l

IFE: nº 4.494 - 09 de fevereiro de 2018
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Segundo EPE, texto da reforma do setor elétrico sai nos próximos dias, diz EPE
2 TRF-1 no DF derruba principal liminar que limita "risco hidrológico"
3 Apine: cerca de um mês para reaver decisão que protege associados
4 AES Tietê: companhia vem realizando mensalmente durante a vigência da liminar a provisão dos efeitos do GSF
5 Instituto Acende Brasil: Geradoras de energia devem pagar R$ 7 bi por déficit hídrico em 2018
6 FGV Energia: é preciso interromper a inadimplência
7 Distribuidoras receberão empréstimo no valor total de R$105mi, aprovado pela Aneel
8 Aneel: autorizado o repasse de R$ 105 mi da RGR para distribuidoras designadas
9 Motivada pelo fim da sobretaxa, conta de luz cai quase 8%
10 Artigo de Sérgio Malta: "A importância da qualidade da energia para a indústria e os investimentos em rede"

Empresas
1 Eletrobras: PL da privatização receberá regime de urgência para votação na Câmara
2 Vanessa Grazziotin, do PCdoB-AM, condena a privatização da Eletrobras e defende a soberania das estatais
3 Eletrobras: Com o fundo da privatização, entidades estudam proposta de destinação de R$1bi para pesquisas
4 CPFL Brasil vê mercado livre estável em 2018 e mais movimentado em 2019
5 CPFL Brasil: há uma quantidade grande de energia incentivada alocada nos leilões regulados
6 RGE e RGE Sul: Investimento de R$ 232,1 mi na troca de postes em 2017
7 Copel Energia: Contrato fechado com geradora para comercializar no mercado livre
8 Energisa MS: Revisão tarifária é apresentada em reunião com agência reguladora

9 Neoenergia : Anunciadas bolsas de pós-graduação para brasileiros na Europa

Leilões
1 Boven promove leilão de compra dia 9 de fevereiro

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 De acordo com CMSE, térmicas permanecem acionadas até fim do período úmido
3 Chuvas superaram média histórica no rio Madeira

4
Consultoria Dcide: Preço de referência para o trimestre fica em R$ 186,00/MWh

Energias Renováveis
1 Atlas Renewable cresce em solar com aquisições e acumula 269 MW
2 Eólica no RN liberada para operação comercial

Gás e Termelétricas
1 Térmicas do leilão A-6 vão operar na base
2 Consumo de gás no Ceará cresce 17,1% em janeiro
3 Cegas pretende manter a expansão em sua rede de distribuição
4 Eletronuclear: Angra 03 recebe atualizações referentes à segurança e tecnologia

Economia Brasileira
1 IFI: Receita atípica contribuiu com 60% da redução do déficit primário
2 IBGE: Varejo cresce 2% em 2017 após dois anos em queda

3 Varejo recua 0,5% no 4º trimestre de 2017, mostra IBGE
4 IPCA abaixo das projeções pode fazer Copom cortar juro novamente
5 IPC-Fipe abre fevereiro com alta de 0,25%
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Buenos Aires já capitalizou investimentos por mais de US $ 1,2 bi em energia renovável
2 Argentina: aumento das taxas impulsiona a criação de empresas que trabalham para reduzir a conta
3 Bolívia: ABEN prepara pra construção do centro nuclear em El Alto
4 Bolívia: Acordo entre diretor executivo da ABEN e reitor do EMI, promove a criação de formação em Engenharia Nuclear
5
Paraguai: Comitê de energia da UNA analisa plano para comercializar excedentes das binacionais

Biblioteca Virtual do SEE
1 MALTA, Sérgio. "A importância da qualidade da energia para a indústria e os investimentos em rede". Brasil Energia. Rio de Janeiro, 07 de fevereiro de 2018.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Segundo EPE, texto da reforma do setor elétrico sai nos próximos dias, diz EPE

O texto do projeto de reforma do setor elétrico deve ficar pronto nos próximos dias, disse ontem o presidente da EPE, Luiz Barroso. Assim que concluído, o texto será encaminhado pelo MME à Casa Civil e, posteriormente, ao Congresso Nacional. Barroso se disse "otimista" com o encaminhamento do assunto no Congresso Nacional. Segundo ele, o projeto faz parte de uma agenda de atração de investimentos e não deve enfrentar turbulências, como as discussões sobre a reforma da Previdência Social. O executivo acredita que o projeto deve manter as linhas gerais da proposta original, contempladas na nota técnica preparada pelo MME em meados do ano passado, mas também deve acatar parte das contribuições do mercado. A expectativa no mercado é que o texto contemple, entre outros assuntos, uma proposta de solução para o GSF. Barroso também comentou sobre o calendário de leilões de 2018. A previsão, segundo ele, é realizar, além do leilão de energia nova A-4, previsto para abril, uma licitação A-6. Já no setor de transmissão, estão previstas licitações para abril e para o fim do ano. (Valor Econômico - 09.02.2018)

<topo>

2 TRF-1 no DF derruba principal liminar que limita "risco hidrológico"

A juíza federal da 20ª Vara do Distrito Federal Adverci Rates Mendes de Abreu cassou a principal liminar que limita os efeitos do risco hidrológico (medido pelo fator GSF, em inglês) nos contratos do mercado livre de energia, o que pode acelerar o fim de guerra judicial que já dura mais de três anos. A liminar em questão se refere à ação movida pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), que inclui a maior parte dos geradores do país com contratos no mercado livre. Com isso, a normalização do mercado à vista de energia fica mais próxima. A liquidação das operações do mercado de curto prazo de dezembro, realizada hoje, manteve cerca de R$ 6 bilhões em inadimplência referente às liminares. Na decisão, a juíza destacou que os prejuízos sofridos pelas hidrelétricas devido à exposição ao GSF fazem parte do risco do negócio, são previstos legalmente e devem ser suportados pelas próprias empresas. A liminar da Apine não inclui todos os R$ 6 bilhões travados no mercado, mas abrange uma fatia significativa disso. (Valor Econômico - 07.02.2018)

<topo>

3 Apine: cerca de um mês para reaver decisão que protege associados

A decisão do TRF-1 contrária ao pedido da Apine cuja meta era a de proteger os seus associados do custo integral do risco hidrológico pode abrir caminho para que a maior parte das liminares em vigência possam ser derrubadas. Contudo, há mecanismos para a associação voltar a ter os efeitos da decisão liminar ainda antes da próxima liquidação financeira do mercado de curto prazo ao pedir efeito suspensivo da sentença que julgou o mérito da ação e o impasse possa permanecer. O sócio do escritório Leite Roston Advogados, Rodrigo Leite, até lembrou que houve questionamentos de clientes que perguntaram se suas ações cairiam automaticamente, fator que ele negou. Mas, acrescentou, essa decisão sobre o mérito da ação é positiva para essas empresas pois como essas ações visavam basicamente a proteção dessas empresas contra a primeira onda de liminares, a sentença favorece esses agentes que procuraram a Justiça para protegerem-se do rateio da inadimplência da CCEE. (Agência Canal Energia - 08.02.2018)

<topo>

4 AES Tietê: companhia vem realizando mensalmente durante a vigência da liminar a provisão dos efeitos do GSF

Ainda na noite de ontem, a AES Tietê divulgou fato relevante no site da CVM onde afirma que tomou ciência da decisão [do TRF-1 no DF que derrubou a principal liminar que limita "risco hidrológico", movida pela Apine], mas que "conforme divulgado por meio de suas demonstrações financeiras, a companhia vem realizando mensalmente durante a vigência da liminar a provisão dos efeitos do GSF e que possui caixa disponível para um eventual pagamento". (Agência Canal Energia - 08.02.2018)

<topo>

5 Instituto Acende Brasil: Geradoras de energia devem pagar R$ 7 bi por déficit hídrico em 2018

O gasto que as grandes geradoras terão em decorrência do deficit hídrico será menor neste ano, segundo o Instituto Acende Brasil. A projeção é de R$ 7 bilhões, contra os R$ 10 bilhões em 2017. O motivo da queda é uma melhora nos níveis dos reservatórios, diz Claudio Sales, presidente da instituição. "Atingiram-se, em média, 79,3% da capacidade da geração do sistema hidrelétrico no ano passado. Para 2018, a previsão é de 89%." A relação entre o potencial que uma usina tem para gerar energia e quanto ela realmente produz é conhecido pela sigla GSF (em inglês). Quando há deficit, elas precisam comprar a energia que deixaram de inserir no sistema, o que acarreta gastos bilionários. Parte das usinas busca a Justiça para não ter de pagar essa conta. O argumento é que foram prejudicadas por despachos fora da ordem houve momentos em que o operador do sistema tirou delas o privilégio de serem as primeiras a inserir energia do sistema, o que causou o desequilíbrio. Alguns juízes dão razão às hidrelétricas e concedem liminares para que não paguem. Há cerca de R$ 6 bilhões em questionamento. (Folha de São Paulo - 08.02.2018)

<topo>

6 FGV Energia: é preciso interromper a inadimplência

"O mercado caminha pode travar se não houver uma saída, afirma Mario Menel, da Abiape (associação de investidores em energia)". A proposta que tem mais força é parcelar os valores e esticar os prazos de concessão para que as empresas possam pagar, diz Paulo Cunha, da FGV Energia. "É preciso interromper a inadimplência e dar uma solução à dívida acumulada." (Folha de São Paulo - 08.02.2018)

<topo>

7 Distribuidoras receberão empréstimo no valor total de R$105mi, aprovado pela Aneel

A Aneel aprovou o empréstimo de R$ 105,4 milhões do Fundo da Reserva Global de Reversão (RGR) às distribuidoras designadas do Norte e Nordeste para a prestação do serviço público. Com a medida, publicada nesta quinta-feira, 08/02, no DOU, a Amazonas Energia receberá R$ 44,3 milhões, a Boa Vista Energia ficará com R$ 23,7 milhões, a Cepisa receberá R$ 9,3 milhões, a Ceron receberá R$ 15,5 milhões e a CEA ficará com R$ 12,4 milhões. Caberá à CCEE averiguar as disponibilidades de caixa para eventual redução proporcional dos valores. (Agência Brasil Energia - 08.02.2018)

<topo>

8 Aneel: autorizado o repasse de R$ 105 mi da RGR para distribuidoras designadas

A Aneel autorizou o repasse de R$ 105,4 milhões do Fundo Reserva Global de Reversão, a título de empréstimo, às concessionárias designadas para a prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica. Os valores vão beneficiar os consumidores atendidos pelas empresas Amazonas Energia D, Boa Vista Energia, Cepisa, Ceron e CEA, segundo despacho publicado no DOU desta quinta-feira, 8 de fevereiro. O termo "designadas" é porque essas distribuidoras são operadas pela Eletrobras, porém os contratos de concessão das áreas já foram devolvidos para a União. A assunção por um novo investidor dessas áreas depende do sucesso do processo de privatização da Eletrobras, em andamento pelo Governo Federal. Cabe à Câmara de Comercialização de Energia averiguar a disponibilidade de caixa na RGR para eventual redução proporcional dos valores autorizados. (Agência Canal Energia - 08.02.2018)


<topo>

9 Motivada pelo fim da sobretaxa, conta de luz cai quase 8%

A conta de luz ficou em média 4,73% mais barata em janeiro, segundo os dados do IPCA, índice oficial de inflação, divulgado na manhã desta quinta-feira pelo IBGE. A queda ocorreu depois de um recuo de 3,09% em dezembro. Com isso, em dois meses, a energia elétrica já ficou 7,67% mais barata. Das treze regiões pesquisadas pelo IBGE, somente em Porto Alegre foi registrada alta na energia elétrica em janeiro, de 5%. Isso ocorreu devido a um reajuste de 29,60% que entrou em vigor desde 21 de dezembro em uma das concessionárias que atendem à região. Nas demais regiões, as variações no preço de energia oscilaram entre -8,03% em Belém e -0,39% em Vitória. Em janeiro, a bandeira tarifária na conta de luz ficou verde, ou seja, sem cobrança de taxa extra, o que deve continuar em fevereiro, graças à maior incidência de chuvas no país. Em dezembro, essa taxa extra havia vigorado no patamar 1 da bandeira vermelha, quando o consumidor paga um adicional de R$ 0,03 por cada kwh consumido. O custo da energia acaba tendo impacto em outros preços. Segundo o gerente do Índice de Preços do IBGE, Fernando Gonçalves, um dos motivos que pode explicar a forte desaceleração nos preços da alimentação fora de casa - grupo que saiu de uma alta de 0,74% em dezembro para apenas 0,06% em janeiro - é a queda no preço de energia, que reduz os custos dos estabelecimentos comerciais. (Agência Canal Energia - 08.02.2018)

<topo>

10 Artigo de Sérgio Malta: "A importância da qualidade da energia para a indústria e os investimentos em rede"

Em artigo publicado no jornal Brasil Energia, Sérgio Malta, Diretor do Conselho Mundial de Energia, Presidente do Conselho de Energia da Firjan e Presidente do Sindicato Interestadual das Indústrias de Energia Elétrica (Sinergia), trata de investimento em infraestrutura para modernização do parque industrial brasileiro. Segundo o autor, "planejamento de novas unidades industriais no Brasil passa pela infraestrutura, pois uma grande planta produtiva depende de condições especiais de atendimento". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 09.02.2018)

<topo>

 

Empresas

1 Eletrobras: PL da privatização receberá regime de urgência para votação na Câmara

O governo traçou uma estratégia com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para acelerar a votação da PL que prevê a privatização da Eletrobras. Depois que a proposta passar pelo crivo da comissão especial, ganhará regime de urgência para seguir diretamente ao plenário. O relator, deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que a expectativa do governo é que a proposta seja votada no plenário até abril, para então seguir ao Senado. Uma fonte do Planalto observa que a mesma estratégia foi aplicada ao PL relativo à reforma trabalhista, que depois de tramitar na comissão especial, ganhou regime de urgência para acelerar a votação no plenário. Neste formato, o projeto tem garantia de pauta imediata e a apreciação de emendas no plenário, sem que tenha de voltar à comissão. A MP 814 pode ter o prazo de vigência prorrogado até junho. No início da semana, Maia determinou a instalação de uma comissão especial para analisar o tema, já que o projeto teria de ser submetido a mais de três comissões de mérito (Trabalho, Minas e Energia, Desenvolvimento Econômico e Constituição e Justiça). Isso poderia estender a discussão na Casa até o fim do ano. O projeto também ganhou regime de prioridade, para que a comissão especial tenha prazo de funcionamento de 10 sessões de plenário. Aleluia calcula que a comissão especial funcionará por cerca de 45 dias corridos. Na sequência, com o parecer de Aleluia aprovado, ou não, Maia colocará em pauta no plenário a votação de um requerimento assinado pela maioria dos líderes para que a proposta ganhe regime de urgência. Os líderes que assinam o documento devem representar 257 votos na Casa, e precisam do mesmo número de votos para aprová-lo. O governo conta com esse saldo de votos para aprovar matéria. Se essa estratégia frustrar-se, a alternativa é o chamado "regime de urgência constitucional", que o Executivo imprime à proposta. Mas nesse quadro, há um prazo de 45 dias até que o projeto comece a trancar a pauta da Câmara. Pelos cálculos da equipe econômica, o governo pode obter até R$ 12 bilhões com a privatização da estatal. (Valor Econômico - 09.02.2018)

<topo>

2 Vanessa Grazziotin, do PCdoB-AM, condena a privatização da Eletrobras e defende a soberania das estatais

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse nesta quinta-feira, 08/02, em discurso no Plenário, que a Eletrobras está prestes a demitir 227 funcionários e pode autorizar a venda de suas seis distribuidoras subsidiárias. Ela afirmou que a empresa pública de geração e distribuição de energia elétrica pode fazer uma demissão em massa a qualquer momento, conforme notícias publicadas na imprensa. Para a senadora, a reforma trabalhista facilitou as regras para que empresas possam fazer demissões em grande número. Informou também que pedirá o apoio do presidente do Senado, Eunício Oliveira, para evitar que a Eletrobrás demita tanta gente. Na avaliação dela, essas demissões não vão prejudicar apenas os trabalhadores e suas famílias, mas também a própria empresa, que perderá funcionários e, consequentemente, eficiência. Grazziotin disse ainda que a oposição quer reuniões com o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, e com a presidência da Eletrobras para protestar contra as demissões e os planos de privatização. A senadora questionou os apoiadores da venda da Eletrobrás sobre quem irá bancar o programa Luz para Todos se a empresa for privatizada. Para ela, o desfecho pode ser a ocorrência de novos apagões e o aumento da conta de luz. A senadora definiu a Eletrobras como uma empresa estratégica para a soberania nacional e inclui no mesmo grupo a Embraer e a Petrobras. Para ela, o Brasil não deve nem pode vender empresas tão importantes e robustas. (Agência Senado - 08.02.2018)

<topo>

3 Eletrobras: Com o fundo da privatização, entidades estudam proposta de destinação de R$1bi para pesquisas

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, revelou mais cedo em Brasília que em uma reunião entre o ministério que comanda diversas entidades foi estabelecida uma proposta que será levada ao governo e prevê a destinação de cerca de R$ 1 bilhão que será futuramente apurado com a privatização da Eletrobras para pesquisa em ciência e inovação. Ele disse que as entidades pretendem estruturar um grupo de trabalho para construir a demanda e o consultaram sobre a possibilidade de o ministério participar desse projeto. Kassab disse que apoia a medida, pois é justa e legítima para o bem do país. (Agência Canal Energia - 08.02.2018)

<topo>

4 CPFL Brasil vê mercado livre estável em 2018 e mais movimentado em 2019

Após uma migração intensa e acelerada verificada em 2017, protagonizada principalmente pelos chamados clientes especiais, que dependem de oferta de energia de fonte incentivada para mudarem de ambiente de negócios, o comportamento do mercado livre em 2018 deve permanecer estável, retomando maior atividade somente em 2019, prevê a CPFL Energia. Até lá, segundo avalia Daniel Marrocos, diretor-presidente da CPFL Brasil, braço de comercialização do grupo CPFL Energia, a expectativa é de que a reforma do marco regulatório do setor elétrico - que tem como base a Consulta Pública 33 - deve abrir caminho para que mais uma parcela de consumidores, potencialmente aptos à transferência, possam fazer sua opção. "O ano passado foi impactado pelo boom das tarifas reguladas, em contrapartida a uma queda nos preços do mercado livre, propiciando uma transferência em massa", explicou o executivo. A CPFL, segundo ele, teve bastante sucesso nesse período, alcançando o maior volume negociado de energia incentivada, com praticamente o dobro do segundo colocado. A companhia apresentou crescimento de 50% na carteira de vendas para consumidores finais. Marrocos explica que 2018 começa "com certa tranquilidade" do ponto de vista de hidrologia. As chuvas têm se mostrado próximas à média histórica, apesar dos reservatórios das hidrelétricas não estarem totalmente recuperados, o que faz com que o preço da energia no mercado livre continue ainda elevado. Há uma baixa expectativa de migrações em 2018, não só pelo preço, mas também pela escassez de energia incentivada, sem a qual os clientes especiais não conseguem habilitação para migração. (Agência Brasil Energia - 07.02.2018)

<topo>

5 CPFL Brasil: há uma quantidade grande de energia incentivada alocada nos leilões regulados

Segundo Daniel Marrocos, diretor-presidente da CPFL Brasil, há uma quantidade grande de energia incentivada alocada nos leilões regulados e o mecanismo de expansão para o mercado livre ainda está em formatação. Ao mesmo tempo, como já houve uma migração principal dos maiores consumidores do Grupo A, a tendência agora é de que os menores, do Grupo B, passem em breve a fazer a opção pelo ambiente livre, demandando, assim, produtos padronizados e maior empenho de captação por parte dos comercializadores varejistas, figura cuja atividade ainda não vem se desenvolvendo como se esperava originalmente porque, pela regulação em vigor, é obrigada a assumir uma série de responsabilidades e riscos. Um impulso maior deve vir com a reforma do setor elétrico que prevê que uma faixa de consumidores - com demanda de até 1 MW - deva ser obrigatoriamente representada na CCEE pelos comercializadores varejistas. (Ambiente Energia - 07.02.2018)

<topo>

6 RGE e RGE Sul: Investimento de R$ 232,1 mi na troca de postes em 2017

A RGE e RGE Sul anunciaram os números relativos ao projeto de substituição de postes de madeira por unidades de concreto ou fibra em suas redes de distribuição, durante 2017. A iniciativa, que faz parte do Plano de Manutenção do Grupo CPFL Energia, atingiu a marca de 91.523 substituições entre janeiro e dezembro do ano passado, uma média de 251 novos postes instalados por dia. As trocas e instalações dos novos componentes aconteceram nos 373 municípios das duas áreas de concessão das distribuidoras e tiveram um investimento de R$ 232,1 milhões. Para este ano, a projeção é de que os números sigam na mesma média do ano anterior. O presidente das concessionárias, José Carlos Saciloto Tadiello, destaca que a troca de postes é uma das estratégias das distribuidoras para assegurar a qualidade no fornecimento de energia e dar mais robustez a toda rede distribuição, especialmente em regiões do Estado que integram o corredor por onde chegam os temporais vindos dos países vizinhos Atualmente, toda substituição de postes de madeira é efetuada por postes de concreto ou fibra em locais de difícil acesso, independente da motivação da troca.Um dos principais benefícios dos novos postes é a redução da queima de equipamentos da rede principalmente em dias de temporal. Transformadores, reguladores de tensão e religadores automáticos estarão mais protegidos. (Agência Canal Energia - 09.02.2018)

<topo>

7 Copel Energia: Contrato fechado com geradora para comercializar no mercado livre

Copel Energia anunciou que acaba de firmar contrato com a CGH Reinhoffer, de 440 kW e localizada em Pinhão, na região central do Paraná, para representar a geradora no mercado livre. Na modalidade varejista, o agente comercializador substitui o gerador nas obrigações e responsabilidades perante a CCEE. "É uma alternativa para geradores que não tem como principal negócio a comercialização de energia e para pequenos consumidores que pretendem atuar no mercado livre mas que não contam com equipe própria para tanto, como bancos, supermercados e redes varejistas", explicou Antônio Justino Spinello, diretor da Copel Energia.Apenas seis empresas comercializadoras, entre elas a Copel, estão habilitadas pela CCEE para atuar como agentes varejistas, representando geradores e consumidores no ACL. "O atendimento à CGH Reinhoffer vai nos permitir ajustar procedimentos e processos para ampliar nossa atuação nessa nova modalidade, que exige do agente de comercialização grande capacidade de avaliação de riscos e oportunidades", completou Spinello. (Agência Canal Energia - 08.02.2018)

<topo>

8 Energisa MS: Revisão tarifária é apresentada em reunião com agência reguladora

Na tarde de ontem, 08/02, a ANEEL realizou, no município de Campo Grande (MS), reunião presencial com os consumidores da Energisa Mato Grosso do Sul (EMS) para apresentar a proposta de Revisão Tarifária Periódica (RTP) da distribuidora e os índices de qualidade para os próximos anos. Realizada no auditório do SEBRAE, a reunião contou com 80 participantes e sete expositores. A revisão tarifária periódica reposiciona as tarifas cobradas dos consumidores após analisar os custos eficientes e os investimentos prudentes para a prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica, em intervalo médio de quatro anos. Os limites de DEC e FEC da distribuidora para o período de 2019 a 2023 também estão em audiência. (Aneel - 09.02.2018)

<topo>

9 Neoenergia : Anunciadas bolsas de pós-graduação para brasileiros na Europa

A Neoenergia deu início na semana passada às inscrições para o Programa de Bolsas para cursos de pós-graduação latu sensu em energia e meio ambiente em renomadas universidades da Espanha e Reino Unido. A oportunidade é direcionada a alunos de nacionalidade brasileira ou residentes no Brasil, com título de graduação ou com graduação prevista até junho de 2018, que poderão estudar no ano acadêmico 2018-2019. No processo de seleção serão analisados o histórico acadêmico, o currículo e o interesse no projeto de estudos. Para os candidatos admitidos, a empresa custeará o valor total do curso e uma bolsa auxílio mensal, de 1.580 euros para os bolsistas do Reino Unido e 900 euros para os bolsistas da Espanha, destinados a custos com moradia, transporte e materiais. As bolsas têm duração de doze meses, de acordo com o país escolhido pelo candidato. (Agência Canal Energia - 08.02.2018)

<topo>

 

Leilões

1 Boven promove leilão de compra dia 9 de fevereiro

A comercializadora Boven promove leilão de compra de energia convencional no próximo dia 9 de fevereiro. O período de suprimento vai de 1º de julho a 31 de dezembro de 2018 e o ponto de entrega é o submercado Norte. Os interessados têm até às 13h do dia 9 de fevereiro para enviar suas propostas. (Agência Canal Energia - 08.02.2018)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Norte apresentaram crescimento de 1,4% nos níveis em relação ao dia anterior e se encontram com 40,4% da capacidade, segundo dados do ONS relativos a última quarta-feira, 7 de fevereiro. A energia armazenada chegou a 6.077 MW mês e a ENA ficou em 63% da MLT. A hidrelétrica Tucuruí se encontra com 62,32% da capacidade. Na região Sudeste/Centro-Oeste os níveis aumentaram em 0,2%, deixando os reservatórios com 33,2% da capacidade. A energia armazenada está em 67.607 MW mês e a energia afluente em 81% da MLT. Furnas trabalha com 22,80% da capacidade e a usina Serra da Mesa, com 12,34%. O Nordeste do país registrou elevação de 0,2% nos níveis e os reservatórios se encontram com 19,2% da capacidade. A energia armazenada ficou em 9.933 MW mês no dia e a energia afluente está em 28% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Sobradinho apresenta 14,27% da sua capacidade. Já no submercado Sul houve redução de 0,3% nos níveis, e os reservatórios operam com 82,8% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 16.647 MW mês e a energia afluente está em 119% da MLT. A usina de Passo Fundo opera com 73,26% da capacidade. (Agência Canal Energia - 08.02.2018)

<topo>

2 De acordo com CMSE, térmicas permanecem acionadas até fim do período úmido

O CMSE prevê que o fenômeno conhecido como La Niña "parece encontrar-se perto de seu auge" e que ele deve dar sinais de arrefecimento ainda nos primeiros meses deste ano. Segundo o comitê, as condições do abastecimento continuarão a ser monitoradas até o término do período úmido, em abril, e até lá continuará determinando o despacho das térmicas dentro da ordem do mérito. O risco de déficit no Sudeste/Centro-Oeste é de 0,3%, abaixo do projetado na última reunião, em janeiro, que era de 1,2%. Para o Nordeste, a previsão continua sendo de risco de déficit de 0%. A previsão climática para os próximos meses, até abril, aponta que há mais chance de chover abaixo da média histórica na porção norte da Região Nordeste e alta probabilidade de chover acima do normal na maior parte no Norte do país. No Sul, as precipitações deverão oscilar em torno da média para a região. Em virtude disso, está mantida a política operativa hidráulica da bacia do rio São Francisco, com a adoção da defluências mínimas, com vistas à preservação dos estoques armazenados. A expectativa de armazenamento ao final de fevereiro é de 38,9% na hidrelétrica Três Marias e de 16,7% em Sobradinho, enquanto Itaparica tem previsão de passar dos atuais 10,7% para 16,3% durante este mês. (Agência Brasil Energia - 07.02.2018)

<topo>

3 Chuvas superaram média histórica no rio Madeira

No rio Madeira, onde estão as hidrelétricas Jirau e Santo Antônio, as chuvas superaram ligeiramente a média histórica, especialmente na porção sul e oeste da bacia. Em termos de ENA bruta, foram verificados no mês de janeiro os valores de 96% no Sudeste/Centro-Oeste, 191% no Sul, 36% no Nordeste e 62% no Norte, referenciados às respectivas MLT. A ENA nas bacias dos rios Grande, Paranaíba, São Francisco e Tocantins, que juntos concentram cerca de 80% da capacidade de armazenamento do país, se configuraram como as piores do histórico na região no acumulado de 2017. Já a energia armazenada nos reservatórios dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte foi de 31,3%, 81,9%, 17,8% e 32,3%, respectivamente. Para o fim deste mês, são esperados valores de 39,9% no SE/CO, 78,8% no Sul, 23,7% no Nordeste e 49,1% no Norte. Com relação à expansão da geração e transmissão, em janeiro entraram em operação comercial 251,7 MW de capacidade instalada de geração e 1.392 MVA de transformação na rede básica. (Agência Brasil Energia - 07.02.2018)

<topo>

4 Consultoria Dcide: Preço de referência para o trimestre fica em R$ 186,00/MWh

O preço de referência para contratos de energia elétrica para o trimestre de março a maio de 2018 ficou em R$ 186,00/MWh na sexta semana deste ano, registrando aumento de 19,56% na semana, de acordo o Boletim Semanal da Curva Foward, elaborado pela consultoria Dcide. Houve variação positiva de 0,66% em relação ao índice medido no mesmo período do mês anterior e avanço de 58,47% quando comparado ao índice do mesmo período no ano passado. O preço da energia convencional de longo prazo, referente ao período de 2019 a 2022, foi medido em R$ 158,09/MWh e apresentou variação negativa de 0,7% na semana. A queda foi observada, também, na comparação com o mês anterior: 0,21%. Já na comparação com o mesmo período do ano passado o crescimento registrado foi de 9,3%. No caso da energia incentivada, os preços para o trimestre ficaram em R$ 231,21/MWh, aumento de 29,17% em comparação com contratos fechados para suprimento entre março e maio de 2017. Os preços de longo prazo da energia incentivada ficaram em R$ 202,35/MWh, 7,83% mais altos, também na comparação anual. O documento é elaborado a partir de dados de 48 agentes do mercado livre, entre os mais comercialmente ativos, apurados semanalmente pela consultoria. As curvas de preço são validadas por modelo matemático, que elimina distorções, e por comitê. (Agência Brasil Energia - 08.02.2018)

<topo>


Energias Renováveis

1 Atlas Renewable cresce em solar com aquisições e acumula 269 MW

A Atlas Renewable, empresa de geração solar da gestora de fundos britânica Actis, acumula 269 MW (300 MWp) de projetos da fonte no Brasil, todos originalmente negociados por outras empresas em leilões. A aquisição mais recente da companhia foi o projeto Sol do Futuro (90 MW, 99 MWp), localizado em Aquiraz (CE). O projeto foi vendido pela Steelcons no segundo LER de 2015, com entrega prevista para este ano. "Nossa estratégia de crescimento é aproveitar todas as oportunidades, (em casos de aquisição) desde que sejam projetos sólidos, com o retorno que nossos acionistas querem. Continuaremos tanto desenvolvendo os projetos que temos, quanto olhando essas oportunidades", comenta o gerente geral da companhia no Brasil, Luis Pita, em entrevista à Brasil Energia. Novas aquisições não estão descartadas pela Atlas, que também inscreveu projetos para o leilão A-4, marcado para o próximo dia 7/4. Pita reconhece que projetos do segundo LER de 2015, com entrega prevista para este ano, por terem sido negociados em um cenário diferente do atual, podem oferecer tarifas mais atrativas que as dos contratados no último A-4. "O preço-teto (do leilão A-4 de dezembro) era um preço que não tinha muito sentido considerando custos no Brasil e realidade no mundo inteiro. Para o preço de referência do ano de 2015, as circunstâncias eram muito diferentes. Agora os custos são outros, trackers e inversores estão mais baratos e disponíveis com conteúdo local e de boa qualidade", comenta o executivo. (Agência Brasil Energia - 07.02.2018)

<topo>

2 Eólica no RN liberada para operação comercial

A Aneel aprovou para operação comercial duas unidades geradoras, UG2 e UG3, de 2.100 KW cada, somando 4.200 kW de capacidade da usina de geração eólica União dos Ventos 13, a partir de 8 de fevereiro, mesma data da publicação do despacho do DOU. O empreendimento está localizado em Pedra Grande, Rio Grande do Norte. (Agência Canal Energia - 08.02.2018)

<topo>

 

Gás e Termelétricas

1 Térmicas do leilão A-6 vão operar na base

O presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso, adiantou que as diretrizes propostas para o último leilão A-6, ocorrido em dezembro, que estabeleceu inflexibilidade de até 50% ao longo do ano para as termelétricas a gás, devem ser mantidas para a edição que será realizada neste ano. Isso porque as duas térmicas que venderam energia na última concorrência, realizada no último dia 20/12, praticamente viabilizam a operação dos empreendimentos na base. Naquela ocasião, as novas usinas negociaram 2,1 GW em capacidade instalada, representando 44,3% do total dos empreendimentos que fecharam contratos. As usinas foram a Vale Azul II, que fechou contratos a R$ 211,90 por MWh, e a GNA Porto do Açu III, que contratou energia a R$ 213,91/MWh. As duas ficam no estado do Rio de Janeiro. Barroso citou o caso da Vale Azul, que declarou 100% de inflexibilidade durante o período úmido, que vai até abril, e zero durante o período seco, mas com CVU de R$ 85/MWh. Com isso, a usina, que deve usar gás associado do pré-sal, tende a ser despachada na base, pois no período úmido o risco de não gerar está mitigado pela inflexibilidade. E com CVU baixo, a usina tende a ser uma das primeiras da fila do ONS. No caso da térmica da Prumo, a inflexibilidade ficou definida no período seco, o que coincide com o verão no hemisfério Norte, quando o gás no mercado internacional é vendido a preços mais baratos, por conta da queda da demanda do insumo para calefação. No período úmido, a usina tende a ser despachada por ordem do ONS, por ter um CVU de R$ 160/MWh. Com isso, a usina pode ser despachada mais vezes, graças ao combustível mais barato, gerando energia com preços mais competitivos, fazendo com que a térmica, na prática, passe a gerar na base do sistema. (Agência Brasil Energia - 08.02.2018)

<topo>

2 Consumo de gás no Ceará cresce 17,1% em janeiro

O consumo de gás natural no Ceará atingiu em janeiro volume de 503.393 m³/dia, em média, ante 429,736 m³/dia do mesmo mês do ano anterior, aumento de 17,1%. Este foi o primeiro mês que o estado consumiu acima de 500 mil m³/dia e é considerado o melhor desempenho mensal da história da Cegás, constituída em 1993. De acordo com a distribuidora, o segmento industrial registrou a maior expansão, com aumento de 21,9% no consumo, na mesma base de comparação. Em janeiro deste ano, foram destinados às fábricas, 296.563 m³/dia de gás ante 243.193 m³/dia de janeiro do ano passado. O diretor técnico e comercial da Cegás, Fabrício Bomtempo, disse que o aumento do consumo de gás natural neste segmento é reflexo da retomada do crescimento econômico no país e da entrada na CSP na carteira de clientes atendidos com gás canalizado. No segmento automotivo, segundo maior em termos de consumo de GNV da companhia, houve um aumento de 10,61% neste ano, com relação a janeiro de 2017, ao passar de 176.704 m³/dia para 195.459 m³/dia. No consumo residencial, o segmento teve um crescimento de 19,36% em janeiro de 2018, em relação ao mesmo período do ano passado, ao passar de 2.411 m³/dia para 2.878 m³/dia. O consumo de gás natural aumentou também em 14,3% no segmento comercial, que é formado por restaurantes, pousadas, hotéis e padarias. (Agência Brasil Energia - 07.02.2018)

<topo>

3 Cegas pretende manter a expansão em sua rede de distribuição

O gerente comercial da Cegás, David Barbosa, afirma que o crescimento destes dois segmentos é consequência do aumento da procura de gás natural devido as constantes altas no preço do GLP. Ao projetar o cenário de distribuidora para este ano, o presidente da empresa, Hugo Figueirêdo, diz que a companhia pretende manter a expansão em sua rede de distribuição, além de participar de outros projetos do estado. (Agência Brasil Energia - 07.02.2018)

<topo>

4 Eletronuclear: Angra 03 recebe atualizações referentes à segurança e tecnologia

A Eletronuclear está divulgando um estudo sobre as atualizações técnicas e de segurança realizadas no projeto de Angra 03. De acordo com a empresa, o objetivo do documento é "refutar opiniões infundadas recorrentes em relação à segurança do empreendimento". O estudo detalha várias medidas já implementadas pela empresa além de outras que estão em andamento. Assim como em Angra 2, foram incorporadas alterações no projeto da usina que levam em conta as mudanças implementadas na área nuclear após os acidentes de Three Mile Island, nos EUA, e Chernobyl, na antiga União Soviética. Adicionalmente, alterações foram necessárias após o acidente de Fukushima, ocorrido no Japão em 2011, que fez com que usinas nucleares de todo o mundo revissem suas provisões de segurança levando em conta os efeitos de um terremoto e uma tsunami de grande magnitude. Dentre as alterações realizadas tanto em Angra 1 e 2 como no projeto de Angra 3, destacam-se medidas para aumentar a resistência das usinas a eventos além da base de projeto, como terremotos, maremotos e deslizamentos de terra severos que poderiam resultar na fusão do núcleo do reator. A empresa está investindo cerca de R$ 300 milhões nessas ações, que foram baseadas em recomendações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). (Agência Brasil Energia - 07.02.2018)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 IFI: Receita atípica contribuiu com 60% da redução do déficit primário

A ajuda das receitas atípicas foi determinante para um déficit primário em 2017 tão abaixo da meta fiscal. O déficit primário de R$ 110,6 bi do ano passado veio bem menor que a meta do setor público consolidado - déficit de R$ 163,1 bi - e foi equivalente a 1,7% do PIB. O número representa também melhora em relação ao ano anterior, quando o déficit atingiu 2,5% do PIB. Ou seja, recuo de 0,8 ponto de 2016 para 2017. A redução contou com 60% de contribuição das receitas extraordinárias, que somaram R$ 90,5 bi em 2017. O resultado de receitas e despesas recorrentes contribuiu com 40%. Os cálculos são da IFI, órgão ligado ao Senado. Gabriel Leal de Barros, economista e diretor do IFI, diz que o número reforça percepção de que o resultado fiscal do ano passado não teria sido tão positivo sem essa "surpresa" das receitas atípicas. E do lado das despesas, destaca, o ajuste se deu mais pelos gastos discricionários, principalmente investimentos. Os dados mostram, diz Barros, que o ajuste foi de curto prazo e não estrutural, pelo qual é necessário atacar as despesas obrigatórias. No ano passado, aponta o economista, o efeito líquido das receitas e despesas extraordinárias foi um resultado primário equivalente a 1,4% do PIB. No lado dos recorrentes, o resultado líquido foi negativo em 3,1% do PIB. Por isso o consolidado dos recorrentes e dos não recorrentes resultou num déficit primário de 1,7% do PIB. (Valor Econômico - 09.02.2018)

<topo>

2 IBGE: Varejo cresce 2% em 2017 após dois anos em queda

Após dois anos seguidos no campo negativo, o volume de vendas do varejo cresceu 2% em 2017, de acordo com o IBGE. Foi o melhor ano desde 2014 (2,2%). Em dezembro de 2017, porém, as vendas varejistas surpreenderam negativamente e recuaram 1,5% em relação ao mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. As promoções da Black Friday provocaram a antecipação de vendas em novembro e afetaram os dados do último mês do ano. Já era esperado um recuo nas vendas no varejo, mas não nessa intensidade. Na média, 24 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data previa redução de 0,5% no mês. O intervalo das projeções era de queda de 1,7% a alta de 0,2%. Para o acumulado de 2017, a previsão era de crescimento de 2,3%. O IBGE revisou o resultado de novembro, de 0,7% para 1% de alta. Perante a dezembro de 2016, houve elevação de 3,3%. Por sua vez, a receita nominal do varejo registrou elevação de 2,2% em 2017, frente ao ano anterior. Somente em dezembro, no entanto, houve queda no comparativo com o mês antecedente, de 2,2%, já descontados os efeitos sazonais. (Valor Econômico - 09.02.2018)

<topo>

3 Varejo recua 0,5% no 4º trimestre de 2017, mostra IBGE

O volume de vendas do varejo diminuiu 0,5% no quatro trimestre de 2017, na comparação aos três meses anteriores, conforme levantamento do IBGE. O resultado interrompe uma sequência de três trimestres consecutivos de aumento de vendas do setor. O varejo cresceu 3,8% de janeiro a março de 2017, avançou 0,8% nos três meses seguintes e teve elevação de 0,6% no terceiro trimestre. Vale lembrar que uma mudança de metodologia da pesquisa puxou para cima o resultado do o primeiro trimestre. Segundo Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, o resultado do último trimestre de 2017 não significa que a recuperação do setor tenha desandado. Ela avalia que a perda de ritmo seria natural após três trimestres consecutivos de alta nas vendas. "Significa apenas que perdeu um pouco de ritmo", disse Isabella. "Nos trimestres anteriores, tínhamos recursos extras na economia, no caso as contas inativas do FGTS. Isso foi usado para pagar dívidas, poupar, comprar. Então, o terceiro trimestre foi mais forte do que o quatro trimestre na maioria das atividades." (Valor Econômico - 09.02.2018)

<topo>

4 IPCA abaixo das projeções pode fazer Copom cortar juro novamente

Se a inflação seguir baixa como em janeiro e não houver uma deterioração no balanço de riscos, o Banco Central vai cortar os juros em 0,25 ponto percentual na sua reunião de março. Esse é o "guidance" do comunicado do Copom, divulgado ontem, e o BC vai segui-lo. A melhor maneira de ler o IPCA de janeiro é pelos próprios parâmetros destacados pelo BC. O índice veio bem abaixo do 0,53% projetado pelo Relatório de Inflação de dezembro. Esse desvio é suficiente para fazer o IPCA de 2018, então projetada em 4,2%, cair abaixo de 4%. O BC também tem acompanhado, com muita atenção, os núcleos de inflação, que nos documentos oficiais descreve como confortáveis e baixos. O BC também comunicou que acompanha o balanço de riscos. A inflação mais baixa é um sinal de que os riscos do lado positivo têm se materializado. Será preciso acompanhar a evolução do lado negativo. O BC não deixará de baixar os juros em março no caso de a reforma da Previdência não ser aprovada. A autoridade tem destacado que não há uma relação binária e mecânica entre um evento e outro. O que o BC está de olho é mais na reação dos mercados a uma eventual frustração nas reformas. E também na evolução do cenário internacional, que tem funcionado como uma espécie de anestésico à falta de progressos na tramitação da reforma. Se a inflação seguir baixa e os riscos negativos não se materializarem, o Copom seguirá o que disse na sua comunicação condicional e cortará os juros em 0,25 ponto percentual. (Valor Econômico - 09.02.2018)

<topo>

5 IPC-Fipe abre fevereiro com alta de 0,25%

A inflação na cidade de São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ficou em 0,25% na primeira medição de fevereiro, após avançar 0,46% no fechamento de janeiro. Das sete classes de despesas analisadas pelo indicador, três continuaram no terreno negativo do fim do primeiro mês de 2018 para a leitura inicial de fevereiro: Habitação (-0,17% para -0,34%), Despesas Pessoais (-0,79% para -1,01%) e Vestuário (-0,18% para -0,15%). (Valor Econômico - 09.02.2018)

<topo>

6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 08 sendo negociado a R$3,2829, com variação de +0,13% em relação ao início do dia. Hoje (09) começou sendo negociado a R$3,2737 - com variação de -0,28 % em relação ao fechamento do dia útil anterior - e segue uma tendência de alta, sendo negociado às 10h45 no valor de R$3,2854, variando +0,36% em relação ao início do dia. (Valor Econômico - 08.02.2018 e 09.02.2018)

<topo>

 

Internacional

1 Argentina: Buenos Aires já capitalizou investimentos por mais de US $ 1,2 bi em energia renovável

Buenos Aires (Argentina), pólo atraente para o desenvolvimento de indústrias no país, foi um dos territórios mais escolhidos para a apresentação de projetos de energia renovável nas licitações do Ministério da Energia e Minas (MEM). Em todas as propostas realizadas até a data - Round 1, Round 1.5, Round 2.1e Round 2.2 - a região de Buenos Aires atingiu 1045,44 MW de potência, aproximadamente 3% de Consumo Elétrico Nacional. As empresas que apostam nos ventos em Buenos Aires o fizeram com projetos que variam de 10 MW a 100 MW de potência e aqueles que foram apresentados com usinas termelétricas de bioenergia fizeram isso com potência 7,2 kW. Deve-se mencionar que muitos projetos de mais de 300 KW que não encontraram o quadro de desenvolvimento neste Programa poderiam fazê-lo no Programa Provincial de Incentivos para a Geração de Energia Distribuída (PROINGED), portanto, a curto prazo, a geração e o fornecimento de energia através de fontes renováveis em Buenos Aires seria maior do que o estimado apenas com o RenovAr. (Argentina - Inversor Energetico - 08.02.2018)

<topo>

2 Argentina: aumento das taxas impulsiona a criação de empresas que trabalham para reduzir a conta

Nos últimos dois anos, com o descongelamento das tarifas de eletricidade e gás, o mercado argentino tornou-se terreno fértil para um negócio que até então não fazia muito sentido: a consideração de um serviço de assessoria em "eficiência energética". Ou seja, o trabalho de fazer empresas ou grandes consumidores, conseguir "economizar" entre 10 e 25% da energia que gastam. Este negócio já se juntou a empresas como a BGH, que fez parceria com a Espanha Ergon Energy Solutions para criar a Sinergeia, enquanto a Newsan fez o mesmo com Gamma da Espanha para formar soluções GN. Nesse sentido, Benjamin Crevant, engenheiro industrial francês que trabalhava, esporadicamente, em 2014 em 2014, visou esse nicho na Argentina, aberto após a mudança de governo e o consequente aumento dos preços da energia. O próximo passo foi se instalar em Buenos Aires e, desde então, consumiu cerca de 200 projetos no mercado local. (Argentina - Clarín - 08.02.2018)

<topo>

3 Bolívia: ABEN prepara pra construção do centro nuclear em El Alto

O governo boliviano planeja iniciar a construção do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Nuclear (CIDTN) no primeiro semestre deste ano, uma vez que sejam obtidas as licenças e procedimentos necessários para montar a infra-estrutura. O diretor da Agência Boliviana de Energia Nuclear (ABEN), Hortensia Jimenez, disse que, enquanto as licenças estão sendo processadas, a construção das paredes perimetrais na terra começou em paralelo, a fim de garantir a segurança exigida pelo projeto. "Esperamos que, até este semestre, não quero dar uma data específica porque as licenças estão em mãos de outras instituições, acreditamos que podemos contar com essas autorizações para começar o trabalho", disse Jiménez. (Bolívia - Cambio - 08.02.2018)

<topo>

4 Bolívia: Acordo entre diretor executivo da ABEN e reitor do EMI, promove a criação de formação em Engenharia Nuclear

O diretor executivo geral da Agência Boliviana de Energia Nuclear (ABEN), Hortensia Jiménez Rivera e o reitor do EMI, Antonio José de Sucre, brigadeiro-geral Rommel Morón Romero, assinaram um acordo de cooperação interinstitucional com o objetivo de promover programas e projetos conjuntos de treinamento, treinamento e pesquisa no campo do uso pacífico da tecnologia nuclear. Jimézen afirmou que trabalha para alcançar uma verdadeira independência na área científico-tecnológica. "Nosso presidente alcançou a libertação do nosso país em termos políticos e econômicos, isto é, do pensamento para a ação e que permitiu a criação da Agência Nuclear, que é uma ponte para o desenvolvimento da Bolívia", afirmou a autoridade. O reitor do EMI confirmou que este acordo não permanecerá em papel, mas reforçará sua facilidade de pesquisa e consolidará a execução de um currículo para o que é engenharia nuclear, desta forma esta casa de estudos maior será parte da independência científica e tecnológica do Estado boliviano. De acordo com o documento, ambas as instituições estão empenhadas em desenvolver treinamento de pós-graduação, especialidades, cursos, oficinas e outros espaços para troca de informações na área de ciência e tecnologia nuclear. Além de promover estágios e modalidades de graduação. Neste acordo, que será válido por cinco anos, a ABEN está empenhada em promover a participação de seus profissionais e técnicos especializados no uso pacífico da tecnologia nuclear para assessoria técnica no projeto de programas, módulos, materiais de treinamento acadêmico em as carreiras ligadas à área. (Bolívia - Cambio - 08.02.2018)

<topo>

5 Paraguai: Comitê de energia da UNA analisa plano para comercializar excedentes das binacionais

Na semana passada, realizou-se uma palestra técnica na Faculdade de Engenharia da Universidade Nacional de Assunção (Fiuna), no Paraguai, em que os engenheiros Javier Villate e Robert Cano apresentaram um projeto de lei que visa proteger os direitos e maximizar os benefícios da produção de energia de empresas binacionais pertencentes ao Estado. Um Comitê de Energia da Fiuna também foi formado nesta ocasião, que será responsável por promover o plano para a criação de uma entidade denominada Distribuidora Nacional de Entidades Binacionais (Conebi), cujo objetivo será gerenciar a venda de superávits de energia paraguaios. no mercado local e na região, principalmente no Brasil, levando em conta que é o maior consumidor. De acordo com os planejadores, o Conebi sucederá à Administração Nacional de Eletricidade (ANDE) como representante antes das entidades binacionais de acordo com o disposto na alínea "d" do Artigo II e no Artigo XIV do Tratado de Itaipu, bem como com a subsecção "f" do artigo II e do artigo XIV do Tratado de Yacyretá. (ABC Color - Paraguai - 09.02.2018)

<topo>


Biblioteca Virtual do SEE

1 MALTA, Sérgio. "A importância da qualidade da energia para a indústria e os investimentos em rede". Brasil Energia. Rio de Janeiro, 07 de fevereiro de 2018.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

<topo>


Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, João Pedro Santos, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO
Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails,  Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ