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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 1.009 - 29 de novembro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Coelba deverá contestar reajuste para tarifas

A Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) pretende contestar o reajuste 2003 na tarifa de operação do setor, caso a Aneel não reveja a metodologia de cálculo da correção. As distribuidoras e a Aneel ainda não chegaram a um acordo sobre um dos temas mais polêmicos discutidos durante o Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (Sendi-2002): a revisão tarifária. As distribuidoras não vêem na revisão possibilidades concretas de rever os investimentos aplicados em infra-estrutura para as operações no setor. Apesar das divergências, a Coelba investirá R$ 348 mi em infra-estrutura ano que vem, um valor 40% superior ao aplicado este ano. A intenção da companhia é negociar com a Aneel uma tarifa que compense os investimentos, sem onerar o consumo. A edição baiana do Sendi, realizada no Centro de Convenções, termina hoje. (Correio da Bahia - 29.11.2002)

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2- Segundo consultor, tarifa pode subir após MP 66

A conta de luz pode ficar ainda mais cara, após a aprovação da Medida Provisória 66 pelo Congresso. A previsão é do consultor da Deloitte, Antônio Ganin. O executivo explica que as prestadoras de serviços, o que inclui também as telefonias, terão sua cadeia de fornecimento onerada pela MP, pois passarão a recolher o PIS apenas sobre o valor que agregam à produção, e não mais sobre o faturamento, como ocorre atualmente.Ganin prefere não falar em estimativas ou percentual de aumento de preço no fornecimento elétrico, mas prevê que as distribuidoras deverão pressionar a Aneel para reajustar a tarifa de acordo com os prejuízos previstos para o setor. "A intenção de eliminar o efeito cascata do PIS é uma antiga reinvindicação do setor produtivo, mas a MP 66 precisa ser reajustada, para corrigir algumas distorções verificadas junto a alguns agentes econômicos, como as distribuidoras de energia", considera Ganin. A MP 66, também conhecida como minirreforma tributária, tem como objetivo desonerar a cadeia produtiva industrial, através de mudança no método de cobrança do PIS e Cofins, que deixariam de ser cobrados de forma cumulativa. A MP prevê aumento de 1% na alíquota, que passaria para 1,65%. (Correio da Bahia - 29.11.2002)

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3- Comissão do Senado rejeita projeto que redistribuiria royalties de energia elétrica

Em reunião extraordinária realizada na última quarta-feira, dia 27 de novembro, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) rejeitou projeto de lei que redistribuiria a compensação financeira dada a estados e municípios onde há exploração de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica. Os senadores aprovaram voto em separado apresentado pelo senador Ney Suassuna (PMDB-PB), pela rejeição da matéria. As concessionárias de geração de energia elétrica recolhem ao Tesouro Nacional 6,75% do valor da energia produzida. Desses recursos, 0,75% vão diretamente para o Ministério do Meio Ambiente, para serem aplicados na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. Do restante, 45% vão para estados, 45% para os municípios, 3% para o Ministério do Meio Ambiente, 3% para o Ministério de Minas e Energia e 4% para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O projeto, de autoria do deputado Chico da Princesa (PSDB-PR), diminui o percentual dos estados para 25%, aumentando o dos municípios para 65%. Também altera a compensação recebida pelos quatro municípios que abrigam a represa de Itaipu. (Canal Energia - 28.11.2002)

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4- Sugestões definirão regras para pequenas distribuidoras

A Aneel já está recebendo as contribuições e sugestões para a audiência pública sobre as regras de fornecimento de energia para distribuidoras de pequeno porte. Enquadram-se nessa categoria empresas como Cocel, do Paraná, e Sulgipe, de Sergipe, que atendem mercados com consumo anual inferior a 300 GWh. O prazo para envio de contribuições vai até o dia 18 de dezembro. A proposta colocada em debate aborda dois artigos da lei 10.438/2002, que atribui à agência a competência para definir o valor das tarifas de suprimento para estas empresas. Na minuta, as concessionárias de pequeno porte terão algumas características similares aos dos consumidores que recebem energia em alta tensão. A nova proposta obriga a substituição dos atuais contratos de fornecimento por três contratos. Um deles será sobre a contra de energia por parte das distribuidoras, e os outros dois sobre a conexão e o uso dos sistema de distribuição. Os interessados podem enviar as contribuições e sugestões para o e-mail ap029_2002@aneel.gov.br, ou para o fax, 61 426-5839. (Jornal do Commercio - 29.11.2002)

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risco e racionamento

1- Região Nordeste registra aumento de 1,2% no consumo de energia

Nos últimos dias de novembro, o consumo de energia nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste continua crescendo. O maior aumento verificou-se na região Nordeste, que registrou crescimento de 1,2% na energia demandada. Segundo dados do ONS, relativos ao dia 27 de novembro, o consumo nessa região chegou a 6.457 MW. O volume acumulado nos últimos sete dias está 0,53% abaixo da curva de aversão ao risco 2002/2003. No Sudeste/Centro-Oeste, o aumento no consumo foi de 0,7%, chegando a 27.877 MW. Em relação à curva de aversão ao risco, a energia demandada nos últimos sete dias está 0,46% abaixo do previsto. O consumo de energia nas regiões Norte e Sul na última quarta-feira foi de 2.760 MW e 8.143 MW, respectivamente. (Canal Energia - 28.11.2002)

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2- Eletronorte e Chesf afastam risco de desabastecimento no Norte e Nordeste

Os baixos níveis dos reservatórios nos subsistemas Norte e Nordeste já começam a preocupar o setor. Apesar de os níveis dos reservatórios estarem 70% abaixo da média histórica da região Norte, a Eletronorte garante que o baixo volume registrado é por pouco tempo. Isso porque, para cumprir o cronograma de Tucuruí II, a estatal decidiu aumentar a capacidade de geração de Tucuruí I para baixar o volume de água no reservatório e permitir a implantação da 11º turbina, que começa a operar em 21 de dezembro. Atualmente, cada máquina da hidrelétrica está gerando 220 MW, quando o normal é produzir 180 MW. Segundo a assessoria de imprensa da Eletronorte, a previsão é que essa produção caia já na próxima semana, quando o volume do lago atingirá a cota de 54 metros e iniciará o período chuvoso na região. No Nordeste, a Chesf também nega a possibilidade de novo desabastecimento de energia na região. Segundo Roberto Pordeus, chefe de gabinete de Operação da estatal, os níveis estão dentro do esperado pelo ONS e a previsão é que os reservatórios do subsistema comecem a se normalizar já em dezembro com o início do período chuvoso. (Canal Energia - 28.11.2002)

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3- Região Norte apresenta 0,9% de queda nos níveis dos reservatórios

Com uma redução de 0,9%, os reservatórios da região Norte estão com 8,76% da capacidade. A usina de Tucuruí apresenta índice de 6,97%. (Canal Energia - 28.11.2002)

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4- Capacidade de armazenamento do Nordeste está em 19,28%

A capacidade de armazenamento do subsistema Nordeste está em 19,28%, uma queda de 0,22%. O volume está 14,18% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta índice de 12,76%. (Canal Energia - 28.11.2002)

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5- Sudeste/Centro-Oeste está com volume 21,24% acima da curva de aversão ao risco

Os reservatórios registram 40,64% da capacidade na região Sudeste/Centro-Oeste, uma redução de 0,07%. O submercado está com volume 21,24% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Furnas e Emborcação apresentam, respectivamente, 56,74% e 42,88%. (Canal Energia - 28.11.2002)

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6- Reservatórios estão com 96,1% da capacidade no Sul

A variação nos índices foi de - 0,1% na região Sul. Com isso os reservatórios estão com 96,1% da capacidade. O volume da hidrelétrica de G. B. Munhoz está em 98,64%. (Canal Energia - 28.11.2002)

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7- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Light troca de presidente no dia 10

A Light, distribuidora de eletricidade que atua no Rio e controlada pela EDF, será presidida por Jean-Pierre Louis Bel a partir de 1O de dezembro próximo. Ele substituirá Michel Gaillard, cuja saída foi anunciada no final de julho e atribuída pelo mercado à insatisfação da controladora com a administração que, nos últimos três anos, não alcançou os resultados esperados. A Light ainda não comentou o caso. Em comunicado à Bovespa, a companhia informou que foi confirmado o nome de Paulo Roberto Ribeiro Pinto para o cargo de diretor de Relações com Investidores. A diretoria, com mandato até 2005, foi aprovada pelo Conselho da companhia, em reunião realizada quarta-feira passada. Foram nomeados diretores Claude Edouard Monmejean, Cristiana Macedo de Arruda Reis, Joel Andre Christian Nicolas e Paulo Roberto Guimarães Monteiro de Barro. Os suplentes do Conselho são Jean-Pierre Louis Bel e Cristiana Macedo de Arruda Reis, em substituição a Michel Albert Henri Bourguignon e Danilo de Souza Dias, respectivamente. (Jornal do Commercio - 29.11.2002)

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2- Light é notificada pela Aneel e recebe críticas do governo do Rio

A Light foi notificada ontem pela Aneel de que está sendo acusada de não estar cumprindo adequadamente o contrato de concessão de distribuição de energia e de fechar agências no interior do Estado do Rio de Janeiro. As acusações são dos deputados da bancada fluminense que fazem parte da Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal. A governadora eleita do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, anunciou ter pedido à equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva que tome posição em relação aos supostos problemas enfrentados pela empresa. Uma cópia do documento enviado por ela ao diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, foi entregue a Dilma Rousseff, responsável pela área de energia da equipe de transição. "Houve reajustes nas tarifas de energia elétrica e a Light também teve empréstimos aprovados pelo BNDES. Tenho certeza de que a Aneel irá tomar as devidas providências, principalmente por conta do tamanho do mercado formado pelo Rio", afirma Wagner Victer, Coordenador do Grupo de Transição de Rosinha Garotinho para Desenvolvimento Econômico, Energia e Turismo e já indicado para ser o secretário de Energia do próximo governo. (Jornal do Commercio - 29.11.2002)

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3- MP considera ação judicial contra Light

O Ministério Público Estadual, segundo Wagner Victer, Coordenador do Grupo de Transição de Rosinha Garotinho para Desenvolvimento Econômico, Energia e Turismo, estaria analisando a hipótese de entrar com ação judicial para proteger os direitos difusos dos consumidores fluminenses. "Estamos pedindo uma fiscalização emergencial para ter certeza de que nada sairá prejudicado no Estado, que passará a viver um consumo maior de energia por conta do verão", acrescenta, considerando uma atitude absurda o fechamento de agências da Light no Interior do Estado. "Tem gente no Interior que terá de se deslocar para outro município, às vezes sem ter condições, para reclamar ou resolver algum problema junto à Light", assinalou. No documento entregue à Aneel e ao presidente eleito, a governadora eleita Rosinha Garotinho diz que está atuando em defesa dos direitos dos consumidores, da manutenção do emprego e das empresas que poderiam ser afetadas, prejudicando a economia fluminense. Ela afirma que a agência reguladora federal deve adotar todas as medidas contratuais e legais no sentido de reverter as ações contrárias adotadas pela concessionária de serviços públicos. (Jornal do Commercio - 29.11.2002)

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4- Demissão atingiria 700 funcionários da Light

No início da semana, uma comissão de deputados federais, liderada pela deputada Jandira Feghalli (PC do B) pediu a intervenção da Aneel na distribuidora de energia. Em documento enviado ao diretor-geral da agência, os deputados denunciavam que a Light não estaria cumprindo o contrato de concessão, no que diz respeito à qualidade dos serviços. Os parlamentares acusam a concessionária de cortar serviços essenciais à população, como os trabalhos de manutenção corretiva e preventiva em seu sistema de distribuição de luz, e de fechar agências de atendimento em 32 locaidades do Estado. A Light estaria, segundo os parlamentares, planejando a demissão de 15% do seu quadro pessoal, cerca de 700 funcionários, para reduzir despesas. (Jornal do Commercio - 29.11.2002)

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5- Light não tem previsão sobre dimensão dos cortes

A Light, que é controlada pela EDF, diz que não tem previsão sobre a dimensão dos cortes. Ela está negociando com os eletricitários o acordo salarial, onde os funcionários têm vários pedidos, incluindo estabilidade no emprego, mas a distribuidora alega que vem registrando prejuízos e inadimplência recordes. Com a redução do consumo de energia após o racionamento, para 13% abaixo do verificado em 2000, a Light registra uma perda de receita de R$ 350 mi no acumulado do ano. Da energia comprada, cerca de 22% não é faturada devido aos furtos que ocorrem em larga escala. Para fechar o quadro, a companhia registrava, no primeiro semestre, a perda de receita de R$ 500 mi com a inadimplência medida pelas contas com atraso de 30 dias ou mais. Esse foi um dos motivos do endurecimento da empresa com a UFRJ, que em agosto teve o fornecimento cortado. No balanço do terceiro, a Light informa que sua dívida líquida consolidada está em R$ 4,98 bi, equivalentes a US$ 1,279 bi. No balanço, a empresa informou ainda que iniciou um programa de ajuste da sua estrutura "que contempla um enxugamento da sua estrutura organizacional, reorganização administrativa e reorientação dos seus investimentos concentrando-os no combate às perdas de energia e na redução dos níveis de inadimplência". (Valor - 29.11.2002)

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6- Enron quer desfazer-se de todos os seus ativos no país

Tudo o que a Enron tem no país está à venda, como parte do processo de reorganização mundial da companhia liderado pelo juiz de falências Arthur J. Gonzalez. A lista inclui o controle ou participação em 12 empresas e é encabeçada pela distribuidora paulista de energia Elektro, o mais valioso ativo brasileiro da energética americana. Segundo fontes do setor, o fundo de investimentos Opportunity teria feito uma proposta de compra da distribuidora. Outra interessada que também já teria apresentado uma oferta é a geradora belga Tractebel. O fundo e a geradora não comentam a informação. O prazo de recebimento das propostas de aquisição, que anteriormente havia sido marcado para 11 de outubro, foi estendido para o fim do ano, segundo o presidente da Elektro e da Enron no Brasil, Orlando González, a pedido dos interessados. Entre outros ativos à venda, a participação de 3% da Enron no Gasbol teria recebido uma oferta de sua concorrente, a também americana El Paso. A empresa negocia ainda a transferência da sua participação nas distribuidoras de gás CEG e CEG-Rio, respectivamente de 25,38% e 33,75%, para a Petrobras. A negociação, que havia começado antes do pedido de concordata, foi estimada em US$ 240 mi na época, mas teve os valores e as condições renegociadas devido à desvalorização dos ativos após a deflagração da crise. (Valor - 29.11.2002)

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7- Ativos no Brasil representam cerca de 30% da OpCo

Quase todos os ativos da Enron no Brasil foram incluídos no plano de reestruturação da companhia, que prevê a criação da OpCo, empresa onde serão concentrados os ativos "bons". Os credores, no entanto, ainda não responderam se aceitam a proposta. Fazem parte da OpCo a Elektro, a termoelétrica de Cuiabá, a GasOcidente e GasMat, a participação na TBG, a térmica merchant Eletrobolt, concluída, e o projeto da termoelétrica Riogen. Essas participações, segundo a Enron, estão fora do processo de falência que corre nos Estados Unidos. A Gaspart, subsidiária da Enron que concentra as participações em nove empresas de distribuição de gás, não foi incluída na nova estrutura. Ela está entre as 151 empresas que serão vendidas no processo de liqüidação. Os ativos no país representam cerca de 30% da OpCo. A proposta é de que o novo negócio seja focado na distribuição, geração e produção de gás natural e eletricidade na América do Norte, Central e do Sul. Se for criada, a empresa receberá todos os 2,6 mil funcionários do grupo no Brasil. A OpCo terá US$ 10 bi em ativos e uma capacidade de geração de energia de 6,7 mil MW. A receita esperada é de US$ 3,2 bi anuais, com lucro estimado de US$ 243 mi. (Valor - 29.11.2002)

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8- Furnas terá mais de R$ 4 mi para reforço de transmissão

Furnas investirá mais de R$ 4 mi no reforço das instalações de transmissão da rede básica do sistema integrado, em Minas Gerais e São Paulo. A subestação de Campinas receberá o maior montante - R$ 2,524 mi. Os recursos serão utilizados na substituição de bancos de reatores. Na subestação Itutinga, a empresa investirá R$ 1,693 mi na instalação de novos equipamentos. Segundo a Aneel, Furnas tm prazo até maio de 2004 para concluir o reforço. A operação ajudará a melhorar o controle dos níveis de tensão dos sistemas 345 KV e 500 KV. (Jornal do Commercio - 29.11.2002)

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9- Empresas investem R$ 30 mi em PCHs

Duas empresas do Paraná foram autorizadas pela Aneel a implantar duas PCHs, no estado. As duas usinas terão 19 MW de capacidade instalada e serão instaladas até março de 2005. Prevista para entrar em operação a partir de março de 2004, o empreendimento da Cristalino Energia terá 4 MW de capacidade, energia que vai atender a uma população de 29,3 mil habitantes. Os investimentos para o projeto chegam a R$ 6 mi. A hidrelétrica Novo Horizonte entrará em operação comercial em março de 2005, disponibilizando 15 MW de potência, beneficiando 110 mil habitantes da região. (Jornal do Commercio - 29.11.2002)

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10- Voith Siemens Hydro foca América Latina

A Voith Siemens Hydro Power Generation realiza em sua sede até amanhã, no bairro do Jaraguá, em São Paulo, conferência para 11 representantes de países da América Latina para estreitar relações e traçar estratégias para otimizar vendas. Com este evento, a companhia dá o passo inicial para a meta de exportar mais em 2003. "Com a desvalorização do Real, a unidade do Brasil passa a ter um preço mais competitivo para exportar para a América Latina", afirma o diretor presidente Júlio Fenner. As exportações da Voith Siemens Hydro representaram 20% do faturamento da companhia no ano fiscal entre outubro de 2001 e setembro deste ano. O volume de vendas da empresa foi de US$ 250 mi. A empresa, centro de competência mundial do grupo, exporta para China, Paquistão, Estados Unidos, Alemanha, Índia e Canadá. "Os projetos nacionais enfrentam retração da demanda no mercado de energia. Outro fato é que se o Governo não regulamentar as licenças ambientais, o Brasil corre o risco de ficar entre seis meses e um ano sem leilões de novas usinas hidrelétricas e por isso vamos focar nas exportações e nos contratos em dólar, como o de Itaipu", afirma o vice-presidente Sérgio Parada. (Jornal do Commercio - 29.11.2002)

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11- Caiuá vai pagar hoje US$ 55 mi

Em comunicado divulgado ontem, a Caiuá Serviços de Eletricidade, empresa do Grupo Rede, informou que vai pagar integralmente US$ 55 mi em títulos no mercado externo que vencem hoje. A empresa disse ter concluído acordo com um "pool de instituições financeiras", o que permitirá a liquidação integral das notas. Procurada pelo Valor, a Caiuá não quis se pronunciar sobre os termos do acordo com os bancos credores. Os títulos da Caiuá ("euro medium-term notes") foram emitidos no ano passado, em operação liderada pelo Unibanco. Os investidores internacionais acreditam que o banco tenha ficado com a maior parte dos títulos em sua própria carteira. O Unibanco também não quis se pronunciar. Em outro comunicado divulgado ontem, a Caiuá informou que o conselho de administração aprovou, em reunião no dia 22 último, a contratação de operação de financiamento de R$ 100 mi do BNDES. A Caiuá é uma distribuidora de energia elétrica com atuação nas Regiões Norte, Centro Oeste e Interior de São Paulo. (Valor - 29.11.2002)

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12- Empresas formam grupo para administrar usina de Barra Grande

As empresas Barra Grande Energia, Alcoa Alumínio, DME Energética e Camargo Correa Cimentos receberam autorização para formar um grupo que irá administrar a hidrelétrica Barra Grande. A transferência da participação total dessas empresas no Consórcio Grupo de Empresas Associadas de Barra Grande (Geab) para a Energética Barra Grande (Baesa) foi aprovada esta semana pela Aneel. A usina, que tem potência instalada de 690 MW, está localizada na divisa dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A agência licitou a hidrelétrica em 1999. (Canal Energia - 28.11.2002)

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financiamento

1- CBIEE diz que adiamento da liquidação do MAE fere acordos do setor

A CBIEE está preocupada com a possibilidade de adiamento indefinido do processo de liquidação financeira do MAE. A entidade considera a postergação dos pagamentos uma posição que feriria frontalmente os acordos firmados no setor, tais como o Acordo de Mercado, os Contratos Iniciais e o Acordo Geral do setor elétrico. Em comunicado, a presidente da entidade, Claudia Costin, afirma que um novo adiamento na data de realização do negócio, previsto para o dia 4 de dezembro, poderá causar fortes impactos ao mercado. "O respeito às regras, acordos firmados e contratos vigentes é um valor fundamental para a estabilidade econômica e institucional do país", afirma ela, ressaltando ser este um ponto amplamente defendido pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda de acordo com a presidente da CBIEE, as conseqüências da não-realização do acerto financeiro no âmbito do mercado de curto prazo ultrapassarão as barreiras do setor elétrico, "podendo levar o país a uma grande crise de credibilidade internacional, afugentando os investidores e criando um ambiente propício para uma reação de inadimplência em cadeia no setor". (Canal Energia - 28.11.2002)

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financiamento

1- IGP-M tem a maior taxa do Plano Real em novembro

Pelo segundo mês consecutivo, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) bateu recorde e, em novembro, ficou em inéditos 5,19%, a maior taxa do Plano Real. Em outubro, o IGP-M já havia sido de 3,87%, também o mais alto desde agosto de 1994, quando os índices de inflação ainda tinham resíduos do período pré-Plano Real. Com o resultado de novembro, o índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) já acumula alta de 20,78% este ano e de 21,05% em 12 meses. O IGP-M é o índice de inflação mais afetado pelo dólar, já que 60% de sua coleta referem-se a preços no atacado. Mas, este mês, os reajustes foram fortes também no varejo. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - que responde por 30% do IGP-M - subiu 2,51%, mais do que o dobro da alta de 0,91% de outubro. (O Globo - 29.11.2002)

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2- Analistas prevêem inflação menor em dezembro

A subida do IGP-M surpreendeu os analistas, que esperavam uma taxa abaixo dos 5%. Eles afirmam que este deve ser o pico de alta e que, em dezembro, a tendência é de reajustes menos intensos. Mas os economistas alertam que a disparada no IGP-M provocará estragos na inflação de 2003: o índice corrige as tarifas de energia elétrica, telefonia e, em alguns casos, o aluguel. - Esse índice tem reflexo na inflação de 2003 por causa dos preços administrados. Mas, se o dólar continuar em torno de R$ 3,60, a tendência é uma taxa menor no mês que vem - diz Luiz Roberto Cunha, diretor do Instituto Fecomércio. O economista Luís Afonso Lima, do BBV Banco, também espera uma queda do IGP-M daqui para a frente. Ele afirma que os preços no atacado já estão subindo menos e que, num segundo momento, isso também chegará ao varejo. (O Globo - 29.11.2002)

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3- PIB sobe 2,38% no terceiro trimestre ante 2001, diz IBGE

No terceiro trimestre de 2002, o PIB a preços de mercado registrou crescimento de 2,38% em relação ao mesmo período de 2001, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todos os setores apresentaram crescimento nessa comparação: a Agropecuária avançou 7,19%, a Indústria se expandiu em 2,98% e os Serviços cresceram 1,77%. (Valor Online - 29.11.2002)

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4- Dólar comercial abre em alta de 0,63% e sai a R$ 3,6330

O dólar comercial abriu as operações com alta de 0,63% perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,6230 na compra e a R$ 3,6330 na venda. No mercado futuro, os contratos de dezembro negociados na BM & F tinham avanço de 0,59%, projetando a moeda a R$ 3,605. Ontem, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,41%, a R$ 3,6050 na compra e a R$ 3,6100 na venda. Apesar da rolagem de cerca de 71% da dívida cambial, a briga para elevar as cotações que corrigirão o débito não rolado pressionou o resultado. (Valor Online - 29.11.2002)

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gás e termoelétricas

1- Chesf suspende projeto de térmica em Pernambuco

A Chesf suspendeu por tempo indeterminado o projeto de construção de uma termelétrica em Pernambuco. A Termobongi, depois chamada de térmica de Pau Ferro, não está mais nos planos da empresa. Até setembro passado, quatro grupos disputavam a implantação da usina, que teria uma capacidade de geração entre 220 MW e 280 MW, seria instalada em Igarassu e representava um investimento de R$ 250 mi. O presidente da companhia, Mozart de Siqueira Campos, explicou ontem as razões da suspensão. Segundo ele, não há mais necessidade de a empresa realizar o investimento porque existe energia sobrando no Nordeste. Uma sinal de que a oferta atual dispensa a térmica é que, em setembro passado, após o leilão realizado no MAE, a Chesf terminou com um encalhe de 446 MW. Ofertou 1.472 MW e só conseguiu vender 1.026 MW. Além disso, a térmica da Chesf em Camaçari, na Bahia, começa a produzir energia em 2003. Até o final do próximo ano, serão 350 MW oferecidos ao sistema elétrico do Nordeste. Outro elemento que terminou contribuindo para a suspensão do projeto em Pernambuco é a ampliação da capacidade de transmissão da Chesf. Explica-se. No próximo ano, a hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, terá sua produção elevada dos atuais 3,5 mil megawatts médios para 5 mil MW médios. Como a Chesf está concluindo a implantação da linha Presidente Dutra (MA)/Teresina, terá condições de aumentar a importação de energia da região Norte. (Jornal do Commercio de Pernambuco - 29.11.2002)

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internacional

1- AES Drax Holdings consegue postergar pagamento de títulos

A AES Drax Holdings, detentora da estação Drax de força situada no Reino Unido com capacidade instalada de 4,065 MW, reestruturou um acordo feito com bancos com a finalidade de suspender pagamentos de dívidas contraídas em Eurobonds emitidos pela estação de força pelo menos até o dia 31 de maio de 2003, afirmou a própria Drax em comunicado remetido à Comissão Americana de Títulos e Câmbio (SEC) nesta quarta-feira. A Drax atingiu inicialmente um acordo "tendo em vista certos ajustes, principalmente de adiamento do pagamento dos títulos, acertados com o comitê de direção representativo do sindicato dos bancos que financiaram os Eurobonds emitidos pela AES Drex Holdings para o financiamento da aquisição da estação Drax de força", afirmou a companhia. O acordo foi ajustado para permitir que a companhia alcance "um período de estabilidade" necessário à reestruturação de suas dívidas. A Drax cancelou um contrato de fornecimento de energia com a TXU Europe no dia 18 de novembro. (Platts - 28.11.02)

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2- Governo inglês estende auxílios de crédito à British Energy até março de 2003

O governo inglês concordou em estender a política de empréstimos iniciada no dia 26 de setembro com a British Energy (BE) até o dia 9 de março de 2003 com o objetivo de conceder à companhia uma maior estabilidade financeira e maior segurança, enquanto a companhia reestrutura suas operações, afirmou o governo nesta quinta-feira. O mesmo garantiu estar preparado para continuar a financiar as operações da BE enquanto que o plano de reestruturação é acertado com credores. Os mecanismos de auxílio de crédito já existentes devem ser estendidos até o dia 9 de março de 2003, entretanto, o teto de US$ 1,02 bi ateriormente acertado não deve ser elevado. Caso o plano de reestruturação da BE não vingue, o governo disse que continuará a dar suporte às operações das estações nucleares da companhia, que devem continuar a gerar energia. O presidente e diretor executivo Robin Jeffrey foi provisoriamente destituído dos cargos e deve ser substituído, na posição de presidente, por Adrian Montague, vice-presidente da Network Rail e consultor sênior da Societe Generale, de Paris. (Platts - 28.11.02)

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3- Três empresas passam a segunda fase de seleção para compra da Energ

A IPE - Investimentos e Participações Empresariais selecionou a Lusoenergia, a Enersis e a Enernova para passar à segunda fase do processo de venda de 57,5% Generg, construtora e exploradora de minicentrais de produção de energia, anunciou a primeira. "Informamos que das 15 empresas que manifestaram interesse no concurso (para a venda da Generg), foram selecionadas para a segunda fase as seguintes: Lusoenergia, Enersis e a Enernova", refere a IPE em comunicado. Recorde-se que a Direção Geral do Comércio e da Concorrência (DGCC) anunciou hoje que foi notificada pela Enersis da proposta para a aquisição de 57,475% da Generg. Fora a IPE, a Generg é detida em 32,5% pela Elactrabel e em 10% pelo Grupo Espírito Santo. (Diário Económico - 28.11.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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