1- Agência reguladora mantém indicados de FHC |
O PT terá de recorrer
ao Congresso para implementar novas políticas nos setores de infra-estrutura,
regulados por agências autônomas. O partido analisa a possibilidade
de interferir na diretoria da Anatel, Aneel e ANP, mas o mais
provável é que tenha de conviver com indicados do governo Fernando
Henrique Cardoso em pelo menos a metade do governo Lula. Se essa
tendência for confirmada, o novo governo teria na aprovação de
leis junto ao Congresso um meio mais eficaz de modificar a política
dos setores regulados. Como os diretores seguem políticas definidas
por lei, estariam amarrados às decisões do Congresso. O futuro
governo também ganharia força junto às agências se criasse um
meio de fiscalização periódica. O deputado Luciano Zica (PT-SP)
tem uma Proposta de Emenda Constitucional (nº 252) que obriga
os diretores das agências a comparecer ao Congresso para dar justificativas
sobre como estão regulando o setor. Outra alternativa seria pressionar
politicamente os atuais diretores a seguirem suas determinações,
fortalecendo o controle dos ministérios das Comunicações e das
Minas e Energia. Por outro lado, essa hipótese aumenta as chances
de desgastes do governo com investidores e aliados dos diretores
das agências, nomeados durante o governo FHC. (Valor - 16.12.2002)
Índice
|
2- Governo de Lula não poderá demitir diretoria de
reguladoras |
O diretor-geral da Aneel, José Mario Abdo, foi indicado pelo PFL
do ex-ministro das Minas e Energia, Raimundo Brito, e tem mandato
até dezembro de 2004. O presidente da Anatel, Luiz Guilherme Schymura,
teve seu nome sugerido pelo presidente do Banco Central, Armínio
Fraga, e deverá ficar no cargo até janeiro de 2005. Já o diretor-geral
da ANP e amigo pessoal de Fernando Henrique, Sebastião do Rego
Barros, terminará o seu mandato em novembro de 2005. O governo
Lula não poderá demiti-los porque o STF reconhece a independência
desses órgãos. Em julgamento de ação do governador do PT do Rio
Grande do Sul, Olívio Dutra, contra a indicação de integrantes
da Agergs, pelo seu antecessor, Antônio Britto, o STF resolveu
manter a diretoria e a independência da agência. (Valor - 16.12.2002)
Índice
|
3- PT estuda brecha para modificar o comando das agências
reguladoras |
Um alternativa que está sendo estudada pelo PT é a de aproveitar
uma brecha da Lei nº 9.986, de 2000, que trata da indicação dos
diretores-gerais ou presidentes das agências. O artigo 5º da Lei
diz que esses cargos serão nomeados pelo presidente da República
entre os integrantes da diretoria das agências. Assim, o PT poderia
nomear um diretor de uma agência e, depois, alçá-lo ao posto de
presidente. A tese enfrenta resistências porque os diretores-gerais
ou presidentes das agências têm mandatos próprios e foram aprovados
pelo Senado. Mas poderá ser testada na ANP, a partir de janeiro
próximo, quando acaba o mandato de Júlio Colombi e o PT nomeará,
pela primeira vez, o diretor de uma agência reguladora. (Valor
- 16.12.2002)
Índice
|
4- Especialistas afirmam que missão do PT é dar maior
independência às agências |
Para especialistas em regulação econômica, a missão do PT seria
a de dar maior independência às agências, e não buscar meios de
intervir. "Quanto maior a pressão do governo sobre as agências,
maior a insegurança dos investidores", afirma o advogado Pedro
Dutra. Para ele, o atual governo sempre pressionou os diretores
das agências ao dizer o que os eles deveriam fazer em diversas
ocasiões. O auge dessa pressão se deu na crise de energia, com
a criação da Câmara de Gestão e uma intervenção no setor. "Deve-se
entender que o cargo de direção das agências é de confiança do
Congresso, e não do Executivo", diz Dutra, lembrando que os diretores
são sabatinados pela Comissão de Infraestrutura do Senado. O presidente
do Instituto Hélio Beltrão e especialista em regulação, João Geraldo
Piquet Carneiro, afirma que o ideal seria o novo governo aprovar
leis específicas para cada um dos setores regulados. Dessa forma,
as agências teriam as diretrizes necessárias para atuar, sem entrar
em conflito com o Executivo, e os investidores saberiam as regras
específicas de cada setor. O economista Helder Queiroz Pinto,
do IE da UFRJ, entende que o novo governo deve buscar um reequilíbrio
com as agências, fortalecendo os ministérios. "Com a criação das
agências, houve um enfraquecimento flagrante dos ministérios das
Minas e Energia e das Comunicações", opinou. (Valor - 16.12.2002)
Índice
|
5- PT tenta contornar resistências no PMDB e no PDT
|
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anuncia nesta semana
os nomes dos ministros da área social de seu governo, além de
outros nomes já definidos. Na quarta-feira, será confirmado o
nome do advogado Márcio Thomaz Bastos como ministro da Justiça.
Em reunião com sindicalistas, Lula apresentará o deputado Jaques
Wagner (PT-BA) para a pasta do Trabalho. O ex-governador de Brasília
e senador eleito Cristovam Buarque (PT-DF) ficará com a Educação.
Faltam superar problemas com o PDT e o PMDB. "Se o presidente
quiser anunciar toda a equipe até quinta, estamos oferecendo as
condições", disse o futuro ministro da Casa Civil, José Dirceu.
Dirceu quer se encontrar até amanhã com o presidente do PMDB,
deputado Michel Temer (SP). "Há uma grande tendência no partido
pela independência, mas evidentemente se houver uma proposta objetiva
e concreta do PT para nós, levarei para análise do partido", disse
ontem Temer. Mesmo que o economista Carlos Lessa, convidado a
integrar o governo, aceite o cargo de presidente do BNDES, que
lhe foi oferecido e que prefere, com possibilidade também de ser
remanejado para o Planejamento, ele não estará na cota do PMDB.
Para o partido, sobraram apenas duas pastas importantes, os ministérios
das Minas e Energia e das Comunicações, se o PDT não o quiser,
além de vagas em estatais. (Valor - 16.12.2002)
Índice
|
6- Consumidor fluminense paga a luz mais cara do país
|
A privatização do setor elétrico deixou como herança para o consumidor
do Rio de Janeiro a tarifa de energia mais alta do país. A Light
e a Cerj tiveram regras diferenciadas na assinatura dos seus contratos
de concessão porque o Estado foi um dos primeiros a vender suas
distribuidoras de energia. A Light é a campeã disparada no valor
das tarifas. Por cada kWh consumido em uma residência é cobrado
R$ 0,302. As distribuidoras do Rio foram privatizadas em 1996.
O preço do kWh da Light já prevê o último reajuste de 17,11%,
autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica em novembro.
No caso da Cerj, o valor do kWh é de R$ 0,22. O preço é menor
por não incluir o reajuste anual, marcado para o próximo dia 31.
No Brasil, o preço médio é de R$ 0,206 por kWh. A tarifa da Light
chega a ser mais cara que a praticada na Inglaterra e nos Estados
Unidos, onde boa parte da energia é de fonte nuclear ou térmica,
bem mais caras que a hidrelétrica, responsável por mais de 90%
do abastecimento do Brasil. (Jornal do Brasil - 16.12.2002)
Índice
|
7- Light explica alta das tarifas |
As primeiras empresas de energia privatizadas também estão a mais
tempo tendo suas tarifas reajustadas pelo IGP-M. Esta é principal
justificativa da Light para o alto valor de sua tarifa. "A tarifa
é regulada pela Aneel, seguimos os contratos", afirma Fernando
Maia, superintendente de tarifas da distribuidora. Segundo estudos
da Light, entre 1995 e 2002 os custos em dólar aumentaram 215%,
enquanto a tarifa foi reajustada em 156%. Antes da venda das empresas
para a iniciativa privada não havia mecanismo definido para o
aumento da conta de luz e a tarifa era a mesma para todos os tipos
de consumidores. "Houve uma explosão tarifária depois da privatização.
Os reajustes são superiores à inflação", afirma o professor Maurício
Tolmasquim, especialista em energia da Coppe-UFRJ. Levantamento
realizado pela Coppe entre 1995, antes da privatização, e 2002
mostrou que a tarifa teve um aumento 40% superior à inflação registrada
no período. O valor do quilowatt-hora passou de R$ 0,076 para
R$ 0,21. (Jornal do Brasil - 16.12.2002)
Índice
|
8- Ministério Público analisa abertura de inquérito
contra a Light |
O ofício encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro contra
a conduta da Light Serviços de Eletricidade durante a greve dos
funcionários, que terminou nesta sexta-feira, dia 13 de dezembro,
já foi encaminhado ao promotor que vai analisar o pedido. A informação
foi confirmada por Mônica Piero, coordenadora da 1° Central de
Inquéritos do Ministério Público. No documento, o futuro secretário
de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner
Victer, pede que o MP apure se houve lesão aos consumidores durante
a greve, além de levantar improbidades administrativas na distribuidora
de energia. Mônica Piero não soube informar em quanto tempo sairá
a decisão do promotor sobre a abertura ou não de inquérito contra
a distribuidora. (Canal Energia - 13.12.2002)
Índice
|
1- Equipe de transição alerta sobre racionamento de
energia no NE |
Um relatório sobre o setor elétrico, preparado pelo Escritório
de Transição Governamental, alerta o futuro governo para a ameaça
de racionamento de energia em 2004. O documento mostra que, se
a taxa de crescimento do PIB subir entre 3% e 4% no próximo ano,
haverá problemas no abastecimento no Norte e no Nor-deste do País.
A informação surpreendeu o superintendente de operações da Ceal,
engenheiro José Mateus Lucena. Ele disse que não há informações
oficiais do ONS e nem da Chesf, órgãos de quem a Ceal recebe orientações
sobre fornecimento e reserva de energia. O superintendente de
operações da Ceal considera "difícil fazer um prognóstico agora"
sobre o quadro que o País vai viver daqui a um ano e meio ou dois
anos. Ele afirma que o alerta dado pelo Escritório de Transição
é importante, mas aposta que todas as providências serão adotadas
pelo novo governo para anular os riscos de racionamento ou apagão.
(Gazeta de Alagoas - 16.12.2002)
Índice
|
2- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
Índice
|
1- Elektro é investigada pela Aneel por operação feita
em 2001 |
Uma operação feita pela Elektro no começo do ano passado, para
distribuir R$ 676,2 mi aos acionistas, é alvo de investigação
na Aneel. A empresa americana de energia Enron, que está em processo
de concordata, detém 99,6% do capital da distribuidora paulista.
A Elektro usou uma reserva do patrimônio líquido como base para
remunerar os acionistas. O órgão regulador avalia se, ao reduzir
o capital, a distribuidora comprometeu sua capacidade de fazer
investimentos na expansão da rede elétrica. "Em princípio, é algo
que não poderia ser feito pela empresa", afirma o diretor de fiscalização
da Aneel, Romeu Rufino. De acordo com ele, a agência está finalizando
uma análise sobre o assunto. Se a transação for considerada irregular,
a Elektro poderá ser forçada a desfazê-la. (Valor - 16.12.2002)
Índice
|
2- Investidores da Elektro seriam remunerados pelo
ágio na incorporação da Terraço Participações |
Em janeiro do ano passado, a Elektro fez um desdobramento de suas
ações e, simultaneamente, abriu um programa de resgate dos papéis,
com um cronograma de pagamentos que se estenderia até 2005. Os
investidores seriam remunerados pelo ágio que a Elektro absorveu
quando incorporou, no fim de 1998, a Terraço Participações, holding
que a Enron criou para participar do leilão de privatização, em
julho do mesmo ano. O valor estava registrado na conta de reservas
de capital do balanço patrimonial como ágio na emissão de ações.
Antes da operação, em 2000, a Elektro ostentava um patrimônio
líquido de R$ 1,3 bi. No fim de setembro, sem essa reserva e com
prejuízos acumulados - em parte por conta da desvalorização cambial
-, a distribuidora tinha um passivo a descoberto, ou patrimônio
líquido negativo, de R$ 351,5 mi. Entre as empresas do setor,
apenas a AES Sul e a Celg estavam em situação semelhante ao término
do terceiro trimestre. (Valor - 16.12.2002)
Índice
|
3- Diretor da Aneel diz que Elektro não informou a
agência |
O diretor de fiscalização da Aneel, Romeu Rufino, diz que a Elektro
não informou o órgão regulador sobre o uso de reservas de capital
para remunerar os acionistas. "A companhia alega que submeteu
a operação à Aneel dentro do contexto de uma reforma estatutária,
mas o entendimento da agência é de que o assunto não foi levado
a ela", diz. O diretor financeiro da Elektro, Britaldo Soares,
afirma que esse tipo de operação é previsto na legislação societária
e, por isso, não precisaria ser apresentado nem à Aneel nem à
CVM. Soares afirma que a operação era natural, uma vez que os
acionistas haviam investido na privatização, por meio da Terraço
Participações, e afirma que o passivo a descoberto é "meramente
contábil". O executivo ressalta que o resgate foi feito porque
a empresa tinha expectativas favoráveis sobre o mercado. "Na ocasião,
havia um cenário econômico bastante diferente, e a operação era
compatível com o fluxo de caixa esperado à época", destaca. (Valor
- 16.12.2002)
Índice
|
4- Projeções da Elektro não se confirmaram |
Com o racionamento de energia e a alta do dólar e as projeções
da Elektro nem de longe se confirmaram. Sufocada, a distribuidora
renegociou suas obrigações com acionistas e credores do próprio
grupo Enron e postergou os pagamentos. Os minoritários continuam
recebendo normalmente pelo resgate das ações, mas eles representam
apenas 0,4% do capital. Com essas medidas, a Elektro está hoje
numa situação de caixa confortável, segundo o diretor. A distribuidora
deve investir R$ 137 mi em 2003, 20% acima deste ano. Os recursos
sairão essencialmente da própria empresa. "Não vemos necessidade
de endividamento adicional", diz o diretor financeiro da Elektro,
Britaldo Soares. (Valor - 16.12.2002)
Índice
|
5- Elektro não poderia retomar pagamentos agora |
Mesmo que tivesse a intenção, a Elektro não poderia retomar os
pagamentos agora. Segundo o diretor de fiscalização da Aneel,
Romeu Rufino, no fim de 2001 a Aneel determinou a suspensão de
qualquer repasse da companhia para os acionistas controladores.
"Sempre tivemos a preocupação de proteger as concessões", diz
ele, referindo-se à crise na matriz. Procurada pelo Valor, a CVM
informou, por meio da assessoria de imprensa, que o assunto está
sendo examinado pela área técnica. A autarquia declarou que "oportunamente
se manifestará, após decisão a ser tomada pelo colegiado". A CVM
também está analisando um outro aspecto da incorporação da Terraço
Participações . A transação foi feita para que a Elektro pudesse
auferir os benefícios fiscais do prêmio de R$ 1,2 bi que os controladores
pagaram sobre o valor patrimonial da empresa de distribuição,
principalmente com base em estimativas de rentabilidade futura.
(Valor - 16.12.2002)
Índice
|
6- Elektro cede e fará amortização em 30 anos |
A Elektro passou três anos argumentando com a Aneel que a amortização
do ágio sobre a incorporação da Terraço Participações teria de
ser feita em dez anos, o que lhe traria os créditos fiscais de
forma mais rápida. O órgão regulador, no entanto, entende que
o reconhecimento tem de acompanhar o período de concessão da companhia
- ou seja, 30 anos. "Para definir a regra, conversamos com a CVM
e a Receita Federal", afirma o diretor de fiscalização da Aneel,
Romeu Rufino. A distribuidora chegou a ser multada pela Aneel
em janeiro deste ano. No mês passado, resolveu ceder e anunciou
que fará a amortização em 30 anos. A alteração terá um impacto
positivo de R$ 347 mi nas demonstrações financeiras da Elektro
no quarto trimestre, se for aceita pela CVM. A companhia vai estornar
a amortização feita pelo critério antigo. A mudança veio num momento
estratégico. De janeiro a setembro, a Elektro acumulou prejuízo
líquido de R$ 999,6 mi. "De um lado, a recuperação dos créditos
fiscais será mais lenta. Mas, no curto prazo, a companhia tem
outros créditos fiscais a recuperar por conta dos prejuízos. Então,
o efeito será positivo no fim das contas", diz o diretor financeiro
da Elektro, Britaldo Soares. (Valor - 16.12.2002)
Índice
|
7- EDP Brasil desmente oposição às renegociações tarifárias
|
O presidente da EDP Brasil, Eduardo Bernini, disse hoje que o
grupo não vai se opor às renegociações tarifárias de energia no
Brasil. "O presidente da EDP Brasil defende a necessidade de realinhamento
das tarifas de energia para remunerar, com justiça, os capitais
investidos", disse à agência Lusa `a assessoria de imprensa do
grupo. Estas declarações surgem na seqüência de notícias que davam
conta que o grupo pretenderia aumentar as tarifas elétricas de
alta tensão e opor-se às renegociações tarifárias desejadas para
o setor pelo novo governo brasileiro. Segundo Eduardo Bernini,
o realinhamento das tarifas de energia "possibilitaria compatibilizar
o desequilíbrio que hoje existe entre as tarifas de baixa tensão
(residenciais), que estão alinhadas e refletindo os custos, e
as tarifas de alta tensão (consumidores como grandes indústrias,
por exemplo), que estão desalinhadas". (Diário Económico - 13.12.02)
Índice
|
8- Plano Verão da Cerj vai até 15 de março de 2003
|
A Cerj lançou no último domingo, dia 15 de dezembro, o Plano Verão,
que vigorará até o dia 15 de março do próximo ano. Desenvolvido
desde 1997, o projeto tem a finalidade de garatir a qualidade
no atendimento, mesmo com o aumento de demanda de energia da estação
mais quente do ano. No período, a empresa dobra o número de equipes
de emergência e manutenção na região dos lagos e aumenta em 50%
em outros municípios. Além disso, o quadro de operadores das principais
subestações é ampliado e uma outra móvel de 15 MVA para suprir
emergências. Outra providência tomada pela Cerj devido a localização
da sua concessão é a lavagem de rede nas regiões de praia, já
que ela acumula muita salinidade nos isoladores. Segundo informações
da empresa, o procedimento reduz em até 80% o risco de interrupções
do fornecimento de energia elétrica. (Canal Energia - 16.12.2002)
Índice
|
9- Copel abre seis processos de licitação |
A Copel abriu seis processos de licitação. Dois deles vencem no
dia 20 de dezembro e são para adquirir conectores de derivação
tipo cunha e para contratar entradas de serviço do Lig-Luz urbano.
O processo que vai até 14 de janeiro de 2003 objetiva a instalação
do banco de capacitores 230 kV - 40 Mvar para a subestação Maringá.
Outra licitação é para a compra de medidor Wh mono/polifásicos.
Este processo segue até o dia 26 de dezembro. Além destes, a Copel
iniciou licitação para a compra de cabo de alumínio multipleado.
O prazo expira em 2 de janeiro de 2003. No último processo, a
companhia irá adquirir transformadores de distribuição à óleo
até 34,5 kV. Esse processo vai até o dia 9 de janeiro. (Canal
Energia - 16.12.2002)
Índice
|
1- Distribuidoras são favoráveis à liquidação imediata
no MAE |
As empresas distribuidoras de energia são favoráveis ao modelo
de liquidação financeira parcial das transações no MAE, antes
do processo de auditoria. A garantia foi dada na última quinta-feira,
dia 12 de dezembro, por parte dos membros do conselho de administração
da Abradee à equipe de transição do governo eleito, que lançou
a proposta. Na reunião, a coordenadora da área de energia da equipe,
Dilma Roussef, apresentou oficialmente a proposta de divisão dos
pagamentos em duas etapas, uma anterior e outra posterior à auditoria
nos valores contabilizados pelo mercado atacadista. Dois dias
entes, o modelo de liquidação fora discutido com as empresas de
geração, que não chegaram a um consenso sobre a possibilidade
de efetuar os pagamentos em duas fases. A proposta que foi levada
aos representantes tanto da Abradee quanto dos geradores previa
inicialmente a liquidação de 30% do montante total livre de auditoria.
Entretanto, durante as duas reuniões, a coordenadora do governo
eleito sinalizou que esse montante poderá chegar a 50% do total
a ser liquidado. A definição do valor integral que será pago na
liquidação pode ser justamente o problema em torno da modelo.
(Canal Energia - 13.12.2002)
Índice
|
2- Com liminar ainda em vigor, leilão da Cesp é adiado
mais uma vez |
Apesar da expectativa da Cesp em realizar o seu leilão de energia
nesta sexta-feira, dia 13 de dezembro, o negócio continua suspenso.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região não julgou o pedido de
suspensão de liminar - concedido pela 8ª Vara de Justiça Federal
de Curitiba - impetrado pela Copel Geração, e o leilão continua
em aberto. O processo está sendo analisado em regime de urgência
pelo desembargador federal Amaury Chaves de Athayde, que poderá
decidir pela cassação ou não da liminar ainda neste final de semana.
Com a continuidade do impeditivo, a BM&F, responsável pelo processo,
adiou novamente o negócio, que agora está previsto para a próxima
segunda-feira, dia 16. (Canal Energia - 13.12.2002)
Índice
|
3- Sem receber créditos do MAE, Guaraniana deixa de
pagar Chesf |
As companhias do grupo Guaraniana deixaram de pagar R$ 98 mi em
energia faturada pela Chesf no mês passado. As faturas da Celpe,
Coelba e da Cosern venceram no último dia 6. A Guaraniana informa
que obteve uma liminar judicial em Recife no dia 5 de dezembro
permitindo a suspensão dos pagamentos, sob a justificativa de
não ter recebido ainda os créditos a que tem direito no MAE. Em
nota enviada na sexta-feira, o grupo informou que "foi compelido
a adotar providências judiciais para proteção de seus interesses
e de seus consumidores, uma vez que continua indefinida a liquidação
do MAE". A Guaraniana diz que tem a receber R$ 334 mi relativos
à venda, para a própria Chesf, das sobras de energia dos contratos
firmados com a geradora desde setembro de 2000. Juntas, Coelba,
Celpe e Cosern são responsáveis por quase 50% da receita da Chesf.
A estatal disse que não recebeu nenhuma notificação e por isso
não iria se manifestar sobre o assunto. A empresa deu prosseguimento
aos procedimentos normais em casos de inadimplência, que incluem
aplicação de multa de 10% e os preparativos para execução das
garantias. (Valor - 16.12.2002)
Índice
|
4- Distribuidoras da Iberdrola receberam financiamento
do MAE para recomposição das perdas |
A Guaraniana é controlada pela espanhola Iberdrola e tem como
sócios a Banco do Brasil Investimentos e o Previ, além do Brasilcap
e da 521 Participações. Já a Chesf, uma das três geradoras controladas
pela Eletrobrás, é uma das empresas com maior endividamento no
MAE, onde tem a pagar cerca de R$ 855 mi. As companhias do grupo
Guaraniana deixaram de pagar R$ 98 mi em energia faturada pela
Chesf no mês passado. Apesar de a Iberdrola justificar-se alegando
problemas com a falta de liquidação do MAE - que funciona como
uma câmara de compensação onde não existem negócios bilaterais
-, as três distribuidoras que ela controla receberam a maior parte
do financiamento de R$ 538 mi do BNDES para recomposição das perdas
com o racionamento, que serão pagos com o reajuste extraordinário
aplicado sobre as tarifas. O governo propôs a assinatura do acordo
geral do setor elétrico emprestando R$ 7,5 bi justamente para
evitar disputas judiciais. Entre os obstáculos que ao longo dos
últimos dois anos impediram a liquidação do MAE, essa é a primeira
vez desde o racionamento e da assinatura do acordo que uma companhia
deixa de honrar seus compromissos alegando a falta de liquidação
do mercado. A preocupação do setor é que a prática se espalhe
para outras regiões do país, dificultando ainda mais a solução
do problema. Hoje, as geradoras reunidas na Abrage reúnem-se em
São Paulo para definir as condições para aceitar a proposta do
PT de pagar apenas 30% das faturas do MAE antes da auditoria.
(Valor - 16.12.2002)
Índice
|
5- Preços MAE no submercado Norte sobem 32% na terceira
semana de dezembro |
Com exceção do submercado Sul, os preços MAE no Norte e Nordeste
subiram na terceira semana de dezembro. O maior aumento nos preços
da energia ficou por conta da região Norte, com crescimento de
32% nos preços. Entre os dias 14 a 20 de dezembro, o valor do
MWh para as cargas pesada e média fica em R$ 9,61. Para a carga
leve, o preço é de R$ 9,21. No submercado Nordeste, os preços
MAE ficam em R$ 6,13, o que representa um aumento de 6,8% em comparação
com a semana anterior. Já na região Sudeste/Centro-Oeste, os preços
da energia tiveram pequena queda, com variações de 0,2% a 0,5%.
Para a carga pesada, o valor do MWh está em R$ 5,73. Nas cargas
média e leve, os preços ficam em R$ 5,67 e R$ 5,57, respectivamente.
No Sul, os preços permanecem em R$ 4,00. (Canal Energia - 16.12.2002)
Índice
|
1- Analistas esperam elevação de 1 a 3 pontos percentuais
na Selic |
O Copom deve decidir por um aumento de um a três pontos percentuais
na taxa básica de juros da economia (Selic), na opinião de boa
parte dos analistas financeiros. A reunião do Comitê, nestas segunda
e terça-feira, a derradeira da gestão do Governo Fernando Henrique
Cardoso, também é a última com Armínio Fraga à frente do Banco
Central. A elevação da taxa, atualmente em 22%, pode ser interpretada
como uma medida cautelar contra a inflação em 2003, segundo os
especialistas. Os dados sobre a inflação, divulgados na semana
passada, indicaram que uma desacelaração na alta de preços pode
estar a caminho. No entanto, as dúvidas quanto à política monetária
para o próximo ano, com o novo Governo, pode levar a ajustes preventivos
de preços. Daí o mercado esperar uma ação preventiva do Copom
com o aumento da Selic. (Jornal do Commercio - 16.12.2002)
Índice
|
2- Ipea e Bird prevêem redução salarial |
Com ou sem a flexibilização das leis trabalhistas, o mercado de
trabalho brasileiro está fadado à redução salarial, no que depender
das sugestões do Banco Mundial (Bird) e do Ipea no estudo "Empregos
no Brasil", a ser lançado hoje em Brasília. "É necessário coibir
o aumento do salário-mínimo e reduzir gradualmente os benefícios
não salariais exigidos por lei", informa o relatório. A pressão
sobre o rendimento parte de dois lados revelados na pesquisa:
a proposta de desobrigar empresas a conceder reajustes e o retrato
do próprio mercado, que naturalmente fará seus ajustes. Mais cedo
ou mais tarde, diz ele, o maior acesso à educação conseguido nos
últimos anos vai aumentar a competição, a oferta de mão-de-obra
e, conseqüentemente, reduzir salários. O estudo mostra que o emprego
está cada vez mais escasso no Brasil. O número de pessoas em idade
ativa cresceu 25%, enquanto o total de postos só aumentou 12%
entre 1991 e 2002. (Gazeta Mercantil - 16.12.2002)
Índice
|
3- Inflação crônica de índices de preços |
Desde 1999, quando foi mudado o regime cambial, a diferença entre
os diversos índices de preços existentes no Brasil nunca foi tão
grande quanto agora. Nos 12 meses terminados em novembro, o Índice
Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pela
FGV e utilizado para corrigir o PIB e as contas nacionais, apresenta
uma taxa acumulada de 23,31%. Isso significa uma diferença de
12,38 pontos percentuais com relação à taxa acumulada do IPCA,
calculado pelo IBGE, que ficou em 10,93% no mesmo período, e é
utilizado pelo Banco Central para fixar as metas da inflação.
Se tomado o IGP-M, que é uma versão do IGP-DI para efeito de projeções
do mercado financeiro, a diferença com o IPCA é de 10,12 pontos
percentuais (nos últimos 12 meses findos em novembro, o IGP-M
foi de 21,05%). Essa disparidade pode ter reflexos na fórmula
de cálculo das tarifas de serviços públicos, como energia elétrica,
gás, telefones, etc., no reajuste dos preços dos combustíveis,
e pode influir no debate sobre as taxas de juros. Em suma, o festival
de índices de preços, uma herança dos tempos da inflação galopante,
pode ser um complicador para a condução da política econômica
pelo próximo governo. (Gazeta Mercantil - 16.12.2002)
Índice
|
4- Dólar comercial abre em queda de 0,80% e sai a R$
3,71 |
O dólar comercial abriu as operações com baixa de 0,80% perante
o fechamento de sexta-feira, cotado a R$ 3,70 na compra e a R$
3,71 na venda. No mercado futuro, os contratos de janeiro negociados
na BM & F tinham queda de 0,77%, projetando a moeda a R$ 3,650.
Na sexta, o dólar comercial encerrou em queda de 1,31%, a R$ 3,7300
na compra e a R$ 3,7400 na venda. A rolagem bem sucedida de uma
parcela da dívida do governo animou os investidores. Na operação,
o BC conseguiu postergar 92,9% da dívida cambial que vence na
próxima quarta-feira, dia 18 de dezembro. O resultado conseguido
em apenas duas ofertas foi considerado "muito bom" pelo mercado.
Além disso, investidores estrangeiros trouxeram otimismo com a
pressão de compra exercida sobre os títulos da dívida externa
brasileira. (Valor Online - 16.12.2002)
Índice
|
1- Petros adquire R$ 52 mi em debêntures de termelétrica
em Fortaleza |
A Petros, fundo de previdência dos funcionários da Petrobras,
adquiriu R$ 52 mi em debêntures da termelétrica da Breitener Energética,
inaugurada nesta sexta-feira, dia 13 de dezembro, em Manacaraú,
distrito de Fortaleza, no Ceará. A usina tem capacidade instalada
de 162,3 MW dividida em três módulos independentes, que suprirão
7% da energia contratada pela CBEE. Construída em menos de 200
dias, com investimento total na planta de R$ 330 mi, a central
geradora pertence à Skanska BOT do Brasil, a BR Distribuidora,
a EIT Empresa Industrial Técnica, a Orteng Equipamentos e Sistemas
e Enerconsult. Com a aquisição, a Petros acumula R$ 1,084 bi na
carteira de projetos de infra-estrutura, já se comprometendo a
investir nas terméletricas Termobahia, com R$ 57 mi, Piratininga,
no estado de São Paulo, com R$ 108 mi, Ibirité, com R$ 81 mi,
em Minas Gerais, e Canoas, com R$ 55 mi, no Rio Grande do Sul.
Com a térmica de Fortaleza, os investimentos da Petros reservados
para o segmento chegam a R$ 353 mi. (Canal Energia - 13.12.2002)
Índice
|
1- CBTAG usa sistema de lampião a gás para reduzir
consumo |
Em tempos de energia elétrica escassa e cara, quando as empresas
correm atrás da chamada última geração em termos de tecnologia,
uma empresa do CITEC/USP, a CBTAG, tomou o caminho contrário.
Criado por José Fernandes, diretor-executivo e fundador da CBTAG,
o sistema une antigos lampiões a gás e tecnologias de segurança
e controle da iluminação. O sistema utilizaria a malha de distribuição
de gás já existente para iluminação pública e, posteriormente,
iluminação e aquecimento de criação de animais de corte, principalmente
aviários. O sistema pode funcionar com GLP, biogás ou gás natural.
O preço do kW originado do gás custa, segundo Fernandes, entre
15 e 17 centavos de real, enquanto que o kW de energia hidrelétrica
custa 27 centavos. "O Brasil não utiliza nem 10% do gás disponível",
afirma Fernandes. Segundo Fernandes, há um acordo entre a companhia
e o Ministério das Minas e Energia para instalar o sistema em
uma praça de Curitiba, mas a CBTAG ainda está procurando parceiros
para viabilizar a produção em escala industrial. Também é necessário
investimento para desenvolvimento de uma lâmpada à gás, para substituir
a camisinha de lampião. A Praxair, empresa americana de gases
industriais dona da White Martins, estaria interessada em implementar
o sistema em cidades do norte dos Estados Unidos. (Valor - 16.12.2002)
Índice
|
1- França espera demanda recorde para próxima semana |
O pico da demanda por energia na França pode atingir uma marca
recorde na próxima semana, com a previsão de 77 GW para o pico
da demanda a ser observado entre os dias 14-20 de dezembro, de
acordo com o operador da rede elétrica francesa RTE. O maior nível
de demanda registrado até aqui na França foi observado no dia
12 de dezembro de 2001, quando uma combinação de intensas atividades
econômicas e um tempo frio puxaram o pico de consumo para mais
de 74,52 GW às 19:00 (horário local). Na semana passada a demanda
foi de 72.1 GW (valor ajustado às contingências climáticas), disse
a RTE nesta sexta-feira. Na sua previsão para a próxima semana,
a RTE afirmou que espera uma temperatura média de 4,3 graus Celsius.
(Platts - 13.12.02)
Índice
|
2- AES vende duas plantas de geração na Austrália |
Com o acordo de venda de seus dois negócios no setor de geração
na Austrália, a AES afirmou nesta sexta-feira que abdicará de
três plantas de geração que totalizam 1,248 MW. O acordo está
estimado em US$ 165 mi. A combalida AES disse que estes dois acordos
proverão US$ 58 mi em rendimentos líquidos que serão utilizados
para a resolução dos débitos corporativos. A companhia acaba de
acertar o refinanciamento da maior parte de seus débitos nesta
quinta-feira, devendo vender outros ativos para acertar o pagamento
de novas obrigações em 2005. A AES confirmou que está vendendo
a planta movida a gás Mt. Stuart de 288 MW em Queensland à Origin
Energy por US$ 52 mi. A companhia também venderá uma planta movida
a gás de 510 MW em Newport e a Jeeralang, de 450 MW, em Victoria
por US$ 113 mi a um consórcio formado pelos grupos Babcock, Brown
e Prime Infrastructure Group. A AES disse que os lucros resultantes
dos acordos representam 140% do valor de mercado. (Platts - 13.12.02)
Índice
|
Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
Christ.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
|
|