modelo do setor está praticamente
fechada no PT |
Já está praticamente fechada, dentro da equipe ligada à área energética
do PT, a concepção do novo modelo para o setor elétrico no governo
Lula. Na última sexta-feira, dia 13 de dezembro, uma reunião em
São Paulo reunindo os principais nomes que participaram da elaboração
do programa de governo para o setor discutiu os últimos pontos
em torno da formação do pool de operação do sistema elétrico.
Estiveram presentes à reunião a coordenadora da equipe de transição
de governo, Dilma Roussef; o coordenador do programa de governo,
Luiz Pinguelli Rosa; o deputado federal Luciano Zica (PT-SP);
além dos professores Maurício Tolmasquim e Ildo Sauer, que também
estiveram na composição do programa do partido, e demais colaboradores.
Mas representantes diversas empresas do setor e instituições financeiras
já estão a par das mudanças. O centro gravitacional das ações
será fincado em um pool, a partir do qual serão traçadas diretrizes
no desenvolvimento energético, na comercialização de energia,
na operação do sistema e no planejamento da expansão. (Canal Energia
- 16.12.2002)
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3- ONS deixará de ser um órgão de governança privada |
Segundo Sauer, o modelo do pool de operação do sistema elétrico
será semelhante ao sistema de condomínio sob o qual funciona o
ONS - que será fortemente afetado com a criação da estrutura.
Na nova concepção do setor, o operador deixará de ser um órgão
de governança privada e passará a estar sob governança pública,
submetido ao pool. Apesar de mudar a governança, não haverá alterações
significativas no corpo técnico. "O problema é que as vezes há
conflito pelo uso da água entre os agentes, e o ONS fica pressionado",
argumenta o especialista. Na área comercial, o pool terá como
principal função a instauração de uma nova política de formação
de preços, alternativa à do MAE. A idéia é garantir a contratação
da energia elétrica a partir de licitações, onde vencerá o menor
preço apresentado. Nesse contexto, o pool sairá de uma revisão
da atual CBEE. Um dos objetivos com a contratação de energia pelo
pool será a garantia do retorno do capital investido pelos empreendedores,
o que poderá facilitar ainda a captação de linhas de financiamento.
(Canal Energia - 16.12.2002)
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4- Implementação do novo modelo setorial deve ocorrer
ao longo de 2003 |
De acordo com Sauer, a combinação do modelo concorrencial e da
garantia da recuperação de custos reduzirá tanto o custo do financiamento
quanto o da produção de energia. "A garantia do investidor será
todo o mercado brasileiro. Ele será contratado pelo 'Condomínio
de Energia Brasil', e isso, além de alavancar o financiamento,
favorecerá a concorrência", diz o professor da USP. Ele reitera
que, com o pool, os agentes passarão a assumir os riscos hidrológicos
do sistema de forma integral. Segundo Ildo Sauer, a previsão é
que a implementação do novo modelo setorial projetado pelos especialistas
ocorra em um ano, ao longo de 2003. (Canal Energia - 16.12.2002)
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5- Maurício Tolmaquim faz análise das empresas de energia |
No lançamento do livro "As Empresas do Setor Elétrico Brasileiro
- Estratégias e Performance", que marcou a inauguração do Centro
de Economia Energética e Ambiental - CENERGIA da Coppe-UFRJ, o
Prof Maurício Tolmaquim apresentou as principais conclusões da
pesquisa, destacando que a estratégia da maioria das controladoras
foi transformar as concessionárias em plataformas para a aquisição
de outras distribuidoras, alavancando empréstimos em moeda estrangeira,
em parte das próprias controladoras. Esta ação foi feita em detrimento
do investimento em ampliação da própria capacidade geradora, que
ficou bem abaixo dos 30 % permitidos. Esta estratégia é uma das
causas do desequilíbrio econonômico-financeiro das distribuidoras.
Por se tratar de uma atividade de risco, fora do seu negócio fim,
não deve ser considerado no processo de revisão tarifária do agente
regulador. Um outra conclusão importante é que a conta do desequilíbrio
não deverá ser paga pelos consumidores. Acreditamos que este livro
servirá de parâmetros e elementos analíticos da política do novo
Governo em relação às empresas distribuidoras. Para obter cópia
do livro enviar mail para : alexandre@ppe.ufrj.br
(NUCA-IE-UFRJ - 17.12.2002)
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6- Segundo Pinguelli, repasse precisa mudar |
As empresas concessionárias do setor de energia elétrica têm que
estar dispostas a repactuar o repasse de seus custos, embora não
precisem temer "nenhuma ruptura de contrato". O objetivo é evitar
ao máximo novos aumentos para o consumidor final. Essa é a opinião
de um dos cotados para assumir o Ministério de Minas e Energia,
o engenheiro Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ. Em 2001,
segundo Pinguelli Rosa, os consumidores foram, por causa de duas
razões, "obrigados a pagar por energia que não consumiram": falta
de planejamento do atual governo para o setor e "operações financeiras"
realizadas pelas empresas concessionárias e que não diziam respeito
diretamente à melhora da qualidade dos serviços oferecidos. Para
ele, o modelo do governo Fernando Henrique Cardoso "baseava-se
em premissas falsas", como a paridade cambial e o preço estável
do barril de petróleo. Para 2003, o engenheiro descartou a hipótese
de um novo "apagão", até porque, diz ele, o momento atual da economia
do país não sinaliza uma retomada do crescimento. (Folha de São
Paulo - 17.12.2002)
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7- Pinguelli está cotado para Eletrobrás |
No quebra-cabeça para montagem da equipe do presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva, o peso da composição política fechada
para apoiar a candidatura do petista pode tirar da lista de ministeriáveis
figuras tidas como certas no futuro governo. Exemplo disso é o
coordenador do programa de política energética do PT, o físico
Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe da UFRJ. Depois de entrar
na lista de cotados para assumir Ciência e Tecnologia, pasta cedida
para o PSB, os nomes de Pinguelli e da integrante da equipe de
transição Dilma Youssef ainda eram cogitados para Minas e Energia.
Na montagem do quebra-cabeça, Pinguelli deixou de ser ministeriável.
Seu nome agora é cotado para a presidência da Eletrobrás. (Jornal
do Brasil - 17.12.2002)
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8- Futuro secretário quer que Aneel fiscalize Cerj |
O futuro secretário estadual de Energia, da Indústria Naval e
do Petróleo, Wagner Victer, enviou à Aneel, uma carta pedindo
uma rigorosa fiscalização nos serviços da Cerj, antes do aumento
que está para acontecer este mês. Wagner Victer diz que alguns
dos municípios onde a Cerj presta serviço estão com receio de
futuros problemas que possam acontecer no verão que se aproxima,
principalmente nos municípios onde a cidade vive do turismo, como
Cabo Frio, Búzios, Arraial do Cabo e outros. Segundo ele, a Aneel
tem que se certificar como andam os trabalhos da Cerj nos 66 municípios
do Rio de Janeiro. Além de algumas falhas no serviço da Cerj,
ele fala sobre o grande número de estrangeiros trabalhando na
empresa ao invés de brasileiros. (O Globo - 17.12.2002)
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9- Reajuste da Cesp traz confusão, diz mercado |
A Aneel autorizou reajuste de 23,1% na tarifa de suprimento da
CESP a partir do próximo domingo, mas o mercado está confuso sobre
o que acontecerá com o preço da energia que será vendida para
consumidores industriais livres, como é o caso da Petrobras e
da CBA. A informação é da Tendências. Segundo a revista, a confusão
é conseqüência da falta de um claro marco regulatório estabelecendo
direitos e obrigações de todos agentes. Tarifa é o valor que o
governo estabelece para ser pago por quem recebe a prestação de
um serviço público; preço é o valor que o mercado estabelece para
a prestação de um serviço, ou aquisição de um bem. "Assim sendo,
os consumidores cativos das distribuidoras pagam a tarifa de energia
elétrica, enquanto os consumidores livres - indústrias que podem
escolher de quem irão comprar a energia que consomem - pagam o
preço que for livremente negociado com seu fornecedor", afirmou
a Tendências. A revista assinalou que, na mudança do modelo do
sistema elétrico brasileiro, os geradores de energia deveriam
ser produtores independentes e vender a energia gerada pelo preço
de mercado. O País ficou com estrutura híbrida. (Jornal do Commercio
- 17.12.2002)
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10- Centro de pesquisa da UFPE começa a funcionar |
A comunidade acadêmica da UFPE já pode contar com um Centro de
Energia Renovável, que foi viabilizado com investimento de R$
450 mil do orçamento da União. O projeto, desenvolvido em parceria
com o Ministério da Ciência e Tecnologia, está enquadrado como
uma das ações estratégicas do governo federal para incentivar
programas de pesquisa, em âmbito nacional, formando recursos humanos
na área e interagindo com as empresas de energia e a indústria
nacional. No Rio, a Coppe/UFRJ, lançou ontem o livro ''As Empresas
do Setor Elétrico Brasileiro: Estratégia e Performance'', de Maurício
Tiomno Tolmasquin, Ricardo Gorini de Oliveira e Adriana Fiorotti
Campos. Os autores criticam as estratégias de gestão das distribuidoras
de energia elétrica, que acabaram se mostrando prejudiciais aos
objetivos do setor. Segundo os autores, os mecanismos de alavancagem
financeira foram a tônica das controladoras, que se endividaram
depois de adquirirem as distribuidoras. (Jornal do Commercio -
17.12.2002)
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1- Eletrobrás descarta o risco de apagões |
O presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho, participou ontem
da reunião do Conselho Superior do Sistema Eletrobrás (Consise),
na sede da Eletrosul, em Florianópolis, e garantiu que o país
não sofre mais risco de apagão. A reunião com todos os presidentes
das subsidiárias do sistema elétrico nacional foi a primeira realizada
na Capital catarinense. Durante o encontro, que deve ser o último
do ano, foi feita uma avaliação das realizações do sistema Eletrobrás
no ano 2002. "Verificamos as principais obras e aquilo que ficou
pendente para o próximo ano", disse Ventura, que garantiu que
o país não deve sofrer mais com racionamento de energia. "A Eletrobrás
elevou significativamente os investimentos do grupo na expansão
do sistema", explicou. De uma média de R$ 2 bi em 1998, 1999 e
2000, a empresa passou a investir cerca de R$ 4 bi em expansão
por ano. (Diário Catarinense - 17.12.2002)
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2- Consumo de energia elétrica cai 1.210 MW no Sudeste/Centro-Oeste
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O consumo de energia elétrica do subsistema Sudeste/Centro-Oeste
registrou uma queda de 5,2%, passando de 23.258 MW no dia 8 de
dezembro para 22.048 MW no último domingo, dia 15 de dezembro.
A região Nordeste também teve diminuição na demanda, entretanto,
a variação foi pequena, de 5.582 MW para 5.572 MW. Já na região
Sul houve um aumento de 5.691 MW para 6.019 MW, um crescimento
de 5,7% no mesmo período, segundo informações do ONS. O subsistema
Norte registrou variação de 1 MW no consumo de energia elétrica,
indo de 2.481 MW no dia 8 de dezembro para 2.482 MW do dia 15
de dezembro. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume
acumulado nos últimos sete dias ficou abaixo do previsto pelo
operador em 1,95% no susbsistema Sudeste/Centro-Oeste e 1,37%
no Nordeste. (Canal Energia - 16.12.2002)
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3- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Dívidas antecipam um 2003 difícil |
O ano de 2003 será difícil para as empresas do setor elétrico,
e não apenas devido aos problemas para a liquidação do MAE ou
porque elas terão que negociar uma revisão tarifária com a Aneel
prevista nos contratos de concessão. O que pode se tornar um problema
é que 31% da dívida das empresas - que somava R$ 32 bi em junho
- está vencendo no próximo ano, sendo 68% denominados em moeda
estrangeira. Entre as que têm dívidas vencendo em 2003, segundo
levantamento apresentado pelo professor Maurício Tolmasquim, da
Coppe/UFRJ, estão a Coelce, cujos vencimentos somam 84% da dívida,
Cosern (74%), Eletropaulo (66%) e Light (20%). Tolmasquim, que
é um dos colabores do programa de energia do PT, avalia que a
maioria das empresas do setor se endividaram de forma "desastrosa"
porque colocaram em prática uma estratégia que resultou em alavancagem
financeira expressiva a partir da aquisição de outros ativos no
país. Foi o caso da Light que comprou a Eletropaulo, da Cerj ao
adquirir a Coelce, da Coelba (Cosern), CPFL (Bandeirante) e Escelsa
(Enersul). (Valor - 17.12.2002)
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2- Dívidas impedem reflexo nas tarifas do salto da
produtividade |
A disparada dos ganhos de produtividade das distribuidoras ao
longo dos últimos cinco anos deveria refletir-se na revisão tarifária
de 2003, segundo prevêem os contratos de concessão. Não fosse
a dívida das elétricas - R$ 10,2 bilhões vencem no próximo ano
- os preços da energia no País cairiam em razão dos saltos de
produtividade que o setor colheu ao dobrar tarifas e reduzir mão-de-obra.
O faturamento líquido por funcionário das elétricas cresceu em
média 140 % entre 1998 e 2001. A Eletropaulo destacou-se com o
maior ganho neste período: com 1,142 mil empregados, a empresa
elevou em 338% o faturamento líquido por funcionário. Na Bandeirante,
o crescimento do quesito foi de 333 %; seguindo-se os 280% da
Elektro; 176% da AES-Sul e 175 % da CPFL. Na Cerj, o índice ficou
em 147%; na Light, em 181,5 %; 181,7% na Celpe, e 120% na Coelba,
de acordo com o livro "As empresas do setor elétrico brasileiro
- estratégias e performance", coordenado pelo especialista Maurício
Tolmasquim. (Gazeta Mercantil - 17.12.2002)
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3- Dívida das empresas elétricas foi provocada pela
aquisição de ativos |
Um terço da dívida total das distribuidoras de energia vence em
2003. Serão desembolsados R$ 10,2 bilhões, dos quais a maior parte
terá de ser paga em dólar, pressionando a taxa de câmbio. Pelo
menos 68% do endividamento das elétricas, de R$ 32,6 bilhões,
são corrigidos em moeda estrangeira. A Eletropaulo, com pagamento
de R$ 2,8 bilhões previsto para o próximo ano; Light, com R$ 1,06
bilhão e Cerj, com R$ 895 milhões estão na lista dos maiores vencimentos
de 2003. A lista inclui CPFL (R$ 639 milhões), Coelce (R$ 518
milhões) e Celpe (R$ 479 milhões), entre outras. O livro "As empresas
do setor elétrico brasileiro - estratégias e performance", coordenado
pelo especialista Maurício Tolmasquim, lançado ontem na sede da
Coppe na presença de empresários das áreas de distribuição e geração,
mostra que a elevada dívida das empresas elétricas foi provocada
pela aquisição de ativos, criticada pelos palestrantes. Os investimentos
que foram destinados à compra de outras empresas deixaram de ser
direcionados para o aumento de geração de energia, uma das metas
dos contratos de concessão. "Resultado: racionamento de energia
em 2001. Essa estratégia custou caro aos controladores e hoje
aos consumidores", avalia Pinguelli, um dos nomes cotados para
assumir o Ministério de Minas e Energia. (Gazeta Mercantil - 17.12.2002)
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4- Tucuruí inaugura sua 13ª- geradora |
O presidente Fernando Henrique Cardoso inaugura, neste sábado,
a 13 máquina geradora da usina hidrelétrica de Tucuruí. A falta
de chuvas, entretanto, vai inviabilizar a estréia comercial da
unidade. Hoje, o reservatório de Tucuruí está pouco acima da cota
54 (o que indica um armazenamento de 54 metros acima do nível
do mar), o mais baixo de sua história. O gerente das obras de
expansão de Tucuruí, Adailton de Souza Pinto, diz que Tucuruí
é a última usina da bacia Araguaia-Tocantins e por isso consegue
recuperar rapidamente o reservatório. "Se começar a chover, o
nível (do lago) é restabelecido em 15 a 20 dias." A 13 unidade
é a primeira de uma série de 11 máquinas que serão instaladas
em Tucuruí, seguindo o programa de expansão da Eletronorte. Esta
segunda fase elevará a capacidade instalada da hidrelétrica de
4.275 MW, equivalente a 7% da energia gerada no Brasil, para 8.370
MW. Para isso, serão investidos US$ 1,3 bilhão. (Gazeta Mercantil
- 17.12.2002)
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5- Eletrobrás inicia pagamento aos acionistas nesta
terça-feira, dia 17 |
A Eletrobrás inicia, hoje, dia 17 de dezembro, o pagamento dos
juros sobre o capital próprio relativos ao exercício de 2001.
Terão direito ao recebimento dos juros os acionistas inscritos
nas datas base de 31 de dezembro do ano passado e 27 de março
deste ano. Segundo fato relevante divulgado pela estatal nesta
segunda-feira, dia 16 de dezembro, incidirão nos valores a serem
pagos as alíquotas do imposto de renda na fonte de 15% e 20% sobre
a parcela da remuneração equivalente à aplicação da taxa Selic
sobre os juros do capital próprio. Para os acionistas detentores
de ações ordinárias, a Eletrobrás pagará R$ 1,59 por lote de mil
ações. Já os detentores de ações preferenciais "A" e "B" receberão
R$ 0,39 por lote de mil ações. O pagamento será efetuado através
do Banco Itaú. (Canal Energia - 16.12.2002)
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6- BNDES incentiva grande empresa a captar no mercado |
A diretoria do BNDES aprovou ontem restrições nas condições de
financiamento para grandes empresas, com faturamento acima de
R$ 3 bi, que não aderirem ao seu programa de Apoio à Emissão de
Títulos Corporativos. As mudanças reduzem o nível de participação
do banco nos projetos que vier a apoiar em 10 pontos percentuais,
encolhendo, na média, de 50% para 40%. Outra alteração bastante
dura para as companhias foi no custo do financiamento, que terá
40% do seu valor corrigido por cesta de moedas (8% mais desvalorização
cambial), contra os atuais 20%. As novas normas, em vigência a
partir de hoje, atingem as operações de crédito diretas e indiretas
do banco, exceto as linhas de financiamento de exportação de pós-embarque
(financiamento ao importador), o que deixa de fora a Embraer.
(Valor - 17.12.2002)
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7- Companhias poderão retornar às condições anteriores
nas políticas de financiamento |
Ao todo, o BNDES tem 25 tomadores que faturam acima dos R$ 3 bi.
O presidente da instituição, Eleazar de Carvalho, e seu diretor
de mercado de capitais, Eduardo Gentil, disseram que essas companhias
poderão retornar às condições previstas anteriormente nas políticas
de financiamento se optarem por compor parte do funding do seu
investimento com uma emissão de debêntures padronizada, de no
mínimo R$ 300 mi, com prazo de três anos e distribuição em varejo.
A idéia é restringir o financiamento às grandes empresas, levando-as
a usar o mercado de capitais como alavanca de crédito. "Assim
teremos mais recursos para as pequenas e médias empresas, desenvolvendo
um canal de financiamento para as grandes em seu próprio nome",
destacou Carvalho. Ele garantiu que o BNDES apoiará as emissões,
subscrevendo até 30% dos papéis. (Valor - 17.12.2002)
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8- CVM vai regularizar emissão de debêntures padronizadas |
O presidente da CVM, Luiz Leonardo Cantidiano, informou que a
proposta do BNDES foi discutida com a autarquia e pretende estimular
a decisão do banco com uma minuta que regula a emissão de debêntures
padronizadas, que vai facilitar a ida das empresas ao mercado.
"Vamos simplificar esse processo com as emissões de prateleira."
Outro programa aprovado ontem pela direção do BNDES foi o de incentivo
à adoção de regras de governança corporativa. A nova política
operacional só entrará em vigor em junho, para dar tempo às empresas
se adaptarem às novas regras, que prevêem a ida para o nível 1
ou 2 da Bovespa e para o Novo Mercado das companhias tomadoras
de recursos do BNDES, com faturamento líquido superior a R$ 100
mi nos últimos dois anos. As empresas que aderirem ao programa
de governança do BNDES terão de atender a regras que prevêem a
"vedação de mútuo" (eliminar a prática de empréstimos feitos por
empresas a seus controladores) e também vedar a existência de
partes beneficiárias para empresas fechadas, além de exigir demonstrativos
financeiros auditados por empresa cadastrada na CVM. Outra regra
a ser atendida é a que exige constar nos balanços das empresas
as transações com partes relacionadas. (Valor - 17.12.2002)
Índice
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9- Companhias que optarem pelo Programa de Incentivo
terão bônus |
As companhias que optarem pelo Programa de Incentivo à Adoção
de Regras de Governança Corporativa terão direito a um Bônus de
Governança Corporativa, que representa um aumento da participação
do BNDES no financiamento ao projeto de investimento, que pode
ir até 25% a mais, ampliação do prazo de pagamento (a amortização
pode ser estendida por mais três anos, por exemplo, passando de
10 para 13 anos) e diminuição do custo financeiro, de acordo com
os níveis do programa, que pode ser de 0,5% a 0,7% , o que dá
um ganho de 1% às empresas contempladas. O programa é composto
por quatro pacotes (bronze, prata, ouro e platina), com graus
diferentes de exigências e benefícios. Os pacotes ouro e platina
contemplam a redução do custo do empréstimo e são mais voltados
para o nível 2 da Bovespa e Novo Mercado. (Valor - 17.12.2002)
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10- Fepam emite licença prévia para parque eólico no
Rio Grande do Sul |
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul
(Fepam) emitiu, na semana passada, a primeira licença prévia (LP)
para um parque eólico no estado. O empreendimento, do Grupo Elecnor,
será localizado em Osório e terá capacidade de 150 MW. O projeto
deverá atender cuidados ambientais. Entre as restrições está a
proibição de implantação de aerogeradores em áreas de preservação
permanente como banhados naturais, margens de lagoas, matas de
restinga e dunas. O Grupo Elecnor deverá apresentar o projeto
de monitoramento da fauna, com ênfase em aves, morcegos e anfíbios,
a ser iniciado 12 meses antes do início das obras. Além desse,
outros seis pedidos de LP para parques eólicos estão na fundação
para análise. (Canal Energia - 16.12.2002)
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1- Fechado acordo para liquidação do MAE |
A equipe de transição, o governo atual e as empresas do setor
elétrico fecharam ontem acordo para liquidação preliminar do MAE.
As empresas se comprometeram a honrar o pagamento de metade dos
R$ 11,5 bi já movimentados desde a sua criação, em setembro de
2000. As operações deverão ser feitas nos dias 23 e 24 de dezembro,
véspera do Natal. Falta apenas discutir detalhes como a aplicação
de penalidades para os inadimplentes, segundo fonte próxima às
negociações, para finalização do acordo. A liquidação dos 50%
restantes - prevista para ocorrer após a auditoria de todas as
operações do MAE conforme exigência do PT - deverá ficar para
março ou abril. Do montante total de recursos do BNDES previstos
para a operação - cerca de R$ 2,4 bi que deverão ser financiados
às geradoras estatais, em sua maioria devedoras -, metade deverá
estar disponível para a liquidação em até 48 após a assinatura
do acordo entre o atual e novo governo e as empresas. O objetivo
inicial era efetuar a liquidação no dia 20. Mas não há tempo hábil
para isso, segundo o superintendente do MAE, Lindolfo Paixão.
Uma série de providências para adequar o MAE ao novo trato precisam
ser feitas, diz ele. Dentre elas, a regulamentação da Aneel, que
deve publicar as resoluções necessárias ao longo da semana. (Valor
- 17.12.2002)
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2- MAE assina contrato com novo agente financeiro hoje |
Hoje, o MAE assina o contrato com o novo agente financeiro, que
tomará o lugar do Banco do Brasil. O BB recusou-se a fazer a operação
por falta de embasamento jurídico. O Bradesco e o Itaú disputam
o contrato. Depois de fechado o acordo com o novo banco responsável
pela operação, caberá aos agentes a abertura de contas para a
liquidação. A integrante da equipe de transição responsável pelo
setor elétrico, Dilma Roussef, esteve ontem em Porto Alegre, e
não comentou o assunto. As pressões para que haja uma liquidação
ainda em 2002 partem de todos os lados. Ontem, mais uma associação
ligada ao setor elétrico tomou iniciativa para forçar os pagamentos
do mercado atacadista: a Abraceel entrou com uma notificação extrajudicial
para receber os valores. Calcula-se que elas tenham, pelo menos,
R$ 4 bi a receber com a liquidação. "A liquidação do MAE não ocorre
há 30 meses e isso traz uma pressão grande, porque muitos fornecedores
de energia estão vendendo e não estão recebendo", afirma o presidente
da Abraceel, Walfrido Avila. "Não havendo liquidação, os créditos
dos fornecedores não são reconhecidos", completa. (Valor - 17.12.2002)
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3- Empresas não tem como contabilizar créditos de venda
de energia sem liquidação do MAE |
A Abraceel estava com uma reunião agendada para hoje, em São Paulo,
para decidir se ingressaria na Justiça pedindo os valores devidos
pelo MAE. O presidente da Abraceel, Walfrido Avila, afirma que
as empresas estão passando por uma série de inconveniências com
a indefinição do MAE. Primeiro, pelo fato de terem feito investimentos
no setor e não receberem. Muitas tiveram de pagar juros de seus
investimentos e, segundo Avila, estão transferindo recursos que
poderiam ser implementados no setor elétrico ao setor financeiro.
"Isso está trazendo descrença ao setor elétrico", diz o presidente
da Abraceel. O problema, segundo ele, se agravou com a chegada
do final do ano e o período de balanços. Elas não têm como contabilizar
os valores de energia vendida como créditos a receber porque a
liquidação não foi feita. (Valor - 17.12.2002)
Índice
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4- Cesp e Copel fecham poucos negócios no leilão |
O leilão de energia promovido pela Cesp, com ofertas também da
Copel Geração e Emae acabou ocorrendo no final da tarde de ontem,
pelo sistema eletrônico da BM&F. No leilão, que durou pouco mais
de uma hora, a maioria dos lotes não foi comercializada. Todos
os lotes vendidos saíram pelo preço mínimo. Apenas 1 MW do lote
de 900 MW ofertados pela Cesp foi comercializado pelo preço mínimo,
fixado em R$ 74,00. O contrato é de 10 anos para o submercado
de energia do Sudeste. Foram vendidos também apenas 14 MW dos
190 MW oferecidos pela Copel Geração, também pelo preço mínimo
de R$ 29,00 por MW. Neste caso, o contrato é de um ano para o
submercado Sudeste. Já o segundo lote registrou a venda de 23
MW dos 260 MW ofertados para um contrato de três anos para a região
Sudeste, por R$ 52,00 cada. Do terceiro lote, apenas 2 dos 80
MW foram vendidos ao preço unitário de R$ 68,00 (contrato de cinco
anos para a região Sul). Outro lote de 190 MWh para contrato de
um ano para o Sudeste registrou a venda de 14 MWh, ao preço de
R$ 29,00 por unidade. O lote da Copel que oferecia 160 MW de energia
e o da Emae, com oferta de 76 MW, não tiveram interessados. A
Duke Energy, que também venderia energia no leilão, retirou a
sua oferta poucas horas antes do pregão da BM&F. (Gazeta Mercantil
- 17.12.2002)
Índice
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5- Disputa por energia acaba na Justiça |
A maior holding do setor elétrico brasileiro, a Guaraniana, conseguiu
na Justiça o direito de não pagar à Chesf a energia comprada no
mês de dezembro, um total de R$ 98 milhões. A empresa alega não
ter dinheiro em caixa pelo atraso no pagamento da energia comercializada
no MAE. O governo e o PT devem fechar um acordo para liquidar
as contas do MAE ainda este ano nos próximos dias. O pagamento
do MAE deveria ter ocorrido no último mês, mas foi adiado por
pressões da equipe de transição do governo Lula. O PT defende
uma auditoria prévia nos números antes do pagamento. A Guaraniana,
controladora das distribuidoras de Pernambuco (Celpe), Rio Grande
do Norte (Cosern) e Bahia (Coelba), teria R$ 334 milhões a receber
no MAE. A maioria é crédito junto à Chesf. A liminar foi concedida
pelo juiz Agenor Ferreira de Lima Filho, da 11ª Vara Cível do
Recife (PE). A dívida da Guaraniana compromete as contas da Chesf,
pois o montante responde por 40% do seu faturamento mensal. (Jornal
do Brasil - 17.12.2002)
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6- Preços no Norte sobem 32% na 3ª semana |
Os preços do MAE no Norte e Nordeste subiram na terceira semana
de dezembro. O maior aumento nos preços da energia ficou por conta
da região Norte, com crescimento de 32% nos preços. Entre os dias
14 a 20 de dezembro, o valor do MWh para as cargas pesada e média
fica em R$ 9,61. Para a carga leve, o preço é de R$ 9,21. No submercado
Nordeste, os preços MAE ficam em R$ 6,13, o que representa um
aumento de 6,8% em comparação com a semana anterior. (Jornal do
Commercio - 17.12.2002)
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1- Risco-país é o menor em seis meses |
O risco-país brasileiro, medido pelo JP Morgan Chase, recuou ontem
ao menor patamar em seis meses - desde 19 de junho não era tão
"baixo" - e encerrou a segunda-feira em queda de 4,37%, em 1.487
pontos-base, devido ao movimento de alta dos papéis da dívida
soberana brasileira. A queda no entanto, não foi o bastante para
tirar o Brasil do posto de terceiro país mais arriscado para investimentos,
atrás apenas de Argentina e Nigéria. Em dia de volume negociado
tido como razoável, considerando-se o calendário natalino, o C-Bond
alcançou, ontem, valorização de 3,36% e, ao final do dia, era
cotado a US$ 0,6457, com prêmio de risco de 1.510 pontos. O "paraíso"
de ontem deve manter-se nos próximos dias, uma vez que a melhora
não foi exclusividade do mercado secundário de dívida. Na avaliação
do diretor de tesouraria do banco Fator, Sérgio Machado, há sinais
de que se inicia "um ciclo virtuoso" provocado pelo "pragmatismo,
cada dia mais claro, do PT", pela recomposição de linhas de crédito
no exterior e também pelo recuo dos índices inflacionários - na
segunda prévia de dezembro, o IGP-M apontou inflação de 3,26%,
contra os 3,86% registrados em novembro. Machado avalia que há
espaço para avanços, ainda mais porque, apesar do recuo de ontem,
os riscos pagos pelos títulos brasileiros continuam exagerados.
"O mercado tinha medo de pirotecnia, de ideologismos, e houve
excesso de pessimismo", afirma. (Valor - 17.12.2002)
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2- IGP-M recua na segunda prévia do mês para 3,26% |
A inflação medida pelo IGP-M, da Fundação Getúlio Vargas, atingiu
3,26% na segunda prévia de dezembro, apresentando queda em relação
à medição em igual período do mês anterior, que ficou em 3,86%.
Em relação ao primeiro decêndio de dezembro, a taxa voltou a subir.
Na primeira medição, o IGP-M registrou 2,61%. O índice fechado
de novembro ficou em 5,19%. A variação de 3,26% na segunda prévia
de dezembro, reflete o aumento de 3,69% do Índice de Preços por
Atacado (IPA), avanço de 2,54% do Índice de Preços ao Consumidor
(IPC) e de elevação de 2,26% do Índice Nacional da Construção
Civil (INCC), segundo a FGV. (Gazeta Mercantil - 17.12.2002)
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3- Superávit comercial no ano chega a US$ 12 bi |
O comportamento ainda tímido dos mercados financeiros em relação
ao Brasil não se justifica diante do resultado da balança comercial
de dezembro, na opinião do ministro do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior, Sérgio Amaral. De janeiro à segunda semana
de dezembro, a balança comercial atingiu superávit de US$ 11,982
bi. Na segunda semana do mês, o saldo ficou positivo em US$ 366
mi, o que levou o resultado do mês a US$ 662 mi. "Isso (o resultado
da balança) é extremanmente importante para o País no momento
em que sabemos que há uma retração da disponibilidade de recursos
para o desenvolvimento", afirmou. Amaral acrescentou que o saldo
na balança próximo de US$ 12 bi "traz uma redução significativa
da percepção de risco da economia". Assim, o Brasil conseguiu
remover a vulnerabilidade do balanço de pagamentos, reduzindo
o déficit em conta corrente de 5% do PIB para cerca de 2%. Segundo
o ministro, esse fato comprovaria que não cabe a desconfiança
do mercado em relação ao País. (Jornal do Commercio - 17.12.2002)
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4- Mercado espera aumento da Selic para 24% ao ano,
mostra pesquisa |
O mercado financeiro acredita que o Copom elevará os juros, em
sua reunião de hoje e amanhã, de 22% para 24% ao ano. A estimativa
está contida na mediana das respostas de 100 instituições financeiras
e empresas de consultoria ao questionário semanal feito pelo BC
com perguntas sobre vários indicadores econômicos. Na pesquisa
Focus, divulgada ontem o novo percentual aponta para uma taxa
de juros real na economia da ordem de 13%, se for levada em conta
uma projeção de inflação para 2003 de 11%. Uma taxa de juros elevada
ajuda o País a atrair capitais estrangeiros e, com isso, combater
a alta do dólar no mercado doméstico, uma das principais fontes
de alimentação da inflação nos dias de hoje. (Jornal do Commercio
- 17.12.2002)
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5- Dólar comercial abre em queda de 0,16% e sai a R$
3,5940 |
Depois da forte queda de ontem, o dólar comercial abriu as operações
com ligeira baixa de 0,16% perante o fechamento anterior, cotado
a R$ 3,5840 na compra e a R$ 3,5940 na venda. No mercado futuro,
os contratos de janeiro negociados na BM & F tinham recuo de 0,66%,
projetando a moeda a R$ 3,568. Ontem, o dia foi de otimismo e
o dólar fechou em queda de 3,74%, a R$ 3,5900 na compra e a R$
3,6000 na venda. A avaliação positiva da composição do novo governo
- inclusive da presidência do Banco Central - e a entrada de recursos
externos derrubaram a moeda estrangeira. (Valor Online - 17.12.2002)
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1- Negócio entre Petrobras e Enron pela CEG está parado |
A compra das ações da Enron na distribuidora de gás canalizado
CEG pela Petrobras está cada vez mais difícil de ser concretizada.
A operação foi iniciada há um ano e meio, mas está parada devido
à crise na companhia americana. Desanimado, o diretor de Gás e
Energia da Petrobras, Antônio Luiz Menezes, disse que a estatal
ainda não recuou no objetivo de entrar na distribuidora, mas não
vê, neste momento, um horizonte para a conclusão do negócio. ''Se
colocarmos dinheiro na compra da CEG, estaremos envolvidos em
um enorme risco. É fazer mau uso do dinheiro da empresa'', disse.
O risco, segundo Luiz Menezes, é de as ações da americana entrarem
na massa falida da Enron após a compra pela Petrobras. ''Não temos,
por enquanto, idéia do que acontecerá com a Enron. Por isso, teríamos
que discutir de novo quanto vale aquela participação'', lamentou
Menezes. (Jornal do Commercio - 17.12.2002)
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2- CEG seria parceira da Petrobras para dividir investimento
em térmicas |
A compra da CEG tem importância estratégica para a Petrobras,
uma vez que é através dos dutos da distribuidora que a estatal
vende o gás que produz na Bacia de Campos. Além disso, o Estado
do Rio tem quatro termoelétricas já operando ou em construção,
todas com a presença da Petrobras, e a participação na distribuidora
fecharia o ciclo do gás natural. O negócio foi estimado, na época
do anúncio, em US$ 240 mi. O diretor de Gás e Energia da Petrobras,
Antônio Luiz Menezes acredita que o mercado energético já começa
a se recuperar da crise iniciada com o racionamento. A expectativa,
portanto, é positiva para a Petrobras, que é uma das maiores investidoras
neste setor e tem registrado prejuízos por ter adotado uma atitude
agressiva na construção de termoelétricas. Para o executivo, a
curva de crescimento de consumo prevista antes do racionamento
- que motivou os investimentos da estatal - ocorrerá com um ano
e meio de atraso. A empresa continua procurando parceiros para
dividir o investimento e o risco das térmicas. ''Nosso objetivo
sempre foi ter parcerias neste setor'', afirmou Menezes. ''Mas
o problema é que ninguém quer dividir risco.'' A direção da empresa
esteve reunida ontem com o Conselho de Administração da argentina
Perez Companc, adquirida recentemente. Segundo o diretor Internacional,
Jorge Camargo, a Petrobrás está avaliando um novo nome para a
Perez Companc, após a conclusão da compra, porque os antigos controladores
deverão ficar com a marca. A operação depende ainda de aprovação
dos órgãos de defesa da concorrência. (Jornal do Commercio - 17.12.2002)
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3- Petrobras fará investimento na Bolívia de US$ 180
mi |
A Petrobras irá investir US$ 180 mi na Bolívia
durante o ano de 2003, informou ontem diário boliviano "El Deber".
Segundo o jornal, a notícia foi confirmada por Décio Oddone, presidente
da Petrobras-Bolívia. Com esse investimento, sobe para US$ 1,1
bi o valor total de recursos já colocados pela Petrobras na Bolívia
desde 1996, de acordo com o jornal. A estatal brasileira pretende
concluir no próximo ano a construção de refinarias para produção
de gás, além de melhorar a logística de transporte do produto
para o território brasileiro. Oddone afirmou que a Petrobras pretende
investir US$ 1,7 bi até 2006 na Bolívia para ampliar a exploração
de jazidas de gás localizadas nas regiões de San Antonio e San
Alberto, consideradas as áreas mais promissoras na região sul
do país, perto da fronteira com o Paraguai. A Petrobras tem um
contrato de importação para o mercado brasileiro que prevê a compra
de 12 a 13 mi de metros cúbicos de gás boliviano por ano, volume
que deve ser ampliado para 30 mi de metros cúbicos a partir de
2007. (Jornal do Commercio - 17.12.2002)
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4- Gas Natural intensificará sua aposta no Brasil |
A companhia Gas Natural, controlada por La Caixa e a petroleira
Repsol YPF, intensificará sua aposta estratégica pelo mercado
energético do Brasil, disse ontem seu presidente, Antoni Brufau.
Além disso, informou que a filial de Gas Natural na Argentina
''voltará a ter um índice positivo'' nos resultados do grupo em
2003, embora no atual exercício esteja fechando com perdas semelhantes
às de 2001, que foram de US$ 35 mi. A companhia teve nos últimos
meses uma ''reativação'' das vendas no mercado argentino, graças
ao aumento da atividade das empresas exportadoras. Quanto ao Brasil,
Brufau assinalou que ''não estamos fechados a nenhuma aliança''
e anunciou que sua companhia, principal empresa espanhola de gás,
está promovendo uma unidade de ciclo combinado de 500 MW no sul
de São Paulo, ampliável em outros 200 MW. Além disso, a empresa
está disponível para encontrar um sócio que permita concretizar
mais negócios energéticos e a entrar em novas áreas de atividade,
como o setor bancário. Quanto ao novo rumo que o presidente eleito
do país, Luiz Inácio Lula da Silva, tentará dar à economia brasileira,
o principal dirigente de Gas Natural expressou sua confiança no
novo governo. ''Lula está há muitos anos na oposição, conhece
muito bem o país e está configurando uma equipe econômica moderna'',
assegurou, ao referir-se a Lula, do qual disse que optará pelo
''realismo'' e pela seriedade. (Jornal do Commercio - 17.12.2002)
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5- AES-Uruguaiana pára produção |
Por decisão do ONS, a usina termelétrica (UTE) a gás da AES-Uruguaiana
começou a semana sem produzir energia. O motivo, porém, é conjuntural:
o nível médio dos reservatórios de água das hidrelétricas da Região
Sul está no máximo, em 98%, explicou ontem o gerente da UTE Uruguaiana,
Roberto Sacco. Por essa razão, as três turbinas de geração de
eletricidade (duas a gás e uma movida a ciclo combinado) foram
desativadas. Mas a UTE está à disposição do sistema elétrico,
'basta o ONS nos avisar', disse o gerente da usina. Sacco aproveitou
a situação também para desmentir os boatos insistentes sobre uma
possível suspensão definitiva da produção de energia pela UTE
de Uruguaiana. Segundo ele, o investimento na usina, de 350 milhões
de dólares, é de longo prazo. (Correio do Povo - 17.12.2002)
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1- Duke abandona comércio de energia na Europa |
A comerciante americana de energia Duke Energy está para se retirar
do mercado europeu de energia, afirmou a companhia nesta segunda-feira.
A companhia deverá restringir suas operações na Europa apenas
em seus negócios de fornecimento de gás na Holanda, afirmou a
Duke. "A reestruturação das funções comerciais sustenta a otimização
dos ativos em áreas nas quais acreditamos que temos uma vantagem
estratégica ou comercial. Em razão disto, estamos deixando as
atividades de comércio de energia na região", confirmou a companhia.
"Este novo movimento é caracterizado por uma mudança de foco da
companhia que assegurará desde já um modelo sustentável de negócios.
Isto permitirá que nos focalizemos na otimização de nosso portfólio
em um esforço direcionado à redução de custos e ao aproveitamento
das crescentes oportunidades que surgirem", concluiu a Duke. (Platts
- 16.12.02)
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2- S&P prevê ano de turbulências para companhias britânicas
de energia |
As companhias britânicas de energia deverão enfrentar maiores
problemas no próximo ano, afirmaram analistas da agência de qualificação
de crédito Standard & Poor`s nesta segunda-feira. "As geradoras
estão se deparando com uma enorme necessidade de refinanciamento",
de acordo com o diretor de infra-estrutura e finanças da agência,
Michael Wilkins. "A questão se encontra na possibilidade de renegociação
das dívidas o quanto antes para que o risco de uma queda na qualificação
de crédito seja evitado". Wilkins disse ainda que o baixo nível
de preços por atacado foi apenas uma das razões que tornaram mais
sombria a previsão das companhias como a AES Fifoots, a Drax e
a controlada da Edison Roosecote Power. O mesmo afirmou que as
tendências observadas em relação à desregulamentação do setor
deve pressionar ainda as "utilities" em muitas regiões do continente
europeu. (Platts - 16.12.02)
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3- RWE prevê quebra de 40% nos resultados de 2003 |
A RWE anunciou hoje
que prevê, para 2003, uma quebra de resultados em cerca de 40%,
em virtude das elevadas amortizações extraordinárias que se cifram
nos US$ 1,13 bi. A elétrica alemã comunicou ainda que pretende
reduzir a sua dívida líquida em US$ 2,05 bi, até ao final do próximo
ano. O consórcio alemão justificou a brutal queda de resultados
para 2003 com a desaceleração no setor dos serviços e com os elevados
custos de amortização e financiamento de aquisições nos Estados
Unidos e no Reino Unido, que alcançaram os US$ 30,72 bi. (Diário
Económico - 16.12.02)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
Christ.
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Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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