1- Votação da MP 66 pode acontecer hoje |
O 2º vice-presidente
da Câmara dos Deputados, deputado Barbosa Neto (PMDB-GO), atendendo
a requerimento do líder do PFL, deputado Inocêncio Oliveira (PE),
transferiu para a próxima sessão ordinária, a ser realizada terça-feira,
dia 10 de dezembro, a discussão e a votação da Medida Provisória
66/02, que trata da minirreforma tributária. O PFL solicitou o
prazo para que os parlamentares possam avaliar o relatório do
projeto de conversão, apresentado pelo deputado Benito Gama (PMDB-BA),
relator da proposta. O projeto de conversão prorroga até o final
de 2003 a alíquota de 27,5% do Imposto de Renda de Pessoa Física,
cujo prazo expira em 31 de dezembro deste ano. Segundo o relator,
a prorrogação atende a pedidos de vários partidos, principalmente
do líder do PT, deputado João Paulo (SP). Benito Gama também manteve
o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro das Empresas, de
8% para 9%, previsto no texto original da MP. A aprovação desses
dois itens implica uma receita de R$ 3 bi para o primeiro ano
do governo petista. (Canal Energia - 09.12.2002)
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2- Inadimplência preocupa PT |
O coordenador do programa de energia do PT, Luiz Pinguelli Rosa,
demonstrou preocupação com as distribuidoras de energia, em especial
no que diz respeito à inadimplência com as geradoras, e a definição
de um plano de investimento que evite uma nova crise no abastecimento
em 2004 e 2005. Segundo ele, esse será o alvo das primeiras ações
do governo no setor. Essas decisões devem ser tomadas nos seis
primeiros meses de atuação, diz Pinguelli. O modelo, segundo o
professor, será discutido com as empresas. "Não haverá ruptura
sem consenso." O uso do gás natural na geração de eletricidade
perderá espaço no novo governo. "O estímulo ao gás ocorreu no
período em que o dólar tinha paridade com o real, e difundia-se
a idéia de que o barril de petróleo manteria a estabilidade",
diz Pinguelli. "Foi uma política imediatista." (Gazeta Mercantil
- 10.12.2002)
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3- CBIEE envia carta a Palocci sobre indefinições na
liquidação do MAE |
A polêmica em torno da liquidação dos negócios realizados no MAE
vai chegar ao primeiro escalão do governo eleito. Nesta terça-feira,
dia 10 de dezembro, a CBIEE encaminhará uma carta ao coordenador
da equipe de transição de governo, Antônio Palocci, onde será
detalhada a posição da entidade em torno do impasse, além de possíveis
conseqüências para o setor. O documento deve apresentar uma espécie
de resumo histórico das reuniões que as empresas filiadas e a
própria Câmara já realizaram com o novo governo, representado
pela especialista da área de energia na transição, Dilma Roussef.
A explicação em torno da preocupação pela não-realização da liquidação
neste ano estará atrelada à crítica pela realização da auditoria
prévia nos números da contabilização, que, para a CBIEE, não é
imprescindível. "Acreditamos que a auditoria a posteriori poderia
ser realizada sem nenhum prejuízo ao negócio, como estava pactuado
no Acordo Geral do setor elétrico", diz Cláudia Costin, presidente
da CBIEE. Ela ressalta que, mesmo com a necessidade de um levantamento
anterior à efetuação dos pagamentos - como defende o PT - teria
que haver o interesse imediato pela definição tanto no andamento
da auditoria quanto na fixação de uma nova data para a liquidação.
(Canal Energia - 09.12.2002)
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4- Liminar suspende em SP o seguro antiapagão para
consumidores residenciais |
O juiz Djalma Moreira Gomes, da 7ª Vara Federal em São Paulo,
concedeu liminar isentando os consumidores residenciais do Estado
do pagamento do seguro antiapagão. A decisão foi dada no julgamento
de uma ação civil pública movida pelo Idec contra a Aneel e as
empresas Eletropaulo, CPFL, Elektro e Bandeirante. Ela começará
a ser cumprida assim que as empresas forem informadas da decisão.
A cobrança, feita desde março deste ano, é de R$ 0,0057 por kWh
consumido. A Aneel informou, por meio da assessoria de imprensa,
que não havia sido notificada da liminar. A Comercializadora Brasileira
de Energia Emergencial, estatal que faz o pagamento do seguro,
também informou que não tinha conhecimento da liminar. (Folha
de São Paulo - 10.12.2002)
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5- Aneel recebe prêmio Diploma de Destaque Nacional
na Área Ambiental |
O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, receberá hoje, em Florianópolis,
o prêmio Diploma de Destaque Nacional na Área Ambiental. Esta
é a quinta premiação da agência, neste ano. A premiação é conferida
pelo Instituto Ambiental Biosfera, em reconhecimento pela campanha
de racionalização de energia durante o racionamento de energia
elétrica em 2001. O prêmio será entregue em solenidade durante
o 4O Congresso Internacional sobre Planejamento e Gestão Ambiental
em Centros Urbanos, que começou ontem na capital catarinense.
Às 18h, o diretor geral da Aneel fará palestra sobre Concessões
de geração e transmissão - a questão ambiental. O Instituto Ambiental
Biosfera é uma organização não governamental, com sede no Rio
de Janeiro, que se dedica a promover ações para compatibilizar
a conservação da natureza com o desenvolvimento econômico, social
e cultural. A entidade também atua no planejamento e execução
de estudos, pesquisas e projetos, tanto em ambientes naturais
como em centros urbanos. (Jornal do Commercio - 10.12.2002)
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1- Transmissão de energia é reforçada entre Nordeste
e Sudeste |
A partir do próximo dia 20, o Nordeste terá quase duplicada a
sua capacidade de receber energia de outras regiões com a entrada
em funcionamento da nova linha de transmissão Sudeste-Nordeste.
Assim, em vez de poder enviar ou receber apenas 1,3 mil MW de
outros sistemas, como ocorre hoje, o Nordeste poderá estabelecer
intercâmbios de até 2,5 mil MW. A nova linha de transmissão é
a primeira interligando as duas regiões, uma vez que o Nordeste,
até agora, só poderia receber energia do Norte e através de duas
linhas que, juntas, têm capacidade de transmissão de 1,3 mil MW.
Durante o racionamento de 2001, essa capacidade foi utilizada
ao máximo para que, junto com a economia de energia, fosse evitado
que os reservatórios entrassem em colapso. Segundo o diretor de
Operações Chesf, Paulo de Tarso da Costa, no dia 20, será energizado
o trecho que vai de Serra da Mesa (em Góias) até Bom Jesus da
Lapa (na Bahia), fazendo com que a linha se conecte, nesse ponto,
ao sistema Chesf. De acordo com o sistema interligado nacional,
os Estados do Centro-Oeste brasileiro também são considerados
dentro sistema Sudeste. Posteriormente, a mesma linha deve seguir
até a subestação de Governador Mangabeira (também na Bahia). (Jornal
do Commercio de Pernambuco - 10.12.2002)
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2- Consumo da região Sul registra queda pelo segundo
domingo consecutivo |
O consumo de energia elétrica na Região Sul caiu pelo segundo
domingo consecutivo. Segundo dados do ONS, a queda foi de 5.821
MW para 5.691 MW, na comparação entre os dias 1º e 8 de dezembro.
Os subsistemas Norte e Sudeste/Centro-Oeste também tiveram diminuição
no consumo. No primeiro, a demanda passou de 2.534 MW para 2.481
MW, enquanto que no SE/CO a queda foi de 23.340 MW para 23.258
MW. Já em relação à curva de aversão ao risco, o volume acumulado
está 4,14% acima do previsto pelo operador. O Nordeste foi a única
região que obteve crescimento no consumo no último domingo, registrando
5.582 MW. O volume acumulado do subsistema ficou acima 1,2% do
previsto pelo ONS. (Canal Energia - 09.12.2002)
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3- Tucuruí está com 6,3% da capacidade de armazenamento
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No submercado Norte, a usina de Tucuruí apresenta 6,3% da capacidade
de armazenamento. A região está com índice de 8,66%, uma redução
de 0,05%. (Canal Energia - 09.12.2002)
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4- Níveis no Nordeste estão 10,66% acima da curva de
aversão ao risco |
A capacidade atual do submercado Nordeste está em 17,21%, valor
10,66% acima da curva de aversão ao risco. A queda nos índices
foi de 0,17%. A usina de Sobradinho registra volume de 11,91%.
(Canal Energia - 09.12.2002)
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5- Nível dos reservatórios está em 40,01% na região
Sudeste/Centro-Oeste |
O nível dos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste está
em 40,01%, uma redução de 0,11%. O volume está 20,24% acima da
curva de aversão ao risco. As hidrelétricas de Furnas e Emborcação
registram, respectivamente, 53,82% e 39,4% da capacidade. (Canal
Energia - 09.12.2002)
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6- Níveis dos reservatórios chegam a 96,94% da capacidade
no Sul |
A região Sul apresentou aumento de 0,06% nos níveis dos reservatórios,
que chegaram a 96,94% da capacidade. A hidrelétrica de Salto Santiago
registra índice de 100,10%. (Canal Energia - 09.12.2002)
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7- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Impasse faz greve na Light continuar por tempo indeterminado |
A greve dos funcionários da Light, que entra hoje em seu sétimo
dia, continuará por tempo indeterminado, segundo decisão de assembléia
realizada pelo Sintergia ontem. De acordo com os representantes
dos trabalhadores, a Light será responsabilizada por eventuais
falhas no fornecimento de energia que venham a ser causados pelo
número limitado de empregados trabalhando. Houve reunião ontem
pela manhã na DRT, representantes da distribuidora e dos empregados,
mas sem avanços. Os trabalhadores dizem que a Light manteve-se
irredutível na decisão de cortar até 780 pessoas de seu quadro
funcional. O Sintergia informou que 90% dos empregados aderiram
à greve. A Light não forneceu sua própria estimativa de adesão.
Apenas o escritório central da Light, no Flamengo, está funcionando
normalmente, além das unidades de emergência, assegura o Sintergia.
Segundo os funcionários, não há risco iminente de apagão por causa
da greve. O problema, de acordo com eles, é que a empresa suspendeu
há dois meses o serviço que de poda de árvores em locais com risco
de queda de troncos, o que pode comprometer o fornecimento de
energia em alguns bairros se houver fortes ventanias. (Jornal
do Commercio - 10.12.2002)
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2- Light oferece reajuste de 5% |
Segundo os sindicalistas, a Light não mandou à reunião nenhum
diretor da empresa com poder decisão, como nos outros encontros
na DRT. A proposta inicial dos empregados, desde a primeira reunião,
era de um aumento de 10,2% no salário. Como contra-proposta, a
Light ofereceu acréscimo de 5% "por causa de sua difícil situação
financeira, decorrente de prejuízos acumulados desde 1999, que
proporcionam um fluxo de caixa deficitário", segundo nota divulgada
por sua assessoria de imprensa ontem pela manhã. Na penúltima
reunião, sexta-feira passada, os sindicalistas já tinham baixado
o pedido para 8%. Mesmo assim, de acordo com a Associação dos
Empregados da Light e o Sintergia, a empresa apenas concederá
reajustes maiores caso tenha margem para demissões. (Jornal do
Commercio - 10.12.2002)
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3- Light afirma ser "inadmissível a manutenção da garantia
de emprego" |
Em nota divulgada ontem, a Light afirma ser "inadmissível a manutenção
da garantia de emprego, principalmente nos termos em que vem sendo
proposta pelos sindicatos". Além disso, segundo o comunicado,
"não há previsão legal e nem é prática do mercado que empresas
privadas tenham garantia de emprego. A limitação do direito da
empresa de gerenciar seu quadro de pessoal não é uma condição
aceita pela Light". Como proposta dos sindicalistas para atenuar
os cortes na empresa, que em 2001 somaram 380 postos de trabalho
fechados, já havia sido feito anteriormente um acordo na DRT para
garantir a estabilidade dos empregados, que previa 0,5% de demissão
do quadro por trimestre, o que resultaria em 2% ao ano. (Jornal
do Commercio - 10.12.2002)
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4- Light recusa proposta de Programa de Demissão Voluntária |
Na agenda da reunião de ontem, o Sintergia propôs mais uma vez
o Programa de Demissão Voluntária por 6 meses, que já havia estado
em pauta na última sexta. Se neste período a meta de 780 demissões
não fosse atingida, voltaria a ser exercida a política de 2% de
demissão ao ano. Mas a proposta não foi aceita pela distribuidora.
"Não concordamos em discutir aumento de salário às custas de demissões
de colegas nossos", disse o diretor de organização sindical do
Sintergia, Gilberto Batista. Os empregados admitem até diminuir
ainda mais a reivindicação de reajuste pela manutenção do quadro
de funcionários. Porém, segundo os sindicalistas, não é essa a
intenção da controladora da Light, a EDF. Em reunião de dirigentes
do grupo francês com o representante da Federação Nacional dos
Urbanitários, José Drummond Saraiva, os executivos afirmaram que
os planos da empresa é de que sejam cortados 1.300 postos de trabalho
na Light a partir de 2003, para "enxugar ainda mais os gastos
da controladora com a empresa". Em março deste ano, a EDF fez
um aporte de capital de US$ 1 bi na distribuidora. Mesmo assim,
a Light amarga um prejuízo até setembro de R$ 406,8 mi. Em maio
de 1996, quando a EDF comprou a Light do governo do Estado, o
número de funcionários era de aproximadamente 11.000. Hoje são
cerca de 4.300 empregados. A Light fornece energia para 31 municípios
do Rio de Janeiro. (Jornal do Commercio - 10.12.2002)
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5- Ceal corta energia de 43 repartições públicas |
Os técnicos da Ceal encontraram resistência que, em alguns casos,
impediram seu trabalho, mas a operação de corte do fornecimento
a órgãos públicos inadimplentes já deixou sem energia 43 repartições
públicas. A operação foi iniciada ontem pela Ceal, que quer receber
R$ 14,4 mi, valor da dívida de governos federal, estadual e municipal.
Os maiores devedores são as prefeituras. Ontem, foi cortado o
fornecimento de algumas secretarias estaduais e municipais, de
setores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e de algumas
delegacias federais. O gerente comercial da Ceal, James Bolívar,
não quis divulgar a lista de repartições que ficaram sem energia
por terem dívidas com a empresa. "É constrangedor", disse ele.
Mesmo assim, o gerente ressalta que é o caminho que a Ceal encontrou
para receber as dívidas dos inadimplentes, que chega a R$ 94,4
mi. (Gazeta de Alagoas - 10.12.2002)
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6- Celg faz acordo com Eletrobrás |
A diretoria da Eletrobrás aprovou ontem, em reunião realizada
em Brasília, o equacionamento das dívidas da Celg, que somam R$
869,095 mi. O valor será pago em 15 anos, com correção anual do
Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas (IGP-M)
mais 12%. A carência é de três anos. De acordo com o diretor econômico/financeiro
e de relações com investidores da Celg, Javahé de Lima, a aprovação
direta da diretoria - sem passar pelo Conselho Administrativo
- foi um avanço. Entretanto, ele informa que o acordo só será
fechado após um sinal verde do BNDES em relação a ativos regulatórios
(créditos da Celg decorrentes de perdas com o Programa de Racionalização
de Energia Elétrica), que seriam amortizados do valor total devido.
(Diário da Manhã - 10.12.2002)
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7- Eletropaulo suspende pagamento de US$ 100 mi em
"commercial papers" |
Com dificuldades de caixa, a Eletropaulo deixou de pagar ontem
US$ 100 mi em "commercial papers" de sua emissão. A empresa também
decidiu propor aos acionistas a suspensão do pagamento de dividendos
e lucro sobre o capital, no valor de R$ 156 mi, referentes a 2001.
Há um mês, a Eletropaulo propôs aos credores trocar os "commercial
papers" por títulos mais longos, com vencimento em 2004, oferecendo
em troca juros maiores que os atuais. Os credores, investidores
espalhados pelo mundo todo, têm até amanhã para aderir à proposta
de renegociação. Segundo analistas, a empresa precisa obter a
anuência de mais de 80% dos credores para evitar a inadimplência.
"Se isso ocorrer, terá um problema a mais para resolver: a antecipação
do pagamento de R$ 334 mi em debêntures que vencerão em abril
e setembro do próximo ano", diz Sérgio Tanashiro, analista do
setor elétrico do Unibanco. Isso porque essas debêntures têm cláusula
de antecipação de resgate caso a empresa deixe de pagar outros
títulos emitidos. (Folha de São Paulo - 10.12.2002)
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8- Eletropaulo vai propor aos acionistas o não pagamento
de dividendos e juros sobre o capital próprio |
A Eletropaulo comunicou à Bovespa que vai propor aos seus acionistas,
em assembléia marcada para o próximo dia 24, o não pagamento de
dividendos e juros sobre o capital próprio. A empresa alegou dificuldades
de caixa. Será a primeira vez, desde que foi privatizada, que
ela deixa de remunerar o controlador e os acionistas minoritários,
segundo analistas do setor elétrico. (Folha de São Paulo - 10.12.2002)
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9- Mercado considera decisão da Eletropaulo acertada |
No mercado, a decisão da Eletropaulo em suspender dividendos foi
considerada a mais acertada. "A empresa está em processo de reestruturação
de suas dívidas e não faz sentido fazer esse pagamento agora",
afirmou o analista do BBA, Marcos Severine. Mesmo assim, o desempenho
das ações da empresa no pregão sofreu tombo, com recuo de 5,75%.
No ano, as perdas foram para 67%. No mês, os ganhos dos papéis,
conseguidos com o anúncio de reestruturação de US$ 225 milhões
de empréstimos sindicalizados feitos com bancos, foram reduzidos
para 1,93%. A Eletropaulo terá mais um obstáculo a ser superado
amanhã, quando acaba o prazo para os detentores de US$ 100 mi
em notas promissórias decidirem se aderem ou não à proposta de
reestruturação apresentada pela empresa. Segundo o analista do
Unibanco Sérgio Tamashiro, não há muita alternativa para os investidores.
Se não aceitarem uma das três soluções oferecidas pela distribuidoras,
não receberão nada, diz ele. (Jornal do Commercio - 10.12.2002)
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10- Usina de Funil começa a operar hoje |
A Vale do Rio Doce e a Cemig colocam em operação, hoje, a Hidrelétrica
de Funil, implantada no rio Grande, bacia do rio Paraná, entre
Lavras e Perdões, no Sudoeste mineiro, a 220 quilômetros de Belo
Horizonte. Com potência instalada de 180 MW, energia suficiente
para abastecer uma cidade do porte de Juiz de Fora, a hidrelétrica
foi construída em tempo recorde (27 meses) pelo consórcio com
recursos da ordem de R$ 193 mi. A Hidrelétrica de Funil é o terceiro
empreendimento de geração inaugurado em função da parceria entre
a Vale (51% do consórcio) e a Cemig (49%). Os outros dois são
as hidrelétricas de Igarapava, também no rio Grande, e Porto Estrela,
no rio Santo Antônio. (Hoje em Dia - 10.12.2002)
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11- Chesf inicia licitação para compra de conectores
e medidores |
A Chesf abriu três processos de licitação. Um deles, que segue
até o dia 17 de dezembro, é para a compra de conectores de 230
kV para subestações da companhia. A empresa irá adquirir também
medidor ultra-sônico de vazão. O prazo deste processo vai até
16 de dezembro. O terceiro processo é para a compra de medidor
eletromagnético de vazão. A data limite é 13 de dezembro. A
CEEE abriu licitação para a contratação de serviços para a instalação
de um link satélite, com fornecimento de equipamentos e manutenção
para envio de sinais da sede Porto Alegre para a subestação
Livramento. O processo segue até o dia 12 de dezembro. (Canal
Energia - 09.12.2002)
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12- CPFL Piratininga planeja investir mais de R$
1 milhão na Operação Verão 2003 |
Para prevenir e minimizar problemas no verão, a CPFL Piratininga
(Companhia Piratininga Força e Luz) lançou a Operação Verão
2002/2003. Com meta de investir cerca de R$ 1 milhão, a empresa
quer garantir a qualidade no fornecimento de energia elétrica
e minimizar a duração de possíveis interrupções para seus clientes.
O programa terá 430 profissionais trabalhando no atendimento
e manutenção na área de cobertura, além de 150 veículos que
percorrerão os nove mil quilômetros de rede elétrica para verificar
as condições do sistema. (Canal Energia - 10.12.2002)
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1- Investidores privados temem quebra de contrato e
calote das geradoras estatais |
Os investidores em energia elétrica temem que o novo governo quebre
contratos ao permitir que geradoras estatais não paguem aos agentes
privados o que devem no MAE. "O adiamento da liquidação dos contratos
para auditoria é visto como indício de que poderá haver quebra
de contratos", diz Cláudia Costin, presidente da Câmara Brasileira
dos Investidores em Energia Elétrica. A câmara representa 15 investidores
privados, entre eles a AES, Duke Energy e Enron. O deputado federal
Luciano Zica (PT-SP), um dos especialistas do partido no setor,
diz que o novo governo irá garantir o pagamento das contas após
a auditoria. "Não há hipótese de calote. Tive uma conversa pessoal
com o presidente eleito sobre isso", afirmou. Ele disse que o
partido está à disposição dos investidores para conversar. Segundo
a CBIEE, as geradoras estatais têm que pagar cerca de R$ 3 bilhões
para o setor privado. (Folha de São Paulo - 10.12.2002)
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2- Atraso no MAE adia pagamentos |
A demora na liquidação financeira dos contratos fechados no MAE
já produz desdobramentos. Na última quinta-feira, as distribuidoras
do grupo Guaraniana -Coelba (BA), Celpe (PE) e Cosern (RN) - conseguiram
liminar na Justiça do Recife (PE), isentando-as de pagar R$ 98
mi à Chesf. A fatura refere-se ao suprimento de eletricidade em
dezembro, como parte dos contratos iniciais. As distribuidoras
argumentam que, como o MAE não liquidou, elas não receberam o
crédito de R$ 334 mi a que têm direito. E por isso não estariam
aptas a honrar o pagamento da energia fornecida pela Chesf, que
é a única supridora das três concessionárias. Executivos de grupos
privados afirmam que a demora na liquidação pode desencadear uma
inadimplência generalizada no setor elétrico, que ultrapassaria
as fronteiras do MAE. (Gazeta Mercantil - 10.12.2002)
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3- Leilão na BM&F atrai 16 compradores |
O leilão de energia marcado para amanhã na BM&F atraiu o interesse
de 16 compradores. Entre eles, estão a Cemig, a CPFL, a El Paso,
a Elektro, a Latasa e a Vale do Rio Doce. O leilão está marcado
para as 10 horas e será realizado por meio eletrônico, intermediado
pelas corretoras associadas à BM&F, com oferta dos produtos em
blocos de energia de um MW médio cada. O preço mínimo do MWh será
divulgado uma hora antes do início do leilão. Além da Cesp, que
já estava inscrita para o leilão como vendedora, a BM&F conseguiu
a adesão da estatal paulista Emae, da Duke Energy Geração Paranapanema,
da Copel e da Ibiritermo. A quantidade de energia que será colocada
à venda por empresa é a seguinte: Cesp - 900 blocos; Emae - 76
blocos; Duke Energy - 80 blocos; Ibiritermo - 150 blocos; Copel
- 790 blocos. O detalhamento das propostas está no site da BM&F.
Será ofertada energia para períodos de um ano a até 10 anos, tendo
como ponto de entrega os sub-mercados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
A energia estará disponível a partir de janeiro de 2003 e é resultado
da liberação de 25% dos contratos iniciais - a chamada energia
velha -, ou de usinas novas que ainda não têm contratos assinados.
Os demais credenciados para o leilão como compradores são Ajinomoto
Interamericana, Ciplan, Cien, Comerc, Duke Trading, Electra Comercializadora
de Energia, Enertrade, Tradener, Tradenergy e União Comercializadora
de Energia Elétrica. (Valor - 10.12.2002)
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4- BM&F e comissão retiram oferta de venda da Duke
Energy do leilão da Cesp |
A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), em conjunto com a Comissão
Especial Coordenadora do leilão de energia da Cesp, retiraram
um dos dois produtos postos à venda pela Duke Energy Paranapanema
no negócio. A oferta afastada soma 40 MW médios, e tinha um prazo
de fornecimento de dois anos, expirando no final de 2004. O comunicado
divulgado pela BM&F nesta segunda-feira, dia 9 de dezembro, não
especifica o motivo da retirada. Com isso, a Duke Energy poderá
comercializar apenas o produto de um ano, somando 40 MW médios.
Além de vendedora, a companhia também se habilitou para atuar
no processo como compradora, através da sua subsidiária de comercialização
Duke Trading do Brasil. Em outra decisão comunicada nesta segunda-feira,
as cinco empresas vendedoras - Cesp, Duke Energy, Copel Geração,
Emae e Ibiritermo - autorizaram a inclusão de uma nova modalidade
de garantia financeira, denominada de "seguro garantia". (Canal
Energia - 09.12.2002)
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1- Balança tem saldo de US$ 296 mi em dezembro |
A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 296
mi na primeira semana de dezembro, resultado de exportações de
US$ 1,260 bi e importações de US$ 964 mi. Com isso, a balança
acumula, no ano, um saldo positivo de US$ 11,616 bi. Nesse período,
as vendas ao exterior somaram US$ 56,379 bi e as aquisições, US$
44,763 bi. Os números foram divulgados ontem pelo Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em 12 meses, a
balança acumula um superávit de US$ 12,469 bi, praticamente igual
a previsão das instituições financeiras ouvidas diariamente pelo
Banco Central sobre o desempenho do comércio externo. Conforme
o última boletim Focus, o mercado financeiro manteve a expectativa
de superávit comercial de US$ 12,5 bi para este ano. (Gazeta Mercantil
- 10.12.2002)
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2- IGP-M desacelera e sobe 2,61% |
Preços no atacado recuam, refletindo dólar mais estável, diz Salomão
Quadros da FGV. Na primeira estimativa dos preços em dezembro,
a FGV revela que os preços no atacado estão recuando e se aproximando
da inflação que chega ao consumidor final. O IGP-M medido por
meio de preços coletados entre 21 e 30 novembro, registrou alta
de 2,61%. A taxa é maior que a variação equivalente de novembro
- na primeira prévia do mês passado, houve aumento de 2,31%. Mas
é menor que o último IGP-M divulgado (com preços de 21 de outubro
a 20 de novembro), quando a inflação disparou para 5,19%. O Índice
de Preços por Atacado (IPA) subiu 2,70%, abaixo dos 2,94% verificados
na primeira prévia de novembro. O IPC, que mede os preços no varejo,
subiu de 1,22% para 2,60% no mesmo período. (Gazeta Mercantil
- 10.12.2002)
Índice
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3- Dólar comercial abre em alta de 0,18% e sai a R$
3,7920 |
O dólar comercial abriu as operações com alta de 0,18% perante
o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,7820 na compra e a R$ 3,7920
na venda. No mercado futuro, os contratos de janeiro negociados
na BM & F tinham avanço de 0,13%, projetando a moeda a R$ 3,744.
Ontem, o dólar comercial encerrou com valorização de 0,93%, a
R$ 3,7800 na compra e a R$ 3,7850 na venda. Apesar de o BC ter
conseguido rolar 44,7% da dívida cambial que vence na quinta-feira,
as incertezas quanto à formação do novo governo continuaram a
pressionar as cotações. (Valor Online - 10.12.2002)
Índice
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1- Petrobras revê projetos térmicos na fronteira depois
da saída da Duke |
A Petrobras está reestudando dois projetos de energia termelétrica
planejados para os dois lados da fronteira entre Bolívia e o Estado
do Mato Grosso do Sul, depois da saída da norte-americana Duke
Energy International, disse um porta-voz da Petrobras. "Como a
Duke era a operadora da usina e tinha a responsabilidade de garantir
o acordo de compra e venda de energia, a Petrobras está agora
analisando todo o projeto". O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia,
Fernando Illanes, disse na quinta-feira que a Duke informara à
Petrobras em outubro deste ano que estaria deixando o projeto
boliviano, o San Marcos, devido a incertezas no setor energético
brasileiro. A Duke não confirmou sua saída dos projetos, dizendo
que ainda estava discutindo com os sócios sobre Corumbá. A Duke
tem participações majoritárias nos dois projetos e operaria as
duas usinas, ambas projetadas para uma capacidade instalada de
cerca de 90 MW. De acordo com o cronograma original, a construção
dos dois projetos seria iniciada em dezembro de 2000, para entrada
em operação em outubro de 2001. O investimento total estimado
para as duas usinas era de US$ 120 mi, e a Duke comprou quatro
turbinas GE LM6000 de 44 MW para o projeto, que estão guardadas
em Houston. (Business News Americas - 09.12.02)
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2- Usinas nucleares em "estado de observação" |
As chuvas em Angra dos Reis provocaram a decretação de "estado
de observação'' nas usinas nucleares Angra 1 e Angra 2. O prefeito
Fernando Jordão (PSB) chegou a pedir o desligamento das usinas
por considerar que havia dificuldades para a execução do plano
de fuga da região em caso de acidente nuclear. Mais tarde, voltou
atrás. A Eletronuclear, estatal que opera as usinas, considerou
desnecessário parar, com o aval da CNEN (Comissão Nacional de
Energia Nuclear), órgão fiscalizador. Tecnicamente, segundo nota
da Eletronuclear, foi decretada uma situação de ENU (evento não-usual)
causada por fato externo, sem risco direto para o funcionamento
da usina. Segundo técnicos da CNEN, esse é um tipo de evento considerado
de baixo risco pelas normas internacionais. (Gazeta de Alagoas
- 10.12.2002)
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1- Comissão européia espera atualizar sistema de cobrança
de impostos |
A Comissão Européia recebeu uma proposta de mudança nas regras
do sistema de cobrança de impostos que sugere uma alteração nos
locais de incidência do imposto sobre valor agregado (VAT) sobre
o gás natural e sobre a eletricidade, disse Frits Bolkestein,
membro da Comissão Européia de Impostos, nesta segunda-feira.
A proposta objetiva a eliminação dos problemas existentes de dupla
taxação, de não cobrança e de riscos apresentados à concorrência
entre comercializadores de energia, através da mudança dos locais
de incidência do imposto sobre o gás natural e sobre a eletricidade
dos locais de fornecimento para os locais de consumo. "Esta proposta
responde a necessidade urgente em atualizar e readaptar o VAT
para o setor com o objetivo de resolver as necessidades dos mercados
liberalizados" disse Bolkestein. De acordo com a proposta, se
o compradores for um comercializador revendendo seu estoque, a
incidência do imposto ocorrerá no local onde o mesmo estiver estabelecido.
Para consumidores finais, o imposto será aplicado no próprio local
do consumo e para os serviços de transmissão ligados ao fornecimento
de gás e eletricidade, o imposto será cobrado no país onde o consumidor
estiver estabelecido. Frits espera que os países membros da Comissão
aprovem a proposta o mais rápido possível. (Platts - 09.12.02)
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2- Itália aprova três novas plantas de energia |
O ministro italiano da indústria aprovou projetos para a construção
de três novas estações de força apresentados pela Edison, pela
Enipower e pela Energia, confirmou um porta-voz do ministro nesta
segunda-feira. O ministro autorizou a construção da planta Settimo
de 250 MW pela Edison, perto de turin, da planta Sef de 800 MW
pela enipower, no complexo petroquímico da Eni em Ferrara e da
Estação de Termoli de 750 MW pela Energia, perto de Campobasso.
Os projetos devem estar prontos em 2006, disse o porta-voz. O
projeto de Termoli foi o primeiro dos três a ser aprovado como
parte do novo processo italiano simplificado de aprovação sob
o decreto chamado de "Sblocco-centrali". Com os três novos projetos,
a itália autorizou um total de cerca de 7,800 MW em novas capacidades
de energia neste ano, afirmou o ministro. (Platts - 09.12.02)
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Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
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de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
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