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IFE: nº 4.876 - 24 de setembro de 2019
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Debatedores apontam soluções para instalação desordenada de cabos em postes de energia
2 CI vai debater reestruturação da Eletrobrás e CGTEE
3 MME enquadra projeto de melhorias em subestação junto ao Reidi
4 CCEE terá agenda de encontros com agentes para debater preço horário
5 Artigo de Adriano Pires sobre composição da matriz energética brasileira

Empresas
1 Petrobras antecipa recebíveis da Eletrobras de R$ 8,4 bi
2 Criatividade para atender mercado livre
3 Projetos híbridos continuam atrativos
4 Dynamo passa a deter 5,05% das ações ordinárias da Eneva
5 Cemig adota satélite para melhorar religação remota
6 Fitch afirma ratings da Enel Brasil e subsidiárias com Perspectiva Estável
7 Fitch atribuiu ratings ‘AAA(exp)(bra)’ para emissões de projetos da Sterlite

Leilões
1 Aneel constitui comissão para coordenar leilões e concessões públicas do setor

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia sobe 3,7% em setembro, afirma CCEE
2 Operação sombra teve 5 dias com CMO negativo, aponta CCEE
3 Níveis de reservatórios pelo brasil

Inovação
1 Veículos compartilhados ganham força no mercado brasileiro
2 Planta virtual de energia em desenvolvimento pela AES Tietê

Meio Ambiente
1 Linhão Manaus-Boa Vista é rejeitado pela Funai

Energias Renováveis
1 Bancos criam linhas para energia renovável
2 Investimentos em renováveis precisam dobrar, aponta Irena
3 Enel planeja aumentar em 80% seu parque gerador renovável no país
4 Leilão de incentivada da Copel contrata 127,9 MW med de eólicas e solares

5 Instrumentos inovadores de apoio a projetos sustentáveis avançam na AL
6 Projetos de lei incentivam aproveitamento energético de resíduos
7 São Paulo pretende instalar solar em hospitais
8 Implantação de duas usinas solares em Uberaba por meio de iniciativa privada

9 Eólicas do Complexo de Fortim entram no rol de projetos prioritários

10 Licitação do BB para usinas fotovoltaicas pode render R$ 37 mi em contratos

11 CGH é aprovada para testes no Mato Grosso

Gás e Termelétricas
1 A Petrobras pode ser tornar exportadora de gás natural liquefeito nos próximos anos

Economia Brasileira
1 Ainda há ajuste fiscal de R$ 250 bilhões a ser feito, diz Mansueto
2 BC calcula déficit em conta corrente de US$ 3,3 bilhões em setembro

3 Setor externo tem déficit de US$ 4,274 bilhões em agosto, aponta BC
4 PL permite contrato em dólar ou indexado à variação cambial
5 IPCA-15 sobe 0,09% em setembro e 3,22% em 12 meses, mostra IBGE
6 Quatro capitais têm deflação pelo IPC-S na 3ª prévia de setembro
7 Dólar ontem e hoje

Biblioteca Virtual do SEE
1 PIRES, Adriano. “Exemplo para o mundo”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 21 de setembro de 2019.


 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Debatedores apontam soluções para instalação desordenada de cabos em postes de energia

As comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Desenvolvimento Urbano; e de Minas e Energia discutiram a instalação desordenada de cabos nos postes de energia elétrica e o impacto da instalação subterrânea desses cabos. Os parlamentares ressaltam que a desordem na paisagem urbanística é a face mais visível do problema, que envolve inclusive riscos à segurança das comunidades e à circulação de pessoas e veículos. Uma das soluções aventadas seria a instalação subterrânea dos cabos de energia elétrica e de telecomunicações. (Agência Câmara - 23.09.2019)

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2 CI vai debater reestruturação da Eletrobrás e CGTEE

A Comissão de Infraestrutura (CI) vai se reunir, em audiência pública solicitada pelo senador Dário Berger (MDB-SC), para discutir a reestruturação societária entre as subsidiárias Eletrosul Elétricas S.A e a CGTEE, na próxima quinta-feira (26), a partir das 9h. Devem participar da reunião, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior; o procurador-chefe da Procuradoria Federal Especializada do Cade, Walter de Agra Júnior; a presidente do Carf, Adriana Gomes Rêgo; e a presidente da 1ª Seção do Carf, Viviane Vidal Wagner. O objetivo da audiência é que sejam expostos os fundamentos técnicos, jurídicos, econômicos, trabalhistas e tributários que motivam a decisão da Eletrobras e os riscos fiscais para a operação de incorporações às avessas da Eletrosul pela CGTEE. (Agência Senado - 20.09.2019)

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3 MME enquadra projeto de melhorias em subestação junto ao Reidi

A Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME enquadrou o projeto de melhorias à Subestação Cachoeira Dourada (GO), operada por Furnas, junto ao Reidi. A obra envolve a substituição do banco de autotransformadores monofásicos AT2 e adequações as conexões de 138 kV e 230 kV, com período de execução indo até maio de 2021. Ao todo, a iniciativa irá angariar aproximadamente R$ 17,6 milhões em recursos, livre dos encargos PIS/PASEP e Confins, isentos pelo Reidi, que entende o investimento como aquisição de bens e serviços para empreendimentos de infraestrutura. (Agência CanalEnergia – 24.09.2019)

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4 CCEE terá agenda de encontros com agentes para debater preço horário

A CCEE deverá estabelecer um cronograma de eventos para abordar a evolução do preço horário que passará a vigorar em janeiro de 2021. Esse é um dos resultados obtidos com a retomada de encontros que a entidade promoverá com o setor acerca do PLD horário. O primeiro evento ocorreu na semana passada e contou com a presença de cerca de 200 pessoas. De acordo com a conselheira Talita Porto, a câmara já vinha promovendo esse tipo de encontro desde que começaram a rodar o preço sombra, desde o mês de abril. E agora a ideia da CCEE é de retomar a realização de fóruns com agentes a cada 30 ou 45 dias. “Estamos trabalhando em uma agenda que é uma demanda dos agentes para que tenhamos esse cronograma de encontros”, disse a executiva. “Vamos discutir essa semana e deveremos ter em breve essa agenda”, revelou ela. (Agência CanalEnergia – 23.09.2019)

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5 Artigo de Adriano Pires sobre composição da matriz energética brasileira

Em artigo, Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura trata da composição da matriz energética brasileira. Segundo o autor, “o País é hoje um dos que mais colaboram para a redução da emissão de gases de efeito estufa, por meio de uma matriz energética das mais limpas”. O texto conclui que “Portanto, continuaremos a ter uma matriz diversificada e limpa, dando exemplo ao mundo de como cuidar do meio ambiente”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 24.09.2019)

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Empresas

1 Petrobras antecipa recebíveis da Eletrobras de R$ 8,4 bi

A Petrobras e a Eletrobras assinaram um acordo de cessão de direitos creditórios, permitindo a antecipação de cerca de R$ 8,4 bilhões dos recebíveis da Eletrobras para a petroleira. Os valores foram reconhecidos nos Instrumentos de Assunção de Dívidas referentes à integralidade das dívidas confessadas em 2014 pela elétrica, com vencimento original até janeiro de 2025. A previsão da Petrobras, divulgada em comunicado ao mercado na noite da última sexta-feira, 20 de setembro, é de que a conclusão da operação, com a consequente entrada de recursos no caixa da companhia, está prevista para os próximos dias, sujeita ao cumprimento de condições precedentes e que são comuns nesse tipo de operação. De acordo com a Petrobras, esses recursos serão destinados ao gerenciamento de passivos da companhia. (Agência CanalEnergia – 23.09.2019)

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2 Criatividade para atender mercado livre

O crescimento da geração de energia voltada para o mercado livre está forçando as empresas a buscarem soluções criativas para o financiamento dos empreendimentos. Sem os contratos de longo prazo dos leilões, investidores buscam alternativas. Grandes grupos como a CPFL, fazem contratos de longo prazo com a própria comercializadora do grupo, que é quem coloca essa energia no mercado. Assim, têm garantia para obtenção de financiamento. A franco-belga Engie, por sua vez, dá o próprio balanço como garantia do financiamento. Outras buscam contratos de longo prazo com contrapartes com maior qualidade de crédito, como é o caso da Echoenergia e a Casa dos Ventos. “Isso envolve riscos adicionais para os financiadores, que fazem uma análise de risco das contrapartes”, disse Marcelo Girão, chefe da área de financiamento de projetos do Itaú BBA. (Valor Econômico – 24.09.2019)

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3 Projetos híbridos continuam atrativos

Os projetos “híbridos” entre mercados regulado e livre seguem uma alternativa buscada por investidores para desenvolver empreendimentos de geração de energia no país. O principal motivo para isso é que projetos contratados em leilões regulados, na qual as distribuidoras compram a energia, ainda têm prioridade na conexão à rede. Segundo Élbia Gannoum, presidente da Abeeólica, como os preços nos leilões regulados têm sido muito baixos, na prática, os investidores estão disputando apenas a conexão à rede. Para a presidente da entidade, ao priorizarem os empreendimentos vendidos em leilões, as regras demonstram falta de isonomia entre os ambientes de contratação de energia. “Essa distinção de tratamento pode levar um projeto de estágio avançado no mercado livre perder sua conexão para um projeto que ganhar um leilão futuro do regulado”, disse Élbia. (Valor Econômico – 24.09.2019)

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4 Dynamo passa a deter 5,05% das ações ordinárias da Eneva

A gestora de recursos Dynamo passa a deter 5,05% do total das ações ordinárias de emissão da Eneva, o equivalente a 15.922.247 ações ordinárias, informou a empresa do setor energético nesta segunda-feira. Segundo comunicado da Eneva, a gestora não pretende alterar a composição de controle, a estrutura administrativa da companhia ou atingir determinado percentual de participação. O valor do negócio não foi especificado. (Reuters – 23.09.2019)

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5 Cemig adota satélite para melhorar religação remota

A OnixSat e a Inmarsat desenvolveram solução de conectividade via satélite para a Cemig, com objetivo de melhorar a disponibilidade de controle remoto dos religadores da distribuidora, que são dispositivos utilizados em sistemas elétricos com a função de protegê-los contra problemas transitórios. Um dos grandes desafios que a Cemig enfrentava para a melhoria da Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) era o desempenho da conectividade em áreas remotas do estado de Minas Gerais. Devido à ausência de conectividade nessas áreas, a comunicação com o centro de operações da companhia ficava prejudicada. O aprimoramento da cobertura permite que os equipamentos de campo enviem e recebam dados independentemente de sua localização e a funcionalidade durante 99,9% do tempo garante que eles permaneçam conectados, mesmo em condições climáticas adversas. (Brasil Energia - 23.09.2019)

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6 Fitch afirma ratings da Enel Brasil e subsidiárias com Perspectiva Estável

A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’ da Enel Brasil e de suas subsidiárias, Enel Distribuição SP, Ampla, Coelce e Celg Distribuição, retificando também os IDRs (Issuer Default Ratings – Ratings de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo em Moedas Local e Estrangeira da Eletropaulo em ‘BBB-‘ e ‘BB+’, respectivamente. A Perspectiva de todas análises é estável. A avaliação reflete os fortes vínculos legais, estratégicos e operacionais entre o grupo no Brasil e sua acionista controladora, a Enel Américas, segundo a Metodologia de Vínculo Entre Ratings de Controladoras e Subsidiárias da Fitch. (Agência CanalEnergia – 23.09.2019)

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7 Fitch atribuiu ratings ‘AAA(exp)(bra)’ para emissões de projetos da Sterlite

A Agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu nesta sexta-feira, 20 de setembro, Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(exp)(bra)’ à proposta de segunda emissão de debêntures da Arcoverde Transmissão de Energia S.A. O projeto é da Sterlite e a transação de R$ 52 milhões, será emitida em série única, com vencimento em 2042. A Agência também atribuiu a mesma nota de ratings para a emissão de R$ 250 milhões da SE Vineyards Transmissão de Energia, que também é da Sterlite. De acordo com a agência, o rating da emissão de debêntures da Arcoverde reflete o estágio operacional do projeto e a relativamente baixa complexidade da operação, da manutenção e dos investimentos ao longo da vida útil do ativo. (Agência CanalEnergia – 23.09.2019)

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Leilões

1 Aneel constitui comissão para coordenar leilões e concessões públicas do setor

A diretoria da Aneel anunciou a nova constituição da Comissão Especial de Licitação – CEL para coordenar os processos de realização dos leilões para contratação de energia elétrica e dos serviços públicos de transmissão e distribuição, além da outorga à hidrelétricas e chamadas públicas de geração e certames que envolvem eficiência energética. A decisão foi publicada no DOU desta segunda-feira, 23 de setembro, por meio da portaria nº 6.012, assinada pelo Diretor-Geral da Agência, André Pepitone. (Agência CanalEnergia – 23.09.2019)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia sobe 3,7% em setembro, afirma CCEE

Impulsionado pelos setores de transporte, saneamento e bebidas, o consumo de energia no Brasil aumentou 3,7% em setembro na comparação anual, informa o boletim InfoMercado Quinzenal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais. No caso, na avaliação entre os dias 1º e 15 de setembro indicam que o consumo no SIN atingiu 62.034 MWmédios, frente aos 59.815 MWmédios no mesmo período de 2018. A geração de energia teve um acréscimo de 3,6%, com 64.147 MWmédios ante 61.930 MWmédios no ano passado. (Agência CanalEnergia – 23.09.2019)

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2 Operação sombra teve 5 dias com CMO negativo, aponta CCEE

A operação sombra que a CCEE realiza e referentes às simulações de agosto apresentou CMO negativo em quatro oportunidades. Isso decorreu, principalmente, da geração eólica acima do limite máximo do circuito de escoamento. Esses dados foram apresentados em encontro da câmara com agentes para abordar o tema preço horário, na sede da instituição. De acordo com o gerente de preços da CCEE, Rodrigo Sacchi, esse resultado foi visto como natural pelo momento do ano, onde a geração eólica começa a ganhar força. E que esse comportamento aparecer nesse momento faz parte do processo evolutivo do modelo Dessem. “Para capturar uma restrição ou gargalo em um ponto de rede é preciso ter essa modelagem. Assim o modelo pode indicar uma ação para contornar essa restrição de transmissão”, afirmou ele em entrevista. “Agora estamos ajustando como o modelo, adequadamente, trata da situação”, acrescentou. (Agência CanalEnergia – 23.09.2019)

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3 Níveis de reservatórios pelo brasil

Os reservatórios do Norte iniciaram a última semana de setembro com capacidade de 54%, após recuo de 0,3%, segundo dados relativos a operação do último domingo, 22 de setembro, levantadas pelo ONS. A energia contida do submercado ficou em 8.126 MW, enquanto a armazenável registra 69%. A usina de Tucuruí opera com 73,46% de seu volume útil. Na região Nordeste a redução foi de 0,1% e os reservatórios operam com 45,3% de sua vazão. A ENA foi para 43% e a armazenada indica 23.470 MW mês. A hidrelétrica de Sobradinho funciona a 38,34%. O Sudeste/Centro-Oeste do país também registrou variação de 0,1% nos níveis, que ficaram em 33,2%, menor volume entre os subsistemas do país. A energia armazenada mostra 67.484 MW mês e a afluente está em 70% da MLT. A UHE Furnas trabalha com 32,70% e a usina de Nova Ponte com 34,81% de sua vazão. Por sua vez, o Sul contou com diminuição de 0,3%, o que fez o volume útil abaixar para 42,5%. A energia contida no mês admite 24% da MLT, enquanto a armazenada indica 8.743 MW. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam, respectivamente, a níveis de 25,31% e 45,15%. (Agência CanalEnergia – 23.09.2019)

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Inovação

1 Veículos compartilhados ganham força no mercado brasileiro

O investimento para ter um carro elétrico hoje é bem alto. E de olho no mercado, o empresário André Fauri teve a ideia de oferecer o serviço de compartilhamento de carro elétrico. Um carro compartilhado retira cerca de 10 a 13 carros das ruas, segundo levantamento do National Center for Sustainable Transportation. O serviço foi lançado no final de julho: BeepBeep. Outro modelo de compartilhamento de veículos elétricos (Riba Share) é de motoneta, ou scooter. Antes de lançar o serviço no Brasil, Island Costa e o sócio Ricardo Cabral acompanharam a implantação de um modelo parecido na Europa. (G1/Pequenas Empresas, Grandes Negócios - 22.09.2019)

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2 Planta virtual de energia em desenvolvimento pela AES Tietê

A AES Tietê está desenvolvendo o primeiro projeto de planta virtual de energia do Brasil, cujo investimento foi de mais de R$ 3 milhões. Trata-se de um sistema administrado pela companhia como comercializador varejista, que integra, remota e automaticamente, diversos recursos energéticos simultaneamente, de acordo com o perfil e necessidades do cliente. A planta virtual garante a otimização do sistema e a monetização das transações energéticas, sendo um facilitador nas negociações entre produtores, consumidores e prosumidores. A previsão é que o projeto seja comercializado a partir de 2020/2021. (Brasil Energia - 23.09.2019)

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Meio Ambiente

1 Linhão Manaus-Boa Vista é rejeitado pela Funai

O estudo que compõe o licenciamento ambiental da linha de transmissão Manaus (AM) a Boa Vista (RR), material realizado para analisar o impacto da obra na área indígena, é incipiente, repleto de falhas e não tem nenhuma condição de ser aprovado. Em resumo, é essa a conclusão de um parecer técnico da Funai, que analisou o plano básico ambiental (PBA) indígena apresentado pela concessionária Transnorte Energia (TNE), dona do projeto de transmissão. A peça não tem caráter conclusivo, uma vez que o estudo do componente indígena ainda terá de ser submetido às 56 aldeias da terra indígena Waimiri Atroari, em Roraima, para só então retornar à Funai e, finalmente, ter um posicionamento definitivo sobre o assunto. A posição do parecer, no entanto, é enfática ao demonstrar dezenas de problemas no estudo. (O Estado de São Paulo - 23.09.2019)

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Energias Renováveis

1 Bancos criam linhas para energia renovável

A matriz energética brasileira é considerada referência mundial pela elevada participação, de 45,3%, de fontes renováveis em sua composição. Ainda assim, há um bom espaço para aumento da fatia da chamada energia verde no consumo do país. É o que mostram as carteiras dessas instituições, que aumentaram seus financiamentos a projetos de usinas eólica e solar. Pioneiro no financiamento de projetos de energias renováveis no Brasil, com de cerca de R$ 36 bilhões aprovados nos últimos cinco anos, o BNDES entrou firme no financiamento à geração solar. A carteira reúne cinco operações aprovadas, com investimentos de R$ 2,8 bilhões e capacidade de quase 500 MW. O banco também está empenhado na expansão de eficiência energética e GD, que tem 1 GW de potência instalada, com fonte basicamente solar, e acaba de lançar nova linha: BNDES Direto 10, para operações entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, com prazo de amortização de até onze anos. (Valor Econômico – 24.09.2019)

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2 Investimentos em renováveis precisam dobrar, aponta Irena

A Associação Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês) incita líderes a construir uma resposta às demandas climáticas baseadas nas renováveis. O caminho se dá pela duplicação dos investimentos nessa modalidade de geração como forma de evitar que a temperatura global média aumente em 2º celsius. Essa é uma das conclusões do relatório publicado pela entidade visando o encontro global UN Climate Action que é realizado a partir desta segunda-feira, 23 de setembro em Nova Iorque. Investimento anual para o clima na próxima década precisa passar de US$ 330 bilhões a US$ 750 bilhões por ano até o final da próxima década. (Agência CanalEnergia – 23.09.2019)

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3 Enel planeja aumentar em 80% seu parque gerador renovável no país

Após protagonizar os dois maiores negócios no setor de distribuição de energia brasileiro nos últimos três anos (as compras da goiana Celg, em 2016, e da paulista Eletropaulo, no ano passado) a elétrica italiana Enel deve ampliar em 80% seu parque gerador de energia renovável no país nos próximos anos. A empresa, que já possui 2,4 GW de usinas do tipo em operação no Brasil, está investindo na construção de parques eólicos e solares em um total de 1,9 GW. Os projetos fazem parte do ousado plano estratégico do grupo para o Brasil, no qual estão previstos investimentos de R$ 17 bilhões nos próximos três anos. Desse total, R$ 10 bilhões serão destinados às atividades de distribuição da companhia, com destaque para a Eletropaulo, hoje “Enel Distribuição São Paulo”, em que a elétrica adquiriu o controle em meados de 2018, após uma acirrada disputa com o grupo espanhol Iberdrola. (Valor Econômico – 24.09.2019)

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4 Leilão de incentivada da Copel contrata 127,9 MW med de eólicas e solares

A Copel informou em comunicada ao mercado na última sexta-feira, 20 de setembro, que o leilão de compra de energia incentivada solar e eólica que ela realizou contratou 127,9 MW med, pelo prazo de 15 anos, com início de fornecimento em janeiro de 2023. Os empreendimentos vencedores do certame totalizam 444,3 MW de capacidade instalada. Ainda de acordo com a Copel, 46 MW médios da energia contratada já foram comercializados em contratos de 10 e 15 anos. Com a liberação das três últimas turbinas da EOL Maria Helena (RN), o Complexo Eólico Cutia totaliza 180,6 MW em operação e está com a todas as suas unidades geradoras em operação comercial. Em conjunto com o Complexo Eólico Bento Miguel, são 13 parques eólicos com capacidade instalada de 312,9 MW. (Agência CanalEnergia – 23.09.2019)

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5 Instrumentos inovadores de apoio a projetos sustentáveis avançam na AL

Cerca de 60% das operações de financiamentos verdes na América Latina, com recursos internacionais, foram realizadas com bancos nacionais de desenvolvimento (BD) da região. E mais: 20% das emissões de green bonds na região foram apoiadas pelo BID, e realizadas em parceira com BDs. Segundo Maria Netto, especialista da divisão conectividade, mercados e finanças do BID, crescem os instrumentos inovadores de apoio a projetos de sustentabilidade no continente latino-americano. Para ela, os BDs na América Latina podem ter o papel de redirecionar financiamentos, e devem ser braço do governo para engajar o sistema financeiro e investimentos privados nas metas globais de sustentabilidade. (Valor Econômico – 24.09.2019)

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6 Projetos de lei incentivam aproveitamento energético de resíduos

O PLS 302/318, do senador Hélio José, cujo propósito é incentivar que usinas a biogás de aterro sanitário sejam incluídas nos planos municipais de resíduos sólidos, foi retirado de pauta na semana passada por pressão da Abren. A ação da Abren, acolhida pelos senadores, segundo explica seu presidente executivo, Yuri Schmitke, se fundamenta porque o PLS excluiu da série de benefícios permitidos pela possível lei todas as outras tecnologias de recuperação energética de resíduos sólidos, como a biodigestão anaeróbica, a incineração, a gaseificação e a pirólise. (Brasil Energia - 23.09.2019)

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7 São Paulo pretende instalar solar em hospitais

A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA) está trabalhando num termo de cooperação técnica com a CPFL Energia, visando a implantação de sistemas fotovoltaicos e eficiência energética em hospitais públicos e filantrópicos ao longo de três anos. No momento, estão avaliando o montante de recursos necessários e quais unidades serão atendidas, diz em entrevista o subsecretário da SIMA, Glaucio Attorre. A previsão é fechar o termo ainda neste ano e iniciar a implantação dos sistemas em 2020. Para viabilizar o projeto serão utilizados recursos do programa de eficiência energética da Aneel que não foram utilizados pelas distribuidoras em anos anteriores, segundo Attorre. (Brasil Energia - 23.09.2019)

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8 Implantação de duas usinas solares em Uberaba por meio de iniciativa privada

Estão previstas para começar em outubro, as obras de implantação de duas usinas solares em Uberaba, por meio de iniciativa de privada. A expectativa é que a inauguração ocorra em março de 2020, próximo ao aniversário de 200 anos da cidade. Durante o período de construção, devem ser gerados cerca de 120 empregos diretos e, posteriormente, será mantida equipe de manutenção e operação nas duas usinas. O projeto é uma parceria entre a empresa Innova Energy com a HG – International Business Group e a fabricante espanhola District Developers, com investimento estimado de R$ 50 milhões. A oficialização para a construção das usinas ocorreu no início de setembro. Cada usina solar terá produção estimada de 813.471 kWh/mês de energia. (G1 – 23.09.2019)

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9 Eólicas do Complexo de Fortim entram no rol de projetos prioritários

Atendendo à solicitação da Brasil Ventos Energia, subsidiária de Furnas, a secretaria de planejamento e desenvolvimento energético do MME aprovou, como prioritários, quatro projetos envolvendo parques eólicos do Complexo de Fortim, num total de 93 MW de capacidade a ser instalada até novembro deste ano, no estado do Ceará. As centrais liberadas são: São Januário e São Clemente, que contam, cada uma, com sete aerogeradores, somando 21 MW de potência, além da EOL Jandaia, com 27 MW distribuídos entre nove turbinas, e a usina Jandaia I, que será constituída por oito unidade geradoras, num total de 24 MW. Outro provimento do MME foi para a distribuidora de energia RGE Sul, controlada pela CPFL Energia, com relação a expansão, renovação ou melhoria da infraestrutura de distribuição de energia elétrica, não incluídos os investimentos em obras do Programa Luz para Todos, ou com participação financeira de terceiros, constantes do PDD de referência, apresentado à Aneel neste ano. (Agência CanalEnergia – 24.09.2019)

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10 Licitação do BB para usinas fotovoltaicas pode render R$ 37 mi em contratos

O Banco do Brasil licitou nos dias 10 e 11 de setembro a prestação de serviços de locação de UFV no DF, e nos estados de GO e do PA, em contratos que podem chegar a R$ 37 milhões. O processo que prevê contratação por 15 anos passa agora para a fase de habilitação técnica e documental. Concluídas essas etapas, bem como a de negociação de preços, as empresas poderão ser declaradas vencedoras dos certames. Para o Distrito Federal, foi licitada a locação de Sistema de SGD, por minigeração de energia elétrica de fonte fotovoltaica para produção de no mínimo 4 GWh/ano. O valor arrematado pela Sices Brasil S.A. foi de R$ 18 milhões, após a desclassificação da EDP Grid, por não apresentar a documentação no prazo do edital. A Sices também venceu o certame para a produção de no mínimo 2 GWh/ano em Goiás, com o lance de aproximadamente R$ 8,4 milhões, enquanto a mesma produção mínima de 2 GWh/ano para o Pará foi conquistada pela Yes Energia Solar UFV 01 Ltda, no valor de R$ 10,4 milhões. (Agência CanalEnergia – 23.09.2019)

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11 CGH é aprovada para testes no Mato Grosso

A CGH Buritizal, localizada em São José do Rio Claro, no Mato Grosso, recebeu autorização da Aneel e poderá testar duas turbinas de 2,5 MW de potência, totalizando 5 MW de capacidade instalada no município. (Agência CanalEnergia – 23.09.2019)

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Gás e Termelétricas

1 A Petrobras pode ser tornar exportadora de gás natural liquefeito nos próximos anos

O diretor de relacionamento institucional da Petrobras, Roberto Ardenghy, disse hoje (23) no Fórum Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) de Óleo e Gás que a empresa vê potencial para se tornar um exportador de gás natural liquefeito (GNL) no futuro. O executivo destacou que a estatal espera por um aumento muito grande da produção nos próximos anos e que é preciso “pensar o que fazer com esse óleo e gás no futuro”. (Petronotícias – 23.09.2019)

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Economia Brasileira

1 Ainda há ajuste fiscal de R$ 250 bilhões a ser feito, diz Mansueto

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, defendeu nesta segunda-feira mudanças nas carreiras do serviço público durante o Seminário Equilíbrio Fiscal e Gestão de Resultados, promovido pelo TCE-ES. “O Brasil não pode ter medo de debater a reforma administrativa. Há excelentes funcionários públicos, mas é importante discutirmos o aperfeiçoamento das regras para as diversas carreiras”, afirmou. Segundo exemplo dado pelo secretário, há servidores públicos chegando ao auge da carreira aos 32 anos de idade, uma das injustiças das regras atuais, segundo ele. Mansueto voltou a dizer que espera um déficit primário menor do que os R$ 139 bilhões previstos para este ano, mas ainda há um ajuste fiscal grande a ser feito, “de um superávit de mais de R$ 250 bilhões”. (Valor Econômico – 23.09.2019)

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2 BC calcula déficit em conta corrente de US$ 3,3 bilhões em setembro

O BC calcula um déficit em transações correntes de US$ 3,3 bilhões em setembro, de acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas da autoridade monetária, Fernando Rocha. Em setembro do ano passado, o resultado havia sido negativo em US$ 194 milhões. Se confirmado, portanto, o número de setembro “mantém trajetória de aumento do déficit em transações correntes”, de acordo com Rocha. Em agosto, também houve crescimento do déficit na comparação com o mesmo mês do ano passado, de US$ 1,8 bilhão para US$ 4,3 bilhões. (Valor Econômico – 23.09.2019)

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3 Setor externo tem déficit de US$ 4,274 bilhões em agosto, aponta BC

O Brasil registrou um déficit em suas transações correntes de US$ 4,274 bilhões em agosto. O BC estimava déficit de US$ 4,8 bilhões. Em agosto de 2018, a conta corrente foi deficitária em US$ 717 milhões. No acumulado do ano até agosto, o saldo é deficitário em US$ 30,277 bilhões, frente a um déficit de US$ 8,901 bilhões no mesmo período de 2018. Nos 12 meses até agosto, a diferença entre o que o país gastou e o que recebeu nas transações internacionais relativas a comércio, rendas e transferências unilaterais alcançou um saldo negativo de US$ 33,852 bilhões, equivalente a 1,84% do PIB estimado pela autoridade monetária. Em julho, o déficit era equivalente a 1,31%. (Valor Econômico – 23.09.2019)

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4 PL permite contrato em dólar ou indexado à variação cambial

O projeto de lei 2.889/2019, se aprovado como proposto, poderá criar uma nova via de financiamento para o mercado livre de energia. O texto autoriza exportadores a celebrar contrato em moeda estrangeira ou indexado à variação cambial nos setores de infraestrutura e energia elétrica. Na prática, poderão ser feitos contratos de compra de energia (PPA, na sigla em inglês) em dólar com empresas exportadoras. A mudança atenderia um grande pleito do setor elétrico, uma vez que permitiria aos investidores acessarem “mais bolsos”, o que poderia baratear o financiamento de novos empreendimentos. (Valor Econômico – 24.09.2019)

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5 IPCA-15 sobe 0,09% em setembro e 3,22% em 12 meses, mostra IBGE

O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial do país, avançou 0,09% em setembro, após registrar alta de 0,08% um mês antes, informou nesta terça-feira o IBGE. O índice repetiu a taxa registrada em setembro de 2018 (+0,09%). Desta forma, a inflação acumulada em 12 meses manteve-se em 3,22% na passagem de agosto para setembro. Nos nove meses do ano, houve aumento de 2,60%. Com mais três leituras para o fechamento do ano, a prévia da inflação segue bastante abaixo do centro da meta do governo para 2019, de 4,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos. A meta é balizada pelo IPCA “cheio” do mês. (Valor Econômico – 24.09.2019)

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6 Quatro capitais têm deflação pelo IPC-S na 3ª prévia de setembro

Quatro de sete capitais pesquisadas pela FGV encerraram a terceira medição de setembro com deflação no IPC-S. Foi o caso de São Paulo, que registrou baixa de 0,03% no período, após aumento de 0,03% na segunda prévia do mês. Em Brasília, o IPC-S deixou recuo de 0,08% na segunda leitura de setembro para queda de 0,11% na medição seguinte. (Valor Econômico – 24.09.2019)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 23 sendo negociado a R$4,1714, com variação de +0,65% em relação ao início do dia. Hoje (24) começou sendo negociado a R$4,1549 - com variação de -0,40% em relação ao fechamento do dia útil anterior sendo negociado às 11h29 o valor de R$4,1725, variando +0,42% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 23.09.2019 e 24.09.2019)


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Biblioteca Virtual do SEE

1 PIRES, Adriano. “Exemplo para o mundo”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 21 de setembro de 2019.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Cinthia Valverde, Mateus Amâncio, Sérgio Silva, Walas Júnior.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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