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IFE: nº 4.442 - 10 de novembro de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Governo lança 'Avançar' Com 58,9 bi para energia
2 Liquidação do mercado de energia tem recorde em aberto
3 MME: possibilidade de propor fim do limite de redução da garantia física de usinas
4 CMSE: suspensão da geração de termelétricas mais caras
5 Aneel: possibilidade de reduzir taxa de remuneração das distribuidoras
6 Aprovada tarifa social de energia elétrica para hospitais públicos e filantrópicos
7 Curso tecnológico de Gestão de Energia e Eficiência Energética é lançado por Governo de SP

Empresas
1 GESEL: venda de empresas Eletrobras é importante para melhorar índices
2 Eletrobras: Modelo de privatização segue em análise
3 Eletrobras: Venda de Tucuruí pode ser antecipada para gerar receita
4 Eletrobras: Empregados e aposentados podem levar 10% das ações de cada empresa
5 Eletrobras: Distribuidoras serão vendidas por R$ 50 mil
6 Eletrobras: Distribuidoras em Alagoas e Piauí são as mais cobiçadas, diz BNDES
7 Eletrobras: R$ 15 milhões são destinados para obra de subestação em Alagoas
8 Eletrobras: Chamada pública do Reluz é lançada

9 Cesp: Eletrobras e reforma setorial ameaçam atrasar privatização da companhia

10 Cesp: Risco hídrico continua sendo um problema

11 Cesp: Ações caem por falta de perspectivas

12 Enel: Lucro líquido cai 5% no acumulado de nove meses

13 Equatorial: Lucro cresce 65,2% no 3º trimestre, para R$ 312 mi

14 Eneva: Lucro registrado é de R$ 56,9 mi no 3º trimestre

15 Neoenergia: Preço por ação é estimado entre R$15,02 e R$18,52 em IPO

16 Cemig: Fitch rebaixa ratings da estatal e os coloca em observação negativa

17 Energisa Paraíba: Aneel mantém multa de R$ 1,4 milhão aplicada à distribuidora

18 Taesa preparada para leilões e aquisições

19 EDP: Projeto estuda inteligência artificial na distribuição

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 ONS: reestruturação para responder aos desafios do setor elétrico
3 CCEE: Consumo de energia no Brasil cresce 3,1% em outubro

4 CCEE: Geração cresceu 2,4% em outubro impulsionado pelas térmicas e eólicas

5 CMSE: Chuvas nas principais bacias do país ainda permanecem abaixo da média

6 15 regiões do DF ficam sem energia por conta de chuvas e greve de funcionários

Energias Renováveis
1 Renovabio pode aumentar em quase 18% geração com biomassa de cana
2 OAB faz proposta ao governo em defesa do WTE

Gás e Termelétricas
1 MSGás: empresa procura manter volume de gás importado da Bolívia
2 Cegás quer descentralizar consumo de gás
3 Operações de GNL da Engie são adquiridas pela Total
4 Potigás aumenta suas vendas de setembro em 14,34%

Grandes Consumidores
1 Oportunidades do complexo carboquímico no Brasil serão debatidas em evento internacional

Economia Brasileira
1 IBGE: INPC muda de rumo e registra aumento de 0,37% em outubro
2 IBGE: Preços estão ‘se alinhando e voltando ao normal’

3 IPCA acelera alta para 0,42% em outubro e avança 2,70% em 12 meses
4 FGV: IGP-M tem deflação de 0,02% na primeira prévia de novembro
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Treze países confirmam a assistência ao Fórum de Gás
2 Tesla instala sistema de energia solar para ajudar a infraestrutura de energia de Porto Rico
3 Espanha: Catalunha e País Basco se enfrentam devido ao desconto elétrico
4 Espanha: fundos estrangeiros reclamam 7.566 milhões de reais para prêmios renováveis


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Governo lança 'Avançar' Com 58,9 bi para energia

Em busca de uma agenda positiva, o governo lançou nesta quinta-feira (9), em evento no Palácio do Planalto, o "Agora, É Avançar", programa que promete investimentos de R$ 130 bilhões para retomar obras paradas e projetos de infraestrutura até o final do próximo ano, quando acontecem as eleições presidenciais. Na prática, muitas das obras abrangidas já estavam listadas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), programa dos governos Lula e Dilma que foi um dos principais alvos do forte contingenciamento de recursos nos últimos anos. Também foram abrigados sob o guarda-chuva do Avançar projetos e iniciativas tocados por diferentes ministérios. O programa será dividido em três frentes: o Avançar, com R$ 42,1 bilhões de recursos do Orçamento para 6.233 obras, o Avançar Cidades, com R$ 29,9 bilhões da Caixa Econômica e do FGTS para 1.109 projetos, e o Avançar Energia, com R$ 58,9 bilhões de estatais de energia para 97 projetos. (Folha de São Paulo – 09.11.2017)

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2 Liquidação do mercado de energia tem recorde em aberto

A liquidação das operações do mercado de curto prazo de eletricidade referente a setembro, concluída nesta quinta-feira, registrou um recorde de 5,5 bilhões de reais em valores em aberto, não pagos pelos agentes devedores, segundo a CCEE, responsável pelo processo. O rombo na operação, que promove pagamentos e recebimentos entre empresas que operam no mercado de eletricidade, vem em meio a uma disputa judicial que se arrasta há cerca de dois anos, em que empresas conseguiram liminares para não precisar pagar débitos relacionados ao risco hidrológico. De acordo com a CCEE, a liquidação das operações do mercado de curto prazo de eletricidade de setembro envolveu um total de cerca de 8,27 bilhões de reais, dos quais apenas 2,7 bilhões foram depositados pelos devedores e pagos aos credores. Do valor não pago, cerca de 4,65 bilhões de reais são resultado da disputa judicial sobre o risco hidrológico no setor elétrico. A disputa sobre o risco hidrológico acontece após anos de chuvas abaixo da média na região das hidrelétricas do Brasil, o que tem impactado o faturamento das empresas que operam usinas hídricas. As elétricas alegam que parte das perdas excede o que poderia ser atribuído apenas ao risco de geração das hidrelétricas e à hidrologia, e o governo pretende oferecer uma compensação parcial a elas por meio da prorrogação de contratos de concessão das usinas. (Reuters – 09.11.2017)

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3 MME: possibilidade de propor fim do limite de redução da garantia física de usinas

O grupo de trabalho que estuda alterações no MRE e soluções para o destravamento do mercado de curto prazo propôs alterações legais que permitam ao MME aplicar a revisão integral das garantias físicas de Itaipu e das hidrelétricas em regime de cotas que estejam com toda a energia no mercado regulado. O MME já elaborou uma solução para as ações judiciais contra o pagamento dos custos do déficit de geração das usinas hidrelétricas com contratos no ambiente livre. Uma proposta será enviada nos próximos dias ao Congresso Nacional na forma de MP, possivelmente, ou de projeto de lei. O MME aceita estender o prazo das outorgas como compensação aos geradores que pagarem suas dívidas e desistirem de qualquer questionamento judicial. (Agência CanalEnergia – 09.11.2017)

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4 CMSE: suspensão da geração de termelétricas mais caras

O CMSE decidiu suspender a geração termelétrica fora da ordem de mérito a partir da semana operativa que começa no próximo sábado, 11 de novembro. A explicação é que houve melhora na quantidade de água dos reservatórios equivalentes das regiões Sudeste/Centro-Oeste, o que elevou a expectativa de armazenamento 4% acima do projetado na reunião anterior do CMSE. O comitê realizou nesta quinta-feira, 9 de novembro, mais uma reunião extraordinária para avaliação das condições de atendimento do Sistema Interligado Nacional. A avaliação do CMSE na reunião da hoje é de que o cenário hidrológico ainda é preocupante. Apesar das chuvas registradas nos últimos dias, as condições de armazenamento dos reservatórios das bacias hidrográficas consideradas estratégicas para o SIN continuam desfavoráveis, com Energias Naturais Afluentes significativamente inferiores às médias históricas. Entre os dias 1º e 7 de novembro, a ENA da bacia do Rio Grande ficou em 43% da Média de Longo Termo, a segunda pior do histórico; do Paranaíba em 56% da MLT, a quarta pior da história; a do São Francisco em 9% da MLT, a pior do histórico; a do Tocantins em 28% da MLT, também a pior do histórico. Juntas, elas têm cerca de 80% da capacidade de armazenamento do sistema. Para as próximas semanas, as previsões meteorológicas também não são muito positivas. Deve chover mais nos próximos sete dias no Sudeste/Centro-Oeste e menos na Região Sul. Para o período de 15 a 30 dias, no entanto, as chuvas devem ficar próximo à média ou levemente abaixo dela na porção central do país. (Agência CanalEnergia – 09.11.2017)

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5 Aneel: possibilidade de reduzir taxa de remuneração das distribuidoras

A Aneel poderá reduzir a taxa de remuneração das empresas do segmento de distribuição de energia elétrica no próximo ciclo de revisão das tarifária, entre janeiro de 2018 e dezembro de 2020. O custo médio ponderado de capital (WACC, na sigla em inglês) nominal, depois de impostos foi revisado para 9,29%, com WACC real calculado em 7,24%, segundo nota técnica elaborada pela superintendência de Regulação Econômica e Estudos de Mercado (SRM). No ciclo anterior, iniciado em 2015, a WACC após impostos foi definida em 8,09%. “Avaliando os parâmetros individualmente, verificamos que a redução observada no WACC calculado não decorreu de um único fator. Em conjunto a taxa livre de risco, risco país, prêmio de risco de mercado e uma maior alavancagem das empresas contribuíram para esse resultado”, diz a nota da SRM. (Agência CanalEnergia – 09.11.2017)

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6 Aprovada tarifa social de energia elétrica para hospitais públicos e filantrópicos

A Comissão de Minas e Energia aprovou, nesta quarta-feira (8), o Projeto de Lei 38/15, do deputado Sergio Vidigal (PDT-ES), que estende a validade da Tarifa Social de Energia Elétrica, que hoje beneficia a população de baixa renda, para hospitais públicos e filantrópicos. A proposta estabelece que a tarifa seja calculada por meio de descontos incidentes sobre a tarifa aplicável pelas distribuidoras, nos termos de regulamento a ser editado pelo Poder Executivo. Para fazerem jus à tarifa social, os hospitais públicos e filantrópicos deverão se inscrever num Cadastro Único para Programas Sociais, a ser criado pelo governo. O parecer do relator, deputado Abel Mesquita Jr. (DEM-RR), foi favorável ao PL 38/15 e aos apensados (PLs 555/15 e 2481/15), com substitutivo. Mesquita Jr. acrescentou dispositivo ao texto prevendo que as concessionárias dos serviços de energia elétrica poderão compensar, trimestralmente, o total dos abatimentos nas faturas de energia elétrica cobradas dos hospitais públicos e filantrópicos do valor total devido pelas empresas para o PIS/Pasep e para a Cofins. Já aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família, o projeto segue para análise conclusiva das comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Agência Câmara – 09.11.2017)

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7 Curso tecnológico de Gestão de Energia e Eficiência Energética é lançado por Governo de SP

A Fatec Campinas será a primeira unidade do Centro Paula Souza (CPS), instituição do Governo do Estado-SP, a oferecer o curso superior tecnológico de Gestão de Energia e Eficiência Energética. Inédita no país, a nova graduação foi desenvolvida através de parceria da instituição com a Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo. O lançamento oficial do curso aconteceu na última terça-feira, 7 de novembro, na sede do CPS, em São Paulo capital. Ao aliar o conhecimento tecnológico de sistemas energéticos com a compreensão do funcionamento do mercado de energia e das metodologias de análise de cenários, o tecnólogo em Gestão de Energia e Eficiência Energética estará apto a trabalhar com as questões econômicas e gerenciais para as tomadas de decisões relativas à geração ou à utilização da energia em empresas ou instituições. Inicialmente, a Fatec Campinas irá oferecer 40 vagas no período da noite neste Vestibular para o primeiro semestre de 2018, que já está com inscrições abertas pela internet. Foi informado também que o curso terá duração de três anos. (Agência CanalEnergia – 09.11.2017)

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Empresas

1 GESEL: venda de empresas Eletrobras é importante para melhorar índices

As distribuidoras da Eletrobras que serão privatizadas estão entre as piores do país em qualidade no fornecimento de energia elétrica. Para analistas, o mau desempenho é provocado por décadas de baixos investimentos e alta ingerência política. De acordo com o ranking de qualidade elaborado pela Aneel, a única delas com resultado acima da média é a Amazonas Energia, que ficou em 9º lugar na lista de 32 distribuidoras com mercado superior a 400 mil unidades consumidoras. As outras três que se enquadram nesta categoria, Cepisa (Piauí), Ceron (Rondônia) e Ceal (Alagoas) ocupam, respectivamente, a 23ª, a 28ª e a 29ª colocações. O ranking considera a frequência de interrupções e a demora para restabelecer o fornecimento de energia durante o ano de 2016. Eletroacre e Boa Vista Energia (Roraima) ocupam a 27ª e a 29ª posição na lista de 30 empresas com menos de 400 mil clientes. A última posição foi dada à Forcel, que opera em Santa Catarina, por que a empresa não apresentou dados certificados. A busca por maior qualidade é um dos argumentos do governo para privatizar as companhias. Para o mercado, é uma chance também de romper décadas de controle por grupos políticos estaduais, que por anos tiveram influência nas indicações de administradores. "A venda destas empresas [do grupo Eletrobras] é importante para garantir a entrada de investidores que tenham capacidade e conhecimento para melhorar esses índices", avalia o professor Nivalde de Castro, do GESEL-UFRJ. (Folha de São Paulo – 10.11.2017)

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2 Eletrobras: Modelo de privatização segue em análise

Em fato relevante, a Eletrobras informou que "está avaliando a modelagem de privatização prevista na resolução, de acordo com suas condições financeiras e orçamentárias, e que a operação depende de aprovação pelos órgãos de controle e pela Eletrobras". A resolução prevê ainda que a Eletrobras assuma os direitos e obrigações de responsabilidade das distribuidoras referentes à Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e à CDE que venham a ser posteriormente reconhecidos pela Aneel, ou pelas próprias distribuidoras, cujo fato gerador seja anterior à venda dos ativos. Na prática, o imbróglio bilionário não resolvido entre a Eletrobras e a Aneel sobre as despesas de CDE da Amazonas Distribuidora será de responsabilidade da holding. "Na data de corte dos estudos [da modelagem], esse tema da CCC e CDE não estava tão controverso. Pelo volume que tem em controvérsia, os consultores entenderam ser melhor isolar esse risco, que ia ter um valor muito grande, daí decorreu essa sugestão no relatório da modelagem e que foi incorporada na resolução do CPPI" disse Lidiane Gonçalves, chefe de departamento da área de desestatização do BNDES. A resolução do PPI prevê ainda que seja concluída até março a desverticalização da Amazonas Distribuidora, transferindo os ativos de geração e transmissão para a Eletrobras. A ex-diretora de privatizações do BNDES e ex-presidente do conselho de administração da Eletrobras Elena Landau criticou o atraso na publicação da modelagem. "O BNDES demorou muito para chegar a uma modelagem que era óbvia desde a partida, dada a situação financeira das empresas. A atratividade para investidores vem de um contrato de concessão que permite ganhos nos primeiros anos. A venda das distribuidoras é urgente. Sem ela, a operação de aumento de capital da Eletrobras não funciona", afirmou. Para o banco UBS, a Equatorial Energia é a empresa mais bem posicionada para ficar com as distribuidoras da Eletrobras, devido ao seu "histórico excelente" na recuperação de concessionárias ineficientes. Em relatório, os analistas Marcelo Sá e Fernando Zorzi lembraram ainda que Energisa e Enel já declararam ter interesse. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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3 Eletrobras: Venda de Tucuruí pode ser antecipada para gerar receita

Uma das ideias levantadas por técnicos do governo como alternativa para ampliar a arrecadação de 2018 caso haja frustração em torno do processo de privatização da Eletrobras é a antecipação do leilão da usina de Tucuruí. A medida, no entanto, é alvo de controvérsias na área econômica, vista com restrição principalmente no Ministério da Fazenda, já que seria uma antecipação de receita futura. A concessão de Tucuruí vence em 2024. A equipe econômica por ora considera que o melhor modelo foi o da Cemig, no qual a concessão venceu e as usinas delas foram a leilão, gerando receitas para este ano. No caso de Tucuruí, que é operada pela Eletronorte, uma empresa do grupo Eletrobras, a ideia que surgiu seria tentar renovar já em 2018 a concessão por mais 30 anos, direito pelo qual se pagaria uma outorga ao governo, cujo valor ainda não está claro. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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4 Eletrobras: Empregados e aposentados podem levar 10% das ações de cada empresa

Empregados e aposentados de cada distribuidora controlada atualmente pela Eletrobras poderão ficar com 10% das seis companhias que serão vendidas em 2018. O direito foi assegurado por uma resolução do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), publicada no "Diário Oficial" de ontem, e busca amortecer as críticas de sindicatos contra o processo de privatização. Segundo a resolução, detalhes sobre o direito de compra das ações vão constar do edital de venda das distribuidoras. No entanto, ela já garante aos empregados e aposentados um desconto de 10% sobre o preço mínimo de cada ação. As ações não adquiridas deverão ser obrigatoriamente compradas pelo novo controlador de cada distribuidora. Um artigo do texto assegura aos futuros minoritários a opção de revenda das ações após três anos. Isso garante uma blindagem contra eventual desvalorização dos papéis. Pelo contrário: a revenda ocorreria pelo valor desembolsado inicialmente, acrescido de 10% de remuneração. A ideia do governo é privatizar seis distribuidoras no primeiro quadrimestre de 2018: Amazonas Distribuidora, Eletroacre, Ceron (RO), Ceal (AL), Cepisa (PI) e Boa Vista (RR). Além do direito de compra de 10% das empresas, os empregados e aposentados também ganham preferência para subscrever o aumento de capital previsto na transferência do controle acionário, que deverá ocorrer logo após o leilão e chegaria a R$ 2,4 bilhões, diz a resolução. Sindicatos de trabalhadores da Eletrobras e centrais sindicais têm engrossado o movimento contra as privatizações das distribuidoras e a desestatização da holding, cujo modelo está em reta final de desenho no governo. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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5 Eletrobras: Distribuidoras serão vendidas por R$ 50 mil

O governo publicou ontem a modelagem de privatização das seis distribuidoras da Eletrobras localizadas no Norte e Nordeste. De acordo com resolução do Conselho do Programa de Participações de Investimentos (CPPI), as empresas serão vendidas pelo valor simbólico de R$ 50 mil cada, porém com compromisso de aportes imediatos pelos compradores de R$ 2,4 bi. Além disso, débitos em aberto dessas empresas na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) serão assumidos pela holding. O BNDES deverá abrir nos próximos dias os "data rooms" das distribuidoras. A expectativa do banco é que o edital do leilão seja lançado entre fevereiro e março de 2018 e o certame seja realizado entre o fim de março e início de abril. A ideia é realizar um único leilão, porém, oferecendo as empresas separadamente. Não há limite sobre quantas distribuidoras podem ser adquiridas por cada proponente. De acordo com a modelagem, os vencedores serão aqueles que apresentarem o maior deságio em relação ao adicional tarifário transitório, concedido pela Aneel nos reajustes aplicados entre agosto e novembro deste ano. Os aportes imediatos de R$ 2,4 bi equivalem a cerca de 30% do total de investimentos previstos nos cinco primeiros anos de operação, no valor de R$ 7,8 bilhões. De acordo com o BNDES, as seis distribuidoras foram avaliadas pelo valor global de R$ 10,2 bi, considerando o novo contrato de concessão de 30 anos. As empresas, porém, possuem dívidas líquidas totalizando R$ 20,8 bi. Do valor total da dívida, R$ 11,2 bi serão assumidos pela Eletrobras, que "deverá previamente à efetivação da transferência do controle acionário, realizar ajustes nas distribuidoras mediante a conversão de dívida em capital social ou assunção de dívidas das distribuidoras junto à Eletrobras e/ou terceiros", segundo a norma do CPPI. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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6 Eletrobras: Distribuidoras em Alagoas e Piauí são as mais cobiçadas, diz BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que assessora o processo de privatização de seis distribuidoras de energia da Eletrobras (ELET3.SA) que devem ser vendidas em 2018, avalia que as empresas que atendem Alagoas e Piauí são as mais cobiçadas por potenciais investidores, disse nesta quinta-feira o superintendente de Desestatização do banco, Rodolfo Torres. Ele afirmou ainda que o BNDES tem uma grande expectativa para a licitação dessas elétricas, que deverá ser um sucesso. Grupos e fundos financeiros, além de empresas do setor elétrico, estão entre os possíveis participantes da disputa, disse Torres. (Reuters – 09.11.2017)

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7 Eletrobras: R$ 15 milhões são destinados para obra de subestação em Alagoas

A Eletrobras Distribuição Alagoas informou na quarta-feira, 8 de novembro, sobre o começo das obras de construção da nova subestação no município de Girau do Ponciano. Com capacidade de 12,5 MVA, o investimento de mais de R$ 15 milhões trará mais confiabilidade e segurança no fornecimento de energia de Girau e dos municípios de Lagoa da Canoa, Feira Grande, Traipu, Campo Grande e Arapiraca. A iniciativa inclui a ampliação de uma das subestações de Arapiraca e a construção de 21 km de uma nova linha de distribuição de alta tensão até Girau do Ponciano. A companhia irá construir também quatro redes de alimentação em média tensão derivadas da nova subestação para atender os municípios circunvizinhos. Serão 29 km do novo empreendimento que irão reforçar o fornecimento de energia das localidades. “A obra trará uma sensível melhoria nos níveis de tensão e o aumento da capacidade de fornecimento, confiabilidade e segurança do sistema elétrico da região”, declarou Hugo Tabosa, assistente da diretoria de Operação e Expansão. O número de clientes nas cidades beneficiadas direta ou indiretamente ultrapassa 100 mil. Com previsão de conclusão no primeiro semestre de 2018, as obras mobilizarão mais de 100 colaboradores da distribuidora que trabalharão paralelamente nos empreendimentos. (Agência CanalEnergia – 09.11.2017)

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8 Eletrobras: Chamada pública do Reluz é lançada

A Eletrobras vai destinar R$ 17,5 milhões para a Chamada Pública Procel Reluz 01/2017. O objetivo da chamada é promover a implementação de projetos de iluminação pública com tecnologia LED e desenvolver a capacidade das administrações municipais de modelar e operacionalizar, seja individualmente ou através de parcerias, a gestão do seu parque de iluminação pública. Segundo a companhia, os recursos só podem ser destinados a projetos que promovam a melhoria de sistemas de iluminação pública existentes, limitados a vias e praças públicas. Os proponentes terão o apoio de um tutorial online para auxiliar na elaboração da proposta e no entendimento do edital. O tutorial contempla diversas videoaulas e fóruns de interação. Para mais informações sobre o edital, veja aqui. (Brasil Energia – 09.11.2017)

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9 Cesp: Eletrobras e reforma setorial ameaçam atrasar privatização da companhia

O processo de privatização da Cesp deve atrasar, disseram especialistas à Reuters. O governo paulista chegou a agendar para 26 de setembro o leilão de suas ações na elétrica, mas o processo foi suspenso dias antes em meio a uma falta de interessados, que levou as autoridades estaduais a buscarem um acordo com o governo federal para aumentar a atratividade da companhia. Na época da suspensão da licitação, uma fonte próxima ao processo disse que ela seria reagendada “em semanas”, conforme o governo federal avançasse na reforma da regulamentação do setor. Mas agora o governo vai discutir tanto a desestatização da Eletrobras quanto as mudanças na regulamentação setorial em projetos de lei, e não mais por medidas provisórias (MPs), que entram em vigor imediatamente após a publicação, o que deve significar um processo mais lento. O governo paulista tenta convencer a União a permitir que o comprador da Cesp renove no futuro as concessões das hidrelétricas da empresa, que vencem entre 2020 e 2028. A dúvida é se será possível um acerto em um momento em que a cúpula do setor elétrico concentra esforços para acelerar a desestatização da Eletrobras e a reforma. “Vamos dizer que, pela via rápida (MP), você tinha uma esperança de ter essas soluções num prazo relativamente curto. Agora tudo indica que vai ter muita discussão... fica uma incerteza”, disse à Reuters o diretor da consultoria Andrade & Canellas, Silvio Areco. Em relatório nesta semana, Credit Suisse avaliou que a possibilidade de um acordo entre União e Cesp não deve ser levada em conta neste momento. (Reuters – 09.11.2017)

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10 Cesp: Risco hídrico continua sendo um problema

Fora a indefinição sobre a extensão das concessões, a Cesp ainda pode sofrer para achar um comprador devido à sua exposição ao impacto de chuvas abaixo da média na região das hidrelétricas brasileiras, que têm prejudicado o faturamento de empresas do setor nos últimos anos, segundo analistas. As elétricas discutem há meses com o governo o elevado impacto do problema de chuvas sobre seus balanços, o que inclusive alimentou uma guerra judicial entre empresas do setor pelas perdas, que elas dizem que não podem ser atribuídas apenas ao risco hídrico. Em meio à disputa, o governo decidiu nesta semana dar urgência a uma proposta de solução para o impasse, e uma medida provisória com uma proposta de acordo para solucionar o embate sobre o risco hidrológico foi encaminhada à Casa Civil, mas ainda não está claro se será possível resolver o problema ou quanto tempo isso pode demorar. O relatório do Credit Suisse nesta semana aponta que a Cesp tem hoje as “piores perspectivas de curto prazo” entre os principais geradores do país --os analistas apostam em geração de caixa negativa da companhia no segundo semestre deste ano e “grande pressão sobre os resultados nos próximos trimestres”. O pior é que não há perspectiva de recuperação da geração das hidrelétricas tão cedo, uma vez que a previsão é de chuvas novamente abaixo da média no período úmido deste ano. “Para qualquer geradora, esse é um ponto de atenção. Se não resolvido, é com certeza um item que entra na conta. Esse assunto não resolvido é um risco adicional... praticamente inviabiliza alguns projetos de geração”, avaliou o especialista em energia do Demarest Advogados, Pedro Henrique Dante. Para o pesquisador da FGV Energia, Paulo Cunha, as incertezas podem até mesmo diminuir o interesse do governo paulista em levar adiante a privatização neste momento, para aguardar definições. “Se há incerteza, afeta o valor da empresa... teoricamente, haveria uma valorização da Cesp com as reformas que estão sendo estudadas... se vender agora, pode estar abrindo mão de uma renda que pode ser importante”, afirmou. (Reuters – 09.11.2017)

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11 Cesp: Ações caem por falta de perspectivas

Diante da falta de novidades sobre a retomada do leilão da Cesp, as ações da empresa têm sido fortemente penalizadas. Os papéis preferenciais da companhia acumulam queda de quase 20 por cento desde a suspensão da licitação, em meados de setembro, e são negociados hoje a cerca de 12,40 reais. O governo paulista havia fixado um preço de 16,80 reais por ação para o leilão. O Credit Suisse reduziu nesta semana o preço-alvo para a ação num período de 12 meses para 16 reais, de 20 para 16 reais. O especialista em energia do escritório Veirano Advogados, Tiago Figueiró, disse que a tentativa de licitação em setembro atraiu pouco interesse e que o governo paulista pode ter que reduzir o preço da Cesp se não houver solução para o risco hidrológico ou avanço nas negociações com a União por mais tempo de concessão para as usinas da empresa. “Tem que ter algo novo em relação ao que tornou o último leilão não exitoso... faz tempo que estão tentando vender a Cesp e não conseguem”, apontou. O governo paulista chegou a agendar um leilão da estatal em 2008, mas na época não houve depósito de garantias por interessados. Em 2011, houve nova análise, mas as autoridades decidiram não seguir adiante devido à incerteza sobre o futuro de hidrelétricas da empresa cujos contratos venceriam nos anos seguintes. (Reuters – 09.11.2017)

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12 Enel: Lucro líquido cai 5% no acumulado de nove meses

O grupo italiano de energia Enel informou, nesta quinta-feira (9), que registrou um lucro líquido atribuível aos seus acionistas de 2,6 bilhões de euros (US$ 3 bilhões) no acumulado do ano até setembro, queda de 5% em relação aos 2,7 bilhões de euros registrados no mesmo período do ano passado. O Ebitda recuou 4,6%, para 11,4 bilhões de euros. O resultado, segundo a companhia, foi prejudicado pelas secas na Espanha e em Portugal, que prejudicaram a produção de energia. A situação ofuscou o bom desempenho da empresa na Itália. A receita total subiu 5,3% no acumulado de nove meses, para 54,2 bilhões de euros. O valor foi beneficiado pela venda de eletricidade ao consumidor final e comercialização. Brasil Entre os fatores que impediram um avanço mais expressivo estão os efeitos da compra da Celg Distribuição (Celg-D), de Goiás, em novembro do ano passado, por 963 milhões de euros. Ainda a respeito do Brasil, a Enel informou que o crescimento da eletricidade distribuída por suas subsidiárias fora da Itália em 11,1 terawatt-hora (TWh), para 163,7 TWh, foi influenciada pela aquisição da Celg-D, que contribuiu com 9 TWh. “Para o restante de 2017, vamos continuar acelerando os investimentos em digitalização, em linha com o que nós já fizemos, com a instalação de mais de 1 milhão de relógios digitais de nova geração na Itália e o fim da instalação de relógios digitais na Espanha”, afirmou o diretor presidente da Enel, Francesco Starace. Ele disse também que pretende continuar expandindo a área de energia renovável, especialmente no México. (Valor Econômico – 09.11.2017)

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13 Equatorial: Lucro cresce 65,2% no 3º trimestre, para R$ 312 mi

A Equatorial Energia registrou lucro líquido de R$ 311,6 milhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 65,2% em relação ao ganho de R$ 189 milhões contabilizado no mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida da companhia cresceu 20,8% na mesma base de comparação, para R$ 2,4 bilhão. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) passou de R$ 421 milhões para R$ 590 milhões, alta de 40,1% entre os intervalos. O resultado operacional (Ebit) aumentou 50,6% em um ano, totalizando R$ 475 milhões. O resultado financeiro líquido entre julho e setembro ficou negativo em R$ 21 milhões, montante 46,3% menor que os R$ 39 milhões também negativos registrados no terceiro trimestre de 2016. (Valor Econômico – 09.11.2017)

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14 Eneva: Lucro registrado é de R$ 56,9 mi no 3º trimestre

A elétrica Eneva registrou lucro líquido de 56,9 milhões de reais no terceiro trimestre, ante prejuízo de 16,7 milhões de reais no mesmo período de 2016, informou a empresa nesta quinta-feira. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de 371,3 milhões de reais entre julho e setembro deste ano, alta de 16 por cento em comparação aos mesmos meses do ano passado. (Reuters – 09.11.2017)

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15 Neoenergia: Preço por ação é estimado entre R$15,02 e R$18,52 em IPO

A elétrica Neoenergia estima que sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) terá preço de entre 15,02 reais e 18,52 reais por ação, com previsão de início da oferta em 15 de dezembro, segundo documentos da companhia na noite de quarta-feira. A Neoenergia disse que a oferta envolverá 170,3 milhões de ações, das quais 68,9 milhões em distribuição primária. A Neoenergia indicou que, se o preço por ação ficar abaixo do ponto médio da faixa indicativa e não for suficiente para a companhia levantar ao menos 1,1 bilhão de reais com a oferta primária, a elétrica poderá ofertar um número de ações adicional para checar ao valor mínimo esperado, segundo o comunicado. Na oferta, haverá ainda a venda de ações por atuais acionistas da companhia --93,45 milhões de papéis detidos pelo Banco do Brasil Banco de Investimento (BB-BI) e quase 8 milhões da Previ. A oferta será realizada no Brasil com esforços de colocação no exterior. O BB-BI será o coordenador-líder da oferta, enquanto Credit Suisse, Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch, Bradesco BBI, Citi, Itaú BBA, Safra e Santanter também atuarão como coordenadores. (Reuters - 09.11.2017)

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16 Cemig: Fitch rebaixa ratings da estatal e os coloca em observação negativa

A Fitch rebaixou para ‘B-‘, de ‘B+’, o risco de inadimplência do emissor (IDRs, na sigla em inglês) de longo prazo em moedas estrangeira e local da Cemig e de suas subsidiárias, assim como o rating da proposta de emissão de eurobônus da Cemig GT, no montante de US$ 1 bi e com vencimento em 2024, para ‘B’, de ‘BB-‘. Ao mesmo tempo, a agência retirou o rating desta proposta, tendo em vista que, após mais de noventa dias da atribuição do rating, a emissão ainda não foi concluída. A Fitch também rebaixou o rating nacional de longo prazo da Cemig e de suas debêntures seniores sem garantias reais para ‘BB-(bra)’, de ‘BBB(bra)’. A perspectiva negativa foi removida, e os ratings foram colocados em observação negativa. Segundo nota divulgada pela agência na última quarta-feira, 9 de novembro, “o rebaixamento reflete a deterioração do perfil de crédito do grupo Cemig”. A Fitch acredita que a flexibilidade financeira do grupo se enfraqueceu significativamente e que a alavancagem líquida ajustada ficará na faixa de 5,0 vezes a 5,5 vezes nos próximos dois anos — índice elevado para o rating anterior. Os atrasos em concluir a estratégia de alienação de ativos, juntamente com as elevadas taxas de juros sobre sua dívida, vêm impactando negativamente a capacidade de o grupo melhorar seus indicadores financeiros, inclusive os de liquidez. Ainda de acordo com a Fitch, os ratings foram colocados em observação negativa para refletir os desafios mais acentuados que o grupo Cemig enfrenta, sobretudo no que diz respeito às amortizações futuras, mesmo considerando a provável conclusão das renegociações de dívidas com seus principais credores, de R$ 4 bi, e a venda das ações da Transmissora Aliança de Energia Elétrica para honrar parte do R$ 1,7 bi da opção de venda relativa às ações da Light. (Agência CanalEnergia – 09.11.2017)

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17 Energisa Paraíba: Aneel mantém multa de R$ 1,4 milhão aplicada à distribuidora

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou pedido de recurso da Energisa Paraíba e manteve a multa de R$ 1,4 milhão aplicada contra a empresa, de acordo com despacho n° 3.665/Aneel publicado na última quarta-feira, 8 de novembro, no Diário Oficial da União. A distribuidora foi penalizada com advertência e multa por apresentar informações inconsistentes durante o terceiro ciclo de revisões tarifárias, realizado entre 2011 e 2014. Durante o processo, a área de fiscalização econômica e financeira da Aneel identificou 15 inconformidades. Entre elas, destaca-se a contabilização de despesas como investimento. (Agência CanalEnergia – 09.11.2017)

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18 Taesa preparada para leilões e aquisições

A transmissora Taesa não perdeu o apetite para a expansão. A empresa da Cemig que também tem a colombiana ISA entre os sócios pretende participar do próximo leilão de Linhas de Transmissão que será realizado no próximo dia 15 de dezembro e que envolverá investimentos de R$ 8,7 bilhões. A Taesa também avalia os desinvestimentos de LTs da Eletrobras e da Abengoa. De acordo com o CEO da empresa, Marco Antônio Resende Faria, equipes estudam quais os lotes mais interessantes para disputa. O diretor de relações com investidores da Taesa, Marcos Aucélio, conta que a transmissora quer ativos que agreguem valor. Segundo eles, os engenheiros da empresa estão percorrendo todas as áreas dos lotes para identificar as suas potencialidades e avaliar em quais ela pode disputar sozinha ou com parceiros. Ainda, segundo ele, a empresa passa por um momento financeiro que a possibilita fazer essa expansão no curto prazo. “hoje temos espaço para fazermos aquisições”, avisa. (Agência CanalEnergia – 09.11.2017)

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19 EDP: Projeto estuda inteligência artificial na distribuição

A EDP Brasil deu início a um projeto de P&D para sistemas de inteligência artificial aplicados à área de distribuição de energia. Com investimento de R$ 8,3 milhões ao longo de 18 meses, o projeto irá estudar os impactos da automação de processos com robôs de última geração. O estudo permitirá a utilização desses robôs, que são capazes de automatizar processos manuais e repetitivos, liberando as pessoas para atividades mais analíticas e criativas. Na sequência, será realizado o mesmo estudo usando robôs de terceira geração, com inteligência artificial, capazes de aprender a identificar “padrões” e tomar decisões. Será estruturado um observatório de tecnologias disruptivas que analisará, entre outros temas relevantes, os impactos na formação e gestão da força de trabalho. A partir desse estudo, será possível identificar, medir e mitigar os aspectos socioeconômicos e culturais, ajudando a definir um novo perfil para os colaboradores e corpos diretivos das empresas diante das mudanças trazidas pela aplicação de novas tecnologias avançadas. A EDP criou neste ano o Centro de Excelência em Robotização, com uma equipe certificada e dedicada a automatizar e gerenciar a força de trabalho digital. A companhia já disponibilizou 15 robôs que entraram em operação ao longo do ano, sendo o primeiro em janeiro, e está atualmente trabalhando na implementação de mais 23 robôs, o equivalente a 36 mil horas robotizadas por ano. A meta é atingir mais de 100 robôs até ao final de 2018. Dentre os possíveis processos robotizáveis inclusos no projeto de P&D, estão o saneamento de inconsistências nos cadastros técnicos e comerciais das distribuidoras, o apoio no processo de operação das redes de distribuição, o direcionamento de ações de recuperação de receitas nas distribuidoras, a gestão de ativos, incluindo atividades de O&M e o atendimento a consumidores e aspectos regulatórios. (Brasil Energia – 09.11.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Norte mantiveram os mesmos níveis em relação ao dia anterior e se encontram com 19,2% da capacidade, segundo dados do ONS relativos a última quarta-feira, 8 de novembro. A energia armazenada chegou a 1.632 MW mês e a ENA ficou em 43% da MLT. A hidrelétrica Tucuruí se encontra com 28,82% da capacidade. No submercado Sudeste/Centro-Oeste os níveis também permaneceram os mesmos e os reservatórios operam com 18% da capacidade. A energia armazenada está em 36.612 MW mês e a energia afluente em 105% da MLT. A usina de Furnas trabalha com 9,83% da capacidade e São Simão, com 14,57%. No Nordeste do país os reservatórios sofreram alteração negativa de 0,1% nos níveis e se encontram com 5,2% da capacidade. A energia armazenada ficou em 2.718 MW mês no dia e a energia afluente está em 8% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Sobradinho apresenta 2,32% da sua capacidade. Na região Sul os níveis tiveram elevação de 0,3%, deixando os reservatórios com 56,3% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 11.313 MW mês e a energia afluente está em 152% da MLT. A usina de G.B Munhoz opera com 57,27% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 09.11.2017)

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2 ONS: reestruturação para responder aos desafios do setor elétrico

O ONS está promovendo uma importante mudança no seu modelo organizacional. O objetivo é adequar a estrutura do órgão para melhor responder aos desafios tecnológicos e institucionais criados pela constante evolução do setor elétrico no Brasil e no mundo. A mudança também busca superar limitações do modelo atual e promover aumento na eficiência organizacional e operacional. Esta é a primeira vez que o ONS passa por uma reestruturação profunda desde sua criação em agosto de 1998. A nova estrutura organizacional promove alterações importantes na distribuição de responsabilidades entre os diretores do ONS. Segundo o ONS, a mudança é resultado de um longo processo de reflexão interna e de discussão com seus principais stakeholders, através de entrevistas individuais e de apresentações ao Conselho de Administração. O processo contou com o apoio de uma consultoria internacional especializada e foi orientado por um diagnóstico interno, por um benchmarking em organizações semelhantes em escala mundial, por políticas governamentais e pelas diretrizes do Conselho de Administração e da Diretoria do Operador. A mudança em curso não terá impacto sobre os serviços prestados ou sobre a forma e os canais pelos quais os agentes interagem com o operador. Eventuais alterações em relação a contatos ou processos específicos serão informadas pelas áreas a todos os envolvidos. (Agência CanalEnergia – 09.11.2017)

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3 CCEE: Consumo de energia no Brasil cresce 3,1% em outubro

Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de outubro indicam aumento de 3,1% no consumo e de 2,4% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da CCEE. Em outubro, o consumo de energia no SIN somou 61.909 MW médios, aumento de 3,1% na comparação com o consumo ao longo de outubro do ano passado. No ACL, o boletim aponta elevação de 12,4% no consumo, índice que já leva em conta as novas cargas de consumidores vindas do ACR. Sem a presença dessas cargas na análise, o ACL teria aumento de 1,3% no consumo. O consumo no ACR ficou praticamente estável, registrando queda de apenas 0,3%, índice que reflete a migração de consumidores para o ACL. Haveria alta de 4% no consumo, caso a migração fosse desconsiderado na análise. Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+9,2%), têxtil (+4,7%) e de saneamento (+4,4%) registraram incremento no consumo, mesmo quando a migração é desconsiderada. Nesse mesmo cenário, os maiores índices de retração pertencem aos segmentos de bebidas (-4,1%), químico (-3,5%), e de extração de minerais metálicos (-2,4%). A análise indica ainda que, em outubro, a geração de energia no Sistema totalizou 63.620 MW médios, montante 2,4% superior à produção em 2016. (CCEE – 09.11.2017)

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4 CCEE: Geração cresceu 2,4% em outubro impulsionado pelas térmicas e eólicas

Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de outubro indicam aumento de 3,1% no consumo e de 2,4% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da CCEE. A análise indica ainda que, em outubro, a geração de energia no Sistema totalizou 63.620 MW médios, montante 2,4% superior à produção em 2016. O crescimento é impulsionado pelo incremento de 25,8% na geração das usinas térmicas e de 32% das eólicas. A geração hidráulica, que inclui grandes e Pequenas Centrais Hidrelétricas, foi 9,2% inferior à produção de energia no mesmo período do ano passado. Além disso, foi identificado intercâmbio internacional de 184,1 MW médios para este período. O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do MRE gerem, em outubro, o equivalente a 62,5% de suas garantias físicas, ou 37.727 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 68,6%. (CCEE – 09.11.2017)

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5 CMSE: Chuvas nas principais bacias do país ainda permanecem abaixo da média

O CMSE se reuniu ontem para analisar as condições de suprimento de energia no território nacional. O comitê concluiu que o país ainda deve enfrentar problemas com escassez de chuvas. Em nota, o CMSE diz que permanecem as "anomalias negativas" de precipitação nas bacias com os maiores reservatórios do SIN. De acordo com o comunicado do comitê, destacam-se nessa análise os casos de Grande, Paranaíba, Tocantins e São Francisco. Por outro lado, afirma comitê, foram observados totais mais significativos nas bacias dos rios Paranapanema, Tietê e nas bacias da região Sul. Segundo o texto divulgado pelo CMSE, o ONS informou que a tendência dos modelos meteorológicos para os próximos sete dias é de "anomalias positivas" - chuva acima da média - na região central do Brasil e negativas na região Sul. Para a segunda semana, a indicação é de redução dos volumes pluviométricos na área central do Brasil, que poderão ficar abaixo da média histórica. Para o horizonte entre 15 e 30 dias, as previsões disponíveis indicam a continuidade das precipitações na região central do Brasil "com volumes próximos ou levemente inferiores à média histórica". A respeito das condições de atendimento do SIN, foi destacado pelo ONS que, apesar da aparente melhoria das condições meteorológicas, as bacias dos rios Grande, Paranaíba, São Francisco e Tocantins permanecem com ENAs significativamente inferiores às médias. Por outro lado, houve melhoria na ENA do subsistema Sudeste/ CentroOeste, que elevou a expectativa de armazenamento. "Assim, o CMSE decidiu não despachar geração termelétrica fora da ordem de mérito a partir da próxima semana operativa, que se inicia à zero hora do dia 11 de novembro de 2017", afirma o texto. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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6 15 regiões do DF ficam sem energia por conta de chuvas e greve de funcionários

Moradores de pelo menos 15 regiões do Distrito Federal sofrem com a falta de energia elétrica após as fortes chuvas que caíram na madrugada dessa quarta-feira, 8. Em seu último balanço oficial, às 8h desta quinta-feira, 9, a Companhia Energética de Brasília (CEB) confirmou que havia 2.588 serviços pendentes. Nas redes sociais algumas pessoas relatam estar há mais de 30 horas sem luz. A situação ainda foi agravada por conta da greve dos funcionários da empresa, iniciada na última segunda-feira. Apenas 18 das 45 equipes estão trabalhando para atender os chamados. "Devido a greve dos empregados, não há prazo para atendimento das demandas. Lamentamos a situação. Continuamos negociando com os empregados para que os serviços retornem à normalidade, disse a CEB em nota. Por não se tratar da falta de energia em uma região inteira, e sim de problemas pontuais, a Companhia Energética de Brasília não soube informar precisamente quantas pessoas foram afetadas no total.O sindicato da categoria não aceitou a proposta de aumento no último dia 6, que prevê reposição da inflação de 2016 e 2017, e decidiu iniciar a paralisação. "A CEB ofereceu aos seus empregados recomposição salarial de 100% das perdas inflacionárias do período além da manutenção de todas as cláusulas atuais do Acordo Coletivo de Trabalho, inclusive os benefícios sociais históricos da categoria como auxilio creche, auxílio babá, vale alimentação. No entanto, a proposta vem sendo rejeitada pela categoria, que pede reajuste de R$ 1.200,00 para todos os empregados o que, em média, representa 8 vezes mais que a inflação do período", informou a empresa. (O Estado de São Paulo – 09.11.2017)

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Energias Renováveis

1 Renovabio pode aumentar em quase 18% geração com biomassa de cana

Caso seja implantado na forma como está planejado hoje, o programa Renovabio não só vai alavancar a produção de combustíveis renováveis no Brasil, com destaque para o etanol, como também irá contribuir significativamente para a expansão da cogeração com biomassa de cana. Pelo menos é o que aponta estimativa da Associação da Indústria da Cogeração de Energia, divulgada esta semana. Ainda subaproveitada, devido às regras do setor que desestimulam investimentos maiores na expansão da oferta ao sistema, a produção de energia em usinas de cana vem, ao longo dos últimos anos, possibilitando preservar o armazenamento nas hidrelétricas. Isso tem evitado um uso mais intensivo de termoelétricas movidas a combustíveis fósseis, altamente poluentes, e mais demandadas em épocas de estiagem prolongada como agora. Em 2016, para se ter uma ideia, a bioeletricidade permitiu manter 15% a mais de água nos reservatórios das hidrelétricas da região Sudeste/Centro-Oeste, lembra Leonardo Caio Filho, diretor de Tecnologia e Regulação da Cogen. Das 378 usinas de cana em operação no Brasil, explica o especialista, somente 166 tem condições de injetar excedentes de energia no SIN. A capacidade instalada atual desse parque exportador estaria em 13 mil MW – pouco mais que uma usina do porte de Belo Monte (PA-11.233 MW) -, conforme dados da mais recente versão do Plano Decenal de Energia, o PDE 2026. A projeção apresentada no cenário de referência do estudo, realizado pela EPE, é de mais 3,9 mil MW, elevando a potencial do parque para 16,9 mil MW. Aí é que se encaixa o raciocínio da Cogen em relação às expectativas promissoras do Renovabio, explica Leonardo Caio. Porque para chegar a 2030 com uma capacidade de oferta de etanol da ordem de 52 bilhões de litros, o dobro da produção atual, será necessário o plantio de mais 220 milhões de toneladas de cana por safra que, se forem devidamente aproveitados para a geração de bioeletricidade, podem acrescentar mais 4 mil MW, perfazendo, portanto, um potencial de 19,9 mil MW daqui a 13 anos. (Brasil Energia – 09.11.2017)

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2 OAB faz proposta ao governo em defesa do WTE

A OAB, seccional de Brasília, preparou uma proposta de política pública para destinação adequada de resíduos sólidos urbanos que coloca como principal solução a ser adotada a tecnologia de WTE (wastetoenergy), ou seja, a combustão do lixo para geração de energia. O documento, que será entregue ao governo federal e foi apresentado em seminário nesta semana em Brasília, propõe que seja elaborada e implementada política específica para a seleção, adoção e implementação de usinas de recuperação energéticas e químicas dos resíduos sólidos urbanos, com a adoção de implementação de projeto de referência no Distrito Federal em cooperação com a União e parceria com empresas e organizações da sociedade civil. Depois de detalhar vantagens do WTE e contextualizar a tecnologia no mundo, apontando que há 800 usinas de WTE em operação em mais de 40 países, a proposta da OAB é bem direta: pede que seja incluída na política nacional de resíduos sólidos (PNRS), em vigor desde 2010, a obrigação do “ente público destinar preferencialmente os resíduos à recuperação energética e química antes do descarte em aterros sanitários, sob pena de suspensão de recursos federais ao ente público que descumprir, impedir ou obstruir de qualquer forma a instalação dessas usinas”. Ponto importante da proposta é a necessidade de incentivos fiscais para as usinas de WTE. O documento pede a desoneração de ICMS, PIS/PASEP e Cofins e de encargos do setor elétrico (como TUSD e TUST) como forma de viabilizar o WTE para os grandes centros urbanos. (Brasil Energia – 09.11.2017)

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Gás e Termelétricas

1 MSGás: empresa procura manter volume de gás importado da Bolívia

A MSGás defende que a renovação do contrato de importação de gás natural da Bolívia seja mantido no mesmo volume de 30 milhões de m³/dia. Isso porque o estado do Mato Grosso do Sul é quem recebe ICMS sobre o insumo boliviano que entra por lá no território brasileiro. A flutuação da retirada por parte da Petrobras ao longo do ano já tem causado prejuízos aos cofres estaduais que tem lidado com diminuição na arrecadação deste imposto. O atual acordo de importação termina em 2019, sendo que há um volume que ainda pode ser retirado até 2021 e que já foi pago, o chamado make-up. Ao longo deste ano, o envio tem passado por grande flutuação. Quanto menos gás entra, menos ICMS o estado arrecada. Neste ano, o governo de Campo Grande deve deixar de receber cerca de R$ 700 milhões com a redução do envio do gás boliviano. Porém, caso a renovação se dê realmente em bases menores que as atuais – a EPE calcula que seja em 20 milhões de m³/dia – o estado vê uma saída na movimentação de comercializadores que passariam a importar da Bolívia paralelamente à compra da Petrobras. Para Trindade, a empresa tem acompanhado o movimento de companhias que se interessam em cumprir esse papel. Diante desse cenário, o estado vê como fundamental conseguir viabilizar o projeto termelétrico de 267 MW em capacidade instalada, no município de Ladário. A MSGás negocia a compra de gás diretamente com a Bolívia para abastecer a termelétrica, que deve demandar cerca de 1,2 milhão de m³/dia do insumo e gerando ICMS para o estado. (Brasil Energia – 09.11.2017)

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2 Cegás quer descentralizar consumo de gás

A Cegás e a Universidade Federal do Ceará (UFC) assinaram um convênio para a realização de pesquisas sobre o potencial de expansão do gás natural no estado. Com o projeto, a empresa espera interiorizar o consumo de gás, que hoje está concentrado somente na região metropolitana de Fortaleza. O acordo foi firmado pelo presidente da distribuidora, Hugo Figueirêdo, e pelo reitor da UFC, Henry de Holanda Campos. O estudo, que está previsto para começar ainda neste mês, será viabilizado através da Associação Técnico-Científica Engenheiro Paulo de Frontin (Astef) com duração de três meses. Figueirêdo explicou que a pesquisa irá identificar as tendências do mercado cearense de modo que a Cegás possa desenvolver estratégias adequadas para cada segmento. Com uma projeção de crescimento de 8% ao ano, nos próximos cinco anos, junto ao segmento não térmico, a distribuidora mira nos setores industrial e automotivo além do comercial e do residencial. “A ideia é a gente identificar e avaliar o uso com possibilidade de expansão para o interior”, comentou Figueirêdo. (Brasil Energia – 09.11.2017)

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3 Operações de GNL da Engie são adquiridas pela Total

A Total fechou um acordo com a Engie para aquisição das operações de GNL da empresa de energia francesa pelo valor de € 1,49 bilhão, que equivale a algo em torno de R$ 5,6 bilhões. O negócio inclui ainda interesse em participação em projetos de liquefação de gás, como o Cameron GNL, nos Estados Unidos, bem como acesso à capacidade de regaseificação na Europa. “A aquisição habilita a Total a acelerar a implementação de sua estratégia em agregar valor à cadeia de gás, em um cenário no qual o mercado de GNL cresce entre 5% a 6% ao ano”, comentou o CEO da Total, Patrick Pouyanné. O acordo inclui ainda a possível participação da petrolífera francesa no projeto do complexo de regaseificação de GNL Cameron, nos EUA. (Brasil Energia – 09.11.2017)

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4 Potigás aumenta suas vendas de setembro em 14,34%

As vendas de gás natural da Potigás (RN) cresceram 14,34% em setembro deste ano, quando comparado com o mesmo mês do ano passado, ao passar de 8,5 milhões de m³ para 9,7 milhões de m³. No acumulado deste ano, a elevação foi de 10,61%, saindo de 279,4 mil m³, de janeiro a setembro do ano passado, para 309 mil m³ no mesmo período deste ano. O diretor presidente da companhia, Beto Santos, disse que a empresa está investindo na expansão da rede, que hoje conta com 400 quilômetros de extensão. Contratos com novos consumidores também foram fechados pela distribuidora potiguar. Atualmente, o gás canalizado é distribuído para cerca de 20 mil clientes nos segmentos residencial, comercial, industrial e veicular. Além de Natal, a companhia atende ainda aos municípios de Parnamirim, Mossoró, Macaíba, São Gonçalo do Amarante e Goianinha. Dentro do segmento residencial, houve a inclusão 1 mil novos consumidores. No comercial, o gás passou a ser levado para para estabelecimentos do ramo de alimentação. (Brasil Energia – 09.11.2017)

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Grandes Consumidores

1 Oportunidades do complexo carboquímico no Brasil serão debatidas em evento internacional

Promover o carvão gaúcho e atrair investimentos para o Polo Carboquímico no Rio Grande do Sul é o objetivo do evento internacional Alternativas Sustentáveis do Uso do Carvão: Oportunidades do Complexo Carboquímico no Brasil – Marco regulatório para atração de investimentos. O encontro ocorre nos dias 29 e 30 de novembro, em Porto Alegre, e integra uma série de iniciativas do setor público para atrair investidores e ampliar os relacionamentos com fundos de investimentos internacionais e agentes do setor. Serão tratados temas como a política estadual e as ações desenvolvidas no Estado do RS para a implantação do Polo Carboquímico, seguido de painéis de discussão que se concentrarão nos aspectos da carboquímica e oportunidades para atrair investidores para o projeto. A agenda completa será ainda anunciada. Dentre as vantagens do Rio Grande do Sul para a indústria carboquímica está a cadeia diversificada, com boa estrutura de fornecimento nos segmentos metalmecânico, de plásticos e borracha e equipamentos de óleo e gás, que, adaptados, podem servir para a gaseificação do carvão. Pesam, também, um mercado consumidor dependente do gás natural e mercados relacionados, como o de fertilizantes, utilizados como insumo para a cadeia agrícola gaúcha, assim como do restante do Brasil e dos países do Mercosul. Para o secretário de Minas e Energia, Artur Lemos Júnior, o projeto é estratégico para recuperar a economia gaúcha. (Agência CanalEnergia – 09.11.2017)

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Economia Brasileira

1 IBGE: INPC muda de rumo e registra aumento de 0,37% em outubro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,37% em outubro, invertendo a direção tomada um mês antes, de queda de 0,02%, informou nesta sexta-feira o IBGE. Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,11%, depois de recuarem 0,57% em setembro. Os bens não alimentícios aumentaram 0,58%, acima da taxa do mês anterior, de 0,22%. No ano, o acumulado foi de 1,62%, bem abaixo dos 6,36% registrados em igual período de 2016, "sendo a menor variação acumulada para o período desde a implantação do Plano Real", destacou o instituto em nota. Nos 12 meses até outubro, o índice aumentou 1,83%, ficando acima do 1,63% registrado nos 12 meses imediatamente anteriores. O INPC abrange o consumo das famílias com renda entre um e cinco salários mínimos, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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2 IBGE: Preços estão ‘se alinhando e voltando ao normal’

Os preços estão “se alinhando e voltando ao normal”, passado o momento de “crise mais forte” na economia, avaliou o gerente de Índices de Preços ao Consumidor do IBGE, Fernando Gonçalves. Ele evitou, no entanto, explicar o que seria o preço normal ou avaliar se existe inversão na trajetória dos preços. Em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,42%, após marcar alta de 0,16% em setembro. “O ano passado foi mais forte de crise. Os preços estão se realinhando. Precisamos esperar mais para afirmar se é reversão de trajetória. Tivemos uma grande oferta de alimentos que ajudaram a reduzir preços. E agora a energia elétrica puxando para cima”, disse o gerente do IBGE. Gonçalves acrescentou que as a situação no mercado de trabalho está se estabilizando, com a volta gradual do emprego, "principalmente pelo informal". “Conseguimos estabilizar melhor. O desemprego estava muito forte”, disse. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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3 IPCA acelera alta para 0,42% em outubro e avança 2,70% em 12 meses

O IPCA avançou 0,42% em outubro, após marcar alta 0,16% um mês antes, com pressão da energia elétrica e o gás de botijão mais caros, conforme o IBGE. O resultado ficou pouco abaixo da estimativa média de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de alta de 0,48%. Essa previsão variava de 0,40% a 0,54% de aumento. No acumulado de 12 meses, a inflação oficial acelerou de 2,54% em setembro para 2,70% em outubro. No mesmo mês de 2016, o índice acumulado estava em 7,87%. Os analistas consultados pelo Valor Data projetavam, na média, essa taxa em 2,76%. No ano, a inflação medida pelo IPCA se situou em 2,21%, bem abaixo dos 5,78% medidos no mesmo período de 2016, sendo o menor acumulado no ano registrado em um mês de outubro desde 1998 (+1,44%). Com o avanço da inflação em outubro, o índice acumulado em 12 meses se aproxima do piso da meta de inflação do governo, de 3% para este ano, considerando que o centro da meta é 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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4 FGV: IGP-M tem deflação de 0,02% na primeira prévia de novembro

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), calculado pela FGV, teve queda de 0,02% na primeira medição de novembro. Um mês antes, houve alta, de 0,32%. No ano, o indicador acumula baixa de 1,93%; em 12 meses, registra queda de 1,40%. Entre os componentes do IGP-M, o de maior peso, respondendo por 60% da cesta, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) cedeu 0,09% na leitura inicial de novembro, mudando a direção tomada um mês antes, de alta de 0,42%. Bens finais subiram 0,19%, ante elevação de 0,25% na parcial de outubro, Bens intermediários avançaram 1,70%, vindo de aumento de 1,10%, e Matérias-primas brutas tiveram baixa de 2,62%, seguindo recuo de 0,17%, refletindo os itens minério de ferro (-2,53% para -14,95%), bovinos (1,05% para -1,67%) e cana-de-açúcar (0,29% para -1,80%). Com peso de 30% no IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aumentou 0,03% no primeiro decêndio de novembro, após incremento de 0,17% um mês antes. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, sobressaindo Vestuário (1,18% para -0,35%). Nessa classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item roupas (1,56% para -0,30%). Respondendo pelos 10% restantes do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,29%, acima da taxa apurada na parcial de outubro, de 0,06% de alta . O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços teve aumento de 0,64% e aquele que representa o custo da Mão de Obra não apresentou variação. (Valor Econômico – 10.11.2017)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 09 sendo negociado a R$3,2495, com variação de +0,34% em relação ao início do dia. Hoje (10), começou sendo negociado a R$3,2529 — variação de -0,23% em relação ao fechamento do dia útil anterior — e segue uma leve tendência de alta, sendo negociado às 12h15 no valor de R$3,2671, variando +0,44% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 09.11.2017 e 10.11.2017)

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Internacional

1 Treze países confirmam a assistência ao Fórum de Gás

Dez dias após o Fourth Forum of Gas Exporting Countries (FPEG), 13 Estados confirmaram a presença no evento internacional por via diplomática, além de três presidentes e vice-presidente. O ministro das Relações Exteriores da Bolívia, Fernando Huanacuni Mamani, informou que já há confirmação de 13 países. No entanto, ele disse que até alguns dias após o início do evento, a lista poderia ser modificada pela pesada agenda das autoridades e representantes diplomáticos. "As delegações da Argélia, Egito, Guiné Equatorial, Irã, Líbia, Nigéria, Qatar, Rússia, Trinidad e Tobago e Venezuela, entre os países membros do FPEG, foram confirmadas; Os países observadores têm Omã e Cazaquistão, e um país convidado, como o Paraguai", explicou o chanceler. O chefe da diplomacia boliviana apontou que esta é a primeira vez que este fórum internacional de gás é realizado na América Latina e a organização boliviana gera muita expectativa no contexto internacional. O ministro dos Hidrocarbonetos, Luis Alberto Sánchez, também confirmou a presença de organizações internacionais relacionadas a hidrocarbonetos e energia. Entre os mais importantes, mencionados, por exemplo, o Fórum Internacional da Energia (FIE), a Agência Internacional de Energia (IEA), a Organização Latino-Americana de Energia (Olade), a Associação Regional de Empresas de Petróleo e Gás Natural da América Latina e o Caribe (Arpel) e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). (Cambio – Bolívia – 09.11.2017)

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2 Tesla instala sistema de energia solar para ajudar a infraestrutura de energia de Porto Rico

Após prometer ajuda para refazer a rede elétrica de Porto Rico, danificada pelo furacão Maria, Elon Musk, CEO da Tesla, está cumprindo sua promessa. Montada em menos de uma semana, no estacionamento de um hospital infantil, a rede da Tesla combina aproximadamente 700 painéis solares com três baterias Powerpack de 210 kWh e algumas baterias Powerwall de 13,5 kWh. Durante o dia, os painéis serão capazes de gerar cerca de 200 kWh. À noite, as baterias darão conta do fornecimento de energia, pelo menos para os procedimentos mais importantes. As baterias acumularão a energia dos painéis para ser utilizada nos períodos noturnos. Tesla disse pelo Twitter que este foi o “primeiro de muitos” projetos em curso. O Musk também doou US $ 250.000 (£ 190.000) de seu próprio dinheiro para apoiar os esforços humanitários em Porto Rico, onde muitas pessoas ainda estão sem eletricidade. A Tesla não é a única no apoio a Porto Rico. A AT&T junto com o Google, colocou em operação os balões do Project Loon que fornece acesso à internet via rede LTE na região, para melhorar a infraestrutura de comunicações. As estimativas oficiais apontam que 70% das torres de telefonia celular de Porto Rico estão fora de operação. (Ambiente Energia – 10.11.2017)

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3 Espanha: Catalunha e País Basco se enfrentam devido ao desconto elétrico

A relação entre os governos basco e catalão também tem sua cruz. O Ministério da Energia, Turismo e Agenda Digital prepara as alegações de defesa do acordo para reduzir a tarifa da eletricidade basca perante a UE, selado entre o Governo e o PNV em maio para o Orçamento de 2017. Depois de conhecer este pacto, a Generalitat reivindicou um benefício semelhante para sua indústria. E, como não o obteve, o Síndic de Greuges, o Provedor de Justiça da Catalunha, denunciou este acordo em 16 de setembro, entendendo que significava auxílio estatal e que deixou a indústria catalã em desvantagem. Fontes do Ministério explicam que já iniciaram contatos com o Departamento de Competição da Comissão. "A modificação afetaria todas as empresas que atendam às condições estabelecidas. As empresas em todo o território nacional e entre elas também as do País Basco serão afetadas", defende o Ministério. A denúncia irritou o PNV e o governo regional basco porque, enquanto não houver nenhuma resolução, acrescenta à incerteza das quase 800 empresas afetadas por Euskadi, como aconteceu com o arrendamento fiscal do setor naval. O custo extra causa danos, especialmente as empresas de injeção de plástico e alumínio, forja, fundição, cimento, produtos químicos, fábricas de papel e fabricantes de pneus, todos eles grandes consumidores de energia. Em Euskadi, as empresas ligadas a este tipo de rede pagam 75% a mais do que as vizinhas de Cantabria, com redes de 55.000 volts, Navarra com redes de 66.000, ou La Rioja e Burgos com linhas de 45.000 e 44.000. Ou seja, quanto maior a tensão, mais barato será. A taxa 6.1, utilizada pelas grandes empresas bascas afetadas, deve pagar uma média de 37 euros por megawatt-hora, mais do que o dobro do 6.2 (de 36.000 a 72.500 volts), que paga cerca de 16 euros Mwh. Foi assim até 2013 que o PNV chegou a um acordo com o PP em Madri para mitigar a diferença. Mesmo assim, ainda era algo mais oneroso. Então, eles inventaram uma subtarifa 6.1B para a indústria basca em 28 euros MWh. O último pacto, o de maio de 2017 denunciado pelo Sindic catalão, assimilou a tarifa de 30.000 volts a 6.2, ou seja, a 16 euros MWh. Ele deve entrar em vigor em janeiro de 2018 e reduzir a conta em 50 milhões. (El País – Espanha – 09.11.2017)

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4 Espanha: fundos estrangeiros reclamam 7.566 milhões de reais para prêmios renováveis

O custo das reclamações feitas por investidores estrangeiros para cortes em subsídios de energia renovável em Espanha chegam a 7.565,8 milhões de euros, de acordo com dados do Ministério da Justiça que aparecem em uma resposta parlamentar em 6 de novembro. No total, foram apresentadas 36 reclamações (em duas das quais o montante não é detalhado) perante dos três fóruns internacionais em que se pode reivindicar: a Câmara de Comércio Sueca (7 casos); a Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Uncitral Internacional (2 casos) e o Centro Internacional de Solução de Disputas de Investimento (ICSID) do Banco Mundial, que contém a maior parte das reivindicações, com 27 demandas. Do total de 36 demandas, até agora o governo espanhol perdeu uma ação perante o ICSID de 128 milhões de euros com a empresa britânica Eiser Infrastructure, que é apelada. E ganhou um contra Isolux perante a Câmara de Estocolmo. Os fundos internacionais apresentaram uma série de demandas internacionais para os cortes em energia renovável, iniciados no final de 2010, com o PSOE liderando o Executivo e, em 2013, com a aprovação do reforma do setor elétrico do governo PP. A justiça esclarece que esses números foram determinados pela soma dos montantes reivindicados pelos demandantes em seus argumentos, uma vez que não há relatos da advocacia do Estado que detalham o montante total reivindicado pelos investidores estrangeiros em tribunais internacionais de arbitragem para os cortes para as energias renováveis em Espanha, como afirmado na resposta à questão do porta-voz da Equo e deputada da Unidos Podemos, En Comú Podem e En Marea, Rosa Martínez. (El País – Espanha – 10.11.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, Izadora Duarte, João Pedro Santos, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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