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IFE: nº 4.674 - 08 de novembro de 2018
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Geradores hidrelétricos propõem solução a Aneel para GSF de 2015
2 Senado aprova projeto que prevê solução para débitos do GSF
3 ESBR: GSF hoje é um problema para Jirau
4 Altieri (CCEE) vê boas perspectivas de pagamento na liquidação de setembro do MCP
5 Aneel: Pedido da Apine para suspender débito relativo a GSF é negado
6 Apine acredita em votação de reestruturação de modelo do setor no início de 2019
7 EPE: Troca de térmicas a óleo por gás no NE vai expandir potência
8 EPE: Dois volumes da Série “O papel da EPE” são publicados
9 MME: Enquadrados três projetos de transmissão junto ao Reidi

Empresas
1 Governo prepara plano B para atraso em venda de distribuidora do Amazonas
2 Governo de Alagoas insiste em compensação por Ceal
3 Raízen Energia: Prejuízo foi de R$ 107 mi no último trimestre
4 EDP aumenta participação na Celesc
5 Renova registra prejuízo de R$ 241 mi no 3º trimestre
6 Taesa: Aprovação de incentivo fiscal para LTs Paraguaçu e Aimorés deve sair até dezembro
7 AES Tietê: Uso de GD é cogitado para acordo de expansão em SP
8 EDP Renováveis reverte lucro e perde € 24 mi no trimestre

Leilões
1 Consulta sobre leilão de potência tem prazo prorrogado

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 CCEE: Consumo de energia elétrica no país sobe 1,1% em outubro

Inovação
1 Até 2040, armazenamento deve atrair US$ 1,2 tri
2 Inaugurado Centro de Ciência e Tecnologia em Rondônia pela ESBR

Energias Renováveis
1 Renova Energia espera anunciar venda de Alto Sertão III ainda em 2018, diz diretor
2 Aneel aprova testes na EOL Campo Largo II

Gás e Termelétricas
1 Petrobras reduz GLP industrial em 5,6%
2 Comgás: Terceiro trimestre registra crescimento de 8,5% nas vendas
3 Empresas estudam construção de termelétrica a GNL em Santa Catarina (RS)
4 Bento Gonçalves (RS) terá usina a gás de síntese do lixo

Economia Brasileira
1 Poupança interrompe captações e tem saque de R$ 2,5 bi em outubro
2 Indicador Antecedente de Emprego tem 8º recuo seguido, aponta FGV

3 Índice de Commodities do BC recua 6,11% em outubro
4 Inflação da construção desacelera para 0,43% em outubro, segundo IBGE
5 INPC avança para 0,40% em outubro, diz IBGE
6 Dólar ontem e hoje


 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Geradores hidrelétricos propõem solução a Aneel para GSF de 2015

Enquanto o governo tenta pela terceira vez, apenas neste ano, aprovar um projeto de lei que permita o fim da guerra de liminares sobre o déficit de geração das hidrelétricas (GSF), o setor elétrico segue negociando uma solução infralegal para o problema. Na segunda-feira, os geradores hidrelétricos que concentram a maior parte da inadimplência do mercado de curto prazo de energia relacionada ao risco hidrológico propuseram à Aneel a repactuação de toda a exposição acumulada em 2015, da ordem de R$ 1 bilhão. Em troca, pedem a extensão das concessões, com base na Lei 13.203, de 2015, que fixou as bases para repactuação do risco hidrológico para hidrelétricas do mercado livre e regulado. Participam da negociação as cinco principais credoras do mercado de curto prazo de energia: AES Tietê, China Three Gorges (CTG), Enel, Brookfield e Light. Os geradores pedem ainda que o prazo de extensão da concessão seja calculado com os mesmos parâmetros utilizados no acordo com as usinas, corrigidos desde 2015. Outro pleito é que a Aneel faça um alinhamento da questão com o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), para garantir que a extensão de concessão seja reconhecida no ativo regulatório das empresas. (Valor Econômico – 08.11.2018)

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2 Senado aprova projeto que prevê solução para débitos do GSF

O plenário do Senado aprovou o projeto de lei 209/2015, que estabelece o pagamento de multa pelas distribuidoras a seus consumidores, em caso de interrupção no fornecimento de energia elétrica, e inclui a solução para os débitos de geradores com o risco hidrológico. A aprovação foi possível após acordo entre o relator e parlamentares de oposição para adequação da emenda que cria o Fundo de Expansão dos Gasodutos de Transporte e Escoamento da Produção – o Brasduto. O projeto vai agora para a Câmara dos Deputados. O PLS 209 também inclui emenda destinada a solucionar controvérsia entre a Cemig e o governo federal sobre a não renovação pela estatal dos contratos de concessão das hidrelétricas São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande. (Agência CanalEnergia – 07.11.2018)

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3 ESBR: GSF hoje é um problema para Jirau

Considerado como um dos maiores problemas do setor elétrico hoje, o GSF não tem conceito diferente na hidrelétrica de Jirau (RO – 3,75 GW). De acordo com o presidente da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), Victor Paranhos, o PL que está em discussão no Senado não resolve o problema de usinas estruturantes, como Jirau, Santo Antônio ou Belo Monte. Segundo ele, deve-se alterar a estrutura do GSF, em que mesmo se chover acima da média de longo termo, ele persiste. Ele também quer mais energia livre, com uma descontratação no mercado regulado e uma readequação das usinas estruturantes ao modelo atual. O executivo tem sentido grande disposição na nova diretoria da Aneel, com André Pepitone à frente, em sanar esses entraves. (Agência CanalEnergia – 07.11.2018)

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4 Altieri (CCEE) vê boas perspectivas de pagamento na liquidação de setembro do MCP

O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, disse em conversa com jornalistas que tem “expectativas boas de pagamento” do passivo dos geradores na liquidação de setembro, em razão da queda das liminares que beneficiavam produtores independentes e usinas do programa de fontes alternativas, o Proinfa. “Até porque o líquido não é tão impactante. São valores menores”, justificou Altieri. O executivo da CCEE ressaltou, porém, que esse cenário vai se confirmar se as medidas jurídicas que revogaram as liminares que limitaram o GSF desses geradores permanecerem em vigor. (Agência CanalEnergia – 07.11.2018)

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5 Aneel: Pedido da Apine para suspender débito relativo a GSF é negado

A diretoria da Aneel negou na manhã desta quarta-feira o pedido da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) para que seja suspensa a obrigação de pagamentos de débitos, de geradoras vinculadas à entidade, no mercado de curto prazo que foram acumulados no período de fevereiro a outubro deste ano. A dívida está relacionada aos passivos com o risco hidrológico — produção de de energia abaixo dos montantes contratuais em período de seca — medido pelo Fator GSF. A Aneel estima que os associados da Apine respondem pelo passivo de R$ 2,8 bilhões, registrados desde fevereiro deste ano. (Valor Econômico – 07.11.2018)

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6 Apine acredita em votação de reestruturação de modelo do setor no início de 2019

O presidente da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Energia Elétrica, Guilherme Velho, afirmou que tem as melhores expectativas em relação ao governo de Jair Bolsonaro e que está animado com a perspectiva de que logo nos primeiros meses de 2019 possa ser aprovada a reestruturação do modelo comercial do setor elétrico. A proposta resultante da Consulta Pública 33 está em tramitação na Câmara, por meio do projeto de lei 1917. O executivo da Apine destacou que existem pessoas trabalhando na transição para o novo governo que conhecem profundamente o setor de energia elétrica no Brasil, e estão familiarizados com o PL 1917. Velho identifica “muitos pontos de convergência” entre a visão da equipe do presidente eleito e a do setor. (Agência CanalEnergia – 07.11.2018)

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7 EPE: Troca de térmicas a óleo por gás no NE vai expandir potência

O presidente da EPE, Reive Barros dos Santos, rebateu críticas de parte do mercado de energia elétrica contra o leilão especial de contratação de novas termelétricas a gás natural no Nordeste, em estudo pelo governo. Segundo o executivo, o leilão é "conceitualmente diferente" dos certames realizados anteriormente. Reive explicou que o leilão em estudo tem o objetivo de expandir a capacidade de potência do subsistema Nordeste, caracterizado pela forte expansão de fontes intermitentes e voláteis, como eólica e solar, e agravamento das condições hidrológicas da bacia do rio São Francisco. Reive afirma, "o objetivo é a contratação de potência associada à energia de reserva. Busca-se contratar exclusivamente potência para firmar as fontes renováveis de energia cuja parcela na matriz energética passará dos atuais 14,8 mil MW para mais de 35 mil MW em 2027”, citando números previstos no PDE 2027, recém-divulgado pela estatal de estudos energéticos. (Valor Econômico – 08.11.2018)

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8 EPE: Dois volumes da Série “O papel da EPE” são publicados

No sentido de promover maior transparência sobre suas atividades e papel institucional, a EPE publica hoje dois volumes da Série "O papel da EPE", trabalho que busca validar eixos estratégicos de atuação da EPE e promover maior aproximação com a sociedade. O Volume I ressalta a importância do planejamento energético na viabilização de um mercado competitivo, dinâmico e que garanta a segurança do suprimento. O Volume II, por sua vez, faz uso dos conceitos e experiências no campo da economia para demonstrar a importância da coleta/produção, consolidação e disponibilização pública de dados básicos, informações e estatísticas energéticas. Saiba mais acessando os volumes da Série "O papel da EPE": http://epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/serie-o-papel-da-epe. (EPE – 07.11.2018)


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9 MME: Enquadrados três projetos de transmissão junto ao Reidi

O MME deu provimento à solicitação da CPFL Transmissão Maracanaú e aprovou o enquadramento ao Regime Especial de Incentivos ao Desenvolvimento da Infraestrutura de um projeto de Transmissão de Energia Elétrica relativo ao Lote 9 do segundo leilão da Aneel em 2018. O MME também aprovou mais dois lotes correspondentes ao mesmo leilão, em projetos de Transmissão a serem explorados pela Transmissora Lagos, no Lote 2, e pela Energisa Pará Transmissora de Energia II, no lote 19. (Agência CanalEnergia – 07.11.2018)

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Empresas

1 Governo prepara plano B para atraso em venda de distribuidora do Amazonas

O governo prepara medida provisória para tentar evitar a paralisação da distribuidora de energia que atende o Amazonas, em caso de novo atraso no leilão de venda da companhia, marcado para o dia 27 de novembro. O texto permitirá a contratação temporária de um operador para a companhia, hoje operada pela Eletrobras. O leilão da Amazonas Energia já foi adiado três vezes este ano, diante de entendimento do mercado de que é necessária a aprovação no Congresso de uma medida provisória que trata da dívida da companhia, reduzindo os riscos para o futuro comprador. O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse nesta quarta (7) que não é possível adiar novamente o prazo, decisão que depende de aprovação em assembleia de acionistas da Eletrobras. (Folha de São Paulo – 07.11.2018)

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2 Governo de Alagoas insiste em compensação por Ceal

O governo do Alagoas quer que a União faça um abatimento de cerca de R$ 250 mi da dívida do estado como compensação pela Ceal. O estado obteve em junho uma decisão favorável do ministro do STF, Ricardo Lewandowski, que suspendeu a privatização da companhia. De acordo com o governador do estado, Renan Calheiros Filho (MDB), ao federalizar a companhia em 1998, com assunção pela Eletrobras, a União comprometeu-se, a vender a empresa e pagar ao estado. “Nunca privatizou e nunca pagou”, disse o governador, ao deixar o Ministério da Fazenda, em Brasília, após reunião com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. O contrato de designação da Eletrobras como operadora temporária da Ceal termina em 31 dezembro. (Brasil Energia – 07.11.2018)

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3 Raízen Energia: Prejuízo foi de R$ 107 mi no último trimestre

A Raízen Energia, joint venture entre Cosan e Shell, registrou prejuízo líquido de R$ 107,2 mi no segundo trimestre da safra 2018/19, de acordo com balanço da Cosan divulgado hoje. No mesmo período da safra passada, a companhia sucroalcooleira teve lucro líquido de R$ 390,8 mi. Já a receita líquida da Raízen Energia alcançou R$ 5,452 bi no trimestre, ante R$ 3,840 bi um ano antes. Segundo a Cosan, essa variação é resultado de eventos não recorrentes, principalmente pela consolidação dos resultados da WX, trading de energia elétrica formada pela companhia e que começou a operar a partir de agosto deste ano. O crescimento da receita também refletiu operações de trading de derivados. Uma melhor medida para apurar os resultados da operação sucroalcooleira da Raízen Energia no período foi o Ebtida ajustado, que cedeu 54% no segundo trimestre da safra, para R$ 641 mi. (Valor Econômico – 08.11.2018)

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4 EDP aumenta participação na Celesc

A EDP informou ao mercado nesta quarta-feira (07/11) que adquiriu por R$ 63,6 milhões 1.518.000 ações preferencias de emissão da Celesc. Com isto, a companhia passou a deter 23,56% do capital social da Celesc, com um total de 3.945.820 ações preferenciais. De acordo com informações em seu site de relação com investidores, o governo do estado de Santa Catarina tem uma participação de 20,2% – mas com 50,2% das ações ordinárias. Anteriormente, a EDP tinha uma participação de 19,7% nas ações totais da companhia, que também controla a distribuidora de gás do estado, a SCGás. (Brasil Energia – 07.11.2018)

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5 Renova registra prejuízo de R$ 241 mi no 3º trimestre

A Renova encerrou o terceiro trimestre do ano com prejuízo de R$ 241,3 mi, aumento de 0,9% quando comparado com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano a geradora tem perdas de R$ 487 mi, uma elevação de 142,8% ante o reportado ao final de setembro de 2017. O ebitda foi negativo em R$ 92,9 mi, um volume que apesar de estar no vermelho ficou 10,7% melhor do que o reportado no mesmo período de 2017. No acumulado do ano também está no vermelho, em R$ 181,2 mi ante o resultado positivo dos nove primeiros meses de 2017. De acordo com a empresa, esse comportamento da geração de caixa operacional deve-se, principalmente, aos custos com compra de energia necessário para atender os contratos de venda da companhia. (Agência CanalEnergia – 07.11.2018)

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6 Taesa: Aprovação de incentivo fiscal para LTs Paraguaçu e Aimorés deve sair até dezembro

A Taesa informou que deve obter até dezembro a autorização da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste para obtenção de incentivos fiscais relativos aos projetos de transmissão de Paraguaçu e Aimorés. A companhia, que apresentou seus resultados financeiros do 3º tri em teleconferência nesta quarta-feira, 7 de novembro, afirmou que já recebeu o provimento em relação ao empreendimento de Miracema e aguarda nos próximos dias a publicação da decisão do benefício para a linha de transmissão Janaúba. Sobre o volume da carteira de financiamento das concessões a partir do Banco do Nordeste, Marcos Aucélio, diretor de relações com investidores da empresa, disse que os recursos que vem do Fundo Constitucional do Nordeste giram em torno de R$ 12 mi. (Agência CanalEnergia – 07.11.2018)

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7 AES Tietê: Uso de GD é cogitado para acordo de expansão em SP

A elétrica AES Tietê poderá cumprir um acordo fechado junto ao governo de São Paulo que obriga a companhia a expandir sua capacidade no Estado por meio de projetos de GD ou que prevejam a venda da produção no mercado livre, disse nesta quarta-feira o presidente da companhia, Ítalo Freitas. A geradora controlada pela norte-americana AES assinou no começo do mês passado um acordo com o governo paulista pelo qual se compromete a expandir em 81 MW sua capacidade instalada em São Paulo em até seis anos. A obrigação resulta de um compromisso assumido pela companhia no momento da compra de hidrelétricas da Cesp, em 1999. Mas Freitas explicou que, se a AES Tietê decidir construir projetos de GD ou usinas para venda no mercado livre, a obrigação poderá ser cumprida com 40 MW em capacidade, ao invés dos 80 MW, no caso de optar por usinas com venda de energia às distribuidoras, no mercado regulado. (Reuters – 07.11.2018)

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8 EDP Renováveis reverte lucro e perde € 24 mi no trimestre

A portuguesa EDP Renováveis reverteu lucro e encerrou o terceiro trimestre de 2018 com prejuízo de € 24 mi. No mesmo período do ano anterior, a empresa registrou lucro de € 31 mi. O desempenho foi atribuído pela companhia ao recuo de 11,7% na receita, para € 316 mi, após a queda de preços de venda. O preço médio dos contratos da EDP Renováveis caiu 14% na comparação anual, para € 54,1/MWh. Entre as regiões de atuação, o Brasil foi a que apontou o maior recuo na receita trimestral, de 30%, para € 15 mi. Na Europa, a receita caiu 26%, para € 151 mi. Na América do Norte foi registrado crescimento de 15%, para € 151 mi. O Ebitda da EDP Renováveis somou € 184 mi, 32,3% menor na comparação anual. (Valor Econômico – 07.11.2018)

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Leilões

1 Consulta sobre leilão de potência tem prazo prorrogado

O MME prorrogou para até o próximo dia 22/11 o prazo para envio de contribuições à minuta de edital do leilão de potência associada à energia de reserva. O prazo anterior era de 15 dias a contar a partir da publicação da portaria original da abertura da consulta, ocorrida no dia 23/10. A data para a realização da concorrência, prevista para abril de 2019, está mantida. Deve ser contratada energia por disponibilidade para três produtos negociados de forma simultânea: energia para o Sudeste/Centro-Oeste, com início de suprimento em janeiro de 2023; para o Sul, com início a partir de janeiro de 2024; e para o Nordeste, também a partir de janeiro de 2024. (Brasil Energia – 07.11.2018)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste registraram redução de 0,1% nos níveis em relação ao dia anterior, ficando com 19,7%, segundo dados do ONS relativos à última terça-feira, 6 de novembro. A energia armazenada indica 40.042 MW mês e a energia afluente aparece com 94% da MLT. Furnas funciona com 14,44% e a UHE Nova Ponte com 15,02% do volume. O submercado Nordeste também apresentou recuo de 0,1% na capacidade de armazenamento, que chegou a 25,5%. A energia armazenada consta em 13.228 MW mês no dia e a ENA segue em 33% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A usina Sobradinho opera com 21,71% de sua capacidade. Por sua vez a região Norte contou com diminuição de 0,3% nos níveis, que se encontram em 24,5%. A energia armazenada aponta 3.680 MW mês e a energia afluente está em 57% da MLT. A usina Tucuruí opera com os níveis a 31,79%. No Sul do país os reservatórios contaram com crescimento de 0,4% e o subsistema funciona com 81,6% da capacidade. A energia armazenada foi para 16.398 MW mês e a ENA foi para 189% da MLT. A hidrelétrica Passo Fundo trabalha com 66,12% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 07.11.2018)

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2 CCEE: Consumo de energia elétrica no país sobe 1,1% em outubro

Ao longo de outubro, o consumo no SIN alcançou 62.915 MWmédios, montante de energia 1,1% superior aos 62.241 MWmédios consumidos no mesmo período do ano passado. O ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), ficou praticamente estável ao apresentar queda de 0,1% no consumo, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL) na análise. Caso esse movimento dos agentes fosse desconsiderado, o consumo registraria aumento de 1%. No ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (com consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), há registro de aumento no consumo em ambos os cenários. No que inclui as cargas oriundas do ACR na análise, o aumento seria de 4%, enquanto a análise sem a migração aponta índice 1,3% superior na comparação com 2017. No mercado livre, em que consumidores de grande porte, como indústrias, compram energia diretamente dos fornecedores, houve um aumento de 4%. (CCEE – 07.11.2018)

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Inovação

1 Até 2040, armazenamento deve atrair US$ 1,2 tri

O mercado global de armazenamento de energia deve acumular 942 GW (2.857 GWh) até 2040, prevê a Bloomberg New Energy Finance. Serão necessárias US$ 1,2 trilhão de dólares de investimentos para atingir essa capacidade. A empresa de pesquisa projeta que o custo de capital dos sistemas de armazenamento com baterias de lítio deve cair 52% entre 2018 e 2030. A queda de custos deve impulsionar não só os veículos elétricos como a geração de energia renovável, que poderá ser mais confiável. O otimismo é reflexo da queda de custos observada nos últimos anos, acima das expectativas, e também ao aumento da demanda para aplicações emergentes, como a recarga de veículos elétricos e aceeso a energia em regiões não conectadas à rede. O chefe de pesquisa da BNEF sobre armazenamento, Logan Goldie-Scot, disse que a projeção é que asistemas de armazenamento correspondam a 7% da capacidade instalada global de geração de energia até 2040. (Brasil Energia – 07.11.2018)

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2 Inaugurado Centro de Ciência e Tecnologia em Rondônia pela ESBR

Foi inaugurado na última terça-feira, 6 de novembro, o Centro de Ciência e Tecnologia de Nova Mutum Paraná, em Porto Velho (RO). Implantado pela Energia Sustentável do Brasil, que opera a UHE Jirau (RO – 3.750 MW), o centro vai funcionar como uma extensão do Colégio Tiradentes da Polícia Militar II, em Jaci Paraná. As atividades do CCT, que receberam investimentos de cerca de R$ 2 milhões subsidiados com recursos do subcrédito social do BNDES, começaram no início do mês, com um curso de formação inicial de desenvolvedor de robôs, oferecido pelo Instituto Federal de Rondônia. (Agência CanalEnergia – 07.11.2018)

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Energias Renováveis

1 Renova Energia espera anunciar venda de Alto Sertão III ainda em 2018, diz diretor

A Renova Energia, empresa de geração limpa controlada por Cemig e Light, espera anunciar ainda em 2018 uma operação para a venda de seu parque eólico Alto Sertão III, cuja construção está paralisada, disse um executivo da companhia em teleconferência nesta quarta-feira, 7 de novembro. O diretor vice-presidente de Finanças da Renova, Cláudio Ribeiro Neto, admitiu que a empresa tem mantido conversas sobre o negócio com a Aliança Geração, uma joint venture entre a mineradora Vale e a Cemig, a AES Tietê e a Rio Energy, controlada pelo fundo Denham Capital. “A gente tem mantido conversas com os três players. Recebemos uma proposta não vinculante, e a gente está encaminhando a conversa com os outros players para formalização dessas propostas... estamos confiantes de que até o final do ano a gente tenha alguns desdobramentos”, afirmou Neto. (Reuters – 07.11.2018)

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2 Aneel aprova testes na EOL Campo Largo II

A Aneel determinou a operação em teste de unidades da central de geração eólica denominada Campo Largo II, segundo despacho publicado nesta quarta-feira, 7 de novembro, no Diário Oficial da União. A deliberação contempla três aerogeradores de 2,7 MW, somando 8,1 MW de potência no município de Sento Sé, na Bahia. A Aneel também liberou os testes em uma turbina de 9,9 MW da pequena central hidrelétrica Boa Vista II, localizada em Varginha, Minas Gerais. (Agência CanalEnergia – 07.11.2018)

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Gás e Termelétricas

1 Petrobras reduz GLP industrial em 5,6%

Um dia após anunciar reajuste de 8,5% no preço do Gás Liquefeito do Petróleo (GLP) para uso residencial, a Petrobras anunciou, na terça-feira (6/11), redução de 5,6% no valor do GLP industrial, vendido em embalagens acima de 13 quilos. O ajuste entra em vigor para as distribuidoras nesta quarta-feira (7/11). O Sindigás informou que, para o consumidor final, a redução pode variar de 5,2% a 5,9%, dependendo do polo de suprimento. Ainda de acordo com cálculos da entidade, o GLP industrial ficará 44% mais caro do que o gás residencial, mesmo com a redução anunciada pela estatal. O Sindigás considera que a falta de uma política de preços para o GLP empresarial faz persistir essa diferença de preços entre os dois tipos do gás liquefeito. Já a Petrobras justifica que a política de preços para o GLP industrial e comercial vendido nas refinarias tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos de importação, como transporte e taxas portuárias. (Brasil Energia – 07.11.2018)

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2 Comgás: Terceiro trimestre registra crescimento de 8,5% nas vendas

A Comgás vendeu, no terceiro trimestre deste ano, volume de 1,209 bilhão de m³ de gás natural, desconsiderando o segmento termelétrico. Isso significa um aumento de 8,5% com relação ao mesmo período do ano passado, quando atingiu 1,114 bilhão de m³. Incluindo a venda para térmicas, o volume chega a 1,879 bilhão de m³, contra 1,768 bilhão de m³ do terceiro trimestre do ano passado, uma elevação de 6,3%. Apesar disso, o lucro líquido da distribuidora de gás natural de São Paulo decresceu 9,8% no terceiro trimestre, ao sair de R$ 207,9 milhões para R$ 181,4 milhões. O consumo industrial teve crescimento de 7,2% em frente ao terceiro trimestre de 2017, ao sair de 876,5 milhões de m³ para 939,6 milhões de m³, suportado por negociações comerciais para incremento de volume e pela retomada, ainda que moderada, da produção industrial, principalmente nos setores químico/petroquímico e de papel e celulose. (Brasil Energia – 07.11.2018)

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3 Empresas estudam construção de termelétrica a GNL em Santa Catarina (RS)

As empresas Porto Brasil Sul, RBE Comercializadora de Energia e Ponte Nova Energia Serviços (PNES), assinaram um memorando de entendimento para estudar a construção de termelétrica em Santa Catarina que seria associada a um terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL). Detalhes do projeto ainda não foram divulgados, mas a instalação deve ocorrer na região Norte do estado, de forma a atender o consumo industrial local. O presidente da PNES, Paulo Monteiro, adiantou que este empreendimento não ficará em São Francisco do Sul, onde já existe um terminal de GNL em processo de licenciamento, pertencente à Golar Power. (Brasil Energia – 07.11.2018)

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4 Bento Gonçalves (RS) terá usina a gás de síntese do lixo

O município de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, lança na próxima semana edital de concorrência de uma PPP para instalação de usina de tratamento térmico do lixo doméstico e consequente conversão em energia elétrica. A tecnologia escolhida em uma primeira etapa do processo licitatório, no fim do ano passado, foi a de reator de pirólise lenta a tambor rotativo, vencida pela empresa Planex, de Belo Horizonte, Minas Gerais. O edital de agora, que sofreu alguns adiamentos para esclarecimentos pedidos pelo Tribunal de Contas do estado, escolherá a empresa responsável pela implantação e operação da planta. Há seis empresas pré-qualificadas para participar do certame. Geradores a aproveitarão o gás de síntese (syngas) gerado no reator de pirólise e terão capacidade instalada de 16,4 MW, dos quais 2 MW serão utilizadas pela própria usina, 12 MW serão utilizados em prédios públicos e em iluminação pública e os restantes 2 MW poderão ser comercializados com terceiros, explica o secretário de desenvolvimento econômico, Silvio Bertolini. (Brasil Energia – 07.11.2018)

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Economia Brasileira

1 Poupança interrompe captações e tem saque de R$ 2,5 bi em outubro

A caderneta de poupança teve saque de R$ 2,533 bilhões em outubro, o que representa uma perda de depósitos nessa modalidade de investimento menor do que a ocorrida em outubro de 2017, quando houve captação negativa de R$ 2,712 bilhões. No ano, a poupança acumula uma captação líquida positiva de R$ 22,969 bilhões até outubro. Os saques de outubro interrompem uma sequência de sete meses de captação positiva. A poupança vinha recuperado terreno desde o ano passado, favorecida pela redução da taxa Selic, que reduziu a competitividade de outras aplicações conservadoras. Em 2017, a poupança, que é isenta do Imposto de Renda, fechou o ano com ingresso líquido de R$ 17,126 bilhões, após registrar um saque de R$ 40,701 bilhões em 2016. (Valor Econômico – 07.11.2018)

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2 Indicador Antecedente de Emprego tem 8º recuo seguido, aponta FGV

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), calculado pela FGV recuou 0,2 ponto em outubro, para 90,8 pontos. Esse é o oitavo mês consecutivo de queda do indicador, que retorna ao patamar de dezembro de 2016 (90 pontos). Três dos sete indicadores que compõem o IAEmp contribuíram positivamente para o aumento do índice, com destaque para o indicador que mede o emprego local futuro da Sondagem do Consumidor, que aumentou 8,1 pontos entre setembro e outubro. Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) aumentou 2,6 pontos em outubro, para 100,2 pontos, voltando ao patamar de dezembro de 2017 (100,3 pontos). O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. As classes de renda que mais contribuíram para o aumento do ICD foram as dos grupos de consumidores que auferem renda familiar até R$ 2.100,00, cujo indicador de Emprego (invertido) variou positivamente 6,1; e a faixa entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00, com aumento de 4,2 pontos. (Valor Econômico – 08.11.2018)

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3 Índice de Commodities do BC recua 6,11% em outubro

As matérias-primas que têm influência sobre a inflação tiveram queda de 6,11% em outubro, invertendo a direção registrada um mês antes, de alta de 6%. Os dados são calculados pelo Banco Central (BC). No ano, o Índice de Commodities Brasil (IC-Br) subiu 24,13% e, em 12 meses, avançou 33,68%. O indicador é construído com base nos preços das commodities agrícolas, metálicas e energéticas convertidos para reais. Seu equivalente internacional, do Commodity Research Bureau (CRB), mostrou variação negativa de 7,77% em outubro, com alta de 10,54% no ano e de 14,49% em 12 meses. (Valor Econômico – 07.11.2018)

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4 Inflação da construção desacelera para 0,43% em outubro, segundo IBGE

A inflação medida pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) foi de 0,43% em outubro, após alta de preços de 0,45% em setembro, informou nesta quarta-feira o IBGE. O indicador acumula alta de 3,93% no ano e de 4,61% em 12 meses. O custo nacional da construção por metro quadrado foi de R$ 1.108,75, dos quais R$ 574,70 foram relativos aos materiais e R$ 534,05, à mão de obra. Em setembro, o custo totalizava R$ 1.103,98. (Valor Econômico – 07.11.2018)

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5 INPC avança para 0,40% em outubro, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acelerou para 0,40% em outubro, seguindo aumento de 0,30% um mês antes, informou nesta quarta-feira o IBGE. Foi a maior alta do índice para o mês desde 2015 (0,77%). O índice caminhou, dessa forma, em direção contrária à do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que desacelerou de 0,48% em setembro para 0,45% em outubro. Esta diferença de movimento é explicada pelo composição da cesta de consumo de cada índice. O INPC abrange o consumo das famílias com renda entre um e cinco salários mínimos mensais. O IPCA, por sua vez, abrange o consumo de famílias com poder aquisitivo maior, de uma a 40 salários mínimos mensais. Por mirar a inflação de famílias de menor renda, o INPC tem peso menor de serviços e maior de alimentos em sua composição em comparação ao IPCA, por exemplo. (Valor Econômico – 07.11.2018)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 7 sendo negociado a R$ 3,7384, variando +0,16% em relação ao início do dia. Hoje (8) começou sendo negociado a R$3,7403, variando +0,05% em relação ao fechamento do dia útil anterior, e segue com a cotação no valor de R$3,7278 às 10h37, variando -0,33% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 07.11.2018 e 08.11.2018)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: João Pedro Gomes, Lucas Morais, Sérgio Lins, Sérgio Silva, Thiago Campos.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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