1- Aneel examina pedido de reajuste de 14% no seguro-apagão |
O consumidor poderá
enfrentar um novo reajuste nas contas de luz no próximo ano. Está
sendo negociado com o governo um aumento de 14% no valor da taxa
de seguro-apagão, que aparece discriminada nas contas como encargo
de capacidade emergencial. A tarifa passaria de R$ 0,0057 por
kWh para R$ 0,0065, a partir de janeiro. Este foi o percentual
de reajuste pedido à Aneel pela CBEE. De acordo com os contratos,
o seguro-apagão pode ser reajustado a cada três meses. O último
aumento foi autorizado em junho, quando a tarifa passou de R$
0,0049 por kwh para R$ 0,0057. Em setembro, data prevista para
uma nova revisão, houve um adiamento devido às eleições. A CBEE
não quis se pronunciar sobre o pedido, mas o aumento seria para
compensar a alta do dólar e a variação do IGP-M, índice que já
se aproxima dos 20% no ano e é o mais afetado pela oscilação da
moeda americana. (Jornal do Brasil - 26.11.2002)
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2- PT não deve mudar indexador, diz Palocci |
O coordenador da equipe de transição, Antonio Palocci, negou ontem
que o novo governo esteja conversando sobre a possibilidade de
mudança no indexador para as tarifas públicas, principalmente
nos setores de energia e telecomunicações. Ele reafirmou que o
Governo não irá romper contratos, mas admitiu que esses ''podem
ser sempre reavaliados''. Palocci explicou no entanto que o índice
utilizado hoje para reajustar as tarifas de energia, o IGP-M (Índice
Geral de Preços - Mercado), pode estar elevado hoje em razão da
alta do dólar, mas ''daqui a pouco poderá estar mudado, ou até
invertido'', afirmou. Ele completou que o setor precisa de um
debate mais amplo para garantir o abastecimento de energia que
vá além do índice de correção das tarifas. (Jornal do Commercio
- 26.11.2002)
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3- Térmicas e hidrelétricas terão tarifas de transmissão
diferenciadas |
O CNPE definiu as diretrizes para a regulamentação das tarifas
de transmissão de energia, com tratamento diferenciado para usinas
térmicas e hidrelétricas. A medida faz parte de um pacote com
cinco deliberações definidas sexta-feira, que incluem ainda regras
para os leilões de compra de energia pelas distribuidoras. As
tarifas das termelétricas serão proporcionais à distância da usina
ao centro de consumo. Quanto mais longe uma usina térmica estiver
dos consumidores, maior será a tarifa. As tarifas serão estáveis
ao longo do tempo de funcionamento da térmica e só serão reajustadas
anualmente. Para as hidrelétricas, será fixada uma tarifa média,
igual para todas as geradoras. O objetivo é incentivar novos investimentos
mesmo em potenciais hidráulicos mais distantes. As tarifas de
transmissão serão rateadas entre as geradoras, que vão pagar 80%,
e os consumidores, com 20%. Os preços para os consumidores só
irão variar anualmente de acordo com a inflação. A Aneel terá
até 31 de março para baixar os regulamentos da nova sistemática
de cálculo das tarifas. (Valor - 25.11.2002)
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4- Aberto na Câmara prazo para emendas |
Desde ontem, está aberto o prazo para apresentação de emendas
ao Projeto de Lei 6381/02 na Comissão de Constituição e Justiça
e de Redação. A proposição visa a recuperar parcialmente o equilíbrio
econômico-financeiro das concessionárias de energia elétrica sob
controle direto ou indireto dos entes federativos que tiverem
reduzidos seus saldos credores na Conta de Resultados a Compensar
(CRC) em razão das alterações introduzidas pela Lei 8.724/93.
De autoria do deputado Airton Dipp (PDT-RS), o projeto foi aprovado
dia 20 último, na Comissão de Finanças e Tributação. Ele define
que o redutor de 25% sobre o saldo da CRC será aplicado somente
após efetivadas as quitações e compensações autorizadas, limitando-se
a redução ao montante do saldo credor remanescente em favor do
concessionário. (Jornal do Commercio - 26.11.2002)
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5- Setor discute novos critérios de apuração dos indicadores
de qualidade no fornecimento |
A Aneel realiza esta semana audiência pública com representantes
de consumidores e distribuidoras para apresentar contribuições
da minuta de resolução que define novos critérios de apuração
dos indicadores de qualidade no fornecimento de energia. A proposta
apresentada pela agência estende os critérios de apuração dos
indicadores aos consumidores livres e agentes geradores. Na regulamentação
atual, os critérios são aplicados somente aos consumidores cativos.
A minuta de resolução propõe ainda que as multas aplicadas em
função do descumprimento das metas dos indicadores seja transformada
em ressarcimento ao consumidor prejudicado. Outra proposta é dividir
a responsabilidade entre distribuidoras e transmissoras pelo cumprimento
das metas dos indicadores de continuidade individuais, quando
estiverem envolvidas instalações de distribuição de outras empresas
e de transmissão não integrantes da rede básica do sistema interligado.
(Canal Energia - 25.11.2002)
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6- Definidas regras de indenizações para os atingidos
pela Hidrelétrica de Foz do Chapecó |
Os critérios para indenizar os atingidos pela Usina Hidrelétrica
de Foz do Chapecó, a ser construída no Rio Uruguai, entre Alpestre
(RS) e Águas de Chapecó, foram definidos ontem em Chapecó. Participaram
do encontro representantes dos 13 comitês de negociação dos municípios
atingidos e do Consórcio Foz do Chapecó. As cidades que terão
área alagada são as catarinenses Águas de Chapecó, Caxambu do
Sul, Chapecó, Guatambu, Itá e Paial, além de sete municípios gaúchos.
O documento aprovado ontem foi elaborado em quatro reuniões dos
comitês com o empreendedor. Segundo o diretor adjunto de meio
ambiente do Consórcio, Walter Zer dos Anjos, o documento vai nortear
os valores, critérios e público-alvo das indenizações. Todos os
proprietários e posseiros de boa fé identificados, ou não, no
cadastro socioeconômico serão indenizados. Os valores vão levar
em conta não só o preço das terras, mas todas as benfeitorias.
O valor da terra será definido por uma pesquisa a 200 km das margens
dos rios. (Diário Catarinense - 26.11.2002)
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1- Relatório sobre apagão no Nordeste deve sair hoje
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A Chesf, a Eletronorte, e o ONS têm prazo até às 17 horas de hoje
para apresentarem relatório à Aneel com informações sobre a causa
da queda no fornecimento de energia elétrica, durante 30 minutos
no último sábado, em cinco estados da região Nordeste. Informações
preliminares dão conta de que houve curto-circuito em linha de
transmissão que leva energia da usina hidrelétrica de Paulo Afonso
(BA) à subestação conversora de Bom Nome (PE). Além disso, outras
duas linhas, que também ligam Paulo Afonso a essa subestação,
interromperam a transmissão. (Gazeta Mercantil - 26.11.2002)
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2- Consumo do subsistema SE/CO aumenta 2,8% |
O consumo do subsistema Sudeste/Centro-Oeste aumentou 2,8% no
último domingo, dia 24 de novembro, comparando-se ao domingo anterior,
dia 17 de novembro. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema
(ONS), as regiões consumiram mais 624 MW, passando de 21.950 MW
para 22.574 MW. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume
acumulado nos últimos sete dias está 1,54% menor que o previsto
pelo Operador. Os subsistemas Sul e Norte também registraram alta
no consumo de energia, indo de 5.751 MW para 6.070 MW e de 2.472
MW para 2.496 MW, respectivamente. Já a região Nordeste obteve
uma pequena queda no consumo no período, 3 MW a menos que os 5.572
MW do dia 17 de novembro. A curva de aversão ao risco acumula
um déficit de 0,73% em relação ao previsto pela ONS. (Canal Energia
- 25.11.2002)
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3- Região Norte tem capacidade de armazenamento em
10,02% |
A capacidade de armazenamento na região Norte está em 10,02%,
uma redução de 0,02% em um dia. A usina de Tucuruí apresenta índice
de 7,66%. (Canal Energia - 25.11.2002)
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4- Região Nordeste está 14,7% acima da curva de aversão
ao risco |
Os dados do boletim do ONS referente ao dia 24 de novembro mostram
que a região Nordeste está 14,7% acima da curva de aversão ao
risco.O volume dos reservatórios está em 20,46%, uma queda de
0,14%. A hidrelétrica de Sobradinho registra 13,19% de capacidade
de armazenamento. (Canal Energia - 25.11.2002)
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5- Reservatórios não apresentaram alteração dos níveis
no Sudeste/Centro-Oeste |
Na região Sudeste/Centro-Oeste os reservatórios não apresentaram
alteração dos níveis, mantendo-se com 40,88% de armazenamento.
O volume está 21,08% acima da curva de aversão ao risco. A usina
de Furnas apresenta índice de 57,26%, enquanto Emborcação está
com 43,88%. (Canal Energia - 25.11.2002)
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6- Volume armazenado está em 96,44% no Sul |
Na região Sul o volume armazenado está em 96,44%, um acréscimo
de 0,21% nos índices. O nível da hidrelétrica de Salto Santiago
está em 98,79%. (Canal Energia - 25.11.2002)
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7- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Setor de energia é o maior devedor do sistema |
O setor de produção e distribuição de energia é hoje o maior devedor
do sistema financeiro nacional, com R$ 10,8 bi em créditos ativos.
Telecomunicações e siderurgia vêm logo em seguida, com R$ 9,6
bi e R$ 6,6 bi, respectivamente. De acordo com o Relatório de
Estabilidade Financeira, divulgado pelo Banco Central, juntos,
os 100 maiores devedores representam 20,4% da carteira ativa de
crédito do sistema financeiro brasileiro, totalizando uma dívida
de R$ 82,4 bi, contra R$ 73,4 bi no fim do ano passado. Embora
o número desconsidere dívidas que já tenham sido provisionadas,
desde dezembro, houve uma ligeira elevação na concentração nos
maiores devedores, que antes representavam 18,3% da carteira.
Segundo o BC, os maiores devedores possuíam classificação de risco
melhor que a média de todos os devedores do sistema financeiro.
Mesmo assim, enquanto a provisão média caiu de 6,3%, em dezembro
de 2001, para 5,6%, em junho, no grupo dos dez maiores, passou
de 0,4% para 1,5% no mesmo período. (Valor - 26.11.2002)
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2- Eletronorte volta ao STF para liberar usina |
A Eletronorte tenta, nesta semana, pôr em movimento o processo
de construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, paralisado
desde o fim de 2001 por uma liminar concedida ao Ministério Público
do Pará. Depois de confirmada duas vezes pelo presidente do STF,
Marco Aurélio Mello, a liminar será contestada outra vez, segundo
informou ao próprio Marco Aurélio o presidente da Eletronorte,
José Antônio Muniz. A derrubada será pedida ao plenário do tribunal.
A pedido do Ministério Público, foram interrompidos em 2001 os
estudos de impacto ambiental para construção da usina, projetada
para gerar 11 mil MW, mais que a usina de Tucuruí, ou oito usinas
nucleares semelhantes à Angra II. O projeto deve afetar a vida
de uma pequena aldeia, a Paquiçamba, com 48 habitantes, e reduzirá
o volume de água do rio Xingu, que atende a populações de 20 etnias
indígenas. Na primeira quinzena de dezembro o governo deve analisar,
em reunião do Conselho Nacional de Política Energética, o que
fazer em relação a Belo Monte. A tendência é recomendar que a
Eletronorte assuma a elaboração do projeto básico da usina, que
seria construída com capital privado. A estatal, cujos dirigentes
têm interesse em participar ativamente da construção da hidrelétrica,
poderia entrar apenas como sócia minoritária. Há um temor de que
investidores estrangeiros sintam-se desestimulados com a presença
da Eletronorte, já responsável por Tucuruí, naquela que deve ser
uma das principais usinas do país. (Valor - 26.11.2002)
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3- PT permanece indefinido sobre Belo Monte |
A polêmica usina de Belo Monte, instalada em Altamira, no Pará,
inundará cerca de 400 km quadrados e deverá provocar a remoção
de duas mil famílias. O projeto original previa a inundação de
1,2 mil km quadrados e foi alterado devido à forte oposição da
população e organizações não-governamentais. A Eletronorte promete
compensar os índios com uma área dez vezes maior que a ocupada
por eles, e garante que a remoção das famílias melhorará suas
condições de vida. Para acabar com a paralisação dos estudos ambientais,
a Eletronorte conta com parecer contrário à liminar do procurador-geral
da União, Geraldo Brindeiro. A liminar baseia-se no artigo 231
da Constituição, pelo qual o aproveitamento de rios em terras
indígenas só pode ser feito com autorização do Congresso. O procurador-geral
afirma que a contestação usada para interromper os estudos ambientais
interpreta erradamente a Constituição, já que a autorização prévia
do Congresso é exigida apenas para a exploração dos recursos hídricos
em terras indígenas e não para estudos sobre esse aproveitamento.
O presidente da Eletrobrás já conversou sobre o assunto com a
responsável pela área de energia da comissão de transição do PT,
Dilma Rousseff, e espera poder iniciar a construção da usina ainda
no próximo ano. O PT não tem posição definida sobre Belo Monte,
mas há grupos no partido fortemente contrários à construção. (Valor
- 26.11.2002)
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4- Para analistas, MP 64 mantém incerto o futuro da
Eletrobrás |
O novo texto da MP 64 traz aspectos positivos e negativos para
a Eletrobrás e que podem alterar as perspectivas para as ações
da companhia no futuro. Segundo o analista Cristiano Guimarães,
da Sudameris Corretora, com a aprovação da MP 64 foi permitida
a renovação dos contratos iniciais das geradoras com as distribuidoras.
"Isto impacta negativamente a Eletrobrás porque diminui as perspectivas
de lucro da empresa nos leilões para 2003 e 2004", declara o analista.
Mas por outro lado o mecanismo dos leilões foi mantido. "Isto
foi positivo para a companhia que poderá vender a energia de suas
geradoras controladas nos leilões de compra das distribuidoras
e no mercado 'spot'", acrescenta Guimarães. Na avaliação de Rafael
Quintanilha, analista do Espírito Santo Securities, a a alta na
taxa de câmbio favoreceu a empresa em sua atividade 'bancária'.
Mas para Guimarães, do Sudameris, a empresa ainda continua exposta
ao risco político. "Só depois da posse do novo governo o mercado
terá como avaliar com uma maior precisão o futuro da Eletrobrás",
diz. Na opinião do analista Marcos Severine, da BBA Corretora,
o risco político já está embutido na atual cotação das ações da
Eletrobrás na Bovespa. "Antes das eleições o mercado já precificou
todos os riscos e as ações da empresa estão muito depreciadas",
avalia. (Valor - 26.11.2002)
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5- Elektro garante dívida bancária da Enron |
A disputa entre a Elektro e o banco italiano IntesaBCI, que ameaçava
paralisar o processo de venda de ativos da Enron no Brasil, aparentemente
chegou a uma solução. Em comunicado divulgado ontem, a Elektro,
subsidiária da concordatária Enron, dá detalhes sobre o acordo
acertado com o banco italiano para pagar uma dívida de US$ 213
mi feita pela ETB, uma das controladoras da distribuidora de energia,
e que posteriormente foi repassada para a Enron Corp. Segundo
o comunicado, a Elektro vai ser garantidora da dívida da ETB e
promete pagar valores que não ultrapassem 15% da receita bruta
mensal das operações da distribuidora. A dívida com o banco refere-se
a notas promissórias emitidas pela ETB, uma subsidiária da Enron
Corp. A ETB e outras duas subsidiárias, Empresa Paranaense Comercializadora
e Enron Investimentos Energéticos, controlam a Elektro. O acordo
já vinha sendo negociado desde o início do ano, logo depois que
a companhia texana entrou em colapso. O ruído nas conversas começou
a aparecer no fim de agosto, quando a Enron colocou à venda 12
de suas empresas, entre elas a Elektro. (Valor - 26.11.2002)
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6- Elektro e IntesaBCI atingem acordo |
No mês passado, o IntesaBCI entrou com um protesto contra a venda
dos ativos da Enron na 36ª Vara Cível de São Paulo. Foi publicado
um longo comunicado na imprensa que, segundo os representantes
do banco no país, tinha como intuito deixar claro ao possível
comprador que existia um débito a ser pago. No mesmo dia, também
por meio de nota oficial, a Elektro negava ser devedora e acusava
o banco italiano de ter dado informações "inteiramente equivocadas
e inverídicas". "Apesar do incidente, as conversas progrediram",
disse ontem Thomas Felsberg, sócio do Felsberg, Pedretti, Mannrich
e Aidar, escritório de advocacia que representa o IntesaBCI. "Nossa
intenção foi alertar um possível comprador de que havia uma dívida
a ser paga", amenizou. Gaetano De Biasi, diretor responsável pelo
IntesaBCI na América Latina, também está satisfeito com o andamento
das conversações. "A Elektro é uma companhia viável, com fluxo
de caixa para arcar com os pagamentos." Segundo Felsberg, o acordo
foi enviado para o Tribunal de Falências americano que está cuidando
da reorganização da Enron. No Brasil, não há aparentemente nenhum
impedimento. O diretor de fiscalização da Aneel, Romeu Rufino,
disse que a operação foi feita com a anuência do órgão regulador.
"Nesse caso, o que aconteceu foi apenas uma mudança de credor."
No comunicado divulgado ontem, a Elektro informa que o acordo
prevê extensão do prazo para pagamento do principal e desconto
de 37,6% nos juros de parcelas atrasadas. (Valor - 26.11.2002)
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7- Repasse às distribuidoras supera em 70% o que havia
sido projetado em fevereiro |
Nove meses depois do fim do racionamento, o Tesouro Nacional continua
repassando dinheiro para as distribuidoras de energia para compensar
o pagamento de bônus para os consumidores. No total, o governo
deverá gastar aproximadamente R$ 690,5 mi -70% a mais do que havia
sido projetado em fevereiro, no fim do racionamento. O gasto foi
maior que o esperado porque durante o racionamento não houve arrecadação
suficiente com a sobretaxa, e o governo decidiu estender o benefício
do bônus até o fim de março. O Ministério de Minas e Energia informou
ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que não há estudo
para novo financiamento do BNDES para que as geradoras de energia
paguem suas dívidas no MAE. (Folha de São Paulo - 26.11.2002)
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8- Ativos brasileiros da Alliant Energy não serão vendidos |
Os ativos brasileiros da Alliant Energy ficarão de fora do processo
de reestruturação do grupo. Na semana passada, a empresa anunciou
que reduzirá o seu endividamento para US$ 800 mi frente a um excedente
de US$ 1 bi. Além da redução da dívida, o grupo pretende adotar
políticas estratégicas para manter o forte perfil de crédito da
empresa no mercado, como desfazer-se de ativos australianos, por
exemplo. Segundo Felícia Bellos, diretora superintendente para
a América Latina da Alliant Energy, o grupo tem interesse nos
ativos brasileiros, que somam mais de US$ 450 mi. No entanto,
a diretora diz que novos investimentos estão condicionados ao
futuro governo. (Jornal do Commercio - 26.11.2002)
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9- Celesc negocia pagamento antecipado de US$ 61,2
mi em euro comercial pappers |
A Celesc negocia a possibilidade de pagar, antecipadamente, a
dívida de US$ 61,2 mi em euro commercial pappers. Na semana passada,
o Conselho de Administração da companhia se reuniu com os credores
para chegar a um consenso sobre o pagamento da dívida. Segundo
a estatal catarinense, o pedido refere-se a aplicação de um deságio
menor em função do pagamento antecipado. No entanto, os credores
estão pouco convencidos a aceitar o pedido. Isto porque os detentores
dos títulos argumentam que o contrato estabelece uma regra de
deságio e, portante, deve ser cumprida. O contrato assinado prevê
ainda o pagamento das notas promissórias em 48 parcelas de US$
1,275 milhão por mês, com juros de 12,875% ao ano. Desse total,
a companhia já pagou dez parcelas do contrato e pretende liquidar
o restante da dívida com os recursos provenientes da federalização
da dívida com o governo estadual de Santa Catarina. (Canal Energia
- 26.11.2002)
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10- Novas PCHs vão gerar 22 MW a partir de 2004 |
A Aneel autorizou construção de duas pequenas centrais hidrelétricas
em Mato Grosso e Minas Gerais. A previsão é de que as usinas,
que somam 22 MW de potência instalada, entrem em operação até
outubro de 2004. No empreendimento localizado no município Dores
de Guanhães, em Minas Gerais, a Construtora Barbosa de Mello investirá
R$ 19,2 mi até o início da operação, em outubro de 2004. A PCH
de 12 MW de capacidade instalada beneficiará 88,1 mil habitantes.
Já a hidrelétrica Faxinal II, localizada no município de Aripuanã/MT,
da Centrais Elétricas Salto dos Dardanelos, está prevista para
entrar em operação até abril de 2004. Com investimento na ordem
de R$ 16 mi, com potência instalada de 10 MW, beneficiará mais
de 73 mil habitantes. (Canal Energia - 25.11.2002)
Índice
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11- Produtores criticam decisão do CNPE sobre licença
prévia para licitação de projetos |
Os pequenos produtores de energia elétrica ficaram decepcionados
com a decisão do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética),
que criou o grupo de trabalho responsável pela definição de
procedimentos que assegurem que todos os novos empreendimentos
destinados à expansão da oferta disponham de licença prévia
ambiental. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o objetivo
é garantir que os novos projetos contem com estudos de viabilidade
técnica, econômica e ambiental. O grupo tem prazo até 31 de
maio de 2003 para concluir relatório sobre o assunto. Para Fernando
Vilela, diretor da Geraoeste (Usinas Geradoras do Oeste), essa
medida representa mais risco ao empreendedor, já que ele terá
gastos com estudos para o licenciamento ambiental, e ainda correm
o risco de não conseguir aprovação da Aneel. Rodrigo Ferreira,
diretor de Operações do CndPCH (Centro Nacional de Desenvolvimento
de PCH), considera contraditória a postura do governo que, ao
mesmo tempo em que cria mecanismos para incentivar o segmento,
aprova outras medidas que causam obstáculo ao desenvolvimento
do mercado de PCHs. (Canal Energia - 25.11.2002)
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1- Acerto de contas no MAE continua sem data definida |
Inicialmente, o acerto de contas no MAE estava previsto para a
última sexta-feira, dia 22, mas foi adiado por conta da espera
do empréstimo do BNDES para que as geradoras quitem seus débitos
e de um parecer da Receita Federal que autorize liquidações preliminares
entre empresas de um mesmo grupo. A possibilidade de marcar a
liquidação para o dia 4 será discutida hoje pelo conselho de administração
do MAE e amanhã pela Aneel. Segundo Paixão, a data ainda não está
confirmada porque correm na Justiça 14 ações contra a liquidação.
Algumas delas podem cair, uma vez que se referiam à realização
do acerto na data anterior. O presidente da Tractebel, Manoel
Zaroni Torres, afirmou que está confiante sobre a liquidação ocorrer
no dia 4. A maior geradora privada do país é um dos maiores credores
do MAE, com R$ 720 mi a receber, apenas atrás de Furnas. (Valor
- 25.11.2002)
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2- BNDES depositará financiamento diretamente na conta
do MAE |
Representantes do BNDES presentes à reunião de sexta-feira informaram
que o banco depositará diretamente o financiamento na conta de
liquidação do MAE e não no caixa das elétricas, o que desagradou
alguns agentes do setor. Com a alta do dólar e a retração no consumo,
boa parte das elétricas vem trabalhando com o caixa apertado.
A demora do BNDES na liberação desse dinheiro foi um dos motivos
para o adiamento da liquidação. O empréstimo terá 60 meses para
amortização e será garantido pelo reajuste extraordinário de tarifas
criado para repor as perdas com a crise. As principais beneficiadas
com o dinheiro serão as subsidiárias do sistema Eletrobrás, que
receberão juntas R$ 1,2 bi, segundo expectativas. Somente a Chesf,
maior devedora no MAE, terá direito a R$ 584 mi. O superintendente
do MAE afirmou que, antes da liquidação, será feito o acerto de
contas das elétricas de um mesmo grupo. Nesse ajuste preliminar,
devem ser formados oito grupos. A sua estimativa é de que esse
procedimento retire R$ 6 bi das faturas: R$ 3 bi a receber e R$
3 bi a pagar. Desde a sua criação, em setembro de 2000, o MAE
movimentou R$ 11,5 bi. Dos 113 agentes do MAE, até agora apenas
dois ainda não entregaram o número da conta para a liquidação
financeira das faturas, que será comandada pelo Banco do Brasil.
(Valor - 25.11.2002)
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3- Grupo Eletrobrás discute acerto de contas no MAE |
As empresas do grupo Eletrobrás reuniram-se, dia 25.11.2002, para
discutir de que forma será feita a contabilização dos créditos
e débitos das controladas junto ao MAE. O presidente da Chesf,
Mozart de Araújo, explicou que caberá à estatal coordenar a liquidação
dos créditos e débitos de suas controladas, que por sua vez estão
negociando diretamente com o BNDES os empréstimos a que têm direito.
A contabilização por grupo econômico só será possível porque a
Aneel publicou uma resolução na sexta-feira que permite aos agentes
do MAE fazer um encontro de contas dos seus débitos e créditos,
apresentando uma contabilização consolidada onde aparece o valor
líquido a pagar ou a receber. No caso da Eletrobrás, uma das estimativas
do mercado é de que Furnas tem a receber R$ 514 mi e a CGTEE -
que comercializa a energia das térmicas Presidente Médici e Candiota,
movidas a carvão - tem crédito de R$ 32 mi. (Valor - 25.11.2002)
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4- Agentes dizem desconhecer valores lançados |
Na ponta devedora junto ao MAE estão a Chesf, com dívida de aproximadamente
R$ 855 mi, e a Eletronorte, com débito de R$ 322 mi, o que resulta
em uma dívida líquida de R$ 653 mi. Mozart Araújo, da Chesf, diz
que ainda não é possível confirmar o número final, mas ele estima
que o grupo Eletrobrás deve R$ 740 mi no MAE e não os R$ 653 mi.
O problema com os valores do MAE é que alguns agentes dizem desconhecer
os valores que estão sendo lançados e pela regra não é possível
checar os números, já que os dados não são públicos. Uma fonte
do Valor explicou que a Eletrobrás quer usar créditos que Furnas
tem a receber para reduzir a dívida da Chesf e da Eletronorte,
mas Furnas refuta essa proposta. A Eletrobrás teria sugerido que
o crédito de Furnas seja "emprestado" às outras controladas, mas
há quem ache que a solução deve ser diferente. "Furnas poderia
fazer uma cessão de alguns débitos que tem com a Eletrobrás, em
troca dos créditos que ela tem no MAE ou transferir para a holding
a dívida que tem com a Eletronuclear, relativos à geração de energia
excedente durante o racionamento", sugeriu uma fonte. Araújo diz
que ainda é cedo para dizer qual será o tom da reunião, mas segundo
ele, "é claro que Furnas deve ser ressarcida dentro do grupo".
A maior geradora do Sudeste deve aproximadamente R$ 1 bilhão à
Eletrobrás relativos ao financiamento para construção da linha
Norte-Sul I e terá que distribuir cerca de R$ 400 milhões em dividendos
relativos ao lucro de 2001. (Valor - 25.11.2002)
Índice
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5- CNPE determina que distribuidoras comprem energia
para ser entregue 5 anos após contrato |
Em relação aos leilões, o CNPE determinou que as distribuidoras
serão obrigadas a comprar uma parte da energia para ser entregue
5 anos após a assinatura do contrato. Para o ministro de Minas
e Energia, Francisco Gomide, isso incentiva a contratação de energia
de novos empreendimentos de geração. O CNPE também definiu que,
a partir de janeiro de 2004, novas usinas de geração e linhas
de transmissão só poderão ser licitadas após aprovado o licenciamento
prévio ambiental. O conselho decidiu ainda que é preciso criar
um órgão governamental para planejar a expansão do setor elétrico
no longo prazo. Será o Cepen, vinculado ao Ministério de Minas
e Energia. (Valor - 25.11.2002)
Índice
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1- Dólar comercial abre em alta de 1,21% e sai a R$
3,5880 |
O dólar comercial abriu as operações com alta de 1,21% perante
o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,5780 na compra e a R$ 3,5880
na venda. No mercado futuro, os contratos de dezembro negociados
na BM & F tinham avanço de 1,07%, projetando a moeda a R$ 3,570.
Ontem, a rolagem de um quarto da dívida cambial a vencer na segunda-feira
trouxe calma ao mercado. O dólar comercial registrava queda de
0,42% e era negociado a R$ 3,5400 na compra e a R$ 3,5450 na venda.
Durante os negócios, a moeda estrangeira oscilou da mínima de
R$ 3,5220 à máxima de R$ 3,5980. Hoje, a expectativa quanto ao
resultado de mais um leilão de contratos de swap cambial, destinado
a postergar outra parte dessa dívida, deve ditar o rumo dos negócios.
Além disso, o Banco Central realiza dois leilões de linha externa
no valor máximo conjunto de US$ 150 milhões, que serão recomprados
em 4 de fevereiro. Essa operação também rola uma semelhante, a
vencer agora. (Valor Online - 26.11.2002)
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2- Inflação de 2002 deve atingir 10% |
A inflação em 2002, medida pela variação do Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), deve atingir 10%, conforme estudo realizado
pela Gerência Executiva de Relaciona-mento com Investidores (Gerin)
do Banco Central. Os dados divulgados ontem dentro do boletim
Focus envolvem perspectivas colhidas na semana passada junto a
agentes de mercado. Na semana anterior, o BC havia apurado que
havia expectativa de que a inflação fosse de 9,39% em 2002. Também
tornou-se um pouco mais pessimista a média das expectativas para
inflação em 2003. A mais recente pesquisa da Gerin indica aposta
de que o IPCA variará 9,96% no próximo ano, frente à perspectiva
apurada na semana anterior de que a inflação em 2003 seria de
9,81%. Conforme indicado no boletim Focus divulgado ontem, o mercado
aposta em crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,21%
para este ano, contra projeção de 1,22% apontado na semana anterior.
Para 2003 ficou mantida a perspectiva de crescimento de 2% no
PIB. (Gazeta Mercantil - 26.11.2002)
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3- Desemprego estável na Grande São Paulo |
O desemprego na Região Metropolitana de São Paulo atingiu 19%
da População Economicamente Ativa (PEA) em outubro, segundo dados
da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação
Seade e Dieese. A taxa permaneceu estável em relação a setembro,
de 18,9%. A pesquisa estima que um contingente de 1,806 milhão
de pessoas estivessem desempregadas em outubro. No período, o
nível de ocupação caiu apenas 0,2% também indicando estabilidade.
Esse resultado indica um total de 15 mil pessoas a menos no mercado
de trabalho em relação ao mês anterior. Enquanto a indústria foi
responsável pela criação de 12 mil empregos, o comércio eliminou
26 mil ocupações, e agregado outros setores, que inclui a construção
civil e os serviços domésticos, entre outros, excluiu outras mil
pessoas do mercado. O aumento da taxa de desemprego em outubro
não correspondeu à sazonalidade do período, que deveria trazer
um crescimento no nível de emprego nessa época do ano. (Gazeta
Mercantil - 26.11.2002)
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4- Saldo da balança no ano sobe a US$ 11,13 bi |
Antes mesmo de terminar o mês de novembro, o superávit comercial
ultrapassa a previsão do governo de US$ 11 bi para 2002. Há saldo
de US$ 255 mi na quarta semana; de US$ 1,070 bi no mês e acumulado
de US$ 11,130 bi no ano. Nos últimos 12 meses, há superávit de
US$ 12,103 bi, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior. Instituições financeiras ouvidas pelo Banco
Central mantêem projeção de superávit de US$ 12 bi. Entre 18 a
24 deste mês, as exportações atingiram US$ 1,186 bi e as importações,
US$ 931 mi. No acumulado do mês, as exportações chegaram a US$
3,918 bi e as importações a US$ 2,848 bi. As exportações deste
ano podem chegar a US$ 60 bi, segundo o ministro Sérgio Amaral.
Até agora, o acumulado é de US$ 53,910 bi. (Gazeta Mercantil -
26.11.2002)
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1- Fiesp premia projetos de eficiência energética |
A Sadia, a Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa) e a Cosan venceram
o Prêmio Estadual Fiesp de Conservação e Uso Racional de Energia
2002. As empresas conseguiram aliar criatividade e resultados
na área da eficiência energética. Os vencedores foram anunciados
ontem, em premiação na sede da Fiesp. Neste ano, 14 projetos foram
inscritos. O prêmio tem três modalidades: derivados de petróleo
e gás natural, energia elétrica e energia alternativa. Há um vencedor
para cada uma delas, com menção honrosa para os demais finalistas.
A sétima edição do prêmio, em 2003, terá mais uma categoria. Ela
elegerá a distribuidora de eletricidade que mais apóia o uso racional
do insumo na indústria paulista. A novidade foi aprovada ontem.
(Gazeta Mercantil - 26.11.2002)
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1- Blecaute na Argentina esquenta discussão sobre tarifas |
O blecaute que deixou quase metade dos argentinos sem luz na tarde
de domingo fez aumentar o jogo de pressões entre governo, empresas
e consumidores em relação à necessidade de um reajuste nas tarifas
de eletricidade e de serviços públicos em geral, congeladas desde
a desvalorização, em janeiro. Representantes de empresas de energia
disseram que os apagões podem se tornar cada vez mais freqüentes
se não for encontrada rapidamente uma solução para o problema
das tarifas. "Há vários meses as empresas vêm advertindo sobre
os problemas derivados de um período muito prolongado de falta
de investimentos", diz Alberto Lippi, porta-voz da Edesur. Segundo
informações da distribuidora de energia Transener, o corte de
energia foi causado pela explosão de um gerador localizado em
Ezeiza, na região da Grande Buenos Aires. A empresa descartou
a possibilidade de sabotagem, e o governo determinou que as causas
do defeito sejam investigadas. (Valor - 26.11.2002)
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2- Elétricas argentinas reivindicam aumento de 40% |
As empresas de energia elétrica reivindicam aumento médio de 40%,
mas o ministro da Economia, Roberto Lavagna, sugere uma alta de
9% que ainda tem de ser transformada em decreto pelo presidente
Eduardo Duhalde. Mesmo que saia o decreto, grupos de consumidores
já anunciaram que irão à Justiça para tentar barrar os aumentos.
Segundo Marcelo Schoeters, analista da consultoria Mercados Energéticos,
o aumento proposto apenas permitirá que as empresas cubram seus
custos de operação, com pouco dinheiro para realização de tarefas
de manutenção e ausência de novos investimentos. "O importante
é que esse reajuste, que vai permitir simplesmente que a distribuidora
cubra seus custos, sem fazer investimentos, seja revisado o quanto
antes, em quatro ou seis meses", afirma. Ele estima que um aumento
de 30%, cifra sugerida pelo FMI, seria suficiente para que as
empresas recuperem a capacidade de fazer investimentos. Sem a
revisão do reajuste, diz ele, a falta de manutenção poderia ocasionar
a repetição de episódios como o apagão do domingo. (Valor - 26.11.2002)
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3- S&P levanta questões sobre plano de reorganização
da PG&E conduzido pela PUC |
A agência de qualificação
de risco de crédito Standard & Poor`s não está completamente segura
em relação ao plano de reorganização da Pacific Gas & Electric
(PG&E) conduzido pela Comissão de Serviços Públicos da Califórnia
(PUC) com a finalidade de evitar a falência da companhia. Em uma
carta enviada à Comissão no dia 19 de novembro, a agência afirma
que dará à maioria dos títulos de crédito "uma qualificação mínima".
A S&P disse que US$ 7,86 bi em dívidas seguradas antigas receberão
uma qualificação mínima quanto à classificação de risco de investimento,
enquanto que outros US$ 1 bi em dívidas não seguradas antigas
e US$ 932 mi em ações preferenciais "foram estipulados como especulativos".
A S&P disse ainda que sua avaliação depende da existência de certas
condições, incluindo a confirmação do plano da PUC por uma corte
de falência perto de 31 de janeiro além da garantia da PUC de
que a PG&E poderá honrar seus débitos através dos rendimentos
de contribuintes. (Platts - 22.11.02)
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4- Ofgem aprova aquisição de ativos da TXU Europe pela
Powergen |
A Ofgem, agência responsável pela regulação do setor elétrico
no Reino Unido, deu o aval inicial à aquisição dos ativos de distribuição
e geração situados no Reino Unido, até então pertencentes à americana
TXU Europe, pela Powergen, afirmou a própria agência nesta sexta-feira.
A Ofgem recomendou que a Comissão Européia aprove o acordo, dizendo
ainda que este "não representa qualquer problema de competição
ou regulação relativos aos setores de geração e distribuição de
eletricidade, bem como aos setores de comércio de gás e eletricidade".
A Powergen concordou no dia 21 de outubro em adquirir os ativos
britânicos da TXU por US$ 2,12 bi. O acordo garantiu à companhia
2,9 GW adicionais em ativos de geração e 5,3 mi de consumidores
extras de gás e eletricidade. A Ofgem afirmou que o aumento da
participação da Powergen nos mercados varejistas de fornecimento
de gás e energia reduziu o número dos competidores principais
a seis, no entanto, tal fato não coloca a Powergen em uma posição
de dominância, assim como não eleva sua força a ponto de representar
uma ameaça à competição. (Platts - 22.11.02)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
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de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
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