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IFE: nº 4.631 - 05 de setembro de 2018
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Aneel: Aprovada revisão do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético
2 CDE: principal motivo para elevação foi aumento dos subsídios para geração de energia em Roraima
3 GESEL: precisamos de uma revisão dessa quantidade de subsídios, afirma Nivalde de Castro
4 Abrace: Estudo aponta que setor elétrico terá buraco de R$ 90 bilhões em 2019
5 Artigo de Claudio Sales e Richard Hochstetler: “Financiamento do Setor Elétrico: desafios e novos caminhos (partes 1 de 2)”

Empresas
1 Eletrobras não teve rating afetado pela venda das distribuidoras, informa S&P
2 Eletrobras: Venda das distribuidoras avançou mais rápido do que previsto, melhorando perspectiva da estatal, aponta Moody’s
3 Eletrobras: Senador Eduardo Braga (MDB-AM) tenta impedir venda da Amazonas Energia
4 Eletrobras: Comissões do Senado visam destravar venda de subsidiárias
5 Celesc: Crédito de US$ 276 mi para distribuidora é aprovado no Senado
6 Celg: Venda da distribuidora vira tema de campanha ao governo de GO
7 Energisa anuncia Chamada Pública para projetos de Eficiência Energética
8 Newcom nasce com foco nas operações complexas no ACL

9 Newcom anuncia que atuará sem mediação da Comerc

Leilões
1 Aneel abre audiência pública sobre leilão de transmissão
2 Aneel disponibiliza detalhes dos lotes do leilão de transmissão
3 Aneel: Resultado de leilão de transmissão é homologado

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 PLD médio cai para R$ 316/MWh em 2018

Inovação
1 BBCE tem sistema integrado pela Thunders

Energias Renováveis
1 AES Tietê adquire mais um complexo solar do Grupo Cobra
2 Aneel autoriza mais de 50 MW eólicos para testes no RN
3 Participação no A-6 consolida EDF EN no Brasil
4 Voltalia aposta em construção de cluster por meio de leilões

Gás e Termelétricas
1 MME: Térmicas consomem 34,9 mi de m³/dia em junho
2 Chinesa Spic negocia aquisição de uma das térmicas que Engie pretende vender
3 Cade: Pátria e Shell obtém aprovação para comprar fatia em projeto de térmica no RJ
4 Chamada pública da TBG sobre contratações de capacidade deixa dúvidas quanto acesso à malha de transporte, afirma consultora

Economia Brasileira
1 Valor que empresas trazem do exterior quintuplica este ano
2 Julho surpreende, mas indústria deve seguir em ritmo lento

3 IBGE: Dois terços dos desalentados estão sem trabalhar há mais de 1 ano
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Dados indicam dupla rotatividade da energia retirada da hidrelétrica de Yacyretá, no Paraguai
2 GE finaliza atualização em turbina da Mitsubishi no México

Biblioteca Virtual do SEE
1 SALES, Claudio J. D.; HOCHSTETLER, Richard. “Financiamento do Setor Elétrico: desafios e novos caminhos (partes 1 de 2)”. Agência CanalEnergia. Rio de Janeiro, 03 de setembro de 2018.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Aneel: Aprovada revisão do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético

A Aneel aprovou nesta terça-feira (4/9), em reunião de Diretoria, a revisão extraordinária do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para 2018, que acrescenta R$ 1,937 bilhão nas quotas anuais a serem pagas pelas concessionárias de distribuição de energia elétrica. O orçamento total anteriormente aprovado em R$ 18,8 bilhões passa para R$ 20,053 bilhões, conforme tabela abaixo. Um dos fatores de maior impacto no aumento foi a inclusão de mais recursos da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) para ajudar a cobrir os gastos com o acionamento do parque térmico de Roraima, por conta da eventual interrupção do fornecimento de energia elétrica da Venezuela para o Estado. Para os clientes de distribuidoras do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o impacto na conta será de 1,6%, segundo a Aneel. Para as empresas do Norte e Nordeste, o aumento será de 0,31%. A alta será sentida a partir dos reajustes anuais das distribuidoras. (Aneel e O Globo – 04.09.2018)

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2 CDE: principal motivo para elevação foi aumento dos subsídios para geração de energia em Roraima

A possibilidade de interrupção no fornecimento de energia em Roraima pela Venezuela resultou numa elevação de R$ 503 milhões nos subsídios pagos por todos os consumidores para compra de combustível para geração nos lugares mais remotos da região Norte, não conectados ao SIN. Ontem (04/09), a Aneel aprovou o aumento do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em R$ 1,94 bilhão, para R$ 20,05 bilhões. A elevação foi maior que a prevista anteriormente pelo regulador, de R$ 1,44 bilhão. O principal motivo para isso foi o aumento dos subsídios para geração de energia em Roraima. O orçamento da CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) teve aumento de 9% na revisão extraordinária aprovada ontem, passando de R$ 5,3 bilhões para R$ 5,85 bilhões. Em nota técnica, a superintendência de geração e transmissão da Aneel explicou que o cálculo considera que o total da energia que seria suprida pela Venezuela entre setembro e dezembro deste ano seja substituído por geração termelétrica local, já instalada. (Valor Econômico – 05.09.2018)

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3 GESEL: precisamos de uma revisão dessa quantidade de subsídios, afirma Nivalde de Castro

Nesta terça-feira (04/09) a Aneel aprovou uma revisão no orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), com um acréscimo de aproximadamente R$ 2 bilhões. Esse aumento na CDE se deu principalmente pela crise na Venezuela, afetando a distribuição de energia em Roraima e o atraso na privatização das distribuidoras da Eletrobras, os encargos do custeio dessas distribuidoras acabam sendo bancados por essa Conta. De 2014 até 2018, os consumidores brasileiros já pagaram R$ 70 bilhões de subsídios nas contas de luz. Diante dessa situação, o professor da UFRJ Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL), defende a revisão dos subsídios, por exemplo, para energia solar e eólica. Segundo ele, essas fontes já estão “maduras”. “A quantidade de subsídios é igual a um varal de roupa. A cada ano se coloca mais uma coisinha e chega a esse valor exagerado. O que precisamos é de uma revisão dessa quantidade de subsídios, inclusive para algumas fontes que não têm mais necessidade”, afirma Nivalde. (O Globo – 04.09.2018)

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4 Abrace: Estudo aponta que setor elétrico terá buraco de R$ 90 bilhões em 2019

Um rombo de quase R$ 90 bilhões no setor elétrico espera quem vencer a disputa pela Presidência da República nas urnas em outubro. Pouco mais ou pouco menos, esse é o tamanho das "bombas" tarifárias e dos esqueletos que serão herdados pelo novo governo ao assumir em janeiro de 2019, conforme indica levantamento inédito da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace). As estimativas da entidade apontam que, na pior das hipóteses, pode haver aumento total de até 50% nas tarifas para bancar esses passivos e estragos potenciais. O presidente da Abrace, Edvaldo Santana, que pretende fazer um alerta sobre o assunto hoje, na abertura de evento organizado pela Abrace, haveria três graves consequências no repasse integral desses passivos: destruir a competitividade da indústria, corroer a renda disponível dos consumidores residenciais e deixar as distribuidoras de energia com mais inadimplência de seus clientes. A lista de problemas que caem no colo do próximo presidente é extensa. Vai do projeto de lei sobre a venda das distribuidoras da Eletrobras, ainda em tramitação no Senado, às obras abandonadas da usina nuclear de Angra 3. O advogado Julião Coelho, ex-diretor da Aneel, vê um "círculo vicioso" instalado no setor e critica a facilidade com que passivos são jogados nas contas de luz. Coelho diz que, desde 2009, por exemplo, a agência não vinha fiscalizando a aplicação dos recursos repassados pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). De acordo com a Abrace, dois custos já estão certos nas tarifas: os efeitos da repactuação do risco hidrológico e o déficit de pelo menos R$ 5 bilhões na arrecadação das bandeiras tarifárias. Como as receitas obtidas mensalmente com as bandeiras amarela e vermelha não têm bancado todo o acionamento das térmicas caras, a diferença para pagar essas despesas irá para os reajustes anuais das distribuidoras. (Valor Econômico – 05.09.2018)

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5 Artigo de Claudio Sales e Richard Hochstetler: “Financiamento do Setor Elétrico: desafios e novos caminhos (partes 1 de 2)”

Em artigo de duas partes publicados na Agência CanalEnergia, Claudio Sales e Richard Hochstetler, do Instituto Acende Brasil, abordam os desafios e as possibilidades dos modelos de financiamento do Setor Elétrico Brasileiro (SEB). Para a primeira parte do artigo, os autores trataram de definir o SEB, explorando as causas e consequências dos problemas relacionados ao financiamento do setor. Na segunda parte são discutidas as particularidades das diferentes formas de financiamento e sugeridos aprimoramentos do financiamento do setor com base na promoção da estabilidade macroeconômica, na mitigação do risco regulatório e em inovações no mercado de capitais. Os autores concluem que, “em síntese as empresas podem contribuir para a financiabilidade mais eficiente pela escolha das fontes e modalidades de captação de recursos, mas é o Estado o agente que mais pode atuar para aprimorar o financiamento no Brasil, sendo o primeiro passo, simplesmente, a promoção de um ambiente macroeconômico estável e previsível”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 05.09.2018)

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Empresas

1 Eletrobras não teve rating afetado pela venda das distribuidoras, informa S&P

A agência de classificação de risco S&P Global Ratings informou que os ratings da Eletrobras não foram afetados pela venda do controle das distribuidoras Boa Vista Energia, Ceron e Eletroacre, realizada no leilão de privatização da última quinta-feira, 30 de agosto. Na avaliação da S&P, o perfil de risco financeiro da empresa segue altamente alavancado e as métricas de crédito devem seguir estáveis, com um índice de dívida ajustada sobre EBITDA acima de 6,0x e geração interna de caixa (FFO) sobre dívida de 4,0% em 2018 e 2019. Ainda assim, a agência enxerga como positiva a estratégia da Eletrobras de priorizar os segmentos de geração e transmissão. Em 2016, a empresa optou por não renovar suas concessões de distribuição, que apresentavam fraco desempenho operacional, com o compromisso de operá-los até que fossem privatizados. (Agência CanalEnergia – 04.09.2018)

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2 Eletrobras: Venda das distribuidoras avançou mais rápido do que previsto, melhorando perspectiva da estatal, aponta Moody’s

Para a vice-presidente da Moody´s, Cristiane Spercel, a venda das distribuidoras avançou mais rápido do que o previsto, o que representa um desdobramento positivo para o perfil de crédito da empresa. “A operação é um marco importante do plano de reestruturação da Eletrobras, que tem como alvo a venda de ativos de distribuição que não são fundamentais a fim de alcançar um índice Dívida/EBITDA menor que 3x no final deste ano. A saída bem-sucedida do negócio de distribuição contribuirá para a melhora das margens, diminuição das necessidades de investimento e resultados mais consistentes da companhia”, comentou Cristiane. (Agência CanalEnergia – 04.09.2018)

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3 Eletrobras: Senador Eduardo Braga (MDB-AM) tenta impedir venda da Amazonas Energia

A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou, nesta terça, 4 de setembro, o relatório apresentado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), que barra a venda da Amazonas Energia, distribuidora da Eletrobras no estado. O texto, que também tramita em outras comissões, deverá passar hoje, 5 de setembro, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, para então ser levado ao plenário, onde deverá ocorrer a "batalha de emendas", avalia o analista político do setor Leandro Gabiati. O relatório aprovado na comissão incluiu uma emenda ao PL das distribuidoras da Eletrobras. Agora, a emenda apresentada pelo senador emedebista, que foi ministro de Minas e Energia no governo da presidente Dilma Rousseff, tenta excluir a companhia do programa de desestatização. "Não há qualquer certeza de que o agente privado tenha mais condições do que a distribuidora controlada pela Eletrobras de superar os obstáculos presentes no fornecimento de energia elétrica aos sistemas isolados", diz o senador, na justificativa do texto. Braga é candidato à reeleição no Senado pelo estado do Amazonas. Sua tentativa de barrar a venda foi vista por analistas da estatal como eleitoreira. Ele também propõe uma alteração no texto para elevar em R$ 2 bilhões um limite para que a União reembolse despesas das distribuidoras da Eletrobras com combustíveis. O teto para esse reembolso foi fixado no projeto original em R$ 3,5 bilhões. (Folha de São Paulo – 04.09.2018)

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4 Eletrobras: Comissões do Senado visam destravar venda de subsidiárias

As comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e Infraestrutura (CI) do Senado aprovaram ontem diferentes pareceres ao projeto que destrava a venda de seis distribuidoras da Eletrobras. Hoje, 5 de setembro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deverá apreciar relatório do senador Romero Jucá (MDB-RR). Por estar em regime de urgência constitucional, a matéria tramita simultaneamente nas três comissões, antes de ser encaminhada para votação definitiva no plenário do Senado. O projeto das distribuidoras foi aprovado pela Câmara dos Deputados em julho. O relatório de Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) na CAE não traz mudanças em relação ao texto da Câmara, com apenas uma emenda de redação. Líder interino do governo na Casa, Bezerra Coelho segundo o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), "A conversão desse projeto em lei trará as condições para o sucesso dos leilões previstos." Com o projeto, o governo pretende resolver pendências burocráticas e atrair compradores para as companhias elétricas. Além dessas, o governo pretende vender a Amazonas Energia e a Ceal. (Valor Econômico – 05.09.2018)

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5 Celesc: Crédito de US$ 276 mi para distribuidora é aprovado no Senado

Foi aprovada em Plenário nesta terça-feira, 4 de setembro, foi aprovada operação de crédito de até US$ 276 milhões entre a Celesc, distribuidora de energia de Santa Catarina, e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os recursos, com garantia da União, serão usados em obras de ampliação e modernização da rede de distribuição de energia, no âmbito do Programa de Investimento em Infraestrutura Energética da Celesc-D. De acordo a Celesc, o objetivo principal do programa é contribuir para o crescimento econômico do estado de Santa Catarina. Com o empréstimo, pretende-se garantir o suprimento de energia elétrica para a demanda projetada, observando-se padrões de qualidade de fornecimento, por meio de investimentos na modernização e expansão da rede de distribuição de energia elétrica da empresa. (Agência Senado 05.09.2018)

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6 Celg: Venda da distribuidora vira tema de campanha ao governo de GO

Primeira distribuidora de energia da Eletrobras privatizada no governo Temer, a Celg está no meio debate eleitoral goiano. Enquanto políticos acusam o governo estadual de má gestão e falam em cobrar mais a empresa, representantes da indústria e do agronegócio reclamam que a melhora não foi significativa e que, mesmo assim, deve ocorrer revisão de até 24% na tarifa. "A Celg foi privatizada e não resolveu. Teremos que avaliar se esse é o melhor modelo", diz um dos candidatos a governador, o deputado Daniel Vilela (MDB). O plano do governo, do PSDB, é de lançar 25% das ações da empresa em bolsa. O governador José Eliton, (PSDB), que era vice e assumiu como candidato a reeleição, é atacado pela oposição por causa da gestão da empresa, que ele presidiu em 2011. "Quando assumimos a manchete de um jornal era que a empresa valia R$ 1. Vendemos ela cinco anos depois por R$ 2 bilhões porque era preciso fazer mais investimentos", disse o tucano, que receberá hoje o candidato do partido à Presidência, Geraldo Alckmin, em Goiás. O senador Ronaldo Caiado (DEM), líder nas pesquisas, foi o principal crítico da privatização. (Valor Econômico – 05.09.2018)

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7 Energisa anuncia Chamada Pública para projetos de Eficiência Energética

O Grupo Energisa declarou aberta a Chamada Pública para projetos de Eficiência Energética de suas distribuidoras. Os cadastros podem ser realizados até o dia 11/10, através do site www.energisa.gestaocpp.com.br. Qualquer consumidor das concessionárias de MG, MT, PB, SE, Sul Sudeste e TO que apresentaram projetos que visam racionalizar o uso de energia em suas unidades podem participar da seleção. As propostas de clientes cativos e livres deverão ser elaboradas com base em diagnósticos na unidade do cliente que deseja ser contemplado. Dentre as informações requeridas, devem constar as ações de eficiência necessárias, o valor do investimento, a economia de energia prevista e a análise de viabilidade de medição e verificação a ser adotada. A Energisa realiza Chamadas Públicas para a seleção de projetos de eficiência energética desde 2015. Na última chamada, em 2017, as empresas do grupo executaram 24 projetos, que somaram R$ 12,7 milhões. Ao todo, foram inscritas 96 propostas. Neste ano, a previsão de investimento no programa é de R$ 5,4 milhões, que poderão ser ampliados de acordo com a qualidade e quantidade dos projetos submetidos. (Agência CanalEnergia – 04.09.2018)

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8 Newcom nasce com foco nas operações complexas no ACL

Da evolução do mercado e da necessidade de atender produtos diferenciados e complexos a Newcom chega ao mercado de comercialização de energia. A nova comercializadora tem acionistas da Comerc Energia, mas também reúne egresso de outras traders. De acordo com Daniel Camposilvan, diretor da Newcom, o crescimento expressivo do mercado livre trouxe oportunidades diferenciadas, que vão além da simples compra e venda de energia. “O mercado também cresce em outra direção, de ter produtos mais apurados. Ela nasce para capturar oportunidades com pessoas que vão conseguir trazer isso”, explica Camposilvan. Dentre os clientes em potencial da comercializadora estão principalmente os geradores, desde aquele grande que busca uma otimização do seu portfólio até aquele que quer adiantar a receita para fazer mais investimentos, casos de geradores de biomassa e PCHs. Embora admita que a oportunidade do momento está com o gerador, Daniel acredita que esse retrato pode mudar. Atualmente, o consumidor está sem um grande apelo de produtos nesse sentido, mas com condições melhores no Ambiente de Contratação Livre (ACL), o ritmo de migração deve voltar a acelerar, o que vai chamar para a necessidade de gestão dessa migração. “No futuro isso é dinâmico e a gente vai atuando aonde as oportunidades vão aparecendo”, aponta. (Agência CanalEnergia – 04.09.2018)

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9 Newcom anuncia que atuará sem mediação da Comerc

A Newcom vai atuar de maneira independente da Comerc, com carteiras e contratos independentes. Todo o back office será contratado da Comerc, o que inclui o apoio das áreas de Recursos Humanos, regulatório, jurídico e financeiro. O contato com os clientes é direto, não há intermediação da Comerc. A comercializadora também já está na BBCE. O diretor da companhia, Daniel Camposilvan, dá como exemplos de áreas de atuação como operações de venda de antecipação da energia de um projeto ou a proteção de uma receita de empreendimento em caso de atraso. “Essas empresas buscam esse tipo de operação. Para isso apareceu uma demanda por produtos para que os entregassem às empresas”, avisa. Segundo ele, a Newcom, além de ter o trading tradicional, tem uma equipe direcionada para montar essas operações que fogem do convencional. (Agência CanalEnergia – 04.09.2018)

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Leilões

1 Aneel abre audiência pública sobre leilão de transmissão

A diretoria da Aneel aprovou nesta terça-feira abertura de uma audiência pública sobre o próximo leilão de concessões para a construção e futura operação de projetos de transmissão de energia, previsto para 20 de dezembro. O certame deverá oferecer aos investidores até 18 lotes de empreendimentos, que demandarão aportes de cerca de R$ 13,5 bi. Os vencedores assinam contratos de concessão de 30 anos. Das concessões que serão oferecidas na licitação, as compreendidas nos lotes de 10 a 13 referem-se a um projeto já concedido anteriormente à Eletrosul, subsidiária da Eletrobras, que tem buscado negociar a transferência de uma fatia majoritária no empreendimento à chinesa Shanghai Electric. O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que documentos apresentados pela Eletrosul para transferência do projeto à Shanghai estão em análise, mas a agência já prevê a possibilidade de relicitar o empreendimento caso o negócio não tenha sucesso, para evitar atrasos ainda maiores em sua operação. (Reuters – 04.09.2018)

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2 Aneel disponibiliza detalhes dos lotes do leilão de transmissão

Entre os projetos que serão oferecidos a investidores no próximo leilão de transmissão, o lote 1 é o maior e prevê obras em Santa Catarina orçadas em R$ 2,8 bi, enquanto o lote 13, no Rio Grande do Sul, tem investimento estimado em R$ 2,4 bi. O lote 2 tem aporte previsto de R$ 1,33 bi, ante R$ 1,2 bi do lote 14 e R$ 1,13 bi no lote 16. Os demais lotes de projetos têm desembolsos projetados em valores inferiores a R$ 1 bi. Segundo a Aneel, os lotes 7 a 16 do leilão envolvem projetos que já haviam sido licitados anteriormente, mas acabaram revogados por seus antigos concessionários, a Linhas de Laranjal Transmissora de Energia (LLTE) e a ATE XXIII, das espanholas Isolux e Abengoa, que enfrentaram dificuldades financeiras. Já os lotes de 15 a 18 são empreendimentos para atendimento de cargas da distribuidora de energia da Eletrobras no Amazonas, que está em processo de privatização. Segundo a Aneel, “ainda está em avaliação a permanência deles no leilão”. (Reuters – 04.09.2018)

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3 Aneel: Resultado de leilão de transmissão é homologado

A Aneel homologou o resultado do leilão de transmissão realizado no último dia 28 de junho para todas as vencedoras do certame. No certame foram negociados os 20 lotes de empreendimentos ofertados, com deságio médio de 55,26%. Os projetos têm investimentos previstos da ordem de R$ 6 bilhões na instalação de 2.562 km de linhas de transmissão. As instalações ficarão localizadas nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. O prazo de conclusão das obras varia de 36 a 63 meses. A Aneel também negou dois recursos apresentados pelo Consórcio LARA/JAAC (lote 3) e pela Celg GT (lote 12) contra a habilitação da empresa indiana Sterlite Power Grid Ventures Limited, por entender que não havia falhas no processo. A empresa foi a grande vencedora da disputa, com seis lotes (3,4,7,12,15 e 20). (Agência CanalEnergia – 04.09.2018)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Segundo o ONS, níveis caíram 0,3% no Norte do país, que trabalha com 53% da capacidade Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registraram diminuição de 0,3% nos níveis em relação ao dia anterior, ficando com 27,5% da capacidade, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico relativos à última segunda-feira, 3 de setembro. A energia armazenada aponta 55.892 MW mês e a energia afluente caiu para 74% da MLT. Furnas funciona com 22,22% e a UHE Nova Ponte registra 17,78%. Na região Norte o recuo também foi de 0,3% e o subsistema apresenta 53,1% do volume. A energia armazenada aponta 7.983 MW mês e a energia consta em 77% da MLT. A usina Tucuruí opera com capacidade de armazenamento de 73,46%. Já no Sul do país segue o tempo instável e a capacidade de armazenamento cresceu 3,1%, deixando os reservatórios com 48,1%. A energia armazenada consta em 9.671 MW mês e a ENA subiu para 151% da MLT. A hidrelétrica G.B Munhoz trabalha com 25,06% da capacidade. O submercado Nordeste não apresentou variações nos níveis em relação ao dia anterior, e os reservatórios trabalham com 31,8% da capacidade. A energia armazenada se encontra em 16.456 MW mês no dia e a ENA registra 41% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A usina Sobradinho opera com 28,52% de sua capacidade. (Agência CanalEnergia – 04.09.2018)

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2 PLD médio cai para R$ 316/MWh em 2018

O PLD médio para 2018, no submercado Sudeste/Centro-Oeste, foi reduzido para R$ 316/MWh, frente aos R$ 338/MWh, projetados no evento anterior, queda diretamente impactada por projeções de afluências mais otimistas para os próximos meses. Segundo Camila Giglio, da gerência de preços da CCEE, ao longo de agosto, o Sudeste foi o submercado com o cenário hidrológico mais próximo da média, uma vez que as frentes frias conseguiram avançar, aumentando a precipitação nas principais bacias da região. Em agosto, as afluências registradas no SIN permaneceram abaixo da média em todos os submercados, com índices em 84% da MLT no Sudeste/Centro-Oeste, 47% da média no Sul, 39% no Nordeste e em 72% da média histórica no Norte. Para setembro, as projeções indicam ENAs mais otimistas, principalmente no Sul com índice em 90% da MLT, mas com tendência de ainda permanecer abaixo da média. No Sudeste, as afluências devem ficar mais próximas da média, em 79%, mesma situação do Norte com ENAs em 75% da MLT. Já no Nordeste, o cenário é mais pessimista, com afluências projetadas bem abaixo da média histórica, devendo alcançar apenas 44% em setembro. As quedas foram de 5,9 p.p. no Sudeste (28,1%), 7,4 p.p. no Sul (40,6%), 2,8 p.p. no Nordeste (32%) e de 13,1 p.p. no Norte com os níveis de armazenamento ficando em 53,9%. O PLD médio de agosto fechou no valor máximo estabelecido para 2018, em R$ 505,18/MWh, em todos os patamares, de todos os submercados. A expectativa para o fator de ajuste do MRE, em 2018, foi revista para 80,5%, com índices em 58,2% para agosto e em 59,8% para setembro. (CCEE – 04.09.2018)

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Inovação

1 BBCE tem sistema integrado pela Thunders

Ferramenta promete entregar mais agilidade na interação entre a comercializadora e a plataforma de negociação de energia a Thunders Tecnologia automatizou o processo de acesso às informações de trading de energia com as operações na plataforma BBCE. Em uma primeira fase o sistema da empresa, o Thunders Trading, recebe automaticamente todas as operações fechadas pela empresa no sistema da BBCE via uma chave de acesso. Até o momento são cerca de 20 dos 28 clientes da empresa de tecnologia que já se utilizam da ferramenta. De acordo com o CEO da Thunders, Mateus Andrade, a BBCE disponibilizou um barramento de seu sistema para a integração realizada por meio de uma espécie de robô, que automatiza a operação de envio das operações para a comercializadora, agilizando o processo internamente. A Thunders aponta que o processo se dá, tanto para a transação fechada diretamente na plataforma da BBCE, quanto via a opção lá oferecida de “boleta” eletrônica, transferindo automaticamente diretamente todas as informações ao módulo de gestão de portfólio de energia no Thunders Trading. Além disso, a ferramenta também faz o download do contrato assinado para o módulo de gestão de contratos, o que em sua avaliação, promove maior organização e segurança ajudando no processo de compliance da empresa usuária dos dois sistemas. A conexão, diz a companhia, é simples de ser feita. (Agência CanalEnergia – 04.09.2018)

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Energias Renováveis

1 AES Tietê adquire mais um complexo solar do Grupo Cobra

A AES Tietê concluiu a aquisição do complexo solar Guaimbé, localizado em município homônimo no estado de São Paulo e originalmente negociado pelo Grupo Cobra no LER de 2014, com 150 MW em corrente alternada (180 MWp). A AES Tietê investiu um total de R$ 607 milhões no projeto, já operacional, entre aquisição de debêntures e de cinco SPEs que controlam as usinas do complexo. O projeto Guaimbé foi negociado no LER de 2014, a R$ 218,85/MWh, na época. A operação segue aquisição do complexo solar Boa Hora, que também era do Grupo Cobra, realizada em fevereiro. O projeto Boa Hora, de 75 MW (90 MWp), está localizado em Pernambuco e negociou energia a R$ 291,75/MWh no segundo LER de 2015. Com o complexo Água Vermelha, negociado diretamente pela AES Tietê no leilão A-4 de abril deste ano e ainda em construção, a companhia passa a somar 300 MW (354 MWp) de potência contratada da fonte. (Brasil Energia – 04.09.2018)

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2 Aneel autoriza mais de 50 MW eólicos para testes no RN

A Aneel aprovou a operação em teste da usina de geração eólica denominada Dreen Cutia, de acordo com despacho publicado nesta terça-feira, 4 de setembro, no DOU. A EOL teve 11 UGs de 2,1 MW contempladas pelo parecer da agência, somando 23,1 MW de potência liberada no município de Pedra Grande, no Rio Grande do Norte. A Aneel também liberou os testes em 13 aerogeradores de 2,1 MW cada da usina Esperança do Nordeste, somando 27,3 MW de potência instalada em São Bento do Norte, no Rio Grande do Norte. (Agência CanalEnergia – 04.09.2018)

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3 Participação no A-6 consolida EDF EN no Brasil

O leilão A-6 realizado na última sexta-feira, 31 de agosto, mostrou a consolidação no país da EDF EN, subsidiária da francesa EDF para energias renováveis. A empresa viabilizou os complexos de Ventos da Bahia 3 (128,8 MW) e Ventos de São Januário, ambos na Bahia. Somados a usinas eólicas que ela já tem em operação e construção e com empreendimentos da fonte solar, ela alcança cerca de 1 GW em projetos em três anos e meio no Brasil. De acordo com Paulo Abranches, CEO da EDF EN no Brasil, o leilão foi um sucesso para a empresa, em linha com a expectativa dela de volume e a marca de 1 GW veio mais rápido que o esperado. Quanto ao preço, o executivo esperava um preço um pouco mais alto. A EDF EN tem a intenção de antecipar a entrada em operação para vender energia no mercado livre. Para 2019, Abranches não descartou que a EDF EN volte a participar dos certames tanto em eólica quanto em solar, mesmo com muitos projetos em construção. (Agência CanalEnergia – 04.09.2018)

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4 Voltalia aposta em construção de cluster por meio de leilões

Uma das empresas que se sagraram vencedoras no leilão, a Voltalia, que vendeu 60 MW med, vai construir Ventos da Serra do Mel 2, localizado no cluster de Serra Branca, no Rio Grande do Norte. A empresa pretende começar a operação das usinas eólicas no segundo semestre de 2020, mais de três anos antes do prazo contratual, em 2024. O volume de energia gerado antes do começo do contrato será vendido no mercado livre. Com o êxito no leilão, a meta da empresa de 1 GW eólico no país em 2020 será cumprida. Para o diretor geral da Voltalia no Brasil, Robert Klein, a abordagem industrial da Voltalia, através do desenvolvimento de um cluster de produção em larga escala, é fundamental para apresentar os projetos mais competitivos, beneficiando-se de custos marginais mais baixos. Segundo ele, o cluster continuará a ser desenvolvido com a possibilidade de cada novo projeto pertencer à Voltalia ou ser vendido a investidores de terceiros. (Agência CanalEnergia – 04.09.2018)

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Gás e Termelétricas

1 MME: Térmicas consomem 34,9 mi de m³/dia em junho

O mês de junho teve o maior patamar de consumo termelétrico de gás natural do ano. De acordo com o Boletim de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural, publicado pelo MME, foram consumidos 34,9 milhões de m³/dia no mês ante 25,4 milhões de m³/dia em maio. Até então, o mês de maior consumo havia sido em janeiro, com 27,6 milhões de m³/dia. A média dos seis primeiros meses de 2018 é de 31,4 milhões de m³/dia. Esse aumento é reflexo do baixo nível dos reservatórios durante o período seco e o consumo de gás pelas térmicas pode continuar alto. O preço do gás para as térmicas integrantes do Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) também esteve, em junho, no patamar mais alto do ano, em US$ 4,37 por milhão de BTU. Em maio, o preço ficou em US$ 4,20/milhão de BTU. A média anual do primeiro semestre ficou em US$ 4,37/milhão de BTU. (Brasil Energia – 04.09.2018)

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2 Chinesa Spic negocia aquisição de uma das térmicas que Engie pretende vender

O processo do grupo francês de energia Engie para vender suas duas térmicas a carvão no Brasil voltou a andar. O Valor apurou que a companhia chinesa de energia State Power Investment Corporation (Spic) está negociando a aquisição de uma das usinas. A Spic tem interesse, no momento, apenas na compra da térmica Pampa Sul, localizada no Rio Grande do Sul. A negociação da térmica em discussão está entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão, conforme duas fontes. Pampa Sul ainda está em construção e tem previsão de conclusão de obra no início do ano que vem, com capacidade de 340 MW. A Engie teria investido mais de R$ 2 bilhões no ativo, segundo um executivo, mas já não espera reaver todo o valor aplicado. A Engie também tenta vender o complexo termelétrico Jorge Lacerda, em Santa Catarina. Sem dívida, essa térmica é avaliada entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,6 bilhão e tem capacidade de 857 MW. As duas fontes não descartam uma negociação da Spic pelo "pacote fechado", mas afirmam que, no momento, o negócio é focado apenas em Pampa Sul. (Valor Econômico – 05.09.2018)

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3 Cade: Pátria e Shell obtém aprovação para comprar fatia em projeto de térmica no RJ

O fundo de investimento em participações Pátria Infra FIP, gerido pela Pátria Infraestrutura e pela Shell Brasil, da petroleira Shell (RDSa.AS), teve aprovada sem restrições no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a compra de fatia em uma termelétrica no Rio de Janeiro, segundo despacho do órgão antitruste no Diário Oficial da União desta terça-feira. Pelo acordo, o Pátria Infra FIP vai adquirir junto à atual controladora, Mitsubishi Hitachi Power Systems Americas, uma participação na Marlim Azul Energia, que conquistou em leilão do governo no ano passado contratos para construir a termelétrica Vale Azul II, com 466 megawatts em capacidade, que será instalada em Macaé (RJ). Segundo o Cade, havia um acordo formalizado entre as empresas em maio pelo qual a Pátria Infra FIP e a Shell poderiam explorar uma joint venture para o projeto. Os termos da transação não foram relevados pelo Cade, que informou apenas tratar-se de um negócio “sem aquisição do controle”. A térmica Vale Azul II deverá receber investimentos de cerca de 1,2 bilhão de reais, segundo informações da licitação que viabilizou o empreendimento, divulgadas pela CCEE. (Reuters – 04.09.2018)

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4 Chamada pública da TBG sobre contratações de capacidade deixa dúvidas quanto acesso à malha de transporte, afirma consultora

A chamada pública da TBG será de crucial importância para o setor de gás natural. Isto porque a operação sinalizará ao mercado como se darão as contratações de capacidade no transporte, uma tendência nos próximos anos com a decisão da Petrobras de sair desse segmento e com a entrada em vigor das regras previstas no substitutivo ao Projeto de Lei 6407/13, no âmbito do programa Gás para Crescer. No entanto, a especialista em Energia, Petróleo e Gás pelo escritório de advocacia Souto Correa Advogados e também pesquisadora da FGV, Lívia Amorim, aponta que ainda existem dúvidas de como se dará o acesso à malha de transporte, principalmente para termelétricas que decidirem por contratar gás de outro ponto. A consultora disse à Brasil Energia que essa dúvida dificultará a gestão das usinas, já que ainda não se sabe como será feito o envio do gás nos casos em que o agente decide por contratar o combustível de outro gasoduto que não seja o de sua área de atendimento. A abertura não pode ser feita de forma indiscriminada, na avaliação da pesquisadora da FGV. Lívia aponta que os transportadores precisam estar protegidos e firmar acordos apenas com empresas financeiramente robustas para arcar com as despesas do envio do gás para outro ponto da malha. Isso porque os gasodutos, diferentemente das linhas de transmissão do setor elétrico, não são ativos concedidos pelo governo. Ou seja, os riscos ficam na conta do proprietário da infraestrutura. Para a consultora, a abertura à infraestrutura deve ser feita com critérios, de forma que os transportadores não possam correr riscos ao oferecer sua malha para que terceiros possam executar suas operações de envio do gás. (Brasil Energia – 04.09.2018)

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Economia Brasileira

1 Valor que empresas trazem do exterior quintuplica este ano

O fluxo de recursos que as empresas brasileiras com ativos no exterior trouxeram de volta ao país se intensificou. Entre janeiro e julho, os valores resultantes de venda de participação acionária de empresas brasileiras no exterior que foram retornados ao país aumentaram quase seis vezes na comparação com o mesmo período do ano passado, saindo de US$ 2,4 bi para US$ 13,6 bi. Para ter uma ideia de como o movimento é intenso, o valor que voltou ao Brasil como resultado do desinvestimento neste ano em sete meses já é maior do que o volume total de US$ 6,4 bi de todo o ano passado. Durante o primeiro semestre, companhias como CSN e Gerdau alienaram participações societárias no exterior. Dos investimentos desfeitos neste ano, US$ 12,1 bi - praticamente 90% - retornaram ao país de abril a julho, segundo dados do BC. Nesses quatro meses o pico de US$ 5,6 bi foi em junho, com média mensal de US$ 3 bi em reingressos. Do início de 2014 até hoje a média de recursos vindos de desinvestimentos é de US$ 750 mi ao mês. Os números, dizem Luis Afonso Lima, da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais (Sobeet), refletem um movimento de revisão de ativos que as empresas brasileiras adquiriram no exterior, com venda de participações acionárias num momento de economia ainda desacelerada e em alguns casos direcionados para o pagamento de dívidas. "Há também fatores externos, como uma perspectiva de recuperação econômica internacional ainda lenta e aumento do protecionismo no comércio." (Valor Econômico – 05.09.2018)

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2 Julho surpreende, mas indústria deve seguir em ritmo lento

A produção industrial de julho teve desempenho melhor do que o esperado ao recuar só 0,2% ante junho na série com ajuste sazonal. A surpresa positiva, porém, não altera o quadro de crescimento lento do setor e da atividade em geral no terceiro trimestre, dizem analistas. A produção de veículos (-4,5%) e a de alimentos (-1,7%) caíram na comparação mensal, o que limitou o desempenho médio da indústria, apesar de 16 dos 26 segmentos pesquisados pelo IBGE terem subido no período. Pela ótica mais positiva, a indústria brasileira segue acima do nível pré-greve dos caminhoneiros: a produção está 0,3% maior do que em abril e 1,2% mais forte do que a média do 1º trimestre. Mas a decomposição por componentes mostra um avanço de baixa qualidade, uma vez que caíram no período aqueles mais ligados aos investimentos, uma medida para estimar a atividade futura, destaca Artur Passos, economista do Itaú. No segmento de bens de capital, houve recuo de 6,2% de julho, levando a um nível 0,2% menor do que nos três primeiros meses do ano. (Valor Econômico – 05.09.2018)

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3 IBGE: Dois terços dos desalentados estão sem trabalhar há mais de 1 ano

O desemprego de longa duração pode ter sido o principal responsável pelo crescimento do número de pessoas em desalento no país — como é chamada a situação de trabalhadores que nem sequer procuram vaga por achar que não vão conseguir ser contratados. Cálculos do IBGE, realizados a pedido do Valor na base de dados da Pnad Contínua, mostram que dois terços dos trabalhadores em situação de desalento não trabalham há mais de um ano. De acordo com a pesquisa, o país tinha 4,8 milhões de trabalhadores desalentados no segundo trimestre deste ano, dos quais 3,3 milhões (69% do total) não trabalharam nos 365 dias anteriores à data de referência da pesquisa. No segundo trimestre de 2017, o país tinha 3,99 milhões de trabalhadores em situação de desalento, dos quais 2,9 milhões estavam sem trabalhar no período de 365 dias anteriores à pesquisa, o que representava 73% do total. O desemprego de longa duração — caracterizado pelas pessoas que procuram emprego há um ano ou mais, sem conseguir — é considerado um dos legados preocupantes da crise. Quanto mais tempo desempregado, maior a dificuldade de conseguir emprego. No segundo trimestre deste ano, 5,02 milhões de pessoas estavam nessa condição de desemprego de longa duração, 127% a mais do que no mesmo período de 2014, antes de a crise econômica atingir o mercado de trabalho. (Valor Econômico – 04.09.2018)

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4 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 04 sendo negociado a R$ 4,1520, com variação de -0,95% em relação ao início do dia. Hoje (05) começou sendo negociado a R$4,1779 - com variação de +0,62% em relação ao fechamento do dia útil anterior - e segue uma tendência de baixa, sendo negociado às 09h50 no valor de R$4,1633 variando -0,35% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 04.09.2018 e 05.09.2018)

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Internacional

1 Dados indicam dupla rotatividade da energia retirada da hidrelétrica de Yacyretá, no Paraguai

Há diferenças numéricas nas medições da energia da usina hidrelétrica de Yacyretá, mas a cobrança cada final de mês é feita com a presença de representantes da ANDE e Ebisa, disse ontem o chefe técnico do Paraguai, Ing. Leopoldo Melo. No relatório sobre a geração de energia na usina no mês de agosto, feita no último sábado, Leopoldo Melo, explicou que os dados do site da margem argentina da entidade binacional, são dados de outro sistema, razão pela qual existem pequenas diferenças. Essa explicação fez surgir criticas no setor de energia paraguaio: alguns técnicos alertaram que mesmo isso poderia ser uma prova de duplo faturamento. (ABC – Paraguai – 05.09.2018)

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2 GE finaliza atualização em turbina da Mitsubishi no México

A GE finalizou um projeto de atualização de uma turbina a gás da Mitsubishi modelo M501F e outros componentes a vapor na planta de Tuxpan, no México. A companhia aponta que obteve um aumento de geração de 9,2% e elevação da eficiência de 2,9%. Outro resultado obtido foi o aumento do intervalo para a manutenção da unidade para 32 mil horas para uma usina de 450 MW de capacidade instalada. De acordo com a empresa norte americana, esse trabalho de atualização é parte de um contrato de 12 anos com base na sua plataforma de serviços Fleet360, cuja meta é oferecer serviços aos geradores por meio de soluções específicas para cada equipamento, independente de seu fabricante. No caso da planta mexicana, informou, as atualizações incluíram novo hardware de turbinas a gás infundido com tecnologia de materiais patenteada da GE e arquitetura aprimorada de componentes do motor. E ainda, manutenção nas turbinas a vapor, aperfeiçoamento dos sistemas geradores e instalação de um sistema de monitoramento de dinâmica de combustão para ajudar na identificação de problemas de combustão antes que eles ocorram. (Agência CanalEnergia – 04.09.2018)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 SALES, Claudio J. D.; HOCHSTETLER, Richard. “Financiamento do Setor Elétrico: desafios e novos caminhos (partes 1 de 2)”. Agência CanalEnergia. Rio de Janeiro, 03 de setembro de 2018.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: João Pedro Gomes, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Lins, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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