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IFE: nº 4.443 - 13 de novembro de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Artigo GESEL: integração elétrica com a Bolívia
2 GESEL no programa Sem Censura
3 GESEL: “num momento de economia em crise, é difícil obrigar o investimento”
4 Aneel: Executivos pedem cuidado com renovação na agência
5 Governo dá notas para gestão de empresas estatais e Eletrobras leva nota 8
6 AIE: Brasil gasta cada vez mais energia para crescimento da economia
7 Brasil não tem capacidade estrutural para ganhos de produtividade, avalia pesquisador da Unicamp
8 FAPESP: Intensidade energética do Brasil está relacionado à falta de planejamento
9 COPPE/UFRJ: Comparação da AIE é inseguro pois não pondera as matrizes energéticas
10 Por viabilidade de Angra 3, Ministro defende aumento de tarifa
11 Itaipu terá adicional de US$ 2,6/kW
12 BBCE ultrapassa marca de R$ 4,3 bi negociados em 2017
13 Aneel convida para conclusão do Projeto de P&D “Prospecção Tecnológica no Setor de Energia Elétrica”
14 Secretaria de Energia e Mineração: criado programa de gestão energética para a UNESP
15 Artigo de Suely Caldas: “O futuro da Eletrobrás”

Empresas
1 Eletrobras: União fecha modelagem de privatização da estatal
2 Eletrobras: Prorrogação de Tucuruí não faz parte de um “plano B”, afirma ministro
3 Eletrobras Roraima: R$ 2,8 mi a mais serão recebidos da RGR
4 Eletrobras: R$ 17,5 mi serão destinados em chamada para iluminação pública
5 Enel: Com Volta Grande, capacidade hidrelétrica no Brasil crescerá 42%
6 Abengoa: Juíza homologa plano de recuperação da companhia
7 Abengoa: Outras possíveis formas de quitar passivo são analisadas
8 Renova Energia: Brookfield anuncia proposta de aporte de R$ 1,4 bi

9 Renova Energia: Prejuízo aumenta para R$ 239 milhões no 3º trimestre

10 Raízen Energia: Lucro sobe 29% no 2º trimestre da safra 2017/18

11 Equatorial Energia tem lucro líquido ajustado 16,6% maior no 3º trimestre

12 Alupar: Lucro é de R$ 112 mi no terceiro trimestre

13 Alupar: Empresa quer implantar LTs com orçamento 10% menor que o previsto pela Aneel

14 CPFL Renováveis: Lucro cresce 89,2% no terceiro trimestre de 2017

15 Cemig: Acordo para pagar R$ 588 mi em dívidas tributárias é selado

16 Spic, Enel e Engie: Contratos de hidrelétricas são assinados

17 Premiada, CCEE está entre as mais inovadoras no uso de TI no Brasil

18 Santo Antônio: Hidrelétrica estuda novo sistema de manejo de troncos

19 Santo Antônio: Biomassa é comprovada como inviável para a hidrelétrica

20 Enel Distribuição Rio: Investimentos de R$ 16 mi em nova subestação de Paraty

Leilões
1 Liminar que suspendia leilões de 2016 de termelétricas no AM é derrubada

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 ONS: Previsão de carga de novembro foi reduzido para 66.147 MW médios
3 ONS reduz previsão de chuva em hidrelétricas do Sul e Sudeste e vê carga menor

4 CCEE: Indústria têxtil e de veículos puxam consumo de energia no mercado livre

5 CCEE: PLD é fixado em R$ 481,66/MWh entre 11/11 e 17/11

6 BBCE: Plataforma ultrapassa marca de 20.000 MW médios negociados

Meio Ambiente
1 AIE e IPCC: Bioenergia será responsável por reduzir 20% das emissões
2 Observatório do Clima: Emissões de CO2 do setor de energia caem 7,3%
3 MMA: Brasil pode movimentar cerca de R$ 950 bilhões na nova economia de baixo carbono

4 MMA: É preciso buscar alternativas para que emissões não ocorram via termelétricas

5 EPE: Participação de emissões do SEB ainda é inferior a média global

6 MMA: Termelétrica a gás natural é a mais indicada diante da intermitência das renováveis

7 CNI: Termelétricas são a solução para a intermitência de renováveis, dada a futura expansão das fio’s dágua

8 MMA: O Compromisso está dado, resta agora discutir os meios para implantá-lo, avalia Lucero

9
EPE: Pico de emissões do SEB registrado em 2015 refletiu as condições hidrológicas
10 IEMA: Queda de emissões do SEB de 2015 para 2016 é justificado pela recuperação dos reservatórios

11 Instituto Escolhas: Gasto extra com a descarbonização do SEB até 2050 é mínimo de R$ 86,9 bi
12 Baixos investimentos em energia limpa comprometerão meta para mudança climática

Energias Renováveis
1 BNDES e BID fecham linha de crédito de US$ 900 mi para energias renováveis
2 MRV investe R$ 800 mi em energia solar
3 Canadian Solar: entrega Milionésimo módulo nacionalizado é entregue

4 Sesc instala usina solar com plataforma suspensa em reserva ambiental

5 Aneel: liberada UFV Vazante 3 para operação em teste

Gás e Termelétricas
1 Eneva: aposta na manutenção do nível do despacho térmico em 2018
2 Segundo SCGás, PL do gás pode trazer incertezas jurídicas
3 Abiogás anuncia nova associada

Economia Brasileira
1 BNDES estuda captações no mercado doméstico em 2018
2 Ipea: Reforma da previdência é essencial para manter juros baixos

3 Modelo de exportação atual está defasado, afirmam especialistas
4 Focus: Mercado vê inflação maior neste ano e em 2018
5 IBGE: INPC muda de rumo e registra aumento de 0,37% em outubro
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Colômbia: No coração de um gigante da energia
2 Venezuela; Estatal Corpoelec entra em default por não pagar juros de dívida de US$ 650 mi
3 Acciona: Empresa chegará a 2 GW de capacidade instalada na América Latina até 2020
4 Argentina: usuários agora podem comprar e vender energia
5 Argentina: benefícios para projetos de energia renovável são estendidos com mais componente nacional

6 Espanha: extrema seca passa os custos para a conta de luz

Biblioteca Virtual do SEE
1 CALDAS, Suely. “O futuro da Eletrobrás”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 11 de novembro de 2017.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Artigo GESEL: integração elétrica com a Bolívia

Em artigo publicado pelo Estadão Broadcast, o coordenador do GESEL, Nivalde de Castro, trata da integração elétrica entre Brasil e Bolívia: “desde 2009, o governo da Bolívia vem manifestando interesse em um acordo para integração elétrica com o Brasil. Inicialmente, o objetivo era a construção de uma usina binacional no Rio Madeira, mas a proposta evoluiu para uma integração substancial que permita a exportação para o Brasil da geração de hidrelétricas e termelétricas construídas em território boliviano”. Castro explica que “a principal motivação da Bolívia foi o sucesso do gasoduto que permite exportar, para o Brasil, até 34 milhões de m3 em regime de take or pay, com benefícios expressivos, quais sejam, dez anos de crescimento do PIB e de estabilidade política ímpar na história do país”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 13.11.2017)

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2 GESEL no programa Sem Censura

Na última sexta-feira, Roberto Brandão, pesquisador do GESEL-UFRJ, esteve no programa Sem Censura da TV Brasil. Brandão falou sobre tarifas de energia, crise hidrológica e furto de energia elétrica. O programa está disponível na íntegra na página do programa no facebook. Para assistir, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 13.11.2017)

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3 GESEL: “num momento de economia em crise, é difícil obrigar o investimento”

Aparelhos de ar condicionado, refrigeradores e congeladores que consomem muita energia vão sair do mercado. O MME colocou em consulta pública um conjunto de regras e metas estabelecendo novos níveis de eficiência energética desses equipamentos. A proposta é suspender a produção, importação e venda dos produtos menos eficientes de forma escalonada. O ajuste está em linha com a Política de Eficiência Energética da pasta. E foca nos produtos vistos como vilões na conta de luz. No ano passado, o consumo de energia elétrica das residências no país bateu 29% do consumo total. Aparelhos de ar condicionado, refrigeradores e congeladores equivaleram a 60% dessa fatia, segundo o MME. A proposta do MME para os refrigeradores e congeladores é similar, propondo a retirada do mercado dos aparelhos que hoje se encaixam nas classes D e E da etiqueta do Inmetro. “A consulta é para tornar os critérios de eficiência energética mais rígidos, endereçando essa questão para a indústria. Faz sentido tirar o que consome mais energia do mercado. Mas é feito de forma escalonada, porque exige também investimento nas fábricas. E, num momento de economia em crise, é difícil obrigar o investimento” observa Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ. (O Globo – 12.11.2017)

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4 Aneel: Executivos pedem cuidado com renovação na agência

Às vésperas de mudanças importantes na cúpula da Aneel, um grupo de altos executivos do setor levou ao governo sua preocupação em torno das indicações de novos diretores para o órgão regulador. O pedido de cuidado na escolha dos futuros dirigentes da agência, buscando uma blindagem contra influência política, foi apresentado ao ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, em audiência realizada na semana passada. Além do presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, estavam representantes dos principais investidores em energia elétrica no país: CPFL, Neoenergia, AES, Engie, Eneva, EDF e Enel. De acordo com Sales, o objetivo foi levar o reconhecimento de avanços no diálogo entre empresas e ministério para a tomada de decisões, mas também expressar a necessidade de "critérios meritocráticos" na sucessão da Aneel. São cinco vagas na diretoria da agência. Uma já foi desocupada no fim de outubro: a de José Jurhosa. No dia 14 de janeiro, expira o mandato de Reive Barros. Os outros três - incluindo o diretor-geral, Romeu Rufino, além de André Pepitone e Tiago Correia - só estão garantidos até agosto. Para Sales, cinco fatores são considerados "indispensáveis" nas próximas escolhas: formação acadêmica robusta, manifestação evidente de notório saber, ampla e diversificada experiência no setor elétrico, desejável passagem pela iniciativa privada, maturidade profissional. "As agências são fundamentais para o desenvolvimento sustentável de atividades econômicas reguladas", afirma o executivo. (Valor Econômico – 13.11.2017)

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5 Governo dá notas para gestão de empresas estatais e Eletrobras leva nota 8

O governo conferiu média 4, em um ranking entre zero e 10, para a gestão de empresas estatais. O novo indicador de governança, uma espécie de selo de qualidade conferido pelo ministério do Planejamento, contempla três critérios: gestão e controle, transparência e informação e funcionamento de órgãos de governança, como comitês e conselhos. Na média, as empresas conseguiram 5,7 em gestão e controle; 3,2 em transparência; e apenas 1,9 no indicador que avalia a instalação de comitês de auditoria nas empresas. Os dados para alimentar o indicador, explicou o ministro, foram coletados entre agosto e outubro deste ano. O índice, segundo Oliveira, vai subsidiar políticas como alocação de pessoal, reajustes e autorização para concursos. Do total, 16 companhias como a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e a Docas do Maranhão, aparecem no nível 4, o de pior avaliação. Essas empresas são mais dependentes do Orçamento do governo porque não têm sócios privados e estão mais sujeitas a indicações políticas. O ministro, porém, negou que as indicações afetem o desempenho. "Não podemos dizer que qualquer indicação do governo é tecnicamente incompetente. Precisamos evoluir nessa discussão", disse. O indicador de governança engloba quatro níveis. No pior deles estão empresas com notas entre zero e 2,59 e, no melhor, entre 7,6 e 10. Petrobras e Banco do Brasil levaram nota 10, seguidas pelo BNDES, com 9,5. Eletrobras e Engea, empresa de gestão de ativos, ganharam 8. Entre as 48 companhias analisadas, 8 estão no nível 1; 4 no nível 2; 20 no nível 3 e 16 no nível 4. Segundo o ministro do Planejamento, o objetivo do indicador é complementar os dispositivos da Leis das Estatais. (Folha de São Paulo – 10.11.2017)

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6 AIE: Brasil gasta cada vez mais energia para crescimento da economia

Enquanto o mundo está usando cada vez menos energia para produzir bens e serviços, o Brasil está ampliando o consumo para gerar o mesmo crescimento econômico. Dados da AIE mostram que a chamada intensidade energética — medida pela energia usada para produzir um dólar de PIB — caiu, em 2016, 1,8% em termos globais. No Brasil, onde vem crescendo ao menos desde 2013, esse indicador subiu cerca de 2% no ano passado. Não há consenso sobre as razões que explicam por que o país está na contramão. Especialistas apontam desde a recessão até falhas de planejamento e falta de uma política de eficiência energética consistente, que englobe de modernização de infraestrutura a programas para redução de desperdício. Os números da AIE, que constam do relatório “Energy Efficiency 2017”, levam em conta a energia primária, ou seja, não apenas a geração de eletricidade, mas também a lenha ainda usada em lares brasileiros e o combustível de carros e caminhões, por exemplo. No momento em que o Brasil discute o aumento na conta de luz, devido ao maior uso de termelétricas, e que os holofotes globais estão voltados para a COP-23, conferência do clima que acontece em Bonn, Alemanha, até 17 de novembro, pesquisadores da área de energia afirmam ser fundamental levantar a discussão sobre o uso racional dos recursos energéticos. O diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do MME, Carlos Alexandre Príncipe Pires, afirma que o governo “está atento à criação de instrumentos que facilitem a eficiência energética na indústria”. Quanto aos dados da AIE, ele avalia que o fator o principal que explica a situação brasileira é a recessão. (O Globo – 12.11.2017)

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7 Brasil não tem capacidade estrutural para ganhos de produtividade, avalia pesquisador da Unicamp

Para Gilberto Jannuzzi, pesquisador da Unicamp, a maior parte dos países que está conseguindo reduzir sua intensidade energética são aqueles que vêm adotando medidas mais rígidas para cumprir metas de redução de emissões de carbono. Ele atribui a perda de eficiência no Brasil a diversos fatores: “Entre as causas estruturais, estão o uso de tecnologias obsoletas, a falta de uma política de eficiência energética que leve a uma frequente renovação de equipamentos ineficientes (como ar-condicionado), além dos escassos investimentos em modernização de rodovias e mobilidade urbana, que levam os carros a consumirem mais combustível em congestionamentos” afirma Jannuzzi. (O Globo – 12.11.2017)

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8 FAPESP: Intensidade energética do Brasil está relacionado à falta de planejamento

Para José Goldemberg, um dos maiores especialistas em energia do país e atual presidente da Fapesp, o crescimento da intensidade energética no Brasil está relacionado à falta de planejamento, que levou ao aumento do uso de termelétricas em anos secos. Segundo ele, o país vinha reduzindo o uso de energia na produção de bens e serviços desde a década de 1970, mas viu essa curva se inverter recentemente: “Nos anos de 1980 e 1990, a água contida nos reservatórios das hidrelétricas durava dois anos. Hoje, dura seis meses. Isso é reflexo de um planejamento ruim. Quando não chove, temos que usar termelétricas, que além de mais caras e poluentes, são menos eficientes. Há mais gasto de energia primária”. (O Globo – 12.11.2017)


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9 COPPE/UFRJ: Comparação da AIE é inseguro pois não pondera as matrizes energéticas

Roberto Schaeffer, professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, avalia que os dados da AIE não guardam relação com a eficiência no uso da energia e considera inadequada a comparação entre países, pois as matrizes energéticas são diferentes, bem como os perfis de suas economias. “Um país que produz laptop usa menos energia e gera mais PIB que um país que produz minério de ferro, cujo valor no mercado é menor que o de um computador e que demanda mais energia para ser produzido. Isso não diz nada sobre a eficiência energética de um país. É uma questão de eficiência econômica”. (O Globo – 12.11.2017)

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10 Por viabilidade de Angra 3, Ministro defende aumento de tarifa

O CNPE deve avaliar, provavelmente no início de 2018, uma solução definitiva para as obras da usina nuclear de Angra 3. Na avaliação do MME, que preside o colegiado, será preciso dobrar a tarifa do projeto para viabilizá-lo economicamente. Mas vale a pena permitir esse aumento no valor do megawatt-hora e acertar com um parceiro estrangeiro a conclusão da usina, defendeu o ministro Fernando Coelho Filho. A estatal Eletronuclear já gastou R$ 8 bilhões na construção de Angra 3, cujas obras foram reiniciadas em 2009 como um dos destaques do PAC. Elas estão com 58% de avanço, mas foram paralisadas em meio à fragilidade das contas públicas e às investigações da Operação Lava-Jato, que atingiram em cheio as empreiteiras responsáveis pelo empreendimento. Os estudos do governo apontam a necessidade de investimento de mais US$ 3 bilhões para terminar a usina. Diante da magnitude do desembolso, uma das opções consideradas passou a ser meramente o abandono do projeto. Pelo menos quatro grupos estrangeiros já demonstraram publicamente interesse em uma parceria com o governo brasileiro para concluir a usina: China National Nuclear Corporation, Kepco, EDF e Rosatom. Ao aprovar a retomada da usina, o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu uma tarifa de R$ 211 por MWh para Angra 3, em valores já corrigidos pela inflação. De acordo com o ministro, cálculos feitos por consultorias externas indicam a necessidade de elevar esse preço para algo perto de R$ 400 a fim de dar viabilidade ao projeto. A usina tem uma capacidade prevista de 1.405 MW. (Valor Econômico – 13.11.2017)

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11 Itaipu terá adicional de US$ 2,6/kW

O valor a ser incluído na tarifa de repasse de Itaipu em 2018 para compensar a redução de receita da Eletrobras e do Tesouro Nacional com o fim da correção anual dos contratos de financiamento da usina pela inflação americana será de US$ 346,874 milhões. Apurado anualmente, esse valor corresponde a um acréscimo de US$ 2,6605/kW na tarifa que será homologada pela Aneel para o ano que vem. Do total arrecadado, US$ 217 milhões irão para o Tesouro e US$ 129,6 milhões para a Eletrobras. A alteração das condições dos contratos de financiamento de Itaipu, com a transferência para o consumidor brasileiro de um encargo que era pago pelo Paraguai, foi autorizada em 2007 pela Lei 11.480. O saldo acumulado até 2017 é US$ 1,534 bilhão. Desse total, US$ 1,174 bilhão equivalem ao crédito remanescente a que a Eletrobras tem direito, já considerando o que será compensado na tarifa de Itaipu para o ano que vem. Os valores apurados pelos ministérios estão na Portaria Interministerial nº3, publicada no DOU desta sexta-feira, 10 de novembro. O fator de ajuste é um dos componentes da Tarifa de Repasse de Potência (TRP), que é a tarifa paga pelos consumidores cotistas das distribuidoras que compram a energia de Itaipu. Os demais componentes da TRP são o Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade de Itaipu (CUSE), que será fixado pelo conselho da usina em reunião ser realizada no dia 8 de dezembro, e a Taxa de Cessão, que é a remuneração paga ao Paraguai pela energia cedida. A Eletrobras não obtém nem lucro, nem prejuízo, com a comercialização da energia de Itaipu se a chamada Conta de Comercialização da Energia Elétrica de Itaipu, ao final do exercício, apresentar resultado positivo, o mesmo será destinado a modicidade tarifária dos consumidores das classes residencial e rural, com consumo mensal inferior a 350 kWh, e se o resultado for negativo, será incorporado pela Aneel no cálculo da TRP do próximo exercício. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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12 BBCE ultrapassa marca de R$ 4,3 bi negociados em 2017

A plataforma eletrônica de negociação de energia BBCE registrou até outubro um volume de comercialização de mais de 20.200 MW. Em termos financeiros, as negociações bateram a marca de R$ 4,3 bilhões, com quase 10 mil contratos fechados. Apenas em outubro, foram registrados 2.096 contratos e 3.448 MW negociados, informou a empresa em nota divulgada à imprensa nesta sexta-feira, 10 de novembro. Segundo a companhia, os números refletem a maior agressividade da estratégia comercial da plataforma, visando aumento do número de participantes, principalmente de geradores de energia, e a garantia de um ambiente de negociação seguro, transparente. Outro ponto a se destacar é a chegada de 12 novos sócios à plataforma. “Os novos sócios, além do aporte financeiro, trazem uma importante adição de experiência e profundo conhecimento do Setor como um todo”, diz Victor Kodja, presidente da BBCE. Os 31 sócios representam mais de 11.000 MW médios registrados mensalmente na CCEE. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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13 Aneel convida para conclusão do Projeto de P&D “Prospecção Tecnológica no Setor de Energia Elétrica”

Acontece no próximo dia 24 de novembro de 2017, das 9h às 12h, no Auditório 1 da ANEEL (SGAN 603, Módulo K, Brasília – DF) a apresentação da conclusão do Projeto de P&D “Prospecção Tecnológica no Setor de Energia Elétrica”. No evento, o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE apresentará os resultados do Projeto, iniciado em 2014 e que teve como proponente a CESP e as cooperadas AES, BAESA, ENERCAN, CPFL Paulista, CPFL Piratininga, COPEL GeT e LIGHT. O projeto contou com a participação de centenas de pesquisadores, nacionais e internacionais, no sentido de apontar os novos rumos e tendências para o setor elétrico brasileiro, bem como criar subsídios para a construção de uma agenda estratégica de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), contendo diretrizes e ações de curto, médio e longo prazo. A confirmação de presença deve ser feita até o dia 20 de novembro de 2017, pelo e-mail: eventos@aneel.gov.br (GESEL-IE-UFRJ – 13.11.2017)

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14 Secretaria de Energia e Mineração: criado programa de gestão energética para a UNESP

A Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo e a Unesp assinaram na última quarta-feira, 8 de novembro, um protocolo de intenções em que a secretaria dará suporte técnico à contratação de empresa que realizará estudos de viabilidade para a migração dos contratos de energia da Universidade para o mercado livre e medidas de eficiência energética, que impactarão na redução do consumo de energia elétrica das 38 unidades distribuídas em 24 municípios do Estado. Atualmente a Unesp tem uma despesa anual de R$ 28 milhões com energia elétrica. A Universidade realizará uma chamada pública que irá definir a proposta mais vantajosa para a contratação de empresa especializada em serviços de consultoria, assessoria e gestão energética. O protocolo prevê a estruturação e implantação de modelo de contrato de performance, com remuneração pelos serviços mediante o desempenho alcançado e a editoração de publicações referentes aos resultados das ações. Somando todos os campi da universidade, o consumo anual atinge os 60 GWh. A Secretaria de Energia e Mineração anunciou também que irá apoiar também o estudo de projetos de geração distribuída a partir de fontes renováveis, como solar fotovoltaica, biogás, biomassa e outras fontes alternativas nos diversos campi da Universidade. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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15 Artigo de Suely Caldas: “O futuro da Eletrobrás”

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, a jornalista Suely Caldas elogia o modelo escolhido para privatização da Eletrobrás e pontua futuros desafios da gestão mista. Segundo ela, “a decisão de privatizar parte da Eletrobrás (o governo continuará detentor de 40% das ações) é acertada e o modelo escolhido de vender 60% das ações de controle para investidores privados é positivo, mas vai enfrentar o inédito desafio de Estado e setor privado partilharem a nova gestão, com seus vícios, defeitos e virtudes” Ela conclui que “a grande dúvida está na definição dos limites do poder do Estado, detentor sozinho de 40% do controle acionário. Se o modelo desenhado alcançar êxito, 60% do capital será privado, mas pulverizado entre variados investidores. (...) Por isso um acordo de acionistas com normas bem definidas é imprescindível para afastar o risco de ingerências políticas, que quase destruíram a Eletrobrás”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 13.11.2017)

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Empresas

1 Eletrobras: União fecha modelagem de privatização da estatal

Mesmo depois de se desfazer do controle acionário da Eletrobras, a União manterá o direito de indicar o presidente do conselho de administração da companhia, segundo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. O número de conselheiros passará de 10 (hoje duas vagas estão em aberto) para 11. Apenas um deles - justamente o presidente - será designado pelo governo. Em outra decisão relevante, a megausina de Tucuruí deve ter o contrato renovado antecipadamente por 30 anos. A concessão da hidrelétrica expira em 2024 e o prolongamento do prazo garante mais receitas ao Tesouro. Coelho Filho detalhou a modelagem e o cronograma do processo. O texto será remetido hoje ao Palácio do Planalto e deve chegar ao Congresso Nacional, ainda nesta semana, como um PL em regime de urgência. A expectativa é vê-lo aprovado na Câmara dos Deputados antes do recesso parlamentar de fim de ano e no Senado ainda no primeiro trimestre de 2018. A aprovação requer maioria simples e 55,4% dos deputados se declaram favoráveis à privatização, indica sondagem contratada pelo governo junto à FSB. Apenas 32,4% rejeitam a perda de controle. O restante não soube opinar ou relata que ainda não tem opinião formada. Com o projeto sancionado, a Eletrobras convocará uma assembleia geral de acionistas para junho. A União se absterá de votar. Em tese, a partir da assembleia de acionistas, a operação para aumento de capital da Eletrobras poderia ocorrer imediatamente. O governo prefere, no entanto, fazer um "road show" para divulgar a operação e esperar as férias de verão no Hemisfério Norte. "Há grande interesse do mercado. O perfil vai ser muito de fundos de investimentos, fundos de pensão, investidores externos", disse Coelho Filho. “Há grande interesse do mercado; o perfil vai ser muito de fundos de investimentos, fundos de pensão, investidores externos” US$189,99 Vernee Mix 2 4G Phablet Full Screen...”, afirma. (Valor Econômico – 13.11.2017)

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2 Eletrobras: Prorrogação de Tucuruí não faz parte de um “plano B”, afirma ministro

A prorrogação de Tucuruí (definida na modelagem de privatização da Eletrobras) já tem respaldo legal. Com base na Lei 9.074, de 1995, o governo pode estender os contratos de serviços públicos e receber por isso quando ocorre uma transferência dos ativos à iniciativa privada. Coelho Filho fez questão de deixar claro, no entanto, que isso não faz parte de um eventual "plano B" para garantir receitas à União em caso de demora do Congresso em aprovar o projeto de lei. Até porque a base legal para essa prorrogação só existe no momento em que a Eletrobras se tornar privada. "Estamos trabalhando apenas com o plano A". O bônus de outorga será dividido em três partes. Apenas a da União - estimada em R$ 12,2 bi - será à vista. A segunda parte ficará com a própria Eletrobras e a terceira irá para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o fundo que banca subsídios no setor. Ambas terão pagamento em prestações anuais. No caso da CDE, a expectativa do ministro é que isso seja suficiente para amortecer o impacto da alta de tarifas provocada pela "descotização", deixando o aumento nas contas de luz "perto de zero". Otimista com a venda das seis distribuidoras atualmente controladas pela Eletrobras, em um processo que corre em paralelo à privatização da holding e deve ocorrer até abril, Coelho Filho disse ter recebido manifestações de interesse de pelo menos cinco grupos privados nos ativos: CPFL, Neoenergia, Equatorial, Energisa e Enel. Para o ministro, um eventual desdobramento da venda é o avanço na consolidação do segmento. A italiana Enel venceu o leilão da goiana Celg e a Energisa ficou com as antigas distribuidoras do Grupo Rede, que sofreram intervenção em 2012. Seis empresas estão sendo licitadas pela Eletrobras: Amazonas Distribuidora, Eletroacre, Ceal (AL), Cepisa (PI), Ceron (RO) e Boa Vista (RR). (Valor Econômico – 13.11.2017)

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3 Eletrobras Roraima: R$ 2,8 mi a mais serão recebidos da RGR

A Eletrobras Distribuição Roraima vai receber valor mensal adicional de R$ 2,8 milhões da Reserva Global de Reversão, para garantir a remuneração adequada à prestação temporária do serviço no estado. O valor aprovado em caráter definitivo pela Agência Nacional de Energia Elétrica considera a ampliação do atendimento pela empresa, que assumiu a operação no interior de Roraima em janeiro desse ano. A Aneel estabeleceu o valor R$ 11,4 milhões para as parcelas mensais do empréstimo da RGR que seriam repassadas à distribuidora, no reajuste tarifário de 2016. O empréstimo era destinado apenas à capital Boa Vista. No início do ano, a empresa passou a atender o interior do estado, em substituição à Companhia Energética de Roraima. Em junho, ela solicitou a inclusão dos custos de operação no interior, já que a tarifa aprovada para a capital considerava um baixo índice de perdas. Com base no déficit operacional apresentado, a agência aprovou valor provisório de R$ 6,5 milhões, reduzido em 57% com a revisão do cálculo inicial. A distribuidora de Roraima é uma das seis empresas de distribuição da Eletrobras que serão privatizadas no primeiro semestre do ano que vem. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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4 Eletrobras: R$ 17,5 mi serão destinados em chamada para iluminação pública

A Eletrobras, executora do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, do governo federal, vai destinar R$ 17,5 milhões para a Chamada Pública Procel Reluz 01/2017. O objetivo da chamada é promover a implementação de projetos de iluminação pública com tecnologia LED e desenvolver a capacidade das administrações municipais de modelar e operacionalizar, seja individualmente ou através de parcerias, a gestão do seu parque de iluminação pública. Os recursos só poderão ser destinados a projetos que promovam a melhoria de sistemas de iluminação pública existentes, limitados a vias e praças públicas. A verba está prevista no Plano de Aplicação de Recursos do Procel, estabelecido na Lei 13.280/2016. Os proponentes terão o apoio de um tutorial on-line para auxiliar na elaboração da proposta e no entendimento do edital. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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5 Enel: Com Volta Grande, capacidade hidrelétrica no Brasil crescerá 42%

O presidente do grupo italiano Enel no Brasil, Carlo Zorzoli, afirmou que a capacidade hidrelétrica da companhia, no país, crescerá 42%, de 890 MW para 1.270 MW, com a aquisição da hidrelétrica de Volta Grande — em operação no rio Grande (MG). A concessão da usina foi arrematada pelo grupo em leilão de quatro hidrelétricas da Cemig, cujo contrato havia terminado, realizado no fim de setembro. O executivo participa agora à tarde da assinatura do contrato de concessão da usina, na sede da Aneel, em Brasília. A companhia italiana venceu o leilão de Volta Grande oferecendo um bônus de outorga de R$ 1,42 bi. Também participam da cerimônia de assinatura os representantes das empresas que arremataram a concessão de outras três hidrelétricas da Cemig, no mesmo certame. A chinesa State Power Investment (Spic) comprou a concessão da maior usina, São Simão, de 1.710 MW de capacidade, com o pagamento de bônus de outorga de R$ 7,18 bi. E a franco-belga Engie venceu a concessão de duas usinas, Miranda (408 MW) e Jaguara (424 MW), ofertando bônus de R$ 1,36 bi e R$ 2,171 bi, respectivamente. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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6 Abengoa: Juíza homologa plano de recuperação da companhia

A 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro homologou o plano de recuperação judicial da Abengoa na quarta-feira. Com isso, a companhia divulga hoje o edital do leilão judicial de suas linhas de transmissão operacionais, que terá como base a oferta vinculante apresentada pelo fundo TPG, de R$ 400 mi, mais R$ 1,218 bil em dívidas assumidas. Apenas a venda dos ativos operacionais representará uma redução de quase 50% da dívida de R$ 3,3 bi que a transmissora espanhola tem. Ao homologar o plano, a juíza Maria da Penha Nobre Mauro criticou ainda a decisão da Aneel de declarar a caducidade das linhas de transmissão da Abengoa ainda em construção, uma vez que estas constituem ativos da empresa em recuperação judicial e "não poderiam" ter saído do âmbito do processo. A juíza escreveu que a caducidade foi decretada "apressadamente" e desconsiderando que as obras contratadas "foram realizadas ou empreendidas em parte expressiva", envolvendo valores expressivos já investidos. A venda das sete linhas de transmissão operacionais representa a principal origem de entrada de recursos para pagamento dos credores. A oferta do TPG será utilizada para balizar outras que sejam apresentadas no leilão judicial da companhia. O prazo para entrega de eventuais ofertas termina em 12 de dezembro. No dia 13 de dezembro, a juíza Maria da Penha vai abrir eventuais ofertas que tenham sido feitas por outros investidores, e o TPG terá a possibilidade de cobrir o valor ofertado. O plano da Abengoa prevê ainda a venda do Hospital da Zona Norte de Manaus, que inclui uma dívida de R$ 149 mi. Segundo a avaliação econômico-financeira do ativo, elaborada pela BAM&A Corporate Finance, o hospital pode ser vendido por R$ 143 mi. O problema é que o hospital ainda não está em funcionamento por um problema com o governo do Amazonas, e a juíza determinou que a venda precisa acontecer em até 12 meses. É improvável que o embate com o governo seja solucionado até então, o que vai reduzir o valor a ser obtido com o ativo. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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7 Abengoa: Outras possíveis formas de quitar passivo são analisadas

Além das vendas dos ativos, a Abengoa conta também com R$ 76,5 mi em créditos a serem recebidos de construtoras. Para o saldo remanescente de R$ 1,3 bi, a Abengoa conta ainda com a venda das nove linhas de transmissão em construção, cujas obras estão paralisadas desde novembro de 2015. Apesar de já terem sido alvo de uma declaração de caducidade, a companhia ainda aguarda uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que deve decidir o mérito de pleitos apresentados pela Aneel e pelo MME que pediam a autorização da declaração de caducidade. As concessões foram cassadas com base em liminares. Caso a decisão do Tribunal de Justiça seja desfavorável à Abengoa, o Valor apurou que a companhia pretende apelar da decisão. Outra possibilidade é entrar na Justiça pedindo indenizações pelos R$ 1,5 bi já investido nessas linhas em construção. Um "plano B" seria um acordo com a Aneel, no qual o regulador desistisse de executar as garantias dos ativos e também de cobrar multas da companhia pelos atrasos. Assim, a Abengoa deixaria de receber as indenizações, encerrando o caso sem um alongamento da disputa judicial. Enquanto isso, porém, a Aneel já se preparou para relicitar as linhas que eram da Abengoa. Reorganizadas em três lotes, os ativos constam no edital do leilão de transmissão marcado para 15 de dezembro, e representam mais da metade dos R$ 8 bilhões em investimentos previstos. Outra alternativa para a transmissora seria vender ativos das concessionárias, como estudos, licenciamentos e materiais adquiridos para as obras, para quem arrematar esses lotes no leilão. O Barbosa, Müssnich, Aragão (BMA) é o assessor jurídico da Abengoa, enquanto a G5 Evercore trata da parte financeira. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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8 Renova Energia: Brookfield anuncia proposta de aporte de R$ 1,4 bi

A Renova Energia informou ao mercado, por meio de Fato Relevante enviado no começo da madrugada deste sábado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que recebeu ontem, após o fechamento dos mercados, que recebeu da Brookfield Energia Renovável proposta vinculante para aporte primário na companhia no valor de R$ 1,4 bilhão, ao preço de R$ 6,00 por unit. A oferta inclui earn-out de até R$ 1,00 por unit, relativo a qualquer valor recebido pela Companhia decorrente de ajuste futuro no preço de venda do Complexo Eólico Alto Sertão II. (Valor Econômico – 11.11.2017)

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9 Renova Energia: Prejuízo aumenta para R$ 239 milhões no 3º trimestre

A Renova Energia, empresa de geração de energia por fontes renováveis com foco em parques eólicos, pequenas centrais hidrelétricas e projetos de energia solar, teve prejuízo líquido atribuível aos controladores de R$ 239,031 milhões no terceiro trimestre deste ano, 2,7 vezes superior à perda líquida de R$ 86,320 milhões em igual período de 2016. Os dados foram publicados na madrugada deste sábado no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), ficou negativo em R$ 103,981 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante Ebitda positivo de R$ 18,410 milhões em igual intervado do ano passado. A receita operacional líquida totalizou R$ 189,215 milhões no trimestre julho/setembro deste ano, ficando 43,3% superior à receita líquida de R$ 132,013 milhões no mesmo trimestre de 2016. (Valor Econômico – 11.11.2017)

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10 Raízen Energia: Lucro sobe 29% no 2º trimestre da safra 2017/18

A Raízen Energia, joint venture entre Cosan e Shell, registrou um lucro líquido de R$ 390,8 mi no segundo trimestre da safra 2017/18, crescimento de 29% ante o mesmo período da safra passada, de acordo com informações do balanço da Cosan divulgados nesta sexta-feira. Já o lucro líquido “visão Cosan” foi de R$ 393 mi no período, alta de 43%. A companhia avançou na moagem e nas vendas de açúcar e etanol, melhorando os resultados operacionais. A receita líquida ajustada aumentou 26%, para R$ 4,1 bi. A empresa processou 28,3 milhões de toneladas de cana, avanço de 10%, por causa do clima seco, elevando também os volumes produzidos e vendidos de açúcar e etanol. O Ebitda ajustado aumentou 50%, para R$ 1,4 bi, impulsionado por maior volume de venda de açúcar e etanol próprios, pelo maior preço médio do açúcar vendido, pelo aumento do volume de energia elétrica vendida a preços elevados e pela redução do custo. A companhia priorizou a produção de etanol, aumentando o mix alcooleiro de 59% no segundo trimestre da safra passada para 57% nesta. A Raízen Energia também alterou seu guidance para o investimentos em capital (capex) nesta safra, conforme já havia indicado após a aquisição das duas usinas que eram da Tonon Bioenergia. A nova estimativa de capex para esta temporada ficou em uma faixa entre R$ 2,3 bi e R$ 2,6 bi. A estimativa anterior era de um investimento na casa dos R$ 2 bi e R$ 2,2 bi. Após a aquisição das duas usinas da Tonon, a Raízen Energia está realizando aportes nos canaviais e em maquinários para melhorar sua produtividade e aproximá-los do desempenho médio dos demais ativos da companhia. A empresa também aumentou seu guidance para as vendas de energia elétrica cogerada a partir do bagaço de cana para uma faixa entre 2,2 gigawatt-hora (GWh) e 2,4 GWh. A estimativa anterior era de vendas entre 2 GWh e 2,2 GWh. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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11 Equatorial Energia tem lucro líquido ajustado 16,6% maior no 3º trimestre

A elétrica Equatorial Energia reportou lucro líquido ajustado de 252 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 16,6 por cento na comparação com igual período de 2016, informou a companhia na noite de quinta-feira. A empresa, que controla distribuidoras de energia no Maranhão e no Pará e atua também em geração e transmissão, teve uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 502 milhões de reais no trimestre, avanço de 13,7 por cento na comparação anual. Em receita operacional líquida, a Equatorial somou 2,422 bilhões de reais entre julho e setembro, 19,7 por cento acima de igual período do ano passado. Na distribuidora Celpa, do Pará, a companhia reportou queda de 1,5 por cento no volume total de energia distribuída no trimestre, enquanto a Cemar, no Maranhão, apresentou aumento de 2,5 por cento na demanda por seus clientes. (Reuters – 10.11.2017)

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12 Alupar: Lucro é de R$ 112 mi no terceiro trimestre

A Alupar teve lucro líquido de R$ 112 milhões no terceiro trimestre de 2017, superior aos R$ 33,9 milhões do mesmo período do ano passado. A empresa teve receita líquida de ajustada de R$ 386 milhões, 2,8% acima dos R$ 375,3 milhões do mesmo trimestre de 2016. No Ebitda, ficou registrado um aumento de 2,3% com o valor de R$ 314 milhões. Até setembro, o lucro da empresa cresceu 8,8%, chegando aos R$ 498,7 milhões. A receita líquida ajustada em nove meses apresentou queda de 2,8%, ficando em R$ 1,11 bilhão. Já Ebitda da Alupar mostrou recuo de 9%, caindo dos R$ 969,7 milhões para R$ 882,3 milhões até setembro deste ano. No resultado regulatório, o lucro R$ 116,9 milhões, ante os R$ 36,9 milhões registrados no terceiro trimestre de 2016. Nos nove meses do ano, esse lucro ficou em R$ 271,1 milhões, maior que os R$ 145,9 milhões registrados até setembro de 2016. A Receita Líquida atingiu R$ 424,4 milhões, enquanto no ano ela totalizou R$1,28 bilhão. Já o Ebitda regulatório atingiu R$ 351,8 milhões no trimestre, enquanto no acumulado do ano é de R$ 1,04 bilhão. A Alupar implanta as PCHs Verde 08 (GO – 30 MW), e Água Limpa (MG – 23 MW), além da UHE La Virgen (84 MW), no Peru. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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13 Alupar: Empresa quer implantar LTs com orçamento 10% menor que o previsto pela Aneel

Adquirido no início do mês pela Alupar, o lote E de leilão de transmissão de 2016 pode ser implantando com orçamento cerca de 10% menor que o previsto pela Aneel, de R$ 720 mi. Em conferência com analistas de mercado nesta sexta-feira, 10 de novembro, o diretor de Relações com Investidores da empresa José Luiz de Godoy Pereira, deu mais detalhes sobre a aquisição de participação acionária no projeto, que foi arrematado no certame por consórcio formado pela Perfin Administração de Recursos e Apollo 12 Participações S.A. “Fechamos o acordo para fazer esse projeto em conjunto com eles. Faria sentido uma boa sinergia”, avisa. O valor de aquisição da BJL SPE Transmissora de Energia ficou em R$ 60,4 mi. De acordo com Godoy, a entrada em operação prevista é para junho de 2020. A Receita Anual Permitida Vencedora está em R$ 131 mi para 2017/18. As Linhas de Transmissão Juazeiro III- Ourolândia II e Bom Jesus da Lapa II – Gentio do Rio II ficam na Bahia e possuem 446 quilômetros de extensão. O executivo também lembrou que a empresa tem um backlog grande e que nos próximos anos a receita da Alupar terá uma boa estabilidade. Nos próximos três anos, quando os projetos em construção na transmissão estiverem prontos, ela terá um aumento na RAP de R$ 837 mi. Ele não vê espaço para compra de ativos brownfield, a menos que tenha sinergia com outros ativos da empresa. “Somos muito focados no greenfield”, aponta. Ele também não descarta a venda de algum ativo para realocação de recursos. Godoy acredita que a Aneel não deveria ter reduzido o Wacc na transmissão, já que os últimos certames tiveram bastante êxito e competitividade. “Não vi sentido para ela baixar o teto. Se o teto for muito alto o mercado vai regular isso para um preço de mercado. A redução nos preocupou um pouco”, revelou. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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14 CPFL Renováveis: Lucro cresce 89,2% no terceiro trimestre de 2017

O lucro de R$ 94,8 milhões da CPFL Renováveis no terceiro trimestre deste ano representou um crescimento de 89,2% quando comparado com o mesmo período de 2016, segundo dados econômicos e financeiros da companhia divulgados na noite da última quinta-feira, 9 de novembro. nA receita líquida no período somou R$ 584,9 milhões (+15,6%) contra R$ 505,8 milhões registrado no ano anterior. O potencial de geração de caixa medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) verificado foi de R$ 407,7 milhões, 18,2% maior que o apresentado em igual momento de 2016. A capacidade de geração de energia das usinas da CPFL Renováveis soma 2.201 MW, distribuidoras por 93 ativos. No último trimestre, a empresa investiu R$ 51,4 milhões principalmente em projetos em construção. A companhia encerrou o terceiro trimestre de 2017 com endividamento total de R$ 6,57 bilhões, montante 5% superior ao endividamento do terceiro trimestre de 2016 (R$ 6,26 bi). Considerando os empréstimos ponte (que serão quitados com as captações de dívida de longo prazo), as dívidas da companhia possuem prazo médio de 5,1 anos e custo médio nominal de 9,2% a.a. (112,9% do CDI de 30 de setembro de 2017). (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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15 Cemig: Acordo para pagar R$ 588 mi em dívidas tributárias é selado

A Cemig informou ao mercado que aderiu ao Plano de Regularização de Créditos Tributários (PRCT) do Estado de Minas Gerais, para quitação do ICMS, no total de R$588 milhões, representando uma mitigação de risco relevante para a companhia. A adesão pela Cemig D, no valor de R$ 558 milhões, reduziu em 90% os juros e multas incidentes sobre as matérias. Esse valor, referência setembro de 2017, deverá ser atualizado pela taxa de 50% da Selic até a data do efetivo pagamento, a ser realizado em seis parcelas iguais e sucessivas, sendo que a primeira, no montante de R$93 milhões, foi quitada em 31 de outubro de 2017. A adesão pela Cemig GT, no valor de R$30 milhões liquidado integralmente em 31 de outubro de 2017, reduziu em 95% os juros e multas incidentes sobre a matéria. A companhia informou que a adesão ao PRCT impactará negativamente o Ebitda e lucro líquido do terceiro trimestre de 2017, no valor aproximado de R$588 milhões e R$388 milhões, respectivamente. “O pagamento da obrigação será financiado por nosso fluxo de caixa operacional, sem aumento do nosso endividamento e sem mudanças significativas em nossa programação financeira”, escreve Adézio de Almeida Lima, diretor de Finanças e Relações com Investidores, de acordo com fato relevante divulgado na noite da última quinta-feira, 9 de novembro. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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16 Spic, Enel e Engie: Contratos de hidrelétricas são assinados

Representantes das empresas Spic Pacific Energy, Enel e Engie assinaram nesta sexta-feira, 10 de novembro, os novos contratos de concessão das hidrelétricas São Simão, Jaguara Miranda e Volta Grande, em cerimônia promovida na sede da Aneel, em Brasília. O evento contou com a presença dos vencedores dos lotes, de representantes das Embaixadas da Itália e da China, do diretor-geral da Agência, Romeu Rufino, e do presidente da Secretaria Executiva de Leilões, Romário de Oliveira Batista. O certame foi realizado em 27 de setembro na B3, em São Paulo, e alcançou 9,73% de ágio médio, com R$ 12,13 bi de bonificação pelas outorgas. Os lotes foram arrematados respectivamente pela SPIC Pacific Energy (São Simão), pelo Consórcio Engie Brasil Minas Geração (Jaguara e Miranda) e pela Enel Brasil (Volta Grande). Durante a cerimônia, o diretor-geral, Romeu Rufino, destacou a confiança nas três empresas vencedoras, ao mesmo tempo em que reiterou a disposição da agência em ajudar nesse momento inicial de cumprimento dos contratos. Também agradeceu a confiança depositada no país. “Nós agradecemos a disposição dos investidores em investir em um país tão grande como um Brasil e com um sistema elétrico tão complexo”, afirmou. “Volta Grande se encaixa perfeitamente na estratégia de crescimento sustentável da Enel no país e oferece oportunidades substanciais em termos de criação de valor, com 30% de sua produção dedicada a nossa estratégia de crescimento no mercado livre. Volta Grande vai se beneficiar também de possíveis sinergias com os demais ativos da Enel no Brasil. A capacidade hídrica do grupo no país está crescendo 42%, dos atuais 890 MW para 1.270 MW”, disse presidente da Enel no Brasil, Carlo Zorzoli. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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17 Premiada, CCEE está entre as mais inovadoras no uso de TI no Brasil

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica foi premiada pela apresentação do case “Projeto de Tratamento de Dados de Medição em Tempo Real” na categoria Utilities durante o IT Fórum Expo, em São Paulo. E pela quarta vez consecutiva, A CCEE está novamente entre as 100+ Inovadoras no Uso de TI. O projeto que garantiu o reconhecimento da instituição tem como objetivo implementar uma solução para o tratamento dos dados de medição em tempo real, conciliando tecnologias de IOT, big data e streaming de dados. A intenção é reduzir radicalmente o tempo requerido para o processamento dos dados e a liberação de relatórios de medição aos agentes da CCEE. Dario Almeida, gerente executivo de Arquitetura de Sistemas, destaca a importância do prêmio para a Câmara de Comercialização: “O fato de a CCEE ser reconhecida como uma das empresas mais inovadoras do Brasil no uso da tecnologia de informação é mais do que apenas uma razão de orgulho para os seus colaboradores e associados. Trata-se de mais uma constatação de que estamos suportando as necessidades atuais do mercado e construindo o nosso futuro sobre uma base tecnológica de ponta, moderna e atualizada”, explicou o executivo. O estudo feito pela IT Mídia é reconhecido pelo mercado como o mais importante balizador de aplicabilidade da tecnologia em prol da inovação empresarial, apontando as empresas que percebem a TI como ferramenta estratégica e defendem este recurso. Atualmente, a Câmara possui cerca de 6.800 agentes, mais que o dobro existente em 2015. “Com esse crescimento, também aumenta a responsabilidade e o desafio da CCEE na coleta e medição de dados, função de extrema importância para todo o mercado de energia no país”, lembrou Dario Almeida. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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18 Santo Antônio: Hidrelétrica estuda novo sistema de manejo de troncos

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), em conjunto com a Santo Antônio Energia, está desenvolvendo um projeto de pesquisa sobre o sistema de contenção de troncos da hidrelétrica Santo Antônio, localizada no Rio Madeira. O plano tem previsão de custos de R$ 8 milhões. O sistema evita que as turbinas da usina sejam prejudicadas. O “Log Boom”, sistema que direciona os troncos de árvores para o curso natural do rio, da hidrelétrica Santo Antônio é o maior do mundo e possui mais de 5,8 km de extensão. Ele é composto por um conjunto de boias de polietileno de alta resistência, as quais sustentam estruturas de aço especial, que vão desde a superfície da água até a profundidade de quatro metros, aproximadamente. Segundo a hidrelétrica, o Rio Madeira nasce na Cordilheira dos Andes e vem trazendo em seu caminho uma quantidade enorme de sedimentos e de material flutuante, como galhos e troncos de árvores, que chegam a 20 metros de comprimento e dois metros de diâmetro. No período de cheia, essa quantidade pode chegar a nove mil troncos por dia, que desce naturalmente em seu curso, por isso a construção da Hidrelétrica Santo Antônio apresentou um grande desafio para a engenharia. (Brasil Energia – 10.11.2017)

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19 Santo Antônio: Biomassa é comprovada como inviável para a hidrelétrica

Há pouco menos de uma década, era considerada a utilização dos troncos para produção de energia movida á biomassa, porém, de acordo com a hidrelétrica Santo Antônio, foi feito um estudo de viabilidade econômica, que apontou que estes troncos não possuíam capacidade calorífica suficiente para a geração de energia, além disso, o trabalho de retirada dos troncos do rio seria muito oneroso. O Ibama também apontou que este material não poderia ser retirado do rio Madeira, devido à sua importância ecológica, pois, esses troncos carregam ovos, larvas de peixes e insetos importantes para a vida aquática. Em decorrência disso, o projeto foi descontinuado. (Brasil Energia – 10.11.2017)

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20 Enel Distribuição Rio: Investimentos de R$ 16 mi em nova subestação de Paraty

A Enel Distribuição Rio vai inaugurar na próxima segunda-feira, 13 de novembro, a subestação de Patrimônio, em Paraty (RJ). Com potência instalada de 7,5 MVA, a nova subestação contribuirá para o aumento da capacidade do fornecimento de energia para Paraty e localidades do entorno. Até março de 2018, haverá outro acréscimo de 5 MVA à subestação, totalizando 12,5 MVA de capacidade e ampliando ainda mais a confiabilidade da energia distribuída para a região. A companhia também informou que foram destinados R$ 16,1 milhões na construção do empreendimento. O evento de inauguração terá início às 11 horas e contará com a presença do presidente da Enel Distribuição Rio, Ramón Castañeda, além de autoridades locais. A SE de Patrimônio beneficiará cerca de 12 mil clientes das regiões de Patrimônio, Trindade e Laranjeiras, entre outras localidades. Para conectar a subestação à rede de distribuição de energia, a Enel construiu 20 quilômetros de linha de transmissão de 34,5 kV e instalou 319 novos postes. Nos últimos meses, a distribuidora inaugurou outras subestações, em Angra dos Reis e Duque de Caxias, beneficiando cerca de 25 mil clientes das regiões. As novas subestações integram o Plano de Qualidade da Enel, iniciado há dois anos e que já apresenta resultados, como a melhoria em cerca de 30% nos indicadores de qualidade da companhia. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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Leilões

1 Liminar que suspendia leilões de 2016 de termelétricas no AM é derrubada

Caiu a liminar que suspendia o resultado de um leilão para sistemas isolados no Amazonas, realizado ano passado, permitindo que o contrato seja, finalmente, assinado pelo consórcio Geração Amazonas, formado pelas empresas Agrekko, com fatia de 99%, e Brasil Bio Fuels (BBF), com o restante. A liminar caiu no início da semana, mas a BBF só divulgou a informação nesta sexta-feira (10). O projeto do consórcio pretende utilizar biodiesel de óleo de palma em substituição ao diesel como combustível nas usinas. Segundo a BBF, com o início da operação das termelétricas que saíram vencedoras do leilão, a companhia vai poder expandir os plantios da palma. “Após a assinatura do contrato, a BBF iniciará todo o processo de implantação das Usinas, desde aquisição de terrenos, licenças ambientais, até a finalização das obras e início de operação comercial”, disse a empresa. O leilão, realizado pela Aneel, teve o consórcio vencedor nos dois lotes inscritos. O primeiro, que contou com cinco proponentes, saiu por R$ 1.152,13 por MWh deságio de 22,51% em relação à proposta do edital. O segundo lote, que registrou quatro ofertas, saiu por R$ 1.170,80 por MWh. (Valor Econômico - 10.11.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Sul tiveram aumento nos níveis em relação ao dia anterior e se encontram com 56,5% da capacidade, segundo dados do ONS relativos a última terça-feira, 7 de novembro. A energia armazenada no dia ficou em 11.350 MW mês e a energia afluente está em 148% da MLT. A usina de G.B Munhoz opera com 58,16% da capacidade. Na região Sudeste/Centro-Oeste os níveis mantiveram-se os mesmos deixando os reservatórios com 18% da capacidade. A energia armazenada está em 36.566 MW mês e a energia afluente em 105% da MLT. A usina de Furnas trabalha com 9,57% da capacidade e São Simão, com 13,98%. No Norte do país os níveis também permaneceram inalterados e os reservatórios se encontram com 19,2% da capacidade. A energia armazenada chegou a 2.891 MW mês e a ENA ficou em 45% da MLT. A hidrelétrica Tucuruí se encontra com 28,66% da capacidade. Já no submercado Nordeste houve diminuição de 0,1%, e os reservatórios operam com 5,1% da capacidade. A energia armazenada ficou em 2.657 MW mês no dia e a energia afluente está em 8% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Sobradinho apresenta 2,19% da sua capacidade. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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2 ONS: Previsão de carga de novembro foi reduzido para 66.147 MW médios

O ONS estima que a carga de energia elétrica do SIN alcance 66.147 MW médios em novembro, o que representa um crescimento de 1,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo relatório operativo divulgado nesta sexta-feira, 10 de novembro. No boletim da semana passada, o ONS estimava um crescimento de 2,9% no mês. Na separação por submercado, a nova expectativa é de crescimento de carga nos subsistemas SE/CO (2,8%), Sul (0,7%) e NE (1%), com queda no Norte (-0,4%). A avaliação anterior apontava para os seguintes percentuais 4,1% (SE/CO), 1% (Sul), 2,2% (NE) e neutralidade no Norte. As expectativas de ENAs estão em 69% da MLT para o Sudeste, 114% para o Sul, 22% para o Nordeste e 50% para o Norte. Antes a previsão era de 98% para o SE/CO, 132% para o Sul, 20% para o NE e 42% para o Norte. O valor médio semanal do CMO dos subsistemas do SIN passou de R$ 479,88/MWh para R$ 476,84/MWh. Para a semana de 11 a 17/11/2017 a Tradener informou disponibilidade de 960 MW médios ao Custo Variável Unitário (CVU) de R$ 619,55/MWh proveniente de oferta de energia da Argentina. Contudo, não foi comandada importação de energia da Argentina para SIN, visto que o CVU declarado é superior ao CMO da semana. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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3 ONS reduz previsão de chuva em hidrelétricas do Sul e Sudeste e vê carga menor

O ONS reduziu ligeiramente a previsão de chuva na região das hidrelétricas do Sul e Sudeste em novembro, mas as precipitações ainda devem ficar próximas do tradicional para este período do ano, em 114 por cento e 96 por cento da média histórica, frente a 132 por cento e 98 por cento estimados na semana anterior. Em relatório nesta sexta-feira, o órgão do setor elétrico ainda reduziu a projeção para a carga de energia no sistema interligado brasileiro em novembro. Segundo o documento, a carga deve crescer 1,9 por cento ante mesmo mês do ano passado, ante previsão de alta de 2,9 por cento na semana anterior. (Reuters - 10.11.2017)

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4 CCEE: Indústria têxtil e de veículos puxam consumo de energia no mercado livre

Os setores de carros e de têxteis puxaram o consumo de energia no mercado livre, em que clientes de grande porte escolhem de qual gerador comprar. A demanda inteira teve alta de 3,1%. As informações são da CCEE. No acumulado do ano, no entanto, o desempenho não teve o mesmo vigor, afirma Roberto Castro, membro do conselho de administração da câmara de comercialização. "Faz dois meses que nós observamos esse crescimento puxado por bens de capital, mas em 2017, até agora foi um crescimento de 1%." O ano começou com diminuição de demanda, diz Angela Saraiva, diretora de gestão da comercializadora Electra. A melhora se iniciou em maio. "Nossos consumidores tiveram uma alta, em outubro, de 4% em relação a 2016." Na Comerc, o consolidado de 2017 é de uma alta de 1,56% na comparação com o ano passado. "Há mais otimismo no mercado, ainda que algumas indústrias levem tempo para se recuperar", diz o presidente Cristopher Vlavianos. Na empresa, veículos e autopeças cresceram 5,2%, enquanto materiais de construção consumiram 4,58% a menos de energia neste ano. No mercado como um todo também há muita variação. Segmentos como mineração e químicos apresentaram retrações em outubro, aponta a CCEE. O consumo global de energia ainda é inferior ao de 2014, aponta a entidade. (Folha de São Paulo – 13.11.2017)

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5 CCEE: PLD é fixado em R$ 481,66/MWh entre 11/11 e 17/11

O PLD para a semana operativa de 11/11 a 17/11 permaneceu praticamente estável, indo de R$ 483,21/MWh para R$ 481,66/MWh em todos os patamares e submercados. Houve piora na previsão de afluências para o sistema, ao longo de novembro, com ENAs passando de 92% para 88% da MLT. O CMO também apresentou uma pequena queda. A redução das ENAS é esperada no Sudeste (de 97% para 96% da MLT) e no Sul (de 131% para 114%). No Nordeste (de 20% para 22%) e, principalmente no Norte (de 42% para 50%), houve melhora na expectativa de afluências para o período. Os níveis dos reservatórios estão cerca de 1.400 MW médios mais altos frente à previsão da semana anterior, com reduções de 50 MW médios no Nordeste. Em todos os demais submercados houve aumento dos níveis, de 610 MW médios no Sudeste, 645 MW médios no Sul e 205 MW médios no Nordeste. A expectativa é que a carga no SIN na próxima semana caia 850 MW, com redução de aproximadamente 700 MW médios no Sudeste e de 150 MW médios no Nordeste. Nos submercados Sul e Norte, a carga permanece inalterada frente à última previsão. O fator de ajuste do MRE previsto para novembro foi revisto de 68% para 66,2%. A previsão de ESS para o período é de R$ 21,5 milhões, sendo R$ 16 milhões referentes à segurança energética. Já as estimativas para os custos decorrentes do descolamento entre o CMO e o PLD estão acima do preço máximo e são estimados em R$ 9 milhões para novembro. (Brasil Energia – 10.11.2017)

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6 BBCE: Plataforma ultrapassa marca de 20.000 MW médios negociados

A BBCE registrou até outubro um volume de comercialização de mais de 20.200 MW médios. Segundo a plataforma de negociação eletrônica de energia, as negociações bateram a marca de R$ 4,3 bilhões, com quase 10 mil contratos fechados. Apenas em outubro, foram registrados 2.096 contratos e 3.448 MW médios negociados. A empresa relaciona esses números com a maior agressividade da estratégia comercial que vem tomando, visando o aumento do número de participantes, principalmente geradores de energia. A plataforma também divulgou a chegada de 12 novos sócios à plataforma. Hoje, ela conta com 31 sócios, representando mais de 11.000 MW médios registrados mensalmente. (Brasil Energia – 10.11.2017)

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Meio Ambiente

1 AIE e IPCC: Bioenergia será responsável por reduzir 20% das emissões

Paralelamente às negociações climáticas que ocorrem na Conferência do Clima, em Bonn (Alemanha), o Brasil retoma a “diplomacia do etanol” como uma de suas principais bandeiras no combate ao aquecimento global. A proposta brasileira tem respaldo da IEA e do IPCC. Segundo essas organizações, a transição para uma economia de baixo carbono e o cumprimento do Acordo de Paris, que prevê limitar o aquecimento global bem abaixo dos 2°C, não vai ocorrer sem a ajuda da bioenergia. “Precisamos de todas as tecnologias de baixo carbono que conhecemos. A contribuição da bioenergia é muito importante porque nós estimamos que quase 20% da redução das emissões vão vir dela”, diz Paolo Frankl, líder da Divisão de Energias Renováveis da IEA. Para Frankl e outros especialistas ouvidos pelo Estado, o futuro do etanol, porém, não está no transporte individual, mas em ônibus, caminhões e, quem sabe, na aviação e na marinha - para as quais a tecnologia ainda está em fase de experimentação. E também no uso para a produção de bioquímicos (em substituição ao petróleo). “Claro que há o carro elétrico, mas isso é para cidades. Mas quando pensamos em caminhões, navios, aviões, há realmente pouco a fazer. Por isso não deve haver dicotomia entre biocombustíveis e carros elétricos. Preferimos dizer que se complementam”, diz Frankl. (O Estado de São Paulo – 11.11.2017)

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2 Observatório do Clima: Emissões de CO2 do setor de energia caem 7,3%

Em 2016 houve queda de 7,3% no nível de emissões de CO2 do setor de energia, que até 2014 vinham crescendo em ritmo acelerado. O setor emitiu 423 milhões de toneladas do gás para a atmosfera no ao passado, o que representa 19% do total de emissões no país. A queda foi puxada pela retração da economia e pelo crescimento da participação das energias renováveis na matriz elétrica, segundo análise do Observatório do Clima, que divulgou os dados na última semana. As emissões associadas especificamente à geração de eletricidade caíram 30% em 2016. Isso se deveu à redução da participação das usinas termelétricas fósseis, cuja geração caiu 28% devido à recuperação parcial dos reservatórios das hidrelétricas – que aumentaram sua geração em 6% graças às chuvas no Centro-Sul em 2016 – e à desaceleração da economia. “Além disso, a geração por fontes renováveis não hídricas, principalmente eólica e biomassa, cresceu 19%”, lembra o pesquisador do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), Marcelo Cremer. (Brasil Energia – 10.11.2017)

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3 MMA: Brasil pode movimentar cerca de R$ 950 bilhões na nova economia de baixo carbono

A comitiva de senadores que está participando em Bonn, na Alemanha, da 23ª Conferência do Clima da ONU (COP 23) promoverá no dia 15, às 17h, um debate sobre a agenda legislativa brasileira vinculada ao Acordo de Paris. Integram a comitiva os senadores Jorge Viana (PT-AC), presidente da Comissão Mista Permanente de Mudanças Climáticas (CMMC), Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), Lídice da Matta (PSB-BA) e Kátia Abreu (PMDB-TO) Embora não tenha sido divulgada a pauta desse debate, em intervenções nos últimos meses, senadores como Jorge Viana, Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) e João Capiberibe (PSB-AP) têm falado sobre a necessidade de um papel ativo do Senado nessa questão. Eles têm proposto o debate de mecanismos legislativos que protejam de mudanças políticas as metas de emissão de gases de efeito estufa apresentadas pelo Brasil. A participação dos senadores na COP 23 foi precedida de audiências públicas para ouvir representantes do ambientalismo e autoridades sobre as perspectivas de cumprimento das metas voluntárias. O secretário de Mudança do Clima do MMA, Everton Lucero, pediu mais envolvimento neste tema das áreas econômicas e de planejamento do governo. Ele acredita que o Brasil pode movimentar cerca de R$ 950 bilhões na nova economia de baixo carbono. “[É preciso] convencer mais as autoridades nacionais da área econômica e financeiras de que esse é um tema relevante e que precisa migrar para a centralidade das decisões econômicas e financeiras do país. Não pode mais continuar sendo considerado como uma externalidade ambiental”, disse Lucero na comissão. (Agência Senado – 10.11.2017)

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4 MMA: É preciso buscar alternativas para que emissões não ocorram via termelétricas

O impacto das mudanças climáticas sobre o setor elétrico brasileiro, já perceptível em aspectos como a redução dos índices pluviométricos e a alteração do regime de vazões de bacias hidrográficas, pode afetar também o que sempre foi visto como exemplo do país para o mundo. Autoridades do governo federal e especialistas de órgãos de pesquisa ouvidos pela Agência CanalEnergia temem que, mantidos os efeitos da escassez hidrológica na operação do sistema, entre os quais o crescimento gradual do despacho de usinas termelétricas, as emissões de GEE na geração de energia elétrica cresçam de forma contínua daqui para frente. Mesmo contribuindo relativamente pouco frente a outros segmentos, a possibilidade de o setor elétrico aumentar suas emissões devido a um maior uso de térmicas causa apreensão. “Se eu tivesse que apontar uma preocupação nesse setor [de energia elétrica], ela seria com a própria vulnerabilidade à mudança do clima. Por conta da estiagem, está havendo uma forte redução dos reservatórios, e isso está forçando a colocação de usinas termelétricas. Se nós optarmos pela geração térmica a gás natural, a carvão ou a óleo, nós vamos aumentar as emissões, certamente. Existe essa preocupação e nós termos que buscar alternativas”, avalia o secretário de Mudança do Clima e Florestas do MMA, Everton Lucero, um dos principais articuladores da delegação do governo brasileiro que está presente no encontro organizado pela Convenção das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC, na sigla em inglês). (Canal Energia – 12.10.2017)

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5 EPE: Participação de emissões do SEB ainda é inferior a média global

Autoridades do governo federal e especialistas de órgãos de pesquisa ouvidos pela Agência CanalEnergia temem que, mantidos os efeitos da escassez hidrológica na operação do sistema, entre os quais o crescimento gradual do despacho de usinas termelétricas, as emissões de GEE na geração de energia elétrica cresçam de forma contínua daqui para frente. Mesmo antes do atual quadro de elevação do despacho térmico pelo ONS em face às péssimas condições hidrológicas, a EPE já estimava a elevação das emissões de GEE no setor elétrico a partir da próxima década. Lançado em julho deste ano, o PDE 2026 prevê um aumento de 38 milhões de toneladas de CO2 equivalente (MtCO e) para 57 MtCO e entre os anos de 2020 e 2025 – ano-base do Acordo de Paris. O novo ciclo de planejamento decenal do governo estima ainda que as emissões de poluentes decorrentes da geração de eletricidade chegarão a 62 MtCO e em 2026, considerando tanto o SIN quanto autoprodução. O diretor de Estudos de Energia Elétrica da EPE, Amilcar Guerreiro, observa que, mesmo em um cenário de elevação das emissões no setor elétrico ao longo da próxima década, conforme aponta o próprio estudo elaborado pela estatal, o compromisso de redução no total assumido pelo país na Conferência do Clima de 2015 está mantido. “No Brasil, a participação da produção de energia elétrica no balanço total de emissões ainda é bem inferior se comparado a dos outros países, em razão do alto índice de renováveis na nossa matriz”, explica Guerreiro. “No entanto, a tendência é que haja um aumento do peso da produção de energia elétrica no total das emissões do país ao longo do tempo, aproximando mais o país da média mundial”, avalia o diretor da EPE. (Canal Energia – 12.10.2017)

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6 MMA: Termelétrica a gás natural é a mais indicada diante da intermitência das renováveis

Autoridades do governo federal e especialistas de órgãos de pesquisa ouvidos pela Agência CanalEnergia temem que, mantidos os efeitos da escassez hidrológica na operação do sistema, entre os quais o crescimento gradual do despacho de usinas termelétricas, as emissões de GEE na geração de energia elétrica cresçam de forma contínua daqui para frente. Segundo a edição do Balanço Energético Nacional publicada este ano, o grau de renovabilidade da matriz elétrica brasileira chega a 82%. Apesar da predominância hidráulica (62%), o estudo já reflete uma diversificação vista a partir do crescimento de outras fontes limpas, entre as quais o bagaço da cana-de-açúcar (6%) e a eólica (5%). Esta última, por sinal, é o carro-chefe da expansão da geração renovável agora e nos próximos anos. Ao mesmo tempo, a incorporação da eólica abre a discussão sobre a necessidade de colocação de mais térmicas como opção para a geração de base, dada a variabilidade natural do regime de ventos, tanto diária quanto anual. “O gás natural é a fonte fóssil menos impactante, digamos assim”, avalia o secretário de Mudança do Clima e Florestas do MMA, Everton Lucero, ao considerar o trade-off entre a expansão de renováveis intermitentes e a necessidade de garantia de geração de base com térmicas. “No longo prazo, o enfrentamento da questão climática passa pela economia de baixo carbono. O Brasil já está nesse rumo por conta da sua matriz elétrica renovável, mas é preciso tomar o cuidado para não se inverter essa tendência e o país não passar a gerar energia a partir de fontes emissoras”, alerta o secretário. (Canal Energia – 12.10.2017)

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7 CNI: Termelétricas são a solução para a intermitência de renováveis, dada a futura expansão das fio’s dágua

Estudo lançado esta semana pela Confederação Nacional da Indústria coloca em xeque a possibilidade de o Brasil alcançar os patamares acordados na COP de 2015. De acordo com o relatório, o custo financeiro para o país se adequar às metas de inserção de renováveis como eólica, fotovoltaica e biomassa, sem contar empreendimentos hidrelétricos, será de R$ 316 bilhões até 2030. O valor é mais do que os R$ 301 bilhões previstos no PNE 2030. Um dos responsáveis pelo trabalho, o especialista em política industrial da CNI, Roberto Wagner, é crítico quanto à redução da hidroeletricidade como alternativa de expansão para o Brasil. “Embora o PDE 2026 considere a entrada de algumas hidrelétricas nos próximos anos, ainda que poucas, todas são a fio d’água, sem reservatórios para estocagem de água. Não construir reservatórios de regulação foi uma escolha que a sociedade brasileira fez, dadas as questões socioambientais envolvidas. O problema é que a opção de reserva girante que resta para compensar as variabilidades das eólicas e das fotovoltaicas são as termelétricas a gás”, analisa ele, reforçando que o despacho de usinas a gás, óleo combustível e diesel de maneira full time tende a implicar na elevação das emissões do setor elétrico brasileiro. A ampliação da eficiência energética para 10% nos próximos 13 anos é, na visão do especialista, “um percentual bastante ousado”. (Canal Energia – 12.10.2017)

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8 MMA: O Compromisso está dado, resta agora discutir os meios para implantá-lo, avalia Lucero

Autoridades do governo federal e especialistas de órgãos de pesquisa ouvidos pela Agência CanalEnergia temem que, mantidos os efeitos da escassez hidrológica na operação do sistema, entre os quais o crescimento gradual do despacho de usinas termelétricas, as emissões de GEE na geração de energia elétrica cresçam de forma contínua daqui para frente. O secretário de Mudança do Clima e Florestas do MMA, Everton Lucero Lucero, reitera que todas as bases anteriormente firmadas estão mantidas e serão ratificadas nos trabalhos do segmento de alto nível (ministerial) durante o encontro em Bonn, entre os dias 15 e 17 desse mês. “O compromisso está dado. O foco agora está na elaboração de um conjunto de regras que permita a implementação do que já foi acordado”, afirma. A ideia, segundo ele, é antecipar boa parte das metas de 2030 para 2025, e um dos objetivos nesse sentido é destravar barreiras de ordem financeira. Diante da restrição orçamentária, uma das alternativas para captação de recursos está nas linhas de créditos alocadas em organismos multilaterais, entre eles o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco dos Brics. Uma potencial fonte de investimentos considerada pelos representantes do Brasil na COP 23 é o Fundo Verde para o Clima (GCF, na sigla em inglês), mecanismo financeiro da UNFCCC voltado para o apoio às ações de mitigação das mudanças climáticas. Criado em 2010 e sediado na Coreia do Sul, o GCF conta hoje com cerca de US$ 10 bilhões em caixa em recursos doados por países desenvolvidos. Duas principais instituições financeiras públicas brasileiras, Caixa e BNDES, já manifestaram a intenção em utilizar recursos do GCF para viabilizar projetos ligados à redução de emissões e ao estímulo à energia limpa. O Ministério da Fazenda vem trabalhando numa estratégia para o Brasil acessar esse dinheiro. (Canal Energia – 12.10.2017)

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9 EPE: Pico de emissões do SEB registrado em 2015 refletiu as condições hidrológicas

Mesmo contribuindo relativamente pouco frente a outros segmentos, a possibilidade de o setor elétrico aumentar suas emissões devido a um maior uso de térmicas causa apreensão. Apesar da perspectiva de acréscimo nas emissões de GEE decorrentes da produção de eletricidade na próxima década, os dados recentemente divulgados pelo governo e por entidades autônomas mostram números positivos no que tange à projeção de curto prazo e também ao passado recente. Olhando os próximos três anos, a perspectiva da EPE aponta para uma forte retração nesta atual década: dos 81 MtCO e registrados em 2015, a expectativa é que as emissões no setor elétrico atinjam 38 MtCO em 2020. Segundo a estatal, o pico registrado em 2015 “refletiu condições hidrológicas desfavoráveis no período”, o que obrigou o acionamento de térmicas fósseis. “Esse efeito já começou a ser atenuado com as chuvas de 2015 e 2016”, diz o PDE. (Canal Energia – 12.10.2017)

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10 IEMA: Queda de emissões do SEB de 2015 para 2016 é justificado pela recuperação dos reservatórios

Segundo uma comparação entre 2015 e 2016, as emissões de GEE relativas à geração de eletricidade no serviço público (sem incluir a parcela de autoprodução) apresentaram uma retração significativa no período, de acordo com levantamento elaborado anualmente pelo Observatório do Clima e divulgado pelo grupo no final do mês de outubro. O relatório mostra que, de 65,8 MtCO e atribuídos ao SIN em 2015, as emissões caíram para 42,8 MtCO e em 2016. Considerando o setor de energia como um todo, englobando aí segmentos como transportes, produção de combustíveis e as demandas nas indústrias e nas residências, a queda no nível de emissões de gases poluentes foi de 456,9 MtCO e, no ano de 2015, para 423,4 MtCO e em 2016. Os dados atribuídos ao Observatório do Clima são compilados por cinco diferentes organizações, cada uma respondendo por uma área de análise. As áreas de energia e de processos industriais ficam a cargo do Instituto de Energia e Meio Ambiente. De acordo com David Tsai, coordenador de projeto do Iema, a queda de quase 35% nas emissões advindas da geração de eletricidade no ano passado foi consequência direta da redução da participação das usinas termelétricas fósseis, justificada, naquele momento, pela recuperação parcial dos reservatórios das hidrelétricas, principalmente os situados nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do país. Situação oposta à de agora, quando a forte estiagem e o atraso no início do ciclo de chuvas elevam a geração térmica. Para ele, as emissões de geração voltarão a aumentar devido justamente ao término do aproveitamento hídrico para geração de eletricidade. (Canal Energia – 12.10.2017)

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11 Instituto Escolhas: Gasto extra com a descarbonização do SEB até 2050 é mínimo de R$ 86,9 bi

De acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões de GEE, alimentado pelo Observatório do Clima, as emissões no país totalizaram 2,27 bilhões de tCO e, um aumento de 9% em relação do verificado em 2015. O volume de gases que foi emitido pelo Brasil ano passado representou 3,4% das emissões globais e pôs o país na sétima posição entre os maiores emissores do mundo. Um estudo inédito elaborado pelo Instituto Escolhas faz uma avaliação dos impactos econômicos, sociais e ambientais caso o país adotasse como meta zerar, até o ano de 2050, as suas as emissões de GEE oriundas da produção de eletricidade. O resultado, considerando tanto um cenário de crescimento econômico otimista quanto um pessimista, mostra um peso mínimo sobre o PIB e a renda das famílias. No caso do PIB, o impacto da transição para uma eletricidade carbono zero seria de 0,2% em 2050. No mesmo horizonte, a pressão das medidas de descarbonização do setor elétrico sobre a renda das famílias ficaria em torno de 0,5%. Por outro lado, aponta o trabalho, as emissões de GEE evitadas na geração de energia em meados do século iria variar entre 58,5 MtCO e, em um cenário de maior atividade da economia, e 40,1 MtCO e, em um caso de PIB mais enfraquecido. Para se ter uma ideia, os 58,5 MtCO e evitados no cenário otimista significaria mais do que foi emitido pela queima de gasolina em toda a frota nacional de veículos em 2010 (56,7 MtCO e). Em termos financeiros, o estudo agrega o período de 2015 a 2050 para mostrar a necessidade adicional de investimentos a fim de reduzir por completo as emissões no setor. O resultado indica que o gasto extra com a meta de descarbonização no setor elétrico giraria entre R$ 86,9 bilhões e R$ 138,6 bilhões. (Canal Energia – 12.10.2017)

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12 Baixos investimentos em energia limpa comprometerão meta para mudança climática

Dois anos após a assinatura do Acordo de Paris e oito após o Acordo de Copenhague, tanto os países ricos quanto os pobres estão deixando de cumprir os compromissos assumidos para combater a mudança climática por meio de investimentos em energia limpa, conclui um estudo realizado pela empresa de pesquisa Bloomberg New Energy Finance (BNEF). O documento foi divulgado simultaneamente, no último dia 06 de novembro, em Londres, Washington e São Paulo. Os novos investimentos em energia limpa realizados em países não membros da OCDE caíram US$ 40,2 bi de 2015 a 2016, diminuindo de US$ 151,6 bi para US$ 111,4 bi. Embora a China seja responsável por três quartos dessa redução, os novos investimentos em energia limpa nos demais países não membros da OCDE também caíram 25% em relação aos níveis de 2015. Além da queda observada no período 2015-2016, a tendência em longo prazo também é potencialmente desconcertante para os formuladores de políticas públicas. Mundialmente, o número de países não membros da OCDE cujo financiamento de ativos de energia limpa é igual ou superior a US$ 100 mi ao ano está estagnado desde 2010 em aproximadamente 27. Com base nos totais calculados pela BNEF no Climatescope, há poucos indícios de que o financiamento de energia limpa contribuirá de forma relevante para garantir a conquista da meta principal. (Ambiente Energia – 12.11.2017)

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Energias Renováveis

1 BNDES e BID fecham linha de crédito de US$ 900 mi para energias renováveis

O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, e o vice-presidente de Países do BID, Alexandre Meira da Rosa, fecharam nesta sexta-feira (10/11), em São Paulo, convênio de linha de crédito condicional de US$ mi milhões para energia sustentável, sendo US$ 750 mi provenientes do BID e US$ 150 mi aportados como contrapartida do BNDES. A maior parte dos recursos desse primeiro contrato de empréstimo será alocada em projetos de geração de energia eólica e tem potencial para financiar investimentos em capacidade instalada que superam os 600 MW. A operação é resultado de memorando de entendimento celebrado em 2016, que formalizou a cooperação entre as instituições em diversas áreas. Além de energia renovável o convênio também financiará projetos de infraestrutura e projetos produtivos das pequenas e médias empresas, totalizando US$ 2,4 bilhões. (Brasil Energia – 10.11.2017)

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2 MRV investe R$ 800 mi em energia solar

Fundada há 38 anos em Belo Horizonte, a MRV Engenharia é a maior construtora residencial da América Latina. Mas nem os números da liderança disparada fazem a empresa mineira, fundada por Rubens Menin e outros dois sócios, relaxar. Agora, a empresa está implantando a energia solar fotovoltaica nas futuras construções. O novo diretor comercial da MRV Engenharia para Minas Gerais, Bahia, Sergipe e Alagoas, Yuri Chain, explica que a energia solar é um projeto inovador que terá R$ 800 mi de investimento da empresa nos próximos cinco anos. No bolso do cliente que compra um imóvel da MRV, a economia será visível com a inovação. “O apartamento será autossuficiente na geração de energia, então o cliente deixa de pagar a conta de luz. Em alguns casos, de acordo com nossos estudos, as pessoas vão até receber um crédito, porque o condomínio vai poder vender energia para a rede, então a pessoa vai ficar com um crédito e, talvez, poder até monetizar esse crédito”, explica. Chain diz que a energia solar trará ganhos para o meio ambiente com uma energia limpa e renovável, sem riscos de desabastecimento. De acordo com estudos feitos pela construtora, apenas 11 mil moradias são abastecidas com energia solar no país. “Nos próximos 12 a 18 meses, já pretendemos colocar no mercado um número maior de unidades habitacionais com o abastecimento de energia solar”, afirma. (Ambiente Energia – 13.11.2017)

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3 Canadian Solar: entrega Milionésimo módulo nacionalizado é entregue

A fabricante de painéis solares Canadian Solar entregou o milionésimo módulo produzido no país para o complexo Pirapora nesta semana. A companhia desenvolveu e negociou o projeto em três leilões de reserva entre 2014 e 2015, e vendeu 80% de participação para a EDF EN em 2016. A companhia iniciou as atividades na unidade produtiva em Sorocaba (SP) em dezembro de 2016. Para chegar à marca de um milhão de módulos produzido no país, a companhia comissionou 284 MWp para as fases 1 e 2 do projeto Pirapora e entregou mais 115 MWp, em instalação.Isto representa praticamente a totalidade da produção local da fábrica da companhia – houve a negociação de um pequeno lote excedente para geração distribuída local, segundo apurou a Brasil Energia. Com a proximidade da conclusão do projeto Pirapora, a companhia aguarda o lançamento de um programa específico de apoio à geração distribuída com crédito incentivado do BNDES para painéis com código Finame do banco para ampliar sua participação nesse mercado. A Canadian também busca fechar parcerias para o A-4 e ainda tem em carteira projetos que desenvolveu, abrindo a possibilidade de reproduzir a estratégia de garantir demanda para seus painéis negociando no leilão. Uma nova parceria com a EDF EN, segundo o COO da geradora francesa, Bruno Fyot, não está descartada. “Temos uma relação muito próxima com a Canadian, que é global”, disse o executivo, em conversa com jornalistas no Rio de Janeiro na última quarta-feira (8/11). (Brasil Energia – 10.11.2017)

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4 Sesc instala usina solar com plataforma suspensa em reserva ambiental

O Recanto do Pescador, uma área de 28.650 m², localizada em Poconé, agora abriga a usina solar do Sesc Pantanal. Planejado em plataforma suspensa ante o regime das cheias na região, o projeto de sistema de geração fotovoltaica consiste em um importante marco de sustentabilidade. A usina abastecerá um dos principais pontos turísticos mato-grossenses, o Hotel Sesc Porto Cercado, referência em hotelaria e ecoturismo no Pantanal brasileiro. O novo empreendimento faz parte das ações em comemoração aos 20 anos de atuação do Sesc no Pantanal. Na vanguarda do turismo sustentável, a utilização de tecnologia renovável para a geração autossuficiente de eletricidade por meio de placas fotovoltaicas foi ampliada pelo Sesc Pantanal. Com inauguração marcada para o dia 13 de novembro, as 1.240 placas que juntas tem capacidade instalada de 300 kWh e produção mensal de 49.500 kWh, suficiente para suprir a necessidade por energia elétrica de 50% do Hotel Sesc Porto Cercado. A energia gerada será entregue diretamente na rede de distribuição pública e o valor referente à produção será deduzido nas contas de energia do Hotel, conforme o sistema de compensação. Hoje, a unidade Sesc Porto Cercado já conta com sistema de aquecimento solar da água para os chuveiros, que não possuem resistência elétrica e não queimam. (Ambiente Energia – 10.11.2017)

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5 Aneel: liberada UFV Vazante 3 para operação em teste

A Aneel liberou para operação em teste as unidades geradoras UG1 a UG27, de 1.000 kW cada, totalizando 27.000 kW de capacidade instalada da usina de geração fotovoltaica denominada UFV Vazante 3, a partir de 9 de novembro de 2017, segundo despacho publicado pela Aneel na última sexta-feira, 10 de novembro. O empreendimento está localizado em Pirapora (MG). (Agência CanalEnergia – 13.11.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Eneva: aposta na manutenção do nível do despacho térmico em 2018

O diretor presidente da Eneva, Pedro Zinner, disse que não vê mudança no nível de despacho térmico em 2018 e aposta em um cenário semelhante ao que está ocorrendo em 2017. A Eneva é uma das maiores geradores privadas de energia térmica do país, operando 2,2 GW em usinas no Nordeste, região que atualmente depende das térmicas e das eólicas para o atendimento da demanda elétrica, em razão da crise hídrica que, há alguns anos, vem impactando negativamente a produção hidrelétrica das usinas na Bacia do Rio São Francisco. “Na nossa visão, o cenário de 2017 vai se repetir, com um primeiro semestre de despacho mais baixo e um segundo semestre mais próximo de 100%, colocando o nosso despacho na média de 50%, 55%”, respondeu o executivo ao ser questionado por analisas de mercado em teleconferência realizada nesta sexta-feira, 10 de novembro. Zinner explicou que apesar das chuvas estarem acima da média nessas semanas, indicando que o período úmido começou, as restrições no sistema elétrico no submercado Norte persistem, limitando a exportação de energia hidrelétrica do Norte para as regiões Nordeste e Sudeste. Nem mesmo o adiantamento da entrada em operação do primeiro bipolo de Belo Monte, de março de 2018 para dezembro 2017, deve melhorar a oferta de energia na região Nordeste, permanecendo o cenário de dependência das fontes térmica e eólica. Segundo Cançado, mesmo com a Aneel promovendo leilões para substituir sistemas que deveriam ser construídos pela Abengoa, o cenário de restrição do escoamento do Norte e Nordeste não deve ser resolvido até 2022. (Agência CanalEnergia – 10.11.2017)

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2 Segundo SCGás, PL do gás pode trazer incertezas jurídicas

O substitutivo do PL baseado no Gás para Crescer poderá trazer incertezas jurídicas para o setor e ainda encarecer o preço do gás natural no território nacional, avalia o presidente da SCGás, Cosme Polêse. A proposta está sendo finalizada pelo deputado Marcus Vicente (PP-ES) e deve ser levada à Comissão de Minas e Energia, da Câmara dos Deputados, daqui a cerca de dez dias. Polêse disse que as discussões não chegaram a um consenso e acrescentou que as incertezas podem ser criadas a partir do momento em que os contratos de compra e venda do gás forem alterados. O executivo aponta ainda que a proposta, ao tentar abrir o mercado para novos comercializadores, dando a possibilidade da criação de um mercado livre, pode enfraquecer o setor de distribuição. Polêse disse que o PL abre a possibilidade que grandes consumidores obtenham o gás diretamente com os supridores, sem a intermediação das distribuidoras, que passariam a atender apenas aos pequenos e médios clientes. De acordo com ele, estes passariam a ter a tarifa mais cara, para pagar a manutenção do atual sistema de rede. O executivo da distribuidora catarinense disse ainda que o grande desafio é fazer com que os agentes busquem soluções que estimulem a competitividade. Mas, na análise dele, o novo marco do gás estimulará o fornecimento aos grandes consumidores e regiões que já são abastecidas. Para ele, o ideal seria universalizar o acesso ao combustível. Outro aspecto importante, para Polêse, é a entrada de agentes internacionais no mercado brasileiro em condições de competir, principalmente na questão do preço. O executivo disse ainda que, mesmo contando com energéticos concorrentes, o país deveria pensar o gás natural como uma opção para todos, espelhando-se na Europa, Estados Unidos e Canadá. (Brasil Energia – 10.11.2017)

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3 Abiogás anuncia nova associada

A Abiogás anunciou nesta sexta-feira (10/11) que a Apolo Energia entrou no seu time de associados. Segundo a nova sócia, a decisão foi tomada no IV fórum do Biogás. O presidente da ABiogás, Alessandro Gardermann, ressaltou que um dos trabalhos da associação é fornecer dados e informações para os agentes do setor sobre as externalidades positivas que o biogás e o biometano têm em relação aos combustíveis fósseis, principalemnte, além de buscar novos associados. (Brasil Energia – 10.11.2017)

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Economia Brasileira

1 BNDES estuda captações no mercado doméstico em 2018

O BNDES estuda captar recursos no mercado financeiro interno no ano que vem, disse nesta sexta-feira o presidente da instituição financeira, Paulo Rabello de Castro. De acordo com o executivo, entre outros fatores, a demanda por crédito do banco nos primeiros meses de 2018 influenciará o processo de captação interna. Rabello esteve nesta manhã no escritório do BNDES em São Paulo, onde participou de cerimônia de assinatura de um convênio de US$ 2,4 bi com o BID. Foi o primeiro convênio celebrado entre as duas instituições desde 2010. A discussão sobre a captação interna e o novo convênio com o BID em quase uma década surgem no momento em que o Tesouro Nacional pede para o BNDES a devolução de R$ 130 bi em 2018. O presidente do BNDES voltou a dizer que o banco está disposto a devolver a quantia ao Tesouro, mas de uma maneira que não prejudique o seu caixa. “O BNDES não objeta a devolução de valores ao Tesouro. Somos mais do que parceiros do governo, somos o governo. Mas temos que fazer contas, senão não somos mais banco”, disse. Segundo ele, a devolução vai acontecer “em alguma medida”. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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2 Ipea: Reforma da previdência é essencial para manter juros baixos

O presidente do Ipea, Ernesto Lozardo, disse, em entrevista ao Valor, que a aprovação de uma versão mais enxuta da proposta de reforma da Previdência já será fundamental para manter os juros baixos nos próximos anos e reduzir o custo de capital no país. Segundo ele, sem a reforma, a dívida bruta brasileira vai superar 90% do PI) em 2020 e chegar a 100% do PIB em 2025, fazendo com que os juros voltem a subir fortemente. A visão apresentada pelo titular do Ipea é que a proposta original do governo era melhor e garantiria por mais tempo a estabilização dos elevados déficits previdenciários no Brasil, hoje em 8% do PIB na União e em 13% do PIB quando se incluem as esferas estaduais e municipais. Com uma versão menor da reforma, o Brasil ao menos conseguirá nos próximos anos estabilizar sua dívida na casa de 80% a 85% do PIB e manter o teto de gastos. Com a versão anterior, o entendimento dele é que, ao longo do tempo, o país conseguiria reverter a trajetória e reduzir a dívida para o patamar de 2015 após 20 anos. "Todas as reformas são para manter o juro baixo e conseguir segurar o nível de endividamento público brasileiro", disse. "Sem a reforma da Previdência, seremos obrigados a emitir dívida, a estourar o teto. Acabou. Volta o que era antes. Traz incerteza de volta, a inflação de volta, aumento do custo de capital de volta. Não vai ter a volta do crescimento sustentável", acrescentou, comentando ainda que o desemprego no Brasil ficaria estruturalmente elevado. (Valor Econômico – 13.11.2017)

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3 Modelo de exportação atual está defasado, afirmam especialistas

As Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) são consideradas por alguns analistas como parte de um modelo defasado, dos anos 80, quando o Brasil era ainda fechado para importações e havia maior dificuldade para as operações de câmbio. Para eles, esse regime não deve atrair investidores. "A discussão de criação das ZPEs começou em 1988. Na época eu era a favor delas. Hoje eu sou contra", diz José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). "O mundo mudou. O Brasil, então, era mais fechado, não tínhamos importações e as operações de câmbio eram complicadas. Hoje o câmbio está disponível e as empresas podem até deixar recursos lá fora." Por isso, avalia Castro, a criação de ZPEs deixou de ser prioridade. "Todos dizem que a China tem. Mas lá elas existem já há 30 anos." Para Castro, nem mesmo as facilidades tributárias dentro da ZPE seriam capazes de atrair investimentos. Welber Barral, consultor da Barral M Jorge e ex-secretário de comércio exterior, tem análise semelhante. Além da dificuldade com operações cambiais não existir mais, diz ele, o país já oferece regimes de tributação específicos para o exportador. Atualmente as empresas que operam em ZPEs devem auferir 80% de sua receita bruta anual com exportações. (Valor Econômico – 13.11.2017)

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4 Focus: Mercado vê inflação maior neste ano e em 2018

Os analistas consultados pelo BC no Boletim Focus elevaram suas estimativas para o resultado do IPCA nos próximos 12 meses, para 2017 e para 2018. A previsão para a alta do IPCA de 12 meses saiu de 4,01% para 4,04%. Para 2017, o ajuste passou de 3,08% para 3,09% de aumento e, para o ano seguinte, de 4,02% para 4,04% de avanço. Na sexta-feira passada, o IBGE informou que o IPCA de outubro subiu 0,42%, vindo de 0,16% em setembro, mas abaixo da estimativa média de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de alta de 0,48% no mês. No entanto, considerado apenas grupo de instituições que mais acertam as previsões, as chamadas Top 5, a expectativa de médio prazo para a inflação oficial neste ano saiu de 3,05% para 3,03% e, para 2018, de 4% para 3,95%. O Focus trouxe ainda que as estimativas para a taxa básica de juros no fim de 2018 e 2017 foram mantidas em 7% entre os economistas. (Valor Econômico – 13.11.2017)

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5 IBGE: INPC muda de rumo e registra aumento de 0,37% em outubro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,37% em outubro, invertendo a direção tomada um mês antes, de queda de 0,02%, informou nesta sexta-feira o IBGE. Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,11%, depois de recuarem 0,57% em setembro. Os bens não alimentícios aumentaram 0,58%, acima da taxa do mês anterior, de 0,22%. No ano, o acumulado foi de 1,62%, bem abaixo dos 6,36% registrados em igual período de 2016, "sendo a menor variação acumulada para o período desde a implantação do Plano Real", destacou o instituto em nota. Nos 12 meses até outubro, o índice aumentou 1,83%, ficando acima do 1,63% registrado nos 12 meses imediatamente anteriores. O INPC abrange o consumo das famílias com renda entre um e cinco salários mínimos, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 10 sendo negociado a R$3,2790, com variação de +0,8% em relação ao início do dia. Hoje (13), começou sendo negociado a R$3,2883 — variação de +0,28% em relação ao fechamento do dia útil anterior — e segue uma leve tendência de alta, sendo negociado às 10h45 no valor de R$3,2909, variando +0,08% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 10.11.2017 e 13.11.2017)

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Internacional

1 Colômbia: No coração de um gigante da energia

Em dezembro de 2018, a turbina número 4 da Hidroituango será ligada, gerando os primeiros 300 megawatts da maior usina hidrelétrica da Colômbia. Esta obra, que já atinge 80% de sua construção, começou a funcionar em 2010. Prevê-se que em 2021 gerará 2400 megawatts, contribuindo com 17% de toda a energia da Colômbia. A barragem, que terá uma altura máxima de 225 metros, criará um reservatório de 79 quilômetros de comprimento alimentado pelo fluxo do rio Cauca em oito municípios de Antioquia. Esta mega obra tem um valor de 11,4 bilhões de pesos e é realizada pela união da EPM e da Idea (acionistas majoritários). (El Colombiano – Colômbia – 13.11.2017)

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2 Venezuela; Estatal Corpoelec entra em default por não pagar juros de dívida de US$ 650 mi

A Companhia Elétrica Nacional (Corpoelec), estatal de eletricidade da Venezuela, entrou em default ao não pagar juros de títulos da dívida no valor de US$ 650 milhões (R$ 2 bilhões) que vencem em 2018, afirmou a agência fiduciária Wilmington Trust nesta sexta-feira (10). A companhia do regime de Nicolás Maduro nega o calote e diz ter depositado o dinheiro na quarta (8). O título Elecar, usado pela Corpoelec, deveria ter pago US$ 28 milhões a seus credores nesta sexta. A estatal já havia recebido um período de graça na última quinta-feira (9), afirmaram os credores à agência de notícias Reuters. "A falha do emissor em pagar juros nas notas constitui um default sob o contrato", disse Wilmington Trust, provedor de serviços institucionais internacionais e corporativos, em nota postada na Bolsa de Luxemburgo. Em um canal oficial, a Corpoelec informou que o pagamento foi executado e que "mudanças na operabilidade afetaram as transações". A companhia, porém, não deu mais detalhes da operação. O default coincide com a convocação do regime de Nicolás Maduro para reestruturar todos os pagamentos futuros da dívida, deixando investidores inquietos sobre o destino dos cerca de US$ 60 bilhões em títulos emitidos pela petroleira estatal PDVSA. Planos para reestruturar esses títulos devem ser discutidos em um encontro com credores marcada para segunda-feira em Caracas por Maduro, embora vários tenham dito que não irão. Alguns investidores podem interpretar o fracasso no pagamento do Elecar como um sinal de que Maduro possa estar preparando um amplo default. No entanto, um default do Elecar, relativamente pequeno, não desencadeia automaticamente um default nos outros títulos. (Folha de São Paulo – 10.11.2017)

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3 Acciona: Empresa chegará a 2 GW de capacidade instalada na América Latina até 2020

A Acciona Energia duplicará sua capacidade de energia renovável na América Latina para mais de 2 GW até 2020. A empresa fez a afirmação durante a cerimônia de abertura da usina fotovoltaica El Romero Solar de 246 MWp, no Chile. A instalação se encontra no deserto de Atacama e estava conectada à rede há um ano, fornecendo energia para o Google desde janeiro. A Acciona Energia atualmente possui 897 MW de energia eólica e fotovoltaica na América Latina, localizadas no Chile, México e na Costa Rica. No último trimestre de 2017, terão outros 700 MW em construção, incluindo um parque eólico de 183 MW no Chile. Essa capacidade entrará em funcionamento em 2018 e 2019. A empresa também tem outros projetos de estágio avançado que espera concluir em 2020. (Brasil Energia – 10.11.2017)

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4 Argentina: usuários agora podem comprar e vender energia

A aplicação de energias renováveis começa a ser uma realidade no mundo e na Argentina. Seja a partir da esfera pública ou privada, emergiram várias alternativas para os cidadãos aplicá-la em suas vidas diárias e promover a sustentabilidade e o cuidado do meio ambiente. Um deles é o projeto de lei “Regime de Fomento à Geração Distribuída de Energia Renovável Integrada à Rede Elétrica Pública, que a Câmara dos Deputados deu recentemente a sua aprovação preliminar. A iniciativa propõe, através da Geração Distribuída, que os usuários podem gerar eletricidade a partir do sistema de energia renovável em casa e para seus usos usuais. Por sua vez, a energia gerada que não é usada pode ser despejada na rede de distribuição para ser consumida por outros usuários, como em países como a Alemanha e a Dinamarca. A fim de oferecer incentivos aos usuários para adotar esses sistemas, o Fundo para a Geração Distribuída de Energia Renovável (FODIS) será criado. A confiança pública proporcionará recursos, conceder empréstimos, subsídios ou bonificações e incentivar a injeção ou bônus para a aquisição de sistemas de geração ou para divulgação, pesquisa e desenvolvimento relacionados às possíveis aplicações deste tipo de tecnologia. (Inversor Energético – Argentina – 12.11.2017)

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5 Argentina: benefícios para projetos de energia renovável são estendidos com mais componente nacional

Os projetos premiados nas rodadas 1 e 1.5 do Programa RenovAr, e que não passaram as datas agendadas de chegada de equipamentos ou classificação comercial, poderão acessar os benefícios fiscais recentemente estabelecidos para a segunda rodada atualmente em curso para promover uma maior participação da indústria nacional. As empresas que detêm esses projetos terão a opção de aderir voluntariamente a essas vantagens até o dia 21, conforme estabelecido na resolução 437 / E do Ministério da Energia e Minas, publicada no Diário Oficial. O objetivo da medida é ampliar a aplicação das disposições da resolução conjunta 1 das carteiras de Energia e Produção, no final de setembro passado, que incentiva o setor de manufatura local e o estabelecimento de novas empresas para abastecer o mercado interno. energias renováveis e exportações, com bens de alto valor agregado e novas fontes de trabalho. Para esse fim, esse padrão ajustou os critérios técnicos aplicáveis para determinar o caráter nacional dos bens e a porcentagem de integração do componente local declarado. (Inversor Energético – Argentina – 12.11.2017)

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6 Espanha: extrema seca passa os custos para a conta de luz

A conta de luz disparou novamente na Espanha. Estima-se que, quando o ano acabar, o custo extra será de 100 euros. O governo atribui a culpa desse aumento à seca, que diminui consideravelmente a produção hidrelétrica. As empresas de eletricidade reclamam que a baixa precipitação custou-lhes milhões de perdas. Mas outros especialistas destacam que, além do clima, os aumentos também respondem às falhas no mercado e ao fornecimento limitado de outras energias renováveis como a energia fotovoltaica. A falta de chuva parece ter consequências mais graves este ano. No momento, ela já motivou o aumento em 12% na conta de eletricidade e a conta de gás entre 3,2% e 4,5% de janeiro a outubro, de acordo com dados do Ministério da Energia, Turismo e Agenda Digital. (El País – Espanha – 13.11.2017)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 CALDAS, Suely. “O futuro da Eletrobrás”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 11 de novembro de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, Izadora Duarte, João Pedro Santos, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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