A
Câmara dos Deputados aprovou, ontem, o projeto de lei de conversão
da Medida Provisória 64, do deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA),
que altera as regras do setor elétrico. Pelo texto aprovado, depois
de exaustiva negociação entre o PT e os partidos da base aliada
do atual governo, fica mantida a determinação de que o reajuste
das tarifas seja feito em prazo de pelo menos um ano, com veto
ao artigo 1º da MP. Além disso, o projeto de lei aprovado mantém
as mesmas regras de venda de energia para as concessionárias do
serviço público privatizado e suprime a exclusividade da utilização
dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico
(Cide) para usinas termelétricas movidas a gás natural. Com a
modificação do artigo 6º, fica autorizada a concessão de subsídios,
com recursos da Cide, somente para a redução das tarifas de transporte
de gás natural, no valor máximo de R$ 500 mi. (Gazeta Mercantil
- 21.11.2002)
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2- Acordo entre PT e governo permitiu aprovação da
MP |
Os aliados do presidente Fernando Henrique Cardoso e os aliados
do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva chegaram a um acordo
ontem sobre o texto final da medida provisória que define regras
para o funcionamento do setor elétrico e a aprovaram na Câmara.
Depois de várias semanas de negociação, o governo atual aceitou
retirar do texto o artigo primeiro, que permitia reajustes tarifários
em períodos inferiores a um ano. Também cedeu ao aceitar a supressão
do artigo segundo, que previa que somente as empresas que praticassem
as tarifas homologadas pela Aneel poderiam exercer atividades
competitivas. Em contrapartida, os aliados de Lula também fizeram
concessões: concordaram, por exemplo, com a manutenção dos leilões
de energia e prorrogação dos atuais contratos de fornecimento.
No final da tarde de ontem, os deputados aprovaram as mudanças
feitas na MP pelo relator, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA),
a partir do acordo firmado. A medida provisória 64 segue, agora,
para o Senado Federal. (Valor - 21.11.2002)
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3- Segundo Madeira, texto final da MP atende futuro
e atual governo |
"O texto final atende ao governo atual e ao novo governo", resumiu
o líder do governo Fernando Henrique na Câmara, Arnaldo Madeira
(PSDB-SP). A manutenção dos reajustes anuais, segundo técnicos
do Ministério de Minas e Energia, não deverá trazer prejuízos
para as distribuidoras. O aumento de tarifas em intervalos inferiores
a um ano foi permitido pelo governo para compensar eventuais perdas
que as empresas teriam ao comprar energia nos leilões públicos
por preços superiores aos fixados nos atuais contratos. No entanto,
os preços da energia nos leilões foram muito próximos dos praticados
normalmente, o que tornou dispensável o reajuste mais freqüente.
A retirada do artigo segundo atendeu a um pedido formal feito
pelo governador de Minas Gerais, Itamar Franco, ao presidente
eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Itamar representou os interesses
da Cemig, que via no dispositivo impedimentos para que as companhias
estaduais atuassem no mercado de consumidores livres. A supressão
desse trecho da medida deve beneficiar também a CEEE, do Rio Grande
do Sul, a Celesc, de Santa Catarina, e a Copel, do Paraná. (Valor
- 21.11.2002)
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4- MP estabelece subsídio para redução de tarifa de
transporte de gás |
O texto final da MP estabelece que uma parte do que for arrecadado
com a Cide deverá subsidiar a redução de tarifa de transporte
de gás natural. Esse valor não poderá superar os R$ 500 mi. Também
ficou definido que os recursos da CDE não serão destinados a atender
os consumidores da Subclasse Residencial de Baixa Renda, como
estava previsto inicialmente. Essa subvenção, segundo o novo texto
da medida, será custeada com o adicional de dividendos devidos
à União pela Eletrobrás, associado às receitas adicionais das
concessionárias geradoras de serviço de controle público. Se esses
recursos forem insuficientes, os consumidores de Baixa Renda ainda
serão atendidos pelo dinheiro da RGR. Toda a negociação foi acompanhada
pela coordenadora de temas de infra-estrutura da transição, Dilma
Roussef. (Valor - 21.11.2002)
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5- MP 64 mantém as atribuições de formulação da Aneel |
O projeto de lei de conversão aprovado ontem estabelece, ainda,
que o repasse para as tarifas do valor da energia comprada será
de acordo com o custo da energia no leilão. O texto mantém as
atribuições de formulação da Aneel e preserva as mesmas regras
para a venda de energia pelas empresas estatais, como a Cemig,
uma das maiores preocupações do partido do novo presidente eleito.
Outras alterações no texto da MP são no antigo artigo 3º (agora
artigo 1º), que possibilita às concessionárias e permissionárias
de serviço público de energia elétrica oferecer os direitos emergentes
como garantia de empréstimo somente quando este for destinado
à atividade objeto da respectiva concessão. (Gazeta Mercantil
- 21.11.2002)
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6- PT quer que contas do MAE sejam auditadas para aprovação
da MP 66 |
Ontem, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva almoçou na
Granja do Torto, com a bancada petista na Câmara. E recomendou
que somente aprovem a Medida Provisória 66, da minirreforma tributária
e que trata também de benefícios fiscais para o setor de energia
elétrica, se houver recomendação clara para que as contas do MAE
sejam auditadas previamente. (Gazeta Mercantil - 21.11.2002)
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7- Apine e Abrage procuram Dilma Roussef |
Entidades que congregam empresas de energia elétrica querem discutir
os rumos do setor com o novo Governo. A intenção da Apine e da
Abrage é agendar encontros para este mês com a coordenadora da
área de infra-estrutura da equipe de transição, Dilma Roussef.
De acordo com Flávio Neiva, presidente da Abrage, o encontro com
os especialistas servirá para troca de impressões sobre a administração
petista no setor elétrico, e não terá como objetivo levar qualquer
tipo de pleito das empresas. "A única coisa que vamos pedir é
que as associações do setor continuem sendo ouvidas nas discussões
sobre energia elétrica", diz ele. O executivo aponta três pontos
positivos para o setor a partir do novo Governo: a valorização
dos contratos de longo prazo, a reorganização do MAE apenas como
mercado de diferenças, e a priorização do programa hidrelétrico
brasileiro. Esta diretriz, segundo ele, poderá ser bancada pelas
11 associadas da Abrage, que detém 85% do potencial hidrotérmico,
com 60 mil MW instalados.A Apine pretende inicialmente apresentar
as mesmas contribuições que já haviam sido enviadas ao atual governo,
quando da concepção dos trabalhos para revitalização do modelo
do setor elétrico, durante o racionamento. (Jornal do Commercio
- 21.11.2002)
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8- Liminar suspende a cobrança do "seguro-apagão" |
A juíza federal substituta Cristiane Faria Rodrigues dos Santos,
da 17 Vara Cível de São Paulo, concedeu uma liminar à Associação
Brasileira de Defesa do Consumidor - Pro Teste que suspende a
cobrança do "seguro-apagão" nas contas de luz dos consumidores.
A decisão foi dada na ação civil pública ajuizada pela entidade
contra a Aneel, a CBEE e a União Federal. O seguro-apagão foi
incluído nas contas de luz no começo de março. A juíza, em sua
decisão, entendeu que "a verdadeira natureza" do seguro-apagão
é de taxa e, como tal, deveria ter sido criado por lei, não por
uma resolução da Aneel. (Gazeta Mercantil - 21.11.2002)
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9- Guido Mantega questiona uso do IGP-M na indexação
das tarifas públicas |
No seminário da Amcham-SP (Câmara Americana de Comércio de São
Paulo), Guido Mantega, assessor econômico do presidente eleito,
Luiz Inácio Lula da Silva, sugeriu que é preciso rever o usado
para reajuste das tarifas públicas. "O IGP-M é imperfeito, é um
índice muito vinculado ao dólar e não mede devidamente a inflação."
Ao nível mais geral, a forma de o novo governo afastar o fantasma
da inflação será por meio de uma política monetária austera, estabilidade
fiscal e cumprimentos dos contratos firmados. "Só assim retomamos
a confiança dos investidores, haverá uma queda do dólar e da inflação",
(Folha de São Paulo - 19.11.2002)
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10- LT é declarada de utilidade pública pela Aneel |
A Aneel declarou de utilidade pública o projeto básico para a
implantação de linha de transmissão de propriedade do consórcio
formado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e pela
Companhia Energética de Brasélia (Ceb). A linha tem 56,8 quilômetros
de extensão, em 138 kV. No despacho 729, publicado ontem, no Diário
Oficial da União, as empresas terão até fevereiro de 2003 para
concluírem a obra. A linha de transmissão interligará a subestação
da hidrelétrica Queimado à subestação Unaí 3, localizadas no município
de Unaí, Minas Gerais. (Jornal do Commercio - 21.11.2002)
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11- Seminário discute importância das PCHs no setor elétrico
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A
Cognitor realiza no dia 26 de novembro o III Seminário Pequenas
Centrais Hidrelétricas, no Rio de Janeiro. O evento discutirá a
importância das PCHs no setor elétrico brasileiro. Além disso, o
seminário abordará a importância da criação do Proinfa (Programa
de Incentivo às Fontes Alterativas de Energia Elétrica) para o segmento.
Outro assunto que será abordado no evento é a importância da gestão
ambiental e financeira nos empreendimentos para implantação de PCH,
destacando as dificuldades para o investimento e a rentabilidade
para o sucesso do projeto. Para participar do seminário, os interessados
deverão pagar uma taxa de inscrição no valor de R$ 485,00 por pessoa.
Além da participação no evento, a taxa inclui CD-ROM com as palestras
ministradas. (Canal Energia - 19.11.2002)
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1- Projeções da Eletrobrás indicam aumento de até 20%
no consumo do país em outubro |
Projeções do Departamento de Estudos Energéticos e de Mercado
da Eletrobrás para o mês de outubro indicam que o consumo de energia
no país deverá crescer de 18% a 20%. Em setembro, o volume faturado
pelas distribuidoras teve um aumento de 14,2%, atingindo uma comercialização
de 24.398 GWh. Segundo o departamento, o volume comercializado
ainda é inferior às expectativas previstas por conta do crescimento
contido do consumo residencial naquele mês, refletido, principalmente,
pelas baixas temperaturas no país. Por outro lado, os segmentos
industrial e comercial registram aumento no consumo de energia.
(Canal Energia - 18.11.2002)
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2- Educação combate desperdício elétrico |
O secretário-executivo do Programa Nacional de Conservação de
Energia Elétrica (Procel), Saulo Cisneiros, disse ontem que o
combate ao desperdício de energia elétrica depende da educação
do consumidor. Ele exemplificou com o racionamento de energia
do ano passado: todo mundo reclamou, mas depois houve mudanças
de hábito que não fizeram a demanda crescer. ''Se isso não acontecesse,
a sistemática poderia voltar'', afirmou ele, durante seminário
sobre a ef ciência energética em companhias de água e esgoto.
Segundo ele, o combate ao desperdício aumenta a produtividade
e a competitividade do país. De acordo com os números apresentados
por Cisneiros, em 17 anos, o Procel gerou economia de 13,5 bi
de quilowats/hora, o equivalente ao abastecimento anual de 4,5
mi de residências, ou duas vezes e meia a energia gerada por uma
usina como Angr -2. Cisneiros disse que o combate ao desperdício
evita investimentos de quase R$ 11 bilhões na construção de hidrelétricas
e redes de transmissão de energia. (Jornal do Commercio - 21.11.2002)
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3- Região Sudeste/Centro-Oeste registra aumento de
1,9% no consumo de energia |
Dados do ONS, relativo ao dia 19 de novembro, indicam que o consumo
de energia no subsistema Sudeste/Centro-Oeste subiu 1,9% em comparação
com o dia anterior. Na última terça-feira, a demanda de energia
na região chegou a 27.284 MW médios. Em relação à curva de aversão
ao risco, o volume demandado na última semana está 5,83% abaixo
do previsto pelo operador do sistema. No Nordeste, o consumo de
energia no último dia 19 foi de 6.412 MW, o que representa um
aumento de 2,7%. O consumo acumulado nos últimos sete dias na
região é 2,82% inferior à curva de aversão ao risco estabelecido
pelo ONS. Ainda segundo o informativo preliminar da operação,
a demanda de energia nos subsistemas Norte e Sul chegou a 2.713
MW e 7.926 MW, respectivamente. (Canal Energia - 20.11.2002)
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4- Hidrelétrica de Tucuruí está com 8,56% da capacidade
de armazenamento |
A capacidade de armazenamento da região Norte está em 10,74%,
uma redução de 0,23% em comparação com o dia anterior. A usina
de Tucuruí apresenta índice de 8,56%. (Canal Energia - 20.11.2002)
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5- Reservatórios estão 15,09% acima da curva de aversão
ao risco no Nordeste |
O volume da região Nordeste está em 20,46%, uma queda de 0,14%.
Os reservatórios estão 15,09% acima da curva de aversão ao risco.
A hidrelétrica de Sobradinho registra 13,24% da capacidade. (Canal
Energia - 20.11.2002)
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6- Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste estão com
41,26% da capacidade |
A redução nos índices da região Sudeste/Centro-Oeste foi de 0,13%.
Com isso, os reservatórios estão com 41,26% da capacidade, ficando
20,79% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Furnas apresenta
índice de 57,59%, enquanto que Nova Ponte está com 45,14%. (Canal
Energia - 20.11.2002)
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7- Volume armazenado cai na região Sul |
O volume armazenado na região Sul está em 96,85%, uma queda de
0,09%, O nível da hidrelétrica de Salto Santiago está em 99,75%.
(Canal Energia - 20.11.2002)
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8- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- AES Sul perde na Justiça R$ 373 mi e enfrenta sua
pior crise financeira |
A distribuidora gaúcha AES Sul perdeu no Tribunal Regional Federal
do Distrito Federal o direito de não republicar o balanço de 2001
com nova contabilização das vendas efetuadas na região Sudeste
do país, por intermédio do MAE, durante o racionamento. A decisão
obriga a empresa a retirar do seu balanço uma receita de R$ 373
mi e ocorre no momento mais crítico das finanças da companhia.
No terceiro trimestre, a distribuidora registrou um prejuízo de
R$ 740 mi - o segundo maior de todo o setor - e obteve uma despesa
financeira de R$ 1,2 bi, valor superior ao seu faturamento anual.
O patrimônio líquido fechou em R$ 651,9 mi negativos. (Valor -
21.11.2002)
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2- AES Sul deve renegociar empréstimo |
Em crise, a AES Sul já está sendo forçada a renegociar um grande
empréstimo sindicalizado - no qual participam vários bancos -
de US$ 300 mi que vence a partir de 2004, pois tem sido incapaz
de cumprir com as cláusulas financeiras restritivas (covenants)
previstas no contrato. Essas cláusulas prevêem, por exemplo, uma
determinada relação entre a dívida total e a geração de caixa
operacional. Toda a reestruturação da dívida da AES Sul está sob
a coordenação do BankBoston, que participa como credor do empréstimo
com o Unibanco, o Banco WestLB do Brasil e Bank of America. Além
desse empréstimo, também estão em negociação cerca de US$ 77 mi
em principal e juros de debêntures vencem já em dezembro. A empresa
já avisou que não tem como pagar e fez uma proposta pela qual
se compromete a pagar os cerca de R$ 14,5 mi em juros que vencem
no mês que vem e dividir o principal em 12 parcelas iguais. No
dia 27, haverá uma reunião de debenturistas. É necessário o voto
favorável dos investidores que representem mais de dois terços
das debêntures em circulação para que a proposta seja aprovada.
Ainda falta pagar também outros R$ 150 mi, em juros e principal
das debêntures, que vencem em junho e dezembro de 2003. Até outubro
de 2003, a empresa tem US$ 115 mi em debêntures e empréstimos
externos bilaterais vencendo, segundo a analista da S&P, Milena
Zaniboni. (Valor - 21.11.2002)
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3- Lucro da AES Tietê é de R$ 87,4 mi até setembro
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A geradora paulista AES Tietê conseguiu reverter até setembro
o prejuízo que era verificado no mesmo período do ano passado.
Nos nove primeiros meses do ano, o lucro líquido verificado foi
de R$ 87,4 mi, contra um resultado negativo de R$ 84,5 mi registrado
em 2001. Os números foram enviados à Bovespa. Segundo o balanço
consolidado do período, o resultado operacional da concessionária
fechou positivo em R$ 95,7 mi, A companhia alcançou ainda despesas
financeiras de R$ 248,2 mi, frente a uma receita líquida de R$
39 mi. A receita líquida de vendas e serviços ficou em R$ 484,3
mi. No trimestre julho-setembro, a AES Tietê obteve um lucro de
R$ 693 mil. (Canal Energia - 18.11.2002)
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4- Cemig é beneficiada com mudanças na MP 64 |
Alterações feitas no texto original da MP também beneficiaram
empresas como a Cemig (MG), que geram e distribuem energia. Foi
suprimido o artigo que impedia que essas empresas vendessem energia
fora de sua área de concessão. Empresas que geram e distribuem
sua energia têm mais poder no mercado e podem manipular preços.
O acordo também modificou a forma como as distribuidoras serão
financiadas para reposição das perdas que alegam ter com o aumento
do número de consumidores de baixa renda. Pelo novo texto, as
distribuidoras serão financiadas com recursos da RGR (Reserva
Global de Reversão), um fundo que já existe no setor, gerido pela
Eletrobrás e mantido por meio das tarifas cobradas dos consumidores.
(Jornal do Commercio - 21.11.2002)
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5- Energipe fecha trimestre com prejuízo de R$ 5,9
mi |
A Energipe fechou o terceiro trimestre do ano com prejuízo de
R$ 5,9 mi. No mesmo período do ano passado, a empresa registrou
lucro de R$ 10,5 mi. De julho a setembro, a receita bruta de vendas
e serviços da distribuidora sergipana alcançou R$ 82,5 mi. O resultado
operacional fechou o período no vermelho. Segundo dados repassados
pela Bovespa, a empresa registrou resultado negativo de R$ 6,2
mi. As despesas financeiras ficaram em R$ 21,1 milhões. De janeiro
a setembro, a Energipe também acumula prejuízo de R$ 4,8 mi. Em
2001, o resultado registrava lucro líquido de R$ 16,5 mi no mesmo
período. (Canal Energia - 18.11.2002)
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6- Coelba tem lucro de R$ 15,9 mi no terceiro trimestre |
A Companhia de Energia Elétrica da Bahia (Coelba) fechou o terceiro
trimestre com lucro líquido de R$ 15,9 mi. No mesmo período do
ano passado, a distribuidora baiana registrou prejuízo líquido
de R$ 19,3 mi. A receita bruta de vendas e serviços da empresa
nesse período chegou a R$ 502,6 mi. Já o resultado operacional
foi de R$ 14,8 mi; de janeiro a setembro, registra lucro líquido
de R$ 18,7 mi. Comparando com o mesmo período do ano passado,
o resultado da empresa subiu 122,6%. (Jornal do Commercio - 21.11.2002)
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7- Duke Energy Paranapanema encerra trimestre com prejuízo
de R$ 32 mi |
A Duke Energy International Geração Paranapanema encerrou o terceiro
trimestre deste ano com prejuízo de R$ 32,089 mi, contra um resultado
negativo de R$ 27,063 mi verificado em igual período do ano passado.
Nos nove primeiros meses do ano, o prejuízo da empresa caiu de
R$ 7,876 mi para R$ 1,478 mi. Entre os meses de julho e setembro,
a empresa obteve uma receita bruta de R$ 133,143 milhões, contra
os R$ 104,244 mi obtidos no mesmo período de 2001. No acumulado
dos nove primeiros meses do ano, a receita bruta da empresa chegou
a R$ 408,329 mi, contra os R$ 328,484 mi alcançados no período
de janeiro a setembro do ano passado. A Duke Energy, no terceiro
trimestre deste ano, obteve uma receita líquida de R$ 127,777
mi, contra os R$ 98,847 mi no mesmo período do ano passado. Nos
nove meses do ano, a receita líquida da empresa chega a R$ 393,408
mi, contra os R$ 318,923 mi obtidos em igual período de 2001.
(Canal Energia - 19.11.2002)
Índice
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8- Lucro da Coelce chega a R$ 61,7 mi até setembro
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Coelce contabiliza lucro aproximado de R$ 22,9 mi no terceiro
semestre de 2002, contra o prejuízo de R$ 226 mil registrado no
mesmo período do ano passado, segundo informações divulgadas pela
Bovespa. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a empresa
registra um lucro de R$ 61,7 mi, contra os R$ 41,8 mi de igual
período de 2002. No terceiro trimestre deste ano, a Coelce registrou
resultado operacional de R$ 32,22 mi, contra R$ 1,48 mi do ano
anterior. Nos nove meses deste ano, o desempenho operacional pulou
de R$ 32,22 mi para mais de R$ 99 mi. A receita bruta da empresa
também cresceu no trimestre julh/setembro deste ano, chegando
a R$ 331 mi, contra R$ 205 mi de igual período do ano passado.
O resultado dos nove primeiros meses do ano ficou em R$ 890,6
mi, contra 702,8 milhões do mesmo período do ano passado. (Canal
Energia - 20.11.2002)
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9- Vale procura geradoras de eletricidade |
A Companhia Vale do Rio Doce, a maior consumidora de eletricidade
do País, que mantém como um dos seus objetivos investir em empresas
ou projetos de geração de energia, reconhece seu interesse na
AES Tietê, da norte-americana AES, com a qual já manteve conversações
no passado, mas não chegou a fechar negócio. Líder na produção
e exportação de minério de ferro, a Vale está em posição confortável
para fazer aquisições: tem excesso de caixa de US$ 1,4 bi. Ontem,
por intermédio da assessoria de imprensa, o diretor de planejamento,
Gabriel Stoliar, informou que a empresa está interessada na AES
ou em qualquer outra geradora cujo custo final leve em conta duas
condições: taxa de retorno maior e taxa de risco menor do que
a construção de uma unidade nova. As negociações com a AES não
avançaram justamente porque as duas condicionantes não estavam
sendo atendidas. (Gazeta Mercantil - 21.11.2002)
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10- Celpa tenta no TST livrar-se de indenização |
A Rede Celpa, distribuidora de energia elétrica no Pará, vai recorrer
ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) da decisão da 1 Turma do
Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8 Região, com sede em Belém
(PA), que acatou, na última terça-feira, recurso apresentado por
2,6 mil funcionários e ex-funcionários da empresa que tentam recuperar
as perdas salariais provocadas pelo Plano Bresser, instituído
em junho de 1987. A decisão questionada pela Celpa determina que
deve ser incorporado a todos os salários mensais dos funcionários
recebidos até a data de hoje, o expurgo inflacionário de 26% causado
pelo Plano. E, para os ex-funcionários, o expurgo deve ser pago
até a data da demissão. A Celpa só concorda em pagar o expurgo
para o mês de julho já que, em agosto, era a data-base dos seus
empregados. (Gazeta Mercantil - 21.11.2002)
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11- CEEE publica edital para construção de linha
de transmissão |
A CEEE anunciou esta semana o edital de concorrência para a
construção da linha de transmissão, em 230 KV, que vai ligar
as subestações Pelotas 3 e a Usina Termelétrica Presidente Médici,
no Rio Grande do Sul. O projeto, que terá 130 km de extensão,
está previsto para entrar em operação até julho de 2004, melhorando
o fornecimento para regiões mais industrializadas, como Pelotas
e Porto Alegre. A construção da linha de transmissão, vencida
pela CEEE em leilão realizado pela Aneel em agosto deste ano,
faz parte do programa de infra-estrutura do estado. A estimativa
é de que os investimentos neste programa sejam da ordem de R$
500 milhões na expansão do sistema elétrico do Rio Grande do
Sul. Uma projeção aponta que isto representaria um disponibilidade
de 4.960 MW. (Canal Energia - 19.11.2002)
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1- Liquidação do MAE é adiada de novo |
A liquidação financeira dos contratos do MAE estava marcada para
amanhã, mas foi adiada por prazo indeterminado. O superintendente
do MAE, Lindolfo Paixão, optou pela postergação para evitar o
risco de inadimplência no mercado. "O MAE estaria apto para liquidar
amanhã, mas preferimos não correr o risco. Achamos prudente esperar
a consolidação do empréstimo do BNDES às geradoras", diz o executivo.
Ele refere-se ao financiamento previsto no acordo geral do setor
às companhias elétricas, para cobrir perdas causadas pelo racionamento.
As distribuidoras já receberam boa parte do empréstimo, mas as
geradoras ainda não tiveram nada. E por isso acenavam com a inadimplência
no MAE, com a alegação de que, sem a verba do BNDES, não havia
como honrar os compromissos no mercado de curto prazo. (Gazeta
Mercantil - 21.11.2002)
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2- Chesf propõe parcelamento para quitar dívida com
MAE |
No início da semana a Chesf chegou a propor o parcelamento da
sua dívida no MAE em até 72 meses, por falta de dinheiro em caixa
para honrar o seu compromisso. "Se o financiamento for liberado,
não precisaremos mais manter esta proposta. Mas se o dinheiro
não sair em tempo hábil, teremos que manter o parcelamento e acreditamos
que ele será aprovado", afirmou. O superintendente do MAE explicou
que além do prazo maior para o financiamento, uma resposta da
Receita Federal sobre uma proposta de tributação também está emperrando
a liquidação. As empresas propuseram à Receita uma metodologia
para diminuir a incidência de PIS e Cofins no MAE e ainda não
obtiveram resposta. A proposta consistiria na liquidação preliminar
entre empresas do mesmo grupo controlador, onde só o resultado
líquido seria levado ao MAE e sofreria a incidência de tributos.
Assim, grupos como AES, que possuem várias subsidiárias, levariam
ao MAE apenas a diferença entre seus débitos e créditos para o
recolhimento do PIS e Cofins. (Valor - 21.11.2002)
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3- Geradoras acolhem proposta da Chesf para parcelar
débitos no MAE |
As empresas devedoras no processo de liquidação do MAE gostaram
da proposta de parcelamento de parte dos débitos apurados. A alternativa,
levantada pela Chesf, foi apresentada nesta quarta-feira, dia
20 de novembro, a membros da Abrage. A reunião aconteceu em São
Paulo, e contou com a participação de representantes de alguns
filiados da entidade, como Cesp, AES Tietê e Duke Energy. Segundo
Luiz Godoy Peixoto, diretor da Chesf e coordenador do Fórum Econômico-Financeiro
da Abrage, a possibilidade de postergação de parte dos débitos
foi bem acolhida pelos empresas - que, assim como a Chesf, também
aparecem como devedoras na liquidação. Dos R$ 890 mi a pagar,
a Chesf propõe o parcelamento de R$ 590 mi por seis anos, período
em que a geradora receberá parcelas da recomposição tarifária
extraordinária das distribuidoras. Nesses 72 meses, a recomposição
cobrirá o financiamento emergencial do BNDES, também de R$ 590
mi, que ainda não foi liberado. (Canal Energia - 20.11.2002)
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4- Paixão refuta insinuação sobre causa do adiamento
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O superintendente do MAE, Lindolfo Paixão refutou qualquer insinuação
de que o adiamento da liquidação financeira dos contratos do MAE
teria sido feito para favorecer empresas como a federal Chesf,
a principal devedora no MAE, com dívida de R$ 890 mi. Mas alguns
credores lamentaram a decisão. "Novamente, prevaleceu a pressão
de uma empresa federal", diz um profissional da área de distribuição.
"Ninguém quer a inadimplência, mas se a liquidação fosse mantida
e a Chesf não pagasse, a empresa sofreria multa pelo IGP-M", completa.
Antes do adiamento, a Chesf propôs o pagamento parcelado no MAE,
em seis anos. Mas Paixão avisou que isso está fora de questão,
por infringir as regras. A Chesf sugeriu que os R$ 584 milhões
que ela tem a receber do BNDES sejam securitizados em títulos
junto a instituições financeiras, enquanto a empresa arcaria com
o pagamento de R$ 300 mi. Segundo o presidente da Chesf, Mozart
Siqueira Campos, os R$ 584 milhões sob parcelamento seriam recuperados
via recomposição tarifária de 2,9% e 7,9%, exatamente ao longo
de seis anos. (Gazeta Mercantil - 21.11.2002)
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5- Petrobrás quer diversificar carteira de clientes
para venda de energia |
O gerente executivo da área de energia da Petrobras, Geraldo Baltar,
ainda prevê tempos difíceis para a área de energia nos próximos
dois a três anos, mas acha que a partir de 2004 ou 2005 a situação
ficará melhor para os produtores, quando a curva de oferta e demanda
se aproximarem. Hoje, a demanda está 13% abaixo da oferta, equivalente
aos níveis verificados em 1999. Por isso, Baltar acha "muito difícil"
faltar energia em 2003 e 2004. Considerando essa perspectiva,
a Petrobras está se esforçando para diversificar a carteira de
clientes firmando contratos bilaterais com distribuidoras, consumidores
livres e geradoras. A empresa já tem contratos para venda de 25%
de sua energia com a CPFL e algumas unidades da Petrobras que
são consumidores livres, como a da Bahia. Trata-se de uma mudança
de rumo nos planos da companhia, que entrou no segmento de energia
para ampliar o mercado para o gás importado através do gasoduto
Bolívia-Brasil, por um lado, mas também com foco no mercado spot,
onde a energia chegou a ser comercializada por R$ 684 o MW durante
o racionamento. (Valor - 21.11.2002)
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6- Dólar inviabiliza compra de energia no exterior |
A desvalorização do real transformou a importação de energia em
um mau negócio para as empresas elétricas. A Copel, que tem contrato
de compra compulsória de 800 MW da Argentina pela nova linha de
transmissão da Cien, inaugurada em agosto, viu seus gastos com
a compra do insumo subirem de R$ 43 mi no segundo trimestre para
R$ 134 mi no seguinte. Somados os gastos com Itaipu, também dolarizados,
os custos de compra de energia ficaram em R$ 288 mi no período
de julho a setembro. "Foi uma conta alta e ficou ainda acima da
nossa projeção, de R$ 221 mi de gastos com energia", afirma o
analista do Unibanco, Sérgio Tamashiro. No relatório que divulgou
ao mercado, a Copel diz que verificou um aumento de 80,9% na energia
comprada da Cien e de Itaipu, graças à desvalorização do real.
(Valor - 21.11.2002)
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7- Energia importada da Argentina tem custo pouco competitivo |
A energia importada da Argentina pela Cien, empresa controlada
pelo grupo espanhol Endesa, tem o custo de US$ 30 o MWh. Segundo
analistas, esse valor torna a energia pouco competitiva em um
cenário onde a moeda americana vale mais de R$ 3. O VN está em
R$ 84. Segundo análise do mercado, um câmbio de até R$ 2,70 -
que deixaria o MWh a R$ 81 - viabilizaria a importação. O contrato
da Copel, nos moldes "take or pay", obriga-a a pagar por essa
energia dolarizada mesmo quando não consumir todo o volume, explica
um analista. Além disso, esse tipo de contrato é de longo prazo,
com duração média de 20 anos, o que aumenta a exposição da distribuidora
paranaense. Uma solução alternativa para os importadores é passar
a utilizar o mesmo fio que traz a energia, mas em mão contrária,
passando a exportadores. "É uma excelente opção para o cenário
atual, de alta do dólar e de excesso de oferta de energia no país",
disse um analista. Uma das empresas que estaria tentando essa
estratégia é a Tractebel Energia. Ela também tem 300 MW contratados
para importação, mas em um modelo mais flexível que o da Copel.
A companhia já foi autorizada pela Aneel a exportar com eventuais
períodos de interrupção do fornecimento. O objetivo é vender a
energia no mercado atacadista argentino, por meio de sua comercializadora
com sede em Buenos Aires. (Valor - 21.11.2002)
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8- Grupo CPFL lança subsidiária de comercialização
no país |
O grupo CPFL Energia lança na próxima quinta-feira, dia 21 de
novembro, a CPFL Comercialização Brasil, empresa que atuará no
segmento de comercialização do setor elétrico. O grupo aproveita
a ocasião para inaugurar um dos centros mais modernos de operação
comercial do país, além da sala do cliente corporativo. Segundo
o grupo, esses lançamentos têm o objetivo de oferecer aos consumidores
produtos e serviços que vão desde a compra e venda de energia
à construção de uma subestação, todos na medida exata das necessidades
do cliente. Os lançamentos acontecem às 11 horas. (Canal Energia
- 18.11.2002)
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1- Copom volta a elevar taxa de juros |
A rápida e intensa piora das expectativas inflacionárias para
2003, nas últimas semanas, levou o Comitê de Política Monetária
do Banco Central (Copom) a aumentar, ontem, a taxa básica de juros
da economia, pelo segundo mês consecutivo. A meta de taxa Selic
subiu de 21% ao ano para 22%. Em outubro, durante uma reunião
extraordinária realizada no dia 14, o Copom já havia decidido
elevar os juros em 3 pontos percentuais (de 18% para 21% ao ano),
além de o Banco Central ter apertado as regras dos depósitos compulsórios.
O curto comunicado tradicionalmente emitido pelo Comitê deixa
claro que a preocupação é a expectativa para ano que vem, e não
mais as deste ano. (Valor - 21.11.2002)
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2- Inflação preocupa para 2003 |
Em 2001, mesmo diante do fato de que a inflação ultrapassou o
teto superior da meta, o governo não chegou a perder o controle
sobre as expectativas, como está ocorrendo agora com o IPCA acima
e dois dígitos esperado para 2003. Para cumprir a meta de inflação
do ano que vem, a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) não poderia ultrapassar 6,5% - teto do intervalo de tolerância
estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Mas as projeções
de mercado captadas pela última pesquisa do BC já indicam um aumento
para 9,81% no IPCA em 2003. A piora das expectativas foi grande
desde a reunião ordinária anterior do Copom, realizada em 22 e
23 de outubro, quando o comitê decidiu manter a taxa de juros
em 21% ao ano. Naquela ocasião, as projeções de mercado apontavam
para uma inflação de 6,62% no IPCA de 2003. Tão ou mais grave
que o aumento da inflação esperada para 2003 é o fato de o mercado
ter passado a trabalhar com uma inflação ascendente em relação
à taxas já elevadas deste ano. Em meados de outubro, as pesquisas
de mercado ainda indicavam que a inflação de 2003 seria inferior
à deste ano. Na ocasião, o mercado acreditava que a variação do
IPCA ficaria em 7,61% este ano e desaceleraria para 6,62% em 2003.
Já a última pesquisa do BC indica inflação esperada para 2002
de 9,39%, inferior à esperada para 2003 (9,81%). (Valor - 21.11.2002)
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3- Dólar comercial inverte e recua 0,14%, saindo a
R$ 3,51 |
O dólar comercial inverteu a tendência de alta da abertura e passou
a operar no terreno negativo. Às 10h10 a moeda recuava 0,14% perante
o fechamento de ontem, cotada a R$ 3,50 na compra e a R$ 3,51
na venda. Na mínima, a moeda saiu por R$ 3,4950. No mercado futuro,
os contratos de dezembro negociados na BM & F tinham recuo de
0,14%, projetando a moeda a R$ 3,500. (Valor Online - 21.11.2002)
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1- Termelétricas da Sadia e da Cemat recebem registro
da Aneel |
As termelétricas Dois Vizinhos, no Paraná, e Bom Jesus do Araguaia,
em Mato Grosso, receberam registro da Aneel, conforme os despachos
números 726 e 727, publicados no Diário Oficial da União desta
terça-feira, dia 19 de novembro. De propriedade da Sadia, a termelétrica
Dois Vizinhos está prevista para entrar em funcionamento em junho
de 2003, com 3 MW de capacidade instalada. A usina, que vai gerar
energia para consumo próprio da empresa, utilizará cavaco de madeira
como combustível. A termelétrica Bom Jesus do Araguaia, em operação
desde setembro de 2002, conta com três unidades geradoras, totalizando
704 KW. Pertencente à Cemat (Centrais Elétricas Matogrossenses),
a usina utiliza óleo diesel como combustível. (Canal Energia -
19.11.2002)
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1- Grandes consumidores criticam minuta que prevê substituição
de contratos |
A minuta da Aneel que estabelece as condições para a substituição
dos contratos para os consumidores do grupo A que optarem por
ser livre desagradou os grandes consumidores de energia. A principal
crítica deles é a fixação de prazos dos novos contratos. Pelo
documento, o prazo de vigência dos novos contratos deverá respeitar
o mesmo período vigente dos contratos substituídos. "Esses prazos
não atendem as necessidades dos grandes consumidores", comenta
Paulo Ludmer, diretor executivo da Abrace. Isso porque, para o
consumidor com demanda contratada de até 1 MW, a minuta prevê
que o contrato de compra de energia deverá ter um prazo de um
ano. Para clientes com demanda entre 1 MW e 5 MW, a proposta é
de um contrato com duração de dois anos. Entre 5 MW 10 MW, o contrato
teria um prazo de três anos. E, por fim, consumidores com demanda
maior de 10 MW, o contrato teria duração de quatro anos. O prazo
de divulgação para a substituição dos contratos também é motivo
de reclamação dos grandes consumidores. A minuta prevê um prazo
de 90 dias a partir da publicação da resolução para as distribuidoras
divulgarem o documento. De acordo com Penna, a sugestão é que
esse tempo seja reduzido para 30 dias. (Canal Energia - 20.11.2002)
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1- AES Corp. tenta rolar débito de US$ 300 mi |
O executivos da produtora de energia AES Corp. e os gerentes de
hidrelétricas de EUA, Brasil e China, entre outros países, temem
por seu futuro. No dia 16 de dezembro, a empresa terá de pagar
US$ 300 mi, mais juros, aos detentores de seus bônus. Em 2003,
a AES terá vencimentos de US$ 2,1 bi. Este é o preço por ter se
tornado, nos últimos 20 anos, o maior produtor de energia do mundo.
Com o racionamento no Brasil, as desvalorizações na Argentina
e na Venezuela e a queda nos preços da energia na Inglaterra e
nos EUA, a AES disse que não poderá pagar as dívidas e continuar
operando. A luta agora é para convencer banqueiros e os detentores
de seus papéis a adiarem os vencimentos por pelo menos três anos.
A AES propôs pagar parte dos US$ 300 mi que vencem no próximo
dia 16 em dinheiro. O restante seria trocado por novos papéis
com juros mais altos e vencimento em 2005. Se a empresa fechar
este acordo, seus credores, liderados pelo Citigroup, vão rolar
o débito de US$ 1,6 bi que vence no próximo ano, com juros mais
altos, para 2005. A AES espera ter uma resposta até o próximo
dia 3. (O Globo - 21.11.2002)
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2- França deve realizar plena abertura dos mercados
de energia e gás entre 2007 e 2009 |
A França deve realizar uma plena abertura de seus mercados de
energia e gás entre 2007 e 2009, disse a vice-ministra da indústria,
Nicole Fontaine, nesta segunda-feira. Ao descrever a posição da
França com respeito à futura abertura destes mercados a ser confirmada
em um encontro de ministros de energia de toda a Europa no dia
25 de novembro, Fontaine disse que a França deseja a plena abertura
de ambos os mercados à competição, mas apenas após avaliação e
estimação completas da abertura para clientes industriais. Isto
pode ocorrer já entre 2007 e 2009, ela disse, mas não em 2005,
como havia sido proposto pela União Européia. A França concordou
em abrir a totalidade do mercado de energia industrial à competição
já em 2004. Fontaine havia dito que a abertura do mercado de gás
será "progressiva e controlada". A França aguarda o encontro do
dia 25 de novembro para a confirmação da data de abertura dos
dois mercados. O Maior sindicato francês já mobilizou os trabalhadores
a fim de organizar um protesto no dia da reunião do dia 25. (Platts
- 18.11.02)
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3- Novo montante gerado será suficiente à cobertura
do crescimento da demanda nos EUA |
O Conselho Americano
de Segurança do setor Elétrico (NERC) está prevendo que o pico
de demanda neste inverno será 9% maior do que no mesmo período
do ano passado, entretanto, uma quantia significativa de novas
gerações elevará a capacidade marginal na maioria das regiões
do país, afirmou o Conselho nesta sexta-feira em sua Avaliação
de Inverno para os anos de 2002 e 2003. O cancelamento de plantas
de energia não afetará a possibilidade de abastecer a demanda,
disse o NERC, apontando que as moderadas temperaturas observadas
vêm domando o crescimento do uso de energia. O acréscimo de geração
elevou a disponibilidade de recursos em todo o país, incluindo
o crescimento de 13% no fornecimento de energia na Rede de Interconexão
da porção central do país e 4,000 MW no Oeste. "Não identificamos
nenhuma área que apresente maiores problemas para a próxima estação",
disse o presidente e diretor executivo do NERC, Michehl Gent.
(Platts - 15.11.02)
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4- Vendas da TotalFinaElf descem 2% no terceiro trimestre
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A TotalFinaElf realizou no terceiro trimestre deste ano vendas
na ordem dos US$ 25,591 bi, um montante que equipara-se com os
US$ 26,12 bi do período homólogo. Esta descida, no entanto, é
justificada pela empresa com o enfraquecimento do dólar em relação
ao euro, apenas parcialmente compensado pela subida do preço do
petróleo. As vendas dos primeiros nove meses de 2002 atingem,
assim, os US$ 76,14 bi, uma diminuição relativamente aos US$ 82,17
bi do mesmo período do ano passado. (Diário Económico - 15.11.02)
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5- Enersis espera ratificação da Corte Suprema para
decisão antitruste |
A Enersis, holding chilena do setor elétrico, espera que a Corte
Suprema ratifique uma decisão da comissão antitruste do país,
que rejeita acusações de que a integração dos ativos da Enersis
afetaria os consumidores, disse o porta-voz da Enersis Marcelo
Castillo. No dia 31 de outubro, a comissão antitruste votou a
favor da Enersis e contra os advogados Ramon Briones e Hernan
Bosselin. Briones e Bosselin apelaram da decisão junto à Corte
Suprema, que concordou em estudar o caso. "A Corte Suprema ainda
não tomou decisão alguma, mas esperamos que ela ratifique a decisão
da comissão antitruste", disse Castillo, acrescentando que a Corte
Suprema deve emitir seu parecer num prazo de três meses. Briones
e Bosselin alegam que a integração vertical entre Enersis e suas
subsidiárias dá à empresa um controle injusto sobre o preço final
pago pelos consumidores de energia elétrica. No entanto, os advogados
da Enersis argumentam que a alegação não tem fundamento uma vez
que a empresa vendeu sua subsidiária de transmissão Transelec
para a canadense Hydro Quebec por US$ 1,1 bi em 2001. A Enersis
está proibida de comprar e vender ações da Endesa Chile até que
a Corte Suprema emita seu parecer, da mesma forma como estava
quando o caso estava na comissão de antitruste. Além disso, nenhum
membro da diretoria da Enersis, Chilectra ou Endesa Chile pode
fazer parte do conselho de qualquer das duas empresas. (Business
News Americas - 15.11.02)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
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de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
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Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
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