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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.014 - 06 de dezembro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Governo quer romper acordo com PT sobre adiamento da liquidação das dívidas do MAE

O governo está disposto a romper o acordo com a oposição de adiar para 2003 a liquidação das dívidas do MAE. Dificilmente, no entanto, ocorrerá o pagamento de débitos e créditos do mercado, previsto para a última quarta-feira. Fontes ligadas às empresas do setor avaliam que, com isso, a liquidação só ocorrerá mesmo no ano que vem. Ontem, paralelamente ao imbróglio com o Banco do Brasil, a equipe de transição do PT conversou com o ministro da Casa Civil, Pedro Parente, para tentar paralisar o pagamento de pelo menos R$ 5,7 bi envolvidos na liquidação, referentes às vendas de energia desde setembro de 2000. O acordo para postergação da liquidação tinha sido fechado na última semana entre a equipe de transição e Parente. Pelo acertado, a liquidação só aconteceria após a auditoria. Ontem, no entanto, deputados petistas foram surpreendidos com a informação de que o governo preparava a liquidação para este ano. A informação foi confirmada por integrantes da governo federal. (Jornal do Brasil - 06.12.2002)

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2- Aneel lança novo sistema para receber projetos de P&D

A partir deste mês, as empresas do setor elétrico poderão enviar os projetos de pesquisa e desenvolvimento à Aneel via internet. A expectativa da agência é que o novo sistema agilize e facilite o processo de tramitação dos programas, estimulando o interesse de participação dos profissionais do setor. Além disso, a tecnologia preserva a segurança do fluxo de informações, uma vez que limita o acesso a técnicos diretamente envolvidos. A tecnologia foi desenvolvida pelos professores e pesquisadores dopelos professores e pesquisadores do Centro de Estudos e Sistemas Avançados de Recife (PE). já teve a sua viabilidade técnica aprovada após a utilização pelas geradoras Furnas, Eletronorte e Chesf, que enviaram seus projetos com formulários eletrônicos à agência em julho deste ano. Para o ciclo deste ano, o prazo para entrega dos projetos vai até julho de 2003. O sistema online foi apresentado em encontro na sede da Aneel, com os gerentes dos programas de P&D das empresas de geração, transmissão e distribuição. (Jornal do Commercio - 06.12.2002)

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3- Usinas outorgadas pela Aneel somam 10,2 mil MW de potência

O total de potência instalada de projetos outorgados pela Aneel em outubro chega a 10.160 MW, o que corresponde a 330 usinas autorizações. Os investimentos para estes projetos, segundo a agência, somam R$ 17,2 bilhões. Desde 1998, a Aneel já expediu 1.074 outorgas, totalizando 55.054 MW de potência instalada. Os investimentos chegam a R$ 78,4 bilhões. Entre as usinas outorgadas em 2002, termelétricas responde pela maior fatia, com 186 autorizações. Logo em seguida, vem PCHs com 94 outorgas. Hidrelétricas e eólicas somam 50 autorizações. (Canal Energia - 06.12.2002)

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risco e racionamento

1- Aumentou 16,1% o consumo faturado no mês de outubro

O consumo de energia elétrica faturado pelas concessionárias aumentou, em outubro, 16,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. A evolução ao longo deste ano está com taxa negativa acumulada de apenas 0,3%, confirmando que o consumo apresentará crescimento até o final do ano. O resultado, apurado na pesquisa mensal feita pelo Departamento de Estudos Energéticos e de Mercado da Eletrobrás, ratifica o diagnóstico de que a indústria, especialmente a agropecuária e a voltada para exportações, tem sido o segmento responsável pela recuperação do nível de consumo. No período de 12 meses, de novembro de 2001 a outubro de 2002, em comparação ao período de novembro de 2000 a outubro de 2001, o consumo ainda apresenta taxa negativa de 3,3%. (Jornal do Commercio - 06.12.2002)

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2- Indústria apresenta menor taxa negativa de consumo

O consumo de energia elétrica na indústria apresenta a menor taxa negativa, de 0,4%, de acordo com estudo - o que indica um crescimento de 14,1% em outubro, em relação ao mesmo mês de 2001, elevando a taxa acumulada no ano para 2,4%. A indústria é o segmento com a maior taxa de crescimento no ano e a menor taxa negativa num período de 12 meses. A Eletrobrás continua projetando que o país encerrará o ano com aumento de 3% a 4% no consumo, em relação ao ano passado. Isso eqüivale a um patamar de consumo entre 292,5 e 294,0 TWh, pouco acima do registrado em 1999. O recuo de três anos no nível do consumo sem correspondente retração do PIB significa aumento na eficiência global do uso da energia elétrica no país. Com o aumento do calor, o setor comercial, que vinha liderando as estatísticas do crescimento do consumo desde junho, cedeu a posição ao segmento residencial. Com exceção dos sistemas isolados e da Região Sul, que estiveram fora do racionamento no ano passado, o segmento apresentou taxas de crescimento mais altas do que as que vinham sendo observadas nos últimos meses, em razão do calor registrado no mês. O efeito do câmbio na produção industrial para exportação é percebido nas altas taxas de crescimento mesmo nas regiões que estiveram fora do racionamento, especialmente o Sul. (Jornal do Commercio - 06.12.2002)

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3- Sudeste é a região mais afetada

O aumento do câmbio e as taxas de juros têm inibido o mercado doméstico, com reflexos na expansão do consumo de energia elétrica do segmento voltado ao mercado nacional. A região Sudeste continua sendo a mais afetada. É o caso particular da indústria automobilística, à qual se atribui o crescimento modesto do consumo de energia pelo setor metalúrgico, em São Paulo. A saída de grandes consumidores industriais do cadastro de faturamento das concessionárias, pela opção pela autoprodução, provocou impactos no resultado de outubro. No caso dos setores metalúrgico e siderúrgico da região Sudeste, esse movimento significou, só em outubro, a exclusão de 220 GWh das estatísticas de faturamento. Fazendo-se essa correção, o consumo da indústria no Sudeste se eleva para 6.209 GWh no mês, om a taxa de crescimento saltando de 11,4 para 15,5%. O consumo de energia na indústria, mantido o patamar verificado no segundo semestre deste ano, deverá fechar 2002 com crescimento superior a 4%. (Jornal do Commercio - 06.12.2002)

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4- Prevalece redução de gasto nas residências

O consumidor reduziu o seu gasto médio de energia em 23% após o racionamento de energia elétrica no ano passado, segundo a Eletrobrás. Em maio de 2001, antes do racionamento, cada consumidor residencial gastava, em média, 176 kWh por mês. Em outubro de 2002, o gasto médio ficou em torno 135 kWh. A redução do consumo nas residências se deu, basicamente, por conta de troca de lâmpadas, desligamento de aparelhos elétricos e outras medidas semelhante. Em termos absolutos o consumo residencial, porém, aumentou devido à incorporação de 1,7 mi de novos consumidores nos últimos 12 meses, à razão de 142 mil novos consumidores por mês. Mesmo assim, no acumulado do ano o segmento residencial registrará queda entre 1,5% a 2% em relação ano passado, conforme as projeções da Eletrobrás. (Jornal do Commercio - 06.12.2002)

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5- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Negociação para fim da greve na Light pode ser hoje ou dia 9

O Sintergia informou que as negociações para o fim da greve dos funcionários da Light devem ser retomadas hoje ou na segunda-feira. A Light não confirmou a informação. O início das conversações depende ainda de convocação da DRT. Os trabalhadores da empresa estão paralisados desde a zero hora de quarta-feira. Ontem, o atendimento nas agências da empresa distribuidora de energia elétrica ficou prejudicado com a paralisação. O motivo foi a movimentação de trabalhadores em frente à sede da Light, na avenida Marechal Floriano, e no posto da rua Carolina Reidner, no centro do Rio de Janeiro. Segundo a Light, a manifestação dos piqueteiros prejudica o atendimento das agências por impedir a entrada de alguns funcionários no prédio. A empresa pretende remanejar trabalhadores para outros locais. O diretor do Sinergia, Urbano do Vale, afirmou que o Sindicato jamais impediu qualquer funcionário de trabalhar. (Jornal do Commercio - 06.12.2002)

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2- Manutenção da cláusula de estabilidade é fundamental para o fim da greve

O diretor do Sintergia ressaltou que a direção da greve dos funcionários da Light preocupou-se em manter funcionando todos os serviços essenciais da empresa. Ele disse ainda que o comando de greve tem uma equipe preparada para atender casos de emergência. "Os setores estão parados, mas temos a responsabilidade de respeitar a lei de greve". Sobre a retomada das negociações, a expectativa dos representantes do sindicato é de que a empresa aceite continuar sujeita à cláusula de estabilidade do emprego, segundo a qual a Light somente poderia extinguir 0,5% do quadro de funcionários. No início da greve, o Sintergia argumentou que a empresa pretendia cortar R$ 15 mi em despesas, o equivalente a 700 postos de trabalho. "Somente retornaremos ao trabalho se a empresa aceitar em manter a cláusula de estabilidade para os funcionários", sentenciou Urbano do Vale. Outra reivindicação dos funcionários da Light é o reajuste de 10,22% dos salários, aumento com base na variação do INPC do ano. A Light ofereceu aumento de 5%. (Jornal do Commercio - 06.12.2002)

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3- Light sofre represália através de vandalismo

Em comunicado à imprensa, a Light informou que, na madrugada de ontem, um cabo de fibra óptica de telecomunicações da AESCom, antiga Light Telecom, foi cortado na esquina das ruas Jacinto Alcides e Santa Cecília, em Bangu. A empresa julga que foi uma ato intencional que prejudicou o serviço de comunicações de dados e telefonia da agência de Bangu. Urbano do Vale, diretor do Sindicato, esclareceu que o comando de greve não recebeu nenhuma informação sobre o ato de vandalismo e afirma que não foi de responsabilidade dos trabalhadores em greve. "Nossa estratégia não é a de dilapidar um patrimônio que é nosso", disse Vale. (Jornal do Commercio - 06.12.2002)

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4- Novo presidente tenta salvar AES Sul

O novo presidente da AES Sul, o americano Mark Miller, assumiu o cargo com a missão de renegociar a dívida da companhia, de R$ 3,2 bi, sendo 87% em dólar. O elevado endividamento vem fazendo a empresa colher uma seqüência de prejuízos, com o pior resultado entre as controladas da AES Corporation no Brasil. Miller, 41 anos, há 14 no grupo, porém, afirma que "a empresa tem alto desempenho operacional, porque os problemas que temos são gerados por questões fora de nosso controle", numa referência à variação cambial e seu efeito sobre o endividamento. Ele falou ontem pela primeira vez à imprensa desde que assumiu o cargo, em primeiro de novembro. (Valor - 06.12.2002)

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5- Reestruturação da dívida da AES Sul é discutida com credores

A reestruturação da dívida está sendo discutida com os credores da companhia. A negociação assemelha-se ao acordo firmado semana passada com os debenturistas. Sem recursos para desembolsar R$ 62,5 mi neste mês, a empresa conseguiu reescalonar a dívida, pagando prêmio maior para os credores. Os R$ 184,3 mi serão pagos em 12 meses a partir de dezembro de 2003. O diretor de relações com investidores, Pedro Paulo Schmidt, prefere não dar mais detalhes sobre a renegociação da dívida. Garante que não há nenhum vencimento de valor expressivo no primeiro semestre do próximo ano. Por ser uma dívida de longo prazo, até 2009, e por considerar elevado o custo, a empresa não utiliza hedge. Apesar de estar à venda desde agosto, o controlador não recebeu nenhuma proposta "válida" pela AES Sul, como define Schmidt. Houve busca de informações, mas nenhum entendimento evoluiu. Conforme o diretor, há incertezas no mercado que inibem qualquer negócio, como a política do futuro governo para o setor e a revisão tarifária. "Diversos fatores macroeconômicos precisam ser revistos, como a cotação em dólar da energia de Itaipu", explica. A operação da distribuidora, privatizada em 1997, proporciona retorno de 2% sobre o investimento. "É muito pouco", entende Schmidt. O padrão mundial exige taxas entre 12% e 15%, afirma. (Valor - 06.12.2002)

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6- AES Sul aguarda relatório da proposta de revisão tarifária

A AES Sul aguarda, até o fim do mês, o relatório da Aneel com a proposta da revisão tarifária para 19 de abril de 2003. Técnicos da Aneel estiveram durante três semanas na sede da empresa em Porto Alegre fazendo auditoria dos números da AES Sul. O diretor de relações com investidores, Pedro Paulo Schmidt, prefere não fazer estimativas. "Não sabemos qual o período que será levado em consideração no cálculo da revisão", afirma. Além da oscilação cambial, o diretor de relações com investidores explica que pesa no resultado da empresa a queda real de 4,5% no consumo de energia neste ano comparado com 2001 e de 11,5% em relação a 2000. A parcela mais expressiva na diminuição do consumo está nos segmentos residencial e comercial. "Houve mudança de hábito com a racionalização do uso da energia, e é difícil recuperá-la" , afirma Schmidt. "E no segmento industrial não há crescimento". A AES Sul acumula patrimônio negativo de R$ 651,9 mi em 30 de setembro. O prejuízo nos nove meses de 2002 soma R$ 1,1 bi, bem superior ao resultado negativo de R$ 147,2 mi no mesmo período do ano passado. A distribuidora discute na Justiça o direito de contabilizar no balanço R$ 373 mi referente à energia vendida para a região Sudeste em 2001 durante o racionamento. A última decisão judicial, em segunda instância, foi contrária à empresa, que encaminhou recurso no STJ. A distribuidora, que atende 968,5 mil consumidores em 114 municípios do Estado, registra inadimplência de 5%, a maior parte referente a dívidas de prefeituras com o serviço de iluminação pública. (Valor - 06.12.2002)

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7- Eletropaulo avisa que não pagará bônus em dia

A Eletropaulo Metropolitana informou ontem aos investidores que não vai pagar eurobônus de US$ 100 mi mais juros que vencem no dia 9 de dezembro. Resolveu ampliar até o dia 11 de dezembro, após o vencimento dos bônus, portanto, o prazo para os investidores aderirem a uma de suas três propostas de reestruturação da dívida. No dia 21 de novembro, a empresa fez três propostas aos investidores. As adesões seriam até o dia 4 de dezembro, às 5h da tarde, horário de Londres. Os detentores de cerca de 63% dos bônus aderiram à reestruturação, segundo fonte próxima à operação. Isso significa que a empresa teria de pagar aproximadamente US$ 47 mi e juros no dia 9. Mas a empresa não ficou satisfeita com o resultado da reestruturação e resolveu ampliar o prazo para os investidores aceitarem uma de suas três propostas. O prazo para adesão foi ampliado para o dia 11, com a data da emissão dos novos papéis marcada para o dia 16 de dezembro. No dia 9, a empresa pretende fazer uma conferência com os detentores de seus eurobônus. (Valor - 06.12.2002)

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8- Detentores dos bônus da Eletropaulo querem pagamento de 15% à vista

A maior parte dos detentores de 63% dos bônus que a Eletropaulo deve, que aceitaram alguma reestruturação, quer o pagamento de 15% à vista do principal e a rolagem do papel por um ano a juros de 14% ao ano. O pagamento dos juros nominais será semestral e no primeiro pagamento de cupom os investidores receberão junto mais 10% do principal. Na segunda opção que a companhia ofereceu, os investidores receberão 15% agora, mas o pagamento do bônus será em dois anos, com rendimento de 17% ao ano e cupom pago trimestralmente. Em junho de 2003, além do cupom, a empresa pagaria também 20% do principal. Depois, a cada trimestre, além do cupom, pagaria mais 12,5% do principal. Nos últimos dois trimestres do fluxo de pagamentos, amortizaria 15% mais juros. A terceira opção prevê o pagamento de 30% do principal já. Os 70% restantes se transformam em um título de cupom zero, que será pago no final de três anos, o que corresponde a um rendimento de 12,62% ao ano. (Valor - 06.12.2002)

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9- Eletropaulo tem ainda que negociar com debenturistas

Paralelamente aos bônus, a Eletropaulo tem também de negociar com debenturistas. A empresa convocou para o dia 11 uma assembléia com os detentores de suas debêntures, no total de R$ 350 mi. A idéia é tentar negociar um pedido de "waiver", espécie de perdão, com os debenturistas. Ao não pagar os bônus de US$ 100 mi que vencem no dia 9 de dezembro, os debenturistas podem acionar cláusula de "cross default" e pedir o pagamento antecipado das debêntures no mercado interno. A empresa quer evitar que isso aconteça, pois não teria caixa para o pagamento. (Valor - 06.12.2002)

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10- Eletrobrás lança software de diagnóstico

A Eletrobrás lançou o software de diagnóstico energético Mark IV Plus, desenvolvido em parceria com o Procel e com a Unifei. A tecnologia possibilita às empresas analisarem consumo de energia e desenvolver medidas de conservação. O software é dividido em módulos, como análise de contas de energia, ar condicionado central, caldeiras, cogeração, quadros de distribuição e refrigeração. Desta forma, o usuário abordará um determinado tipo de uso final, fornecendo diagnósticos energéticos específicos, executados independentemente. Durante um mês, o programa, que precisou de três anos de pesquisa, ficou disponível no site do Procel para críticas e sugestões. Utilizando o ambiente Windows, o Mark IV Plus é atualização do software Mark IV, desenvolvido na década de 80 e lançado em 1993. O software estará disponível em breve para download no site do Procel (www.eletrobras.gov.br/procel). (Jornal do Commercio - 06.12.2002)

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11- Cemig abre licitação para comprar conectores

A Cemig está com três processo licitatórios abertos, até o final do ano. Dois para a compra de conectores terminal de derivação "H" e para aquisição de material de derivação cunha de cobre; o terceiro é para a compra de chaves fusível. (Jornal do Commercio - 06.12.2002)

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12- Usina Caeté deve concluir linha de transmissão até março de 2003

A Usina Caeté recebeu aprovação para construção de uma linha de transmissão, em 69 kV, de 8,2 quilômetros de extensão que interligará a subestação da termelétrica Delta à linha de transmissão Catu-Igarapava. A usina terá o prazo até o dia 31 de março de 2003 para concluir o projeto. A aprovação foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 5 de dezembro. (Canal Energia - 06.12.2002)

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financiamento

1- BB abre mão de efetuar a liquidação no MAE

Um comunicado enviado, no final da tarde de ontem, pelo Banco do Brasil ao MAE diminuiu as chances de a liquidação financeira dos contratos ocorrer ainda neste ano. O Banco do Brasil era tido como agente de liquidação no MAE, mas comunicou que não há compromisso em executar o serviço. No comunicado, o banco informa não ter concluído a análise jurídica do contrato, o que impede a sua assinatura. Somente depois do contrato assinado é que o MAE estaria apto para marcar uma data para a liquidação financeira. O Banco do Brasil explicita também que não há elo de exclusividade entre a instituição e o MAE, liberando os dirigentes do mercado atacadista para a procura de outros candidatos. O superintendente do MAE, Lindolfo Ernesto Paixão, afirma, entretanto, que o banco federal ainda pode, ao final da análise jurídica, decidir pela realização do serviço e assinatura do contrato. (Gazeta Mercantil - 06.12.2002)

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2- Paixão ainda não descarta liquidação dos contratos do MAE em 2002

O superintendente do MAE, Lindolfo Ernesto Paixão, ainda não descarta a liquidação dos contratos do MAE ainda este ano. Mas admite que se trata de uma "situação emergencial", a "11 dias úteis do fim do ano". "Se não for com o Banco do Brasil (a liquidação), terei uma dificuldade muito grande", afirma. Enquanto a resposta do Banco do Brasil não vem, o MAE parte, hoje, em busca de um agente de liquidação alternativo. Paixão fará contatos com dois ou três bancos para checar a possibilidade de algum deles assumir o acerto de contas entre as companhias elétricas. O contrato com o Banco do Brasil ficaria em torno de R$ 1 mi. (Gazeta Mercantil - 06.12.2002)

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3- Copel Geração cancela leilão de energia

A Copel Geração não vai mais realizar o seu leilão de energia "velha". O negócio, que estava suspenso desde o dia 19 de agosto, foi oficialmente cancelado pela empresa nesta quinta-feira, dia 5 de dezembro. A nota não faz menção sobre os motivos que levaram á desistência definitiva da venda dos 25% do total da energia vinculada aos contratos iniciais, por processo próprio. Em agosto, a direção da geradora alegou que o adiamento por tempo indeterminado preservava o interesse da empresa frente à possíveis mudanças na regulamentação do setor elétrico. A intenção da estatal paranaense era vender 320 MW médios no seu leilão, mas contratos bilaterais e a participação em outros leilões do setor acabaram concentrado os negócios de comercialização. (Canal Energia - 05.12.2002)

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financiamento

1- ICV-Dieese atinge em novembro a terceira maior taxa do Real

O Índice do Custo de Vida (ICV) na cidade de São Paulo em novembro subiu para 3,2%, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), que apura os preços junto a famílias de renda entre 1 e 20 salários mínimos. O resultado é o terceiro maior desde a implantação do Plano Real, perdendo apenas par a os meses de março de 1994, com alta de 3,24%, e julho de 1995, com aumento de 4,52%. A taxa de novembro é também superior em 2,07 pontos percentuais à de outubro, com alta de 1,13%. Os vilões das altas no mês passado foram os alimentos e as despesas com transportes, que juntos, contribuíram com 2,72 pontos na composição do índice. (Gazeta Mercantil - 06.12.2002)

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2- Nova metodologia do IBGE elevará taxa de desemprego

O IBGE divulgará no dia 19 duas taxas de desemprego diferentes relativas ao mês de novembro. A primeira estará de acordo com a antiga metodologia aplicada pelo órgão na pesquisa, e que considera como dado principal do desemprego a taxa semanal (que leva em conta a procura por emprego na última semana). A nova taxa, que será a única a ser divulgada a partir de janeiro e já estará disponível para novembro na próxima semana, levará em conta apenas os últimos 30 dias de procura. A tendência é que a nova taxa seja mais elevada. "Haverá uma mudança de nível na taxa para cima", informou ontem a diretora de pesquisa do IBGE, Martha Maye. (Jornal do Commercio - 06.12.2002)

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3- Selic tem de ir para 25%, diz Werlang

O diretor do Banco Itaú e ex-diretor de Política Econômica do Banco Central, Sérgio Werlang disse ontem que, "tecnicamente, é preciso aumentar os juros (Selic) para 25%" em razão da alta inflacionária. A taxa está em 22% ao ano. Ele também acha necessário elevar o superávit primário para a faixa entre 4,5% e 5% do PIB. Segundo Werlang, a análise dos componentes do IPCA-15 de novembro (que ficou em 2,08%) mostra que a inflação está se generalizando e não está concentrada em produtos ligados ao comércio exterior. "O aumento generalizado tem a ver com as expectativas para o ano que vem - as pessoas estão mais predispostas a aceitar reajustes de preços, as empresas mais predispostas a repassar custos, e os empregados mais predispostos a pedir aumento salarial", disse. (Jornal do Commercio - 06.12.2002)

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4- IPCA de novembro ficou em 3,02%

O IPCA do mês de novembro ficou em 3,02%. O resultado é maior que o de outubro (1,31%) em 1,71 ponto percentual, conforme divulgou nesta sexta-feira o IBGE. O índice acumulado no ano é de 10,22%. No mesmo período do ano passado, ele atingiu 6,98%. O acumulado dos últimos doze meses situa-se em 10,93%, superior ao resultado dos doze meses imediatamente anteriores (8,45%). Em novembro de 2001, a taxa mensal havia sido de 0,71%. Sob a influência do dólar, o IPCA de novembro concentrou aumentos expressivos nos alimentos e nos combustíveis, que contribuíram, somados, com 2,21 pontos na taxa de 3,02%. (Globonews.com - 06.12.2002)

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5- INPC de novembro foi de 3,39%

O INPC apresentou variação de 3,39% no mês de novembro. O resultado é 1,82 ponto percentual maior que o de outubro (1,57%), de acordo com informações divulgadas há pouco pelo IBGE. O índice acumulado no ano está em 11,72%. No mesmo período do ano passado, a taxa havia sido de 8,64%. Nos últimos doze meses, o índice situou-se em 12,55%, acima do resultado dos doze meses imediatamente anteriores (10,26%). Em novembro de 2001, a taxa mensal havia sido de 1,29%. (O Globo On Line - 06.12.2002)

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6- Dólar sobe 1,22% e volta ao patamar dos R$ 3,80

O dólar à vista opera com alta significativa nesta primeira hora de negociação e voltou ao patamar dos R$ 3,80. Às 10h08m, a moeda americana era negociada por R$ 3,804 na compra e R$ 3,811 na venda, com valorização de 1,22% sobre o real. A moeda americana já iniciou o dia em alta, pressionada pela tensão com a indefinição política. A tendência se acentuou logo depois, como reflexo da divulgação do IPCA e do INPC, índices de inflação do IBGE. O IPCA ficou em 3,02% e o INPC, em 3,39%. Ambos ficaram acima das previsões e reforçam as apostas num aumento da taxa Selic neste mês. (O Globo On Line - 06.12.2002)

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gás e termoelétricas

1- Copel investe em ampliação de termoelétrica

A Copel investirá R$ 532,8 mi em 2003. O maior projeto é a ampliação da termoelétrica de Figueira, cuja potência passará de 20 MW para 145 MW, com investimento de R$ 221,6 mi. A estatal paranaense gastará R$ 159,6 mi em distribuição de energia, R$ 82,1 mi em transmissão e R$ 18,4 mi em telecomunicações. (Valor - 06.12.2002)

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2- Prorrogados prazos para termelétrica

O Açúcar Guarani conseguiu prorrogar os prazos para obtenção da licença operacional e do início do comissionamento da termelétrica Guarani-Cruz Alta até 28 de fevereiro e 30 de abril de 2003, respectivamente. Pela resolução no 673 da Aneel, a empresa terá até o dia 30 de maio de 2003 para operar comercialmente a usina, localizada em Olímpia, em São Paulo. (Jornal do Commercio - 06.12.2002)

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internacional

1- Espanha aprova construção de planta de 400 MW planejada pela Endesa

O ministro espanhol da economia aprovou uma planta de ciclo combinado movida a gás com capacidade de 400 MW planejada pela Endesa na província espanhola de Tarragona, situada no nordeste da região da Catalunha, de acordo com um anúncio liberado nesta quinta-feira pelo boletim oficial do governo. A produtora de energia, que orçamentou o projeto em US$ 200 mi, já providenciou os equipamentos necessários ao prosseguimento do mesmo e espera colocar a planta em funcionamento já no final de 2003. O produto da instalação de cogeração será encaminhado ao complexo de Dow Chemical, perto de Tarragona. Estão sendo também planejadas para a área, a construção de uma planta de ciclo combinado movida a gás (CCGT) com capacidade de 400 MW proposta pela parceria feita entre a Iberdrola e a RWE Energie e uma outra CCGT com capacidade de 800 MW planejada pela Gas Natural. (Platts - 05.12.02)

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2- Fenosa procura parceria nas energias renováveis

A Unión Fenosa anunciou hoje que está interessada em estabelecer parcerias na atividade de energia renovável, na mesma linha da estratégia definida para a unidade de gás natural. "A Unión Fenosa iniciou contatos com potenciais parceiros financeiros para incorporar no capital acionista da Unión Fenosa Energia Especiales, com o objetivo de fortalecer seu plano de expansão nas energias renováveis", revelou a elétrica espanhola em comunicado. Esta divisão da Fenosa possui uma capacidade de produção de 316 MW, com mais 300 MW em construção, centrando-se fundamentalmente na energia eólica e mini-hidroeléctrica. A elétrica espanhola pretende aumentar a sua capacidade nesta área para os 1000 MW até 2007. A intenção da Unión Fenosa em procurar um parceiro nas energias renováveis é semelhante à utilizada no negócio de gás natural, e integra-se na estratégia de redução da dívida cifrada em US$ 7,61 bi. Recorde-se que o grupo italiano Eni e o francês Gaz de France são alegadamente os dois principais interessados na unidade de gás natural da Unión Fenosa. (Diário Económico - 05.12.02)

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3- EDP emite US$ 500,34 mi em obrigações

A elétrica portuguesa acaba de anunciar as condições de uma emissão de obrigações no valor de US$ 500,34 mi com maturidade a 20 de Março de 2008, cupão de 5%, e um 'spread' de 125 pontos base. Os 'lead managers' da operação são o Deutsche Bank, a Goldman Sachs e a UBS Warburg. O preço da emissão foi fixado em 99,924, o mesmo da oferta. O pagamento da operação realiza-se a 16 de Dezembro do corrente ano. A dívida da EDP tem um 'rating' de A2 pela Moody's e A+ pela Standard & Poor's. As obrigações serão cotadas na Bolsa de Londres. (Diário Económico - 05.12.02)

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4- Grupo de acionistas da BE anuncia o Close Brothers como conselheiro de seus negócios

O banco de investimento Close Brothers foi selecionado para coordenar e aconselhar o grupo de acionistas da conturbada geradora de energia nuclear inglesa British Energy (BE), afirmou um porta-voz do banco nesta quinta-feira. O banco aconselhará os acionistas no que se refere ao estudo da possibilidade de aceitação do acordo de reestruturação firmado na semana passada entre a BE, o governo britânico e a maior parte dos bancos de investimento que devem à companhia. A reestruturação exigirá dos acionistas e dos portadores de títulos da BE que estes abram mão de suas reivindicações além de dar cabo a um significante processo de diluição das ações existentes, afirmou a BE no dia 28 de novembro. O governo concordou em estender a maturidade do empréstimo de US$ 1,02 bi concedido à BE no dia 26 de setembro até o dia 9 de março de 2003 com o objetivo de prover maior estabilidade financeira à companhia enquanto esta passa pelo processo de reestruturação de seus negócios. (Platts - 05.12.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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