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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.018 - 12 de dezembro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Reajuste elétrico deve acontecer sem IGP-M total

A variação do IGP-M, que em novembro já acumulava uma alta de 21,05% em doze meses, não será totalmente repassada em 2003 para as tarifas de energia elétrica de 17 concessionárias que representam cerca de 60% do mercado brasileiro. Estão na relação a Cemig, de Minas Gerais, Cerj e Light, do Rio de Janeiro, Eletropaulo, Bandeirante, Elektro e CPFL, de São Paulo. Como metade do cálculo do reajuste das tarifas depende da variação do IGP-M, será possível, portanto, que a inflação recorde desse ano tenha um impacto menor nas tarifas de energia. O valor real da conta, porém, ainda dependerá de outros fatores, como os chamados ''custos não gerenciáveis'' pelas empresas, que incluem a variação do dólar e de outras taxas governamentais. O repasse do IGP-M para as tarifas é uma das preocupações da equipe econômica pois pode levar um efeito de realimentação da inflação, já que as tarifas mais caras também têm impacto na variação do mesmo índice. (Jornal do Commercio - 12.12.2002)

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2- Revisões tarifárias para 2003 obedecem a critério diferente dos reajustes anuais

Para o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, de acordo com os contratos, em 2003, estão previstas as revisões das tarifas, que obedecem a critério diferente dos usados nos reajustes anuais. Essas revisões ocorrem a cada cinco anos e a primeira já foi praticada na Escelsa, do Espírito Santo, que significou na época redução das tarifas. ''A revisão analisa os contratos de concessão para checarmos se ele está equilibrado'', disse Abdo. Nas revisões de 2003, no lugar do IGP-M, serão analisados pela Aneel a remuneração sobre o capital das empresas, o custo com pessoal e material. ''É de se esperar que as empresas tenham aproveitado a oportunidade dos últimos anos e reduzido seus custos'', disse o assessor da superintendência de Regulação Econômica da Aneel, Ricardo Romano. Ele adverte que não é possível dizer se o aumento das tarifas será menor que a variação do IGP-M, pois será preciso verificar, por exemplo, como ficou a variação do dólar no período e qual foi o impacto da inflação nos custos de pessoal, material e na remuneração da empresas. (Jornal do Commercio - 12.12.2002)

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3- Taxa de retorno das concessionárias não deve superar 12% ao ano

Para José Mário Abdo, a taxa de retorno das concessionárias não deve superar 12% ao ano. "A remuneração de 11% a 12% é justa para o serviço público, se tiver uma remuneração maior haverá queda na repartição dos ganhos com os consumidores." Ele explicou que as distribuidoras terão que repassar aos consumidores os ganhos de produtividade via o chamado fator X. As regras para o cálculo do fator X ainda não foram definidas e este fator será aplicado como um redutor do IGP-M nos reajustes tarifários a partir de 2004. Em abril, passam pelo processo de revisão algumas das maiores distribuidoras, como Cemig , CPFL, RGE e AES Sul e Coelba. Em julho, é a vez da Eletropaulo, em agosto, Elektra e em outubro, a Bandeirante e Piratininga. (Valor - 12.12.2002)

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4- Comissão de Defesa do Consumidor rejeita proposta de ressarcimento por variações de tensão

O projeto de lei nº 4734/01, do deputado Carlos Santana (PT-RJ), foi rejeitado no último dia 11 de dezembro pela Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias. O projeto responsabiliza a distribuidora de energia pelo ressarcimento por avaria causada em aparelhos elétricos a bruscas variações de tensão na rede. (Canal Energia - 12.12.2002)

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risco e racionamento

1- Cresce 46% a oferta de eletricidade no RS

O Rio Grande do Sul apresentou uma expansão de 46% na oferta de energia elétrica de 1999 e 2002, o que garante o fornecimento ao estado até 2006. A capacidade de atendimento do sistema elétrico passou dos 3,4 mil MW para 4,960 mil MW . As informações constam do relatório da 5ª reunião do Cepe, realizada ontem no auditório Paulo Freire, do Centro Administrativo do Estado, com a presença de representantes das concessionárias de energia, empresas do setor elétrico e investidores. O trabalho examina as atividades do setor energético do RS desde 1999 e aponta as perspectivas para os próximos anos. Entre as conclusões do relatório, um fato mereceu destaque da secretária estadual de Energia, Minas e Comunicações, Cláudia Hofmeister: o sistema elétrico do RS está em condições de atender demanda por energia correspondente a crescimento do consumo de 5% ao ano, até 2006. Ela define o quadro energético do RS como de ''folga e conforto'' dentro dos próximos quatro anos. Em janeiro de 1999 a situação no RS era de cortes freqüentes da carga elétrica. (Jornal do Commercio - 12.12.2002)

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2- Região Sul registra crescimento de 4% na demanda de energia

O consumo de energia elétrica da região Sul registrou a maior variação na última terça-feira, dia 10 de dezembro, segundo o ONS. O subsistema aumentou em 4% o consumo, passando de 7.377 MW para 7.676 MW. A região Nordeste também teve crescimento de 2,28% na demanda de energia elétrica, passando de 6.205 MW para 6.347 MW. Os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Norte registraram uma pequena elevação de 26.479 MW para 26.483 MW, e de 2.523 MW para 2.542 MW, respectivamente. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume acumulado previsto pelo operador dos últimos sete dias ficou acima no Nordeste, com 0,77%, e no Sudeste/Centro-Oeste, com 2,67%. (Canal Energia - 11.12.2002)

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3- Reservatórios no Norte voltam a subir em dezembro

Os níveis dos reservatórios da região Norte atingem 8,78%, o que representa um pequeno aumento de 0,09% em comparação com o dia anterior. A usina de Tucuruí está com 6,53% de sua capacidade. (Canal Energia - 11.12.2002)

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4- Índice está 10,09% acima da curva-guia 2002/2003 no Nordeste

Na região Nordeste, o volume armazenado caiu 0,08%, ficando em 17,03%. Ainda assim, o índice está 10,09% acima da curva-guia 2002/2003. Na usina de Sobradinho, a capacidade chega a 12,39%. (Canal Energia - 11.12.2002)

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5- Níveis dos reservatórios caíram 0,08% no Sudeste/Centro-Oeste

Os níveis dos reservatórios caíram 0,08% na região Sudeste/Centro-Oeste. Atualmente, a capacidade é de 39,83%, ficando 19,86% acima da curva-guia. As usinas de Furnas e Itumbiaram estão com 53,76% e 29,66% de suas capacidades. (Canal Energia - 11.12.2002)

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6- Capacidade de armazenamento sobe no Sul

Na região Sul, a capacidade de armazenamento subiu 0,30%, atingindo 97,13%. Na hidrelétrica de G.B. Munhoz, o índice é de 99,89%. (Canal Energia - 11.12.2002)

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7- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- TRT determina reunião entre Light e Sintergia

O TRT determinou uma reunião entre a Light e o Sintergia hoje, com a intermediação do Ministério Público. A intenção do Tribunal é abrir uma nova rodada de negociações para superar o impasse e resolver o conflito. No final do dia, a Light divulgou uma nota, por meio de sua assessoria de imprensa. No comunicado, a empresa afirmou que "independentemente das condições que envolvem o acordo coletivo de trabalho, a empresa não abre mão de manter a continuidade dos serviços essenciais para os seus 3,5 mi de clientes". A empresa também informou na nota oficial "que, desde o início da greve, no dia 4 último, vem fazendo todo esforço possível para que a população não seja prejudicada. A primeira medida tomada pela direção da Light foi enviar ao Sintergia e a outros sindicatos que apóiam a greve uma relação de serviços, áreas e clientes essenciais que não poderiam ter suas atividades interrompidas". Segundo a Light, "até agora foi possível manter a continuidade dos serviços, que incluem o Disque Light, o atendimento de emergência e manutenção e operação do sistema elétrico." (Jornal do Commercio - 12.12.2002)

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2- Juiz propôs trégua entre Light e Sintergia até julgamento do dissídio

Para ontem à noite estava marcada uma reunião entre líderes do Sintergia e o presidente da Light, Jean-Pierre Bel, para tentar resolver o conflito. Porém, os funcionários não acreditavam em um avanço nas negociações. No encontro na DRT, o juiz Marcos Aurélio T. do Couto propôs uma trégua na greve até quando houver o julgamento do dissídio, ainda sem data marcada. Porém, não houve acordo. Os funcionários também afirmam que há risco de apagão nos 31 municípios onde a Light é responsável pelo fornecimento de energia. "Estamos sofrendo muita pressão por parte da empresa", disse o presidente da Associação dos Empregados da Light, Lucio dos Santos Diniz. Na tarde de ontem, alguns empregados fizeram um protesto em frente à sede da empresa, no Flamengo. Segundo o diretor do Sintergia, Ronaldo Moreno, "o risco de uma possível falha no fornecimento poderia acontecer com greve ou sem greve, já que a Light não faz serviços de manutenção e prevenção de acidentes há pelo menos dois meses, por falta de verbas". (Jornal do Commercio - 12.12.2002)

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3- Light e grevistas advertem que pode faltar luz no Rio

Pode faltar luz no Estado do Rio em consequência da greve dos empregados da Light, que já dura 9 dias, segundo a empresa e os funcionários. A reunião de ontem entre representantes do Sintergia e representantes da Light na DRT não surtiu efeito. A decisão dos empregados, diante da falta de acordo, foi de continuar a paralisação. Em comunicado oficial, a Light fez um alerta para a possibilidade de comprometimento dos serviços no Estado do Rio, por causa da greve. (Jornal do Commercio - 12.12.2002)

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4- Futuro secretário de Energia pede providências ao MP contra a Light

O futuro secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, vai pedir hoje ao Ministério Público que tome providências contra a Light, concessionária de energia que atende cerca de 4 milhões de consumidores em mais de 30 municipios do Rio. O motivo é um alerta à população publicado hoje pela empresa nos principais jornais do estado sobre o risco de desabastecimento, em função da greve dos funcionários da companhia, que começou no último dia 4. "A Light sente-se no dever de alertar a sociedade para a possibilidade do comprometimento dos serviços e até mesmo da falta de luz", diz o comunicado. "Isso soa como uma ameaça terrorista, é um absurdo. Uma concessionária de serviço público fazer ameaças à população é motivo de intervenção pela Aneel. O setor elétrico no Brasil virou mesmo uma grande farra do boi" - disse o futuro secretário. Na nota publicada nos jornais, a Light informa que vem fazendo esforço, desde o início da greve, para que os consumidores não sejam prejudicados. A empresa diz reconhecer "o direito de manifestação dos trabalhadores" e ressalta que a negociação é o caminho mais adequado. A Light finaliza o texto lembrando "o esforço daqueles que com seu trabalho vêm permitindo a manutenção dos serviços" e faz um apelo para que os funcionários voltem ao trabalho. (Globo On Line - 12.12.2002)

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5- Karrer assume El Paso do Brasil a partir de janeiro

O engenheiro Eduardo Karrer, atual vice presidente Comercial da El Paso Energy do Brasil, assumirá a partir de janeiro a presidência da empresa, coordenando todas as suas operações de energia e gasodutos no Cone Sul. O atual presidente, Greg Bafalis, assumirá a presidência da El Paso Energy International, responsável pela administração das operações de energia e gasodutos na Europa e nas Américas Central e do Sul. Durante os cinco anos em que Bafalis esteve à frente da El Paso no Brasil, a empresa investiu mais com US$ 2 bi em projetos nas áreas de energia e gasodutos. (Jornal do Commercio - 12.12.2002)

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6- Eletropaulo adia pagamento de US$100 mi de novo

A AES Eletropaulo estendeu por mais uma semana, até dia 18, o prazo para os investidores analisarem a proposta de reestruturação da dívida de US$ 100 mi em euro commercial papers emitidas no exterior e que venceram dia 9 último. Na semana passada, a empresa já havia informado que não faria o pagamento na data e que o prazo para os detentores dos papéis aderirem às três propostas apresentadas seria prorrogado até ontem. Mas, ao que tudo indica, a empresa não conseguiu a adesão necessária. ''Continuamos em processo de negociação'', informou a Eletropaulo em nota divulgada. (Jornal do Commercio - 12.12.2002)

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7- Fusão da Cesp e Emae custaria R$ 740 mi

Uma possível fusão entre as duas geradoras de energia do governo paulista, Cesp e Emae, custaria hoje R$ 740 mi, segundo análise do mercado. Esse cálculo corresponde ao valor a ser pago aos minoritários da Emae, em um direito de retirada da empresa pelo seu valor patrimonial, segundo o analista do Unibanco, Sérgio Tamashiro. Os R$ 740 mi são a diferença entre o preço atual da Emae calculado pelas suas ações na bolsa de valores, de R$ 200 mi, e o seu valor patrimonial, de R$ 940 mi. Esse valor teria que ser pago aos minoritários tanto no caso de uma incorporação da Emae pela Cesp como em uma absorção da Cesp pela Emae. O que mudaria é que o dinheiro viria do caixa da empresa incorporadora. O processo de unificação entre as duas companhias teve início no dia 2 de dezembro, quando o presidente da Cesp, Guilherme Cirne de Toledo assumiu também a presidência da Emae. Desde então as duas geradoras têm uma única diretoria executiva e financeira. (Valor - 12.12.2002)

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8- Cesp teria mais dificuldades em custear fusão

A Cesp, apesar de muito maior em termos de receita e capacidade instalada - são 7.700 MW instalados contra 1.400 MW da Emae - teria dificuldades em honrar o custo de uma fusão com a Emae, por conta das dificuldades financeiras pelas quais vem passando. A empresa tem endividamento total de R$ 13 bi, sendo R$ 10 bi em moeda estrangeira. Deste total, cerca de R$ 1,4 bi vencem em 2003, valor correspondente ao fluxo de caixa total da empresa no ano. Além dos vencimentos, a geradora terá que honrar outros R$ 1,3 bi no pagamento de juros dessa dívida. A Emae ao contrário, é uma empresa enxuta. No último balanço contábil divulgado pelas duas companhias, a Emae obteve lucro de R$ 31,6 mi enquanto a Cesp teve o significativo prejuízo de R$ 2,6 bi. (Valor - 12.12.2002)

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9- Mauro Arce afirma que, por enquanto, união é apenas administrativa

O secretário de energia do estado de São Paulo e presidente do conselho de administração da Cesp, Mauro Arce, disse ontem que por enquanto a união entre a companhia e a Emae será apenas na parte administrativa, para racionalizar o uso de recursos, aluguel de imóveis e empregados. Ele descartou mudanças na composição acionária das empresas no curto prazo, mas admitiu que a intenção é fazer com as duas companhias estaduais de geração o mesmo que foi feito com as estaduais de transmissão elétrica, onde a Cteep acabou incorporando a EPTE. As duas viraram uma única empresa: a Cteep, em um processo que levou dois anos. Arce admitiu que o maior obstáculo é a contaminação da Emae pela situação da Cesp e a falta de recursos para qualquer fusão. Segundo o secretário, a situação financeira da Cesp é ruim e a empresa já pensa em pagar fornecedores e até mesmo empregados com debêntures. A empresa já utilizou esse recurso neste ano, onde pagou credores com CTEs. (Valor - 12.12.2002)

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10- A união da capacidade da Emae e Cesp chega em 2003 a 9.100 MW

As atividades e obras que estão sendo conduzidas pelas estatais Emae e Cesp não devem sofrer alterações em seus projetos ou cronogramas, disse o secretário de energia do estado de São Paulo e presidente do conselho de administração da Cesp, Mauro Arce. Dentre os projetos, a conclusão da hidrelétrica de Porto Primavera, prevista para março de 2003, quando entra em operação a 14ª e última máquina, pela Cesp. No caso da Emae, a empresa deve continuar a ampliação da usina termelétrica Piratininga, que já possui 200 MW instalados e que terá outros 200 MW em março, mas cuja operação está parada por falta de comprador da energia e ainda a despoluição do rio Pinheiros e para retomada da operação plena da usina Henry Borden. A Emae terá 20% da capacidade total da usina, de 400 MW. Tanto o projeto de geração de Piratininga como o da Henry Borden estão sendo tocados pela Petrobras, parceira da Emae nos dois projetos. (Valor - 12.12.2002)

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11- Siemens quase dobra o lucro no Brasil

A Siemens do Brasil, fabricante de produtos tão diversos como grupos geradores para hidrelétricas e telefones celulares, fechou o balanço de 2002 com um faturamento líquido de R$ 4,09 bilhões. O valor representa uma alta de 15% sobre os R$ 3,56 bilhões do período de outubro de 2001 a setembro de 2002 - a empresa usa o mesmo exercício fiscal adotado pela matriz, na Alemanha. Os dados apresentados ontem mostram que o setor de energia - uma das seis divisões da empresa no Brasil - foi responsável por 26% do faturamento, acima dos 18% de 2001. A área de telecomunicações fez o caminho inverso, passando de 52% do faturamento para 38%. Para a área de energia, a empresa não espera crescimento no próximo ano. "O senso de urgência acabou e o risco de racionamento foi afastado", diz, lembrando que os investimentos necessários são um desafio para o próximo governo. "Se o país crescer a uma taxa de 4%, a demanda de energia irá crescer ao redor de 7%." (Valor - 12.12.2002)

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12- Aumenta procura por PCHs na região Centro-Oeste do país

Apesar das incertezas regulatórias que envolvem o segmento, um grande número de empreendedores vem investindo em PCHs na região Centro-Oeste. Hoje, são 27 centrais em operação na região, gerando 111 MW. Em construção, o número de projetos chega a 15, acrescentando mais 187 MW ao sistema elétrico do Centro-Oeste. Esse volume representa um crescimento de 169% na região, sendo considerado a área que registrou o maior aumento de empreendimentos de PCH em comparação com as outras regiões do país. Prova disso é que, nas regiões Sul e Sudeste, por exemplo, esse crescimento foi de 57% e 38%, respectivamente. Ao todo, devem ser implantadas no país 406,9 MW de PCHS em 2003. Desse total, 19 projetos estão localizados nos estados da região Centro-Oeste. "A criação do Proinfa, foi o grande impulsionador desse aumento no Centro-Oeste", observa Jorge Sampaio, diretor de Desenvolvimento de Negócios do CndPCH (Centro Nacional de Desenvolvimento de PCH). (Canal Energia - 11.12.2002)

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13- CSN estuda alternativas para vender outros dois ativos na área de energia

A CSN está estudando alternativas para se desfazer de outros dois ativos na área de energia: as hidrelétricas de Itá (1.450 MW) e Igarapava (210 MW). Na semana passada, a empresa anunciou a venda de ativos na área de energia como forma de concentrar os negócios na atividade de siderurgia. Entretanto, a empresa não quer perder a questão do abastecimento de energia elétrica. "A energia ainda é importante para a companhia, mas não fará mais parte das estratégias da empresa", afirma José Renato Ponte, diretor da CSN Energia. O primeiro ativo a ser vendido é a termelétrica de Volta Redonda (238 MW), localizada no estado do Rio de Janeiro. Com a usina, serão transferidos os direitos e obrigações referentes ao financiamento do BNDES. Até o final de setembro, o saldo do financiamento era de aproximadamente US$ 250 milhões, com vencimento em 2011. Outro passo da operação é a criação de uma empresa produtora de energia, a NewCo. Essa empresa passará a ser a controladora da usina, que continuará fornecendo 100% da energia produzida para a siderúrgica. (Canal Energia - 11.12.2002)

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financiamento

1- Transição propõe liquidação antecipada de 30% no MAE

A equipe de transição do governo eleito decidiu reagir aos temores de um eventual "calote" na liquidação das operações no MAE, onde as geradoras federais são as maiores devedoras. O grupo está negociando com todos os agentes envolvidos o pagamento, ainda este ano, de 30% das faturas acumuladas desde setembro de 2000. Os 70% restantes seriam pagos em 2003, após uma auditoria que já foi negociada entre integrantes do atual e do futuro governo. As discussões envolvem a equipe de transição, o ministro das Minas e Energia, Francisco Gomide, a Aneel, as geradoras e distribuidoras privadas e estatais e o próprio MAE. As empresas credoras, porém, exigem que 70% dos R$ 11,5 bi acumulados sejam pagos imediatamente, já que haverá recursos do BNDES para que as devedoras venham a honrar os seus compromissos. Alguns executivos acreditam que o acordo acabará fechando em 50%. "Está tudo pronto, os contratos estão redigidos. Falta apenas assinar" , disse um deles. (Valor - 12.12.2002)

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2- Para Aneel, Eletrobrás tem saldo credor no MAE

Ao contrário das expectativas, a Aneel garantiu ontem que a Eletrobrás, holding que reúne as geradoras estatais Furnas, Eletronorte e Chesf, tem R$ 600 mi a receber do processo de liquidação das operações do MAE. Segundo o superintendente de Estudos Econômicos do Mercado, Edvaldo Santana, esse valor é o saldo dos créditos de Furnas descontados os débitos da Eletronorte e da Chesf no MAE, desde setembro de 2000. De acordo com Santana, além dos créditos que Furnas tem a receber pelas operações à vista, a empresa também teria créditos para receber a prazo que só agora entraram na contabilidade das operações no MAE. Apesar de divulgar o saldo credor da Eletrobrás, a agência reguladora não abriu os números das três geradoras estatais. A informação surpreendeu os técnicos das estatais que estão trabalhando no levantamento dos números que serão liquidados no MAE. De acordo com esses dados, a dívida da Chesf no mercado atacadista somaria R$ 845 mi. A da Eletronorte, mais R$ 322,7 mi. E o que Furnas teria a receber pela venda de energia livre seriam R$ 514 mi. O resultado líquido, para a holding Eletrobrás, seria uma dívida de R$ 653,7 mi que precisaria ser liquidada no MAE. (Valor - 12.12.2002)

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3- Furnas afirma que tem mais R$ 500 mi a receber a prazo

A assessoria de Furnas informou que o crédito da geradora no MAE se refere as operações à vista, mas que ainda tem outros R$ 500 mi a receber a prazo. A assessoria só não informou por que esse crédito a prazo entra na contabilidade de um mercado de venda de energia à vista, como o MAE. "Se continuarem aparecendo diferenças deste tamanho, fica mais do que justificado que só depois de uma auditoria completa será possível liquidar esse negócio", afirmou ontem um técnico envolvido na contabilização das operações das geradoras estatais no MAE. Para ele, o fato de a Eletrobrás passar de devedora para credora no mercado spot só aumenta as desconfianças em relação ao valor a ser liquidado. Por considerar que esse tipo de informação está protegido por sigilo legal, o MAE não informa o valor dos créditos e débitos das empresas no mercado spot. (Valor - 12.12.2002)

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4- Cesp tenta realizar hoje o leilão na BM&F

A Cesp tenta realizar hoje o leilão de energia descontratada a partir de 2003, marcado para ontem mas suspenso por força de liminar judicial. O leilão deve ocorrer às 10 horas de hoje na BM&F, se não surgirem novos impedimentos judiciais. Ontem, o desembargador federal Lazarano Neto, do Tribunal Regional Federal da 3ª região derrubou a liminar que impediu a realização do leilão. Outra geradora cujo leilão também estava marcado para ontem, a Duke Energy, conseguiu vender sua energia em um leilão privado. A empresa ofertou dois lotes de 7 MWh para 2003 e preço mínimo de R$ 50,00 por MWh e de 40 MWh para 2004, com preço mínimo de R$ 57,70, segundo o diretor comercial, Alcides Casado. A oferta atraiu o interesse de 11 participantes e teve um fechamento de R$ 57,82 por MWh para a compra de 40 MWh, sem registrar lances para o primeiro lote (7 MWh). O processo não foi feito na BM&F como havia sido marcado e sim por meio do terminal e website da "Bloomberg". (Valor - 12.12.2002)

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5- Leilão da Duke Energy teve 11 participantes

A Duke Energy promoveu ontem um leilão privado, no qual ofertou dois lotes. Um de 7 MWh para entrega em 2003, ao mínimo de R$ 50 o MWh, e outro de 40 MWh, a R$ 57,70. Apenas este segundo recebeu ofertas, e foi vendido por R$ 57,82 o MWh, a um único comprador, cujo nome não foi informado pela Duke. O leilão teve 11 participantes e não inviabiliza a presença da Duke no leilão da Cesp. (Gazeta Mercantil - 12.12.2002)

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financiamento

1- Henrique Meirelles confirmado na presidência do BC

O deputado federal Henrique Meirelles (PSDB-GO) será o novo presidente do Banco Central, segundo o Jornal Hoje. Eleito deputado federal mais votado do estado na eleição passada, com 183.046 votos, o tucano antes foi presidente mundial do BankBoston. Apesar de filiado ao PSDB, Meirelles tem bom trânsito no PT. Ele teve conversas com Lula antes do início da campanha e já trabalhou em parceria com o partido nos tempos em que morou em São Paulo. É militante do movimento 'Viva o Centro de São Paulo' e do 'Projeto Travessia', que consiste numa parceria de empresários, bancos e sindicatos para assistência a crianças de rua. Meirelles viajou de São Paulo para Brasília na companhia do futuro ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Palocci, no entanto, chegou à Granja do Torto para um encontro com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, sem Meirelles. (O Globo On Line - 12.12.2002)

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2- Andima prevê taxa de juros de 26% em janeiro

Elevação da taxa de juros para 26% ainda em janeiro e inflação de 15,3% pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) em 2003. A projeção é da Associação Nacional das Instituições de Mercado Aberto (Andima), anunciada ontem, no Rio. O presidente da Andima, Edgar da Silva Ramos, disse que entre as 18 instituições financeiras que compõem a Comissão de Acompanhamento Macroeconônomico da Andima, há consenso de elevação dos juros, embora existam divergências quanto ao rigor do ajuste. A comissão que reúne economistas de bancos como Itaú, Unibanco, Bradesco, Lloyd's e Citibank acredita que existem grandes possibiliades de haver uma desaceleração dos preços logo nos primeiros meses de 2003, já que dois fatores importantes de risco estariam controlados: a continuidade da desvalorização cambial, dada a atual estabilização da cotação do dólar, e a introdução de mecanismos de indexação. (Jornal do Commercio - 12.12.2002)

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3- Arrecadação de R$ 21,027 bi em novembro foi recorde

A arrecadação de impostos e contribuições federais em novembro ficou R$ 1,5 bilhão acima das expectativas da Receita Federal, atingindo R$ 21,027 bilhões. Esse resultado é recorde dos meses de novembro. Faltando apenas um mês para o fim do ano, a arrecadação acumulada até novembro soma R$ 220,483 bilhões - registrando um crescimento real de 10,1% e nominal de 23,57% em relação ao total de igual período do ano passado (R$ 196,7 bilhões). Com a correção da inflação do período pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), esse valor já é R$ 33,76 bilhões maior: R$ 254,24 bilhões. Em novembro, a arrecadação foi impulsionada pela receita extra de R$ 1,295 bilhão decorrente de recursos obtidos com a Medida Provisória 75, que prorrogou o benefício de pagamento de débitos em atraso sem a cobrança de juros e multa, em uma única parcela, para o último dia útil de novembro. (Jornal do Commercio - 12.12.2002)

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4- IPC da primeira quadrissemana de dezembro ficou em 2,6%, ante os 2,65% do mês de novembro

Pela primeira vez desde fins de setembro, a inflação desacelerou na cidade de São Paulo. O IPC da Fipe da primeira quadrissemana deste mês ficou em 2,6%, com recuo de 0,05 ponto porcentual em relação ao resultado de novembro, que atingiu 2,65% e foi a maior alta mensal registrada pelo indicador desde julho de 1995. Apesar do ligeiro arrefecimento no ritmo de alta do custo de vida na primeira prévia deste mês, o coordenador do IPC-Fipe, Heron do Carmo, acredita que se trata uma tendência. Segundo o economista, a inflação já atingiu o pico em fins de novembro e continuará perdendo fôlego nas próximas semanas, num ritmo mais acelerado. A perspectiva é de que o IPC-Fipe feche este mês com alta de 1% a 1,5%, voltando para o nível de outubro e começo de novembro, porém superior aos resultados obtidos em dezembro dos últimos anos. Em dezembro do ano passado, o IPC-Fipe ficou em 0,25%. (Jornal do Commercio - 12.12.2002)

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5- Dólar comercial reduz queda a 0,5% e sai a R$ 3,7560

O dólar comercial, que abriu em queda expressiva, reduz o ritmo de desvalorização. Às 11h28 a moeda recuava 0,50% perante o fechamento de ontem, cotada a R$ 3,7510 na compra e a R$ 3,7560 na venda. Segundo operadores, o número de negócios é baixo, pois o mercado aguarda a divulgação do futuro presidente do Banco Central. Se antes os agentes apostavam todas as fichas no nome do economista Pedro Bodin, agora já não há tanta certeza. Voltaram a circular os nomes do deputado eleito Henrique Meirelles e do representante do Brasil junto ao FMI, Murilo Portugal, como outras opções possíveis. A baixa liquidez favorece a volatilidade das cotações. Além disso, empresas com dívidas a pagar em dólares estão aproveitando a queda na cotação do dia para comprar moeda. No mercado futuro, os contratos de janeiro negociados na BM & F tinham recuo de 0,84%, projetando a moeda a R$ 3,705. (Valor Online - 12.12.2002)

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gás e termoelétricas

1- Gasoduto terá US$ 132 mi do BID

O BID aprovou um empréstimo de US$ 132 mi para a Transredes SA aumentar as exportações de gás natural da Bolívia. O financiamento inclui US$ 75 mi de empréstimo direto do BID e um empréstimo de US$ 57 mi de sindicato arranjado pelo ABN Amro e o Banco Bilbao Viscaya Argentaria, informou o BID em nota. A Corporação de Desenvolvimento Andino vai co-financiar outros US$ 88 mi. O projeto vai aumentar a capacidade de exportação do gasoduto da Transredes de 460 mi de pés cúbicos/dia para 1,06 bi de pés cúbicos/dia, para que a companhia possa atender a crescente demanda no Brasil, assim como a maior demanda na Bolívia. Os recursos também vão financiar o aumento da capacidade de transporte de gás natural líqüido de 55 mil barris/dia para 71 mil barris/dia. Privatizada em 1997, a Transredes é a principal companhia transportadora de gás da Bolívia. A Enron Corp e a Royal Dutch/Shell controlam 50% do capital da Transredes através de uma joint-venture, enquanto dois fundos de pensão bolivianos detêm 16,8% do capital cada. (Jornal do Commercio - 12.12.2002)

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2- Brasil domina enriquecimento de urânio

A partir de março o Brasil começa a produzir urânio enriquecido para ser usado como combustível pelas usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, em Angra dos Reis (RJ). Com um enriquecimento diverso, ele é usado para a fabricação da bomba atômica. Até 2007, o país deve ter condições de substituir 55% do que é consumido pelas usinas nucleares e economizar US$ 11 milhões dos US$ 20 milhões gastos hoje pelo governo para enriquecer o urânio brasileiro na Inglaterra. O projeto está sendo desenvolvido em conjunto pela Marinha e pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. A Marinha foi a responsável pelo desenvolvimento das ultracentrífugas que transformam o urânio. Os testes do equipamento foram iniciados ontem, com uma cerimônia de inauguração em Resende (RJ) que reuniu representantes do ministério e da Marinha. (Hoje em Dia - 12.12.02)

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internacional

1- Espanha confirma liberalização do mercado de energia para 1º de janeiro de 2003

O ministro da economia da Espanha tentou reprimir especulações de que o governo não conseguirá dar início à liberalização do mercado do país, como planejado, no dia 1º de janeiro, confirmou o próprio ministro nesta terça-feira. Como resultado do programa, mais de 22 mi de consumidores de eletricidade e 4 mi de consumidores de gás, representantes de mais de 50% de todo o consumo do país, estarão livres para optar por não fazer parte do mercado regularizado, disse Jose Folgado, secretário de energia do estado, em um congresso nesta terça-feira. Folgado discursou no congresso no mesmo dia em que o jornal local especializado em finanças "Expansion" indicou em uma publicação que produtores internos de energia não acreditam na possibilidade de liberalização do mercado na data prevista, 1º de janeiro de 2003, dizendo que complicações do próprio mercado postergarão efetivamente a implementação do programa. (Platts - 11.12.2002)

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2- Diretor financeiro da Enel defende fusão das redes italianas de gás e energia

A fusão da rede de eletricidade da companhia italiana Enel com a rede de gás do grupo italiano de gás Eni pode produzir "sinergias reais", disse o diretor executivo da Enel, Paolo Scaroni, à jornalistas em Roma nesta quarta-feira. A idéia de um operador de rede unificado, bastante semelhante ao processo de fusão realizado entre o Sistema de Rede Britânico com o operador da rede de gasodutos Lattice, vem sendo analisada pelo governo italiano há alguns meses. Funcionários do governo estão considerando a possibilidade da fusão da rede de transmissão de energia da Enel com a rede de gasodutos Snam ou ainda a criação de uma nova companhia. Scaroni disse que o projeto pode produzir importantes sinergias materiais sobre os sistemas operacionais e sobre outras atividades. (Platts - 11.12.2002)

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3- Fenosa anuncia em Fevereiro novo sócio para filial de energia renovável

A União Fenosa pretende concluir em Fevereiro a venda de uma participação na sua filial de energias renováveis, anunciou hoje a empresa. A operação insere-se num plano de crescimento no setor e melhoria do seu perfil financeiro, que se encontra abalado por uma elevada dívida. "Iniciamos o processo de pesquisa do novo sócio e acreditamos que poderá ser concretizada no primeiro trimestre do próximo ano, possivelmente em Fevereiro", disse o conselheiro delegado da terceira maior elétrica espanhola, Honorato López Isla. A transação integra-se na estratégia da empresa de arranjar sócios para repartir os investimentos necessários à expansão da empresa, sem pressionar mais a sua dívida. (Diário Económico - 11.12.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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