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IFE: nº 4.455 - 01 de dezembro de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Contabilização do mercado de curto prazo será discutida em Audiência Pública
2 Tarifa social para serviços públicos essenciais é aprovada
3 Com mudança de regras, iluminação pública pode ficar mais cara no Rio
4 Piauí quer leilões híbridos
5 MME: enquadrado projeto de transmissão bilionário junto ao Reidi
6 Aneel: liberada PCH em SC para operação em teste

Empresas
1 Eletrobras: Estatal espera sensibilidade do Congresso
2 Eletrobras: Presidente diz que descotização sem privatização não pode funcionar
3 Eletrobras: Ferreira Jr. comenta segregação de Itaipu e Eletronuclear
4 Eletrobras: Estatal vai tentar reduzir dívida de distribuidoras
5 Eletrobras: Companhia espera que a Aneel agilize processo das distribuidoras
6 Eletrobras: Governo defende que a privatização vai gerar empregos
7 Eletrobras: MME atenua efeito tarifário decorrente da privatização da estatal
8 Wilson Ferreira Jr.: Eletrobras pretende virar potência em comercialização de energia

9 Smart Grid demanda “senso de urgência”, diz Wilson Ferreira Jr

10 Eletrobras Eletropar: Ações da CPFL Energia são vendidas em OPA

11 Copel: Terceiro trimestre do ano encerra com lucro de R$ 389,8 mi

12 Copel vai participar de próximo leilão de transmissão da Aneel

13 CPFL Paulista: Aportes de R$ 21,1 milhões são feitos na rede elétrica de Americana e região

14 CPFL Piratininga: Investimentos de R$ 3,5 mi são feitos em Indaiatuba

15 Cemig: Fatia na Rio Minas Energia é elevada para 75% por R$ 1 bi

16 Moody’s: Perspectiva estável é mantida para empresas de transmissão e distribuição

Leilões
1 MME fixa regras para leilão de energia nova

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Meio Ambiente
1 Comissão de Meio Ambiente promove seminário em Sergipe sobre situação do São Francisco
2 Fmase teme que pleitos de licenciamento não sejam incluídos no PL do modelo

Energias Renováveis
1 ABEEólica: cobrança de royalties sobre eólicas ameaça competitividade da fonte
2 Blue Sun Brasil lança consórcio para microgeração solar em Pernambuco
3 NewSun Energy traz condomínio solar com GD para SP

Gás e Termelétricas
1 Gastrading: Justiça nega liminar contra lei que afeta projeto

Economia Brasileira
1 IBGE: PIB cresceu 0,1% no terceiro trimestre
2 BNDES prevê desembolso abaixo da meta

3 Meirelles: PIB tem espaço pra crescer acima de 3% até 2020
4 Investimentos têm o melhor resultado desde 2º trimestre de 2013
5 Fitch: Infraestrutura vai precisar de novos financiadores
6 FGV: IPC-S avança 0,36% em novembro
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Energia já pode ser gerada em casa e o restante vendido para a rede nacional
2 Argentina: 66 projetos foram premiados na Ronda 2.0 de energias renováveis
3 Tesla constrói a maior bateria do mundo em menos de 100 dias


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Contabilização do mercado de curto prazo será discutida em Audiência Pública

Começa hoje (30/11) prazo para envio de contribuições à audiência pública que discutirá o aperfeiçoamento do tratamento das exposições residuais decorrentes da insuficiência de recursos para alívio das exposições negativas no âmbito da contabilização do mercado de curto prazo. A medida foi aprovada na última terça-feira (28/11) durante reunião pública da Diretoria. O pedido para discutir o assunto foi feito pela Apine que, durante o histórico da operação do sistema, verificou que o intercâmbio efetivamente realizado ocorreu em níveis inferiores ao do intercâmbio programado. Em razão disso, o excedente financeiro não foi suficiente para cobrir as exposições negativas, o que teria originado as exposições residuais. A Associação também informou que a sistemática de utilização do excedente financeiro para alívio de Encargo de Serviços do Sistema - ESS teria permitido que o montante financeiro disponível para evitar a ocorrência de Exposições Residuais se reduzisse. De acordo com a Apine, o montante acumulado do excedente financeiro (R$ 11.868 milhões) teria sido maior do que o das exposições financeiras negativas acumuladas (R$ 10.570 milhões). Parte desse montante (R$ 2.428 milhões), no entanto, teria sido usada, para aliviar o ESS. (Aneel – 30.11.2017)

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2 Tarifa social para serviços públicos essenciais é aprovada

A Comissão de Desenvolvimento Urbano aprovou o Projeto de Lei 3245/08, da Comissão de Legislação Participativa, que prevê a prestação subsidiada de serviços públicos essenciais a consumidores de baixa renda, por meio da instituição de tarifa social. De acordo com o projeto, são serviços essenciais, entre outros, o fornecimento de energia elétrica, de água e de esgoto. O texto inclui a tarifa social para subsidiar esses recursos na Lei 8.987/95, que trata de concessão e permissão da prestação de serviços públicos. Para o relator na comissão, deputado Tenente Lúcio (PSB-MG), a medida vai ampliar e facilitar o acesso a serviços públicos essenciais, promover diretamente a elevação da qualidade de vida dos cidadãos e a concretização da função social das cidades. Pela lei, a tarifa social de energia elétrica é aplicada para moradores incluídos em programas sociais do governo ou que recebem o Benefício de Prestação Continuada. Em seu substitutivo, Tenente Lúcio inclui entre os beneficiados pela tarifa social os moradores que estejam situados em Zonas Especiais de Interesse Social e possuam renda familiar per capita de até dois salários mínimos. Outra alteração proposta pelo relator inclui entre os beneficiados as famílias inscritas no CadÚnico e com renda mensal de até dez salários mínimos, que tenham entre seus membros pessoa com alguma doença que requeira o uso continuado de aparelhos ou equipamentos que dependem de energia elétrica para seu funcionamento. A legislação estabelece que serão beneficiadas, neste caso, famílias com renda de até três salários mínimos. Por fim, o relator proíbe a descontinuidade do fornecimento de luz nas unidades beneficiadas pela tarifa social de energia elétrica por falta de pagamento ou por problemas técnicos de rede. (Agência Câmara – 30.11.2017)

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3 Com mudança de regras, iluminação pública pode ficar mais cara no Rio

O prefeito Marcelo Crivella pretende mudar as regras de cobrança da Cosip, que vem junto da conta de luz. Pela proposta que começou a ser debatida ontem na Câmara Municipal do Rio, cerca de 165 mil grandes consumidores de energia terão reajustes. Esses percentuais podem chegar a 24% em 2018 e a 65% a partir de 2023 para aqueles que consomem mais de 10 mil Kw/h por mês, de acordo com cálculos do vereador Carlo Caiado (DEM). Por outro lado, cerca de 1 milhão de usuários passariam a pagar menos ou ficariam isentos da taxa. Com as alterações, a prefeitura estima que a arrecadação passe de R$ 260 milhões para R$ 330 milhões por ano. Se a lei for aprovada, o maior valor a ser cobrado passaria dos atuais R$ 142,65 para R$ 176,24 em 2018. Esse teto passaria para R$ 234,84, a partir de 2023. As alterações na legislação fazem parte do plano da prefeitura de fazer uma Parceria PPP para modernizar a iluminação pública da cidade. A ideia é que em quatro anos todos os 435 mil pontos de iluminação passem a ter lâmpadas led. Hoje, a taxa de iluminação pública conta com 11 faixas de cobrança, cujos valores são atualizados anualmente pela inflação. Quem consome de luz até 80 KW/h fica isento. No novo modelo de cálculo, serão adotadas 22 faixas, sendo que a isenção passa a beneficiar consumidores que gastam até 100 KW/h. (O Globo – 01.12.2017)

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4 Piauí quer leilões híbridos

O Piauí defende no governo federal a realização de leilões para projetos híbridos de energia solar e eólica, segundo o governador do estado, Wellington Dias. "Cobramos do presidente Temer os primeiros leilões de energia integrada, para garantir energia firme" disse o político durante inauguração do complexo solar Nova Olinda, da Enel, atualmente o maior da América Latina, com 292 MWp. A comercialização de produto único composto por energia solar e eólica ainda precisaria de uma previsão legal. Além de leilões para este tipo específico de produto, o governo do Piauí defende uma agenda permanente de leilões, já olhando para a continuidade de contratações em 2018, após o A-4 e A-6 marcados para dezembro. Além do potencial do estado para exploração de ambas as fontes de geração, Dias cita a disponibilidade de pontos de conexão para novos projetos, questão que limita a expansão em estados com Rio Grande do Norte e Bahia. Para o A-4, há uma capacidade remanescente equivalente a 1.770 MW, para cerca de 5.800 MW cadastrados. De acordo com Dias, o governo também tem dialogado constantemente com o MME sobre uma solução para obras de transmissão da Abengoa, que afetam principalmente a capacidade de escoamento da Bahia, mas também o Piauí. Segundo o governador, esse diálogo tem se voltado para buscar uma solução ainda no próximo trimestre. (Brasil Energia – 30.11.2017)

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5 MME: enquadrado projeto de transmissão bilionário junto ao Reidi

O MME autorizou na última quarta terça-feira, 29 de novembro, o enquadramento ao Reidi do projeto relativo ao Lote 1 do Leilão nº 05/2016 da Aneel, de titularidade da ERB1 – Elétricas Reunidas do Brasil S.A. O período de execução das obras vai de agosto deste ano até o mesmo período de 2022, e irá demandar investimentos na ordem de R$ 1,7 bilhão, sem a incidência de impostos. A área do projeto está situada em diversos municípios do Paraná. Outro projeto aprovado é de titularidade da EKTT 14, relativo ao Lote 22 do Leilão nº 05/2016 da Aneel. A área do projeto fica no município de Biguaçu (SC) e o prazo de cumprimento do mesmo é de agosto de 2017 até fevereiro de 2021, demandando um aporte de recursos no valor de R$ 95,1 milhões. Também em Santa Catarina, nos municípios de Água Doce e Passos Maia, temos mais um projeto autorizado pelo MME. Trata-se da PCH Salto Santo Antônio, de posse da Chapecozinho Energética, e que irá compreender duas unidades geradoras de 4.500 kW, somando 9.000 kW de capacidade instalada. Outra PCH enquadrada ao Reidi é a PCH Buriti, de posse da Hidrelétrica Fockink, sendo composta por três unidades geradoras que totalizam 10.000 kW de capacidade. A localidade do empreendimento é no município de Sapezal (MT). Já a CGH Nova Ponte Queimada II, de titularidade da Energia Limpa Participações, e que compreende duas unidades de 1.500 kW, é mais uma usina a receber a chancela do Ministério. Por fim, dois projetos de posse da CTEEP relativos à implantação de novos módulos em subestações também foram aceitos pelo MME. O primeiro, na cidade de Aparecida (SP), corresponde a SE Aparecida, que receberá investimentos de cerca de R$ 4,7 milhões, sem a incidência de impostos, com período de execução de maio deste ano até o mesmo mês de 2018. A outra subestação a receber reforços e novos módulos é a SE Norte, localizada em Guarulhos (SP). (Agência CanalEnergia – 30.11.2017)

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6 Aneel: liberada PCH em SC para operação em teste

A Aneel autorizou nesta quinta-feira, 30 de novembro, o início da operação de testes das unidades UG3 e UG4, totalizando 11.300 kW na PCH Ado Popinhak, localizada no município de Curitibanos (SC). (Agência CanalEnergia – 30.11.2017)

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Empresas

1 Eletrobras: Estatal espera sensibilidade do Congresso

As incertezas quanto à força do governo em avançar com o processo de privatização da Eletrobras derrubaram as ações da companhia no pregão de ontem - as ONs caíram 6,30% e as PNs, 5,74% -, enquanto o prazo para aprovação do projeto de lei (PL) que vai criar as condições para isso fica cada vez mais apertado. Em entrevista ao Valor, o presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr, disse esperar que a convergência de interesses entre a empresa, o governo e a sociedade sensibilize os deputados e senadores para aprovarem, o mais rapidamente possível, o texto sobre a desestatização da elétrica, que será apresentado em breve ao Congresso. Segundo ele, a emissão de capital da Eletrobras será uma das dez maiores operações do tipo no mundo no próximo ano. "Isso não é uma coisa que interessa apenas à Eletrobras, apenas ao governo ou apenas aos consumidores. Isso interessa a todos. Espero que essa convergência de interesses chame a atenção dos nossos representantes eleitos [no Congresso]", disse o executivo. "O único grupo de pessoas que pode interferir nisso são os nossos representantes. Esses processos não serão mandados ao Congresso à toa. É lá, claramente, o local de discussão disso", completou Ferreira Jr, referindo-se aos projetos de lei de privatização do controle da empresa e da reforma do setor elétrico e à Medida Provisória sobre a repactuação do risco hidrológico, que compõem o arcabouço legal necessário para a desestatização da elétrica, aliada ao fim das cotas de 14 empreendimentos hidrelétricos do grupo, totalizando 14 mil MW de capacidade. O executivo pediu "sensibilidade" ao Congresso sobre o tema. "Todas as autoridades do Executivo, a própria companhia, entendem que [o Congresso] é o local de debate e colocaram todas essas convergências à disposição dos congressistas. Difícil não ser sensível a isso", afirmou. (Valor Econômico – 01.12.2017)

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2 Eletrobras: Presidente diz que descotização sem privatização não pode funcionar

Segundo o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., a iniciativa de privatização da estatal também beneficiará o consumidor de energia, com redução das tarifas, por meio da "descotização" das hidrelétricas, e vai garantir recursos para a revitalização da bacia do rio São Francisco. "Suponha que saia a descotização e não saia o negócio [projeto de privatização] da Eletrobras. Eu não terei como descotizar, porque não terei dinheiro e não vamos conseguir pagar esse benefício [ao Tesouro]. E, ao não pagar por esse benefício, o governo aumentará o seu déficit, porque ele havia considerado algum ingresso pela venda dos bônus de outorgas desse negócio", explicou o presidente da Eletrobras. "Qualquer falha na execução desses negócios, como são muito convergentes, estão muito entrelaçados, desassiste a todos", completou. Segundo ele, sem a privatização, a empresa não tem condições de fazer investimentos e pagar pela descotização das usinas, o que implicará na não redução da tarifa de energia para os consumidores. De acordo com o executivo, as usinas que operam sob regime de cotas, embora tenham um valor fixo relativamente baixo, geram um custo ao consumidor de R$ 200 por MWh, devido à exposição ao fator de ajuste de garantia física (GFS na sigla em inglês). Ele ressaltou que, quando as usinas forem descotizadas, o custo delas para o consumidor, segundo informações na mídia, será de cerca de R$ 160/MWh, e a Eletrobras ficará com o risco do GSF. Ferreira Jr. afirmou que a emissão de capital da companhia tem potencial para estar entre as dez maiores operações do tipo no mundo em 2018. Segundo ele, poucas operações no próximo ano serão do porte da que o governo planeja para a Eletrobras, por meio da qual prevê arrecadar R$ 12,2 bi, conforme consta do orçamento da União. (Valor Econômico – 01.12.2017)

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3 Eletrobras: Ferreira Jr. comenta segregação de Itaipu e Eletronuclear

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., ressaltou que, durante a operação de emissão de capital, a Eletrobras terá opção de aumentar o tamanho da oferta de ações, tanto na emissão primária quanto na secundária, se houver uma demanda maior que a esperada. "O que caracteriza essa excepcionalidade é ter uma oferta bem sucedida. Ela [operação] tem que, de alguma maneira, prever uma condição que seja favorável à companhia." Com relação à segregação de Itaipu e Eletronuclear, ativos que não farão parte da Eletrobras privada e poderão ser transferidos para uma nova estatal, a própria Eletrobras será responsável pela modelagem da cisão dessas empresas. "Quem vai propor a forma de tirar [segregar Eletronuclear e Itaipu] é a Eletrobras, que terá que submeter isso à assembleia. Só nós podemos cindir uma empresa de nossa propriedade", explicou Ferreira Jr. A Eletrobras deverá contratar consultorias para auxiliar na cisão das empresas. Segundo o executivo, porém, a expectativa é começar os trabalhos sobre o modelo de cisão das empresas apenas no início do próximo ano, após a definição dos processos relativos à modelagem de venda das seis distribuidoras no Norte e Nordeste, à venda das SPEs e à elaboração do novo plano de negócios da companhia. "Temos uma agenda muito intensa". O modelo de cisão deverá conter uma solução para o patrimônio líquido da Eletronuclear, que está negativo em R$ 4,5 bi. A empresa só poderá ser separada da Eletrobras com o patrimônio líquido positivo. Questionado sobre a situação da companhia de geração de energia nuclear, que desde outubro está pagando parcelas mensais de R$ 30 mi ao BNDES relativo a juros da dívida de construção de Angra 3, que até hoje não foi concluída, Ferreira Jr contou que a Eletrobras tem feito aportes na subsidiária. "Estamos acompanhando a Eletronuclear. Enquanto isso estamos colocando dinheiro [na empresa]. Nós temos uma obrigação como controladores da companhia", disse. (Valor Econômico – 01.12.2017)

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4 Eletrobras: Estatal vai tentar reduzir dívida de distribuidoras

A Eletrobras vai se esforçar para minimizar o montante da dívida das distribuidoras que terão que ser absorvidas pela holding no processo de privatização dessas empresas, disse, em entrevista exclusiva ao Valor, o presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior. Para isso, será necessária a publicação de uma MP elaborada pelo Ministério de MME que permita que a Aneel acelere a fiscalização de créditos que essas concessionárias dizem ter a receber com fundos setoriais. Na entrevista, Ferreira indicou que a Eletrobras não deve aceitar o modelo elaborado pelo BNDES na forma como foi proposto, com o risco de assunção de quase R$ 20 bi em dívidas, pelo efeito adverso que isso teria em seu endividamento. "Essa questão não é um capricho nosso", disse o executivo, se referindo à decisão tomada pelo conselho de administração da companhia na semana passada, de pedir um prazo adicional para avaliar o modelo proposto. O problema não está no modelo, mas no processo de fiscalização que a Aneel está fazendo em R$ 8,5 bilhões em créditos que as seis distribuidoras de energia da Eletrobras têm a receber dos fundos setoriais Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). Pelo modelo, a Eletrobras vai assumir R$ 11,2 bilhões em dívidas das seis distribuidoras, permitindo que elas sejam privatizadas com endividamento menor. No entanto, depois de avaliar o modelo, o conselho de administração da holding estatal decidiu pedir prazo extra para avaliá-lo, pelo risco de que esse montante atinja R$ 19,7 bi, porque há o risco de que os R$ 8,5 bi em créditos (que correspondem a igual volume em dívidas) sejam questionados no processo de fiscalização. (Valor Econômico – 01.12.2017)

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5 Eletrobras: Companhia espera que a Aneel agilize processo das distribuidoras

A expectativa da Eletrobras é de que a Aneel possa acelerar esse processo de fiscalização [dos créditos que as seis distribuidoras de energia da estatal têm a receber dos fundos setoriais CDE], e incorpore, por exemplo, uma decisão que a Amazonas Energia obteve em segunda instância garantindo o recebimento de quase R$ 2 bilhões em créditos. A solução para a aprovação do modelo passa também pela publicação da MP que vai tratar do risco hidrológico (medido pelo fator GSF, na sigla em inglês), que já saiu do Ministério de Minas e Energia há quase um mês mas ainda não foi encaminhada ao Congresso, por uma falta de acordo com a equipe econômica do governo. A MP vai tratar de alguns pontos que devem permitir que a Aneel libere parte desses créditos. Por exemplo, algumas distribuidoras da Eletrobras não receberam os créditos referentes à energia gerada depois do vencimento de alguns contratos, pois novos leilões de geração não foram feitos para "oficializar" essa geração. A Aneel não pode liberar os créditos pois o regulamento não atende, e a MP vai resolver isso, dando amparo legal ao pagamento. "O tempo de um mês é um prazo necessário para que a MP seja publicada e tenhamos algum tipo de reconhecimento [dos créditos]", disse Ferreira Jr. A alternativa seria manter a dívida nas distribuidoras e contar que, até abril, quando acontecerá o leilão de privatização das empresas, o impasse sobre os créditos será, ao menos parcialmente, resolvido. "Mas é um risco", disse o presidente da Eletrobras. (Valor Econômico – 01.12.2017)

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6 Eletrobras: Governo defende que a privatização vai gerar empregos

A privatização da Eletrobras vai gerar empregos, liberar recursos da União para serviços prioritários e até aumentar a arrecadação, além de permitir a redução do déficit previdenciário no longo prazo e a redução do déficit primário de 2018, defendeu o MME em ofício encaminhado ao presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, e que foi divulgado pela empresa ao mercado nesta quinta-feira. Já dentre os benefícios ao setor elétrico, o ministério destacou a maior segurança energética e o fortalecimento da expansão. Embora antes mesmo da privatização a Eletrobrás esteja em processo de forte redução do número de empregados, com meta de cortar à metade o seu quadro de funcionários, para cerca de 12 mil pessoas, como parte de seu plano de busca de maior eficiência operacional, o MME defende que a atuação privada da empresa deve elevar o nível de empregos no País, especialmente tendo em vista a esperada retomada de investimentos da companhia. E diz que esse o aumento do nível de emprego permitido pela retomada de investimentos da Eletrobrás deve reduzir o déficit previdenciário. Para justificar o argumento, o MME diz que o aumento de empregos já foi observado em diversos processos de privatização já realizados no Brasil e citou o exemplo da Vale, que hoje emprega nove vezes mais do que o registrado quando a empresa era estatal. (O Estado de São Paulo – 30.11.2017)

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7 Eletrobras: MME atenua efeito tarifário decorrente da privatização da estatal

O MME minimizou o esperado aumento tarifário que a privatização da Eletrobras provocará, pela "descotização" das usinas mais antigas, tendo em vista que sua energia deixará de ser comercializada ao preço de custo e passará a ser negociada a preço de mercado. O MME destaca que a mudança de regra será gradual, que haverá a transferência do risco hidrológico, hoje assumido de consumidor, para a companhia, e que parte da renda da descotização irá para a CDE, reduzindo a tarifa. Lembra, ainda, outros esperados movimentos previstos dentro da reforma da regulação setorial. Cita, também, cálculos realizados pela Aneel de simulação de impactos tarifários que indicaram que no pior cenário de recontratação da energia elétrica "descotizada" o impacto tarifário seria de 2,42% a 3,34% percebidos ao longo do período de descotização, enquanto em um cenário de preço mais favorável (R$ 150,00/MWh), o impacto seria de 0,56% a 1,48%, níveis inferiores à inflação prevista no período. "É importante destacar que as simulações realizadas pela Aneel consideram o risco hidrológico médio de 2013 a 2017. Os impactos seriam ainda menores se fosse utilizado o risco hidrológico atual. Também não foram considerados o fato de que a transferência desse risco ao gerador reduzirá as despesas do consumidor de energia elétrica com bandeiras tarifárias, o que também tem o efeito de reduzir o impacto tarifário", disse, salientando que o cálculo foi conservador e não incluiu o impacto de fatores que também podem ser positivos. (O Estado de São Paulo – 30.11.2017)

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8 Wilson Ferreira Jr.: Eletrobras pretende virar potência em comercialização de energia

Após a privatização a Eletrobras deverá ainda recuperar mercado e se tornar uma potência na comercialização de eletricidade, disse a jornalistas na terça-feira (28) o presidente da empresa, Wilson Ferreira Jr., durante evento em São Paulo. Ele afirmou que tem trabalhado em um novo plano de negócios para a companhia após a privatização, que deverá ser efetivada no segundo semestre de 2018 por meio da uma oferta de novas ações que diluirá a participação da União na estatal para uma fatia minoritária. O plano de negócios, que deve ser aprovado no Conselho de Administração da companhia até o final deste ano, irá prever o retorno da companhia ao novos investimentos possivelmente a partir de 2018. Segundo Ferreira, os novos negócios deverão ser viabilizados após uma forte redução na alavancagem da companhia esperada para a partir do segundo semestre do ano que vem, quando ele espera que a empresa já terá concluído planos atualmente em andamento de vender seis distribuidoras de eletricidade do Grupo Eletrobras e uma série de participações minoritárias em usinas eólicas e linhas de transmissão. “Nós vamos ser grandes na comercialização de energia no mercado livre, vamos continuar sendo grandes em transmissão… e na área de geração. Claramente, se você for olhar nos últimos anos, nós perdemos a relevância, fomos perdendo ‘market share’ ao longo dos últimos 10, 15 anos… a gente imagina poder resgatar o protagonismo da Eletrobras no mercado brasileiro”, declarou Ferreira. Ele disse que a companhia é uma forte geradora de caixa e poderá inclusive, no futuro, prospectar novas oportunidades também no exterior. (Ambiente Energia – 30.11.2017)

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9 Smart Grid demanda “senso de urgência”, diz Wilson Ferreira Jr

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr. fez uma espécie de “convocação” aos altos executivos do setor elétrico reunidos ontem na seção de abertura da 10º edição do Smart Grid Fórum, cujos trabalhos foram encerrados na última terça-feira, 29/11, em São Paulo. A ideia é buscar uma mobilização maior pela criação de uma política pública efetiva para o tema, aproveitando o “excepcional” momento de reformas empreendidas pelo governo federal, em particular pela atual gestão do MME. Ele explicou que, decorridos anos de debates em torno das diversas tecnologias que formam o conceito disruptivo de smart grid, “muito pouco” se avançou no Brasil em termos práticos, em que pesem iniciativas pioneiras realizadas por grandes companhias de distribuição, esforços ainda isolados em busca de maior eficiência, conforto para o consumidor e, principalmente, corte de custos. “Quinze mil sistemas de geração solar distribuída ainda é muito pouco para um universo de 70 milhões de consumidores”, destacou Ferreira, com base em estatísticas recentes citadas momentos antes pelo presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite. “Está faltando senso de urgência”, avaliou, referindo-se também ao estímulo ainda abaixo desejado na viabilização de recursos. Na Eletrobras, lembrou Ferreira, apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pelo grupo federal nos últimos anos, o Cepel, dentro do possível, vem cumprindo seu papel de desenvolvedor de soluções não só para projetos internos, como também para novos investimentos em tecnologia realizados pelo mercado. (Brasil Energia – 30.11.2017)

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10 Eletrobras Eletropar: Ações da CPFL Energia são vendidas em OPA

A Eletrobras Eletropar, unidade que concentra participações da estatal Eletrobras em outras empresas, informou que vendeu todas suas ações na CPFL Energia em uma oferta pública de aquisição de papéis da companhia nesta quinta-feira. A oferta veio após a chinesa State Grid anunciar no início do ano a compra do controle da CPFL. A Eletropar vendeu 1,8 milhão de ações ordinárias da CPFL por um preço de 25,51 reais por papel, a ser atualizado pela taxa Selic desde 23 de janeiro de 2017 até a data de liquidação, 5 de dezembro de 2017, segundo comunicado da companhia. O volume de ações representa cerca de 46 milhões de reais, se considerado o preço da oferta. A State Grid conclui a oferta pública de aquisição de até totalidade das ações ordinárias de emissão da CPFL Energia e adquiriu 408.447.534 ações ordinárias, representativas de 88,45% do total de ações objeto da OPA e 40,12% do social da companhia. As ações foram compradas por R$ 27,69, totalizando o valor de R$ 11.309.912.216,46. Após a liquidação das compras realizadas no leilão, que ocorrerá no próximo dia 05 de dezembro, a State Grid, em conjunto com a ESC Energia, deterá 964.612.351 ações ON da CPFL, o que equivale aproximadamente a 94,76% do capital social total da companhia. (Reuters - 30.11.2017 e Agência CanalEnergia – 30.11.2017)

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11 Copel: Terceiro trimestre do ano encerra com lucro de R$ 389,8 mi

A Copel terminou o terceiro trimestre de 2017 com lucro líquido de R$ 389,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 75,1 milhões do mesmo período do ano passado. A empresa divulgou na última quarta-feira, 30 de novembro, seus resultados financeiros. A receita operacional líquida cresceu 25%, ficando em R$ 3,64 bilhões. A estatal paranaense registrou um Ebitda de R$ 643,7 milhões, maior que os R$ 434,6 milhões alcançados no mesmo trimestre de 2016. Em nove meses, o lucro da Copel recuou 9,4%, ficando em R$ 1,05 bilhão. A receita operacional líquida da empresa é de R$ 10,1 bilhões, crescendo 3,2%. Já os R$ 2,35 bilhões de Ebitda mostra que houve redução de 10,3% na comparação com os nove meses de 2016, quando o Ebitda era de R$ 2,62 bilhões. De acordo com a empresa, a tarifa média de compra da distribuidora, com PIS e Cofins ficou em R$ 183,46/ MWh em setembro, maior que os R$ 152,14/ MWh de junho. A tarifa média de fornecimento da Copel-D, sem bandeira e ICMS, chegou a R$ 404,99/ MWh, maior que os R$ 379,77/ MWh de junho. A tarifa média de suprimento da Copel GT, com PIS e Cofins, ficou em R$ 211,03/ MWh No trimestre a subsidiária Copel GT teve lucro de R$ R$ 164,9 milhões, número 267,3% maior que o do mesmo trimestre de 2016, enquanto a Copel-D saiu de um prejuízo de R$ 126,6 milhões para lucro de R$ 182,2 milhões. A Copel Telecom lucrou 18,8 milhões, melhorando o resultado em 48,2%. Em nove meses, a Copel GT lucrou R$ 654,8 milhões. A distribuidora novamente melhorou o resultado, lucrando R$ 230 milhões. A Copel Telecom teve lucro de 45,9 milhões em nove meses. (Agência CanalEnergia – 30.11.2017)

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12 Copel vai participar de próximo leilão de transmissão da Aneel

A Copel vai participar do próximo leilão de linhas de transmissão, afirmou o diretor-presidente da Copel Geração e Transmissão (Copel GT), Sergio Luiz Lamy. O certame está marcado para 15 de dezembro. “A Copel vai participar, sim, desse próximo leilão de transmissão, de uma forma bastante alinhada com os objetivos estratégicos”, disse o executivo, em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados da empresa no terceiro trimestre de 2017. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) havia determinado o impedimento da participação da Copel no leilão de transmissão, mas Lamy lembrou que havia ocorrido um equívoco, já corrigido. Com isso, a Copel pode participar do certame. (Valor Econômico – 01.12.2017)

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13 CPFL Paulista: Aportes de R$ 21,1 milhões são feitos na rede elétrica de Americana e região

A CPFL Paulista investiu R$ 21,1 milhões na modernização, manutenção e expansão da rede elétrica de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste, no acumulado do ano até setembro de 2017. O valor representa um crescimento de 44,5% em relação ao mesmo período do ano passado, contribuindo para aumentar o nível de conforto e qualidade do serviço para os 209 mil clientes atendidos na região. A concessionária destinou cerca de R$ 5,6 milhões em ligação de consumidores na área urbana e rural, por meio da instalação de novos medidores e extensão da rede elétrica. Isso possibilitou o acréscimo de 2 mil novos clientes na região ao longo de 2017 até setembro. Para suportar o crescimento do mercado e garantir a qualidade dos serviços, a distribuidora ainda aportou outros R$ 3,5 milhões em ampliação da capacidade de subestações e linhas de transmissão e em adequação de capacidade da rede de distribuição, tornando o sistema elétrico das cidades mais flexível e robusto. Em manutenção e melhorias, foram investidos aproximadamente R$ 11,8 milhões. Deste montante, a concessionária destinou em torno de R$ 8,1 milhões em ações como manutenção programada ou emergencial e substituição de transformadores. Por sua vez, os investimentos em melhoramentos nas redes primária e secundária e instalação de novos equipamentos somaram R$ 3,7 milhões. A empresa segue no desenvolvimento de projetos especiais e focados em smart grid (redes inteligentes). Para essas ações, a distribuidora dedicou em torno de R$ 68,5 mil de investimento na região. (Agência CanalEnergia – 30.11.2017)

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14 CPFL Piratininga: Investimentos de R$ 3,5 mi são feitos em Indaiatuba

A CPFL Piratininga investiu R$ 3,5 milhões na atualização e melhorias do sistema elétrico no acumulado do ano até setembro de 2017, no município de Indaiatuba. Os recursos investidos contribuem para um melhor e mais confiável fornecimento de energia elétrica. Para seguir elevando os níveis de qualidade, a distribuidora aportou R$ 801 mil em ligação de consumidores na área urbana e rural, por meio da instalação de novos medidores e extensão da rede elétrica, fator que possibilitou acréscimo de 1,885 mil novos consumidores no município ao longo de 2017 até setembro. Em manutenção e melhorias, foram investidos aproximadamente R$ 1,7 milhão. Deste montante, a concessionária destinou R$ 1,17 milhão em ações como manutenção programada ou emergencial, substituição de transformadores e plano de manutenção. Por sua vez, os investimentos em melhoramentos nas redes primária e secundária e instalação de novos equipamentos somaram mais de R$ 561 mil. A CPFL Piratininga segue no desenvolvimento de projetos especiais ou focados em smart grid (redes inteligentes). Para essas ações, a distribuidora dedicou em torno de R$ 800 mil de investimento. (Agência CanalEnergia – 30.11.2017)

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15 Cemig: Fatia na Rio Minas Energia é elevada para 75% por R$ 1 bi

A elétrica mineira Cemig (CMIG4.SA) anunciou nesta quinta-feira que comprou todas as ações da Luce Empreendimentos e todas as ações preferenciais da Rio Minas Energia detidas pelo BB Banco de Investimento, pela BV Financeira e pelo Santander Brasil por 1,016 bilhão de reais. Com a operação, a Cemig ampliou sua fatia na Rio Minas de 66,27 para 75 por cento do capital, mantendo a participação de 50 por cento no capital social votante da empresa. Além disso, a Cemig elevou sua participação na Lepsa de 66,62 para 100 do capital social votante e total. (Reuters – 30.11.2017)

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16 Moody’s: Perspectiva estável é mantida para empresas de transmissão e distribuição

A Moody’s manteve a perspectiva estável para as empresas de transmissão e distribuição de energia elétrica. De acordo com comunicado divulgado nesta semana pela empresa, a manutenção reflete a expectativa de que a recuperação do consumo de energia, aliadas à compensação tarifária adequada, resultarão em tendências de estabilização das gerações de fluxo de caixa para as concessionárias. A perspectiva para 2018 reflete ainda as condições fundamentais dos negócios para os segmentos de distribuição e transmissão de energia nos próximos 12 a 18 meses. “Esperamos que o consumo de energia cresça em um ritmo moderado de 2% a 3%, em linha com nossas projeções para um crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto do Brasil em 2018 e 2019,”, afirmou Paco Debonnaire, analista da Moody’s. “O consumo se recuperou lentamente desde o segundo semestre de 2017, refletindo a recuperação econômica gradual do Brasil. Embora o consumo nos setores de varejo e serviços continue fraco, contido pelas taxas de desemprego elevadas, os consumidores residenciais e industriais estão conduzindo a recuperação”, completou o executivo. Ele acredita que as condições hidrológicas fracas continuarão a pressionar negativamente a liquidez do setor, por meio de um aumento das necessidades de capital de giro provocado pelos custos de energia mais elevados – ainda que parte desse aumento seja repassada mais rapidamente após a revisão dos parâmetros das bandeiras tarifárias. Na transmissão, a Moody’s espera a continuidade do atual arcabouço regulatório, fornecendo retornos permitidos estáveis e previsíveis. A agência prevê elevação dos gastos e pressão no fluxo de caixa, o que não deve afetar a liquidez das transmissoras. (Agência CanalEnergia – 30.11.2017)

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Leilões

1 MME fixa regras para leilão de energia nova

O Ministério de Minas e energia fixou nesta sexta-feira as regras para a realização do leilão de energia nova A-4. A portaria está no “Diário Oficial da União” (DOU) desta sexta-feira. De acordo com o texto, as propostas deverão ser cadastradas até 5 de janeiro do próximo ano. Além disso, o início do suprimento de energia elétrica deve ocorrer em 1º de janeiro de 2022. (Valor Econômico – 01.12.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste mantiveram os níveis em relação ao dia anterior e se encontram com 18,6% da capacidade, segundo dados do ONS relativos a última quarta-feira, 29 de novembro. A energia armazenada está em 37.809 MW mês e a energia afluente em 101% da MLT. A usina de Furnas trabalha com 9,65% da capacidade e Nova Ponte, com 12,33%. No Nordeste do país os níveis também permaneceram os mesmos e os reservatórios se encontram com 5,4% da capacidade. A energia armazenada ficou em 2.814 MW mês no dia e a energia afluente está em 21% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Sobradinho apresenta 2,66% da sua capacidade. Já na região Sul os níveis sofreram redução de 0,4%, deixando os reservatórios com 60,4% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 12.144 MW mês e a energia afluente está em 121% da MLT. A usina de G.B Munhoz opera com 61,57% da capacidade. No submercado Norte também houve recuo de 0,4% nos níveis e os reservatórios operam com 16,4% da capacidade. A energia armazenada chegou a 2.471 MW mês e a ENA ficou em 59% da MLT. A hidrelétrica Tucuruí se encontra com 24,03% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 30.11.2017)

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Meio Ambiente

1 Comissão de Meio Ambiente promove seminário em Sergipe sobre situação do São Francisco

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável promove nesta sexta-feira (1º) um seminário no município de Propriá, em Sergipe, com o tema “A bacia do Rio São Francisco – situação atual e propostas para a revitalização”. O evento foi proposto pelo deputado João Daniel (PT-SE). O objetivo, segundo o parlamentar, é discutir soluções para os conflitos que são cada vez maiores quanto ao uso das águas da bacia do São Francisco e a necessidade de elaborar um plano estratégico para sua sustentabilidade. “O Rio São Francisco é sinônimo de vida para boa parte da população do Nordeste. Por isso, configura-se a necessidade de uma compatibilização entre os principais programas de abastecimento das suas águas para dessedentação da população e também dos animais, em áreas urbanas e rurais, seu uso para a irrigação, a utilização das águas para produção de energia e o risco de sua privatização com as ameaças que se tenta impor à Chesf”, disse João Daniel. O seminário será realizado na Câmara Municipal de Propriá, a partir das 9 horas. (Agência Câmara – 30.11.2017)

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2 Fmase teme que pleitos de licenciamento não sejam incluídos no PL do modelo

O Fórum do Meio Ambiente do Setor Elétrico vai aproveitar a realização do seminário “O futuro da Relação: Meio Ambiente e Setor Elétrico”, entre hoje (30) e amanhã em Foz do Iguaçu (PR), para reforçar ao governo a necessidade de inclusão de pontos de destravamento de impasses ambientais no projeto de lei do novo modelo. A pauta, já apresentada formalmente ao MME quando da fase de consulta pública das propostas de reorganização do mercado de energia no país, corre o risco de não ser contemplada no escopo final do texto que será enviado da Casa Civil para a Câmara dos Deputados nos próximos dias. “Os pleitos que defendemos e que já foram objeto de tratativa com o MME podem e precisam fazer parte do instrumento que será tramitado no Congresso. São medidas que trarão, como consequência, diversas melhorias no rito de implantação e operação dos empreendimentos, principalmente hidrelétricos”, avalia Ênio Fonseca, presidente do Fmase, que vai pleitear a absorção das sugestões da entidade pelo projeto de lei com o secretário-executivo adjunto do MME, Edvaldo Risso – um dos participantes do seminário, que contará ainda com a presença do superintendente do Ibama no Paraná, Júlio Cesar Gonchorosky, entre outros. Entre os pleitos apresentados pelo Fmase e que o presidente do Fórum considera dos mais relevantes da pauta ambiental no setor elétrico está a definição de empreendimentos estratégicos para licenciamento, sempre que caracterizadas situações que comprometam a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético ou a necessidade de sistemas de transmissão de energia. Pela proposta, a definição, nesses casos, se daria pelo CMSE e pelo CNPE, instâncias que já atuam na função de assessoramento do MME em temas relevantes do setor. (Agência CanalEnergia – 30.11.2017)

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Energias Renováveis

1 ABEEólica: cobrança de royalties sobre eólicas ameaça competitividade da fonte

Uma PEC tem trazido uma grande preocupação ao setor eólico. A PEC 97/2015, de autoria do deputado federal Heráclito Fortes (PSB/PI), visa dar uma nova redação aos artigos 20 e 21 da Constituição Federal. Se aprovada a proposta o reflexo será diretamente sentido pelo segmento uma vez que propõe transformar o potencial de energia dos ventos em patrimônio da União, e assim, levando ao pagamento de royalties pela sua exploração. A presidente executiva da ABEEólica, Élbia Gannoum, afirmou que há um grande risco da fonte ver a sua competitividade nos leilões ser ameaçada com o estabelecimento dessa cobrança que está em análise na CCJ da Câmara dos Deputados. Segundo ela, esse custo adicional acabará sendo repassado ao preço da energia, o que é um problema, pois em um ambiente de disputa como são os leilões de expansão promovidos pela Aneel, cada ponto porcentual a mais na tarifa pode levar à inviabilidade de um projeto. Dentre os diversos argumentos em defesa da fonte a entidade aponta que um dos principais é o atendimento à carga da região Nordeste do país. De acordo com a Nota Técnica da associação, são cerca de 500 parques eólicos instalados no Brasil, que somam 12.452,9 MW e capacidade instalada. No mês de setembro, a fonte respondeu por 11% de toda energia gerada no nosso SIN, sendo que 67% da produção está concentrada no Nordeste. (Agência CanalEnergia – 30.11.2017)

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2 Blue Sun Brasil lança consórcio para microgeração solar em Pernambuco

A empresa pernambucana Blue Sun Brasil lançou nesta semana o programa Bandeira Azul, com objetivo de comercializar 100 MW até meados de 2018. A ideia é explorar a opção de microgeração remota de energia e as modalidades criadas a partir da resolução 687 de 2015, como a formação de consórcios, em modelos semelhantes a participações societárias, para investimento em usinas de até 5 MW. O plano é ter já no primeiro trimestre de 2018 três usinas em funcionamento. As primeiras usinas serão implantadas nos municípios de Arcoverde, Gravatá e Floresta, localizadas no interior de Pernambuco. Já as cidades de Itaíba e Santa Cruz receberão a segunda parte do projeto. Cada cidade deve receber, no mínimo, cinco usinas solares. O investimento inicial será de R$ 200 mi da Blue Sun, aplicado em infraestrutura, tecnologia e mão de obra, e R$ 400 mi de fundos de financiamento e banco, para equipamentos. O programa tem apoio do projeto PE Solar do Governo de Pernambuco com articulações internacionais do Programa Noronha Carbono Neutro da Secretaria de Meio Ambiente do Estado. Os consumidores interessados em aderir ao programa devem adquirir uma cota nas usinas, pagando a partir de R$ 2 mil, se tornando um dos proprietários do empreendimento. A empresa aposta no ganho de escala conquistado com a construção de usinas maiores, que atenderão múltiplos clientes. Este modelo também pode ser conhecido como condomínio solar, nos moldes do que fez a Prátil (atual Enel X). (Brasil Energia – 30.11.2017)

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3 NewSun Energy traz condomínio solar com GD para SP

A startup NewSun Energy Brasil está implementando, em Franca, uma usina de geração fotovoltaica que poderá ser utilizada para a produção de energia limpa e renovável para qualquer tipo de consumidor. É a primeira vez que um negócio desse tipo está sendo instalado no Brasil. O projeto, que recebe apoio da Investe São Paulo, a agência de Promoção de Investimentos e Competitividade do Governo do estado, consiste na criação de um condomínio solar onde o cliente poderá comprar um ou mais lotes de energia, que são na verdade frações do total produzido pela usina. A eletricidade gerada por esses lotes entra na rede já existente da concessionária de energia da região e transforma-se em créditos que poderão ser utilizados para se abater da conta de luz ao longo de 30 anos. Segundo o CEO da empresa, Fernando Berteli, a principal vantagem para quem entra nesse modelo de consumo energético é a previsibilidade. Segundo ele, a tarifa da conta de luz tende a aumentar a cada ano mais que a inflação. Mas quem participa de nosso condomínio solar, praticamente congela o valor da conta para os próximos 30 anos. A NewSun é uma startup criada em 2017 pela joint-venture entre duas empresas experientes na geração de energia fotovoltaica que tinham o sonho de democratizar o acesso a esse tipo de potência de forma segura e rentável. Foi daí que veio a ideia da construção de um condomínio solar. Na NewSun, cada cliente pode adquirir quantos lotes quiser, de acordo com sua necessidade, financiando o valor ao longo do período de concessão. O cliente fica livre para vender o lote caso tenha que se mudar do Brasil ou por outro motivo. Berteli ressalta também a segurança do investimento, já que a NewSun será a proprietária da usina e responsável por toda sua manutenção, oferecendo inclusive um seguro completo ao longo de toda a vida útil do lote comprado. (Agência CanalEnergia – 30.11.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Gastrading: Justiça nega liminar contra lei que afeta projeto

A Gastrading não conseguiu liminar para suspender os efeitos da Lei no. 46/2017 do município de Peruíbe (SP). O juiz Wilson Julio Zanluqui, da 2ª. Vara do Foro de Peruíbe, indeferiu o pedido de tutela antecipada na última terça-feira, 28 de novembro. A lei, afirma a companhia, foi direcionada exclusivamente ao Projeto Verde Atlântico Energias, que é composto por um terminal de regaseificação offshore com capacidade de escoamento de 20 milhões de metros cúbicos de gás, uma usina termelétrica de 1,7 GW de capacidade instalada e um gasoduto para a comercialização de 13 milhões de metros cúbicos do insumo. A Gastrading refirma que a legislação aprovada no início de novembro pela Câmara de Vereadores de Peruíbe e sancionada pelo prefeito, fere a legislação federal em vigor. Com a decisão a empresa afirmou ainda que recorrerá à segunda instância. À época da entrada do recurso, o diretor presidente da Gastrading, Alexandre Chiofetti, disse que o entendimento da companhia e de juristas é que essa lei é inconstitucional, pois falta o básico que é o de impessoalidade e imparcialidade. Isso porque a lei foi feita para atingir diretamente o empreendimento em desenvolvimento. Outro ponto é de que legislar sobre o tema ambiental não é de competência do município. (Agência CanalEnergia – 30.11.2017)

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Economia Brasileira

1 IBGE: PIB cresceu 0,1% no terceiro trimestre

O PIB brasileiro cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano, em relação aos três meses anteriores, feitos os ajustes sazonais, de acordo com o resultado das Contas Nacionais divulgado pelo IBGE. No segundo trimestre, a economia brasileira avançou 0,7%, em vez de 0,2%, conforme revisão da entidade. O resultado do período de julho a setembro ficou abaixo da média apurada pelo Valor Data junto a 26 consultorias e instituições financeiras, que apontava crescimento de 0,3%. O intervalo das estimativas ia de estabilidade a alta de 0,9%. Ante o terceiro trimestre de 2016, a economia brasileira apresentou expansão de 1,4%. Em valores correntes, o PIB brasileiro somou R$ 1,641 tri de julho a setembro, sendo R$ 1,416 tri relativos ao Valor Adicionado e R$ 225,8 bi referentes aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. Pelo lado da oferta, a indústria registrou crescimento de 0,8% entre o segundo e o terceiro trimestre de 2017. Sobressaíram os desempenhos nas indústrias de transformação (1,4%) e nas indústrias extrativas (0,2%). Perante o terceiro trimestre de 2016, a indústria subiu 0,4%. O setor de serviços teve expansão de 0,6% no período, em linha com a estimativa. (Valor Econômico – 01.12.2017)

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2 BNDES prevê desembolso abaixo da meta

O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, afirmou ontem que a instituição financeira não deverá alcançar a meta de desembolso de R$ 77 bi para este ano. Entre janeiro e outubro, dado mais recente divulgado pelo banco, foram desembolsados R$ 55,18 bi, 20% a menos que nos dez primeiros meses do ano passado. Segundo ele, o banco deve chegar a R$ 72 bi em desembolsos este ano. Rabello de Castro, que participou de almoço de fim de ano do Instituto Aço Brasil, no Rio, disse que o banco vai levar "mais do que os 180 dias que eu calculava para estar fora da escuridão da recessão". Segundo ele, os desembolsos estão "fundo do poço" enquanto "as consultas já estão subindo". Questionado sobre os desembolsos, caso se confirme a expectativa de serem os menores da década, Rabello de Castro frisou que o dado "não é alarmante". "O banco vinha em um ritmo e, a partir de 2008 ou 2009, tem uma corcova. A corcova embicou para baixo e estamos retomando", disse. Rabello de Castro também voltou a falar sobre a devolução de recursos do banco ao Tesouro. Segundo ele, "não existe nenhuma urgência" para a devolução. "Até porque o ritmo de uma tal devolução dependeria dos números de 2018. Se surpreenderem positivamente, a exigência de 2018 da regra de ouro diminui", frisou. Segundo ele, a devolução de R$ 130 bi não cabe no fluxo de caixa do banco, a não ser que "tranque" o BNDES para novos desembolsos. (Valor Econômico – 01.12.2017)

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3 Meirelles: PIB tem espaço pra crescer acima de 3% até 2020

O Brasil tem espaço para manter um ritmo de crescimento superior a 3% nos próximos três anos sem que haja pressões inflacionárias, nas contas da equipe econômica. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse recentemente em um evento com empresários que o Brasil tem uma ociosidade ("hiato do produto") em torno de 4,5%. Esse número, contudo, o Valor apurou que vem sendo revisado pela área técnica do governo e pode ser um pouco menor, mas ainda em nível próximo do mencionado pelo ministro. Nos cálculos da área técnica, o "PIB tendencial" brasileiro estaria na casa de 2%. As contas não são precisas, mas levam em consideração fatores como a média de expansão da economia nas últimas décadas. De acordo com uma fonte do governo, os choques a que foi submetida a economia nos dois anos anteriores, como a queda da confiança e o ajuste dos preços administrados, estão se dissipando e, com isso, a economia naturalmente voltaria ao seu ritmo tendencial. A avaliação é que o desempenho poderá ir além devido a esse "hiato do produto". Na revisão em curso do cálculo sobre a ociosidade, a equipe econômica quer "limpar" os efeitos das políticas monetária e fiscal. No caso do primeiro item, a leitura preliminar é que, pelos efeitos defasados, a política monetária neste ano ainda foi contracionista (sinal que mudará no ano que vem), o que aumentou o hiato. Assim, se esse efeito for retirado, o hiato tende a ser menor do que estimado. No caso da política fiscal, a fonte evita arriscar qual direção do efeito e considera melhor esperar as contas dos técnicos. (Valor Econômico – 01.12.2017)

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4 Investimentos têm o melhor resultado desde 2º trimestre de 2013

A alta de 1,6% da Formação Bruta de Capital Fixo no terceiro trimestre, em comparação com os três meses imediatamente anteriores, foi o melhor resultado neste tipo de comparação desde o crescimento de 3,2% do segundo trimestre de 2013. Os dados constam da série das Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas hoje pelo IBGE. Ainda do lado da demanda, na comparação com os três meses antecedentes, a elevação de 6,6% das importações foi a maior desde o avanço de 8,4% no segundo trimestre de 2016. Do lado da oferta, a queda de 3% da agropecuária foi a mais acentuada desde o recuo de 5,5% no primeiro trimestre de 2016. Considerando o confronto com o terceiro trimestre do calendário anterior, a alta de 2,4% da indústria de transformação foi a primeira desde o crescimento de 0,6% do trimestre inicial de 2014 e o melhor resultado desde os 2,4% do quarto trimestre de 2013. Já a queda de 4,7% da construção representou o 14ª recuo seguido na comparação com igual trimestre do ano anterior, mas, ainda assim, foi o melhor resultado desde a retração de 3,6% do segundo trimestre de 2016. No total da indústria, o crescimento de 0,4% encerrou 13 trimestres de queda e foi o melhor resultado desde a expansão de 3,9% no primeiro trimestre de 2014. Ainda no comparativo com o mesmo trimestre de 2016, os serviços subiram 1%, encerrando dez trimestres seguidos de queda e tiveram o melhor resultado desde o crescimento de 2,8% do trimestre inicial de 2014. (Valor Econômico – 01.12.2017)

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5 Fitch: Infraestrutura vai precisar de novos financiadores

O setor de infraestrutura deve depender mais dos investimentos privados e de entidades multilaterais para suprir a lacuna deixada pela mudança de papel do BNDES e pela redução dos aportes de recursos dos governos, segundo os analistas da agência de classificação de risco Fitch. "Privatização, concessão e lucro deixaram de ser palavras proibidas no Brasil", afirmou Rafael Guedes, diretor-presidente da Fitch Ratings no Brasil em evento promovido pela agência. Para o executivo, o ideal para o país é que entre 3% e 4% do PIB fosse investido em infraestrutura, sendo que o patamar atual do Brasil é de pouco mais de 1%. Da parte do BNDES, a abertura para parceiros privados ou de órgãos multilaterais como o Banco Mundial é muito bem-vinda, de acordo com Luciane Machado, superintendente do banco para a área de infraestrutura. Segundo Luciane, o banco tem passado boa parte do tempo recebendo investidores estrangeiros, na maior parte da Ásia, que querem entrar em projetos no Brasil. As energias renováveis são o interesse da Cubico, gestora de investimentos controlada por fundos de pensão canadenses, com foco em fontes solar e eólica. No Brasil, a Cubico detém 620 MW operacionais de energia eólica dos cerca de 1 GW já construído no país. (Valor Econômico – 01.12.2017)

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6 FGV: IPC-S avança 0,36% em novembro

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pela FGV, apresentou variação de 0,36% no período de 1º a 30 de novembro, ou 0,04 ponto percentual acima da medição anterior, concluída em 22 de novembro, informou nesta sexta-feira (1º) o Ibre-FGV, responsável pela pesquisa na fundação. Com o resultado, a inflação medida pelo IPC-S acumula alta de 3,01% no ano e 3,35% nos últimos 12 meses. Nessa apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, segundo a FGV. A maior contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (0,01% para 0,33%). Nessa categoria, o Ibre destaca o comportamento do item passagem aérea, que passou de queda de 4,93% para alta de 3,88%. (Valor Econômico – 01.12.2017)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 30 sendo negociado a R$3,2706, com variação de +0,96% em relação ao início do dia. Hoje (01) começou sendo negociado a R$3,2786 — com variação de +0,24% em relação ao fechamento do dia útil anterior — e segue uma tendência de baixa, sendo negociado às 10h15 no valor de R$3,2674, variando -0,34% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 30.11.2017 e 01.12.2017)


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Internacional

1 Argentina: Energia já pode ser gerada em casa e o restante vendido para a rede nacional

O Senado argentino aprovou a lei de geração distribuída na quarta-feira, com uma votação unânime. Esta lei, que deve ser regulada pelo Secretário de Energias Renováveis, Sebastian Kind, cria uma nova categoria de usuários: o consumidor que produz. Isso significa que uma pessoa privada gera o que consome e vende o que resta para a rede, como acontece na Alemanha ou nos EUA, onde os painéis solares proliferam em casas. Embora já existam leis de geração distribuída em várias províncias, este padrão unifica os parâmetros técnicos em todo o país. O padrão estabelece um sistema chamado "cobrança líquida". Isto é: o consumidor paga o preço normal ao distribuidor pela energia que ele recebe da rede, mas quando vende sua própria eletricidade ele recebe um preço mais baixo, como se ele fosse um atacadista. É por isso que, diz Juan Carlos Villalonga, o deputado do Cambiemos, que está entre os autores da lei, diz que "o usuário deve autoconsumir antes de entregar energia". A lei estabelece a criação de um fundo de 500 milhões de pesos, denominado Fodis, para tornar a alternativa de autogestão mais atrativa. A norma também estabelece a obrigação de os novos edifícios públicos terem seus próprios sistemas de geração renovável, ao mesmo tempo em que exijam que sejam instalados nos antigos edifícios do Estado, de acordo com as condições técnicas que possuem. (Clarín – Argentina – 30.11.2017)

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2 Argentina: 66 projetos foram premiados na Ronda 2.0 de energias renováveis

O Ministério da Energia argentino premiou 66 projetos da Rodada 2.0 do Programa RenovAr correspondente ao vento, à energia solar, à biomassa, ao biogás e à pequena energia hidrelétrica, com uma redução significativa nos preços em relação à certificação realizada no ano passado. No novo concurso, além disso, foram atribuídos um total de 1.407 MW, acima da previsão inicial de 1.200 MW, além de outros 5 GW concedidos em geração térmica. O detentor do portfólio, José Luis Aranguren, disse que com essas iniciativas "queremos diversificar a matriz energética" e que as energias renováveis "também nos ajudam a alcançar segurança" no fornecimento. Em uma conferência de imprensa dada nesta tarde, Aranguren também observou que "o outro objetivo deste ministério é mitigar os efeitos de nossa atividade na mudança climática". Referindo-se às ofertas recebidas pelo portfólio no concurso, o ministro destacou que "estamos enfrentando valores bem abaixo dos do ano anterior, passamos de um preço de 55 ou 57 dólares por MW/h em energia eólica e solar para valores que hoje são entre 40 e 42 dólares". "Esta é uma clara demonstração de que estamos diante de um processo transparente, que convida a concorrência", disse Aranguren. O interesse dos empresários para participar desta certificação foi refletido nos 228 projetos apresentados para empresas em 21 províncias, que juntas adicionaram uma oferta de geração de 9.400 MW / hora, com um objetivo inicial de 1.200 MW / hora. (Inversor Energético – Argentina – 30.11.2017)

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3 Tesla constrói a maior bateria do mundo em menos de 100 dias

A maior bateria de íon-lítio do mundo foi conectada nesta sexta-feira à rede de energia da Austrália, após a construção pela Tesla em menos de 100 dias, como havia sido prometido pelo diretor-executivo da empresa, Elon Musk. Ela é três vezes maior que a unidade de Mira Loma, na Califórnia, que anteriormente ostentava o título de maior do mundo. No fim de setembro, Musk garantiu que cumpriria o prazo ou entregaria a bateria para o governo australiano de graça. O premier do estado de Austrália do Sul, Jay Weatherill, anunciou nesta sexta-feira que a bateria começou a fornecer energia para a rede da Austrália, no montante de 70 MW: — A Austrália do Sul agora lidera o mundo em energia renovável, entregue em casas e empresas 24 horas por dia, sete dias por semana. O lançamento oficial ocorreu pouco mais de 60 dias após a assinatura do contrato e coincidiu com o primeiro dia do verão australiano — estação do ano em que dispara o uso de ar-condicionado. A Tesla informou que a bateria tem capacidade de fornecer energia para 30 mil domicílios por até uma hora no caso de um blecaute, mas deve ser também colocada em uso nos horários de pico para ampliar a demanda. A bateria foi instalada perto da cidade Jamestown, a 200 quilômetros ao norte da capital do estado, Adelaide. Ela armazena energia gerada pela unidade eólica de Hornsdale, da empresa francesa de energia renovável Neoen. A bateria é parte de um plano de investimentos de US$ 420 milhões para tornar o estado independente da rede nacional. (O Globo – 01.12.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, Izadora Duarte, João Pedro Santos, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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